Especiais Ascensão / Feira Medieval - Torres Novas / Feira de Maio - Azambuja

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ECONOMIA Especiais nesta edição:

23 de Maio de 2019 Faz parte integrante da edição de O MIRANTE nº 1404

Jovens não gostam de fazer esforços nem de sujar as mãos

O seu primeiro trabalho foi como aprendiz de estofador de automóveis, em Lisboa, onde nasceu. Hélder Lopes trabalha na empresa Mola Solta, em Santarém, e gosta muito da sua profissão 18 Identidade Profissional

Chamusca na semana mais esperada do ano

Programa da Semana da Ascensão decorre de 25 de Maio a 2 de Junho. Carminho, Bonga, Olavo Bilac e Quim Barreiros são alguns dos músicos que vão animar as noites da Ascensão. A festa brava vai estar mais uma vez em destaque com duas corridas de toiros. 2

Não sou capaz de ver alguém a precisar de ajuda e não fazer nada Vítor Lourenço nasceu e ainda vive em Azambuja. É Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja desde Janeiro e confessa-se um homem optimista e de fé 17 Três Dimensões

Refood Santarém quer alimentar combatendo o desperdício O lançamento do projecto vai decorrer no dia 30 de Maio na Casa do Campino a partir das 21h00. No dia 1 de Junho será inaugurado o novo centro de operações. As iniciativas são abertas à população 18

Salão de clássicos de Vila Franca de Xira celebra centenário da Bentley

O Pavilhão do Cevadeiro em Vila Franca de Xira volta a ser palco, entre os dias 23 e 26 de Maio, da oitava edição do Salão de Automóveis e Motociclos Clássicos 21

Feira de Maio em Azambuja com fados a abrir A centenária Feira de Maio está de regresso a Azambuja, de 30 de Maio a 2 de Junho, mais uma vez com aposta forte nas tradições ribatejanas. Na vertente musical vão estar em palco as cantoras Cuca Roseta e Aurea e a banda Kapittal. 14

O sobreiro enquanto símbolo nacional é o destaque da Feira da Cortiça de Coruche Coruche volta a assumir-se como a Capital Mundial da Cortiça e escolheu para tema da décima primeira edição da FICOR o Sobreiro, enquanto símbolo nacional 19

Couro Azul vence 23º Challenger Nersant Equipa que representou a empresa de Alcanena foi a vencedora da prova de desporto aventura que se realizou em Mação nos dias 17 e 18 de Maio 21

EMPREGOS

Inquisição é tema da Feira Medieval de T. Novas Recriação histórica promovida pelo município vai decorrer de 29 de Maio a 2 de Junho em vários pontos da cidade e conta mais uma vez com o envolvimento da comunidade. Figura de D. Pedro de Lencastre, inquisidor-geral do reino, inspira o evento deste ano.10

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CLASSIFICADOS

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O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO

23 MAIO 2019

foto arquivo O MIRANTE

de: Eduardo Garcia

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Esperas de touros são um dos pontos altos da Ascensão na Chamusca

Chamusca em festa na semana mais esperada do ano Programa da Semana da Ascensão decorre de 25 de Maio a 2 de Junho Carminho, Bonga, Olavo Bilac e Quim Barreiros são alguns dos músicos que vão animar as noites da Ascensão. A festa brava vai estar mais uma vez em destaque, com duas corridas de touros agendadas para 30 de Maio e 1 de Junho.

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programa de festividades da Semana da Ascensão, na Chamusca, arranca este sábado, 25 de Maio, com as habituais tasquinhas, mostra de produtos regionais e muitas largadas de touros e música para todos os gostos. A 30 de Maio e 1 de Junho realizam-se as duas corridas de touros. A festa brava vai estar mais uma vez em destaque, com a realização de duas corridas

de touros na praça da vila. No dia 30 de Maio, quinta-feira, pelas 17h00, realiza-se uma corrida mista, com os cavaleiros Luís Rouxinol e Francisco Palha e os matadores António João Ferreira e Nuno Casquinha. Os Forcados Amadores da Chamusca e do Aposento da Chamusca vão assegurar as pegas. Nessa corrida será feita uma homenagem ao antigo ganadeiro Norberto Pedroso, falecido em Abril de 2011. A corrida de 1 de Junho vai ser às 21h30, com homenagem a Manuel José Moedas, falecido em Março último. A corrida de touros à portuguesa terá na arena os cavaleiros João Moura Júnior, Duarte Pinto e João Salgueiro da Costa. As pegas ficam a cargo dos Forcados Amadores de Santarém e do Aposento da Chamusca. Neste dia o Aposento da Chamusca comemora o seu 35º aniversário.

A festa brava vai estar mais uma vez em destaque, com a realização de duas corridas de touros na praça da vila. A animação musical traz grandes nomes à vila da Chamusca. Os concertos vão decorrer à noite e logo no primeiro dia, 25 de Maio, os Expensive Soul sobem ao palco. A fadista Carminho é a cabeça-de-cartaz no dia 26 e Olavo Bilac no dia 27. Bonga vai trazer os ritmos africanos no dia 28 de Maio. O grupo The Black Mamba sobe ao palco no dia 29, Quim Barreiros no dia 30, Bárbara Bandeira no dia 31. David Antunes & The Midnight Band encarrega-se de animar as festas no dia 1 de Junho e Custódio Castelo e Amigos encerram as festividades no dia 2 de Junho

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O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO

A Carpintaria Mário em Vale de Cavalos trabalha a madeira com arte há mais de 30 anos Especialistas em remodelação e construção de cozinhas, escadarias, portas de interior e exterior, estantes, restauros, roupeiros ou portões para quintas, é muito mais do que uma vulgar carpintaria na arte de trabalhar a madeira. Com mais de trinta anos de saber acumulado e inovação permanente, a qualidade, os acabamentos e a satisfação de cada cliente são uma prioridade.

