O Lyceu

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E s c o l a S e c u n d á ri a Ja i m e M o n i z | R e v i s t a n º 1 4 | A b ri l / J u n h o 2 0 0 7 | 1. 5 €


Aproxima-se a data dos últimos testes/provas e, para alguns alunos dos 11.º e 12.º anos, os exames nacionais. Sabe-se que o sucesso do percurso de um aluno não é fruto de actos isolados, mas sim o resultado de um trabalho contínuo que começa no primeiro período de cada ano lectivo. Assim, aos alunos responsáveis e empenhados que dão sentido ao nosso trrabalho docente, parabéns pelos sucessos atingidos e boa sorte para o futuro. Mais uma vez o ano lectivo passou de forma veloz. Cada vez mais fazemos tudo a correr. Não temos tempo para falar com os amigos, não temos tempo para repousar, não temos tempo! Mas no meio de tamanha falta de tempo, páre um pouco e leia, vai ver que lhe faz bem! Ler é o tema aglutinador da nossa revista. De uma forma transversal, poderá reflectir sobre a leitura na Escola e no mundo do século XXI. Como? Quando? Onde? Porquê? Convidamo-lo a LER a nossa revista para tomar conhecimento das actividades que se realizaram na nossa Escola: O Dia da Escola Saudável; New Look Jaime Moniz; Semana dos Clubes; Artes. LEIA algumas entrevistas/reportagens e, por fim, exercite a sua mente com a secção Choque Mate. A toda a comunidade escolar, desejamos uma boa conclusão do trabalho em curso e boas férias! A Equipa Editorial


Ficha Técnica Nº 13 - Janeiro / Março 2007

Escola Secundária Jaime Moniz Largo Jaime Moniz 9064 - 503 Funchal Telef.: 291202280 Fax: 291230544 E.mail: olyceu@gmail.com Director: Jorge Moreira

Breves

4

Dia da Escola Saudável

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Falando com Octaviano Correia

16

Dixit

19

O que fazemos com o que lemos?

20

Falando com Sara Cabral Fernandes

24

New Look Jaime Moniz

26

Semana dos Clubes

32

Clubes e Projectos

36

Ciência Aberta

42

Rostos Ana Sousa / Daniela Mercury

44

Bilhete Postal

46

Poesia

47

Artes

48

Passatempos / Páginas Choque Mate

52

Revista O Lyceu Coordenadores: António Freitas - 11º Grupo B Cláudio Dias - 10º Grupo B Isabel Lucas - 5º Grupo José Gouveia - 5º Grupo Luís Martins - 1º Grupo Vanda Gouveia - 8º Grupo A Revisão: Vanda Gouveia - 8º Grupo A Fotografia: António Freitas - 11º Grupo B Capa: António Freitas - 11º Grupo B Isabel Lucas - 5º Grupo José Gouveia - 5º Grupo Colaboração: Toda a Comunidade escolar Colaboração especial: Isabel Lucas - 5º Grupo Todos os artigos de opinião são da responsabilidade dos autores. Agradecimentos: À Direcção, bem como a todos quantos contribuíram para que este projecto se tornasse realidade e em especial, às professoras Elizabete Cró e Fátima Marques. Tratamento de Imagem, Arranjo Gráfico e Montagem Electrónica: Isabel Lucas - 5º Grupo José Gouveia - 5º Grupo Impressão e Acabamento: Liberal Tiragem: 1000 Exemplares


No dia 23 de Março de 2007, pelas 13 horas, na Escola Secundária Jaime Moniz, realizou-se o tradicional almoço-convívio de Páscoa. De entre as típicas iguarias desta quadra festiva, os professores e funcionários da nossa escola puderam apreciar a perna de porco recheada, o arroz de marisco e deliciosas sobremesas caseiras. No final da festa, não faltou o momento de humor e descontracção colectiva, para além dos apetecidos prémios de Páscoa.


Breves

4/5


A Escola Secundária Jaime Moniz comemorou o Dia dos Namorados (S.Valentim) com um Painel intitulado: “A Importância de uma boa Educação Sexual”. Quatro alunas (10º ano) da Dr.ª Carla Rodrigues leram poemas alusivos ao Amor. De seguida, o Dr. Duarte Saunders - Assistente Hospitalar de Urologia/Andrologia do Hospital Central do Funchal e Assistente convidado da Cadeira de Anatomia da Universidade da Madeira, apresentou de forma objectiva e esquematizada, medidas fundamentais para uma saudável Educação Sexual. Os principais tópicos, sempre acompanhados de imagens, foram: Desenvolvimento / Andropausa / Anomalias Hormonais / Disfunções Sexuais Masculinas / Doenças Sexualmente Transmissíveis. O conferencista fez ver aos presentes que as doenças provocadas por contacto sexual são quase todas passíveis de cura. No caso da Hepatite B, alertou para a existência de vacinas e, a propósito da Hepatite C, falou dos problemas provocados pela degenerescência dos órgãos, nomeadamente o fígado. Sobre a SIDA disse que, apesar do avanço da medicina, continuava um factor de risco mortal. Seguiu-se a Dr.ª Maria de Fátima Saldanha Vieira, Psicóloga da Escola, que distribuiu um folheto com poemas de Jacques Prévert e, entre outras alusões ao tema, referiu a importância do ser humano, as relações afectivas, mencionando autores que muito pesquisaram sobre esta temática. Esta acção diririgiu-se a alunos, professores e funcionários. Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC

No dia 22 de Março realizou-se, na biblioteca desta Escola, o Canguru Sem Fronteiras 2007. Este concurso consiste numa prova composta por 30 questões relacionadas com a matemática, divididas em três níveis de dificuldade. Houve provas de duas categorias: JÚNIOR, destinada a alunos do 10º e 11º anos de escolaridade e ESTUDANTE, para alunos do 12º ano. Participaram neste evento onze alunos na categoria Júnior e dois alunos na categoria Estudante. João Nunes - 1º Grupo


Breves

6/7

A nossa Escola comemorou este dia com uma conferência intitulada: “A Água um Contributo para uma Boa Qualidade de Vida”. O prelector Dr. Manuel António Correia - Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Humanos falou acerca deste bem essencial e vital tantas vezes vilipendiado por atitudes de falta de civismo. Ter consciência que não há vida sem água, parece não passar de quimera para o cidadão comum que, em gestos do dia a dia, não prima por uma boa atitude. Um pequeno esforço, hoje, poupar-nos-á grandes esforços futuros, se todos o fizermos certamente o nosso planeta será outro e agradecerá. Toda a palestra foi acompanhada de diapositivos alusivos ao esforço que o governo tem feito para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, muito esclarecedores da situação em que nos encontramos. Por isso, houve necessidade de medidas de intervenção: reflorestação, alta tecnologia entre outras, para colmatar a falta de água, dando como exemplo o Porto Santo, onde as infra-estruturas de base permitiram fazer o impensável, beneficiando a ilha de espaços verdes. Deste modo, incentivou os presentes, que saíram decerto mais motivados para uma melhor cidadania.Esta acção realizou-se no Auditório e dirigiu-se a alunos, professores, funcionários e comunidade em geral.

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC

A Escola Secundária Jaime Moniz em colaboração com o grupo de Educação Física levou a efeito um Painel: “A Importância de uma Boa Qualidade de Vida” - integrado no Dia da Escola Saudável. Os prelectores: Dr. António Leuschner Fernandes Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Magalhães Lemos, Professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e Coordenador do Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas e o Dr. João Rodrigues da Silva Cirurgião Cardíaco, Chefe de Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Director Clínico do CHF falaram acerca da importância de preservar a saúde através de comportamentos saudáveis. O primeiro referiu a importância de pequenos gestos para uma melhor cidadania, recordando que os idosos sofrem muitas vezes de depressão devido ao abandono físico e psicológico a que são votados, apresentou factos relevantes retirados da sua experiência profissional que deixaram os presentes sensibilizados para esta problemática. O segundo convidado retomou algumas ideias da anterior prelecção e aludiu à quantidade de idosos que os familiares abandonam nas instituições hospitalares, depois, e já direccionado para a sua área, falou da necessidade de uma alimentação saudável bem como da importância de uma boa actividade física, ainda que controlada. Este painel realizou-se no Auditório (duração de duas horas) e dirigiu-se a alunos, professores, funcionários e comunidade em geral. Esta actividade foi realizada em colaboração com o Grupo de Educação Física e os Coordenadores do Projecto SÓCRATES Acção Comenius1, Parcerias entre Escolas - Projecto de Desenvolvimento Escolar: Tema Geral “Modos de Promover a Autonomia e a Iniciativa dos Alunos no Processo de Aprendizagem”; subtema “Modos de Vida Saudável”. Este Projecto é financiado em parte pela CE.

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC


Os premiados no Concurso de Fotografia promovido pelo Clube de Ciências - Áreas protegidas da Região Autónoma da Madeira - foram os seguintes: António José Casimiro Silva José Inácio R Silva Maria Paula M F Silva

O Clube de Ciências “Amigos do Ambiente” iniciou as actividades para esta semana com uma visita de estudo: Achada do Teixeira - Pico Ruivo, no dia 16 de Abril. Esta actividade contou com a participação de 20 alunos, as monitoras do clube e dois técnicos da Direcção Regional de Florestas. Os principais objectivos desta visita foram observar in loco algumas espécies características desta altitude assim como o Maciço Central Montanhoso – Sítio de Importância Comunitária pertencente à Rede Natura 2000.

Fátima Oliveira e Conceição Campanário 11º Grupo B

No dia 18 de Abril pelas 10 horas, realizou-se na sala 215 desta Escola, uma conferência sobre ”Os Minerais e Saúde Humana – benefícios e riscos” proferida pelo Doutor João Baptista Pereira Silva, investigador do Centro de Investigação Minerais Industriais e Argilas – Universidade de Aveiro. Esta conferência foi destinada a toda a comunidade escolar. Durante a mesma foi referida a importância dos minerais para a saúde humana, alertando que estes só trazem benefícios quando utilizados nas doses adequadas, caso contrário podem acarretar riscos.

Fátima Oliveira e Conceição Campanário 11º Grupo B


Breves

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No dia 18 de Abril de 2007, pelas 15h00, os alunos do curso tecnológico de ambiente, 10º35, com a coordenação da professora Fátima Freitas e do professor de ecologia António Freitas, estiveram a trabalhar no jardim da entrada principal da nossa escola de modo a melhorar o aspecto do nosso jardim. A primeira actividade teve como objectivo limpar as estrelícias que já tinham dado flor e as que estavam doentes. Após 90 minutos de trabalho árduo, verificou-se que ainda havia muito trabalho para fazer... É curioso notar a dedicação dos alunos na proposta de trabalho apresentado pela professora Fátima. Salientamos o facto de os alunos que na sala de aula têm algumas dificuldades, no trabalho de jardinagem se destacarem pela positiva. Os nossos parabéns a esses alunos. A escola deve ser uma espaço agradável para aprender e conviver, tanto melhor se a escola for um jardim!

António Freitas - 11º grupo B

No dia 19 de Abril pelas 15 horas, realizou-se na sala 215 desta Escola, uma conferência sobre ”Alimentação Saudável” proferida pelo Dr. Bruno Lisandro Sousa, nutricionista, responsável pelo projecto “Rede de Bufetes Escolares Saudáveis”. Os principais objectivos desta conferência foram divulgar o projecto que vem sendo desenvolvido nalgumas escolas da Região, alertar os alunos para a importância dos hábitos alimentares saudáveis, aumentar o consumo de alimentos saudáveis pela comunidade escolar. No final da conferência, os participantes colocaram uma série de questões relacionadas com o tema que foram reveladoras de um grande interesse por parte dos mesmos face ao assunto abordado.

