Revista Viajante Ed. 13 - dezembro 2014 | janeiro 2015

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Viajante Ano IV - Edição nº 13 - dezembro 2014 | janeiro 2015

BRT, a melhor solução Com a experiência de revolucionar o transporte urbano de Curitiba, Jaime Lerner acredita que o sistema é a resposta para a mobilidade no país


Expediente

4. Conjuntura

A mobilidade, por Jaime Lerner A Revista Viajante é uma publicação da Marcopolo Coordenação Geral Marketing Marcopolo Conselho Editorial Andre Luis de Oliveira, Eliana Zanol, José Carlos Secco, Méri Steiner, Paulo Corso, Ricardo Portolan, João Paulo Ledur, Humberto Oselame e Walter Cruz Site www.marcopolo.com.br Endereços Unidade Ana Rech Av. Rio Branco, 4889 Bairro Ana Rech Caxias do Sul - RS - Brasil CEP 95060-145 Fones: (0800) 702-7070 (Brasil) ou +55. 54. 2101.4000 (outros países) E-mail: contato@marcopolo.com.br Unidade Planalto Av. Marcopolo, 280 - Bairro Planalto Caxias do Sul - RS - Brasil CEP: 95086-200 Fones: (0800) 702-7070 (Brasil) ou +55. 54. 2101.4000 (outros países) E-mail: contato@marcopolo.com.br

7. Especial

Marcopolo na FetransRio

10. Gestão e Liderança

80 anos do Simefre

12. Sustentabilidade

Ações para presente e futuro

14. Cliente

Juan Salgado, da Cutcsa

16. Artigo

Adamo Bazani, da Rádio CBN

17. Representante

Mercobus, do Peru

20. Prêmios

Reconhecimento à Empresa do Ano Coordenação, Produção e Edição Simoni Schiavo Rua Bento Gonçalves, 2221, sala 502 Centro | Caxias do Sul | RS (54) 3028.2868 Jornalista Responsável Simoni Schiavo MTB-RS 8821 Projeto Gráfico Cíntia Colombo Foto de Capa Victor Leite Impressão Cromo Gráfica e Editora Distribuição gratuita

Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos são reservados.

21. Turismo

A paradisíaca Vitória

25. Gastronomia

Moqueca Capixaba

26. Mundo Marcopolo

Negócios em todo o mundo

29. Novidades

Empresa no Museu do Ônibus


Editorial Julio Soares/Objetiva

Um ano de aprendizado e persistência Quando 2014 começou, sabíamos que seria um ano difícil, mas não imaginávamos que seria tão atípico, com tantos momentos conturbados e tamanhas indefinições que acabariam afetando sensível e drasticamente a indústria brasileira de ônibus. E isso porque, aqui na Marcopolo, sempre procuramos nos antecipar aos acontecimentos e fazer o planejamento com “os pés no chão”. Não há como negar que, este ano, a indústria brasileira de ônibus foi afetada como um todo. Vamos fechar com menos de 30 mil unidades produzidas. Vendas de rodoviários e urbanos abaixo das perspectivas, assim como também foram fracos os pedidos de escolares e exportações. A definição das regras das autorizações para as linhas interestaduais e internacionais retraiu o mercado rodoviário. O ritmo acanhado dos investimentos em infraestrutura viária e a demora nas correções das tarifas retardou a renovação de frota dos urbanos. E o desaquecimento da economia e da atividade industrial também reduziu os serviços de fretamento. Com tudo isso, o ano, apesar dos investimentos realizados em mobilidade urbana para a Copa do Mundo de Futebol, muitas inacabadas na sua plenitude, acabou sendo abaixo das expectativas do mercado. Mas, o mais importante agora é olhar para frente e para o que precisamos e podemos realizar e construir. O ano de 2014 não foi nada fácil, mas já é passado e nos deixa, sim, ensinamentos importantes no quanto precisamos nos unir – Marcopolo, clientes, fornecedores, governo e entidades de classe –, manter e reforçar os laços de parcerias para, perseverantes, aprendermos e nos prepararmos para dias mais prósperos em nossos negócios. Precisamos olhar atentamente para 2015 e, tenho certeza, realizar um ano melhor, com crescimento, mesmo que seja um crescimento ainda pequeno, em todos os segmentos. E como a vida não para, aproveito o momento para comentar que, mesmo com tudo isso, a Marcopolo também não para. Preparamos matérias bem interessantes para a última edição do ano da nossa revista Viajante, como a participação na FetransRio e as importantes ações que realizamos há muito tempo para estimular e colaborar com a sustentabilidade – que é de tamanha importância para as próximas gerações e será tema em todas as nossas edições –, reduzindo e cuidando de forma consciente dos descartes envolvidos em nossas atividades produtivas. Desejo a todos um ótimo e feliz Natal e que 2015 seja um ano de realizações. Boa leitura

Paulo Corso Diretor de Operações Comerciais e Marketing


Conjuntura

Burocracia e falta de decisão impedem qualidade do transporte público

Divulgação Jaime Lerner

Com a expertise de quem revolucionou o conceito de transporte público urbano no país, Jaime Lerner afirma que não há mais tempo para esperar, é preciso iniciar imediatamente as ações para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras. Arquiteto, urbanista e político, Lerner foi prefeito de Curitiba por três vezes e governador do Estado por uma gestão. Durante seu primeiro mandato à frente da capital paranaense, em 1974, implantou os chamados Expressos com a abertura de vias exclusivas para os ônibus urbanos. A atual Rede Integrada de Transporte foi o embrião para o moderno sistema Bus Rapid Transit (BRTs) que, segundo o urbanista, é a ferramenta capaz de mudar o panorama caótico da mobilidade no país. Nessa conversa para a revista Viajante, Lerner fala dos desafios do setor, da necessidade de tornar o transporte público prioridade e surpreende ao afirmar que é possível transformar o cenário atual em menos de três anos: “Mas, para isso, é necessária a coragem de começar.”

"A primeira constatação para iniciar uma melhora na mobilidade urbana deve ser a de prioridade absoluta ao transporte público ." 4

Desafios atuais Em primeiro lugar é preciso dizer que a prioridade dada pelo governo federal é ao transporte individual. Isso trouxe grandes problemas para as cidades. Priorizar o transporte público não é impedir que as pessoas tenham carro nem que a indústria automobilística continue a gerar empregos. O que mudaria seria a maneira das pessoas usarem o carro. Então, o desafio maior é oferecer qualidade na mobilidade das grandes cidades. Até agora, salvo algumas exceções, como Curitiba (PR), um pouco no Rio (RJ), um pouco em Belo Horizonte (MG), o grande problema é a demora na resposta, ou seja, a má operação dos sistemas. Falta decisão. Há muita burocaria e pouca decisão. Costumo dizer que o carro é o cigarro do futuro: se você quiser fumar, fuma, mas tem consequências. Num transporte público de qualidade, o carro seria utilizado para viagens com a família, para o lazer... Mas para o dia a dia de uma cidade não há como evitar a necessidade de uma grande qualidade do transporte público. Prover um carro, dar incentivo para a pessoa ter um automóvel tinha de vir depois de se oferecer qualidade no transporte público e não antes. Por isso, a maneira de usar o carro precisa mudar.


"Podemos dar uma resposta de grande qualidade em menos de três anos, dando ao ônibus a mesma performance do metrô, ou seja, metronizar o ônibus através do sistema BRT."

Respostas e soluções Outro grande equívoco é pensar que a solução está no automóvel ou no metrô. Investindo no automóvel não há a menor possibildiade de resolver o problema de mobilidade. Por outro lado, aguardar 20 anos para se ter uma meia linha ou uma linha de metrô é sacrificar gerações e gerações, quando a gente pode dar uma resposta de grande qualidade em menos de três anos: dando ao ônibus a mesma performance do metrô, ou seja, metronizar o ônibus. Foi isso que se fez em Curitiba e hoje em 180 cidades do mundo inteiro. A primeira constatação deve ser a de prioridade absoluta para o transporte público e, imediatamente, começar a investir em boas soluções do sistema que chamam BRT. Alguns o estão aplicando mal, mesmo assim a prioridade ao transporte público fica bem clara. O equívoco está em pensar que uma faixa exclusiva resolve o problema, e isso é outra questão: a falta de compreensão de que dar mobilidade não é só pintar uma faixa. É preciso entender que a concepção de mobilidade é uma rede e ter em mente que o sistema compreende várias etapas. O corredor exclusivo é a primeira delas, é para confirmar a prioridade ao transporte público. Pode-se ter redes com BRT, linhas troncais e de-

pois sistemas integrados, mas é muito importante pensar em rede, porque isso afeta o desenho das estações, afeta a qualidade da operação. Depois, operar com um BRT já é diferente. A etapa mais completa, e que usamos em Curitiba, é essa operação em rede. Isso significa a possibilidade de se trabalhar com uma tarifa única e 2,7 milhões de passageiros atendidos por dia – o metrô de Londres hoje atende a 3 milhões, e Londres é uma cidade muito maior e tem o metrô mais antigo do mundo. BRTs e metrôs A interligação do metrô com o sistema BRT seria o ideal, mas também depende da cidade. Muitas delas têm metrôs antigos, de 150 anos atrás, como Londres e Paris. Além disso, nem sempre uma cidade precisa de metrô, mas onde ele já existe, é uma boa solução interligar esses modais de transporte. A qualidade da operação é que deve definir sobre a necessidade do metrô e a condição principal é a frequência. O sistema implantado em Curitiba foi pensado com uma frequência de minuto a minuto. O metrô, com muita tecnologia, tem uma frequência de dois a três minutos. É claro que a composição é maior, o comboio é maior, mas como leva três minutos, a capacidade acaba sendo a mesma.