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izer que a Carpintaria Mário, em Vale de Cavalos, no concelho de Chamusca, executa qualquer tipo de trabalho de carpintaria geral em moradias, apartamentos e espaços comerciais é um pouco vago. Os mais de trinta anos de experiência, bem como a preocupação permanente com a aquisição de equipamentos mais modernos e sofisticados, conferem-lhe um grau de qualidade e fiabilidade comprovados por clientes e obra feita. Com um serviço personalizado adaptado a cada trabalho, projecta, monta e fabrica janelas, escadarias, tectos falsos, roupeiros, mesas, cadeiras, estantes, camas, portas, (interiores e exteriores), móveis para casa-de-banho e todo o tipo de pavimentos em madeira para interior e exterior.

foto DR

António Godinho “Sabemos que muitas vezes é difícil colocar as ideias em prática. É por isso que gostamos de ser nós próprios a ver o espaço da casa que o cliente pretende construir de raiz, melhorar ou renovar”, refere António Godinho, proprietário da empresa “Projectamos e optimizamos espaços pequenos que se transformam em simpáticos espaços de arrumação. Para nós cada obra representa um desafio e uma forma de aprendizagem”, explica. Com uma larga experiência na área de restauro em edificações antigas, urbanas e rústicas, a Carpintaria Mário executa cada trabalho com bom gosto e requinte, onde a madeira ocupa um lugar de destaque, dando vida e cor a cada obra. Dos últimos trabalhos realizados no que ao restauro diz respeito destaca-se a sua partici-

pação na remodelação das igrejas de Ulme, Vale de Cavalos e Parreira, representando uma nota da confiança em restauros exigentes e de grande responsabilidade. Desde exigentes e complexas remodelações, ao fabrico e montagem de uma moderna caixilharia dupla de madeira/madeira ou madeira/alumínio e feito à medida, a empresa fabrica e monta portas, aros e janelas, interiores e exteriores, efectuando todo o tipo de acabamentos, envernizamentos e lacagens resistentes e de alta qualidade. A experiência no fabrico e montagem de caixilharia em vidro duplo, seja ela de madeira\madeira ou de madeira\alumínio atesta o investimento feito no que respeita à formação e à aquisição de modernos equipamentos. De acordo com alguns estudos recentes, a cozinha é a zona da casa onde actualmente se passa mais tempo em família, pelo que para além de funcional deverá ser sóbria, confortável e esteticamente agradável. A pensar em todos estes aspectos, a empresa de carpintaria dispõe de um conjunto de ferramentas e materiais que possibilitam optar pela melhor solução para ajudar cada cliente a idealizar e a construir este espaço. “No fabrico de cozinhas possuímos programas informáticos que nos permitem apresentar ao cliente um esboço quase real daquele que será o produto final. A aposta na qualidade e na satisfação total do cliente só é possível com bons profissionais e bons recursos”, refere António Godinho

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Pedro Braz Técnico de Recursos Humanos - A Persistente Artes Gráficas - Chamusca

“Neste século a Chamusca tem perdido mais de cem habitantes por ano”. Gosto da Ascensão na Chamusca e sempre que tenho oportunidade assisto às largadas de touros. Não me recordo de alguma vez ter apanhado algum susto. Tenho o meu q.b. de afición mas não sou de me aventurar muito. Em termos de formato não mudava nada na Semana da Ascensão. A única alteração que faria seria a nível artístico. O futuro da Chamusca é preocupante. Os dados falam por si. Desde 2001 perdemos em média mais 100 habitantes por ano. Somos um concelho com uma enorme percentagem de população envelhecida. Segundo os últimos dados já existem cerca de 275 idosos por cada 100 jovens, situação que se tem vindo a agravar com o passar dos anos. Se nada for feito só irá piorar. A única forma de evitar a desertifica-

O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO ção do concelho é com mais incentivos do governo, captação de investimento e com a criação de emprego mais especializado. A maior parte dos jovens do concelho que termina o ensino superior não encontra no concelho oportunidades na sua área. A construção da nova ponte sobre o Tejo entre Chamusca e Golegã e a conclusão do IC3 poderiam ajudar a tornar o concelho mais atractivo. O concelho da Chamusca tem que merecer mais atenção do poder político, quanto mais não seja porque está a ajudar a resolver um problema nacional. Não nos podemos esquecer que temos o Eco Parque do Relvão onde estão instalados dois Centros Integrados de Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos - CIRVER. Mesmo que pudesse não mudava de terra porque esta é a minha terra mas têm que ser criadas condições para a fixação dos jovens. Se me perguntam se sou bairrista direi que sim, já que há mais de 30 anos que vivo no chamado Bairro na Chamusca.

