O Jornalecão (Abril / 2021) - Edição 304

Abril 2021 - Nº 304 - Ano 33 - Zona Sul de Porto Alegre / RS - jornal@jornalecao.com.br - 3246-0848 / 98403.6513 Divulgação Comissão Guarani Yvyrupa

Indígenas de todo o Brasil unidos contra invasão em aldeia da Zona Sul da capital Página 8 LEIA TAMBÉM NESTA EDIÇÃO: TCC sobre O Jornalecão repercute em faculdade

Vetado projeto para construção na Fazendo do Arado

AMOERP instala Abrigotecas com livros no bairro Ponta Grossa

Cantinho Vó Georgina recebe apoio do Fundo Social do Sicredi

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Editor: Guilherme Cruz da Silveira Jornalista: Gustavo Cruz da Silveira Reg. Prof. MTBRS 9793 Arte / Projeto Gráfico: Jean Pico Edição: GuiCS Edições CNPJ: 11.774.659/0001-11 Impressão: Gráfica Araucária Colaboração: Adília Cruz da Silveira e Valtor José Rodrigues da Silveira

N° 304 - Ano 33 - 30 de Abril de 2021 Aberta dos Morros

Chapéu do Sol

- Bar e Armazém Ica - Bazar Del Rio - Mini Mercado e Lancheria Zucco - Mercado e Ferragem Lima - Mercado Jardel

Belém Novo

- Loteria Sorte Certa - NCC Belém Novo

Cristal

Camaquã

Espírito Santo

- Padaria e Confeitaria Vaccari - Super Teutônia

Cavalhada O Jornalecão é distribuído, gratuitamente, em mais de 15 bairros da Zona Sul de Porto Alegre

- Agafarma Cavalhada - Celular Sul - Dauge - Mundo D’água - Supermercado Bassani

- Super Hoffman

Hípica

- Dapelle Fármacia de Manipulação - Mercado e Açougue Navegantes - Moser Água Mineral - Padaria e Confeitaria Milleum - Posto do Vale - Super Kan - Tri da Sorte Loterias

- Mini Mercado e Açougue Ortiz Ipanema - Academia Plus Point - Padaria Montevideo - Agafarma Farmácia Guarujá - Agropal - Farmácia Popular Med - Clube do Professor Gaúcho - Mini-Mercado Riboli - Galeria Ipanema - Mini Shopping Maria - Ipanema Sports - Padaria e Confeitaria Trevisan - Lotérica Portal da Sorte - Padaria Muniz - Lotérica Texacão - Supermercado Santa Rita - Mini Mercado David

- Mini Mercado WD - Minimercado Casca - Restaurante Bangalô - Restaurante Mirante do Guaíba - Super Postal - Super Tchê Barbaridade - Supermercado Irmãos Lunardelli - Tabacaria Ipanema - Tudo pra Bicho

Jardim Urubatã

- Bar do Luiz - Casa do Pão - Mercado Urubatã

Jardim Isabel

- Posto Pasqualini

Pedra Redonda

- Sociedade de Engenharia RS

Ponta Grossa

- Ferragem Müller - Padaria e Armazém da Dinda - Padaria Pão da Hora - Padaria Ramires Machado - Rona Bazar e Ferragens - Supermercado DiSul - Supermercado Muller

Tristeza

- Gelson Lanches - Panus & Mangas

Vila Nova

- Super Hoffmann

TCC sobre O Jornalecão repercute em faculdade Arquivo pessoal Sarah Acosta

Recém formada, a moradora da nante para as matérias publicadas Zona Sul Sarah Coproscki Acose que o jornal é um exemplo de jornalismo hiperlocal, cujo conteúta decidiu falar de O Jornalecão como exemplo para o seu Trabado circunscreve-se aos interesses locais. Depois de repercutir tanto lho de Conclusão de Curso (TCC) no nosso site quanto no nosso jorpara a graduação em Jornalismo.

O TCC, intitulado “Jornalismo hinal impresso, o trabalho de Sarah Acosta sobre O Jornalecão tamperlocal na zona sul de Porto Alegre – uma análise dos critérios de bém repercutiu dentro da Uniritter, noticiabilidade de O Jornalecão”, faculdade na qual a nova jornalista orientado pelo professor Felipe se formou, com uma matéria sobre Sarah Acosta Maciel Xavier Diniz, teve como seu TCC, sua repercussão e uma base 23 manchetes retiradas das capas das breve entrevista com a autora. Abaixo, desedições de 2018 e 2019, identificando que o tacamos algumas das questões respondidas critério Proximidade é o fator mais determi- por Sarah Acosta.

Como surgiu a ideia de pesquisar sobre jornalismo hiperlocal?

Sarah: Uma coisa foi levando a outra, porque eu sempre tive contato com o Jornalecão.

