Caderno Policlínica Wilson Aita | FEV 2013

Mais saúde para o seu dia-a-dia

Mais saúde para o seu dia-a-dia

Educação

Policlínica Provedor Wilson Aita Saúde e muito mais

Quais são os riscos de ter pressão alta? Como superar uma situação traumática? Quais são as consequências do deslocamento de retina? Como ser produtivo no trabalho? O que é traumatismo cranioencefálico? Quais os benefícios dos aparelhos de ginástica?

A resposta destas e outras questões você descobre nesta edição do Caderno Policlínica Provedor Wilson Aita. Também trouxemos matérias sobre oncologia, otorrinolaringologia, ginecologia, educação e muito mais.

Boa leitura!

MEC muda modelo para abertura de cursos de medicina

Ministério

OMinistério da Educação (MEC) detalhou em 5 de fevereiro novos critérios e procedimentos para abertura de cursos de medicina no país. A partir de agora, o ministério é quem vai definir o número de vagas e os municípios onde os cursos serão abertos com o objetivo de estimular a formação e fixação de médicos em regiões onde a presença desses profissionais é escassa.

Maiquel Rosauro, jornalista

Carta ao leitor Carta ao leitor Carta ao leitor Carta ao leitor Carta leitor Sumário Sumário Sumário Sumário

> Educação

MEC muda modelo para abertura de cursos de medicina Página 2

> Cardiologia Hipertensão arterial é um inimigo silencioso Página 3

> Otorrinolaringologia Brasil é um dos líderes mundiais em câncer de laringe Página 4

> Neurologia Traumatismo cranioencefálico é a principal causa de invalidez Página 5

> Saúde

Atividade física levada a sério Página 6

> Oftalmologia Deslocamento de retina é grave e precisa ser tratado com urgência Página 7

> Ginecologia

Especialistas alertam sobre venda indiscriminada de hormônios femininos Página 8

> Trabalho

Gerenciar o tempo melhora a vida pessoal e profissional Página 9

> Oncologia

Cerca de 70% dos pacientes com câncer de bexiga são fumantes, aponta pesquisa Página 10

> Psicologia

Anestesia emocional: superando as barreiras do sofrimento Página 11

Atualmente, as instituições federais e particulares apresentam uma proposta ao MEC para a abertura de cursos ou ampliação de vagas, que precisa do aval da pasta. Com o novo método, o ministério vai lançar editais oferecendo vagas em cidades indicadas e as instituições interessadas irão participar de uma seleção.

De acordo com o governo, a nova política deixa de atender ao interesse das instituições e passa a priorizar os critérios do Estado. Para ser selecionada, a candidata deverá atender a algumas exigências, entre elas, oferecer pelo menos três programas de residência médica em especialidades definidas como prioritárias para a região e hospital com mais de 100 leitos exclusivos para o curso.

Na avaliação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a residência é fator importante para os profissionais permanecerem na região onde se formarem e não migrarem para outras partes do país, como o Sudeste e Sul, que já concentram grande número de médicos e melhores salários.

- O primeiro critério que ajuda na fixação do médico é a existência de residência, é onde ele tem sua formação mais qualificada, constitui clientela, é o período em que ele se casa, tem relação com a comunidade e acaba preferindo ficar - considerou. Bons equipamentos e condições que propiciem a boa prática médica são outros quesitos determinantes para a escolha, segundo Mercadante. Para que universidades e faculdades com menos estrutura entrem na disputa, o ministro informou que há possibilidade dessas entidades buscarem linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Perguntado se haverá procura com a mudança de critérios, Mercadante disse ter a convicção de que as instituições vão se candidatar.

- Temos total segurança que essa estratégia será um salto de qualidade. O setor privado tem interesse em disputar essa oferta, temos também a possibilidade de continuar aumentando a oferta de faculdades de medicina públicas. Estamos expandindo em 1,6 mil vagas cursos de medicina

Expediente

federal. Então, vamos continuar ampliando onde não tem interesse do setor privado - disse.

O novo método vale apenas para as instituições federais e particulares.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o fato de alguns estados, como por exemplo, São Paulo, ter uma média elevada de médicos por mil habitantes, não irá inviabilizar a abertura de vagas nesses locais, pois também existem discrepâncias de distribuição.

- É preciso estimular o médico a estar nas regiões onde mais precisamos. O Brasil tem poucos médicos por mil habitantes quando comparado com outros países e a distribuição é muito desigual. Vamos abrir vaga onde é preciso, e com a residência médica - avaliou.

