Programa Boca de Ouro - Sesc Santo Amaro/SP

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A VERDADE DE CADA UM O dramaturgo Nélson Rodrigues gostava de ser visto como um personagem de si mesmo: levava às últimas consequências as mazelas e torpezas da alma humana. A exemplo do escritor russo Dostoievski – a quem cultuava! –, defendia a tese de que a verdadeira face humana está encoberta por um verniz de civilidade que não resiste ao primeiro impulso em contrário. Mocinhos e bandidos, heróis e vilões, traficantes e milicianos são frutos da mesma espécie. Sendo assim, em um mundo assolado por notícias e informações duvidosas como o atual, fatos e versões parciais podem adquirir status de verdade. Muitas vezes tais divulgações disparam uma espiral de violência e irracionalidade difíceis de serem controladas. Depois, surgem explicações variadas e desconexas. É nesse universo de pulsões ambivalentes e certezas nebulosas que os mineiros do Grupo Oficcina Multimédia – GOM, desde 1977 na estrada, apresentam sua montagem de Boca de Ouro, buscando alargar seus processos de reelaboração formal e discussão da linguagem amparados no vigor do texto rodriguiano. A disposição de explorar caminhos e situações experimentais possibilita aventurar-se por outros territórios e, por vezes, alcançar novas poéticas. Para o Sesc, propostas como essa contemplam relevantes dimensões socioeducativas: valorizam a investigação da complexidade humana com base nas linguagens artísticas e suas implicações culturais e favorecem a aproximação dos diferentes públicos com obras clássicas revisitadas, a partir de novas pesquisas e em montagens contemporâneas. Foto: Guto Muniz

Danilo Santos de Miranda, Diretor Regional do Sesc São Paulo


Em 2018, com a montagem de Boca de Ouro, o Grupo Oficina Multimédia visita, pela primeira vez, a dramaturgia de Nelson Rodrigues, e nos oferece uma deliciosa concepção e recriação do universo rodriguiano, atualizando alguns dos seus elementos principais, como o efeito de estranhamento das situações inusitadas, as síncopes frasais e os cortes temporais, a agudez do jogo instaurado pela linguagem cênica, a natureza histriônica dos personagens. A cenografia, o figurino jocoso, a coreografia dançante, a rítmica e a partitura sonoro-musical, assim como o travestimento histriônico das personagens masculinas e femininas, performadas em alternância pelos talentosos atores, com apenas uma atriz em cena, criam uma paisagem lúdica persuasiva que torna duvidoso e descartável o real, sempre subjugado, em Nelson, pela primazia das ficções do imaginário. A montagem acentua a teatralidade do dramaturgo, sua compreensão do teatro como artifício de linguagem e o palco como lugar de experimentações, de possibilidades únicas de reversão das ideias fixas e dos fluxos migratórios do real que, submetidos a metamorfoses e subversões, às vezes contraditórias e mesmo paradoxais, transmutam-se continuadamente em fingimentos e engodos. As múltiplas faces do narrado suspendem qualquer possibilidade de verdade, tornada ilusão, e estabelecem a realidade, sempre colocada ironicamente em suspensão, como o lugar por excelência da fantasia e do engano. Na composição cênica, na qual impera a atmosfera burlesca dos clowns, o dramático e o cômico se infiltram, mutuamente cambiáveis, numa reciclagem paródica. Assim, o poder e riqueza de Boca e seu desejo de uma dentição toda moldada em ouro são, ironicamente, eclipsados pelo seu fim, quase trágico, quase cômico. Ione Medeiros, com uma direção primorosa, audaciosa, instigante e sensível, rege a montagem, completando quatro décadas de direção do Grupo Oficcina Multimédia, mais uma vez imprimindo sua dicção autoral, como encenadora. Em seu primoroso percurso, o grupo exercita aquilo que sempre os distinguiu: ser um dinâmico laboratório de pesquisa teatral, de escrituras dramatúrgicas e cênicas, de experimentação estética, explorando a interação e interlocução de múltiplas linguagens e procedimentos artísticos, produzindo encenações memoráveis como, por exemplo, Macquinária 21, de 2016 e, agora, Boca de Ouro, este saboroso Nelson. Foto: Netun Lima

Leda Martins


O Grupo Oficcina Multimédia entrevista a diretora Ione de Medeiros, que fala sobre a montagem do texto Boca de Ouro, seus 35 anos de direção teatral e os 40 anos de GOM.