A minha irmã era conhecida do dono, então desde criança eu tive um contato meio próximo.

Quando eu tive que fazer o meu TCC, eu estava meio perdida, mas eu sabia que tinha que fazer alguma coisa com eles. Tanto que, no meu projeto de TCC a ideia era outra. Eu tive aula com a Mariceia Benetti (aposentada em dezembro de 2020). Ela me sugeriu fazer um estudo de caso contando a história do Jornalecão como se fosse uma pessoa, uma biografia. Essa foi a minha ideia principal. Conforme eu fui pesquisando sobre o que eu poderia incluir, esbarrei nos termos de jornalismo de bairro e jornalismo hiperlocal. Comecei a pensar como eu encaixaria o Jornalecão, porque eu senti a necessidade de classificar ele.

Até então, me parecia uma coisa muito estranha o funcionamento (do jornal), não era convencional, não parecia se encaixar em nada que eu tinha escutado falar. Eu não tinha ouvido falar em (jornalismo) hiperlocal ainda.

Em que sentido O Jornalecão não se encaixava?

Sarah: Na abrangência dele, porque ele alcança uma área muito grande de Porto Alegre, na abordagem e a linguagem que usa. Como eu posso explicar? Uma linguagem mais isenta que alcança boa parte de Porto Alegre e, ao mesmo tempo, eles se chamam de jornal de bairro. Acho que não deixam de

ser um jornal de bairro, mas estão com um alcance um pouco maior se for comparar com outros jornais de bairro que tem na Capital. Até a diagramação dele é muito diferente do que a gente está acostumado principalmente com mídia de massa. O que mais chama a atenção é a diagramação. Aí depois eu fui olhar a linguagem deles, eles têm algumas coisas bem específicas.

Outra coisa é que, pelo menos aqui (no bairro Ponta Grossa), eles têm dois ou três lugares de distribuição e o jornal chega em um dia, dois dias e depois acabou. Então existe uma sistemática diferente, tanto em aparência quanto em linguagem, mas que as pessoas buscam, vão atrás e querem ter. A gente está acostumado a ver esses jornaizinhos parados no mesmo lugar há tanto tempo, às vezes ficam um mês inteiro e ninguém pega e ele (O Jornalecão) acaba em dois dias. Eles chegaram a escrever uma matéria sobre o meu TCC e eu quase não achei o jornal pra pegar.

Você viu que está em O Jornalecão de fevereiro? Como se sentiu ao ser reconhecida pelo jornal?

Sarah: Ah, é incrível né?!

Desde que eu comecei a fazer o TCC, eu estive em diálogo com eles, porque a minha ideia inicial era outra. Era fazer o estudo de caso e eu precisaria manter contato. Eu tive o interesse de pedir a autorização do jornal para fazer o TCC. Mesmo que não precisasse, eu gostaria de ter a benção deles pra fazer o TCC. E eles sempre foram muito solícitos para o que eu precisasse.

Se colocaram muito à disposição, criamos uma relação bem interessante. Na verdade, eles meio que já sabiam quem eu era por causa da minha irmã, mas não esperava que eles iam comprar tanto a ideia.

Você disse que o Jornalecão é bem diferente de outros jornais de bairro. Por que você acha que ele é tão bem sucedido?

Sarah: Foi o que eu coloquei no meu TCC, bairros que nem o meu (Ponta Grossa, Belém Novo, Lami, Chapéu do Sol), que são o extremo sul de Porto Alegre, aparecem muito pouco na Zero Hora, no Correio do Povo, no Jornal do Almoço. É muito difícil. Quando a gente aparece, é no Balanço Geral, por causa de roubo (risos), um crime, alguma coisa que está ruim. O jornal mostra as situações negativas que acontecem aqui, mas ele traz muita coisa positiva pra cá. Eu acho que as pessoas precisam disso, ver que “poxa, o lugar que eu moro não é de todo ruim”. Eles colocam oportunidade de curso, mudanças de horário de lotação, de ônibus, serviços novos. É uma coisa que a gente não vai ver em outros tipos de mídia.

E, principalmente, tem gente que não acessa a internet, tem muitas informações que estão ali e a gente descobre primeiro na internet, mas para o pessoal de mais idade é um jeito de se informar mais sobre a região.

Eles realmente prestam um serviço para população.

Sarah: Sim, é uma prestação de serviço.

Para ler a entrevista na íntegra, acesse o link: facs.uniritter.edu.br/jornal-da-zona-sul-destaca-tcc-realizado-por-aluna-da-uniritter/

O Jornalecão homenageia matriarca de seus 34 anos Jornal de bairro mais antigo em circulação, atualmente, em Porto Alegre e um dos mais tradicionais da Zona Sul da cidade, O Jornalecão completa, no dia 10 de maio, 34 anos de atividades dedicadas à comunidade que sempre acolheu e incentivou a ideia, desde quanAdília Cruz da Silveira do a equipe do jornal era formada apenas por quatro meninos que queriam melhorar o campinho que as crianças da Rua Oiampi criaram em um terreno baldio para jogar bola.