Fátima Oliveira e Conceição Campanário 11º Grupo B


O MatNET é um projecto que ambiciona, para além de disponibilizar materiais para a disciplina de matemática, mudar a perspectiva dos alunos em relação à disciplina. Para tal, este projecto apresentou-se com uma iniciativa diferente. Chamámos os alunos para ver um filme e, como mais valia, apenas publicitámos o endereço do site para despertar a curiosidade e fomentar futuras visitas. Contámos com a presença de três turmas que assistiram com atenção ao filme exibido no auditório da Escola. O filme seleccionado foi “A Beautiful Mind”, de Ron Howard, que aborda a envolvente história verídica de John Forbes Nash Jr, magnifico matemático que ganhou um prémio Nobel. O actor principal é Russell Crowe. Para visitar o site, digite http://learn.to/jaimemoniz/matnet .

No dia 20 de Abril pelas 9 horas e 30 minutos realizou-se na Escola Secundária Francisco Franco a final regional do concurso MAT12, destinado a alunos do ensino secundário. Esta final regional é promovida pela Universidade de Aveiro em parceria com a DRE. São apuradas as três melhores equipas por ano lectivo. Destas, as três equipas que ficaram no primeiro lugar de cada nível, irão representar a Região Autónoma da Madeira na final nacional que se realiza no dia 4 de Maio, na Universidade de Aveiro. Participaram nesta actividade 24 alunos desta escola que constituíram 12 equipas: uma do 10º ano que obteve o 2º lugar, duas equipas do 11º ano ficando uma delas no 1º lugar e nove equipas do 12º ano que obtiveram os três primeiros lugares. É de salientar que neste último nível outras três equipas classificaram-se nos 5º, 6º e 7º lugares. Das nove equipas que participaram, neste nível, classificaram-se seis nos sete primeiros lugares. Assim, a nossa Escola irá representar a Região com duas equipas: a equipa de 11º ano “MJFUNCHAL” constituída pelas alunas Joana Vanessa Fernandes Fonseca da turma 30 e Marta Raquel Correia Baroca da turma 32 e a equipa do 12º ano “BARRA” constituída pelas alunas Maria do Rosário Dantas Ornelas e Cristina Camacho da turma 9.

João Nunes e Teresa Silva - 1º Grupo


Breves

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A Escola Secundária Jaime Moniz convidou o Dr. Álvaro Laborinho Lúcio, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça e Membro do Conselho Superior de Magistratura, para proferir uma conferência intitulada: Cidadania e Desenvolvimento. O Prelector desenvolveu o tema recorrendo a exemplos direccionados para as atitudes do ser humano. Privilegiando o humorismo, destacou aspectos filosóficos inerentes a comportamentos, fazendo ver que sem estes, o progresso não será viável. Urge saber o que se entende por cidadania e de que modo é que ela se pode afirmar. Pela positiva e pela negativa desencadeou uma sucessão de argumentos que entende serem justificativos de uma postura que fará jus a um melhor desenvolvimento, no entanto, este não se atingirá sem o outro. Lembrou os anos de atraso cultural, social e económico do País, factor incontornável e directamente relacionado com alguma incapacidade de evoluir mais rapidamente, contudo deixou esperança aos presentes, não esquecendo de dizer que todas as gerações, incluindo a sua, deram um forte contributo para um melhor advir. Esta acção realizou-se no Auditório, no dia 27 de Abril de 2007, teve a duração de duas horas e dirigiu-se a Alunos, Professores e Funcionários.

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC

Um grupo de alunos do 12º ano do agrupamento de artes acompanhados por professores do 5º grupo, deslocaram-se ao Centro das Artes - Casa das Mudas para visitar as exposições da artista japonesa Kimiko Yoshida - “Tudo o que não seja eu”, “O Surrealismo na Fundação Cupertino de Miranda” e ainda, a exposição de Júlio Pomar patente neste momento na Galeria das Mudas. Esta foi mais uma oportunidade de tomar contacto com diversas obras de diferentes linguagens plásticas e de as fruir num local e contexto privilegiados. A deslocação a este espaço justifica-se plenamente, sobretudo e não menosprezando as outras exposições, pelo conjunto de trabalhos apresentados pela artista plástica japonesa.


Grupo de Educação Física da Escola Secundária Jaime Moniz levou a efeito, pelo quinto ano consecutivo, o evento denominado “O Dia da Escola Saudável”. Integrado no plano anual de actividades da nossa escola “O Dia da Escola Saudável” aproveita o último dia de aulas do segundo período para alertar a comunidade escolar sobre a problemática da Saúde, enquanto bem de valor inestimável.

Neste dia, 23 de Março, o intercâmbio escolar e a interdisciplinaridade foram os conceitos que orientaram a elaboração dos programas, cultural e desportivo, deste evento. Assim, no programa cultural contámos com a presença das seguintes instituições, projectos e prelectores: Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Madeira Hospital Central do Funchal Centro de Saúde do Bom Jesus Escola Profissional de Hotelaria da Madeira Projecto Alquimia Dr. António Alfredo de Sá Leuschner Fernandes – Médico Psiquiatra Dr. João Manuel Rodrigues da Silva – Cirurgião Cardíaco


Dia da Escola Saudรกvel

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O programa desportivo ficou preenchido com as seguintes entidades, clubes, escolas e empresas: Club Motards da Madeira AeroClube da Madeira Clube Aventura da Madeira Associação de Judo da Madeira Bikezone Gabinete Coordenador do Desporto Escolar Escola Básica do 2º e 3º Ciclo Dr. Horácio Bento de Gouveia (Núcleo de Aeróbica) Escola Básica e Secundária da Calheta (Núcleo de Ginástica Acrobática) Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco (Núcleo de Aeróbica) Escola Secundária Jaime Moniz (Núcleo de Aeróbica, Núcleo de Ginástica Rítmica, Núcleo de Ginástica Acrobática, Clube de Dança Danen?gma e Clube de Ciências “Amigos do Ambiente”

Estes programas culminaram com um desfile de moda denominado “Os manequins do Liceu” e um jantar convívio com toda a comunidade educativa no Hotel Tivoli . Ocean Park. Com esta iniciativa pretendeu-se atingir os seguintes objectivos: a) Fomentar a prática desportiva; b) Estimular o apreço por estilos de vida saudável; c) Criar o sentido de responsabilidade de cada um na promoção da saúde; d) Desenvolver na comunidade escolar o conceito da Escola Promotora de Saúde, e) Promover o convívio entre a comunidade educativa;


Dia da Escola Saudável

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Embora o êxito deste “mega evento”, num contexto escolar, só tivesse sido possível graças ao empenho e dedicação de todos, não gostaríamos de deixar de salientar a imprescindível colaboração de um conjunto de pessoas, escolas, entidades e empresas: Professores: Ana Seabra, Carla Rodrigues, Maria José Barreto, Patrícia Neves e Duarte Neves. Escolas: Escola Básica do 2º e 3º Ciclo Dr. Horácio Bento de Gouveia, Escolas Básicas e Secundárias da Calheta e Gonçalves Zarco, Escola Secundária Jaime Moniz Entidades: Direcção Regional de Educação, Gabinete Coordenador do Desporto Escolar, Câmara Municipal do Funchal, Bombeiros Municipais do Funchal, Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira, Associação de Judo da Madeira, Clube Aventura da Madeira, ClubMotards da Madeira, Aeroclube da Madeira. Empresas: The Best – Moda Desportiva, FXP - Públicidade e REFECON – Distribuição Alimentar. A todos os que participaram o nosso muito obrigado e até para o ano com muita saúde para todos!


omo lêem, que lêem as nossas crianças e jovens? Esta é uma pergunta que todos nós fazemos. Fazêmo-la, porque nos inquieta uma certa indiferença à leitura, à compreensão e interpretação das obras, dos mundos construídos por elas e, sobretudo, da sua partilha. É este contexto que nos leva a querer saber o que os escritores verdadeiramente pensam sobre o assunto. Engendrar preocupações e perspectivar saídas para o problema da leitura é aquilo que afinal nos move enquanto escola e enquanto sociedade. Fez os seus estudos liceais. Iniciou-se nas lides literárias colaborando em páginas literárias de vários jornais angolanos e como

“O Lyceu”: Quando escreve, fá-lo por diversas razões? Existe um contexto de escrita?

realizador do programa para crianças, "Parque Infantil" do Rádio Clube da Huila para o qual produziu contos e teatro

Octaviano Correia: Qualquer escritor quando escreve, escreve porque tem uma razão

radiofónico (1967/1973).

para o fazer. Porque gosta, porque precisa, porque o diverte, porque quer transmitir algo

É membro fundador da União dos Escritores

de si, da sua experiência, porque necessita verter para o papel emoções e sentimentos,

Angolanos (1975), membro de Pleno Direito

frustrações ou alegrias. Fernando Pessoa disse, a propósito do exercício da escrita:

do IBBY - Organismo Internacional para a Literatura Infanto-Juvenil com sede na Dinamarca (1982) e membro fundador da

“Procuro despedir-me do que aprendi Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram

Associação dos Escritores da Madeira

E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,

(1989).

Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu...”

Na União dos Escritores Angolanos desem-

Na verdade, o escritor, no exercício da escrita, transfigura-se, transforma-se, veste a

penhou as funções de Secretário para as Actividades Culturais e Redactor da revista

pele de mil personagens, mas como diz Pessoa, mantendo sempre as suas emoções

literária "Gazeta Lavra & Oficina".

verdadeiras. No que me diz respeito essas emoções partem de um tempo que me mar-

Na Rádio Nacional de Angola (Luanda) reali-

cou profundamente, a minha infância, vivida num ambiente extremamente diversifica-

zou, durante 3 anos, o programa (diário) para

do, contactando gente, gentes, muitas gentes, já que nasci e cresci num hotel do qual

crianças "Rádio Piô" e foi coordenador da

o meu pai era proprietário. Foram anos a viver as estórias das vidas de quantos pas-

programação infanto-juvenil ao nível nacional (16 emissoras regionais). De 1985 a 1988 foi redactor e co-coordenador da Revista "T -

saram por aqueles quartos e, pelos quartos, salas e corredores, deixaram pedaços de si.

VEJA" da Televisão Popular de Angola - TPA. 1980/81 foi director nacional do Instituto

“O Lyceu”: Um dos aspectos que os autores colocam na sua produção literária é o con-

Nacional do Livro e do Disco de Angola

vite à partilha. A obra precisa do leitor para criar e ter sentido?

(INALD). Reside desde 1988 na Madeira, tendo sido responsável - redacção e coordenação -

O. C.: Quando era criança, a minha mãe utilizava grande parte do seu muito pouco

(19989/1990) da revista de agricultura "Vida

tempo, a contar-me velhas estórias que conhecia. Por vezes, quando as repetia demasi-

Rural Madeirense" e revisor no Diário de

ado, eu pedia que me contasse uma história nova e ela inventava-a.

Notícias/ Madeira, matutino onde foi, tam-

Mais tarde, partilhei a alegria que o meu pai sentia ao ler os livros que tinha, a lê-los tam-

bém, responsável pelas secções Vou Contar e Foi Assim (uma história semanal) e

bém. Depois, um dia, comecei a ensaiar, na rádio onde colaborei, um pouco de rádio-

Natureza com Amor, do suplemento infanto-

teatro, num programa para crianças que ali era produzido. Mais tarde ainda, passei para

juvenil "Diário da Malta do Manel" .

o papel, em forma de livro, os contos que viviam na minha cabeça, fruto das leituras que


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Falando com ... Octaviano Correia

Está representado com o poema "África" na obra "Poesia Angolana de Revolta" e com o conto "Dilaji dia Kinema" na obra "Os Anos da Guerra" de João de Melo. Actualmente exerce funções de redactor comercial no Jornal da Madeira, é redactor e coordenador do suplemento para crianças do Jornal da Madeira "Bem me Quer", responsável pela página literária "Letras a Desconto" do suplemento 5ª Feira (JM), foi realizador e apresentado do programa de divulgação literária "Boa Noite Boa Leitura", transmitido à segunda-feira na 88.8 Rádio Jornal da Madeira, sendo actualmente, na mesma emissora, responsável pela rubrica

fizera e das estórias que a minha mãe me contara. É que a minha vontade de oferecer aos outros uma coisa de que tanto gostava - ler - já não cabia nas minhas gavetas, nem nas da minha imaginação nem nas da minha secretária...

