Metodologia e Prática de Ensino pensamento, sua autoria), e alicerçar o processo de transformação, mudanças;
O instrumental que disciplina sua prática de pesquisa, de estudo, é a observação e a reflexão.
registrar a história – individual e coletiva – do processo na conquista do produto;
A observação é o início do seu estudo. Através do registro de suas observações e do planejamento, ele estrutura sua reflexão.
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● constatar quais são as contradições entre o seu pensar teórico e a sua prática, entre o seu pensar-fazer com os dos outros; ● resgatar sua história de educando para poder pensar melhor sua prática (atual) de educador e que teoria vem alicerçando essa prática;
elucidar sua opção pedagógica, política, no ato de educar para fabricar a construção do desejo, sonhos de vida e esperança. ●
Porque refletimos, desejamos, sonhamos, somos sujeito, fazemos educação.
3 estudo e reflexão 3.1
o registro e a reflexão do educador
Sobre o Ato de Estudar-Refletir Madalena Freire Welfort
O educador estuda os outros, a si mesmo, a sua prática, a realidade. O educador estuda a teoria dos outros construindo, produzindo a sua. O ato de estudar-refletir faz parte do cotidiano do educador porque a pesquisa move a construção do conhecimento no ensinar, no educar.
A reflexão tece o processo de apropriação de sua prática e teoria. Somente tendo sua nas mãos, o educador questiona e recria outras teorias. Na concepção democrática de educação o ato de refletir-estudar é fonte constante de conflitos e confronto com a teoria do outro e a sua própria. É constante rever-se, buscar-se através do entendimento do outro. Por isso mesmo não é uma ação passiva; pelo contrário, muitas vezes pode acontecer verdadeiros duelos com que se está estudando: discordâncias, não entendimentos, desentendimentos... Por tudo isso, o ato de estudar-refletir provoca dores, mal-estar e também desprazer; mas tudo isso faz parte do movimento de fundamentação teórica que alicerça a recriação da teoria e da prática. Neste sentido, o estudo-reflexão sempre possibilita transformações. Numa outra concepção de educação o estudioso pratica o canibalismo teórico; pois, preocupado em devorar a pilha de livros produz somente o verniz da reprodução. Seu estudo não gera transformação porque, desapropriado do que pensa e faz, vira um copiador exemplar da teoria dos outros. Um mascarado, de seu coração pedagógico.
3.2
A Propósito do Ato de Estudar Fátima Camargo Página 32