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Conjuntura Muitos alegam que “por baixo da terra se vai rápido”. É verdade, mas para integrar uma linha à outra se leva de 15 a 20 minutos caminhando entre as estações, então, não se ganha tempo nesse processo. É preciso entender que o metrô começou numa época em que a única tecnologia que existia era o trilho, hoje não há necessidade. Embora eu acredite que o futuro esteja na superfície, não procuro provar qual é o melhor. O melhor é a combinação de todos os sistemas, de todas as alternativas de transporte. Expectativa A única expectativa é começar imediatamente. É acelerar já. Porque as coisas que não acontecem vão ser constantemente adiadas. Já cansei de ver planos de transporte em quase todas as cidades brasileiras, só que eles não acontecem. O importante é começar. Inovar é começar. Depois os sistemas vão sendo corrigidos com o tempo, mas é preciso a coragem de começar. Legado da Copa O legado da Copa foi ridículo. A expectativa não foi atingida. E é ridículo o que essa promessa frustrou a população. A mobilidade ficou restrita a uma ou meia linha de metrô... eu diria que não foi feito nem 10% do que precisava. O governo brasileiro pode prometer R$ 50 bilhões como falou ou pode prometer R$ 500, eu não acredito e ninguém acredita na melhoria da mobilidade urbana, porque a burocracia, a falta de decisão, as barreiras burocráticas são cada vez maiores e não deixam as soluções acontecerem. Só vão acontecer com uma férrea decisão de realmente melhorar a curto prazo o problema das cidades brasileiras. Não acredito que da maneira como está se fazendo irá se resolver a situação da mobilidade no país. Não falo de intenção. Todo mundo sabe o problema, todo mundo sabe o que pode ser feito, mas há falta de decisão, muita burocracia. Isso é que tem levado a que as coisas não aconteçam. Trabalho conjunto Todos juntos, governo federal, estadual e municipal precisam se envolver numa ação rápida e sem burocracia. É possível. Pode-se melhorar a mobilidade em todo o país em menos de três

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anos. O Brasil poderia ser o grande exemplo, porque tem tecnologia. Seríamos o grande exemplo no mundo, porque toda a tecnologia para as boas soluções de superfície o Brasil tem. Não é falta de dinheiro. Temos os fabricantes, temos o maior fabricante de carrocerias do mundo, temos designers, temos gente que sabe operar... o Brasil tem o melhor know how do mundo em BRT, ou poderia ter, só que não aplica. Hoje as ruas e avenidas das cidades são praticamente privatizadas para o automóvel. O percentual dessas vias para o transporte público é muito pequeno. Quase 80% da superfície está entregue ao automóvel.

"Burocracia, investimento prioritário no automóvel, comprometimento muito grande por uma tecnologia de trilho, que não resolve o problema... O que temos é o mal uso da operação de superfície." Exemplo a ser seguido Hoje há 180 cidades no mundo que operam com o sistema BRT e servem de exemplo. O Brasil tem Curitiba, começa a ter no Rio de Janeiro e também em Belo Horizonte. Tem alguns indícios em São Paulo e tem outras cidades, mas é muito pouco. No mundo, é possível encontrar muitas outras aplicações e, claro, muito mais avançadas. Primeiro porque têm redes completas há muitos anos, mas também implantaram rapidamente os BRTs. Depois de Curitiba, temos Bogotá (Colômbia), Seul (Coreia do Sul), Istambul (Turquia), Cidade do México (México) e muitas cidades na China, na Europa e nos Estados Unidos. Um conselho O conselho que eu daria ao governo federal é que esqueça o automóvel e comece a investir em soluções para o transporte público que sejam rápidas e também que não fique escravo da tecnologia de trilho, porque isso é uma solução que vai levar 20, 30, 40 anos, é de longo prazo. O problema de solução de trilho é que exigem altos subsídios. São caras, 50 vezes mais caras que um BRT e exigem altos subsídios na operação.


Especial

Inovações tecnológicas marcam FetransRio A 10ª edição da feira reuniu 73 expositores e 12 mil visitantes, que tiveram a oportunidade de expor e conferir as novidades do setor A 10ª edição da FetransRio, realizada entre os dias 5 e 7 de novembro, no RioCentro, no Rio de Janeiro, mostrou as principais novidades tecnológicas do setor de ônibus brasileiro e apresentou novidades para o desenvolvimento da mobilidade urbana, como a expansão e a evolução dos sistemas BRT em várias cidades brasileiras. O evento contou com a presença de cerca de 12 mil visitantes de todo o Brasil e também do exterior, que tiveram a oportunidade de conhecer as novidades da cadeia produtiva do transporte, e reuniu 73 expositores. Os participantes assistiram a 50 painéis, com palestrantes do Brasil, Canadá, Estados Unidos, França, China, Chile, México e Inglaterra, entre outros, que abordaram temas importantes escolhidos em pesquisa junto aos empresários de todo o país. Outro destaque foi a realização da 8ª Conferência Internacional de Ônibus da UITP, mais importante

palco de discussão desse, que é o principal modal de transporte público mundial, responsável pelo deslocamento de 80% de todos os passageiros. Sistema BRT, o futuro da mobilidade urbana Novamente o BRT foi o destaque e o centro das atenções. O evento mostrou a expansão e evolução que o país alcançou nos últimos anos, sobretudo em razão dos investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo de Futebol. Mais cidades aderiram e implementaram o BRT, com ganhos importantes de qualidade no transporte urbano. Nos painéis apresentados, a Cidade do México foi o exemplo de sucesso na aplicação do sistema. O município, que começou a implementação do sistema BRT com 54 ônibus e hoje tem 427 veículos em atividade, conseguiu reduzir emissões com a utilização de novas tecnologias. Fotos divulgação Marcopolo

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Especial Marcopolo destaca inovação e tecnologia A Marcopolo, com 65 anos, uma das líderes mundiais em soluções para o transporte coletivo e mobilidade, destacou inovação e tecnologia com a apresentação de diversos modelos de ônibus para atender às demandas brasileiras e internacionais por modelos urbanos e rodoviários na feira. Em seu estande de mais de mil metros quadrados, localizado em área privilegiada na entrada do Pavilhão do RioCentro, a companhia reuniu alguns modelos de sua linha de rodoviários e urbanos, mostrando a extensa gama de produtos e a capacidade da empresa de atender às mais diferentes necessidades dos clientes em termos de mobilidade. Os principais destaques foram o Viale BRS Low Entry e o Novo Torino, desenvolvidos para os modernos sistemas de transporte coletivo, além do Paradiso 1800 Double Decker 8x2, o modelo rodoviário mais sofisticado da marca e já produzido no Brasil. Viale BRS Low Entry O ônibus urbano Viale BRS Low Entry, assim como os Viale BRT articulado e biarticulado, fornecidos recentemente para os modernos sistemas de transporte coletivo de cidades como Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Florianópolis e Campinas, entre outras, representam soluções para a mobilidade urbana nos grandes centros. Entre os modelos de maior diferencial da Marcopolo na FetransRio, o veículo tem 13.400mm de comprimento, capacidade para 40 passageiros e atende atodos os requisitos de acessibilidade. Para oferecer

Para comemorar seus 65 anos e a marca de 1 milhão de curtidas no Facebook, a Marcopolo personalizou um Paradiso 1800 com fotos de fãs. Quem passou pela FetransRio e encontrou sua imagem no veículo ganhou um presente especial, uma maquete do modelo 8

mais conforto e segurança, conta ainda com sistemas de ar-condicionado e monitoramento interno com quatro câmeras e gravador de imagens. Segundo Walter Cruz, gerente de estratégia e marketing da Marcopolo, como a maior fabricante de ônibus da América Latina, a empresa tem o compromisso de marcar a sua participação de maneira diferenciada e apresentar soluções para seus clientes e para a evolução da mobilidade nas cidades brasileiras. “Temos investido continua e maciçamente em inovação e no desenvolvimento de novos modelos de veículos, inclusive com combustíveis de fontes renováveis. E estamos atentos às necessidades e demandas dos mercados brasileiro e internacional”, salienta o executivo. Produção de mil unidades do Novo Torino Modelo urbano de maior sucesso da marca, recentemente remodelado, o Novo Torino foi outra novidade da feira. Com mais de 30 anos de história, o Torino já superou as 100 mil unidades produzidas, das quais cerca de 20 mil foram exportadas. E a FetransRio também serviu de palco para a Marcopolo comemorar a produção da milésima unidade do Novo Torino. O veículo foi produzido na Marcopolo Rio, centro exclusivo de produção de ônibus destinado ao transporte de passageiros em centros urbanos da companhia. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, a produção de mais de mil unidades do novo modelo reforça o grande sucesso alcançado pelo Torino em seus mais de 30 anos de fabricação. “O Torino é o modelo urbano mais bem-sucedido em toda a história da indústria de ônibus brasileira. Suas características de conforto, segurança e robustez