IONE, PORQUE SÓ AGORA VOCÊ DECIDIU MONTAR NELSON RODRIGUES? Foto: Allec Gomes

Pois é. Depois de 35 anos de direção, encontrei Nelson Rodrigues! Acho que a leitura de Shakespeare em nossa última montagem, Macquinária 21 (2016), inspirada em Macbeth, influenciou esta escolha. Porque Nelson tem muito em comum com Shakespeare. Sábato Magaldi fala de Nelson Rodrigues como um jansenista brasileiro, uma vez que seus personagens são vítimas de desejos inconscientes incontroláveis. Nisto, Shakespeare e Nelson Rodrigues se encontram e serão sempre atuais. E entre as obras de Nelson a escolha recaiu sobre Boca de Ouro, uma de suas tragédias cariocas.


BOCA DE OURO É UM PERSONAGEM SUBURBANO, LOCALIZADO EM MADUREIRA, RIO DE JANEIRO. COMO VOCÊ PRETENDE SITUÁ-LO? Não exatamente em um subúrbio do Rio de Janeiro. Ao contrário, pensamos em trazê-lo para o interior de uma casa que poderia ser de um mafioso pertencente a qualquer lugar do mundo. Neste ambiente intimista, duas portas se abrem para o interior da casa de D. Guigui, a personagem que conta a história do Boca de Ouro através de três versões diferentes. Uma mesa de escritório serve à redação do jornal O Sol e ao consultório do dentista responsável pela transformação que vai conferir o apelido de Boca de Ouro ao personagem. Uma balaustrada localiza a varanda da casa de Leleco e Celeste. Estes cinco ambientes, compreendendo interior e exterior, convivem em um mesmo espaço.

E OS FIGURINOS, COMO DIALOGAM COM ESTA PROPOSTA? Os atores se dividem em diversos personagens e o Boca de Ouro é duplicado, interpretado por dois atores. Mesmo com a presença de uma atriz, os atores fazem papéis masculinos e femininos. As roupas são escolhidas de acordo com a situação ou com o temperamento dos personagens. Surgem também por afinidades eletivas, como foi o caso da referência ao Michael Jackson, presente no figurino, e na dança. Michael Jackson também foi lembrado como um pop star, que escolheu ser enterrado em um caixão de ouro e este é também o sonho do personagem de Nelson Rodrigues.

O QUE SIGNIFICOU DAR PRIORIDADE AO TEXTO DEPOIS DE 35 ANOS DE PESQUISAS NA LINGUAGEM MULTIMEIOS NA QUAL, COM EXCEÇÃO DA MONTAGEM DE A CASA DE BERNARDA ALBA, O TEXTO NUNCA FOI O FOCO REFERENCIAL? A sensação de que em Macquinária 21 fechamos um ciclo de pesquisa com o material cênico como foco referencial na encenação. Até aqui a manipulação dos objetos pelos atores em cena resultava em uma proposta de dramaturgia que sustentava as temáticas dos espetáculos. Em Macquinária 21, os objetos, além de resignificados, foram pensados também como fontes geradoras de sons agressivos, brutais que remetiam à violência na luta pelo poder — um dos temas da peça de Shakespeare. Em Boca de Ouro priorizamos o texto em cena para falarmos dos desejos tresloucados do protagonista pela ascensão ao poder, chegando ao ápice da transcendência. No terceiro ato, é o próprio Boca de Ouro quem diz: “Pensando bem eu sou meio deus. Quantas vidas eu já tirei? Quando eu furo um cara, eu sinto um troço meio diferente. Sei lá. É um negócio.” E para romper com seu conflito íntimo por ter nascido em uma pia de gafieira, ele quer ser eternizado como um deus asteca e enterrado em um caixão de ouro.