Não à toa, a data que marca o início de sua circulação foi um Dia das Mães, algo que é muito simbólico, mas, acima de tudo, é um retrato fiel de como O Jornalecão sempre foi uma família. Quem conhece a rotina do jornal e as pessoas que o produzem, com certeza, conhece a matriarca que foi e tem sido fundamental para chegarmos até aqui: Adília Cruz da Silveira, mãe do Gustavo e do Guilherme, fundadores do jornal - assim como podemos dizer que também é a própria Adília, colaboradora desde o início desta trajetória. Como o jornal era feito por crianças de 9 e 11 anos de idade, o apoio de Adília, de seu esposo, Valtor, pai dos fundadores, e de outros familiares, vizinhos e amigos era fundamental, pois, em 1987, as máquinas fotocopiadoras (de “xerox”) mais próximas ficavam distantes do bairro Guarujá e a logística para garantir as cópias das edições dos primeiros anos dependia do apoio dos adultos.

A grande verdade é que a dedicação destes colaboradores não apenas possibilitou o surgimento de O Jornalecão, como foi importante durante todos esses 34 anos e seguirá sendo fundamental, e Adília é o maior exemplo deste importante incentivo, não apenas por ter apoiado e educado os meninos que se tornaram homens e assumiram a responsabilidade de trazer o jornal até aqui, mas, principalmente, por sempre estar presente e nunca fugir do trabalho, sendo uma colaboradora assídua e que, até os dia de hoje, faz parte da equipe atual. É muito oportuno para nós que a data de origem do jornal - 10 de maio de 1987 - seja um Dia das Mães, porque foi justamente por ter uma mãe como a Adília que o Gustavo e o Guilherme puderam criar e manter O Jornalecão! Parabéns duplo para você, Adília, e muito obrigado por tudo! Amamos muito você!

COMUNIDADE Promoções de aniversário

Segunda edição de curso gratuito para jovens na SABI A SABI (Sociedade dos Amigos dos Balneários de Ipanema) abriu vagas para o segundo curso Online de Preparação para o Trabalho, chamado SABI+, que terá início no dia 24 de maio e é voltado para jovens que cursam o ensino fundamental e médio na rede pública. Devido à pandemia, os cursos serão virtuais, mas, futuramente, deverão acontecer na sede da SABI, na Rua Coelho Parreira, 50, esquina com a Avenida Guaíba, em Ipanema. Serão sete semanas de encontros online que abordarão conteúdos como cidadania e tecnologia. As inscrições serão aceitas até 18 de maio, através da rede social do projeto (Instagram@sabi_mais).

A diretoria da SABI também está convidando as empresas e pessoas da região a contribuírem com a continuidade do projeto e a manter o atendimento dos jovens gratuito. Mais informações pelas redes sociais da SABI ou pelos telefones 9818-40146 e 98186-0510.

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Projeto que permitia construções na Fazenda do Arado é vetado Divulgação Instituto Ecociência

Para marcar o 34º aniversário de O Jornalecão, queremos homenagear dois dos nossos maiores apoiadores: o leitor e o anunciante. Durante todo o mês de maio, quem Concorra a um anunciar no jornal receberá desses livros um desconto de 34% para divulgar seu trabalho conosco, possibilitando aos leitores de O Jornalecão consumirem produtos e serviços dos seus vizinhos, apoiando o comércio da região.

E como, além de fomentar a cultura e o comércio local, também assumimos a missão de estimular a leitura ao oferecer os exemplares do jornal gratuitamente, nada melhor do que reforçar essas vocações sorteando livros de alguns dos nossos parceiros no nosso aniversário!

Os primeiros 5 leitores que enviarem uma foto sua lendo O Jornalecão para o e-mail jornal@jornalecao.com. br ou a compartilharem no Facebook e marcarem o jornal receberão um exemplar de “Alan Bari e a Turma do Guaíba”, do professor a cartunista Jean Pico, “Ipanema Blues” ou Palavras que habitam o pensar”, ambos do jornalista Fernando Cunha. Participem!

Porto Alegre / RS

A Câmara Municipal de Porto Alegre manteve por unanimidade, no dia 7 de abril, o veto total do prefeito Sebastião Melo ao Projeto de Lei Complementar nº 16/20, que previa alterações de limites previstos no Plano Diretor e permissão de construções em área conhecida como Fazenda do Arado, localizada na Zona Sul da Capital.