Fotos divulgação Marcopolo

sempre foram marca do seu sucesso. Com certeza, esses foram os atributos que permitiram conquistar os empresários do setor e alcançar essa expressiva marca”, avalia o executivo. O Novo Torino foi concebido para oferecer conforto e segurança para os passageiros, menores custos operacional e de manutenção para o operador, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e cobrador. Com visual moderno e tecnologia aplicada a favor da funcionalidade, o modelo conta com sistema multiplex redesenhado, painel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas, sistema de ar-condicionado opcional, novos conjuntos óticos traseiro e frontal que incluem luz diurna, agregando mais segurança no trânsito urbano. Paradiso 1800 Double Decker A Marcopolo expos ainda o seu ônibus rodoviário mais sofisticado, o Paradiso 1800 Double Decker 8x2. O modelo foi desenvolvido para oferecer o mais elevado padrão de qualidade disponível no mercado nacional e internacional. Com conforto e comodidades comparáveis às da primeira classe de voos internacionais, para proporcionar uma viagem ainda mais agradável e prazerosa, o veículo tem capacidade para transportar 44 passageiros no piso superior, em poltronas semileito, e 12 no piso inferior. As poltronas revestidas em couro utilizam espumas especiais (visco elástica) na região da cabeça e do pescoço, além de apoios de braço mais largos e macios. O modelo conta com camarote para o motorista auxiliar, bar com geladeira e cafeteira, sistemas de áudio e vídeo com cinco monitores, ar-condicionado e

sanitário. A iluminação do salão de passageiros utiliza LEDs, com luzes indiretas, que criam um ambiente de conforto visual e sofisticação. Os LEDs estão presentes também nas luzes de leitura dos porta-focos, com acionamento por toque, que contam ainda com amplificadores de áudio individuais e integrados. 65 anos de fundação Como forma de comemorar os seus 65 anos de fundação, reconhecer e valorizar a trajetória da empresa e das pessoas que fizeram e fazem parte da construção de sua história, a Marcopolo promoveu, em seu estande, a Exposição 65 anos Marcopolo. A ação teve como objetivo apresentar fatos importantes da história da fabricante caxiense de uma maneira inédita e diferente. Com o mote Nas idas e vindas da vida, conte sempre com nossa energia, a exposição conta com painéis com registros de alguns dos principais momentos e fatos históricos da companhia. O objetivo foi torná-los conhecidos do público mais jovem que não vivenciou a trajetória da empresa ao longo dos últimos 65 anos. Outra ação para festejar mais de seis décadas de história no transporte público e também a marca de 1 milhão de curtidas de sua fan page no Facebook, conquistada no início de novembro, foi a personalização de um Paradiso 1800 com fotos de fãs. Quem passou pela FetransRio e encontrou sua imagem no veículo ganhou um presente especial, uma maquete do modelo. Assim como a exposição, o objetivo dessa campanha foi valorizar as pessoas que dia a dia ajudam a construir uma história focada em melhorar o transporte público.

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Gestão e Liderança Julio Soares/Objetiva

80 anos pelo transporte Simefre atua há oito décadas com a missão de promover o desenvolvimento dos setores nacionais ferroviário, rodoviário e também de duas rodas O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), entidade de classe sem fins lucrativos, completou, recentemente, 80 anos de atividades, promovendo o desenvolvimento dos setores nacionais que envolvem a fabricação de materiais e equipamentos ferroviários, rodoviários e de duas rodas. Constituído em 17 de setembro de 1934, o sindicato reúne empresas de todos os portes, localizadas em quase todos os estados do país, e tem como premissa colaborar com o Estado, como órgão técnico e consultivo, no estudo e solução dos problemas relacionados à sua categoria econômica.

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Nos últimos 10 anos, as ações do Simefre permitiram que as indústrias que representam os setores rodoviário, metro-ferroviário e duas rodas conquistassem posição de destaque no cenário econômico nacional e mundial. Essa crescente representatividade está ligada ao importante papel que a entidade tem exercido em todas as esferas dos governos federal, estadual e municipal, entidades de classe e representantes da sociedade civil, entre outros. Diversas conquistas Entre os executivos responsáveis por essa projeção e pelas diversas conquistas da entidade está o atual presidente, José Antônio Fernandes Martins. Atuando desde 1998, ele destaca as mais recentes conquistas e também as que consolidaram a posição do sindicato no cenário empresarial brasileiro. “O Simefre tem exercido um papel muito importante no desenvolvimento da indústria brasileira. No começo não foi fácil, pois os vá-


rios setores que a entidade representa se enxergavam como concorrentes, o que impedia atingir a harmonia e o equilíbrio. Hoje, conseguimos aglutinar os interesses desses vários setores e promover o desenvolvimento de todos, o que representa o avanço do país de maneira geral”, destaca. Para o presidente, o bom relacionamento alcançado em todas as esferas nacionais é que permitiu consolidar a entidade e trazer benefícios e vantagens para os diversos setores. “Entre as conquistas mais recentes, podemos destacar, no setor ferroviário, a inclusão do trem no Finame PSI 4, a desoneração da folha de pagamento das empresas, a expansão metro-ferroviária e o programa para construção ou recuperação de mais de 11 mil quilômetros de ferrovias”, enfatiza. As indústrias de ônibus e de implementos rodoviários também estão entre as mais beneficiadas pelas ações do Simefre, que se transformaram em ganhos para os dois segmentos. “O ônibus foi um dos setores que mais cedo foi incluído nas medidas do governo federal, dos primeiros incluídos na desoneração, no Reintegra e no PAC Equipamentos, entre várias outras conquistas.” Mobilidade urbana Segundo Martins, tanto o ônibus quanto o trem (inclui metrô e CPTM) têm papel fundamental nos projetos do governo para o desenvolvimento da mobilidade brasileira. “As indústrias têm potencial para crescer muito nos próximos anos. Serão R$ 92 bilhões de investimentos diretos em infraestrutura e projetos viários que prometem transformar o Brasil. Cabe às empresas estarem preparadas para atender a essa breve futura demanda”, explica Martins. Expectativas para 2015 “O ano de 2014 foi um ano muito difícil para todos os setores da economia brasileira. Em parte pelas medidas equivocadas do governo, que até o início do ano privilegiaram o consumo e não o investimento. Mas isso foi corrigido e foram iniciadas as privatizações e as concessões de rodovias e ferrovias. Mas que não vão impactar o PIB agora, somente em 2016.” Para Martins, 2015 ainda será muito difícil, mas já veremos uma recuperação. O ano deve começar em “compasso de espera” e incerto, como está sendo o final de 2014. Mas, a partir do segundo trimestre, já poderemos sentir os impactos dos investimentos. E será justamente nesse momento que as empresas precisarão estar preparadas para atender à demanda que deverá surgir. “Quem esti-

ver preparado poderá alcançar grande crescimento, pois a forte demanda virá, com certeza.” No caso do ônibus, com as mudanças de licitações para autorizações nas linhas interestaduais e internacionais, tão logo a ANTT regulamente e divulgue as novas normas, o mercado deverá iniciar a renovação de frota da ordem de 10 mil ônibus, o que representará investimentos de R$ 6 bilhões em quatro anos. “Isso sem falar no impacto que os projetos de investimento em infraestrutura viária nas cidades representarão na produção de ônibus urbanos, pois as frotas precisarão ser modernizadas para melhor atender à população e elevar o padrão de qualidade dos serviços”, salienta. Ampla atuação Outra conquista importante da entidade foi a definição da Lei da Balança. “Conseguimos alterar a lei, o que proporcionará ganhos ao setor, pois a carga permitida passou a ser de 18 mil Kg – 7 mil no eixo dianteiro e 11 mil, no traseiro – contra a anterior de 16 mil Kg. Há anos vínhamos trabalhando para alterar a lei e promover a evolução do transporte de carga brasileiro”, comenta. Engana-se quem pensa que o Sindicato também não cuida dos interesses do setor de duas rodas. “Uma das nossas contribuições foi o apoio e valorização da bicicleta como meio de transporte e lazer. Basta ver os projetos que existem em todo o Brasil para a criação de ciclofaixas e áreas de ciclovias nas cidades. E São Paulo transformou-se em um dos melhores exemplos, com a criação de 400 quilômetros de ciclovias”, salienta o executivo. Para Martins, o que mais consolida o papel do Simefre é que a entidade ganhou muita força nos últimos anos e poderá seguir exercendo as suas atividades em prol da indústria brasileira. “Nossa missão não termina nunca. Mesmo com tudo o que já conquistamos, vamos continuar trabalhando pelos interesses dos setores que representamos.

"2015 deve começar em compasso de espera, mas a partir do segundo trimeste, já poderemos sentir os impactos dos investimentos. E, nesse momento, as empresas precisarão estar preparadas para atender à demanda." 11


Sustentabilidade

Muito além da preservação ambiental Ser saudável financeiramente, cuidar das pessoas inseridas no processo e proteger os recursos naturais são os três pilares que definem uma empresa sustentável A palavra costuma nos remeter, automaticamente, ao cuidado com a natureza, mas, apesar de ter se originado nessa área, o conceito de sustentabilidade vai mulito além. “É o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas necessidades, de acordo com a Comissão Mundial Independente sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1987”, explica a engenheira e coordenadora de meio-ambiente da Marcopolo, Eliana Paula Zanol de Oliveira. E, no espaço corporativo, essa definação está alicerçada sobre três pilares fundamentais: crescimento econômico, comunidade/equidade e proteção ambiental. Ou seja, para uma empresa ser considerada sustentável, além de ações de preservação dos recursos naturais, precisa ter foco social, cuidando das pessoas inseridas no processo, e ser saudável financeiramente. A Marcopolo desenvolve uma série de ações para melhoria e controle do sistema produtivo com objetivo no crescimento sustentável. Anualmente, desde 2012, publica o Relatório de Sustentabilidade referente às suas operações no Brasil, seguindo a metodologia da Global Reporting Iniciative (GRI), como forma de ampliar a prestação de contas aos stakeholders. O processo de relato é conduzido pelo Comitê de Sustentabilidade, criado em 2008 e formado por representantes das áreas financeira, social e de meio ambiente. Entre os programas da empresa está o Sistema Marcopolo de Produção Solidária (Simps), que se constitui em uma estratégia de competição industrial para o crescimento, liderança de mercado, produtividade, qualidade, melhoria do ambiente de trabalho e rentabilidade dos produtos e serviços. A Marcopolo ainda é certificada nas normas internacionais de gestão ISO 14001 (Meio Ambiente), ISO 9001 (Qualidade), OHSAS 18001 (Saúde e Segurança) e SA 8000 (Responsabilidade Social).