O QUE LHE CHAMOU A ATENÇÃO NA LINGUAGEM E NA DRAMATURGIA DE NELSON RODRIGUES? Os textos, ágeis diretos, atraentes, com interrogatórios “bate-bola”, e pistas que funcionam como setas, indicando o que irá acontecer. Além disso, a peça apresenta um desafio para o público, estimulando-o a pensar como um detetive que tenta descobrir os fatos verdadeiros e o que irá acontecer, em cada confronto entre os personagens. Foi com esta perspectiva, que inserimos em alguns momentos da montagem, o clima de uma novela policial. Achei interessante também a dramaturgia pouco convencional de Nelson Rodrigues que nesta peça nos apresenta 3 vezes a mesma história em 3 versões diferentes, a partir do estado emocional da personagem narradora, em forma de flashbacks. Estas controvérsias questionam a própria objetividade dos fatos e põe em cheque o que é falso ou verdadeiro nas possíveis interpretações da realidade.

EM QUE SEUS 35 ANOS DE EXPERIÊNCIA CONTRIBUÍRAM PARA ESTA ESCOLHA? Em primeiro lugar a disponibilidade para experimentar novos caminhos, uma característica frequente desde a criação do GOM. Foi também a maturidade que me permitiu ampliar a visão sobre Nelson Rodrigues, ultrapassando os rótulos que lhe foram impostos e os preconceitos que sempre ouvimos dentro e fora do meio artístico. O que me interessou neste grande dramaturgo complexo, inquieto e controverso foi entrar em contato com sua obra e

buscar nela, aquilo que ultrapassa o tempo da narrativa e a transcendência do particular para o universal. Em Boca de Ouro, Nelson Rodrigues fala da fatalidade conduzindo o destino dos personagens. Leleco, Celeste, Dona Guigui e o próprio Boca de Ouro nunca irão ultrapassar a condição social em que foram gerados. Celeste diz: “Ainda hei de ser rica” e também...”eu não ando mais de lotação. Nunca mais!”, e morre em seguida, sem alcançar qualquer progressão social. Boca de Ouro é um personagem sem berço, que desconhece sua origem. Morto, retorna à sarjeta de onde saiu e sem a dentadura de ouro, que poderia ser a marca de seu poder e ascensão.

COM BOCA DE OURO, VOCÊS ESTÃO ENCERRANDO A TRILOGIA DA CRUELDADE. OS TRABALHOS ANTERIORES FORAM ALDEBARAN (2013) E MACQUINÁRIA 21 (2013). QUAL É A PROPOSTA DESTA TRILOGIA? O objetivo da trilogia é focalizar o tema da violência que vem acompanhando a história da humanidade. Em Aldebaran fizemos um apanhado histórico sobre a violência humana em âmbito universal numa abordagem de contos de fadas. Já em Macquinária 21 ela estava localizada num segmento específico da sociedade, a dos reis e governantes que, respondendo aos apelos de sua ambição desmedida pelo poder, agem sob o impulso da violência e da crueldade. Em Boca de Ouro este tema se desloca para o subúrbio carioca, e conta a trajetória de Boca de Ouro, um bicheiro marginal, conhecido como “Drácula de Madureira”. Seu maior trauma é desconhecer sua origem. Para compensar seu deslocamento na sociedade


ele luta para atingir o ápice do poder. É sob esta perspectiva que ele se sente como um deus e se vangloria de ser capaz de ter tirado a vida de muitas pessoas. E é também como um deus que ele planeja ser enterrado em um caixão de ouro que o imortalizará para a eternidade. Em Boca de Ouro o clima da violência dialoga com o humor e a irreverência carioca fazendo com que possamos rir das nossas próprias fraquezas humanas.