Vera Ferreira Comercial Office da Vila - Chamusca

“Fazem falta mais postos de trabalho para travar a desertificação”. A festa da Ascensão é muito importante, porque é nessa altura que convivemos com os amigos, com a família, em que revivemos tradições. Gostava que a Ascensão na Chamusca ainda fosse como era há uns anos, em que havia sempre vários palcos com várias actividades a decorrer ao mesmo tempo. A Chamusca tem evoluído em alguns sectores ao longo dos anos e espero que, no futuro, continue a evoluir para melhor. Fazem falta postos de trabalho para travar a desertificação do concelho. A população da Chamusca tem um grande sentido empreendedor e há algum investimento mas é necessário

23 MAIO 2019 atrair mais empresas. A Chamusca merecia e merece mais atenção do poder político, pois ainda temos alguns problemas que precisam de ser resolvidos, nomeadamente os problemas causados pelo trânsito, principalmente de camiões, na ponte. Não me considero bairrista mas gosto das tradições, das festas, da comida típica da nossa região. Acima de tudo, gosto de viver na Chamusca. Já estive dois anos fora e apesar de ser bom estar algum tempo fora é ainda melhor voltar. Sabe bem esta calma. Para a minha empresa prevejo um bom futuro pois temos tido uma boa adesão devido à diversificação de serviços que prestamos. Se pudesse influenciar o poder político, começava por mudar algumas coisas no sistema de saúde porque acho que é um absurdo ter de esperar três meses por uma consulta, por exemplo. Precisamos de centros de saúde com mais condições e de mais profissionais de saúde para que toda a gente possa ter assistência imediata quando necessita.


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Bruno Oliveira Presidente da União das Freguesias de Parreira e Chouto - 34 anos - Parreira

“Temos que planear o futuro de forma sensata e racional” O que gostava de ver diferente na Ascensão? Gostava de um debate sobre o futuro da Ascensão. Como será daqui a 10, 20 ou 30 anos? Acho que seria importante. Temos bem registada a história da Ascensão e suas tradições mas a verdade é que nunca olhamos para o futuro. O máximo que planeamos é o ano seguinte. Qual a importância da Semana da Ascensão da Chamusca para a região? É marcante para o concelho e para o Ribatejo. É o evento que tem mais visibilidade fora do concelho e que mais eleva o nome da Chamusca. Sempre que alguém fala em Ascensão é quase certo que a associa à Chamusca.

O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO Assiste às largadas? Alguma vez apanhou algum susto? Já vi largadas de touros mas sustos nunca apanhei, dado ser muito cauteloso. O touro é um animal a que dou muito valor pela sua beleza mas respeito a sua força. Como vê o futuro do concelho da Chamusca? Sou uma pessoa optimista. Acredito que as políticas adoptadas e a adoptar serão benéficas para o nosso concelho e em especial para a minha freguesia. Considera-se um bairrista? Sou bairrista no sentido em que considero que somos especiais e temos os traços únicos que nos caracterizam. Como é que se evita a desertificação do concelho? Com políticas activas, de proximidade, descentralizadas, sinceras e humildes. Temos de planear o nosso futuro hoje sendo sensatos e verosímeis. Sendo racionais.

Como é que se atraem investidores para o concelho de forma a haver mais empregos? Com a mesma frase de sempre: “Há que criar condições...”, mas essas condições não passam apenas pelo IMI baixo, IRS baixo, PEC baixo... temos de oferecer a confiança às empresas e pessoas para elas se fixarem e crescerem. A Chamusca merecia mais atenção do poder político ou estamos todos no mesmo barco e o que se passa na Chamusca não pode ser diferente do resto do país? Existem vários níveis de “poder político”. No meu caso, enquanto presidente de junta de freguesia, estou na base da hierarquia mas considero que os autarcas de freguesia são os que melhor podem ouvir a população diariamente e tentar ajudar. É esse o meu trabalho. Se pudesse mudava de terra? Não me vejo a viver na lua.

5 Se pudesse influenciar o poder político qual era a primeira medida que tomava para mudar o rumo das coisas? Trabalho diariamente de forma a ser mais um de todos os nossos fregueses a dar um rumo à nossa freguesia. Quero acreditar que todos influenciamos positivamente quando nos envolvemos por bem. No entanto, existe muita gente que se envolve para tirar proveitos próprios ou para aproveitar o estatuto.


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O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO

23 MAIO 2019 foto O MIRANTE

Antigos jogadores do Grupo Juventude Chamusquense recordam memórias dos tempos em que jogavam à bola

Antigos craques da bola na Chamusca jogavam de pé descalço e por amor à camisola O MIRANTE reuniu alguns dos antigos craques da bola na Chamusca na Semana da Ascensão. Uma oportunidade para recordar outros tempos, quando a Chamusca era viva, e o campo da bola era o lugar mais bem frequentado da Terra Branca.