"O Espírito das palavras", também de divulgação literária. PRÉMIOS E GALARDÕES -

“O Lyceu”: Como encara os seus leitores?

Jogos Florais Internacionais da Ganda

(Angola) – 11º Prémio de Poesia Lírica com o poema "BATUQUE" - e Menção Honrosa de

O. C.: São a razão de ser das palavras que invento.

Poesia Dramática "BAIRRO DA LATA"(1973). - O PAÍS DAS MIL CORES - Feira

“O Lyceu”: Podemos dizer que a leitura está em crise uma vez que os jovens, cada vez

Internacional do Livro de Leipzig (Alemanha)

mais, lêem menos?

Prémio Especial da UNESCO na Exposição "Os Mais Belos Livros do Mundo",1981.

O. C.: Anatole France terá escrito um dia: “É notório que as crianças demonstram quase sempre profunda repugnância pela leitura da maior parte dos livros escritos para elas.

- Prémio Especial de Gravura - O PAíS DAS MIL

CORES

-

atribuído

pelo

Júri

Internacional da Bienal de Ilustração de

Desde as primeiras páginas elas sentem que o autor se esforçou para entrar no reino

Bratislava (BIB) - Checoslováquia (1981),

delas, em lugar de as transportar para o dele e que, portanto, não encontrarão, levadas

pelas gravuras do pintor português António

por ele, a novidade, o desconhecido de que está sedenta a alma humana em qualquer

Pimentel Domingues que ilustrou a obra..

idade. Os pequenos são tomados da curiosidade que faz os sábios e os poetas. Querem

- O REINO DAS ROSAS LIBERTAS - Feira

que lhes seja revelado o universo, o universo místico. Os autores que se curvam diante

Internacional do livro de Leipzig (Alemanha), Prémio Especial da UNESCO (Victor Hugo)

deles e os mantêm na contemplação de sua própria infância aborrecem-nos cruelmente”.

na Exposição "Os Mais Belos Livros do

As minhas primeiras leituras foram para Júlio Verne, Miguel Cervantes, Fenimore

Mundo", 1989.

Cooper, Herman Melville, Walter Scott, e, antes disso, Andersen e os Irmão Grimm,

-

autores que, cada um à sua maneira, nos deixaram obras grandiosas, cheias de enorme

ROSAS LIBERTAS - atribuído na mesma

criatividade, bem pensadas, bem escritas, cheias de vida, de surpresas, de aventura e de inesperado. Quem escreve para crianças e jovens, antes de se preocupar em procu-

Prémio "Victor Hugo" - O REINO DAS

Exposição, ao ilustrador português José Maria que ilustrou a obra (1989). -

"Prémio dos Editores" - O REINO DAS

rar um modo especial de escrever, deve pensar bem e escrever bem, dando vida àqui-

ROSAS LIBERTAS - atribuído ao Instituto

lo que escreve. Talvez a receita para levar as crianças e jovens a ler seja... oferecer-lhes

Nacional do Livro e do Disco de Angola

bons livros!

(INALD) - (1989). - Galardão da Cultura (Diploma e Pena de

“O Lyceu”: Como lêem, que lêem as nossas crianças e jovens?

Prata) - O MONSTRO DAS SETE CABEÇAS E AS MENINAS ROUBADAS e Outras Histórias

O. C.: Esta é uma pergunta de difícil resposta já que, hoje em dia, os convites à "não

Angolanas - Secretaria Regional de Turismo

leitura" são infinitos. Televisão, jogos on-line ou gravados, cinema, já para não falar no

da Madeira - Funchal - (1990).

apelo dos "shoppings", da sociedade de consumo que se espalha por discotecas, cafés,

- Foi ainda atribuído, em 1986, o Prémio

restaurantes, esplanadas que se abrem aos jovens a cada canto, "encerrando-os" numa convivência não poucas vezes vazia, e, não poucas vezes, perigosa. Um dos poucos

Anual para "O Melhor Texto do Ano" instituído pela Rádio Nacional de Angola para incentivar a qualidade literária dos seus progra-

locais onde ainda é possível levar os jovens a ler e, quem sabe, a interessar-se pela leitu-

mas, à crónica intitulada "Os soldados mor-

ra e, – a esperança é sempre válida – a amá-la, é nas escolas. Desde os primeiros anos.

rem por detrás das linhas".


Começando, nas creches e jardins-de-infância por ler, não apenas contar, mas contar lendo, com o livro nas mãos, histórias interessantes e com vida. Depois, mais tarde, incentivá-las aconselhando e lendo, nas aulas, bons livros, de bons autores. “O Lyceu”: Como convidar à leitura?

o início do presente ano lectivo, o Dr. Jorge

N

Moreira aceitou acolher o Centro da Mãe na nossa

O. C.: As crianças devem conviver com os livros antes mesmo de aprender a ler. Existem livros de pano, sem palavras, apenas

escola. A cooperação existente entre a Escola

com coloridas imagens e há, até os livros de plástico que a cri-

Secundária Jaime Moniz e a Associação de Solidariedade

ança pode levar até mesmo para a banheira.

Social da Região Autónoma da Madeira em causa, que visa

São livros super-resistentes, supercoloridos, que o bebé pode

dar apoio às grávidas, jovens mães e respectivos filhos, em

puxar, morder, molhar... Alguns anos depois, os exemplares de papelão, também

situação de risco, efectiva-se em noventa minutos semanais

resistentes, poderão juntar-se aos primeiros. Brincando de

de aulas de Educação Física. Para além de promover a activi-

escolinha, a criança carrega-os de cá para lá. Fazendo de conta

dade física regular e criação de hábitos de vida saudável, jul-

que já sabe ler, interpreta, à sua maneira, as figuras interes-

gamos que o apelo à cooperação, raciocínio e respeito pelos

santes que não cansa de observar. Nesta actividade lúdica, ela estará desenvolvendo seu enorme potencial de expressão ver-

outros faz com que este projecto desenvolva a formação mul-

bal.

tilateral das jovens em causa e a sua integração social.

A sala de leitura é, sem dúvida, o caminho mais fácil para uma

Pensamos estar perante uma situação que revela o domínio

criança se apaixonar pelas letras. Um ambiente convidativo,

social da Escola do século vinte e um, em interacção com

prateleiras repletas de obras de boa qualidade adequadas a cada faixa etária, exemplares ao alcance de suas mãozinhas,

toda a comunidade educativa.

ninguém que lhe proíba o manuseio ou lhe chame a atenção pela desorganização das prateleiras. Ali, ela fará quantas leituras quiser, dependendo do seu interesse. Alguém terá afirmado um dia que "uma boa sala de leitura faz cócegas no intelecto". Jamais adquirir um livro apenas pela aparência exterior! “O Lyceu”: Porque lemos, porque fazemos ler, o que fazemos com o que lemos? O. C.: Faço minhas as palavras da escritora e tradutora brasileira Lya Luft: “A leitura e a escrita são, para mim, vozes de comando: para ser verdadeira devo obedecer ao seu ritmo. Se desejo calar, muitas vezes fala em mim essa linguagem que não quer saber de silêncio. Então persigo essa alegria de jogar com as palavras e significados, montar quebra-cabeças para mim e para os outros, navegar nos ritmos que crio e que ofereço a quem neles participa. “O Lyceu”: Que mensagem pode deixar um escritor aos jovens a propósito da leitura? O. C.: A leitura de um livro é um acto de magia. Um acto cru de único. O escritor, o bom escritor, faz com as palavras a mesma coisa que as crianças fazem com um bocado de barro ou plasticina: cria, inventa, transforma, fabrica sonhos.

Patrícia Silva – Ed. Física


Falando com ... Octaviano Correia - Dixit

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O espaço do Nosso / Vosso descontentamento! e me pedem para ser do contra, seguindo a lógica, não o vou ser. Até

S

porque me faltam os motivos para o ser. Vivo bem comigo mesma e

estou rodeada daqueles que amo. Não vou negar que por vezes fico algo

esmo sem recorrer a sondagens e estatísticas é dificil, quase

M

impossível, não achar que os níveis de leitura deste nosso País vão

de mal a pior.

desiludida com a sociedade em geral e com as fraquezas do ser Humano,

Desde o momento em que uma jornalista, senhora de curso já feito,

mas porque enraivecer? É ridículo, tanto ou mais como as pessoas que criti-

responsável pelo telejornal regional de horário nobre, comete o erro de dizer,

co. Será saudável e dar-me-á algum prazer futuro gastar o meu tempo a

não uma mas três, vezes que "os madeirenses admitem que leiem menos"

revoltar-me contra o Mundo? Hoje acho que não, o que não invalida que

somos forçados a admitir que algo está terrivelmente mal. Sim, está errado,

amanhã ache que sim, porque estou na adolescência.

e sim, ver alguém que tínhamos fé de, ao menos falar bom português dar

Estou-me a descobrir e a aprender a beber a vida para saborear o saber.

erros destes, tira-nos toda e qualquer esperança na literalidade desta terri-

Prefiro gastar o meu tempo a sonhar. Ainda alguém sabe o que isso é? Falar

nha. Mas admitamos que tem a sua piada quando uma jornalista, comen-

ao espelho não é insanidade. Amar o Mundo não é só poesia. Porque é que

tando o Dia do Livro, dá-nos a entender que ler a gramática portuguesa mais

me olham com cara de idiotas quando eu elogio e digo o quão importante é

umas vezinhas não lhe fazia nada mal.

para mim alguém? Já perdi tantas oportunidades para o ter feito, já vi partir

Mas dando um desconto a este triste episódio televisivo (que se não

pessoas e aguentei a dor de nunca ter demonstrado o que significavam. Já

fosse o facto de se ter repetido três vezes poderíamos considerar um lapso

andei adormecida, já fui um telespectador da minha própria vida.

momentâneo) o panorama não se torna melhor.

E se acordássemos todos e déssemos valor às coisas? Não estaríamos

Então vejamos. É de todo impossível considerar a "Maria", a "Ana + atrevida", a "Caras", a "TV 7 dias" e muitas outras revistas do social, literatura.

a aproveitar melhor a nossa passagem?

Bem sei que a vida daquelas personagenzinhas como a Maia ou o tal Ana Mourinho – 10ª 41

Castelo-Branco mais parece uma novela mexicana com dobragens mal feitas em brasileiro. Mas até é pecado comparar qualquer uma destas "novelinhas" com um Eça. Não sendo nada disto considerado literatura quase metade da população feminina portuguesa fica imediatamente afastada da

A propósito de ler, apetece-me reflectir sobre dois pontos.

condição de leitores.

ão me parece que a necessidade, e sobretudo, o prazer da leitura

Depois, também não podemos, de modo algum, incluir as T3's, as Max

seja um dos objectivos actuais, porque senão como se explica que

Men's, as Playboy's e todo o vasto leque de revistas com meninas despidas

tendo a editora ASA patrocinado um concurso em que oferecia dez livros no

no conjunto de obras literárias. Sendo assim, excluimos também metade da

último número da Nossa revista, apenas tenham concorrido sete leitores

população masculina, adulta e adolescente.