O Maranhão é o Estado com a menor média de médicos por mil habitantes, 0,58. Em seguida, estão o Amapá (0,76) e o Pará (0,77). Na liderança com as maiores médias estão o Distrito Federal (3,46) e o Rio de Janeiro (3,44). A média nacional chega a 1,8 médico por 1 mil habitantes.

O modelo em que as instituições apresentavam os projetos fica extinto, mas o MEC irá analisar os 70 pedidos já protocolados. Desse total, 51 são para autorização de novos cursos de medicina e 19 para aumento de vagas, totalizando 6.096 vagas.

Para o Conselho Federal de Medicina, o problema no país não é a quantidade de profissionais e sim o desestímulo ao trabalho em áreas remotas, o que gera os graves problemas de distribuição.

Este informe comercial circula encartado no jornal ZERO HORA em 74 cidades dos centros de distribuição de Santa Maria, Cruz Alta e Rosário do Sul

Escritório RBS Jornais Santa Maria: Avenida Maurício Sirotsky Sobrinho, 25 - Bairro Patronato - Telefone (55) 3220.1841. Santa Maria - RS

e-mail: casa.santamaria@zerohora.com.br | Produção: Plano Comunicação Ltda. | Jornalista coladorador: Maiquel Rosauro (MTb/RS 13334) Projeto Gráfico / Diagramação / Arte final: André Machado Fortes | Textos: Maiquel Rosauro e Marcelo Figueiredo

é quem vai definir o número de vagas e os municípios onde os cursos serão abertos

Foto Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a residência é fundamental para que o profissional permaneça na região onde se forma

Policlínica Provedor Wilson Aita

Hipertensão arterial é um inimigo silencioso

Realizar regularmente exame de medida da pressão arterial é a melhor forma de prevenção

Ahipertensão arterial (também conhecida como pressão alta) é uma doença silenciosa, que acomete um terço da população adulta. Está diretamente relacionada a fatores como maior idade da pessoa, maior incidência de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares.

É diagnosticada quando o exame de pressão arterial mede mais que 14/9 durante várias semanas. Ou seja, não é apenas um pico de pressão alta em determinado dia que vai acusar a doença.

Conforme o cardiologista Dr Antonio Vicente, do Instituto do Coração de Santa Maria (Icor), em 99,9% dos casos o paciente hipertensivo não apresenta sintomas.

- A hipertensão arterial é um assassino silencioso. Para descobrir se a pessoa tem a doença é preciso fazer o bom e velho check-upavisa o médico.

Pessoas que se encaixam no grupo de risco devem ficar atentas. A doença está ligada a idade, mais de 50% das pessoas com mais de 80 anos são portadoras. Outro cuidado está na obesidade, pois quanto maior o peso da pessoa, maior é a chance de apresentar níveis elevados de pressão.

- Fazer exercícios físicos de 15 a 20 minutos, uma vez ao dia, quatro vezes por semana, e tentar manter o peso são boas alternativas contra este mal. Ingerir sal e bebidas alcóolicas com moderação também é recomendável - explica Dr Vicente.

Entre as consequências da doença estão insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, morte súbita, aneurisma, AVC isquêmico e hemorrágico, entre outros. No Icor, um dos principais exames realizados neste caso é o ecocardiograma, no qual é possível observar o coração em cores e com vários detalhes, como, por exemplo, a dilatação na aorta. Caso o paciente não apresente avanços com prática de exercícios físicos e mudanças na alimentação, são usados medicamentos específicos.

Dr. Antonio Vicente

o ecocardiograma, um dos principais exames realizados por quem sofre de hipertensão arterial

Para evitar problemas futuros, Dr Vicente recomenda check-up de cinco em cinco anos em pessoas a partir de 20 anos. Caso algo seja constatado nesta idade, o ideal é realizar o exame novamente a cada dois anos. Depois dos 35 anos, o check-up deve ser feito anualmente.

- A história familiar é muito importante. Quem possui familiares com hipertensão arterial possui chances maiores de também ter a doença - avalia o médico.

Tire suas dúvidas

Há mais de 20 anos Dr Vicente faz parte da Associação dos Hipertensos de Santa Maria, sendo um dos fundadores da entidade. A partir de março, ele irá realizar palestras semanais sobre hipertensão arterial para os membros da associação e para pessoas que tenham interesse no assunto. O encontro ocorre todas as quintas-feiras, ao meiodia, no prédio da Sociedade União dos Caixeiros Viajantes (SUCV).

mostra

Foto Maiquel Rosauro

Brasil é um dos líderes mundiais em câncer de laringe

Fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe

Opresidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CCF), Agricio Crespo, afirmou em 4 de fevereiro, no Dia Mundial do Câncer, que o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer de laringe do mundo.