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MIRANTE foi à Chamusca conversar com antigos jogadores da bola que noutros tempos enchiam de adeptos o campo de futebol situado na parte alta da vila. A conversa estava marcada com oito jogadores desse tempo e só um deles faltou ao encontro. Quando a repórter de O MIRANTE chegou ao bairro do Vimioso, lugar onde fica o campo da bola, já estava reunida meia equipa. A outra metade foi chegando já com a conversa a decorrer mas ninguém perdeu

o fio à meada. Todos os entrevistados reconhecem que são raras as vezes que frequentam o campo da bola. Estão todos reformados dos seus ofícios e do desporto. Alguns deles ainda fazem caminhadas e é esse o único desporto que praticam. Da conversa, que deu o mote para esta reportagem, ficaram de fora os temas relacionados com a vida política da terra e os considerandos sobre a economia do concelho. As perguntas foram feitas mas chegamos todos à conclusão que o impor-

tante era conversar sobre as tradições e os tempos em que com um pontapé na bola “acabava-se” com uma crise associativa e cultural. Ninguém se vestiu a rigor para a reportagem, nem era essa a intenção, e também não levaram chuteiras para os toques na bola que captámos em vídeo no final da reportagem para O MIRANTE TV. A conversa foi no bar do campo da bola mas embora o bar estivesse aberto ninguém quis molhar o bico durante as cerca de três horas de conversa. Nesse meio tempo só um sócio apareceu para beber um café e passou despercebido como se tivesse deixado em casa o arroz ao lume. Este texto é uma homenagem aos jogadores da bola da Chamusca de outros

“Nem todos tínhamos chuteiras, alguns chegaram a jogar com sapatilhas emprestadas e, quando não havia para todos, chegávamos a jogar descalços” tempos mas é também uma forma de homenagear todos os chamusqueses, de hoje e de ontem, que ainda mantém vivas as tradições da terra e vivem para dar testemunho. “Na nossa altura não havia craques. Às vezes nem bolas havia, quanto mais craques”, começa por ironizar Bernardino Sequeira, jogador do Grupo Juventude Chamusquense, o primeiro grupo a ser criado com o objectivo de formar a primeira equipa de futebol da Chamusca. O ano de 1966, altura em que Ramiro Bairrão, Jorge Vital, João José Bento, Manuel Jorge Mira, Bernardino Sequeira, Manuel Jorge Maltês e António José Salvaterra, entre outros, começaram, literalmente, a bater às portas da população, para pedir apoios para mandarem fazer os equipamentos. “Não foi nada fácil. As pessoas não tinham dinheiro para essas coisas”, referiu à reportagem de O MIRANTE, João José Bento. “Nem todos tínhamos chuteiras, alguns chegaram a jogar com sapatilhas emprestadas e, quando não havia para todos, chegávamos a jogar descalços”, recorda Bernardino Sequeira. Foi o cantor José Cid, natural da Chamusca, que ofereceu as botas, recordam os ex-jogadores, numa conversa animada com a reportagem de O MIRANTE, no Campo de Futebol da Chamusca, outrora palco de muitos episódios revelados no bar do campo da bola. Aliás, como disse António José Salvaterra “não saíamos daqui hoje se pudéssemos contar todas as nossas histórias”. O Campo de Futebol da Chamusca foi durante muitos anos de terra batida mas há muito tempo que recebeu relva sintética, o que facilita a pratica do desporto pelos mais jovens. No tempo desta equipa que O MIRANTE reuniu para recordar outros tempos não era bem assim: “os joelhos, os tornozelos e os cotovelos andavam sempre esfolados. E, além disso, a força usada para


23 MAIO 2019 chegar à baliza adversária, muitas vezes era desmedida. “O Maltês era o pior. Quando começava a correr, mandava tudo ao ar. Às vezes, eu estava com dificuldades em subir no campo com a bola e começava a chamar por ele para me ajudar”, conta Manuel Jorge Mira, arrancando gargalhadas aos restantes. As balizas eram feitas com dois paus que colocavam no início de cada jogo, retiravam e guardavam até ao jogo seguinte. Claro que nem sempre foi assim mas a intenção era voltar atrás no tempo para que a memória não se apague e sirva de exemplo. O equipamento à maneira foi um luxo que veio mais tarde, conta Manuel Jorge Mira. “Lá conseguimos arranjar dinheiro para mandar fazer o nosso equipamento. Era azul e branco e foi confeccionado em Lisboa. Lembro-me perfeitamente que estivemos até à meia-noite à espera da carrinha que trazia os equipamentos. Vestimos logo para ver como nos ficava. Foi um dia que recordo com muita alegria”. Nesta altura começaram a jogar mais a sério e a participar em campeonatos distritais e são unânimes ao recordar o nome de Armindo João Valério. “Foi ele o grande impulsionador para que este grupo fosse

O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO para a frente”. Na época de 1975/1976 sagram-se campeões distritais. Jogavam com vontade e com garra. Dizem que é o que os distingue dos jovens de hoje. Dizem que não eram vaidosos e que não passavam os 90 minutos a olhar para as namoradas que estavam nas bancadas. Aliás, elas acompanhavam os jogos, religiosamente, e ainda hoje são as mulheres com quem casaram e tiveram filhos. “E não trocava a minha por mais nenhuma”, atira Manuel Jorge Maltês. Não ganhavam um cêntimo. Ganhavam apenas prémios de jogo que depois em casa entregavam aos pais. “Hoje é o contrário. Só jogam se receberem, e ainda por cima são os pais que têm que os ajudar ao longo da vida”, referem. Jorge Vital é apontado quase por unanimidade como o melhor jogador em campo dessa altura. Já no que toca a treinadores, que passaram pelo Grupo Juventude Chamusquense, Eurico Peixinho é o favorito. Na nossa melhor época o grupo estava no auge, muitos clubes da região andaram atrás dos jogadores da Juventude. Mas a ida para a tropa, e para o ultramar, ceifou a vida também à Juventude Chamusquense. Quando regressaram, casaram, começaram a trabalhar e o tempo começou a ser escasso para se dedicarem de alma e corpo ao