A justificativa do veto total pelo chefe do Executivo é que o projeto em questão apresenta vício de origem,

porque propõe a alteração do regime urbanístico (o que seria prerrogativa do Executivo) e poderia criar insegurança jurídica para futuros empreendimentos, uma vez que há jurisprudência, conforme pareceres de Tribunais de Justiça Estaduais, inclusive do TJRS, que já

declarou a inconstitucionalidade de lei municipal por alteração de zoneamento rural para urbano.

O projeto original, de autoria do então vereador Professor Wambert (PTB), havia sido aprovado em dezembro do ano passado.

A proposta tratava de uma propriedade particular de 426 hectares, localizada em área rural, vizinha ao núcleo urbanizado do bairro Belém Novo, que passaria a ser caracterizada como urbana e poderia receber construções.

AMOERP instala Abrigotecas em paradas de ônibus da Ponta Grossa Criada em 2012 pela comunidade do bairro Ponta Grossa para preservar a natureza e áreas rurais remanescentes, bem como promover demais ações, de caráter geral, em prol da comunidade da capital, a AMOERP (Associação dos Moradores da Estrada Retiro da Ponta Grossa) concluiu, no dia 20 de abril, a instalação das Abrigotecas, nome dado às prateleiras de livros instaladas junto às paradas de ônibus no bairro, que têm o objetivo de estimular a leitura. Além das Abrigotecas, as paradas também receberam concretagem do piso,

pintura e assentos. Ao todo, foram 12 paradas de ônibus beneficiadas por melhorias, das quais quatro ganharam a Abrigoteca. A ideia é, além de oferecer mais conforto aos moradores que têm que esperar o transporte público, oferecer cultura e cidadania através da leitura, estimulando que a população pegue os livros, leve para casa, se assim desejar, e depois traga de volta para uma das quatro paradas que contam com a Abrigoteca, podendo trazer mais livros e estimular essa rede de leitura e cultura que os livros proporcionam.

A iniciativa teve apoio da

Jean Pico / O Jornalecão

Leitoras usufruindo de abrigoteca

Marcenaria Meik Móveis, que produziu as prateleiras de madeira para as Abrigotecas, da Ferragem Rona, que ajudou a arrecadar os livros, e do serviço de pintura do associado Heitor Goes, além da própria AMOERP, que arcou com os custos financeiros das melhorias. Para mais informações, entre em contato pelo Facebook/amoerp. rs ou pelo fone 98175-0949.

O Jornalecão entrega tampinhas recolhidas ao Educandário O Programa Tampinha Legal, projeto que visa ensinar que o plástico é matéria-prima nobre, que vale dinheiro e não pode ser jogada fora, estimula a coleta de tampinhas plásticas usadas. Ao mesmo tempo em que colabora com a preservação do ambiente, por ajudar a reduzir a quantidade de plástico desperdiçada, o programa também contribui para que as entidades beneficentes consigam recursos, pois as que estão cadastradas recebem valores correspondentes à quantidade de tampi-

Guilherme Cruz da Silveira / O Jornalecão

nhas arrecadadas.

O Jornalecão, com o apoio de seus leitores, também está engajado neste programa tão especial, recebendo tampinhas e lacres de latinhas em nossa redação, na Avenida da Serraria, 1425, no bairro Guarujá, que nos

encarregamos de entregar às entidades parceiras. Em abril, foram entregues cerca de 50 kg de tampinhas plásticas recolhidas pelos leitores de O Jornalecão a representantes do Educandário São João Batista, que está sediado no bairro Ipanema. A instituição atende, gratuitamente, crianças e jovens com dificuldades físicas e neurológicas nas áreas de Educação Especial e Atendimento Clínico.

Informações do Educandário em educandario@ educandario.org.br e telefone 3246-5655.

SAÚDE e BEM-ESTAR

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Porto Alegre / RS

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Chás emagrecem? – Por Laura Morshak Passados de geração em geração como bebidas de tradição e de cura, hoje o chimarrão e os chás já possuem alguns benefícios comprovados por estudos.

A erva-mate possui potencial antibacteriano no trato gastrointestinal, podendo inclusive inibir a proliferação de alguns patógenos (como a salmonela). Os chás e a erva possuem flavonoides que estão associados à redução do risco de algumas doenças crônicas quando ingeridos regularmente; e os efeitos dos polifenóis na proteção contra doenças cardiovasculares (pressão alta, colesterol alto) são atribuídos, principalmente, à melhora da circulação sanguínea e equilíbrio na saúde intestinal.

Mas chás emagrecem?

Essa questão surgiu depois de alguns estudos feitos

Arquivo pessoal

em animais mostrarem uma possível redução no porcentual de gordura de ratos, entretanto essas doses são maiores do que os seres humanos consomem e não está comprovada para nós (inclusive, porque existem muitos outros fatores que colaboram, ou não, com o emagrecimento – por exemplo, uma alimentação adequada). Para quem pratica exer-

cícios físicos, a cafeína presente nessas bebidas possui evidência sobre melhoras na performance e na contração muscular, mas devem ser consumidos com cuidados para não perdermos a sensibilização dos seus receptores e para que ela não piore os efeitos de ansiedade, principalmente no momento de pandemia atual.