- A população brasileira ainda fuma muito. Essa é a principal causa (da grande incidência no Brasil), e quando ele (fumo) está associado à bebida alcoólica existe uma potencialização de efeitos - diz Crespo.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe e quando há associação do fumo com bebida alcoólica esse número sobe para 43 vezes.

- Outras causas são situação socioeconômica desfavorável e má alimentação - diz Crespo.

Segundo o Inca, para evitar esse tipo de câncer é importante que a alimentação contenha proteínas, preferencialmente de frango ou peixe, associadas a legumes, verduras e frutas ricas em vitaminas, em especial A, B2, C e E, e sais minerais.

O câncer de laringe, quando descoberto precocemente, tem taxas de cura que vão de 80% a 100%. É uma doença predominantemente masculina. Para cada mulher atingida há nove homens com a doença, que é mais comum depois dos 40 anos de idade, tendo seu pico de incidência entre os 50 e 60 anos.

O principal sintoma da doença é a rouquidão que dura mais de duas semanas, aparentemente sem motivo.

- A pessoa que não tinha a voz rouca, passa a ter - diz Crespo.

Ele acrescenta que dificuldade de engolir os alimentos, falta de ar, mal hálito e perda de peso também podem estar associados à doença. O especialista explica que um exame muito simples, feito no consultório médico de um otorrinolaringologista, é capaz de fazer o

diagnóstico precoce na grande maioria dos casos.

De acordo com o Inca, em 2010 foram registrados 3.618 casos de câncer de laringe no Brasil. O instituto estima que o país teve 6.110 novos casos em homens em 2012. Segundo Crespo, a Região Nordeste é a que tem a maior incidência da doença, e a Sul é a que tem a menor.

Fonte: Agência Brasil

Foto divulgação

Verduras estão entre os alimentos indicados contra o câncer de laringe

Traumatismo cranioencefálico é a principal causa de invalidez

Acidentes de trânsito, quedas e agressões estão entre suas causas mais frequentes

Otraumatismo craniencefálico (TCE) é a maior causa de invalidez e morte na maioria dos países ocidentais. Nas duas últimas décadas a abordagem do traumatizado de crânio evoluiu dramaticamente, como resultado de uma maior compreensão dos eventos fisiológicos que levam a uma lesão secundária, como também nos avanços dos meios diagnósticos e no tratamento de pacientes em estado crítico. Contudo é possível que muitos pacientes com TCE não estejam com o tratamento otimizado, de acordo com os atuais princípios do neurointensivismo.

O TCE é certamente a principal causa de óbito entre as pessoas com menos de 40 anos. Nos Estados Unidos, cerca de 500 mil TCEs ocorrem por ano e cerca de 80 mil pessoas morrem desta causa. Dos que sobrevivem, 37 mil têm sequelas moderadas e 17 mil apresentam sequelas severas, capazes de tornar o paciente dependente em suas atividades de vida diária. Estima-se em 500 mil o número de mortes por ano ocasionadas por TCE em nível mundial, sendo aproximadamente 10% no Brasil.

As estatísticas sobre TCE, apesar de alarmantes, são poucas e divergentes. Entre os vários fatores epidemiológicos discrepantes, um é notável, a própria conceituação do TCE. Ou seja, ausência de acordo para determinar se um paciente foi vítima de TCE ou não, pelo fato de não existir um critério absoluto para definir um TCE (qualquer agressão física que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meningues, liquor ou encéfalo, em qualquer combinação).

Segundo o neurocirurgião, Dr. Diogo Trevisan Silveira, a mortalidade por TCE está relacionada com a idade, verificando-se um número maior de mortos entre sujeitos mais velhos. Nesse grupo, a principal causa de TCE foram as quedas da própria altura.

- Os fatores de risco para queda, o que propicia TCE nessa faixa etária são: artrite, fraqueza muscular, distúrbio da marcha, equilíbrio ou visão e uso de quatro ou mais medicamentos por dia - relata o médico.

Entre as principais causas de TCE estão acidentes automobilísticos, atropelamentos, acidentes ciclísticos e motociclísticos, agressões físicas, quedas, lesões por arma de fogo, entre outras menos frequentes.