Na nossa melhor época o grupo estava no auge, muitos clubes da região andaram atrás dos jogadores da Juventude. grupo. Alguns ainda voltaram a jogar, mas a idade também já pesava. Dedicaram-se a outras modalidades como o atletismo, no caso exemplar do Bernardino Sequeira, e outros passaram para o lado dos treinadores das camadas juniores e juvenis. A equipa de seniores de futebol da Chamusca acabou quase ao mesmo tempo que esta geração arrumou as botas. Os craques da década de 70 e 80 olham com pena para esta perda e atribuem as culpas aos sinais dos tempos. “A Chamusca chegou a ter oito colectividades e todas tinham movimento. A vila chegou a ter seis mil habitantes e agora tem pouco mais de três mil. Os jovens agora vão estudar para fora e não voltam, porque não há trabalho para eles. Antigamente, noventa por cento da população não estudava, casava, constituía família, tinham tempo para o futebol, para jogar ao loto, ao ténis de mesa, ao bilhar, enfim, faziam das coletividades a sua segunda casa. Convivíamos muito mais. Agora é universidade sénior, a internet e as saídas à noite, e pouco mais. Vida associativa

7 quase que não existe”, lembra Jorge Vital. Em 1989 o Grupo Juventude Chamusquense foi um dos que serviu de base à formação da União Desportiva da Chamusca, a par do Sporting Clube Chamusquense (filial do Sporting Clube de Portugal) e do Sport Chamusca e Benfica (filial do Sport Lisboa e Benfica). Ainda assim são unânimes na defesa da sua terra natal. Continuam a ter orgulho em serem chamusquenses. E, com a Semana da Ascensão à porta não deixam passar o tema. “É a melhor feira do Ribatejo. Não há igual”, sublinham. Reconhecem no entanto que deixaram de participar na vida associativa das poucas colectividades que ainda existem. Dizem que o associativismo está morto na Chamusca. Acompanham os netos em algumas actividades desportivas mas pouco mais se envolvem na vida em comunidade. “Demos o nosso contributo. Eram outros tempos e outras vontades”, remata Manuel Jorge Mira. Ramiro Bairrão, talvez por ter nascido noutra freguesia, foi o menos interventivo, mas a repórter de O MIRANTE deixa aqui o registo de que foi também até há pouco tempo um dirigente associativo muito activo e com trabalho em prol da comunidade

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O MIRANTE - ESPECIAL ASCENSÃO bem definidas, será possível haver futuro para pessoas e empresas. Quanto à minha empresa a resposta tem sido o empenho e dedicação que a nossa equipa emprega diariamente para atingir os objectivos que traçamos. Sobre a Semana da Ascensão, a maior festa do concelho, ela é positiva. Faz com que as pessoas saiam da sua rotina, cria laços entre a população e atrai novos visitantes dando mais visibilidade à região.

André Madeira 28 anos, Gerente - Trincão Pneus - Manuel José C. Trincão Lda, Chamusca

“A Chamusca tem qualidade de vida mas há falta de empregos qualificados”. Não gostaria de mudar de terra mas para alguns jovens da Chamusca torna-se impossível permanecerem na sua terra por falta de trabalho compatível com as suas habilitações. No entanto, a Chamusca tem uma boa qualidade de vida. Não sei como se pode evitar a desertificação do concelho, que também afecta o resto do país. A única coisa que percebo é que a situação é resultante da falta de actividades económicas. Quanto ao futuro da Chamusca quero acreditar que, com a força e o querer dos seus habitantes e politicas

ou no canal 642649 do MEO


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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA MEDIEVAL - TORRES NOVAS

Tempos sombrios da Inquisição são tema da Feira Medieval de Torres Novas

Figura de D. Pedro de Lencastre, inquisidor-geral do reino, inspira o evento este ano foto arquivo O MIRANTE

Recriação histórica promovida pelo município vai decorrer de 29 de Maio a 2 de Junho em vários pontos da cidade e conta mais uma vez com o envolvimento da comunidade.

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Cidade de Torres Novas volta a mergulhar no mundo medieval

esde 2010 que o município de Torres Novas habituou a comunidade para uma transformação da cidade e das próprias gentes durante a Feira Medieval, que este ano vai decorrer de 29 de Maio a 2 de Junho. Tempos Sombrios - D. Pedro de Lencastre, inquisidor-geral do reino é o tema do certame deste ano e conta que muitos sejam os visitantes que acorram a Torres Novas. A acção remonta à década de 70 do século XVII, altura em que a Inquisição e os Tribunais do Santo Ofício eram instituições que representavam o poder e através das quais ele se manifestava. Dona de um controlo social feroz, a Inquisição levou a cabo perseguições, encarceramentos, torturas e autos de fé. A par de outras perseguições, condenações e de proibições várias, a intolerância e a vigilância dos comportamentos dos cristãos-novos e de suas famílias tiveram ainda nessa época um cariz