A empresa criou, em 2008, o Comitê de Sustentabilidade, que desenvolve uma série de programas e ferramentas para garantir melhorias e controle do sistema produtivo 12


Algumas ações Unidade de Processamento de Resíduos: unidade própria licenciada pelo órgão ambiental para promover a triagem, processamento, compactação, venda para reciclagem ou disposição em células aterro de resíduos sólidos industriais Classe II. Estações de Tratamento de Efluentes: tratamento de efluentes industriais e biológicos. O processo de tratamento garante o atendimento dos padrões legais de lançamento. Logística reversa de embalagens de produtos químicos: A empresa tem como requisito na contratação de fornecedores do segmento de produtos químicos que os mesmos se responsabilizem pela destinação ou reuso das embalagens. Substituição da caldeira a óleo por gás natural e maximização do seu uso em estufas: a queima do gás natural gera menos impactos ao meio ambiente se comparado aos óleos combustíveis. Iluminação externa com lâmpadas de Led: projeto piloto para substituição de lâmpadas fluorescentes por led. Foco em redução de consumo de energia elétrica e minimização da geração de resíduos perigosos quando do descarte de lâmpadas fluorescentes. Projeto Todos na Escola: distribuição de 27 mil kits cadernos a todos os filhos de colaboradores matriculados regularmente no Ensino Fundamental e Médio. Projeto Escolas: desenvolvido em parceria com escolas municipais, para a melhoria do ambiente escolar, contribuindo para a formação de cidadãos capazes de enfrentar o mercado de trabalho e ocupar dignamente seu lugar na comunidade. Voluntários da Alegria: cerca de 150 voluntários desenvolvem atividades sócio-educativas, de recreação, cultura e profissionalização, beneficiando 5,2 mil pessoas. Um dia Feliz: evento realizado por voluntários da empresa em comemoração ao Dia da Criança, na Sede Recreativa da Fundação Marcopolo, beneficiando 1,7 mil crianças e adolescentes de diferentes entidades assistenciais. Coro Infanto Juvenil e Orquestra de Flautas: oportuniza aos filhos dos colaboradores e à comunidade, com idades entre sete e 18 anos, a participação em atividades artísticas. Projeto Recria Fazendo Arte Educação: desenvolvido em parceria com o Comdica, a Fundação de Assistência Social e o Instituto Leonardo Murialdo – através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) –, disponibiliza o acesso ao conhecimento e à prática das manifestações artístico-culturais das crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal. Onde Estou: ação educativo-cultural que promove interfaces entre a escola, o museu e a cidade, propiciando o diálogo das crianças e jovens com o patrimônio cultural, via LIC. Orquestra Jovem da Fundação Marcopolo: orquestra formada pos filhos de colaboradores e pela comunidade, via LIC. Divulgação Marcopolo

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Entrevista

Cutcsa: ‘Siempre iremos contigo’

Divulgação Cutcsa

Responsável por 65% do transporte de Montevidéu, a Companhia Uruguaia de Transporte Coletivo S.A. (Cutcsa) nasceu a partir da consciência da necessidade de parcerias entre os poucos motoristas de ônibus da cidade há mais de sete décadas. Originalmente funcionando em forma de cooperativa, em 1937 a reunião de proprietários dos veículos passou a ser uma empresa privada. Hoje, atua tanto no transporte urbano da capital como no intermunicipal, num raio de 52 quilômetros. Entre os principais desafios para o futuro está o fortalecimento da companhia na atual área de atuação sem esquecer de investir no crescimento, destaca o presidente, Juan Antonio Salgado Vila. À frente da empresa desde 1996, Salgado iniciou na Cutcsa em 1977, com 17 anos, como funcionário, executando atividades de office boy. Mais tarde, passou a fazer trabalhos administrativos e logo começou a trabalhar como motorista em um ônibus próprio, que havia ganho de seu pai. Em 1992, com 42 anos, foi eleito pela primeira vez integrante da diretoria e, em 1996, foi nomeado presidente, cargo que mantém até hoje de forma ininterrupta. VJ: Como começou a trajetória da Cutcsa? Juan Salgado: A empresa iniciou suas atividades em 1937, tendo como fundador o espanhol José Añon. Ele foi o responsável por reunir os poucos proprietários de ônibus da época que, até então, trabalhavam de forma individual para atender a uma cidade em pleno crescimento. Essa união trouxe grandes benefícios, como a redução do custo de manutenção do carro e melhor valor na compra dos ônibus, além da organização das rotas e horários, resultando num melhor serviço aos usuários. Aí foi se formando uma espécie de cooperativa onde se somaram

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praticamente todos os proprietários individuais de ônibus de Montevidéu naquele momento. Em 1937, as novas normas do governo da época obrigaram a companhia a definir seu futuro como cooperativa ou empresa privada. Então, surgiu a Companhia Uruguaia de Transporte Coletivo S.A., a Cutcsa. VJ: Nesses mais de 70 anos, quais foram os principais destaques da empresa? Salgado: Em primeiro lugar, quando a companhia começou a prestar o serviço na área metropolitana,


em 1970, até então realizado exclusivamente em Montevidéu. A ampliação da área fortaleceu e permitiu o crescimento da empresa. Outro momento importante é bem mais recente. Foi quando definimos ampliar o segmento de atuação e investir na construção de um shopping, ou seja, começamos a ter outra atividade além do transporte. Faz um ano que inauguramos o empreendimento no centro de Montevidéu, um dos mais importantes da cidade. VJ: O que levou a emprea a diversificar os segmentos de atuação? Salgado: Entendemos que as tendências do futuro do transporte em todo o mundo não pode ser dependente exclusivamente das tarifas. Os recursos para viabilizar uma empresa devem vir também de outros investimentos, outras fontes. Isso se faz necessário, inclusive, para podermos aliviar o custo das tarifas para os usuários. Depois de um ano da inauguração do shopping, podemos dizer que nossas expectativas foram superadas. VJ: Que valores e diferenciais destacam a Cutcsa no mercado, atualmente? Salgado: Fundamentalmente é ter a frota mais nova e moderna entre todos os concorrentes. Também trabalhamos na aplicação de novas tecnologias na frota, como sistema de GPS e de bilhetagem eletrônica. Além disso, outro destaque está no atendimento e ótimo relacionamento de todos da Cutcsa com os clientes. VJ: Qual a estrutura da Cutcsa hoje? Salgado: Nossa frota conta com 1,1 mil ônibus, 1,05 mil deles são Marcopolo, e o objetivo é ter 100% Marcopolo. Esse é outro passo importante: a empresa vem trabalhando para unificar a marca de ônibus, pois há 10 anos, a Cutcsa tinha muitos tipos de carrocerias. A unificação é muito importante para a economia da empresa, pois reduz os custos para reposição das unidades e manutenção, por exemplo. No total, a Cutcsa reúne 5 mil pessoas: 3 mil são funcionários e 2 mil são donos de ônibus. Cabe à empresa dar todas as condições e logística para que o serviço funcione. VJ: Que motivos levam a Cutcsa a optar pelos modelos Marcopolo? Salgado: Temos uma ótima relação comercial com a Marcopolo e de muitos anos, desde o lançamento de seu primeiro modelo para o mercado externo. É um longo histórico. Além do excelente relacionamento comercial em função dos princí-

pios da companhia brasileira, temos a segurança da empresa oferecida por meio de seu representante aqui no Uruguai. A Marcopolo nos brinda com uma segurança de respostas efetivas às necessidades do nosso dia a dia, o que é fundamental para uma empresa de transporte. Costumo dizer que o ato da compra é menos importante do que a resposta obtida no pós-venda. VJ: Recentemente a Cutcsa adquiriu 207 ônibus da Marcopolo, onde serão usados? Salgado: Há um diretório que compra os ônibus, que toma as decisões, sempre tendo como base a ampliação e necessidade do serviço. Essas novas unidades serão utilizadas no transporte urbano e também no intermunicipal, onde todos os ônibus já são Marcopolo. VJ: Qual a missão e o compromisso da Cutcsa em seu mercado? Salgado: Nosso compromisso é brindar os clientes com um serviço de qualidade à cidade, já que a empresa representa 65% do transporte de Montevidéu. Na capital circulam 15 mil unidades de transporte e 1,1 mil são da Cutcsa. Então, nosso principal compromisso é oferecer um serviço de qualidade, que seja o mais econômico possível para os passageiros e também levar ações sociais dentro da comunidade, o que faz parte de nossas ações. VJ: A quais fatores o senhor atribui a longevidade da empresa? Salgado: O principal fator é o modo de formação da empresa. Há muitos proprietários de ônibus que trabalham. Eles não são apenas funcionários, são donos de suas unidades e cuidam de seus veículos. Fundamentalmente, é a presença deles fazendo o trabalho e cuidando diretamente para que o sistema funcione corretamente. Isso faz toda a diferença. Para se ter uma ideia, no início dos anos 2000 foram adquiridas cerca de 300 unidades da G5 da Marcopolo e, após 14 anos, algumas estão exatamente como novas. Além do produto ser bom, isso demonstra o cuidado que se tem com a frota. VJ: Quais os desafios que a Cutcsa enfrenta hoje e perspectivas para os próximos anos? Salgado: Um dos principais desafios é fortalecer-se dentro da cidade de Montevidéu e depois ter a possibilidade de poder crescer em outras regiões dentro do país. Estamos atentos a essas oportunidades e nossas perspectivas é que nos próximos anos elas se concretizem.

