Sociedade Novo Marotinho

SOCIEDADE

NOVO MAROTINHO

LUTAS POR DIREITOS E RECONHECIMENTO

MARILDA GORETTI MARTINS DE ARAÚJO TAPPARELLI Laguna - 01/07/1947 | Salvador - 28/11/2021

SOCIEDADE NOVO MAROTINHO

SOCIEDADE NOVO MAROTINHO

PELO DIREITO DE MORAR

MARÇO - 1976

Marotinho:

Dona Nena lembra, no Diário do Marotinho, os acontecimentos passados: “Prezado amigo, nós viemos de uma invasão em São Caetano, expulsos pelo prefeito em 1976, com bombas de gás lacrimogêneos e muita polícia. Fomos jogados ao relento: homens, mulheres, crianças, todos sofremos.

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Mas tínhamos amigos como Pe. Paulo, Délia e outras entidades que nos ajudaram e fi c a r a m a o n o s s o l a d o . P o r i s s o o Governador resolveu, por meio da URBIS, dar-nos um pedaço de chão que foi dividido em lotes. Não havia luz, nem água, nem transportes; não havia onde comprar o que comer”

PADRE PAULO TONUCCI

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O DIÁRIO DO MAROTINHO

Padre Paulo Tonucci

POR QUE O MAROTINHO VENCEU?

U NIÃO

“A forma extrema do poder é o TODOS contra um, assim como a forma extrema da violência é o UM contra todos (Arendt).

Para Padre Paulo os moradores não eram invasores, mas cidadãos que lutavam pelo direito à moradia. Ele conseguiu unir todas as forças políticas, sociais e religiosa: D. Avelar Brandão Vilela, Dom Timóteo Amoroso Lima do Mosteiro de São Bento, a imprensa local e nacional, os Professores e alunos da Universidade Federal da Bahia, representantes dos partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil, na pessoa de Adelmo de Oliveira, o Instituto de Arquitetos da Bahia, os movimentos sociais organizados.

Essa união saiu vitoriosa, os moradores conseguiram um terreno, doado pelo Governador, na Estrada Velha do Aeroporto, Km 05. A área, chamada de Novo Marotinho foi dividida em 264 lotes de 144 metros quadrados, medindo 8 metros de frente e 18 de fundo.

SOCIEDADE NOVO MAROTINHO

A primeira atividade dos moradores foi a constituição da Sociedade Novo Marotinho, o Registro do Estatuto e as eleições da Diretoria.

A Associação dos Moradores do Novo Marotinho foi aprovada em 20/07/1976 Por meio da Lei nº 3.906 de 29 de dezembro de 1981 a SOCIEDADE DO NOVO MAROTINHO foi declarada de Utilidade Pública.

Os Presidentes: Antônio Lídio Pereira Alcebíades Ferreira Couto - Zelito Gonçalves de Oliveira – Daniel Silva Carvalho - Nivaldo Gomes Costa - Natanael Gomes Fernandes -Manoel Goês - Marilda Araújo Tapparelli.

Art.36 do Estatuto: Somente poderão ter direito a voto ou candidatar-se, os sócios que tenham residência no bairro Novo Marotinho, que estejam em pleno gozo de seus direitos, e que estejam em dia com o pagamento da mensalidade.

Registro

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RECONSTRUÇÃO DAS CASAS No início de 1979 Pe. Paulo e Delia conseguiram junto à CESE uma entidade para ajudar na reconstrução das casas.

Os moradores decidiram, em assembleia, de formar grupos de famílias e trabalhar em mutirão.

Inicia-se a formação dos grupos, cada um com sua identidade. Pe. Paulo e Delia começaram a se reunir com os moradores uma vez por semana, na segunda-feira, para debater os problemas da construção das casas e também assunto de atualidade, relacionados com o bairro.

NOVO M

MAROTI

NHO

MUTIRÃO

UM POR TODOS

Durante a semana cada um no seu biscate, domingo é dia de mutirão. O mutirão da construção das casa tem suas regras. Começa-se com a implantação do radier, assim que termina o radier de cada casa, inicia-se o levantamento dos muros, finalizados os muros de todas as casas, coloca-se o telhado, logo após bate-se o piso, em seguida cava-se a fossa séptica, após instala-se a eletricidade e conclui-se com a colocação da rede hidráulica. O dia termina com a feijoada preparada pelas mulheres.

As senhoras preparam os pratos com feijão, arroz, farinha, charque; dispensam-se os talheres. Finaliza-se o dia com um bom digestivo: a caipirinha.