Em resumo, o chimarrão e os chás são ótimas bebidas para o dia a dia – tanto para um momento de conforto quanto para benefícios na saúde (quando tomados sem açúcares e/ou adoçantes), mas é sempre importante lembrar que nenhum alimento isolado tem o poder de modificar o seu corpo.

Nutricionista Laura Morshak CRN 15624 @nutrimorshak

Versos para a Mãe

à minha mãe, Amábile – In Memoriam O meu verso maior vai para a mãe que pelo amor ao filho tudo deixa; as glórias vãs do mundo, sem pretextos, envolta em sacrifícios não se queixa...

E quando ela o aninha em seus braços fazendo-o dormir, embala-o e canta, não aparenta ser aqui da terra; é uma imagem dos céus, é uma santa.

Por isto, mãe querida, não te esqueço, contigo quero estar a qualquer hora, foste tudo pra mim, foste o começo...

Trazes no coração Nossa Senhora...

Por Ialmar Pio Schneider

poeta, morador do bairro Tristeza e leitor de O Jornalecão

A recuperação física no pós Covid Após a infecção por coronavírus, muitas pessoas ficam com sequelas, tanto física como respiratórias e neurológicas, e exercícios físicos, de leve para moderados, podem ser grandes aliados na reabilitação física. É importante ressaltar que o retorno deve ser gradual e, de preferência, com acompanhamento de profissionais habilitados. Cada caso impõe recomendações diferentes. Por isso, deve sempre ser feita uma avaliação física específica e personalizada.

Para pessoas com sintomas sanguíneos, é recomendado começar com exercícios de baixa intensidade, pois reduzirá os riscos de for-

mação de coágulos sanguíneos. Aqueles que apresentaram sintomas respiratórios, como pneumonia, devem descansar por, pelo menos, uma semana após o desaparecimento total dos sintomas, retornando, gradualmente, à atividade física com ênfase em exercícios de respiração e alongamentos. Pessoas com sintomas cardíacos devem ser monitoradas ainda mais de perto no retorno às atividades físicas.

Outra coisa importante é sempre fazer avaliação cardíaca antes de retomar os exercícios. Nos primeiros dias pós Covid, deve-se limitar as atividades a caminhadas lentas e alongamentos, aumentando a intensidade

aos poucos. Exercícios respiratórios sempre são importantes, assim como estar atento e ouvir o próprio corpo para ter uma retomada de exercícios físicos lenta, gradual e saudável, respeitando o seu próprio tempo para o retorno. E lembre-se: se ainda estiver doente, não malhe, pois o repouso é fundamental!

Para mais informações e/ ou agendar sua reabilitação física no Espaço Exercithare, que está localizado na Avenida da Serraria, 1206 – loja 1, bairro Guarujá, pelo telefone 99446-8628.

Berenice Sperb Professora de Educação Física CREF/RS 1646

COOPERATIVISMO

Porto Alegre / RS

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Cantinho Vó Georgina acolhe comunidade na Vila Jardim Marabá, na Zona Sul de Porto Alegre Com suporte do Fundo de Desenvolvimento Social do Sicredi, local tem recebido melhorias, que se revertem em benefícios para a comunidade local Antes de vir para Porto Alegre, há mais de 40 anos, Georgina Conceição Alves, ou simplesmente Vó Georgina, como é mais conhecida, já tinha passado por muitas coisas difíceis na vida - mulher negra, de família pobre e vinda do interior de Bagé com quatro filhos, já tinha perdido tudo em um incêndio -, mas nunca perdeu a fé de que as coisas poderiam melhorar e, enquanto isso, se concentrou em melhorar a vida de quem podia. Hoje com 74 anos, Vó Georgina é um exemplo de garra, perseverança, solidariedade, amor e respeito ao próximo, cujos frutos plantados perdurarão pelas muitas gerações futuras que tem ajudado a cuidar. Ela é idealizadora do Cantinho Vó Georgina, localizado na Avenida Arnaldo Bohrer, 826, na vila Jardim Marabá, na Zona Sul de Porto Alegre, onde são atendidas, diariamente, cerca de 120 crianças em situação de carência e risco e que não têm com quem ficar no turno inverso ao escolar. O Cantinho Vó Georgina garante não apenas café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar para essas crianças, se esforça para oferecer

também perspectivas de futuro, realizando oficinas de artesanato com material reciclável, atividades de jardinagem na horta, auxílio nos deveres da escola, além de muitas brincadeiras e diversão – fundamentais para uma infância feliz e, consequentemente, uma maturidade psicologicamente mais equilibrada. Georgina não é apenas vó: é também pai, mãe, conselheira, professora, enfermeira e psicóloga dessas crianças e de quem mais a procura solicitando ajuda.