- Fica cada vez mais evidente a necessidade da implantação de protocolos de atendimento ao paciente politraumatizado, bem como centros de atendimento em um sistema de saúde hierarquizado e treinado para o atendimento otimizado desses pacientes. Para tal, as medidas empíricas de neuroproteção deram lugar ao tratamento objetivo direcionado pela manutenção das condições hemodinâmicas e metabólicas adequadas. Para atingir essa meta, o tratamento deve ser instituído de forma precoce e agressiva - avalia o médico.

O elemento essencial desse cuidado intensivo é a manutenção de um ótimo ambiente no encéfalo traumatizado, para facilitar o reparo e prevenir dano secundário aos neurônios lesados. A primeira prioridade é a manutenção da oxigenação.

- Infelizmente, trata-se do objetivo mais difícil, já que vários fatores conspiram contra isto, incluindo lesões expansivas com pressão intracraniana elevada (PIC), pressão arterial reduzida e hipoxia secundária a complicações pulmonares. Consequentemente, essas ocorrências precisam constantemente ser monitoradas e precocemente tratadas - argumenta Dr. Diogo.

Entre as principais causas de TCE estão os acidentes automobilísticos

Foto Divulgação

Atividade física levada a sério

Conheça os benefícios dos aparelhos de ginástica para sua saúde

Quem realiza qualquer atividade de exercício físico procura manter e melhorar a saúde física, mental e espiritual. A atividade física está associada diretamente à saúde de quem pratica, pois todo esforço muscular prédeterminado (planejado) quando bem executado resultará em boa forma física e mental.

Em muitos casos, a atividade física deve ser adaptada para cada necessidade. Para a médica e especialista em saúde física, Francine Cardoso, toda pessoa deve procurar por uma correta educação física.

- Se existe alguma contradição médica ou dificuldade física a partir de um diagnóstico médico, as pessoas devem procurar a ajuda profissional para uma atividade adaptada, sem prejudicar a saúde visando uma melhora a partir dos conhecimentos das ciências médicas - aconselha a médica.

Conforme Francine, o principal retorno de uma atividade física é a saúde. Uma aliada neste caso é a tecnologia. Assim como o estilo de vida desenvolvido deixa as pessoas sedentárias, o avanço tecnológico trouxe aparelhos modernos com finalidades específicas.

Bicicleta ergométrica é ideal para queimar calorias e gordura localizada

Benefícios de cada aparelho

Esteira Esteira

- Maior gasto calórico

- Não há influência climática (chuva, frio, vento)

- Indicado para quem está começando a correr ou quem está voltando de lesão (menor impacto que a rua)

- Maior controle da atividade

Praticante de esteira não sofre com o clima e tem maior gasto calórico

Segundo o educador físico Emannuel Mariano, a esteira e a bicicleta ergométrica são os aparelhos mais procurados, pois o principal efeito é a perda de peso. Curiosamente, se a intensão é perder peso, a bicicleta ergométrica não é a melhor opção, mas como grande parte dos praticantes apresentam alto índice de sedentarismo, obesidade e problemas nas articulações, este se torna o aparelho mais indicado nestes casos.

- O educador físico Emannuel Mariano explica que correr na rua é diferente de correr na esteira. Segundo ele, na rua é preciso empurrar o chão para vencer a inércia, a resistência do ar e mover o corpo para frente, enquanto que na esteira o tapete move-se sob os pés. Com isso a intensidade e a aplicação da força são maiores na rua do que na esteira.

Bicicleta ergométrica ergométrica

- Ótimo exercício para as pernas

- Queima calorias e gorduras localizadas

- Indicado para quem está iniciando a fazer exercícios e gestantes

- Mariano lembra que é contraindicada para quem tem problemas no coração ou na articulação do joelho. O profissional avisa que é importante ajustar o aparelho corretamente, pois o uso incorreto pode causar problemas de coluna e nos joelhos.

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O Descolamento de Retina pode ser evitado na maioria dos casos

Tratamento das roturas ou rasgos é feito com Fotocoagulação a LASER ao redor da lesão

Oolho humano está dividido em várias partes e estruturas. Uma delas, que preenche o olho por dentro, se chama humor vítreo (espécie de gelatina que se encontra aderido à retina). Com a passar dos anos o humor vítreo tende a se desprender gerando algumas vezes complicações para a retina. Uma delas é a formação de buracos ou rasgaduras que com o tempo se não tratadas levarão a formação da que chamamos de descolamento da retina.