E TODOS POR UM

Em relação às encostas foi decidido que uma equipe de pedreiros, escolhidos pela Assembleia, cuidaria da construção e iria receber um salário, sempre decidido na Assembleia.

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AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO Após muita enrolação com a última carta de Pe. Paulo à URBIS, os moradores do Núcleo Habitacional Novo Marotinho, conseguiram a ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO DE IMÓVEIS. Agora os moradores do Novo Marotinho são donos do próprio lote. A URBIS entregou a escritura com algumas ressalva: isenção do IPTU, proibição de vender o lote pelo período de 10 anos.

MAPA DO NOVO MAROTINHO - OS LOTES

DIA DO MAROTINHO

28/10/1979

O “ DIA DO MAROTINHO” foi instituído em 28 de outubro de 1979, pelo então Presidente do bairro Alcebíades Ferreira Couto. Eis suas palavras: Esta data é uma lembrança de nossa luta para conseguir um lugar onde morar.

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1978 Surgiu notícias que seriam retiradas de nosso bairro 105 famílias para poder passar a Via Regional. O Presidente do bairro de então, Alcebíades, juntamente com todos os moradores, procuraram o apoio de muitas entidades e assim vencemos a batalha. Foram retiradas somente 10 famílias. Todas elas tiveram novas casas em Jardim Nova Esperança, com água, luz e saneamento básico.

AS CONQUISTAS A Igreja, Posto Médico, Escola Comunitária, Escola Municipal, Encostas, Módulo Policial, LuAz, Água, Transporte, são algumas das conquistas.

O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva unido (Hannah Arendt).

REIVINDICAÇÕES DEFESA DE DIREITOS NOME DO NOVO MAROTINHO OS OFÍCIOS ENCAMINHADOS À URBIS, PREFEITURA, SECRETARIA Municipal DE EDUCAÇÃO, de SAÚDE, INFRAESTRUTURA E DEFESA CIVIL, ESPORTE, CULTURA, TRANSPORTE, SANEAMENTO BÁSICO, BENFEITORIAS NO BAIRRO, EMBASA, COELBA, MINISTÉRIO PÚBLICO, ETC.

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS

Marilda e Gino começaram a alfabetização de adultos na Sede dos Moradores em 1978, praticando o Método Paolo Freire, Padroeiro da Educação no Brasil.

Nos encontros diários discutíamos e r e fl e t í a m o s s o b r e o s p r o b l e m a s vivenciados no dia a dia em nosso bairro, na família, na sociedade. O assunto e as palavras escolhidas acabavam nos desenhos Pe. Paulo.

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Marilda e Gino começaram a alfabetização de adultos na Sede dos Moradores em 1978, praticando o Método Paolo Freire, Padroeiro da Educação no Brasil. Nos encontros diários d i s c u t í a m o s e r e fl e t í a m o s s o b r e o s p r o b l e m a s vivenciados no dia a dia em nosso bairro, na família, na sociedade.

O assunto e as palavras escolhidas acabavam nos desenhos Pe. Paulo.

A VIDA DO POVO É DURA Às 4 da manhã, as pessoas começam a subir os vários caminhos e, em poucos minutos, o ponto de ônibus está repleto. O primeiro a chegar é Ninho, com seu carrinho, rodas de rolimã, feito com tabuinhas, com sete garrafas térmicas de café e uma de leite, uma pilha de copinhos de plástico, um maço de cigarros e uma caixa de fósforo na ponta da antena do rádio. Pedro trabalha como gari na Limpurb. José corta carne na Feira de São Joaquim, Antônio é cobrador de ônibus, Conceição é doméstica e precisa chegar antes das 6 na Pituba para preparar o café da dona de casa onde trabalha,

A VIDA DO POVO É DURA

Maria com uma trouxa na cabeça pega o ônibus até o Largo do Tanque e daí sobe a pé até a Lapinha, pois não dá para pagar duas passagens. Dona Ana carrega seus mingaus e mugunzá para o ponto de ônibus, Seu João sai com o seu carrinho de mão a vender doce de tamarindo, os seus 82 anos não lhes impedem de caminhar todo dia uma média de 30 quilômetros.