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muito violento, onde a denúncia e o medo marcavam os comportamentos do dia-a-dia. Tudo isto vai ser recriado nas ruas do centro histórico da cidade, com enfoque na Praça 5 de Outubro, no castelo, Jardim das Rosas e áreas circundantes. Com vários momentos dignos de serem apreciados, são de destacar, no dia 30, o Baile dos Petizes, às 19h00, na Praça 5 de Outubro. A chegada do Inquisidor é outro dos momentos a não perder, no mesmo dia, às 22h00, na Rua Miguel Bombarda – Largo da Botica - Praça 5 de Outubro. A Ceia vai ter lugar na sexta-feira, 31 de Maio, às 20h00, na alcaidaria do castelo. O julgamento dos prevaricadores vai decorrer no sábado, 1 de Junho, pelas 18h30, na Praça 5 de Outubro. No mesmo dia decorre ainda o Matrimónio, às 19h45. O castelo da vila é o lugar da festa. A Ronda à vila e pregão vai acontecer no último dia do evento, domingo, 2 de Junho, às 15h30. O cortejo com o “visitador” e alguns militares anuncia publicamente o julgamento pelas ruas da vila. À margem do evento decorrem ainda um conjunto de oficinas, exposições, conversas, leituras encenadas e documentários que têm por objectivo conhecer e pensar a História de Portugal

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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA MEDIEVAL - TORRES NOVAS foto DR

Nuno Lopes 45 anos, Empresário - “Melhor Decisão” Mediação de Seguros, Torres Novas

Nuno Filipe Manha Pedro 46 anos, Empresário de Transporte em Táxi Torres Novas

Anabela Lopes da Silva 34 anos, Multiópticas Torres Novas

“Os deputados têm que estar “Paralelamente à Feira Medieval “Gostaria que fossem alargados mais presentes nas regiões”. A Fei- devia ser divulgado o potencial os horários da Feira Medieval”. ra Medieval de Torres Novas é importante do concelho”. Torres Novas é uma cida- Gosto da Feira Medieval de Torres Noporque dignifica a terra e atrai muitos visitantes. Do que mais gosto é dos espectáculos e das dinâmicas que representam a época. Torres Novas é um concelho que tem tudo para ter um futuro com desenvolvimento e com qualidade de vida mas não se pode deixar “adormecer”. Torres Novas tem condições naturais e acessibilidades rodoviárias e ferroviárias mas isso, por si só, não é suficiente para atrair investimentos. Deve haver mais incentivos dados pela câmara municipal a nível de taxas camarárias e zonas industriais mais atractivas com infra-estruturas que cativem os investidores. A minha empresa está preparada para os novos desafios. A actividade seguradora vai passar por grandes transformações porque os preços estão a baixar e os carros estão a ficar cada vez mais sofisticados a nível de prevenção de acidentes, o que requer maior esforço e dedicação dos profissionais deste ramo. Só os mais fortes vão resistir. Se pudesse mudar o sistema político, fazia com que os eleitos para a Assembleia da República estivessem mais presentes na região, para criar uma aproximação às pessoas. A criação de círculos uninominais deveria ser implementada.

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foto DR

de histórica e por isso faz todo o sentido ter uma Feira Medieval para dar a conhecer o seu passado e honrar os antepassados. Esta feira atrai muitos visitantes e dá a conhecer os usos e costumes na nossa região. Espero que continue por muitos anos. Nunca usei roupas das épocas antigas e o que gosto mais da Feira são os animais, alguns dos quais só ali é que posso ver ao perto. A presença de muitos visitantes podia ser uma boa oportunidade para atrair investidores através da realização em paralelo de acções de divulgação do potencial do concelho. Estamos no centro do país, temos boas infra-estruturas rodoviárias, temos o comboio e temos um terminal de carga a 5 minutos. Podem ser captadas mais empresas para as zonas industriais de Torres Novas e Riachos. Também podem ser captados novos moradores porque a cidade é segura e tem boas estruturas e bons serviços. A minha empresa está a atravessar uma fase de mudança. Apostei num novo serviço (táxi de nove lugares e para passageiro com mobilidade reduzida) e preciso captar mais clientes mas acredito que dentro de pouco tempo irei atingir os objectivos a que me propus.

vas e costumo participar. Já aluguei fatos de época e participei como figurante em alguns desfiles. É um evento de extrema importância, tanto a nível social como cultural, uma vez que traz pessoas de todos os lados e nos apresenta uma grande diversidade de espectáculos, artesanato e gastronomia.

A Feira Medieval tem evoluído positivamente. Por mim o que fazia falta era haver mais horários para visitar os locais com entrada controlada, de forma a reduzir as filas e os tempos de espera, bem como alargar os horários gerais. Torres Novas também tem vindo a evoluir bastante e tem potencial para continuar essa evolução. A sua localização e as suas acessibilidades fazem com que seja um local privilegiado para atrair pessoas e indústrias. Acredito que tenha um futuro promissor. Sendo uma cidade que as pessoas procuram pela sua oferta cultural, profissional e social acaba por ganhar novos habitantes. Aliás, foi o meu caso, já há alguns anos e estou bastante feliz com a minha escolha. Quanto à minha situação profissional, quando abracei o grande desafio de entrar para a Multiópticas, foi com certeza de a mesma ser uma empresa com enorme potencial e com uma gestão segura que lhe permite continuar a evoluir positivamente e a fazer a diferença na nossa região. Espero poder contribuir para que o futuro da Multiópticas seja longo e próspero.