SOBRE SUA RELAÇÃO COM O ELENCO E O PROCESSO DE MONTAGEM, COMO ISTO ACONTECE? Toda a minha experiência de 35 anos de direção e 40 anos de grupo, resulta de muitas trocas com os integrantes que participaram do GOM e deixaram suas contribuições ao longo de nossa história. As montagens dos espetáculos sempre resultam de um processo de criação em que o elenco pesquisa, busca soluções e fornece os dados para o roteiro. Neste processo, os integrantes interferem como cúmplices, apostando na linguagem multimeios como uma possibilidade cênica peculiar. Hoje, com um núcleo permanente de atores, o elenco está mais experiente, mais organizado e o processo flui com mais rapidez. Este amadurecimento possibilitou ao GOM criar e realizar o Verão Arte Contemporânea, que em 2018 chegou à 12ª edição. O evento reúne música, dança, teatro, artes visuais, cinema, literatura, arquitetura, gastronomia e moda, agrupando artistas comprometidos com a pesquisa de linguagens. O VAC acontece em Belo Horizonte nos meses de janeiro e fevereiro sempre voltado para a produção artística local.

COMO VOCÊ VÊ O LUGAR DAS MULHERES NUMA OBRA QUE

DELEGA A BOCA DE OURO, UMA PERSONAGEM MASCULINA, PODERES QUASE DIVINOS, NA LUTA PELA SUA ASCENSÃO SOCIAL? Tradicionalmente o poder tem sido uma prerrogativa masculina, mas é importante salientar que sob esta perspectiva, em Boca de Ouro, homens e mulheres se igualam. Dona Guigui, Celeste, as grã-finas e Maria Luísa, se tornam cúmplices deste universo predominantemente masculino no qual ter é mais importante do que ser. Todas almejam uma ascensão social, e priorizam sem qualquer escrúpulo, a realização de seus desejos, em detrimento até mesmo dos apelos da maternidade. Celeste, quando descobre que o parceiro está desempregado proclama aliviada: “Ainda bem que não apanhei barriga!”. Dona Guigui quando é ameaçada de ser abandonada pelo marido, Agenor, grita: “Se vai, leva as crianças!”. E quanto à mãe do Boca o que diziam, é que “...ela gostava mesmo era de uma boa pândega...”. Mesmo sabendo que ela o havia abandonado numa pia de gafieira logo depois de seu nascimento, Boca de Ouro quando bêbado a chamava de “A virgem de ouro”, mas ao contar a sua própria história ele chora: “Então eu nasci. Minha mãe me apanha e me enfiou na pia. Depois abriu a bica em cima de mim e voltou para o salão e...”. A síndrome do bovarismo, também está presente em todas as personagens femininas, em diferentes feições e nenhuma delas se sente confortável em seu status quo. Nem mesmo as grã-finas que, poderosas, buscam o exótico no mafioso Boca de Ouro, como uma ruptura com o tédio de suas vidas ociosas e repetitivas. Homens e mulheres também se igualam na fragilidade e choram por suas perdas e mágoas. Agenor, desacatado pela mulher Dona Guigui, se sente um fracassado e desabafa diante dos repórteres que o entrevistam. “Jovem esta mulher diz na minha cara que eu não sou homem! Estou chorando! Na minha idade, estou chorando!”. É com estas palavras que ele sensibiliza sua mulher e o casal se reconcilia.


IONE, FALE DA RELAÇÃO DO GOM COM A FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA (FEA). Isto aconteceu há mais de 40 anos! Parece muito... mas não é em se falando de arte! Em 1977, o Festival de Inverno da UFMG trouxe para BH o compositor argentino Rufo Herrera, para desenvolver um projeto de Arte Integrada com artistas locais. Me interessei pela proposta que acabou resultando na criação do GOM. Até 1983 permaneci como integrante do elenco e assistente de direção do grupo. Foi então que assumi a função de diretora, e, agora em 2018, estou completando 35 anos ininterruptos nesta função, mas continuo sempre buscando e aprendendo! Quanto à nossa relação com a FEA reconhecemos nela o nosso lugar de origem uma vez que ela acolheu o grupo desde sua criação e lá ensaiamos e promovemos atividades culturais até 1998. Neste ano a Fundação se mudou para um prédio no bairro Funcionários e o GOM precisou procurar uma sede própria. Até 2005 a FEA assumiu o aluguel de nosso espaço o que possibilitou que déssemos continuidade à nossa pesquisa cênica. Mas, o vínculo com a FEA permanece até hoje como um reconhecimento de todo o apoio recebido e pelas afinidades culturais que mantemos com esta instituição.