As dificuldades e obstáculos nunca foram empecilho para Vó Georgina expressar o seu amor ao próximo, muito pelo contrário, sempre foram um combustível. Sua vocação para cuidar dos outros começou cedo, quando pendurou uma placa na frente de casa oferecendose para cuidar de crianças, pretendendo cobrar pelo serviço para poder sustentar sua família. Mas, quando percebeu, algumas pessoas não voltavam para buscar seus filhos e ela estava cuidando permanentemente de 14 crianças: os quatro filhos biológicos e mais 10 adotados. Mesmo com as dificul-

Jovanir Medeiros / Jova Fotos

Vó Georgina e sua filha Carla Alves, responsáveis pelo espaço, receberam a visita do Sicredi, representado pelo Gerente Regional, Sandro Soares

dades sendo grandes e as condições precárias, Vó Georgina nunca deixou de acolher quem lhes procura pedindo ajuda. Com apoio dos filhos, desde 2015 o trabalho social ficou ainda mais sério, com a inscrição de um CNPJ e a busca pela regularização junto aos órgãos públicos.

Além do atendimento às crianças, Vó Georgina também distribui cestas básicas, roupas e remédios para as famílias locais e mesmo de outras regiões. Ela conta que, no Natal do ano passado, conseguiu arrecadar 1.600 cestas básicas para distribuir para as famílias

tassem cestas básicas para todos, mas, graças a Deus, deu tudo certo”!

Os gastos do Cantinho Vó Georgina giram em torno de R$ 15 mil mensais e a entidade, apesar de prestar um serviço de extrema relevância, não tem nenhum apoio do poder público. Contando apenas com a aposentadoria de Vó Georgina, de um salário mínimo, e com duas bolsas-família, todo atendimento oferecido é totalmente gratuito, motivo pelo qual as doações são extremamente importantes e necessárias para o trabalho conlocais e, quando percebeu, tinuar sendo desenvolvido. tinha gente até do Extremo Por dia, estima-se que são Sul em uma fila gigantesca necessários cerca de 28 kg desde as 8h da manhã. Com de alimentos (10kg de arroz, a sensibilidade que marca 8 kg de feijão, 2 kg de açútoda sua trajetória, Vó Ge- car, 3 kg de macarrão e 5 kg orgina estava preocupada de carne), além dos produnão apenas com a chance tos de higiene (3 rolos de pade a quantidade de pessoas pel higiênico, 1 sabonete, 1 ultrapassar a quantidade de litro de água sanitária e 500g cestas básicas disponíveis, de sabão em pó). Para comas também com o sol es- laborar, além da doação de caldante de dezembro que alimentos, de materiais de castigava quem esperava limpeza, higiene e escolar, é na fila: “Eu via aquela mon- possível contribuir financeitoeira de gente esperando ramente, através de depósinaquele calor danado. A to em conta corrente (Banco gente levava água e umas Sicredi, agência 0116, Conmarmitas para tentar ameni- ta corrente 01013-2, CNPJ zar, mas o medo era que fal- 23.658.604/0001-25).

Fundo de Desenvolvimento Social do Sicredi tem colaborado com o Cantinho Vó Georgina Participando pela segunda vez do Fundo de Desenvolvimento Social do Sicredi, o Cantinho Vó Georgina, que já havia conquistado recursos para melhorias no espaço no ano anterior, na edição de 2020 foi selecionado novamente, dessa vez recebendo a verba de R$ 6 mil para a construção de um muro e a colocação de um portão e câmeras, além

do conserto de uma moradia avariada pela chuva. No dia 30 de abril, o Gerente Regional do Sicredi Região Sul, Sandro Soares, esteve no local para combinar mais ações conjuntas futuras e para conhecer as melhorias requisitadas. O Gerente Regional do Sicredi e a equipe de reportagem de O Jornalecão foram recebidos pela própria Vó Georgina e sua

filha mais velha, Carla Alves, quando tiveram a oportunidade de ouvi-las e de se emocionar com seus relatos e a força de seus exemplos.

Para Vó Georgina, o importante é estar “sempre de braços abertos, pronta para compartilhar o pão e o coração, pois o que realmente importa está dentro de cada uma de nós. A riqueza não se reflete através das roupas

que usamos ou dos bens que conseguimos acumular.

O verdadeiro e maior tesouro é ter um coração honesto, bondoso e generoso, que consegue olhar além das aparências e, sem desprendimento, consegue ofertar amor a todos que cruzam o seu caminho. É nisso que acredito e procuro, com determinação, ensinar a todos que encontro pelo caminho”.