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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA MEDIEVAL - TORRES NOVAS

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foto DR

Rosalina Santos Gerente da CASASSIM - Mediação Imobiliária, 47 anos, Vila Nova da Barquinha

“A política do país é cobrar às empresas o despesismo público”. A Feira Medieval de Torres Novas é um grande evento, muito bem organizado porque envolve os moradores e empresários locais o que é muito gratificante para todos. Por outro lado, também é um evento muito divulgado e atrai pessoas de todos os lados, promovendo assim o concelho, colocando-o no “mapa” e dando-lhe projecção. Gosto da iniciativa pelo seu ambiente. A cidade volta atrás no tempo e parece que estamos noutra época. É uma sensação única. Torres Novas é uma cidade com potencial de crescimento enorme. É um excelente local para viver porque combina o moderno das grandes cidades com o tradicional das pequenas vilas. Pela localização geográfica (centro do país) e pelas vias de acesso, pode ser a escolha de muitas empresas que pretendam instalar-se na região. Mas isso

só pode ter sucesso com uma boa política de atracção de investimentos, menos burocracia, e maior facilidade de instalação de novas empresas. De qualquer forma, um município não faz milagres, quando a política do país é cobrar às empresas o despesismo público. Outros países serão mais interessantes para investir por terem políticas económicas mais atractivas. O mercado imobiliário está em crescimento a nível nacional, principalmente nas grandes cidades. No entanto, em Torres Novas o investimento em imobiliário é residual. Não existe investimento em construção nova. Não há nenhum projecto a iniciar-se e mesmo que se inicie agora só daqui a cerca de ano e meio estará pronto a habitar. Isso, aliado à burocracia camarária e à política de financiamento bancário, está a estrangular o mercado local. Os investidores têm receio de avançar porque se a contracção de mercado voltar podem ficar com sérios problemas, tal como aconteceu na crise anterior. A actual política da minha empresa passa pela diversificação de mercados. Tenho uma opinião sobre o poder político em geral que não é a mais favorável. Faz-me confusão que interesses políticos se sobreponham ao interesse de cada um. O poder pelo poder não significa nada. É oco. Numa perspectiva muito idealista, acho que se tivesse poderes para isso, acabava com a corrupção que penso ser o principal problema do país (e não só)… e que custa muito dinheiro a todos nós. Somos nós, contribuintes (particulares ou empresas), que pagamos o que os outros gastam sem escrúpulos.

que é uma das entradas da cidade. Considero que a Feira Medieval é o evento que traz mais pessoas à cidade, a par da Feira dos Frutos Secos, e acho que ainda pode ser melhor explorado o espaço físico do Jardim das Rosas. O que mais aprecio na Feira Medieval é o ambiente. Faz-nos sentir, verdadeiramente, noutro tempo. Ouvir a música da época, ver os animais e o artesanato, comer pão com chouriço com os músicos atrás de nós, é muito agradável. Normalmente participo vestida a rigor.

Sónia Prates 34 anos, Proprietária da pastelaria Doce Saudade – Torres Novas

“Gosto de participar na Feira Medieval vestida com trajes da época”. Torres Novas é uma terra dinâmica e acredito que vai ter cada vez mais eventos. Estou satisfeita por ter instalado o meu negócio em Torres Novas, vai fazer um ano em Junho. Sinto que os clientes estão a ficar fidelizados graças à minha comida\doçaria e aos poucos tenho conseguido introduzir novos conceitos. Torres Novas tem boas acessibilidades, o que facilita a procura por partes dos investidores para colocarem as suas empresas. Os espaços verdes deveriam estar mais cuidados em todas as zonas como, por exemplo, na Avenida dos Negréus,



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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA DE MAIO - AZAMBUJA

Feira de Maio em Azambuja com fados de Cuca Roseta a abrir Programa decorre de 30 de Maio a 2 de Junho na vila ribatejana

foto arquivo O MIRANTE

Tradição taurina volta a encher as ruas da vila de Azambuja

A centenária Feira de Maio está de regresso a Azambuja, mais uma vez com aposta forte nas tradições ribatejanas, juntando actividades equestres e taurinas. Na vertente musical, vão estar em palco as cantoras Cuca Roseta e Aurea e a banda Kapittal. Este ano há ainda um espaço vocacionado para os mais pequenos.

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Campo da Feira vai ser um dos pólos de atracção da Feira de Maio, que decorre em Azambuja de 30 de Maio a 3 de Junho. É nesse recinto que vai ser instalada a Praça das Freguesias onde será dado a provar o melhor da gastronomia regional e onde vai estar também uma mostra de actividades económicas. A novidade deste ano é o Espaço Criança, com actividades vocacionadas para os mais pequenos. Num conjunto de três concertos gratuitos, a fadista Cuca Roseta é a primeira a subir ao palco, na primeira noite do certame, num concerto ao ar livre no Páteo do Valverde. A banda Kapittal actua no Jardim Urbano Joaquim Ramos, na noite de 31 de Maio, e a cantora Aurea, na noite seguinte, junto à Escola Básica Boavida