N

(penso que o são), faz bem ao meu ego. Para que se pudessem habilitar a

Note-se também que legendas de filmes, o Diário e outros afins não são

ganhar um livro, os leitores (penso que não ofende), apenas tinham que

literatura. Bem sei que tem letras e tal, e sei que isso faz confusão a muito

recortar o cupão que vinha na revista, preenchê-lo e introduzi-lo na caixa que

boa gente, mas meus amigos, ter letras e ser literatura é bem diferente. Vão

esteve durante algumas semanas junto aos painéis em que a revista foi afix-

lá ler o teclado do vosso computador e vejam vocês mesmos se não tenho

ada. Parece-me que gastar 1,5 €, o preço da revista, e poder receber em

razão. É triste mas é verdade, mas com tão grande selecção já feita não sobra

troca um livro não é assim tão mau negócio. O segundo ponto, prende-se com a participação dos leitores nesta que é

muita gente para inserir no limitado grupo dos "leitores nacionais". Restam

a Nossa revista, nossa porque se destina à comunidade escolar, nossa

então meia dúzia de estudantes mal amanhados que lêem Os Maias porque

porque é de todos leitores, e como tal, gostaríamos que fossem eles a fazê-

tem mesmo de ser, uns bons desgraçados que se entretêm a ler as desven-

la, dando ideias para futuros artigos ou escrevendo esses mesmos artigos,

turas da Carolina Salgado e do "nosso rapaz maravilha" (que eu recuso-me a

criticando aqueles que são publicados - a ideia da revista ter muita imagem

considerar literatura), e um restinho que lê porque sim, porque realmente ler

e cor já está registada – nesta revista procura-se que não existam mar-

até é uma actividadezinha interessante e dotada de alguma lógica. São uma

cadorzinhos azuis – obrigado Sofia – pelo que aguardamos todos os con-

minoria, mas esta espécie em vias de extinção, os leitores, existe.

tributos que nos possam chegar.

Escondidos para aí, em algum buraco, mas existem. Oh, mas a realidade é que com os níveis de leitura tão baixos e com uma

Continuação de boas leituras

tendência tão grande a baixar daqui a uns dias, bem podem deixar uma oveJosé Gouveia – Grupo 600

lha publicar um livro e ninguém nota a diferença. Sofia Caldeira – 11º 20


quilo que cada leitor faz ao que lê é condicionado, na

A

minha opinião, pelas características da sua personalidade, da sua sensibilidade e da sua formação. A men-

pós longos minutos de pesquisa na Internet para tentar

A

encontrar os argumentos perfeitos, concluo que “faço uma fogueirinha….” e “deixo de lado”……seriam as

sagem que retiro de um livro será, provavelmente, diferente da de

respostas mais óbvias e pertinentes para quem procura numa per-

outros leitores que leiam o mesmo livro. Penso, sinceramente,

gunta a sinceridade, pois há quem diga que nós somos o reflexo

que o acto de ler implica uma aprendizagem e acrescenta, quase

daquilo que nos rodeia.

sempre, alguma coisa à nossa formação enquanto seres humanos.

Na minha insignificante opinião, desde que o livro seja interes-

Ler dá liberdade e dá a possibilidade de conhecer novas realidades

sante terá sempre um lugar na minha consciência, pois o palpável

diferentes. Folhear um livro novo, sentir-lhe o cheiro e deixar-se

degrada-se ao longo dos tempos, mas a sua mensagem é intem-

levar para um mundo alternativo, totalmente desconhecido, é uma

poral. Nós somos produto do que lemos e o que fazemos com isso

sensação única. Naqueles momentos de inigualável prazer, somos

é o que importa. Por isso, temos aqui uma boa pergunta, mas, infe-

só nós e o livro, juntos a partilhar sentimentos, experiências e a

lizmente, uma infinidade de respostas. Todas pessoais, todas resul-

aprender… Na verdade não interessa tanto assim o que fazemos

tado daquilo que aprendemos com os mesmos.

com o que lemos… o que é verdadeiramente importante é ler. O resto… vem por acréscimo.

Um livro pode fazer muito por nós…e nós tão pouco por ele. É tão simples quanto isto… curto, directo, frio, mas sensato. Rodeios para quê? No words….just feelings…

Dulce Leal - 8º Grupo A Jorge Barros - 12º 32


O que fazemos com o que lemos?

20 / 21

Os livros não são monumentos do passado, mas armas do presente. Heinrich Laube rocurar novas sensações. A vida deveria ser um con-

P

stante virar de esquina, uma busca incansável de novas emoções. Porém, presos a uma vida rotineira, nem sem-

pre conseguimos escapar a este ciclo vicioso de horas marcadas, caras repetidas, semáforos descoordenados e conversas de ramerrão. E como Fernando Pessoa diria, “A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida.” Os livros são portas. Passamos a primeira página e tudo à nossa volta fica diferente. Já não somos quem éramos. Tornamo-nos protagonistas de uma história que passa a ser nossa; somos uma nova pessoa, em diferentes tempos e situações. Ler é viajar no mundo sem sair de casa. Imaginar países, castelos, famílias, vestidos e danças. Pintar cenários que mais ninguém pode ver, inventar tons de vozes e caras. Ser uma personagem diferente todos os dias. Às vezes somos príncipes, às vezes somos idiotas; por vezes jovens, por vezes anciãos. No meio de tanta gente, que só nós conhecemos e com quem só nós podemos conversar, aprendemos imenso. As suas experiências enriquecem-nos e abremnos os olhos para aquilo que se passa em nosso redor. Aprendemos que o mundo é um sítio de disparidades constantes e que a História, inevitavelmente, se repete. Aprendemos que as pessoas são as mesmas não obstante a sua época. E embora esta seja uma visão algo obscura, ao folhear os erros do passado, surgem sugestões para o futuro. Os livros são autênticos professores mudos. Assimilar as suas lições é prenda de uma leitura. Ler torna-nos mais críticos e inconformados com o mundo. Não um inconformismo juvenil, mas um inconformismo informado que nos obriga a ser mais activos e nos leva a querer intervir na soo longo da nossa vida surgem muitas questões! Será

A

ciedade; a querer falar mais alto. Ler é querer mais, sempre mais.

que alguém já reflectiu sobre aquilo que leu? Há quem pense que há coisas mais importantes. Mas tudo é

importante, depende da perspectiva de cada um. Para muitos, ler

Em coisas assim consiste a perdição da leitura. Quem a experimentou, sabe-o. Fernando Savater

é uma perda de tempo. Para outros, é uma obrigação. E alguns fazem-no por prazer. A maioria das pessoas que lêem, só o fazem com os lábios, esquecendo a cabeça e os olhos. Mas, se experimentassem ler com os olhos, sentir com o coração e memorizar com cérebro, concerteza que a leitura seria um bem-estar e os livros o alimento que sustenta as recordações. Há quem atire as palavras para o lixo porque não valem nada. Há quem as esqueça num copo de vinho, para não mais as lembrar. E há quem feche o livro sem nunca o ter aberto, por ter medo de o desvendar. Cada um de nós recorda sempre aquilo que lê, quer tenhamos lido num livro, na nossa mão, na nossa vida! O essencial é que essas palavras nos despertem algo!... Leocácia Pereira Santos - 12º 32

Margarida Seifert Ferreira - 12º 2


emos este, aquele, isto, aquilo e ainda aquel’outro. Desde

L

um simples bilhete, uma carta, até um livro… o mais importante é sentir-se atraído por um e lê-lo porque sim;

agarrá-lo, folheá-lo com sede de ler. Os livros têm o poder de nos libertar de certas realidades e até incorporar-nos em universos paralelos. A magia de ler um livro é ser englobado pela história, chorar com ela, rir com ela, enfim, sentir! Lemos: reflectimos, interpretamos, reinventamos. Como lemos? Ler é uma arte. É compreender a linguagem escrita: interiorizá-la, experimentá-la, criticá-la, recusá-la, esquecêla. Porque lemos? Gostamos de olhar e ver, de ouvir e partilhar, de analisar e sintetizar, de conhecer e aplicar, de adquirir e transformar. Lemos connosco, para nós, vós e eles, qual actividade social, indispensável a toda a totalidade psicobiossociológica – cada um

azer LER é, sem dúvida, apostar numa ferramenta de

F

combate ao analfabetismo funcional e, para além disso, um indispensável investimento na promoção da cidada-

nia. Fazer ler é estimular os mais jovens no sentido do desenvolvimento da sua identidade e da sua percepção da sua condição de cidadãos. Fazer ler, estou convicto, é criar espaços de partilha de experiências, contribuindo para a ampliação do conhecimento do universo e do vínculo com o outro através da mediação das palavras. Um óptimo instrumento de reflexão sobre a inegável importância da leitura é o que decorre das palavras do escritor Kahlil Gibran, segundo o qual “Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ler uma pequena parte da paisagem”.

de nós. Onde lemos? Simplesmente lemos, acto dissociável de qualquer contexto espacial ou temporal, só por si limitativos.

Não podíamos estar mais de acordo com este autor, posto que, na verdade, aquele que não lê, inevitavelmente ficará limitado a

Para que serve o que lemos? Nós fazemos música. Melodias,

uma visão parcelar, difusa e redutora da realidade, pois, tomando

sons admiráveis e arrebatadores. Sons que são gotas de chuva a

de empréstimo as palavras de Wittgenstein, “Os limites da minha

aterrar, ora repentinamente, ora lentamente. Nós compomos a sin-

linguagem são os limites do meu mundo”.

fonia da nossa vida, utilizando as notas dos nossos sentimentos. Tudo isto é admiravelmente fomentado pela necessidade suprema do ser humano: comunicar. Lemos o que os outros nos querem comunicar.

Fazer ler é, por contraponto, abrir janelas para uma paisagem sem muros, com outras cores, outra largueza e outra luz. Porquê, então, ter no olhar só uma nesga de céu, quando se pode abrir a janela para o céu todo?

Exteriorizamos o que pensamos sobre o que lemos. E as nossas estruturas inatas recebem, assimilam o que se lê, modificam-se para que, posteriormente, após um processo de estimulação externa, possamos utilizar o que de início aprendemos. Porém: “Ai que prazer/ Não cumprir um dever/ Ter um livro para ler/E não o fazer!/ Ler é maçada/ Estudar é nada/ O Sol doira / Sem literatura.” Enfim, verdades são verdades relativas. Acima de tudo, ler pode mostrar-nos o que é viver e fazer soar em nós a nota mais grave de uma harpa. E se além do que foi dito, se afirmar com veemência que “Livros são papéis pintados com tinta”, ao menos que seja esta a tinta com que se ilustra o nosso céu interior, enriquecido pelo arcoíris da sabedoria literária. Olhem! Cá está ele!

A n d r é Vi v e i r o s e R u b i n a B a r r o s - 1 2 º 5

Abel Fernandes - 8º Grupo A


O que fazemos com o que lemos?

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tuguês”? Que seria do teatro, da música e de todas as artes, sem os seus pioneiros amantes da leitura, mestres como Gil Vicente, Shakespeare, Freedy Mercury ou Bob Marley? Um terço do que lemos é informação prática, informação que, apesar da sua relevância e possível interesse cultural, é esquecida com o passar do tempo. O segundo terço é esquecido automaticamente, talvez devido ao seu conteúdo enfadonho e aborrecido ou simplesmente porque não apeteceu dar atenção àquelas linhas. O “último terço” sim, o “último terço” é aquilo que lemos e

Que falta fariam os revolucionários “Código da Vinci”, “Lua de Joana”, “Harry Potter” ou “Senhor dos Anéis”? Que espaço ficaria por preencher sem os modestos “3 metros acima do céu”, “11 minutos”, “Visto do Céu” ou “Lições do Abismo”? Gosto de ler, sempre gostei e ter lido desde pequena sempre me ajudou.

nunca conseguiremos esquecer. Aquela parte que não sabemos se

Por isso, não gosto de acreditar na frase cliché “Não gosto de

é preenchida pelas palavras mais importantes ou que mais mere-

ler”. Prefiro acreditar que as pessoas que a dizem ainda não encon-

ciam ser lidas, mas em que há a certeza de serem as palavras que

traram “os seus livros”.

mais nos marcaram.