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Artigo

Marcopolo 65 anos: presente em milhões de histórias Você já imaginou quantas pessoas passam por um ônibus em todo seu ciclo de vida útil? São milhões de histórias, sonhos, fatos do dia a dia que acabam tendo o ônibus como personagem direto ou, ao menos, como um palco, um cenário. O setor de transportes é essencialmente feito por pessoas para pessoas, por isso, através da memória dos transportes é possível entender um pouco a história de uma cidade, Estado ou país sob diversos aspectos. Os transportes influenciam e são influenciados pelos fatos econômicos, políticos e sociais, sendo um reflexo de cada época. Além de ajudar um pouco a entender o presente através de um olhar pelo retrovisor, o ônibus guarda em si seu principal elemento: é um veículo feito para o coletivo. Por isso, nele estão recordações de relacionamentos, de amizades, de família. Enfim, dos aspectos que nos constituem seres humanos. A Marcopolo completa 65 anos. Além de sua própria história ser um exemplo de desenvolvimento, crescimento econômico e busca por uma vida melhor na cidade, garantindo o ir e vir das pessoas, cumprindo essas missões a empresa acaba também entrando num pedaço da história de cada brasileiro, mesmo que muitos não saibam exatamente os nomes de marcas e modelos de ônibus. Com este repórter, apaixonado pelo setor de transportes, não foi diferente. Um modelo Marcopolo foi fundamental para que essa paixão fosse se desenvolvendo até se tornar profissão. Trata-se do Marcopolo San Remo II, operado pela Viação Padroeira do Brasil, em Santo André, no ABC Paulista. O modelo, produzido no início dos anos de 1980, foi um dos destaques do transporte urbano

no Brasil. Linhas retas, janelas grandes para os padrões da época e um desenho harmonioso davam forma à qualidade do produto. Mas para o então menino de Santo André, esses eram apenas alguns detalhes. Tanto é que eu nem sabia o nome do modelo. O que me interessava é que ele era grande, bonito e, acima de tudo, o San Remo foi palco de fatos que marcaram minha infância. Hoje, por causa da profissão de jornalista do segmento de transportes, tanto na rádio CBN como no blog Ponto de Ônibus, é necessário ver o “mundo ônibus” com olhar crítico, imparcial e, por vezes, técnico. Mas isso não anula a paixão. Quando dei por mim, percebi que o San Remo, e tantos outros modelos de ônibus, de diversas marcas, eram muito mais que simples veículos. Eram uma extensão da minha história de vida, a recordação dos passeios com meus pais, do primeiro dia de escola, da primeira namorada. O ônibus, para mim, apesar de todos os problemas hoje de mobilidade, é sinal de liberdade. Aquela mesma sensação que tive ao fazer as primeiras viagens com o San Remo ainda sinto quando tenho tempo de perceber o que ocorre dentro de um ônibus: pessoas convivendo, a oportunidade de prestar atenção na cidade e nas suas mudanças. Assim, quando uma fabricante de ônibus ou uma empresa chega a tanto tempo de existência, como a Marcopolo, o fato deve ser valorizado. Afinal, seus produtos acabaram contribuindo para que muitas pessoas não apenas conseguissem ter acesso, por exemplo, a serviços como saúde, educação e lazer, mas, acima de tudo, se tornassem cidadãs e, por que não dizer, ao ter de viver coletivamente, seres humanos melhores? Acervo pessoal

Ônibus são muito mais que frios automóveis. Eles transportam vidas e fazem parte do dia a dia das pessoas, sendo palcos de relações coletivas transformadoras

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Adamo Bazani

Jornalista da Rádio CBN especializado em transportes


Representante Divulgação Mercobus

Operação de resultados Atuando no Peru há quatro anos, a Mercobus detém nada menos que 78% do mercado de rodoviários de dois andares Com quatro anos de atividades no Peru, a Mercobus começou 2014 em uma nova sede. Com o objetivo de qualificar ainda mais o atendimento aos clientes, mais que duplicou sua área, passando de 1,2 mil metros quadrados para um espaço de 3 mil metros quadrados. Responsável pela operação, Cleiton Basso observa que a Marcopolo está no país desde a década de 1980, quando o atendimento era feito diretamente pela fábrica do Brasil, e destaca o Peru entre seus principais mercados. “Considerando o segmento de ônibus rodoviário de dois andares, nossa fatia de mercado chega a 78%.” O percentual é reflexo direto do movimento de formalização das mineradoras que o país vem experimentando desde 2012, além do crescimento da economia. “O Peru é movido pela mineração e, para se adequar à nova legislação, as mineradoras necessitam de unidades seguras”, observa Basso. A

Mercobus investiu nesse novo nicho em amplo crescimento e só neste ano vendeu mais de 70 unidades apenas para o transporte dos mineiros. Em outubro, a companhia começou a enviar 58 novos rodoviários para as principais operadoras do país. Os modelos serão utilizados em viagens de turismo e fretamento. A parceria com as mineradoras é um dos principais destaques nesses quatro anos de Mercobus. “Está trazendo excelentes resultados e com perspectivas positivas de crescimento para o futuro.” Aliado a isso, 100% das operações mineiras formais possuem produtos Marcopolo. A qualidade, a segurança e a possibilidade de personalizar os ônibus às necessidades individuais são apontados como fatores determinantes para a preferência. A principal expectativa da empresa para os próximos anos recai sobre o projeto de renovação do transporte urbano de Lima e das maiores cidades do país. Ainda informal, o serviço é realizado por veículos de menor capacidade, com idade média de 20 anos. “A Mercobus considera um importante desafio se solidificar nesse segmento, porém ainda faltam garantias fundamentais por parte do governo local. No entanto, as perspectivas para 2015 indicam avanços, e a Mercobus está preparada para fornecer os ônibus vindos diretamente da Marcopolo do Brasil.”

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Galeria Fotos Marina Bueno

Cônsul Geral da Itália no RS, Dr. Nicola Occhipinti

Brasil Sul

Viação Cometa

Cutcsa (Uruguai)

Aragua Futbol Club (Venezuela)

Copetran (Colômbia)

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Comitiva de Jornalistas do Chile e cliente Tur-bus

Nacional Expresso - 40 anos


Fotos Marina Bueno

Comitiva Volvo (Suécia)

Macon (Angola)

Auto Viação Dragão do Mar (Ceará)

Doce Rio (RJ)

Irmãos Mingoti

Cruz Del Sur e Volvo Chile

Cantor Gabriel Valim

Ifeanyichukwu (Nigéria)

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Prêmios Ruy Hizatugu

Maiores e melhores Pelo sétimo ano consecutivo a Marcopolo lidera o ranking das empresas encarroçadoras de ônibus e conquista o prêmio Maiores do Transporte & Melhores do Transporte, da revista Transporte Moderno. Resultado da análise do conteúdo de dados dos balanços anuais das empresas, feita pela equipe da publicação, o estudo não só mostrou que a Marcopolo tem a maior pontuação, mas também que seis dados obtiveram notas máximas. A premiação reuniu 500 convidados, em São Paulo, para homenagear os vencedores. O presidente da Fetcesp, Flávio Benatti, fez a entrega do troféu para Mauro Bellini, presidente do Conselho de Adminsitração da Marcopolo.

Prêmio SAE Brasil Pelo pioneirismo, ações e contribuições à engenharia automotiva brasileira na sua trajetória à frente da Marcopolo, o presidente emérito da companhia, Paulo Bellini, foi homenageado com o Prêmio SAE Brasil 2014, como Destaque Empreendedor, em outubro. Instituído nos anos1990, o prêmio reconhece a contribuição de engenheiros e profissionais no desenvolvimento e crescimento dos setores automotivo, aeroespacial e ferroviário. A edição, anual, é realizada durante o Congresso SAE Brasil, em São Paulo, que neste ano abordou o tema Construindo a mobilidade inteligente – os veículos do futuro. A SAE Brasil foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrirem as fronteiras do conhecimento para os profissionais da mobilidade, em face da integração do país ao processo de globalização da economia, que estava em seu início. Reúne mais de 5 mil associados no país.

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Divulgação Transporte Moderno

Troféu Transparência A Marcopolo conquistou, pela segunda vez, o Prêmio Anefac-Fipecafi-Serasa Experian - Troféu Transparência, na categoria Empresas de Capital Aberto com faturamento até R$ 5 bilhões/ano. Para José Antonio Valiati, CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo, o Troféu Transparência é o reconhecimento à gestão da empresa e sua conduta ética. “Esse prêmio, que ressalta a forma de relacionamento com o mercado e os stakeholders, mostra que é preciso transparência, qualidade e consistência nas informações contidas nas demonstrações, nas notas explicativas e nos relatórios da administração divulgados."

Eduardo Lins


Turismo

Vitória, nascida para o turismo Yuri Barichivich

Com paisagens paradisíacas, praias de águas límpidas, uma história de mais de quatro séculos e rica em cultura, a capital capixaba está entre as cidades que mais crescem no Brasil, atraindo turistas do mundo todo para lazer e negócios Ponto de partida para a maioria das rotas turísticas do Espírito Santo, Vitória é reconhecida pelo Ministério do Turismo como um dos 65 destinos indutores do turismo no Brasil. A cidade, uma das três ilhas-capitais do país (as outras são Florianópolis-SC e São Luís-MA), foi fundada em 1551 e conserva vários exemplares arquitetônicos da época. São casarios, igrejas, palácios e escadarias que recontam um passado de disputas e conquistas, e a maior parte desse acervo está no centro da cidade. A riqueza de sua história, a beleza de seus parques e praias, além das características econômicas, que apontam a capital capixaba como uma das cidades que mais crescem no país, atraem turistas de várias partes do mundo, interessados em lazer e em oportunidades de negócios, traduzindo a grande vocação turística do lugar. Com uma população de mais de 350 mil habitantes, Vitória é um ótimo lugar para se viver, trabalhar e se divertir. O turismo de negócios vem registrando crescimento acima da média nacional e o de lazer também segue essa tendência.