Todo ser humano a partir dos 50 anos está sujeito a ter seu descolamento do humor vítreo por que isso faz parte do envelhecimento do olho. A maioria das pessoas o faz sem sintomas, porém em algumas ocorrem sinais clássicos que são as chamadas “moscas volantes” ou floaters (pequenas manchas escuras que se movem na frente da visão).

Esses sintomas segundo a Drª Liliane Weber não devem ser ignorados, pois junto com o descolamento de vítreo pode ter se formado uma rotura na retina que merece ser tratada com urgência.

- Quando uma rotura não é tratada há tempo, a retina infiltra com líquido e se desprende. É muito importante que o paciente com esses sintomas procure rapidamente seu oftalmologista para um exame cuidadoso da retina e do vítreo em busca de uma possível lesãoacrescenta a médica.

O tratamento das roturas ou rasgos é feito com Fotocoagulação a LASER ao redor da lesão. Dessa forma, cria-se uma aderência muito forte da retina com o fundo do olho. Dentro de poucas horas a aderência já está se fazendo, evitando com isso a cirurgia de descolamento de retina.

- Com apenas um procedimento simples e indolor se pode evitar o descolamento da retina e com isso salvar a boa visão dos pacientes. O procedimento é realizado no consultório, com colírio anestésico e não limita as atividades normais do dia-a-dia. As pessoas não percebem na visão onde o tratamento foi realizado - garante Drª Liliane.

Mecanismo do descolamento de retina

1º Desprendimento do vítreo

2º Formação de rotura retiniana

3º Surgimento das moscas volantes acompanhadas ou não de flashes luminosos

P P P P aciente que procura o recurso: aciente procura o recurso:

- Identificação da rotura pelo oftalmologista através do mapeamento de retina

- Tratamento imediato da rotura com LASER

P P aciente que não procurou recurso ou demorou muitos dias: aciente não procurou ou demorou muitos dias: Após alguns dias ou semanas ocorre a infiltração de líquido sobrevindo o descolamento da retina.

Todos os pacientes oftalmológicos devem ser examinados com dilatação pupilar no sentido de pesquisar áreas doentes sujeitas a rasgaduras. Aconselha a Drª Liliane Weber. Essas áreas também merecem tratamento com fotocoagulação independentemente de ter acontecido ou não descolamento do humor vítreo.

Observação: Essa matéria se refere ao descolamento de retina gerado por desgarros. Porém, existem outros tipos que não foram abordados neste texto.

Foto Divulgação

Humor vítreo tracionando a retina e causando rotura

Ginecologia Especialistas alertam sobre venda indiscriminada

de hormônios femininos

Automedicação pode acarretar problemas como a trombose e a embolia

Avenda indiscriminada de hormônios femininos, como anticoncepcionais, pode agravar os riscos à saúde das mulheres, alertam especialistas. Ginecologistas lembram que o medicamento é vendido sem a exigência de receita médica em vários países, como os Estados Unidos, e cardiologistas alertam que a automedicação sem uma avaliação de predisposição da mulher pode acarretar problemas como a trombose e a embolia.

O angiologista e cirurgião vascular Calógero Presti, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, lembra que os riscos de hormônios usados como contraceptivos, para o tratamento de problemas como acne ou para reposição hormonal, por exemplo, são conhecidos há muito tempo e estão nas bulas dos remédios.

- Quando uma menina começa a menstruar, ela pode ir a uma farmácia e comprar o anticoncepcional. Isso é um problema sério. A rigor, esse tipo de medicamento tem que ser ministrado com segurança pelo ginecologista. Mas, em geral, elas procuram as amigas e os farmacêuticos em busca de orientações sobre qual anticoncepcional comprar - disse o médico.

Na opinião de Presti, muitos problemas poderiam ser evitados se as mulheres se submetessem a análises médicas de risco, que podem identificar predisposições por histórico das doenças na família ou por obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Pelas estatísticas médicas, o risco de formação de trombose feminina, considerando a população geral, não ultrapassa cinco casos em cada 10 mil mulheres. Quando a mulher começa a tomar pílula, a proporção passa a ser de nove casos para cada 10 mil mulheres.

- O hormônio condiciona o maior risco. Para quem toma progesterona e outros hormônios, aumentam os fatores de coagulação - disse Presti, ao alertar que os cuidados prévios podem ser a única solução para o problema.