Freitas arrumou biscate de carpinteiro em Lauro de Freitas, Waldir, pedreiro, tem pressa de acabar a construção de uma casa pois já encontrou outro freguês em Valéria, Nilson trabalha como ajudante de pedreiro. Daí em diante o ponto de ônibus está sempre repleto de gente: mulheres que trabalham em casa de família, homens que vivem de biscate, um jovem que trabalha no Polo Petroquímico de Camaçari tem o p r i v i l é g i o d o ô n i b u s d a fi r m a que vem apanhá-lo. Dindinha arruma seu banquinho e vende queimados. Os meninos vão à padaria comprar leite e pão. Pedro abre o botequim, o mercadinho suspende as grades, os policiais trocam de turno. Os alunos vão para a escola. André abre a barraca onde se pode tomar um cafezinho, rebater uma ressaca e comentar os acontecimentos do dia.

MENSAGEM DE UM ALUNO DO CURSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS

Terminada a Alfabetização, muitos alunos continuaram a frequentar as aulas sobre a História do Brasil. Cada povo tem sua história. Uma história vivida, sofrida por tantas pessoas, uma história construída com suas l u t a s , d i fi c u l d a d e s , d e s e j o s . L e m b r a n d o o passado, podemos entender melhor o que se passa nos dias de hoje; animados a construir um mundo diferente, para deixar para os que virão depois de nós, um exemplo a seguir.

O Novo Marotinho tem sua História. Quem sabe e conta a História são os moradores do bairro. O Brasil tem sua História. Quem sabe e conta a História do Brasil são os brasileiros. Mas não foi sempre assim. Em geral, a História é contada pelos vencedores, pelos mais fortes, pelos ricos, é como se a história do Novo Marotinho fosse contada pelos Prefeito de então. Vamos contar nossa História a partir do Índio, do Negro, dos Pobres, dos Trabalhadores, de cada um de nós. No estudo da História do Brasil usamos os Textos e desenhos dos três volumes escritos por Pe. Paulo e o Professor Ubiratan Castro de Araújo

HOMEM E MULHER TEM A MESMA DIGNIDADE

LIXO O ETERNO PROBLEMA E AS INÚMERAS LUTAS O lixo é um problema sério que tem sua origem e solução na identidade de uma consciência coletiva que permita uma convivência respeitosa entre moradores. Antes, reuniões e mais reuniões para juntar o lixo e determinar o lugar ideal e seguro. Depois, encontros e estratégias de coleta junto à Limpurb. Quando houve a colaboração entre moradores e órgãos públicos, vivemos momentos positivos, como demostrado neste Diário do Novo Marotinho, entretanto esta coparticipação não sempre vingou.

MÓDULO POLICIAL Minha mãe dizia: você deve andar direito porque um preto sempre é alvo de repressão da polícia (Ubiratan Castro de Araújo).

Toda vez que houve excesso de violência por parte dos policiais do Módulo a Sociedade sempre procurou o Comandante da Corporação, expondo o fato e solicitando providências. Tivemos sempre um bom relacionamento e respeito mútuo com os policiais.

Todavia, precisa salientar que a população da periferia e em especial os moradores negros são as principais vítimas da violência policial.

O preconceito contra pobre e negro presente na sociedade se i n t e n s i fi c a no imaginário do policial, devido ao posto de poder que ele ocupa.

O processo de incriminação é antecipado ao cometimento do crime a ser incriminado.

E i s o s c o n s e l h o s d e P e . P a o l o . É p r e c i s o fi c a r atento para colher todas as informações sobre o fato: anotar a placa da viatura policial, procurar saber o nome dos policiais, anotar a data e o local do fato, procurara testemunhas, anotar as atitudes dos policiais e das vítimas, denunciar em jornais e televisão, na igreja, Comissão de Justiça e Paz, Mosteiro de São Bento.

ESCOLA COMUNITÁRIA NOVO MAROTINHO O compromisso com a educação e a luta pelo direito à educação foram e são a marca da Sociedade Novo Marotinho.

1980.

A Educação começou na Sede dos Moradores, sendo a professora Marilda a responsável do Pré-Escolar e do PLAPE.

Ao terminar e s c o l a r , o grupo

o

ano

de mães, com Marilda, rumava até a Secretaria de Educação do Município. Entregavam a relação dos alunos que terminaram o Pré-escolar e estavam em idade de alfabetização, reivindicando vagas nas escolas vizinhas.

Em 1984

foi construída A ESCOLA COMUNITÁRIA NOVO MAROTINHO pelos pais dos alunos. São poucos os meninos do Novo Marotinho que não passaram pela Escola Comunitária.