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Turismo

Praia de Camburi

Fotos Yuri Barichivich

As praias Entre as principais praias da capital capixaba, Camburi é a mais conhecida e a única localizada na área continental. É uma ótima opção para um passeio ao ar livre e prática de esportes náuticos. Tem seis quilômetros de extensão, totalmente urbanizados e arborizados. Em sua orla estão alguns dos maiores hotéis e restaurantes da capital, que servem a famosa moqueca capixaba. Outra opção, a Curva da Jurema, permite admirar a paisagem de um dos muitos quiosques com áreas cobertas que servem deliciosos petiscos da culinária capixaba. O mar de águas frias e calmas é ideal para a prática de esportes náuticos e a estreita faixa de areia convida para corridas e caminhadas. Com águas claras e tranquilas, a Ilha do Boi tem uma extensão de 140 metros e algumas peculiaridades: a Praia Grande é um recanto natural com sombras proporcionadas por árvores e a Praia Pequena fica nas proximidades. Ambas se encontram a poucos minutos da Praia do Canto e de Jardim da Penha, pontos de encontro dos jovens da cidade. Localizada na Ilha do Frade, a praia das Castanheiras, embora pequena, agrada a todos os gos-

tos. Além do mar aberto, tem pequenas piscinas naturais entre pedras. O acesso é feito por escada ou caminhando-se entre as rochas. Vida noturna A noite em Vitória começa com um happy hour e vai até a madrugada. Algumas regiões são famosas por concentrar bares, restaurantes e outras opções de lazer. A Rua Viva, no Triângulo das Bermudas, é um desses espaços. Das 22h às 5h, os carros estão proibidos de circular no trecho da Praia do Canto para receber dos boêmios da cidade. Destinado ao público jovem, a Rua da Lama reúne bares que ficam abertos até a madrugada. O Hortomercado, na Enseada do Suá, oferece restaurantes de estilos variados em um ambiente climatizado. Nas praias, quiosques e mesinhas são encontrados ao longo do calçadão, onde são servidas iguarias da culinária. O projeto Mar da Música é outra atração da cidade durante os meses de verão. Com o objetivo de valorizar os artistas locais e encantar os turistas, apresentações musicais são realizadas nas praias de Camburi e Ilhas das Caieiras, no aeroporto e na rodoviária de Vitória, acolhendo os turistas com o clima do verão capixaba.

Praia Ilha do Boi

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Gastronomia típica A culinária capixaba tem um diferencial em relação às demais regiões do Brasil: é produto de um mix especial de culturas, tanto dos colonizadores europeus quanto dos índios e africanos. O resultado são pratos bastante característicos do local. Os mais famosos são a Torta Capixaba, tradicional na Semana Santa, e a Moqueca Capixaba, famosa internacionalmente. O que leva a comida a ser única são os temperos e a forma de preparo, com o uso, inclusive, de panelas de barro, um importante diferencial da culinária local. Além dos restaurantes, os pratos típicos podem ser experimentados nas feiras livres, realizadas em 20 endereços da capital. Três delas vendem apenas produtos sem agrotóxicos.

Torta Capixaba Fotos Divulgação Governo do Espírito Santo

Panelas de barro

Artesanato capixaba Melhor representação do artesanato do Espírito Santo, as panelas de barro têm origem indígena. A herança tupi-guarani foi passada de mãe para filha e se mantém fiel há pelo menos 400 anos. Item indispensável da culinária local, as panelas são conhecidas por tornar mais saborosos os pratos típicos à base de frutos do mar, como a moqueca e a torta capixabas. A Associação das Paneleiras funciona no bairro de Goiabeiras e comercializa as panelas. Desde 2002 o ofício de fazer panelas de barro é reconhecido nacionalmente como um Bem Cultural de Natureza Imaterial e titulado como Patrimônio Cultural Brasileiro.

Yuri Barichivich

Parque Pedra da Cebola

Parques e praças O clima de Vitória convida para a vida ao ar livre e lugares para isso não faltam. O Parque Municipal Pedra da Cebola, local de uma antiga pedreira, é ótimo para caminhadas e contato com a natureza. Conta com espaço cultural, casa de meditação, jardim oriental e mirante sobre um paredão rochoso, utilizado para alpinismo. A Praça dos Namorados, na Praia do Canto, abriga a tradicional Feira de Artesanato, realizada nos finais de semana. No bairro Enseada do Suá, uma das áreas nobres de Vitória, a Praça do Papa possui uma esplanada de onde é possível apreciar uma das belas vistas da cidade: a baía de Vitória, tendo ao fundo o Convento da Penha e a cidade de Vila Velha. São aproximadamente 67 mil metros quadrados com parque infantil, área de eventos, dois restaurantes, uma lanchonete, além de estacionamento. Uma trilha leva à Reserva Ecológica Ilha do Papagaio, área adjacente à praça e onde há um mirante. Um dos mais importantes espaços históricos do centro da capital, a Praça Costa Pereira mantém sua ambiência original, com pedras portuguesas brancas. Carlos Antolini

Praça do Papa

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Turismo Projeto Tamar Observar as tartarugas marinhas em dois grandes aquários, além de conhecer mais sobre sua vida, reprodução e preservação, são as atrações do Centro de Visitação Projeto Tamar, na Ilha do Papagaio. Os tanques abrigam filhotes e espécies adultas de tartarugas verdes, cabeçuda e oliva. Os visitantes também recebem informações sobre a Ilha de Trindade, o maior sítio reprodutivo da tartaruga verde no país e área de alimentação da tartaruga de pente. Outro atrativo do lugar é a bela paisagem do entorno: uma vista panorâmica da baía de Vitória e da cidade de Vila Velha. Divulgação Projeto Tamar Yuri Barichivich

Atrações históricas e culturais

Theatro Carlos Gomes

Catedral Metropolitana: em estilo neogótico, com vitrais valiosos, foi construída no século 20. Santuário de Santo Antônio: construído na década de 1960, sua arquitetura é em estilo barroco, sendo uma réplica de um templo italiano do século 16 consagrado a Maria,. Palácio Anchieta: construção jesuítica do século 16, abriga desde o século 18 a sede do governo estadual. Guarda o túmulo do Padre José de Anchieta, sendo uma das sedes de governo mais antigas do Brasil. Theatro Carlos Gomes: construído em 1927 e projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, que se inspirou no teatro Scala, de Milão, é um marco da arquitetura eclética na cidade.

Carlos Antolini

Museu Solar Monjardim

Antigo Teatro Glória: primeira construção de cinco andares na cidade, iniciada em 1926, o prédio destaca-se no centro de Vitória. Foi edificado em concreto armado. Casa Porto das Artes Plásticas: instalada num prédio histórico de 1903, abriga exposições de artistas locais e nacionais. Museu de Arte do Espírito Santo: instalado em um prédio tombado pelo patrimônio do Estado, tem amplo acervo doado pelo governo do Estado. Museu Histórico da Ilhas das Caieiras: conhecido popularmente como Museu do Pescador, é voltado principalmente para a relação dos moradores com o mar e o manguezal. Museu Solar Monjardim: instalado num casarão que começou a ser construído nos anos de 1780 e tombado como patrimônio nacional em 1940, estrutura-se como um museu-casa. Mercado Vila Rubim: inaugurado em 1969, foi reconstruído sobre uma área de 4 mil metros quadrados após um grande incêndio em 1994. Abriga 425 lojas. Mercado Capixaba: projetado pelo arquiteto Joseph Pitilick, foi construído para substituir o antigo mercado municipal.

Mais informações : www.vitoria.es.gov.br (27) 3235.2910

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Divulgação Prefeitura de Vitória

Palácio Anchieta


Gastronomia

Julio Soares/Objetiva

Com toques indígenas A moqueca é um cozido de peixe com camarão, lagosta, palmito e frutos do mar com diferentes temperos. Tradicional item da culinária capixaba – mas também da baiana – é originalmente uma variação de pratos tipicamente indígenas. A principal distinção entre as duas está especificamente na escolha dos temperos. Na moqueca capixaba não entra dendê, uma clara influência africana na culinária baiana, leite de coco nem pimentão. A

cor é dada pela tintura de urucum, o azeite é doce (oliva), o tomate precisa estar bem maduro, a cebola branca o e alho devem ser bem cortados e o coentro picado, salpicado em doses bem generosas. A moldura perfeita fica por conta da panela de barro, feita pelas Paneleiras de Goiabeiras, tiradas do manguezal. Assim, fica garantido o sabor inigualável. Quem ensina essa receita é o chef Antonieli Souza Lopes, do restaurante Antonielle, de Farroupilha.