Segundo ele, a trombose instala-se agudamente, ou seja, repentinamente.

- É como um infarto do miocárdio. Ela não avisa que vai ocorrer. Você só sabe depois dos sintomas instalados e, muitas vezes, nem fica sabendo. A prevenção é muito complicada.

O angiologista não é contrário ao uso dessa ou de outras pílulas, mesmo diante da ameaça que levou quatro mulheres à morte e da ocorrência de 125 casos de trombose venosa, entre pessoas que utilizavam o Diane 35, nos últimos 25 anos, em todo o mundo. Presti descarta qualquer pressão das indústrias. Segundo ele, o medicamento que se transformou em uma necessidade da mulher moderna que decide evitar gravidez ou tratar outros problemas deve, somente, ser utilizado com responsabilidade.

As mulheres que registraram problemas tinham idade entre 18 e 42 anos e sofreram acidentes vasculares variados, como embolia pulmonar ou derrame. As denúncias levaram o governo francês a suspender, até abril, a venda do Diane 35 no país. Estima-se que, antes dessa proibição, 315 mil mulheres tomavam o remédio na França.

- Na gestante há grande aumento de hormônios femininos, há alteração endocrinológica que vai preparar a mulher para o parto. E no caso da gestação, o risco de trombose, para se ter um exemplo, é muito maior. É de 30 casos para cada 10 mil gestantes. A trombose pode ocorrer em mulheres que tomam ou não a pílula - avaliou.

O angiologista não acredita que o Diane 35 tenha características diferentes de outros hormônios, mas lembra que o medicamento não tem autorização para ser vendido como contraceptivo. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o remédio está registrado no Brasil desde 2002 pelo Laboratório Bayer S.A. para o tratamento de distúrbios andrógenodependentes na mulher, como a

acne, principalmente nas formas pronunciadas e naquelas acompanhadas de seborreia, inflamações ou formação de nódulos, e para casos leves de hirsutismo (crescimento excessivo de pelos na mulher) e síndrome de ovários policísticos.

O registro médico dos casos de trombose desenvolvidos por mulheres que usam hormônios não é obrigatório, de acordo com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela autorização de venda de medicamentos no país. A falta da exigência talvez explique a ausência de ocorrências no Brasil.

“Até o momento, não houve geração de sinal de risco sanitário no banco de dados do sistema de notificação da agência”, informou, em nota, a Anvisa, acrescentando que a bula do medicamento “já tem as informações de que o mesmo não deve ser utilizado na presença ou histórico de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, como por exemplo trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como na presença ou história de sintomas e/ou sinais de trombose , como por exemplo episódio isquêmico transitório, angina pectoris”.

Ainda assim, há relatos de casos de trombose desenvolvidos em pessoas orientadas por médicos - um deles, a da paciente do Rio de Janeiro, que usou o Diane 35 por dois meses. O medicamento indicado pela ginecologista foi suspenso pela própria médica quando a paciente começou a apresentar inchaço e endurecimento dos seios e mudanças significativas no corpo.

A Anvisa comprometeu-se a monitorar os casos e informou que só pode aprovar medicamentos para finalidades comprovadas em estudos apresentados para o registro. Destacou que o sistema de notificação é aberto a qualquer profissional de saúde e aos próprios usuários.

- A solução está em uma conscientização dos profissionais sobre a importância de notificar esses eventos, sejam eles quais foremdestacou a assessoria do órgão regulador.

Em relação à venda do medicamento, a Anvisa explicou que não há um comércio indiscriminado.

- Anticoncepcionais não são medicamentos de venda livre. O problema passa por outra esfera que é o uso racional - destacou.

A agência abriu edital recentemente para montar uma força-tarefa destinada a discutir soluções para o problema. A intenção é formar grupos que sensibilizem farmacêuticos, médicos e usuários sobre a exigência da receita médica para a compra de qualquer medicamento de tarja vermelha, como é o caso dos anticoncepcionais.

Fonte: Agência Brasil

Anticoncepcional deveria ser ministrado pelo ginecologista, mas nas farmácias está ao alcance de qualquer menina que comece a menstruar

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Policlínica

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Gerenciar o tempo melhora a vida pessoal e profissional

Definir prioridades, estabelecer metas e rever hábitos ajudam a ter mais tempo para a família e para o lazer

Afalta de tempo para fazer outras atividades além do ambiente de trabalho é hoje um dos principais problemas enfrentados pela sociedade moderna. Passar mais tempo com a família, fazer novos cursos ou viajar a lazer são situações difíceis de realizar quando se assume vários compromissos.