Para acompanhar o trabalho desenvolvido pelo Cantinho Vó Georgina e colaborar com o belo trabalho, os canais de contato são o site (cantinhovogeorgina.org), as redes sociais (https:// www.instagram.com/cantinhovogeorgina/ e https:// www.facebook.com/CantinhoVoGeorgina), o WhatsApp 99103-7163 e o telefone 3108-4990.

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Edu Meirelles lança música Black de Respeito

Previsões para Maio de 2021 ÁRIES – Não se preocupe com a insegurança. Ela está apenas refreando um pouco seu excesso de otimismo. Dê ouvidos à razão e à cautela.

TOURO – Nada como o início de uma nova revolução solar bem acompanhada(o). A Lua nova em seu signo, acompanhada por Vênus e Mercúrio, promete uma renovação interior.

GÊMEOS – Uma paz interior que pode levar você a ideias mais fáceis de concretizar. Mas não tenha pressa. Realize todas as etapas necessárias para ter um resultado seguro.

CÂNCER – Preocupações com o futuro. Nada é mais presente do que isso nos dias de hoje.

Busque na criatividade as respostas que podem te libertar dos medos. O momento pede rompimento com o passado.

LEÃO – Momento de agir para não estagnar. As dificuldades devem ser superadas com ações firmes e voltadas para o futuro.

VIRGEM – Uma boa dose de cautela é necessária neste período. Busque o equilíbrio e a harmonia para enxergar melhor onde e quando você pode agir.

LIBRA – Ficar sonhando e recordando o passado como se tudo estivesse perdido não é do seu estilo. Saia da inércia e leve sua alegria adiante. As pessoas estão necessitando da sua harmonia.

A polêmica causada no Big Brother Brasil quando um participante falou do cabelo Black Power de João repercutiu pelo Brasil inteiro, e aqui, na Zona Sul de Porto Alegre, o músico e compositor Edu Meirelles, conhecedor nato e nativo do preconceito contra sua cor e seu cabelo, compôs a canção “Black de Respeito” para enaltecer o orgulho Afro.

Black de Respeito é um samba de roda, no qual, inclusive, foram usados prato e talher de cozinha na gra-

vação, simbolizando os antigos encontros de sambistas que usavam qualquer objeto como instrumento para tocar, e contou com o coro do duo 50 Tons de Pretas, composto pelas vocalistas Dejeane Arruée e Graziela Pires.

Para ouvir Black de Respeito, acesse o link (https:// ps.onerpm.com/blackderespeito) e escolha a sua plataforma preferida. Para conhecer o trabalho de Edu Meirelles, acesse as redes sociais do músico no Instagram (@meirellesedu), e no

Divulgação

Facebook (EduMeirellesOficial). Contatos pelo telefone (e WhatsApp) 99409-6523.

TURMA do GUAÍBA

ESCORPIÃO – Se você deixar de lado o pessimismo, a amargura ou a insegurança, as coisas podem dar certo este mês.

O movimento inicial da Lua nova está a seu favor.

SAGITÁRIO – Ideias e vontades confusas podem turvar as suas ações. Nem sempre o medo é uma fraqueza. Às vezes, ele pode ser um alerta.

CAPRICÓRNIO – Excesso de segurança pode impedir o progresso. Livre-se dos fantasmas inúteis.

AQUÁRIO – A mudança tão esperada já chegou, e você não viu ainda. A vida, às vezes, traz nossas vontades disfarçadas de velhas senhoras.

PEIXES – Se você fala, se atrapalha. E, se não fala, fica com dor de estômago, as palavras se transformam em pedras.

Dance, pinte, cante… dissolva tudo numa outra linguagem.

Jornalista Fernando Cunha lança “Palavras Que Habitam o Pensar” O jornalista Fernando Cunha, morador da Zona Sul de Porto Alegre, lançou o livro “Palavras Que Habitam o Pensar”, reunindo 51 textos divididos entre crônicas, artigos e poemas com reflexões sobre comportamento, amor, relacionamentos, profissão, família, arte, cultura, música e todo o tipo de questões e evoluções diárias pelas quais todos podem passar em algum momento ou outro da vida.

Este é o segundo livro lançado por Fernando Cunha.

O primeiro, Ipanema Blues, cuja história se passa boa parte no bairro que intitulou a obra e que o autor morou por décadas, foi lançado em

2016 e teve boa aceitação entre os leitores. Fernando Cunha é jornalista há 16 anos, já publicou suas crônicas, artigos e poemas em dezenas de blogs e escreveu para as revistas Nova Família e Business Review Brasil, além de realizar trabalhos para diversas empresas, instituições e clientes, como Odebrecht, WebGlobal, etc.

O livro “Palavras Que Habitam o Pensar” está à venda no site do autor, www.fecunha.com.br, custa R$19,90 e tem frete grátis.

