OJORNAL 27/07/2012

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O JORNAL l MACEIÓ, 27 DE JULHO DE 2012 l SEXTA-FEIRA

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Esportes

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Com o pé direito Seleção brasileira estreia nas Olimpíadas 2012 vencendo o Egito por 3 x 2

Neymar marcou o terceiro gol da seleção

E

ra para ser uma estreia tranquila, com placar elástico, sem nenhum tipo de problema. Era! A realidade é que o primeiro jogo da seleção de Mano Menezes nas Olimpíadas de Londres acabou com minutos finais dramáticos. Depois de abrir 3 x 0 na etapa inicial, o Brasil permitiu que o Egito fizesse dois gols no segundo tempo e levou sufoco. Mesmo assim,

Zebra, Japão vence favorita Espanha por 1 x 0 Referência no futebol mundial, a Espanha estreou nas Olimpíadas de Londres, na manhã de ontem, de uma forma inesperada. Geração campeã europeia no ano passado e uma das favoritas ao ouro, a Fúria perdeu para o Japão por 1 x 0 e amarga a lanterna no grupo D. Otsu fez o único gol da partida aos 33 minutos do primeiro tempo. Os europeus jogaram com menos um desde os 41 da etapa inicial e escaparam de sofrer uma derrota ainda maior. O confronto foi disputado no estádio Hempden

Park, em Glasgow, na Escócia, já que a modalidade não é concentrada somente em Londres. Com o resultado, o Japão chega aos três pontos. Mais cedo, Honduras e Marrocos empataram por 2 x 2 e somam um ponto cada. No próximo domingo, os espanhóis encaram os hondurenhos, às 15h45m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV. Já os japoneses pegam os marroquinos, às 13h. O torneio olímpico de futebol masculino conta com 16 seleções,

divididas em quatro chaves. Os dois primeiros de cada grupo avançam às quartas de final. Desses confrontos saem os dois adversários do grupo brasileiros nas quartas de final. A vitória colocou o Japão em boa situação para terminar a fase na liderança, pois ainda enfrentará as duas equipes mais fracas do grupo. Se a Espanha se classificar em segundo, pode pegar a seleção brasileira nas quartas. Para isso, o time de Mano Menezes precisa passar em primeiro.

a vitória por 3 x 2, em Cardiff, no País de Gales, faz o Brasil iniciar com o pé direito a briga pelo ouro inédito. Foram dois tempos muito distintos da seleção. No primeiro, quando abriu 3 x 0 com Rafael, Leandro Damião e Neymar, o Brasil foi avassalador sob a batuta de Oscar. Depois, acomodado com a vantagem, errou muito e permitiu uma reação até então inimaginável do Egito. De qualquer maneira, no geral, o time de Mano Menezes fez por onde merecer a vitória. “Entramos desatentos (no segundo tempo), achamos que o jogo

já estava ganho. Hoje, no futebol, é assim. Você deu uma piscada de olho, vai ser surpreendido”, afirmou Thiago Silva à TV Record, na saída de campo. “E eles têm um time que corre bastante. Não deveríamos deixar, em nenhum momento, eles gostarem do jogo”, completou. Também ontem, pelo Grupo C, a Bielorrússia venceu a Nova Zelândia por 1 x 0. Agora, a seleção brasileira volta a campo nas Olimpíadas de Londres no próximo domingo, às 11h (de Brasília), contra a Bielorrússia, na cidade de Manchester.

FESTA

Abertura está marcada para as 17h

T

udo pronto para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, marcada para hoje, às 17 (horário de Brasília). De olho nos bastidores do evento, o site da BBC elencou 10 pontos e curiosidades que você poderá ver no tão aguardado show no Estádio Olímpico.

COMPARAÇÃO Boyle também contou que se sentirá honrado se sua cerimônia de abertura for comparada com People’s Game, espetáculo que iniciou os Jogos de Sidney, em 2000. O populismo será igual, com diversos figurantes, mas a abertura inglesa deverá ser mais “pomposa” e “punk”.

