Rota do Espirito Santo - Alenquer - Folheto

ROTA DO ESPIRITO SANTO ALENQUER

“O vento sopra onde quer, e ouves o seu ruído, ainda que não saibas de onde vem nem para onde vai. Isso acontece com todo o que nasceu do Espírito” “João Cap.3, faz.8)

A tradição do Espírito Santo e a religião é uma memória viva. Antes de mais, porque existe para lembrar, porque o faz universalmente, mas sempre a partir de algum lugar. E lugar significa gente e gerações, vizinhança e terra, história e tradição.

Marcas incontornáveis do maior expoente de Alenquer, os quais, pela sua importância , dão a imagem excelsa de grandeza de tradições, da grandeza do património, aliada à sua função no culto católico, estes monumentos desempenham um papel importantíssimo a nível cultural do nosso Concelho.

Venha conhecer a história deste património de excepção

IGREJA DO ESPIRITO SANTO

A fundação desta capela e edifícios anexos está ligada à vida de Santa Isabel.

Na realidade foi aqui que a Rainha Santa, em 1320, fundou uma Albergaria e deu início À construção de uma igreja com a inovação do Espírito Santo. Foi nesta igreja que a Rainha criou, de acordo com o testemunho de Frei Manuel da Esperança, as célebres festas do Espírito Santo que daqui se difundiram por outros lugares, e o milagre das rosas. Julga-se que aqui estiveram os Paços da Família Real, transformados depois por esta rainha em albergaria. Gravuras do século passado dão-nos uma imagem cheia de equilíbrio arquitectónico deste monumento na sua traça original.

IGREJA DE S.PEDRO

Uma das mais antigas da Vila. Foi reconstruída há algumas decadas , e para ela foram transladados os restos mortais de Damião de Goes e de sua esposa. A capela onde está este túmulo tem o tecto artesoado, e uma bela janela quinhentista. De acordo com a tradição, foi D.Afonso Henriques que a mandou edificar no local onde havia uma mesquita mourisca. Estão ali um “Ecce homo” e várias pinturas

A rainha Santa Isabel pagou com rosas aos pedreiros da igreja do Espirito Santo, as quais, segundo a lenda, se transformaram milagrosamente num dobrão de oiro

As antigas festas imperiais do Espírito Santo, porventura as maiores do concelho, aconteciam em terras de Alenquer. Atraíam a presença da Corte e de forasteiros, a julgar pela dimensão das iguarias com que se faziam, por volta do Domingo de Páscoa

CONVENTO DE S. FRANCISCO

O Convento foi fundado em 1222, pela infanta Santa Sancha, a partir dos seus antigos paços que, segundo se pensa, teriam tido como antecessor o palácio do alcaide mouro de Alenquer. Foi o primeiro convento fanciscano que houve em Portugal, ainda em vida de S.Francisco e para a sua fundação muito contribuíram as diligencias que então foram feitas a Santa Sancha por Frei Zacarias e Frei Gualter. Quando foi construído, o Convento era muito pequeno, mas com os acréscimos introduzidos por D. Beatriz de Gusmão, mulher de D.Afonso III, o mosteiro alargou-se e adquiriu prestigio.

As ruínas desta igreja, de fundação antiquíssima, situam-se junto às muralhas do Castelo próximas da Porta da Conceição. No século XV a primeira igreja foi queimada menos a capela-mor e as culpas do incêndio foram lançadas aos judeus que habitavam a judiaria próxima. Houve um processo judicial em que se provou o crime e foram condenados a reedificar a igreja e em seguida foram expulsos da vila. Anos depois a capelamor foi reedificada por Damião de Goes que aí, por sua vontade, foi sepultado.

IGREJA DA VÁRZEA