Os mais revolucionários, os que são apenas modestos, os que

Da mesma forma como todos nos vestimos, falamos e com-

se enquadrarão na sua forma de ser ou acabarão por moldar a sua

portamos de forma diferente, dependendo da nossa cultura, idade

personalidade asseguram aquele “último terço” que levarão sem-

ou estado de espírito, as preferências de leitura também variam de

pre consigo num cantinho especial do encéfalo.

pessoa para pessoa. Contudo, será que o que lemos está de acordo com a nossa personalidade ou é a nossa personalidade moldada por aquilo que lemos? Ou seja, quem lê muitos livros científicos, de linguagem técnica e carácter realista, tem por norma uma forma de pensar rígida, inflexível e “com os pés bem assentes na terra” ou a leitura consecutiva desse género de livros, tornou-a uma pessoa assim? Assim como quem gosta de romances é romântico por natureza ou foram tantas as palavras melosas e histórias suaves de tons corde-rosa que lhe amoleceram o espírito? Desta forma, a experiência pessoal e o conteúdo literário de cada um irão determinar quais os efeitos do que lemos em tudo o que fazemos. Aprendemos novas palavras, formamos novas ideias, desenvolvemos diferentes formas de pensar e de reagir no dia-a-dia, criamos realidades paralelas, movimentamos as células nervosas, trabalhamos o raciocínio e a capacidade de sonhar. Poucos, muitos ou imensos, os efeitos de ler são maioritariamente positivos e absolutamente necessários ao crescimento interior e emocional de cada ser humano. Quem não lê, não passa por essas experiências, é um ser incompleto. Por isso, considero o analfabeto não um ignorante, mas um necessitado. Que seriam da História e Cultura portuguesas hoje em dia, se há seis séculos atrás, Luís de Camões não tivesse desenvolvido o gosto pela leitura e posteriormente pela escrita, e antes dele um infinito número de escritores e poetas nossos, não tivesse preservado as memórias de Portugal? Quem poderíamos nós afirmar ser, se não tivéssemos registos de antepassados poderosos, memórias e actos glorificados a que pudéssemos recorrer para nos podermos honrar do nome “por-

A A n a M a r g a r i d a B e r n a rd o - 1 2 º 1


Claudio Dias - 10º Grupo B

“O Lyceu”: Como já está há algum tempo ligada à coordenação

utentes têm de gostar de ali estarem. Depois, podem dinamizar-se

da nossa Biblioteca, como encara o papel desta, na vida de uma

actividades relacionadas com o livro: clube de leitura (Espaço 21

escola?

que já existe há cerca de dez anos), concurso sobre o autor do mês (escritor, pintor, músico), “Feira do Livro”, Corrente de Leitores,

Sara Cabral: A Biblioteca é o “coração palpitante” da Escola. Por ela, pela qualidade do seu acervo, vê-se a sua excelência. É o

clube de cinema… tudo quanto a nossa imaginação e criatividade possa produzir.

repositório do saber, esteja ele em livro ou DVD… Tem de ser cons-

A “Feira do Livro”, por exemplo, era uma actividade muito impor-

tantemente actualizada, não só em bibliografia escolar, mas tam-

tante. O seu fim não era comercializar o livro, mas sobretudo levar

bém em livros especializados.

a comunidade escolar a folhear, cheirar, ver a obra literária e depois adquiri-la e lê-la. Por outro lado, estabelecia-se um ambiente de

“O Lyceu”: Segundo os autores, os livros morrem se per-

alegria e camaradagem nos jardins da escola. Os colegas levavam

manecerem muito tempo nas prateleiras. Afinal, a vida de um livro

as suas turmas a visitar a feira! Não era necessário show off para

depende dos seus leitores?

atrair pessoas àquele espaço. Tenho saudades do alfarrabista, dos alunos, professores e funcionários que se juntavam a nós para nos

S.C.: Os livros podem permanecer muito tempo nas prateleiras,

ajudarem…E dos nossos lanches fornecidos pela escola...

mas virá um dia, por qualquer razão, irão ser levados. O livro nunca

A ”Corrente de Leitores”, foi outra actividade iniciada no passa-

morre! É verdade que o seu sucesso depende dos leitores, no

do ano lectivo e inspirada no bookcrossing. A escola escolheu algu-

entanto existirão sempre muitas pessoas que os queiram.

mas obras (toda a escolha é arbitrária), adquiriu-as, tratou-as tecnicamente e colocou-as em espaços estratégicos (largo do museu,

“O Lyceu”: Podemos dizer que a leitura está em crise uma vez que os jovens, cada vez mais, lêem menos?

entrada da Biblioteca, sala de professores, edifício Jaime Moniz, edifício Santiago). Quem estivesse interessado podia levar um livro. Lia-o e passava-o a um amigo depois de registar num impres-

S.C.: Sou uma optimista quanto aos hábitos de leitura. Haverá

so próprio, colocado na obra, as datas em que o levantou, o local,

sempre momentos na vida de um qualquer leitor em que sentirá

a idade e o sexo. Estabeleceu-se assim uma corrente de leitores

desejo de esclarecimento, de diversão, de evasão… da necessi-

sem qualquer controlo da Biblioteca, confiando totalmente na

dade do livro. Não acho que se leia menos, hoje. Lê-se muita coisa

responsabilidade de cada um. No fim do passado ano lectivo fize-

diversificada. Existem bons escritores mas também existem

mos a avaliação do projecto e achámos que valia a pena continuar

maus. Há que separar o “trigo do joio”, o que por vezes é difícil.

este ano. Outro balanço será realizado quando, em Junho, os livros regressarem à casa materna, a Biblioteca.

“O Lyceu”: Que estratégias ou actividades podemos realizar

Notámos entusiasmo por parte da comunidade e de vez em

para que uma biblioteca ganhe o seu próprio espaço na escola?

quando aparece um livro na mesa que rapidamente desaparece,

Conhecemos duas: a “Feira do Livro” e a “Corrente de Leitores”.

prova de que tudo o que se fizer em prol da leitura resulta.

Resultam?

Entre os livros escolhidos muitos estão incluídos na chamada literatura clássica.” Porquê ler os clássicos?” título duma obra de

S.C.: Em primeiro lugar, a Biblioteca ganha espaço na vida da Escola pela criação de um ambiente humano, eficiente e especializado, no seu espaço físico, ou seja, nas suas salas de leitura. Os

Italo Calvino.


Falando com ... Sara Cabral Fernandes

“O Lyceu”: Como lêem, que lêem os nossos jovens?

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e defendemos um conjunto de valores em que acreditamos. Criamos mundos, mas também fazemos a ponte entre o Real e o

S.C.: É muito importante que a criança, desde tenra idade, se familiarize com os livros. Na nossa feira, apostávamos sempre na

Imaginário. Com ele aprendemos a entendermo-nos e entender o mundo que nos rodeia, em suma, a viver na plenitude.

literatura infantil. Ler muitas histórias tradicionais às crianças ajuda-

Defendo a existência de leituras obrigatórias, nos diferentes

-as a resolver muitas das suas angústias a perplexidades. Assim,

graus de ensino, mas o que é preciso, é criar a necessidade de

lentamente, vão interiorizando quem as ajuda e diverte. A ado-

ler... a sedução da leitura.

lescência já gosta mais de acção e mistério. Há muito boa literatura juvenil que a ajuda a interiorizar valores que contribuirão para a

“O Lyceu”: Sabemos que nos vai deixar por razões de aposen-

formação humanística de cada um. Temos de saber corresponder,

tação. Valeu a pena ser professora? Que mensagem deixa aos nos-

pais, professores, amigos, a esse anseio de perfeição de todos

sos leitores?

nós. Há que desenvolver, numa sociedade cada vez mais técnica, o “esprit de finesse” que todos temos em potência. Para mim, ler

S.C.: Estou a entrar numa nova fase da vida e como todas as

corresponde sempre a uma necessidade interior, a um desejo de

passagens, esta também é dolorosa. Mas espero sobreviver

clarificação...

porque saio com a sensação de que fiz o melhor que me foi possível.

“O Lyceu”: Porque lemos, porque fazemos ler, o que fazemos com o que lemos?

Nunca hei-de deixar de ler e apelo aos jovens que não caiam na passividade, que tenham curiosidade, entusiasmo (sagrado em nós) e alegria... Não se deixem avassalar pela publicidade maciça

S.C.: Ao longo das respostas anteriores, já foram dadas as

que nos bombardeia quotidianamente. Procurem Ser e não

razões da leitura: Procurar respostas para as nossas dúvidas e

Parecer Ser. E isto consegue-se com o Bom exemplo que as Boas

angústias, divertirmo-nos, evadirmo-nos… e muitas vezes ficar-

Pessoas nos dão, com a nossa reflexão, com a leitura... Às vezes

mos ainda mais confusos. A leitura, seja obrigatória ou não, é um

não nos apetece ler, mas não se assustem! Lá virá a ocasião em

acto individual. Só estamos nós e o livro. Ele actua física e psico-

que a atracção pelo livro será irresistível… Não há receitas para

logicamente sobre nós. Pegamos, folheamos, cheiramos, olhamos

desenvolver a necessidade de ler… É somente a nossa

para aquele rectângulo cheio de folhas… Reflectimos, questiona-

Responsabilidade… Não se esqueçam nunca: “O Essencial é

mos, problematizamos, aprendemos com o que contém… Com

invisível aos olhos” como dizia Saint-Exupéry, escritor francês do

ele e com tudo o que nos rodeia, formamos a nossa personalidade

séc. XX. E devemos procurá-Lo.



New Look Jaime Moniz

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ecorreu no passado dia 23 de Março, no Hotel Tivoli Ocean Park, a 2ª edição da iniciativa “New Look Jaime Moniz”. Este evento surgiu da vontade do aluno Colin Ferreira, vencedor masculino da 1ª edição no ano lectivo 2004/05, em prosseguir com este conceito. Organizaram as actividades as professoras Maria José Barreto, Carla Susana Rodrigues e Tânia Ribeiro bem como o professor Odílio Freitas, no âmbito do Dia da Escola Saudável. De salientar também a participação especial do cabeleireiro Sérgio, responsável pela produção do evento. O programa iniciou-se com a participação do Clube de Dança da escola “DancEn?gma” que apresentou o tema “Chocolate”. Seguiu-se o ponto alto do espectáculo: a eleição da Miss e Mister Jaime Moniz, onde participaram alunos do 10º, 11º e 12º Anos.


New Look Jaime Moniz

Posto isto, realizou-se um desfile de crianças vestidas pelos patrocinadores do evento; por fim, teve lugar um desfile de moda onde tivemos a oportunidade de apreciar roupas desenhadas pelos estilistas madeirenses Rita Pessanha, Lúcia Sousa e Hugo Santos. Uma nota para os vencedores do concurso: Betty Rodrigues foi eleita Miss Jaime Moniz 2007 e Plácido Júnio ganhou o título de Mister Jaime Moniz; os jurados foram os modelos Jorge Luz e Susana Gonçalves, o professor Jorge Pestana e o aluno Ivo Martins. De realçar o apoio de todos os professores e alunos envolvidos num evento que proporcionou o convívio entre a comunidade escolar e que deve ter continuidade no futuro. Carla Susana Rodrigues

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New Look Jaime Moniz

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ealizou-se entre os dias 16 e 20 de Abril a IX Semana dos Clubes que contou com a participação dos coordenadores das diferentes Associações. Estes, ao longo do ano, prepararam acções e palestras, incentivaram os alunos na elaboração de exposições temáticas, incluíram filmes didácticos, passeios a pé, concursos, entre outras actividades e projectos. Para a abertura foi convidado o Sr. Secretário Regional de Educação - Dr. Francisco Fernandes e no encerramento usou da palavra o Vice-Presidente do Conselho Executivo - Dr. Miguel Nunes. As cerimónias foram acompanhadas por momentos musicais, actividades ligadas à ginástica rítmica e saltos de trampolim. No último dia foi ainda servido um lanche para todos os que participaram directa e indirectamente nesta semana. A IX Semana dos CLUBES/PROJECTOS dirigiu-se a alunos, professores, funcionários e comunidade em geral.

R

Elisabete Cró e Fátima Marques Coordenadoras das ACC


Semana dos Clubes

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Semana dos Clubes

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Cláudia Sousa - 12º10 Conceição Campanário - 11º Grupo B

Durante a IX Semana dos Clubes, que decorreu de 16 a 20 de Abril, o clube de ciências realizou no Largo do Museu uma exposição sobre as actividades desenvolvidas durante este ano lectivo.

Para além disso levou a cabo um concurso de fotografias sobre as “Áreas protegidas da RAM”, tendo sido atribuída uma viagem às Ilhas Desertas, aos autores dos três melhores trabalhos.