O COMEÇO DA CONSTRUÇÃO DA ESCOLA COMUNITÁRIA

MARILDA

1982

Impressos

A LUTA PELA ESCOLA

Em seguida, tivemos uma grande luta para que a Escola pertencesse legalmente à Sociedade Novo Marotinho. A luta começou quando a Escolinha, construída com ajuda de italianos e com o trabalho dos pais de alunos, foi colocada no nome da Igreja. A história se repete, é a história da exploração, dominação e busca do poder. Foi sempre assim: tiraram de nos tudo o que puderam, na construção.

2010 EM DEZEMBRO DE

A ESCOLA COMUNITÁRIA FOI REFORMADA E AGORA ATUA COMO BIBLIOTECA E LUDOTECA

LEITURA, LAZER, RECREAÇÃO, CULTURA E ESPORTE Após conseguir que o Município assumisse as vagas nas escolas municipais a escola Comunitária virou BIBLIOTECA E LUDOTECA com o objetivo de criar habito à leitura e desenvolver atividades educacionais e lúdicas para crianças, adolescentes e jovens.

Objetivos, portanto, eram:

Criar um ambiente de compreensão, reconhecimento e respeito; - Oferecer oportunidades de leituras e pesquisas; - Desenvolver atitudes de defesa e reivindicações de direitos.

TODAS AS ATIVIDADES REALIZADAS NA BIBLIOTECA FORAM E SERÃO SEMPRE GRÁTIS, NUNCA FOI COBRADO UM SÓ CENTAVO. MARILDA COM BETE, DONA MARINA, CARLINHOS E CARLA DÃO CONTINUIDADE A ESTA ÚLTIMA ATIVIDADE, CONFORME COMPROVAÇÃO DAS AGENDA DE 10 ANOS.

BIBLIOTECA

Galeria

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ESCOLA MUNICIPAL NOVO MAROTINHO

1984

CONSTRUÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL NOVO MAROTINHO.

Foi esta uma luta que durou muitos anos. Até que conseguimos na primeira diretoria com Marilda Presidente. Após muitas reuniões e visita à primeira escola construída pela FAEC, foi concordada, em assembleia, a construção da ESCOLA MUNICIPAL no lugar onde antes tinha a quadra de esporte. Hoje a escola é uma realidade e um orgulho pela diretoria de então e para um futuro melhor de nossos filhos. Em 2018 a Escola Municipal foi reformada e continua mais bonita.

Precisa lembrar que a luta ainda não acabou:

Os pais devem lembrar das múltiplas reuniões para a ampliação da Escola, permitindo a frequência dos alunos do bairro até à conclusão do Ensino Fundamental. Não conseguimos, mesmo assim, a luta continua

POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO

AGORA MUDOU O CAMINHO DAS

REINVIDICAÇÕES Hoje há uma estratégica política que determina o que o poder vai fazer e o que não vai fazer. Constatou-se que Estado e Município, ao longo de todo o processo da administração, não escutam mais as Associações dos Moradores, ouvem-se os grupos que os apoiam. Não adianta mais levar ofícios, correr atrás de reivindicações.

O caminho é o da legalidade.

Exemplo disso é a luta das mães para conseguir o transporte escolar dos alunos da Escola Municipal durante a reforma do prédio escolar. Marilda e as mães foram ao Ministério Público do Estado da Bahia, demonstraram o perigo que havia para os alunos irem a pé até à escola no Jardim Nova Esperança. Tiraram fotos dos perigos ao longo do trecho da Estada Velha a ser percorrido pelos alunos, sem encostamento e total falta de proteção.

Terminaram conseguindo dois ônibus que levaram e devolveram os alunos do Novo Marotinho até a escola do Jardim Nova Esperança durante o período da reforma

MULHERES DO NOVO MAROTINHO

As mulheres estiveram sempre presentes em todos os momentos, na alfabetização, participando de todas as lutas, acompanhando os projetos, reivindicando direitos, cuidando da casa e trabalhando...

Grandes fi g u r a s , merecem nosso respeito e admiração.

HOMENAGEM DA SOCIEDADE NOVO MAROTINHO ÀS MÃES DO BAIRRO

MULHERES

HOMENS DO NOVO MAROTINHO

São lembrança muito s i g n i fi c a t i v a s a p a r t i c i p a ç ã o dos homens do Novo Marotinho nos trabalhos comunitários, presença indispensável na construção das casas, na Sede dos moradores, recuperação do telhado, pintura, manutenção, na construção da Escola Comunitária, na recuperação do Posto Policial, na organização das festas etc. etc. Alguns já nos deixaram, outros se mudaram, uns voltaram ao i n t e r i o r . A l e m b r a n ç a fi c a e aqui vão algumas fotos que testemunha essa presença.