Conforme especialistas, o problema reside na falta de organização na gestão do tempo. A primeira dica é dar prioridade para atividades mais importantes, somente realizando as outras caso possível. A segunda alternativa é encontrar meios de reduzir o tempo necessário para realizar determinadas tarefas sem prejudicar a qualidade da execução.

Ao contrário do que muitos imaginam o planejamento e a disciplina não são métodos que coíbem a criatividade. Uma agenda organizada e disciplina com os horários permitem otimizar o tempo dispensado com tarefas rotineiras e triviais, restando mais tempo para desenvolver novos projetos e estar em família.

Dessa forma, há necessidade de rever e alterar seus próprios hábitos de maneira criteriosa para efetivamente gerenciar seu tempo.

- Defina prioridades

- Determine o tempo a se dedicar a cada atividade

- Faça um planejamento pessoal e profissional

- Cuide da sua saúde

- Pratique exercícios físicos

- Valorize o tempo em família

- Reserve tempo para bate-papo com os amigos

Algumas dicas sugeridas pela Dix diagnóstico por imagem para otimizar o tempo e viver melhor

Organizar o tempo dispensado ao trabalho colabora para você conquistar mais momentos com a família e amigos

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Oncologia Cerca de 70% dos pacientes com câncer de bexiga são fumantes, aponta pesquisa

Agentes metabólicos do cigarro inalados junto com a fumaça irritam o revestimento do aparelho urinário

Levantamento feito entre pacientes atendidos pelo Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) mostrou que aproximadamente 70% dos casos de câncer de bexiga têm relação com o tabagismo. Os cerca de 1,75 mil pacientes com esse câncer ouvidos pelos médicos, de um total de 2,5 mil doentes, disseram que fumam ou já fumaram. O diagnóstico tardio é um problema da doença, que tem maior incidência entre trabalhadores químicos e motoristas.

De acordo com Marcos Dall’ Oglio, coordenador da Urologia do Icesp, os agentes metabólicos do cigarro, que são inalados junto com a sua fumaça, irritam o delicado revestimento do aparelho urinário, chamado urotélio.

- E esse fenômeno irritativo, causado por esses agentes do cigarro, no longo prazo, causa o câncer de bexiga - explica o médico.

A pesquisa divulgada em 4 de fevereiro, Dia Mundial do Combate ao Câncer, serve como alerta para mudança de hábitos como deixar o cigarro e manter atenção às alterações na saúde. Isso, segundo o médico, contribui para a detecção precoce do câncer de bexiga, uma vez que, quanto antes o problema é descoberto, maiores são as chances de cura.

Dall’ Oglio esclarece que processos irritativos da bexiga, como infecção crônica, elevam os riscos do desenvolvimento do câncer. Entre os sintomas mais importantes estão a sensação de ardência e a vontade de urinar a toda hora. De acordo com ele, “88% dos casos também apresentam sangue ao urinar”.

O levantamento revelou, também, que metade dos pacientes com câncer de bexiga iniciam o tratamento após um diagnóstico tardio.

- Talvez, quando surgem os sintomas, a pessoa não procura assistência médica, porque acha que vai melhorar, ou talvez porque tenha tido dificuldade em fazer o diagnóstico - disse Dall’ Oglio.

Por apresentar sintomas semelhantes a de outras doenças, como infecção urinária, pedra na bexiga ou, em homens, uma próstata inchada, o câncer de bexiga pode ter o diagnóstico retardado.

- Esses sintomas urinários podem ser motivo, às vezes, de confusão - alerta.

O médico explica que pacientes do sexo masculino são os que sofrem mais com esse tipo de câncer - para cada mulher diagnosticada, existem três homens com o problema.

O levantamento mostrou ainda que há prevalência da doença em duas profissões: motorista e profissionais que lidam diretamente com produtos químicos. Suspeita-se que o alto número de motoristas com o câncer de bexiga tenha relação com a baixa frequência com que vão ao banheiro e também com a menor ingestão de líquidos.

No caso dos profissionais que lidam com produtos químicos, a exposição prolongada - há mais de dez anos - aumentam o risco de se desenvolver um tumor na bexiga.

- Produtos a base de derivados do petróleo, como plásticos, elementos e produtos de limpeza, têm o papel de exercer um fenômeno irritativo sobre as vias urinárias - disse.