Canada. A pensar nos amantes da festa brava, o programa das festas inclui cinco largadas de touros - uma por dia. A animação também se faz com as tertúlias tauromáquicas que ao longo da feira abrem as portas a todos os que queiram molhar a garganta ou petiscar. Para a noite de sexta-feira, 31 de Maio, está reservado um dos momentos altos da festa, com o desfile dos campinos com o gado à luz de archotes, seguido da emblemática largada nocturna. Após a recolha dos touros inicia-se a distribuição gratuita de sardinhas, pão e vinho em diversos pontos centrais da vila. Nessa noite três bandas itinerantes animam os arraiais até ao romper da manhã. Na manhã de domingo, 2 de Junho, preenche-se a página mais solene da feira, com a tradicional Homenagem ao Campino. Este ano, todos os campinos vão ser o seu valor publicamente reconhecido na distinção a Fernando Ganhão. Na mesma cerimónia será entregue o Pampilho de Honra gravado com o nome do antigo campino Joaquim Isidro dos Santos. CORRIDA DE TOUROS NA TARDE DE DOMINGO À tarde, pelas 17h00 realiza-se a tradicional corrida de touros à portuguesa, na Praça de Toiros Dr. Ortigão Costa. O

cartel deste ano conta com a presença dos cavaleiros Rui Salvador, João Moura, Gilberto Filipe, Manuel Telles Bastos, e os

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Para a noite de sexta-feira, 31 de Maio, está reservado um dos momentos altos da festa, com o desfile dos campinos com o gado à luz de archotes, seguido da emblemática largada nocturna. Após a recolha dos touros inicia-se a distribuição gratuita de sardinhas, pão e vinho em diversos pontos centrais da vila. praticantes Nelson Limas e Manuel Oliveira. As pegas serão divididas entre os grupos de Forcados Amadores de Azambuja, do Aposento da Chamusca e do Cartaxo. Nesta corrida será homenageado, a título póstumo, o grande aficionado azambujense e criador de cavalos, Filipe de Oliveira. A Gala Equestre “Emoções Ibéricas”, na Praça do Município, com acesso gratuito, pelas 22h00, encerra o programa de domingo. Na recta final das festividades, a manhã de segunda-feira, 3 de Junho, é dedicada às crianças com o concerto “Galo Gordo – 10 anos de canções para a infância” de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, no Jardim Urbano Joaquim Ramos. À meia-noite, um espectáculo de fogo-de-artifício dará por encerrada a Feira de Maio 2019

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O MIRANTE - ESPECIAL FEIRA DE MAIO - AZAMBUJA foto DR

Câmara de Azambuja atribui 40 mil euros de subsídios a IPSS do concelho O executivo aprovou ainda cinco propostas de apoio financeiro a outras entidades.

Nova localização dá nova visibilidade ao cartório de Margarida Franco na Azambuja

Nova morada do Cartório Notarial de Margarira Ferreira Cosme Franco em Azambuja O Cartório Notarial de que é titular a notária Maria Margarida Ferreira Cosme Franco, em Azambuja, mudou de instalações para a Rua Engenheiro Moniz da Maia nº 41-A (antiga loja Top Ten, de frente para o edifício Atrium). No mesmo local estão disponíveis os arquivos do extinto Cartório Notarial público e o da Notária Ana Margarida Jacob Moreira. Na nova localização as pessoas

encontram o local com mais facilidade. Margarida Franco está na Azambuja desde Abril de 2017. “Sinto-me em casa quando estou na Azambuja”, confessa a notária. “É gratificante poder ajudar as pessoas que muitas vezes procuram os nossos serviços para esclarecer dúvidas e encontrar a solução para legalizar uma situação antiga”, refere.

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A Câmara de Azambuja aprovou na última reunião do executivo a atribuição de subsídios a nove instituições do concelho, num valor global de 40 mil euros. Cada Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) vai receber uma verba base de dois mil euros a que se somam 12 euros por cada utente das diferentes valências em funcionamento. O Centro Social Paroquial de Azambuja é o que recebe a tranche mais elevada, no valor de 8.036 euros. A Santa Casa da Misericórdia de Azambuja vai receber 6.848 euros, o Centro Social Paroquial de Aveiras de Cima 6.596 euros e a CERCI Flôr da Vida 3.272 euros. O Centro Social Paroquial de Aveiras de Baixo, o Centro Social Paroquial de Alcoentre, a Casa do Pombal, “A Mãe”, a Associação Centro de Dia para a Terceira Idade “Nossa Senhora do Paraíso” e a Casa do

Povo de Manique do Intendente vão receber, cada uma, a quantia de 3.000 euros. Na mesma reunião, o executivo aprovou outras cinco propostas de apoio financeiro. O Agrupamento de Escolas de Azambuja vai receber 300 euros para a realização das “Jornadas das Oportunidades”, um projecto que visa dar a conhecer os vários cursos secundários e de equivalência secundária, oferecidos pelos agrupamentos de escolas do concelho. À União, Desporto e Recreio de Vila Nova da Rainha vai ser atribuído o montante de 1.500 euros, para a aquisição de projectores LED e à Associação Desportiva e Cultural de Tagarro 830 euros, para a organização da sua festa anual. O Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 1382 de Azambuja vai ser contemplado com o apoio de 477 euros e o Centro Hípico Lebreiro de Azambuja com 1.610 euros, no âmbito do protocolo de colaboração com o município para a realização de actividades na Feira de Maio.


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