Foto: Netun Lima


Samba enredo Composição e Melodia: Ione de Medeiros

“BOCA DE OURO”

Foto: Netun Lima

Conta a história Que o Boca de Ouro Foi encontrado morto O corpo estirado no chão

Pra quem viu Boca de Ouro Esbanjando valentia Foi grande a decepção

Com a cara Enfiada no ralo E vinte e nove facadas No coração

Al Capone de Araque O malandro se fudeu Golpe de uma grã-fina Boca de Ouro morreu

Os olhos esbugalhados Desdentado Sem camisa e sem calção Que nem Adão

Al Capone de Araque O malandro se fudeu Sem qualquer destaque Boca de Ouro morreu

Pra quem viu Boca de Ouro Esbanjando valentia Foi grande a decepção

Que papelão!


GOM O Grupo Oficcina Multimédia pertence à Fundação de Educação Artística desde 1977 quando foi criado pelo compositor Rufo Herrera no Curso de Arte Integrada do XI Festival de Inverno da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). O espetáculo Sinfonia em Réfazer (1978) inaugurou a linguagem multimeios e, pela primeira vez, levou para o palco os instrumentos de Marco Antônio Guimarães (Uakti) integrados ao texto, movimento e material cênico. Desde 1983, sob a direção de Ione de Medeiros, o Grupo mantém um permanente trabalho de corpo, voz, rítmica corporal e pesquisa de material cênico, no processo de elaboração de seus espetáculos.

Foto: Guto Muniz

Os diversos espetáculos montados desde então, gradualmente foram configurando o atual perfil do Grupo Oficcina Multimédia, que hoje se define pela consolidação da multiplicidade da informação; pela elaboração não-hierárquica entre os diversos elementos da linguagem multimeios; pela flexibilidade na busca de fontes referenciais para as montagens; pela liberdade de expressão criativa sempre fiel à experimentação e ao compromisso com o risco; e por uma concepção de grupo onde o repertório de cada montagem é o resultado da participação criativa de todos integrantes do elenco. Como resultado, o Grupo conquistou o respeito do público, e vários espetáculos montados estiveram presentes em eventos culturais diversificados, além de representar o país em festivais nacionais e internacionais. Paralelamente, o Grupo idealiza, promove e participa de vários eventos culturais referentes a diferentes áreas da criação artística como o Verão Arte Contemporânea (desde 2007), o Bloomsday (desde 1990), a Bienal dos Piores Poemas (Literatura, desde de 1998) o Kafé k Cultural (Artes Plásticas: instalações, vídeo, cinema e palestras, em 2006) e o MARP (Movimento de Arte e Reflexão Política, 4 edições no ano de 2006). Em 2017, o GOM comemorou 40 anos ininterruptos de atuação cultural na cidade.


FICHA TÉCNICA Direção, cenário e figurino Ione de Medeiros Assistente de direção, figurino e preparação corporal Jonnatha Horta Fortes Elenco Camila Felix Gustavo Sousa Henrique Mourão Jonnatha Horta Fortes Lucas Prado Victor Hugo Barros Texto Nelson Rodrigues

Foto: Allec Gomes

Trilha Sonora Francisco Cesar Finalização Pedro Durães Participações especiais Agostinho Paolucci Lucas Fainblat Rafael Pimenta Iluminação Bruno Cerezoli Assessoria de imprensa Canal Aberto Orientação em danças urbanas Leandro Belilo Orientação teórica Leda Martins Ram Mandil Realização Grupo Oficcina Multimédia Produção Corpo Rastreado


Foto: Guto Muniz



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