Clubes e Projectos

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Voyage Voyage! França… Sempre pensei que possuía alguma facilidade no que diz respeito a me expressar, mas as palavras que quero utilizar para descrever este país não me parecem capazes de exprimir tamanho encanto, magnetismo e fascínio! Foram sete maravilhosos dias que tão cedo não se escaparão da minha memória e só lamento que tenham passado tão rapidamente. Por isso mesmo, passo a dar toda a razão àquela velha expressão “Tudo o que é bom, acaba depressa”. Não cheguei a conhecer a grande capital francesa, Paris, mas de qualquer forma pude deslumbrar os meus olhos em lindíssimas cidades como Marseille, Lyon, Avignon, Cassis… E nelas foi impossível não esboçar sorrisos, impossível esconder a admiração, impossível não ter vontade de passear em todas as ruas, impossível não querer tirar milhares de fotos em cada canto, em cada esquina, a cada objecto e perto de cada monumento. Outro aspecto que me conquistou foi a interacção com as pessoas de outras nacionalidades… Porque para além da “equipa” portuguesa, constituída por mim, por duas professoras de línguas e um aluno, todos cá da escola, o grupo de intercâmbio era constituído também por finlandeses, por franceses (como é óbvio), e até belgas! Por essa mesma razão não só tivemos a oportunidade de melhorar o nosso francês, como também o nosso inglês e até mesmo de aprender algumas palavras em finlandês. De resto, faltam-me adjectivos para qualificar a gastronomia francesa, a sensação de se viajar de TGV, o poder que aquelas paisagens exercem sobre nós e mesmo a simpatia e a hospitalidade daqueles que nos acolheram com tanto carinho. Para todos eles “Gros bizous et merci pour tout!”…

Três alunas finlandesas ao centro e os portugueses aos lados.


Isabel Correia e Carla Susana Rodrigues 11º Grupo B

A nossa escola é uma das mais bem equipadas, a nível de material electrónico, na Região. Em Inglês, ocasionalmente, temos a oportunidade de utilizar os computadores da escola na realização de actividades interactivas. Achamos que é uma boa ideia, pois, promove a nossa motivação pela disciplina e, consequentemente, o aumento do nosso rendimento na mesma. Gostávamos que, cada vez mais, os professores seguissem o O uso da Internet na aula de Inglês contribui de forma significativa para um bom ensino, pois além de existir uma maior quantidade de informação, os alunos podem dispor de algo que é

exemplo, pois é uma forma de cativar a atenção dos alunos e as aulas tornar-se-iam mais fáceis tanto para os alunos, como para os professores.

fundamental na actualidade – o computador.

João Victor Freitas - 11º 05

Mauro Mendonça - 11º 12

Foram quatro dias! Quatro dias! Poucos! Poucos mas óptimos! Convosco ao meu lado: A Miliza, que todos queriam conhecer pela novidade, Pelo sotaque e pela boa-disposição, Sempre comigo no riso e na brincadeira, Descaradas e divertidas! A partir do início do ano lectivo, nas aulas de Inglês, apareceu-nos uma novidade que todos nós, jovens, gostamos. Foi-nos dada a oportunidade de “brincar” com o Inglês através da Internet por meio de computadores portáteis fornecidos pela

A Isabel, a professora companheira, Que nos respeita e não nos reprime, Sempre do nosso lado com um sorriso, a apoiar o que nos uniu: A paixão pelo Teatro!

escola. Estas aulas online são de um amplo agrado de todos os alunos. Mas porquê a existência destas aulas? Para nós, são vantagens, atrás de vantagens. Para além do “divertimento regrado”, de uma aprendizagem colaborativa, podemos desenvolver os nossos conhecimentos na disciplina, acedendo a sites relativos aos temas em estudo e explorando-os através de um guião ou uma ficha de trabalho. Para além disso, são-nos dados alguns sites

Juntas fomos as três, em número de perfeição, Para participar no encontro anual Da mais bela e completa das artes. Íamos em peregrinação para O Encontro Nacional de Teatro Escolar Que se realizava em Moimenta da Beira, Uma vila situada no interior de Viseu. O pacato e sossegado estilo de vida característico do quotidi-

para praticar a gramática inglesa. Pena é a pouca frequência destas aulas…

ano dos “moimenteiros” Despertou para a paixão, vivacidade, loucura, recebendo uma

João Luís Basílio - 11º 10

enchente de gente jovem Na busca de conhecimentos trocados e vividos!


Clubes e Projectos

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De todos os cantos do nosso Portugal chegaram grupos,

e a Carolina sonhávamos com esta viagem como membros do

Todos unidos entoando o Hino dos ETE’s que fazia o delírio de

grupo de Teatro O Moniz – Carlos Varela, e desta vez éramos nós

todos

que estávamos ali, como alunas mais velhas, e junto da profes-

Aqueles que assomavam às varandas e às janelas na busca da

sora Isabel.

algazarra dos actores!

Passado o metro, o comboio, as belas paisagens, os lanches

Juntos todos os dias, com intenso horário!!!

apressados, as cantorias em Régua e os autocarros, lá chegá-

Do atelier, à cantina, ao auditório municipal para assistir às

mos ao nosso destino, já um pouco cansadas do longo e quente

peças dos grupos.

percurso.

No pátio formávamos uma roda, para fazer o “Patchinho.”

Moimenta é uma pequena e bonita vila. Tínhamos à nossa

Nos almoços e jantares, todos juntos

espera uma casa acolhedora, uma escola agradável, e muita

E como que bênção dita, antes do comer,

gente simpática, pronta para nos ajudar “no que fosse preciso”,

Cantávamos o hino dos ETE’s.

como diziam as nossas guias! Era tudo perfeito, e melhor ainda

Maravilhosamente, ficámos amigos de todos.

do que imaginávamos!

E com todos chorámos, rimos e partilhámos os nossos talen-

A partir daí não foi difícil fazermos amigos, afinal éramos “as

tos.

Madeirenses” e “aquelas que eram reconhecidas pelo sotaque

Com todos nos divertimos, rimos e gozámos a vida,

engraçado”. Habituámo-nos ao lugar, e a cumprir o intenso

Na nossa plena condição de jovens!

horário de trabalho e de actividades. Tudo sem esquecer o diver-

Foram quatro dias magníficos!

timento diário, e as poucos horas de sono!

E agradeço a todos aqueles que levei comigo nas fotos e no

De manhãzinha, frequentávamos os ateliers de Formação que

coração;

tínhamos escolhido. Eu, no “Do movimento ao Corpo”, no qual a

A todos aqueles que tiveram experiências como a minha;

nossa orientadora, Maria João, era sem dúvida fantástica!

A todos os que me apoiaram e possibilitaram a minha ida;

Aprendi muito, tanto sobre o meu corpo, quanto sobre a

À professora Isabel e à Miliza por terem sido as melhores

importância que ele pode ter na minha paixão pelo teatro, aju-

companheiras que tive.

dando-me em palco na construção da minha personagem.

Obrigado ao Teatro porque «para além da bomba que mantém vivo o meu coração, tenho a bomba que me faz viver: o TEATRO!!!» Carolina Camacho - 12º 1

Depois de um banho, do cansaço e do almoço na cantina da escola, vinham as tardes, as peças, os convívios, os passeios e o “Patchinho”! Tardes essas lembradas pelo nosso Hino, o Hino Dos Etes (Encontro de Teatro Escolar), em que todos os que partilhavam do mesmo carinho por esta arte soltavam a voz, e faziam-se ouvir, pelas ruas e jardins de Moimenta! Estávamos junMoimenta da Beira 2007

tos nisto, ”Viva a Malta Dos ETES, Viva a malta Sempre Fixe”. Sempre alegres e bem dispostos, via-se ao longe que fazíamos

ETE - Encontro Nacional de Teatro Escolar!

teatro. Fossem de Abrantes, Vila Real, Alcochete ou Montijo, todos estávamos ali pelo mesmo, e em apenas 4 dias, éramos

Tudo começou no dia 18 de Abril. Podia ter sido um dia banal, mas este tinha tudo para ser diferente. Acordámos cedinho, e poucos minutos depois do dia clarear já estávamos num avião a caminho do Porto. Chegadas ao aeroporto da cidade, ainda muito tínhamos que percorrer até à desejada Moimenta da Beira. Há 3 anos que eu

já “Bons Amigos”. Vinham assim com essas amizades, as trocas de contacto, as saídas à noite, o famoso 3D, o Café Concerto, as várias fotos, as novas apresentações e, consequentemente, as maiores razões para morrermos de saudades no regresso à ilha, que estava cada vez mais próximo.


Chega então o dia 21 de Abril, dia da nossa partida, da despedida de 4 dias inesquecíveis, recheados de bons e memoráveis momentos! Soltam-se então os abraços, as lágrimas, as assinaturas, as últimas fotos, e os sms a quem não conseguimos dizer... Adeus! Connosco vinha a certeza de que Moimenta jamais seria esque-

Três professores da Escola Secundária Jaime Moniz viajaram até

cida, e a vontade de reencontrar todos aqueles “Etes” num

à Turquia – cidade de Kayseri, na semana de 25 a 31 de Março

momento muito, mas muito próximo.

de 2007, para mais uma reunião do PROGRAMA SÓCRATES,

Fizemos o “patchinho”, e cantamos o Hino juntos, uma última

onde se encontraram com os colegas representantes das

vez. As Madeirenses iam embora.

restantes escolas participantes (Alemanha, Espanha, Polónia,

Apanhámos o autocarro, o comboio e, mais tarde, o avião para

Lituânia, Letónia, Estónia e Turquia).

regressar a casa . Comigo trazia a vontade imensa de abraçar toda a gente que lá conheci e ao mesmo tempo, gritar que tinha amado tudo, que ia sempre me dedicar ao teatro, e que diria sempre a toda a gente o quanto eles estavam no meu coração! Melhor seria conseguir agradecer a todos a perfeição daqueles dias! Por isso, como são muitos, prefiro apenas agradecer aos que não poderia deixar de nomear: à professora Isabel, por todo o carinho e dedicação, pela paciência, pelos risos, pela confiança e por ter estado tão presente nos nossos dias e ao mesmo tempo nos ter deixado aproveitar todos os momentos. Obrigada por nos ter levado, obrigada por além de nossa professora, ser nossa amiga; a Ti Carolina, minha colega de viagem, de quarto, de sonho, de trabalho, de palco, e de texto. Nunca conseguirei ter palavras suficientes por tudo. “És das minhas”, e eu sou das tuas, talvez por isso nos demos, e damos tão bem. Talvez porque com coisas simples fazem-se coisas complexas e assim com

pequenos momentos fizemos desta viagem,

Neste segundo encontro do presente ano lectivo, sob o tema “Modos de Vida Saudável”, foram analisados e comparados os resultados do levantamento do IMC (Índice de Massa Corporal) e Tensão Arterial dos alunos, expresso em gráficos comparativos entre idades e sexo. Contrariamente ao inicialmente previsto, constatou-se haver um maior número de alunos com baixo peso do que de obesos, o que revela também hábitos alimentares errados por parte dos jovens. Discutidos e analisados, por todos, os factores que conduzem a estes valores, ficou definido um plano de trabalho, junto dos alunos, para incutir hábitos saudáveis de alimentação e de actividade física, quer

“Moimentamente Inesquecível”, como tu bem o dizes.

através de informação e sensibilização aos encarregados de

Ao nosso grupo de teatro, quero que saibam que levámos e re-

educação, quer através da promoção de acções de formação,

presentámos os vossos nomes, nunca falei em mim, ou sobre

painéis e conferências com personalidades especializadas na

mim, mas sim em NÓS e sobre NÓS! Afinal somos um grupo e

saúde, e ainda através da promoção da actividade física. Todas

se tudo correr bem, e valorizarem o nosso esforço, para o ano,

estas iniciativas serão divulgadas nos sites de cada Escola, em

mesmo que eu já não esteja com o Moniz, quero que nos levem

Português, bem como num Blog do Projecto, em Inglês, para a

também convosco, que se lembrem dos nossos nomes, que

divulgação global do Projecto, quer junto das Agências

honrem o nosso grupo e o Teatro, e que partilhem dos nossos,

Nacionais responsáveis pela atribuição e controlo destes pro-

que são também agora Vossos, Amigos dos Etes!