HOMENS

HOMENS

CURSOS E MAIS CURSOS A preparação profissional foi uma prioridade nas atividades da Sociedade, foram oferecidos muitos os cursos.

MACRAMÉ

foi o primeiro curso, organizado Marilda, com direito à exposição trabalhos no Instituto Mauá.

por dos

CONFECÇÃO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS

Instrutor o Marceneiro Seu Antônio Nascimento, morador do bairro.

ELETRICIDADE PREDIAL

– Seu Edivaldo, Técnico da Dow Química

ENCANADOR PREDIAL E SOLDADOR – Mestre Ailton Ferreira

CURSO DE INFORMÁTICA

- Raoni Tapparelli e Antonio Marabello.

Curso frequentado per 100 alunos divididos em 5 turmas.

INGLÊS

Gino Tapparelli

REDAÇÃO

Andrija Oliveira Almeida, aluna Universidade do Estado da Bahia - UNEB

da

CABELERIEIRO

Cursos de iniciação e de aperfeiçoamento dados por Maria Rosa e Mario, professores de uma Escola P r o fi s s i o n a l I t a l i a n a .

CORTE E COSTURA

Dona Josefa Bernadete de Souza, moradora do bairro

MANICURE

Dona Marina Santos Matos, moradora do bairro.

CROCHÊ

Dona Maria José Oliveira, moradora do bairro.

COMIDA BAIANA

Instrutor do Restaurante do SENAC

CULINÁRIA

Dona Maria José Dias Pereira -Valdineide, moradora do bairro

NÚCLEO COMUM DO CURSO TÉCNICO

com as disciplinas: Português, M a t e m á t i c a , H i s t ó r i a , G e o g r a fi a , Direitos Humanos, Direitos trabalhistas e Inglês administrado pelo Professor Gino com seus alunos da UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB .

AULAS NÚCLEO COMUM DO CURSO TÉCNICO Disciplinas: Português, Matemática, H i s t ó r i a , G e o g r a fi a , D i r e i t o s H u m a n o s , Direitos trabalhistas e Inglês, administrado pelo Professor Gino com seus alunos da UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB.

Mais um sabe, mais ele é, tudo é mais sabedoria. Durante o curso Joselice prometeu que ia frequentar a Universidade, cumpriu, cursou Enfermagem. Parabéns.

ESPORTE COPA DENTE DE LEITE O Esporte, direito inalienável, sempre presente nas atividades da Sociedade Novo Marotinho. O esporte prepara para a vida, desenvolve os valores humanos da disciplina, respeito, espírito de grupo e de perfeição, sacrifício e lealdade.

“O esporte tem o poder de mudar o mundo.

Tem o poder de unir as pessoas e sabe falar aos jovens a linguagem que eles compreendem.

O esporte pode fazer renascer a esperança onde antes tinha somente desespero.

Abate as barreiras raciais e zomba de todo tipo de discriminação “ (Mandela)

ARCI SOLIDARIETÁ REGGIO EMILIA A solidariedade e a presença constante da ARCI Reggio Emilia permitiu realizar cursos, acompanhar os trabalhos, cultivar a horta, publicar o livro e a pesquisa “VIDAS EM RISCO”, divulgar o vídeo “FERMATA SALVADOR”, A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO. Jovens voluntários vieram aSalvador trabalhando na criação e organização da Biblioteca Ludoteca. Não foi somente voluntariado, mas presença junto às reinvidicações de direitos e justiça. Caminhamos juntos. Vivemos a solidariedade. Nasceu uma amizade pessoal e aberta às questões do mundo.

ARCI REGGIO EMILIA

ESPORTE CAPOEIRA

BOCA DE BRASSA. PROJETO REVELAÇÃO DO FUTURO CORRIDA RÚSTICA ENTRE BAIRROS SAMBÃO

PAU DA LIMA BLOCO BAGUNÇAÇO /SEDECA BOCA DE BRASA ATORES DA TERRA APRESENTAÇÕES E REVELAÇÕES ARTÍSTICAS. BANDA JOVEM

CULTURA Para nós o teatro é um meio educativo que oferece a possibilidade de discutir publicamente os problemas do bairro, das crianças, adolescentes e jovens. Teatro, uma velha prática da Escola Comunitária. Cada fi m d e a n o h o u v e s e m p r e a a p r e s e n t a ç ã o d e uma peça teatral, onde os pais e quem participa tiveram a possibilidade de v e r i fi c a r a m a n e i r a d e l e r , d e e s c r e v e r e d e comunicar-se dos alunos. Teatro do grupo de jovens.