Moqueca Capixaba Ingredientes

Modo de preparo

1kg de peixe (badejo, dentão, robalo, papaterra, dourado, namorado). 1 maço de coentro 1 maço de cebolinha verde 1 cebola média 3 dentes de alho 4 tomates 1 pimenta malagueta Azeite de oliva a gosto Urucum a gosto Limão, pimenta do reino e sal a gosto

Tempere o peixe com limão, para deixá-lo mais firme, pimenta do reino e sal – não exagere para não salgar ou apimentar demais. Acrescente a cebolinha verde e o alho picados, deixando descansar por cerca de 15 minutos. Numa panela, em fogo baixo, coloque um pouco de azeite de oliva, o urucum, sem exagerar, e a cebola. Sobre essa base, espalhe o peixe temperado previamente, acrescentando o tomate picado sem o miolo e, de preferência, sem pele, além da pimenta malagueta. Intercale uma nova camada de cebola com outra de peixe, coloque água até cobrir tudo e, então, o coentro picado. Deixe cozinhar por cerca de 25 minutos, cuidando para não secar – se necessário, acrescente mais água e sal. Rende 4 porções. Dica: com o caldo da moqueca, faça um pirão com farinha de mandioca para acompanhar. O prato também vai bem com arroz branco.

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Mundo Marcopolo

Divulga

ção Ma con

Angola recebe primeiro DD Marcopolo A Marcopolo entrou para a história de Angola, na costa ocidental da África. A empresa realizou nada menos que sua primeira exportação de veículos de dois pisos para o país. A responsável pela novidade é a Macon, maior operadora de transporte de Angola, que renovou sua frota com três novos Paradiso 1800 Double Decker. As unidades, utilizadas em linhas rodoviárias entre as cidades, foram entregues durante a Feira Internacional dos Transportes e Logística 2014 (Expotrans), que aconteceu em Luanda, de 20 a 23 de novembro, e ficaram expostas no estande da empresa.

O país é um comprador tradicional de ônibus brasileiros e, com o novo negócio, abre a possibilidade para receber os benefícios de segurança, conforto e confiabilidade dos veículos rodoviários DDs da Marcopolo. O modelo tem capacidade para 46 passageiros no piso superior, em poltronas semileito, e 12 no inferior, em poltronas leito. Fundada em 2001, a Macon começou operando linhas urbanas na cidade de Luanda. Hoje a empresa emprega 1,8 mil funcionários e realiza o transporte de passageiros por todo o país, utilizando uma frota de ônibus de baixo tempo de uso. Divulgação Volgren

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Paradiso 1800 DD escolhido na África do Sul O Paradiso 1800 Double Decker foi o modelo escolhido para a renovação de frota de duas das principais empresas de transporte de passageiros da África do Sul. Intercape e Greyhound adquiriram 10 rodoviários de dois pisos da Marcopolo, que serão utilizados no transporte turístico, de fretamento e em linhas intermunicipais e interestaduais do país. Configurações diferenciadas caracterizam os veículos para oferecer ainda mais conforto, segurança e ergonomia. Os modelos destinados à Intercape contam com direção do lado direito, sistemas de ar-condicionado, de áudio e vídeo com aparelho de DVD, seis monitores, rádio, geladeira de 70 litros junto à escada do piso superior, banheiro com pia de aço inox, três câmaras de monitoramento e preparação para aquecedor de líquidos. Já os ônibus da Greyhound, além da direção do lado direito, oferecem 48 poltronas semileito no piso superior e 12 leito no piso inferior, sistema de ar-condicionado, sistema de áudio e vídeo com aparelho de DVD, cinco monitores, rádio, duas geladeiras, três câmaras de monitoramento e preparação para aquecedor de líquidos. Além dos diferenciais para cada empresa, os veículos agregam acabamento moderno e tecnologia embarcada. O design arrojado, com vidros laterais colados com ventarola e para-brisas panorâmicos, ainda ampliam a visibilidade para o motorista e passageiros.

Fotos divulgação Marcopolo

Ônibus para o Japão A Volgren, subsidiária da Marcopolo na Austrália e maior fabricante de ônibus daquele país, desenvolveu e forneceu quatro novos ônibus para a cidade de Niigata, no Japão, localizada na costa oeste, aproximadamente a 320 quilômetros da capital, Tóquio. Os modelos fazem parte de um programa de testes para o possível fornecimento de outros 16 veículos. Os ônibus foram desenvolvidos pela unidade australiana e são do modelo Volgren Optimus, com 18 metros de comprimento e capacidade para transportar 124 passageiros. Com carroceria

em alumínio, com tecnologia Volgren, os veículos possuem sistema de informação ao passageiro, GPS, sistema de comunicação externa com o motorista em todas as portas e sistema de contagem de passageiros. O fornecimento fechado pela Volgren é muito importante, pois o Japão é referência mundial em qualidade e confiabilidade na indústria automotiva. Ser capaz de desenvolver, produzir e exportar veículos para o país asiático comprova o elevado padrão de qualidade da fabricante australiana no mercado global de ônibus.

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Mundo Marcopolo

Mercado é ampliado no México Os modelos Marcopolo estarão em evidência em mais uma região do México. Dessa vez será em Tijuana, na área do Pacífico, onde a Camiones Vence inaugurou sua quinta agência, em novembro passado. Uma das principais representantes da Polomex e Daimler, joint venture da Marcopolo com a Mecedes-Benz no país, a empresa escolheu a cidade, a maior do estado de Baja California, para sua nova sucursal em função da localização estratégica. A expecativa é fortalecer as vendas de urbanos do grupo com um incremento de 60% sobre as unidades comercializadas atualmente por ano, que somam entre 350 e 380, sendo 50% de carrocerias

Marcopolo. E, além disso, ampliar o mercado de rodoviários, especialmente dos modelos Paradiso 1200 e Viaggio, já que os fabricantes locais priorizam os urbanos. A empresa acredita que o trabalho conjunto com a Marcopolo é estratégico para reforçar a parceria comercial e, assim, fomentar os negócios, criando oportunidades de atender de forma diferenciada o novo mercado. Com cinco pontos de vendas, a Camiones Vence se converte na distribuidora de ônibus com maior cobertura da região do Pacífico, atendendo a todo o estado de Sinaloa e de Baja California.

Divulgação Camiones Vence

80 ônibus rodoviários para o Equador A Marcopolo fornecerá 80 novos ônibus rodoviários dos modelos Paradiso 1800 DD e Viaggio 1050 para as operadoras de transporte do Equador, Cooperativa de Transportes Ecuador, Cooperativa Viajeros e Cooperativa Loja. Os veículos, com diferentes configurações, serão utilizados em serviços de transporte de passageiros, com alcance interestadual e nacional. Segundo Ricardo Portolan, gerente de operações comerciais para o mercado externo da Marcopolo, o mercado equatoriano de ônibus está em franco desenvolvimento. “Fizemos um grande trabalho para conquistar esses clientes e isso só reforça a estratégia da Marcopolo de encontrar as melhores soluções para atender diferentes necessidades”, explica o executivo.

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A grande competitividade do setor de transporte rodoviário de passageiros, onde algumas rotas apresentam maior demanda de veículos e outras acabam praticamente abandonadas pelos operadores, fez com que a segmentação de produtos fosse um caminho adequado. O cenário despertou o interesse de algumas cooperativas em adquirir veículos maiores e diferenciados, buscando aumentar o faturamento sem que seja necessária a ampliação de linhas ou frequência, podendo transportar mais pessoas, com mais conforto e custo operacional bastante similar. A operação de venda do Paradiso DD para a Cooperativa Ecuador é a maior renovação de frota realizada por uma empresa do país. O objetivo é substituir 100% da frota atual.


Novidades

Marcopolo participa da reativação do Museu do Transporte Fotos divulgação

A Marcopolo é a primeira empresa do segmento de ônibus a participar da reativação do Museu História do Transporte, montado na cidade paulista de São Bernardo do Campo com o objetivo de preservar a história de mais de 100 anos do transporte comercial no Brasil. A vitrine institucional da companhia retrata um terminal de sistema BRT em funcionamento, com estação, veículos, passageiros, ruas e avenidas, além de mostrar, em ordem cronológica, a trajetória da empresa. Segundo Walter Cruz, gerente de estratégia e marketing da Marcopolo, o projeto destaca e reforça a forte presença que a empresa tem há mais de 40 anos na implantação desses sistemas. “Nossa participação e experiência começou junto com o primeiro projeto da cidade de Curitiba (PR), ainda na década de 1970, e se expandiu para todo o mundo.” Sobre o museu

Criado em junho de 2001, com o nome de Museu Nacional dos Transportes, na cidade de Patrocínio (MG), o projeto funcionou até 2004. Atualmente, foi reativado em São Bernardo do Campo, com o nome Museu História do Transporte. Conta com 37 veículos entre ônibus, “jardineiras”, caminhões, caminhonetes e carros de passeio, alguns fabricados há quase 100 anos. Possui ainda sala de leitura com cerca de 10 mil exemplares de revistas especializadas em transporte, 400 livros, 350 registros de imagens e textos, e 380 quadros emoldurados sobre o tema. Dispõe também de um bar temático com motivos da década de 1910, para a realização de eventos e palestras com adoção de espaço para a gastronomia. Localizado na garagem da empresa Breda, no Jardim Planalto, ainda não está aberto ao público, mas já recebe eventos temporais por grupos de pessoas, empresas e educandários, com agendamentos prévios. Mais informações pelo (11) 4355.1544.