Abril 2021 - Nº 304 - Ano 33 - Zona Sul de Porto Alegre / RS - jornal@jornalecao.com.br - 3246-0848 / 98403.6513

Indígenas de todo o estado reúnem-se por demarcação de terras e contra invasões no Extremo Sul de Porto Alegre Foto: Ana Barros Pinto

quando um grupo Na tarde do Guaranis de várias regiões do Brasil estão feriado de 21 de unidos em defesa da aldeia Pindo Poty, no Lami de trabalho realizou um levantaabril, a comunidamento das demande Mbya Guarani das fundiárias dos Pindo Poty, que guaranis no estaestá sediada a do, mas, apenas poucos metros da em 2012, o prorotatória de entracesso de demarcada do bairro Lami, ção teve início forna Estrada do Vamalmente – depois rejão, no Extremo de muita pressão Sul de Porto Aledos indígenas e do gre, promoveu um Ministério Públimutirão no local junto com a Comissão Gua- para mais de 100, e mais co Federal, que moveu um rani Yvyrupa para fortalecer gente deve se unir em apoio Inquérito Civil Público para a luta pela demarcação de nos próximos dias. Segundo agilizar a promessa da Fusua terra, fazer plantios de o cacique da aldeia, Rober- nai, feita, em Brasília, quatro mudas frutíferas e nativas e to Ramires, “assim é feita a anos antes. A portaria nomedenunciar os processos de luta dos guaranis: todo mun- ando o corpo técnico para pesquisar a área determiinvasão e esbulho que es- do junto, com força total”. tariam acontecendo dentro O movimento dos indíge- nou que o relatório fundiário da terra indígena na região. nas teve sequência na tarde fosse entregue em 60 dias, A ação será fortalecida por do dia 22 de abril, com um mas não aconteceu até hoje outras aldeias e indígenas ato cultural de resistência, e parece mais distante, uma de várias partes do Brasil exposição de artesanato e vez que a nova gestão do que farão os rituais de canto apresentação do coral, com Governo Federal teve como e dança junto com anciões, o objetivo de cobrar agilida- promessa de campanha não mulheres, jovens e crianças de da Fundação Nacional reconhecer nenhuma terra Mbya em seu território tra- do Índio (Funai), que iniciou indígena em seu mandato.

Questionada pelo procudicional. Há uma semana, o processo de demarcação uma cerca de arame farpa- da área em favor dos gua- rador da República Jorge do e três casas de madeira ranis em 2012, mas não o Irajá Louro Sodré, a Funai foram erguidas por pessoas concluiu até hoje, dando disse que não tem como atuque não são indígenas den- margem para essa e outras ar em defesa dos guaranis no Lami, pois a área ainda tro das terras que os guara- invasões no local. nis tentam provar ser suas Ocupada permanente- não possui polígono aprodesde 2006. mente desde a década de vado porque os estudos de Preocupados com a mais 70, há evidências de que a identificação e delimitação recente tentativa de inva- aldeia já existia desde 1940. ainda não foram concluídos, são, desde o dia 19 de abril A aldeia Pindo Poty – que, mesmo que haja, desde indígenas de outras comuni- em português, quer dizer 2019, uma decisão judicial dades guaranis desembar- Flor do Coqueiro – está na que determina a conclusão cam no local. A população fila da Fundação Nacional dos estudos de identificação local passou de 30 pessoas do Índio (Funai) desde 2006, do território indígena.

Você sabia?

Quantos indígenas ainda existem no Brasil?

Duas datas do mês de abril têm relação próxima no calendário e na história do Brasil: o Descobrimento do Brasil (22/4) e o Dia do Índio (19/4).

Quando os “descobridores” chegaram, este território já era habitado por várias comunidades indígenas, com população estimada em, aproximadamente, 5 milhões de pessoas. Desde então, os primeiros habitantes tiveram que conviver com os novos, que chegavam em grande quantidade, com nível de evolução tecnológica muito maior e dispostos a tomar conta da terra e de suas riquezas.

Hoje, a população indígena é calculada em pouco mais de 817 mil. Grande parte da população original morreu em guerras ou doenças que foram transmitidas em sucessivas epidemias para as quais não possuíam anticorpos. Outra parte acabou assimilando a cultura dos novos moradores através da miscigenação dos povos.

Mas ainda existem aqueles que vivem e defendem a cultura indígena, entendendo que ela deve ser valorizada e compreendida como patrimônio brasileiro. Enquanto a cultura dos colonizadores brancos nos ensinou que felicidade diz respeito a acumular riquezas, a tradição indígena nos ensina a viver junto à natureza, a falar a sua língua e respeitar os seus ciclos, honrando o passado e o futuro. Em Porto Alegre, atualmente cerca de 220 índios Guaranis MByá vivem nos bairros Lomba do Pinheiro, Lami e Belém Novo, lutando por suas terras, seguidamente ameaçadas por invasores.