Esse contato, explica Dall’ Oglio, ocorre por inalação ou manuseio, fazendo com que os derivados químicos sejam absorvidos pelo organismo.

O tratamento do câncer de bexiga, quando a doença é detectada no começo, é feito por meio de cirurgia por dentro do canal da urina, para retirada do tumor.

- Isso quando o tumor é superficial, que não tem uma raiz mais profunda na musculatura da bexiga - explica.

Em caso contrário, o tratamento com maior chance de cura é uma cirurgia mais radical.

- É retirar a bexiga ou fazer radioterapia - argumenta o médico.

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Fonte: Agência Brasil

Deixar o cigarro e manter atenção às alterações na saúde podem prevenir problemas com câncer

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Anestesia emocional: superando as barreiras do sofrimento

Saiba como lidar com pessoas que passaram por uma situação traumática

Superar situações traumáticas requer investimento de habilidades psicoemocionais que muitas vezes infringem a condição humana. Um evento traumático compreende o modo como o sujeito se comporta, sente e reage frente a uma ou mais determinada experiência(s), acarretando a partir disso a exacerbação do medo, pânicos, alterações cognitivas e emocionais podendo desencadear quadros de depressão, transtornos, fobias.

Passado o evento estressor, representado pela agitação desordenada e crise emocional o indivíduo deve estar atento às alterações na sua rotina e hábitos diários como insônia, fadiga, vertigem, dores musculares, esquecimento parcial ou total da realidade. Sintomas como perda de confiança, isolamento e retraimento afetivo também devem ser observados, além de alterações no comportamento sexual, social e profissional.

Conforme as psicólogas Claudia Righi dos Santos e Tatiane Pinto Rodrigues, a Fase de Assimilação, nos três primeiros meses após o evento, deve priorizar a informação sobre as possíveis reações psicológicas oferecendo suporte social aos envolvidos no evento para que aprendam a lidar com a situação estressora. É um momento em que a fala deve ser valorizada de modo que as pessoas possam compartilhar seus sentimentos e percepções, dando significado à sua subjetividade, aliviando assim a carga psíquica acumulada em função do estresse.

Além do suporte psicológico especializado, o grupo de familiares e amigos próximos exerce um papel de fundamental importância na superação e elaboração de experiências traumáticas, tendo em conta que o indivíduo envolvido na catástrofe requer atenção e cuidados paliativos que estimulem a reconstrução do seu cotidiano. Para isso deve-se ter em conta a iniciativa de retomar a rotina doméstica o mais rápido possível. Porém, respeite a frequência ativa do envolvido e possíveis regressões de comportamento.

Nesta fase, ainda, os envolvidos devem ser encorajados a expressar seus medos, angústias e fantasias relacionadas ao acontecimento. Problemas no sono e distúrbios gástricos também podem ser

recorrentes. Entre as indicações para lidar com o sofrimento aponta-se: deixe que o indivíduo expresse sua dor, ofereça acolhimento, compreensão, tranquilidade, proteção e segurança para a pessoa sempre que possível. Esteja presente, mantendo a distância e o respeito pelo silêncio e intimidade da pessoa, permitindo que a mesma recupere gradativamente seu papel social.

Passado os três primeiros meses deve ser observada a permanência de determinados sintomas, pois reações crônicas podem ser caracterizadas como estado de estresse pós-traumático. Assim deve ser analisado o comportamento do indivíduo em relação ao fato, isto é, o quanto ele está sendo revivido, evitado ou elaborado pela pessoa. Deve-se ainda, estar atento a sintomas que sinalizem ansiedade e depressão no comportamento, além de distúrbios somáticos ou contrários ao estilo de vida do indivíduo.

Encoraje as pessoas a expressar seus medos, angústias e fantasias relacionadas ao acontecimento estressor

Procure transmitir sua solidariedade à pessoa envolvida no evento. Compartilhe sua dor, seu pesar e disponha-se para auxiliá-lo nos momentos difíceis. Procure normalizar a situação frente ao ocorrido com a pessoa, respeitando seu choro, seu silêncio, sua indiferença e apatia com o mundo. É temporário na expectativa dos três primeiros meses. Encoraje as pessoas a buscarem apoio e recursos que possam ajudá-las, inclusive a retomada de suas atividades pessoais, sociais e profissionais.

Busque oferecer o seu melhor, evidenciando o amor, o respeito, a solidariedade, transparência e disposição, pois são atitudes que podem fortalecer a pessoa encorajando-a na busca por novos significados e sentidos para a sua vida.

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