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Novidades

Novo Torino chega a mil unidades O Novo Torino, versão lançada no final de 2013 do modelo mais vendido em toda a história da indústria do ônibus no Brasil, chega a sua milésima unidade. Motivo de comemoração, o veículo mil foi fabricado na Marcopolo Rio, centro exclusivo de produção de ônibus destinados ao transporte de passageiros em centros urbanos da companhia. O sucesso do Torino é tanto que a empresa soma uma produção superior a 100 mil unidades durante 30 anos de fabricação do modelo. Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo, os números traduzem

o conceito do veículo. “O conforto, a segurança e a robustez sempre caracterizaram o Torino e, com certeza, são os atributos que permitiram conquistar os empresários do setor e alcançar esse expressivo resultado”, avalia. Concebido para oferecer conforto e segurança aos passageiros, menores custos operacionais e de manutenção, além de mais ergonomia e praticidade para motorista e cobrador, a nova versão ainda conta com visual moderno e tecnologia aplicada a favor da funcionalidade. Sistema multiplex redesenhado, painel de instrumentos com tela colorida de LCD de 3,5 polegadas, sistema de ar-condicionado opcional, novos conjuntos ópticos traseiro e frontal com luz diurna, que agrega mais segurança no trânsito urbano, são outros diferenciais. Com capacidade para transportar 47 passageiros, o Novo Torino possui maior largura interna, que garante amplo espaço para circulação, iluminação interna em LEDs e poltronas preferenciais para idosos, gestantes e/ou pessoas com deficiência. As poltronas City são mais ergonômicas, contam com novos apoios de cabeça, que facilitam a movimentação dos passageiros, além de moderna decoração. Outra inovação é o sistema de campainha

Divulgação Marcopolo

Novos Paradiso para a Viação Cometa Exclusividade é a marca dos novos ônibus rodoviários Marcopolo fornecidos para a renovação da frota da Viação Cometa. Os modelos Paradiso 1800 Double Decker e Paradiso 1200 foram fabricados com configuração personalizada e exclusiva para as necessidades da operação da empresa paulista e incorporam o que existe de mais moderno e avançado em termos de segurança, conforto, ergonomia, tecnologia e acabamento. Os Paradiso DD serão destinados à ponte Rio-São Paulo e terão duas classes de ser-

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viço, com poltronas semileito no piso superior e poltronas leito no piso inferior. A configuração mostra a capacidade ímpar da fabricante de entregar ao cliente o que ele deseja e necessita para se destacar no seu segmento. Soma-se a isso, o design moderno, extremo conforto e alto investimento em segurança agregado a todos os modelos da marca. As unidades integram um lote de 139 ônibus adquiridos pelo Grupo JCA, um dos principais operadores de transporte rodoviário do Brasil.


Divulgação Sest/Senat

Marcopolo entrega Buggy para Sest/Senat do Paraná Com tradição em manter parcerias estreitas com as entidades e organizações ligadas à formação profissional, a Marcopolo fez a entrega de uma unidade do modelo Buggy para o Sest/Senat do Paraná, fruto de uma parceria entre a companhia e a instituição. A iniciativa está alinhada à estratégia de possibilitar que os futuros profissionais do segmento de ônibus permaneçam atualizados em relação aos produtos da companhia e, assim, possam desempenhar o trabalho e atender ao mercado de forma qualificada. O modelo apresenta todos os equipamentos de um ônibus rodoviário, permitindo que os alunos conheçam e aprendam como fazer a manutenção nos veículos da marca. O treinamento dos profissionais que atuam no mercado de transporte, assim como a formação de jovens é fundamental para a Marcopolo. Tanto que a empresa mantém, há cerca de 25 anos, a Escola de Formação Profissional Marcopolo (EFPM), que treina e forma jovens para atuar na empresa e seguir carreira. E o Buggy foi um dos produtos confeccionados no Centro de Treinamento – Unidade Reolon, servindo de aprendizado prático e mostrando a qualidade do trabalho dos alunos.

O curso de Montador de Veículos Automotores, realizado em parceria com o Senai e Prefeitura de Caxias do Sul, tem duração de dois anos e grade curricular que contempla a formação em todos os processos de fabricação de ônibus Marcopolo. Divulgação Marcopolo

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Novidades Divulgação Sogil

Sogil comemora 60 anos no transporte coletivo Em momentos de forte emoção, a Sogil comemorou seis décadas de atuação no transporte coletivo de passageiros. A festa que reuniu mais de 450 convidados contou com a presença de autoridades e empresários do transporte para relembrar uma história com foco no futuro. Os depoimentos dos conselheiros Sergio Tadeu Pereira e José de Jesus Teiga Júnior, assim como dos diretores Ana Cristina Pastro Pereira e Fabiano Rocha Izabel foram intensos. Embargados pelas lembranças, eles emocionaram os convidados ao comentar sobre a trajetória de 60 anos, que teve início com um desafio: em 25 de maio de 1954, 16 empreendedores decidiram lançar-se à tarefa de desenvolver um serviço eficaz de transporte coletivo de passageiros, capaz de ligar Gravataí a Porto Alegre.

Os empreendedores tinham um ou dois ônibus que foram somados aos da empresa que anteriormente mantinha o serviço, tornando-se a semente dos mais de 330 veículos atuais. Foram tempos difíceis, a região era ainda pouco desenvolvida economicamente e Gravataí considerada cidade-dormitório. Os fundadores, além de administrarem seus bens, trabalhavam como motoristas, cobradores e até mesmo mecânicos. Em pouco tempo, no início dos anos 60, a empreitada cresceu e a fusão do patrimônio dos sócios fez com que os ônibus passassem a ser registrados em nome de Sogil (Sociedade de Ônibus Gigante Ltda). Hoje, a empresa conta com quatro garagens equipadas e preparadas para as principais operações do transporte coletivo de passageiros.

Gratidão e homenagens nos 50 anos da Eucatur Ao completar meio século de existência, a Eucatur reuniu amigos, colaboradores, prestadores de serviços e autoridades na sede administrativa da empresa, em Ji-Paraná (RO), para celebrar uma história de muito trabalho e conquistas. Fundada pelo casal Assis Gurgacz e Nair Ventorim, em 1964, em Cascavel (PR), a empresa de transporte rodoviário se expandiu e criou um legado que se une à história de Rondônia: em 1972, fez a primeira viagem para o então Território Federal, sendo a União Cascavel a única empresa a fazer uma linha regular de transporte rodoviário de passageiros, ligando o Sul ao Norte do país.

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A comemoração contou com culto ecumênico e homenagens como da Marcopolo, representada por Jocemario Dartora gerente Regional, Gilberto Daniel, representante da Marcopolo na Região Norte, e André Oliveira, diretor de marketing. A declaração de Gurgacz foi um dos momentos de maior emoção: “Se fosse para recomeçar tudo de novo, eu começaria. Além de trazer o pessoal para Rondônia, ajudamos a assentar as famílias, e todas as linhas que iniciamos se transformaram em municípios. São hoje 52 municípios, e o primeiro ônibus que entrou em cada um deles foi da Eucatur.”


Leonardo Kerkhoven

Fátima completa cinco décadas de história Mais de 400 pessoas prestigiaram o evento que comemorou os 50 anos da empresa Fátima Transportes e Turismo Ltda, na cidade de Taquari (RS), em novembro. Autoridades, fonecedores, colaboradores, associações do ramo e membros da comunidade se reuniram para abraçar Jaime José da Silva, presidente da empresa, que junto com a Turis Silva, de Porto Alegre, são proprietários da companhia desde 2011. Fundada por Laurentino, Lauro e Bolívar Mayer da Silva em 1964, pode-se dizer que a empresa começou seus primeiros passos muito tempo antes, em menos de uma década do início do transporte coletivo na região do Vale do Taquari, em 1937. Em dezembro desse ano, Laurentino e Lourenço fundam, em Lajeado, a Irmãos Mayer da Silva, que ao longo do tempo agregou novos sócios.

Na década de 1960, a então Irmãos Mayer da Silva e Cia Ltda, com sócios remanescentes, torna-se sócia da Expresso Azul Ltda. E, em 10 de dezembro de 1964, Laurentino com seus sobrinhos fundam, em Taquari, a Nossa Senhora de Fátima. Atualmente, a empresa conta com 105 funcionários e 50 veículos, atendendo a linhas municipais em Taquari e Triunfo, além de intermunicipais que atuam nas regiões do Taquari, Tabaí, Paverama, Teutônia, Fazenda Vilanova, Mariante, Bom Retiro do Sul, Estrela, Lajeado, Triunfo, Montenegro, Portão, São Leopoldo, Canoas e Porto Alegre. Ao todo, transporta mais de 110 mil passageiros por mês. Desde de que assumiram a empresa, os novos sócios investiram mais de R$ 3 milhões na renovação da frota e pretedem continuar a qualificar o atendimento à população. Divulgação Eucatur

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Rede Social

Marca histórica Um milhão de fãs. A marca representa o número de curtidores da fan page da Marcopolo e superou as expectativas pela velocidade com que foi conquistada. A empresa entrou no Facebook no final de 2011, três anos depois, contabiliza o resultado de um trabalho focado em aproximar os públicos da companhia. Motivo de comemoração, a rapidez em se alcançar tantos fãs não surpreende: sete meses após estrear na rede social, a página da Marcopolo somava 100 mil curtidas, um indício do que vinha pela frente. Eventos, promoções, concursos literários, lançamentos de produtos e muitas outras ações desenvolvidas pela empresa motivaram a conquista. Para se ter uma ideia, o vídeo do lançamento do Novo Torino obteve mais de 9 mil curtidas. Para a Marcopolo, a marca serve de motivação extra para a continuidade de um trabalho que mostra uma pequena parte da missão da fabricante na busca de soluções para o transporte público no Brasil e no mundo.

1.000.000 fãs 700.000 fãs

500.000 fãs 360.000 fãs

100.000 fãs

171 fãs 26/10/11

06/10/12

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Memória

Nesses 65 anos de existência em que a Marcopolo se empenhou na busca de soluções criativas, modernas e efetivas para o transporte das cidades brasileiras e de outros países, os selos se tornaram uma das principais marcas dessa trajetória. Criados a partir do 25º aniversário da empresa, eles traduzem a missão da companhia no segmento em que atua, mas também frente às comunidades onde está inserida e desempenha papel fundamental no desenvolvimento econômico e social de cada um desses lugares.

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