SEGREDO Quando detalhes da cerimônia começaram a ser vazados na internet, no começo de julho, o Comitê Olímpico teve uma idea para barrar que os participantes de comentar mais sobre a festa: mexeu com o orgulho britânico. Nos telões dos ensaios e no Twitter, a organização lançou a campanha #savethesurprise (salve a salve a surpresa, em tradução livre). INSTRUTORES Com certeza as 80 mil pessoas que estarão no Estádio Olímpico para a abertura dos Jogos estarão empolgadas com o show - afinal, eles pagaram cerca de R$ 6,4 mil para estar lá -, mas para o espetáculo ficar ainda mais emocionante aos olhos de quem vê de fora, haverá instrutores espalhados pela multidão para animá-los e coordená-los. SURPRESAS Responsável pela organização da cerimônia de abertura, o cineasta Danny Boyle ( Trainspotting, Quem Quer Ser Um Milionário? e 127 Horas) tem algumas surpresas na manga para deixar o público ainda mais curioso. Por exemplo,

DESFILE Com 1h29 e nem um minuto a mais, a delegação dos 204 países participante dos Jogos terão que desfilar na Cerimônia de Abertura. Mas, para manter o passo, Boyle tocará a música de Underwold, na esperança que as batidas da canção coloquem os atletas no ritmo.

nem os participantes do espetáculo sabem ainda como a Pira Olímpica será acesa. SHOW Com o tema Isles of Wonder (Ilhas da Maravilhas, em tradução livre), o espetáculo de abertura terá partes escuras - com efeitos de fumaça, espelhos e sombras - até a verde e agradável “terra olímpica”. ARTE Vencedor de oito prêmios Oscar com Quem Quer Ser Um Milionário?, Danny Boyle já disse que a cerimônia dos Jogos Olímpicos de Londres será uma mistura rave, com cinema e prformances teatrais.

LIMITES Os cabos que atravessam e sustentam o teto do Estádio Olímpico de Londres também terão papel importante na Cerimônia de Abertura dos Jogos. Eles serão usados como parte do espetáculo, mas ainda não se sabe como. INVESTIMENTO Será um espetáculo inesquecível, mas alguém vai ter que pagar essa conta, orçada em R$ 85 milhões. Porém, os ingressos, que custam R$ 6,4 mil, ainda não foram todos vendidos. ARREPIO Mesmo com uma possível chuva que pode cair no meio da cerimônia, Boyle certificou que o espetáculo vai ser de arrepiar.

NATAÇÃO

Phelps diz que só vai se divertir Em alguns momentos, parecia show. Quando a música ambiente parava, todo mundo olhava para o palco. Ainda que fosse só um alarme falso. A diferença é que a plateia não era de roqueiros, mas de quase 700 jornalistas que lotaram o auditório do Centro de Imprensa de Londres na tarde de ontem. E o palco não tinha bateria, guitarras ou amplificadores. Mas o microfone estava lá

para o maior atleta olímpico da história. Quando a música parou de vez, Michael Phelps entrou caminhando com o semblante sério, bebendo á g u a n u m a g a r ra f i n h a , calçando chamativos tênis verdes e vestindo o agasalho da seleção americana de natação. Sentou-se à mesa, e só aí lhe caiu a ficha. Impressionado com a quantidade de repórteres que estava ali para ouvi-lo, sacou o celular do

bolso, apontou para os jornalistas e fez questão de registrar o momento. Desde que arrebatou oito ouros nas Olimpíadas de Pequim, Phelps é assim. Onde ele está, não se fala em outra coisa. Desta vez, nada de quebrar todos os recordes possíveis e acumular o máximo de ouros. “Estou mais relaxado, vamos nos divertir. Nunca na minha carreira eu falei em medalhas, são vocês”.


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