jectos europeus, quer junto de toda a comunidade. O grupo de professores foi convidado para um programa diver-

Miliza Mendes - 12º 1

sificado de actividades, visitas e convívios, gentilmente organi-


Clubes e Projectos

zado pelos colegas de Kayseri. Na primeira visita à Escola participante – ARIF MOLU – escola técnica do ensino secundário, foram recebidos com um maravilhoso espectáculo de danças típicas por um grupo de alunos, seguido de uma volta pelas diferentes oficinas onde os alunos demonstraram as técnicas de trabalho no têxtil, na metalúrgica, nas artes, etc. Assistiram, posteriormente a uma simulação de debate, preparado e representado por alunos, cujo tema se centrava na entrada da Turquia na União Europeia. Foi interessante observar como a dualidade de argumentos – a favor e contra – reflectia a própria opinião pública. Seguidamente, foi oferecido pela Escola um agradável almoço na cantina. A visita a uma escola privada permitiu observar como as novas tecnologias servem a educação num um espaço moderno, colorido e atraente, rico em recursos materiais e físicos. O grupo foi amavelmente recebido pelo Representante local da Educação, que nos deu a conhecer a realidade educativa da sua cidade, no que respeita em particular ao número de escolas, de alunos, de opções de cursos, e ao acesso ao ensino superior. Destacam-se também outras visitas de carácter cultural, nomeadamente, ao Museu de Kayseri, ao Museu da Medicina e a um Centro Tecnológico. Foi ainda visitada a casa museu onde viveu Atatürk, o homem que criou a República Turca, figura de que o povo turco muito se orgulha. Na zona industrial de Kayseri, o grupo observou a intensa actividade de centenas de operários fabris na produção do têxtil e dos móveis, e foi posteriormente recebido pelo Presidente de uma das fábricas, o qual amavelmente ofereceu um almoço na respectiva cantina. Os passeios de carácter turístico, à Capadócia (zona histórica com uma cidade subterrânea escavada na rocha, que abrigou várias civilizações), aos pequenos templos católicos escavados nos rochedos, com frescos alusivos às vivências bíblicas, e, ainda, aos famosos Montes Erciyes, que na altura se encontravam cobertos de neve. Em Istambul, os professores estiveram nas conhecidas Mesquita Azul e Mesquita de Santa Sofia, impressionantes pela grandiosidade exterior e interior. Foi muito agradável também o passeio pela zona comercial típica Grande Bazaar. O enriquecimento cultural de todas as actividades, aliado a uma excelente hospitalidade, tornou esta viagem inesquecível. Elisabete Cró - 10ºGrupo B Enaltina Vieira - 9º Grupo Miguel Nunes - 1º Grupo

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parte do jardim, criando um espírito de competição saudável, motivando os aluAntónio Freitas - 11º Grupo B

nos a conseguirem reconstruir o canteiro

Fátima Freitas - 12º Grupo

mais bonito. Os alunos participaram no âmbito da disciplina de Ecologia, onde foram abordadas

Escola Secundária Jaime Moniz

as influências dos factores do meio sobre

participou no concurso organiza-

as plantas, como por exemplo:

A

do pela C.M.F, Uma Escola Um

- Luz: efeito da luz sobre a morfologia

Jardim, com o objectivo de sensibilizar

das plantas

professores, funcionários e alunos para a

- Fototropismo positivo e fototropismo

importância dos espaços verdes na nossa

negativo.

qualidade de vida.

As pessoas directamente envolvidas

- Plantas de dia longo e plantas de dia

neste projecto foram:

curto e plantas indiferentes.

- Alunos do 10º ano Curso Tecnológico de Ambiente e Ordenamento do Território. - Funcionários responsáveis pela jardinagem e o funcionário responsável pelo trabalho de pedreiro. - Professora Fátima Freitas, responsável pela coordenação do trabalho desenvolvido pelos funcionários. - Professor António Freitas, responsável pela coordenação do trabalho desenvolvido pelos alunos. - Professor João Lemos responsável pela coordenação da colocação da terra nos canteiros. Os trabalhos que exigiam mais força física, como por exemplo cavar, reparar o chão e os canteiros, foram realizados pelos funcionários. Os trabalhos de limpeza e manutenção do jardim foram realizados pelos alunos e respectivos professores. Os alunos formaram equipas de trabalho, sendo cada equipa responsável por uma


Ciência Aberta

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-Solo: combinação de matéria mineral,

As maiores dificuldades encontradas

matéria orgânica, ar e água.

foram:

- Permeabilidade

- Aquisição de fertilizantes orgânicos.

- Horizontes

- Aquisição de produtos para controlo de pragas.

- Temperatura: efeitos da temperatura na morfologia das plantas - Plantas anuais - Plantas vivazes - Plantas de folha perene - Plantas de folha caduca

É de salientar que os alunos que têm mais

- Aquisição de plantas anuais (mais conhe-

dificuldades de aprendizagem na sala de

cidas por plantas de estação), para renovar

aula, foram os mais empenhados no tra-

o jardim.

balho realizado no jardim. O trabalho dos discentes apenas ficará concluído no final do ano lectivo, estando previsto mais intervenções dos mesmos, como, por exemplo, a segunda poda das

- Humidade: efeitos da humidade sobre a

roseiras no dia 23 de Maio, limpeza geral

morfologia das plantas

do jardim no dia 13 Junho e avaliação do

- Plantas xerófilas

trabalho realizado no dia 13 de Junho.

- Plantas hidrófilas

Atendendo às dificuldades encontradas, quer a nível técnico-científico, quer a nível

- Vento: efeitos do vento sobre a morfolo-

financeiro, solicitamos apoios ao Jardim

gia das plantas

Botânico e à C.M.F.

- Plantas rasteiras

O Jardim Botânico, através do Dr. Roberto

- Coníferas

Jardim e da Eng. Berta Correia, forneceu

- Controlo do da influência dos factores

apoio técnico-científico e uma árvore para

do meio sobre as plantas

substituir o cipreste que foi danificado

- Cortinas de abrigo

pelo vento.

- Estufas

A C.M.F, através do Eng. Henrique Costa Neves, forneceu terra para o jardim.


A Ana Sousa é aluna do 12º 10 e presi-

“O Lyceu”: Sabemos que a Ana é presidente do Fã Clube Big Apple Daniela Mercury

dente do Fã Clube Big Apple Daniela

- Filial Madeira/PT desde 2002. Como surgiu a ideia de estar à frente de um clube de

Mercury - Filial Madeira/PT. Como todas

fãs? E como surgiu a ideia da Miliza se tornar vice-presidente?

as jovens da sua idade, gosta de conviver com os amigos e ouvir música. Pretende

Ana Sousa: Na verdade foi algo totalmente inesperado e impensado. Eu era uma

prosseguir estudos na área da Psicologia.

menina com apenas 12 anos que tinha um ídolo praticamente intocável. Passava

É também uma cibernauta, daí o conta-

horas à frente do computador do meu primo (porque na altura não tinha Internet em

cto com o Big Apple: passa algum tempo

casa) e ficava a tentar descobrir sempre mais sobre a Daniela. E pelos sites que ia

a enviar “recadinhos” ao seu ídolo,

passando deixava recadinhos a falar da minha admiração por ela. E foi graças a um

Daniela Mercury.

deles que tive acesso ao Big Apple. A Noélia, a presidente da Matriz do Fã Clube (que

Miliza Mendes é aluna do 12º 01 e vice-

mora actualmente em NY), mandou-me um e-mail e mostrou-se interessada em criar

presidente do Fã Clube. É considerada

uma Filial na Madeira e eu, sem saber onde me estava a meter, aceitei.

pela Ana Sousa o seu braço direito. Quer

A Miliza é minha amiga há muitos anos e a Vice-Presidente tem de ser um braço direi-

prosseguir estudos da área da saúde, na

to. Como ela gostava muito da Daniela também, achei que seria a pessoa ideal para

cidade do Porto. Trata-se de uma rapariga

me ajudar nesta Filial.

simpática e afável. “O Lyceu”: O que é um Clube de Fãs e como funciona? A.S.: Não sei definir bem o que é um Fã Clube. Acho que a minha concepção foi mudando ao longo dos anos. Hoje em dia vejo um Fã Clube como uma “Família Mercuryana”. Uma família unida que tem como objectivo principal levar o nome da Daniela aos 4 cantos do Mundo. Como funciona? Funciona reunindo os fãs para irem a um show, levar cartazes, fazer barulho e, acima de tudo, fazer sentir-se o carinho que temos pela cantora. Funciona divulgando o seu nome ao máximo. Porque ser fã é ficar das 11h da manhã no hotel até às 23h para estar com ela 5 minutos e dar-lhe um abraço, para depois seguir para o concerto e pular até dizer chega! “O Lyceu”: Qual é o papel da presidente? A. S.: O papel da Presidente acaba por ser simplesmente o papel de uma fã. É aquela pessoa que acompanha a carreira da cantora de longe ou de perto, que corre atrás dela sempre que é possível e que, acima de tudo, a respeita. Num Fã Clube é necessário haver sempre um ou mais Vice-Presidentes, como é o caso da Miliza e do Sérgio Sousa (que me acompanham e me ajudam sempre que é preciso), desde 2005.


Rostos

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“O Lyceu”: Que relação é que os fãs estabelecem com o seu ídolo? São próximos? Os contactos são frequentes? A.S.: Vêmo-nos de ano a ano, que é quando a Daniela vem a Portugal. Normalmente é sempre durante o Verão (que é o período da Tournée Internacional - Junho, Julho e Agosto) e em Abril/Maio, no âmbito da Queima das Fitas ou outra festa qualquer de uma cidade. Eu vou sempre passar umas semanas ao Continente e, juntamente com a “Turminha de Luxo”- como a Daniela nos trata - da Filial Lisboa, corremos o País atrás dela. A Daniela trata-nos sempre muito bem, estamos com ela nos Hotéis após concertos, ficamos horas a conversar. Já aconteceu jantarmos com ela depois dos Globos de Ouro, no ano passado, já aconteceu ela ficar num quarto ao lado do nosso, em Pombal e em Aveiro, já aconteceu viajar com ela no avião numa ida a Faro para ir ao concerto dela, à noite. É sempre muito especial e único. E reconfortante ver que ela reconhece o nosso “companheirismo” e carinho. Para nós, um sorriso, um abraço, um olhar ou umas frases dirigidas a nós do palco, é tudo! “O Lyceu”: Na sua opinião, os ídolos serão uma boa ou má referência para os jovens? A.S.: Acho que isso, como tudo na vida, é relativo! Na minha opinião, ter um ídolo é algo importante para qualquer jovem, para o seu crescimento e desenvolvimento nesta sociedade. Mas claro que depende daquilo que a pessoa em questão passa para nós, os valores que nos transmite e a maneira de viver que nos ensina. Centrando-me agora um pouquinho no exemplo que tenho vindo a usar, a Daniela. Desde que me conheço como gente que a admiro. Não só pela sua música mas por tudo aquilo que ela me transmite, me ensina e pela pessoa que, ao fim ao cabo, ela me faz ser. Os meus valores identificam-se com os dela. Ela é uma pessoa Humana, correcta, sensata e com uma sede de viver enorme! E é exactamente isso que aspiro para mim, enquanto pessoa Ana. É necessário haver uma identificação pessoal tanto com a música como com a estrela. Relativamente ao ser uma boa ou má referência, isso está ligado com aquilo que tenho vindo a falar, com os valores do ídolo. Logicamente que se não forem os melhores, o jovem irá “bebê-los” e isso poderá influenciar negativamente o seu crescimento. E sem esquecer que fanatismo não é saudável. É bom gostar, é bom admirar, é bom acompanhar, é bom sentir que a pessoa é um exemplo de vida para nós. Como costuma o povo dizer “No meio é que está a virtude!”.