BANDA LICUTÃ Licutã, Licutã Herói do povo brasileiro Licutã, Licutã - Herói da liberdade Licutã, Licutã - Herói da igualdade...

A Banda Reggae Licutã nasceu da história de lutas e de resistência dos africanos da t r i b o M a l ê , c h e fi a d a p o r A l i f á L i c u t ã . A banda promoveu um concurso de música com um tema que falasse da tribo que lutou e resistiu, fazendo, assim, uma relação entre a história de Licutã e a da comunidade do Novo Marotinho. As músicas, criadas pelos próprios integrantes, falam do negro, da luta dos Malé, misturam o reggae da Jamaica com a negritude nagô em um ritmo forte e bem compassado. O traje para apresentação, em estilo afro, é uma criação da artista plástica Goya Lopes (Comunidade).

CULTURA

Começou no ano de 2000, é composta por 7 músicos.

Elenilton dirige os ensaios semanais.

Se apresentaram em várias cidades da Bahia: Cachoeira, Alagoinhas, Feira de Santana etc. etc.

Prof. Gino Tapparelli

CIDADÃO SOTEROPOLITANO

CONFRA -TERNIZAÇÃO

Registros

SOCIEDADE NOVO MAROTINHO

Um exemplo de organização popular PUBLICAÇÃO DA CBS AGOSTO 1994

COISAS DA VIDA LUTAS, SOFRIMENTOS, CONQUISTAS, UNIÃO, DESAVENÇAS, SÃO MOMENTOS DE NOSSA VIDA COMUNITÁRIA. E... LÁGRIMAS PARA OS QUE NOS DEIXARAM, MORTES SEMPRE MAIS FREQUENTES. E... LÁGRIMAS PARA AS MORTES VIOLENTAS, OS HOMICÍDIOS DE NOSSOS JOVENS. NESSES 44 ANOS FORAM 39 HOMICÍDIOS, TODOS IMPUNES, COM O RASTRO DO GRUPO DE EXTERMÍNIO

COISAS DA VIDA De acordo com o Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram 62.517 assassinatos cometidos no país em 2016. Só na última década, 553 mil brasileiros perderam a vida por morte violenta. Ou seja, um total de 153 mortes por dia.

O número de mortes violentas é também um retrato da desigualdade racial no país, onde 71,5% das pessoas assassinadas são negras. Dentre os afetados pelo crescente número de homicídios no Brasil, um grupo se destaca: o dos jovens. A primeira causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos é o homicídio.

N ã o f o r a m s o m e n t e fi l h o s q u e e n t e r r a r a m seus pais, mas pais que enterraram seus fi l h o s . F i l h o s , v í t i m a s d a d r o g a e d a violência policial, do racismo, do preconceito, e da discriminação. FILHOS ROUBADOS DE TODOS OS DIREITOS.

10/12/96 DIA DOS DIREITOS HUMANOS

A Comissão de Direiros Humanos da Assembléia Legislativa e o Fórum de Entidades de Direitos Humanos escolheram a nosso bairro para o lançamento da Cartilha da Cidadania. Na ocasião convidamos todos os que ao longo da História do Marotinho nos acompanharam e participaram.

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL XIII

SANEAMENTO

AÇÕES DA MISÉRIA DESTRUIÇÃO

DESTRUIÇÃO

A Sociedade Novo Marotinho, por alguns anos, cedeu o espaço da Sede para a Escola Municipal implementar um PROJETO MAIS EDUCAÇÃO e reforço escolar na gestão do Prof. Nivaldo e Profa. Cristiane diretores da Escola Municipal.

Após a demolição e reforma da Escola houve a invasão da Sede e da Escola Comunitária por parte de pessoas usuários de drogas, quebrando as câmeras de segurança e destruindo móveis e documentos da Sociedade.

Eis algumas fotos que testemunham essa destruição.

DESTRUIÇÃO

MENSAGENS Quando Pe. Paulo e Delia se transferiram para Camaçari, designaram Marilda e Gino para continuarem as atividades.

Pe. Paulo deixou, no Diário do Marotinho, esta mensagem:

MENSAGENS

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