Yenni Fernandes - 12º 14

enezuela situa-se ao norte de América do Sul, entre a Colômbia e Guiana, cuja capital é Caracas. Tem um clima de calor tropical, cálido, com muita humidade sendo moderado nas áreas montanhosas, possui uma superfície de 916.445 km

quadrados

e

uma

população

de

23.542.649 habitantes. Mistura de rasas em que nasce uma só matéria e essência, povo humilde e dinâmico, cuja grandeza transborda as suas fronteiras, dela sobressai o Libertador Simón Bolívar, como

representante

da

liberdade

da

Venezuela. Nação de múltiplas caras, a Venezuela possui espectaculares praias, majestosas montanhas, misteriosas selvas, florestas virgens, exuberante fauna, paradisíacas ilhas como Margarita, Aruba. Grande obra da natureza, cada vez mais turistas escolhem este país como destino. Possuidora de uma impressionante beleza e abundantes recursos minerais e energéticos - onde o petróleo (fonte principal de divisas do país) ocupa um lugar preponderante, junto ao ferro, o alumínio, o ouro e os diamantes, dos quais se unem a um potencial hidroeléctrico de grande magnitude - a Venezuela vive um vertiginoso crescimento da capacidade industrial.


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Bilhete Postal - Poesia

Este inferno de amar

Sei que não ligas ao amor que te dedico

Este inferno de amar - como eu amo!

Por isso fico triste quando te vejo passar

Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?

O teu perfume arrasa o meu sentido Esta chama que alenta e consome,

Tens um coração bandido que não sabe amar

Que é a vida - e que a vida destrói Eu sei que sinto a falta do teu olhar

Como é que se veio a atear,

O tempo sempre a passar e não estás ao pé de mim

Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Vou pela noite, passo de bar em bar Vou bebendo para calar esta dor querubim

Eu não sei, não me lembra: o passado, Este desejo põe-me quase louco

A outra vida que dantes vivi

Vou vivendo num sufoco com medo de perder

Era um sonho talvez... - foi um sonho -

Preciso do calor dos teus abraços

Em que paz tão serena a dormi!

Descansar em teu regaço esquecer este sofrer

Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar? É TRISTE AMAR SEM SER AMADO Só me lembra que um dia formoso Mestre Ramiro Gouveia

Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...

Almeida Garrett


P

Sofia e Filipa - 12º 21

incéis, telas, tintas acrílicas – Dirup, passe a publicidade, dessas mesmas, de parede – mão-de-obra, e “trans-inspiração” dos alunos claro. Foram estes os ingredientes utilizados na execução destes trabalhos no dia 23 de Março entre as 09H00 e as 13H00 no corredor de acesso ao Largo do Museu, local que temporariamente foi transformado em atelier de pintura. Os trabalhos produzidos não obedeceram a qualquer tema pré-estabelecido, no entanto a temática do dia não parece ter sido esquecida e assim pode observar-se em quase todas obras realizadas a representação do corpo humano. A arte em geral, e as artes plásticas em particular, constituem, entre outras coisas uma forma de comunicar. Neste sentido, parece pertinente falar-se na leitura de uma obra de expressão plástica. Face à diversidade das obras produzidas, é difícil encontrar-se um código comum ou um léxico que nos permita descodificar as mensagens produzidas, de resto isso seria também retirar aos fruidores o seu papel de complemento dos trabalhos. Porém, para aqueles que se quiserem aventurar na sua leitura, a análise do material utilizado, das cores e formas empregues, do equilíbrio e composição visual, do tratamento dos valores luminosos ou do claro-escuro, entre muitos outros, poderão ser um caminho para um melhor entendimento dos objectivos dos seus autores. No entanto, o principal parece ser mesmo, aquilo que move estes nossos alunos e que é, no fundo, uma necessidade – catártica – de criar, algo que não se vê, mas que se sente e que os leva a aceitar este desafio de criar algo em apenas quatro horas, em vez de desfrutar do sol na esplanada de um bar, se possível sem os pássaros estúpidos a esvoaçar ao contrário da canção.


Artes

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Joana Mendes e Marta - 12ยบ 21

Joana Marta, Joana Gomes e Maria - 12ยบ 21

Helena e Maria Raquel - 12ยบ 21


Alexandra e Natacha- 12º 21 David, Joana, Nicole e Rodrigo - 12º 22

Andreina, Sandra e Sónia - 12º 22

Andreia, Cláudia e Sofia- 12º 21


Adília, Camila e Leonor - 12º 21

Hugo - 12º 21

Artes 50 / 51

Carolina e Sara - 12º 21


Reproduza a imagem do hexágono anexo, usando uma folha de papel vegetal. Recorte as peças de 1 a 5 e reorganize-as de forma a obter um quadrado.

Num estábulo algumas pessoas cuidam de cavalos. No total há 22 cabeças e 72 pés (incluindo cabeças e pés de pessoas e cavalos). Supondo que todos os seres vivos são saudáveis, quantos humanos e quantos cavalos há no estábulo? Cada número da pirâmide é a soma dos dois números imediatamente abaixo dele. Complete a pirâmide determinando os números que faltam.

Porque é que a forma mais apropriada para a tampa de uma adufa é a circular?

Observação: Se apreciou este passatempo, aprofunde um pouco os seus conhecimentos matemátiComo se pode dispor três 9 e obter 20.

cos fazendo uma pesquisa sobre o Triângulo de

Sugestão: use um ponto decimal.

Pascal.


Passatempos - Páginas Choque Mate

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A loira estava tentando tirar a tampa da Coca-Cola e não conseguia. Um pescador de caranguejos nunca tapa o balde em que vai colocando os caranguejos que apanha. Isto admira toda a gente à sua volta. Alguém lhe pergunta um dia : "Porque não tapas o balde em que tens os caranguejos? Não tens medo que fujam?" Ao que o pescador calmamente responde: "Não é preciso.. são caranguejos portugueses: quando um tenta subir, os outros imediatamente o puxam para baixo!"

-"Que inferno!" O dono do bar explicou: -"Você tem que torcer". E a loira, batendo palmas: -"Tam-pi-nha!!! Tam-pi-nha!!! " ---------------------------------------------O psiquiatra pergunta pra loira: - Costuma escutar vozes sem saber quem está falando ou de onde vêm? - Sim... Costumo! - E quando isso acontece? - Quando atendo o telefone!

Uma velha loira sai do Consultório sem entender muito o que o médico falou. Intrigada, volta e pergunta outra vez ao doutor: - Doutor, o senhor disse capricórnio ou sagitário? - Câncer, senhora, câncer. Outra velha loira pergunta à sua netinha: - Chiquinha, me fala: como se chama aquele alemão que me deixa completamente doida? - Alzheimer, vovó...

A loira passeava pelo Shopping, quando de repente, encontra uma velha conhecida: - Nossa, maravilhosa! Como você emagreceu! - Pois é, perdi quinze quilos! Eu tive de extrair um rim! - Credo! Eu não sabia que um rim pesava tanto! Duas loiras peruas encontram-se. - Menina, que blusa linda você está usando! - Você gostou? É de uma lã especial! Foram necessárias oito. - Nooossa, que chique! Eu nem sabia que já tinham ensinado ovelhas a costurar!

Uma loira pergunta à outra: - Você acha que há problema se eu tomar pílula com diarréia? Ao que a outra, "ainda mais loira", responde: - Acho que não. Mas porque é que você não toma com água? Domingo pela manhã, o homem cortava sua grama calmamente quando a sua vizinha, loira e gostosa, caminhou até à caixa de correio, abriu a caixa e fechou com força e voltou furiosa para casa. O homem continuou lá, aparando a relva, quando, de repente, a musa loira voltou. Ela caminhou bufando até à caixa de correio, abriu e socou a caixa e voltou pra casa batendo o pé. Poucos minutos se passam quando a loira aparece novamente. Com o andar impaciente, abre a caixa de correio, xinga, bate a caixa e volta queixosa. O homem, já bastante curioso com a situação, pergunta: - Algo errado, vizinha? Ao que ela responde: - Tudo errado! Aquele meu computador estúpido vive dizendo que minha caixa de correio está cheia!


Estábulo: 14 cavalos e 8 humanos. Se designar x - n.º de cavalos e y – n.º de humanos, podemos resolver o sistema seguinte: x + y = 22 e 4x + 2y = 72. Adufas: Com a forma circular é impossível a tampa cair dentro do buraco, seja de propósito ou por ressalto. Por exemplo, se a tampa for quadrangular podemos levantá-la e fazê-la passar pelo orifício, introduzindo um dos lados da tampa por uma das diagonais da abertura. Noves: ( 9 + 9 ) / 0.9 = 20 Pense num número … eu adivinho qual é!: Parta do número x, e percorrendo os passos indicados obterá: 2x, 2x + 4, 10x + 20, 10x + 32, 100x + 20. Por exemplo, para x = 7 chegaria a 1020. Faça para outros valores de x para obter um padrão. Desta forma concluiríamos que podemos ignorar os dois últimos dígitos (que serão sempre 20) e subtraia 3 do restante para obter o número original. Meias de 3 cores: 40. Se ele tirar 38 meias, se bem que seja uma boa tentativa, poderia obter as azuis e as vermelhas. Para ter a certeza de ter também um par de meias pretas, deve retirar mais duas. As adivinhas do mestre Ramiro!: 1.Cebola, 2.ponteiros do relógio, 3.volta e meia..., 4.O CAIXÃO, 5.A água do poço, 6.O inhame, 7.O sapato Puzzle:

Espécie de triângulo:

Se tiver tempo … preencha:

(7) na boca Quem é que só anda com carne (6 ) Adivinha la tú De barbinha no baú De chapéu armado (5) Melhor se chega Quanto mais alto está (4) Por mais pobre que seja Quem faz não goza

Preencha

Quem goza não vê

números, de forma que as somas nas linhas

Quem vê nâo deseja

e colunas fiquem correctas. os

quadrados

vazios,

com

(3) cão para se deitar? Quantas voltas dá o (2) outro dá um a mais quando um dá um passo

Um homem tem 45 meias na sua gaveta, 14 azuis, 24 vermelhas e 7 pretas. As luzes estão desligadas e ele encontra-se completamente às escuras. Quantas meias deve tirar da gaveta para estar certo de ter um par de cada cor?

de feitios iguais São 2 irmãos nem daqui a um ano

Da resposta obtida, como pode descobrir facilmente o

(1)

número original?

não adivinhas esta Lençol do mesmo pano Coberta sobre coberta

Multiplique por 10. Some 12. Multiplique por 5. Some 4. Duplique-o. Pense num número. Um bom jogo para fazer aos seus amigos.


Passatempos - Páginas Choque Mate

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Resolva cada um dos sudoku's que apresentamos, um de nível Fácil, outro Médio e para os mais experientes um de nível Difícil. Divirta-se, exercitando a mente. Regra: Complete a grelha de modo a que cada linha, cada coluna e cada bloco incluam os números de 1 a 9, sem repetições.

Para quem preferir jogar on-line poderá fazê-lo num dos seguintes endereços: http://sudoku.mundopt.com/sudoku-media.php http://www.websudoku.com/ http://sudoku.hex.com.br/ http://sudoku.com.au/


Distribuição de 10 Livros das

Edições

ASA Lista de prémios 1.º LUZ NA NEVE 2.º O FILHO DE ESTHER 3.º TUDO O QUE ELE SEMPRE QUIS 4.º EU, SAFYIA 5.º MAIS ALÉM DEPOIS DO EVERESTE 6.º SERPENTES E PIRCINGS 7.º FONELLE E AS AMIGAS 8.º A VERDADE SOBRE AS DIETAS 9.º O CÓDIGO DA VINCI - VERDADE OCULTA 10.º O REGRESSO A MADISON COUNTY

Se és aluno da nossa Escola e pretendes receber um dos livros desta lista, no dia 8 de Junho desloca-te ao largo do museu e apresenta esta revista. Os prémios são limitados aos 10 primeiros alunos que chegarem a partir das 12 horas.


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