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Fidelidade Moçambique classificada como “sólida”
A agência de rating internacional AM Best reafirmou a avaliação de solidez financeira da Fidelidade Moçam- bique, atribuindo-lhe classificações de elevada robustez financeira e de gestão.
A agência, especializada em avaliação de riscos do segmento dos seguros, considera que a Seguradora tem um “histórico de resultados sólidos” em Moçambique, “apesar de operar num mercado de contexto desafiante”, atestando que “a Fidelidade Moçambique mantém uma posição competitiva sólida no mercado nacional”, rea- firmando-se “como a terceira maior seguradora” do País.
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A AM Best confirmou a avaliação de solidez financeira (Financial Strength Rating) com a classificação B (‘fair’, ou seja, íntegro e adequado) e a capacidade de resposta para créditos de longo prazo (Long-Term Issuer Credit Rating) com a classificação “bb” (igualmente ‘fair’) da Seguradora, mantendo-se o outlook (perspectiva futura) destas notações de crédito (ratings) estável.
A Fidelidade Moçambique reafirma, assim, a classificação alcançada já entre 2019 e 2022, sendo a única segu- radora moçambicana com uma avaliação de rating de carácter internacional.
Os ratings reflectem a solidez do balanço financeiro da Fidelidade Moçambique, que a AM Best avalia como forte, a par da robustez do desempenho operacional, perfil de negócio e gestão do risco empresarial.
Este é mais um reconhecimento do trabalho de excelência que a Seguradora tem desenvolvido em Moçambi- que, privilegiando uma cada vez maior proximidade com clientes e parceiros, transmitindo elevados índices de confiança ao mercado.
Com um portfólio de produtos e serviços inovadores sustentados por equipas altamente capacitadas, a Fideli- dade Ímpar traça uma trajectória de afirmação, crescimento, prestígio e sustentabilidade, com reconhecimento internacional.
Orienta-se por valores como a Experiência, a Inovação, a Superação e o Valor Humano, dispondo de soluções ajustadas às diferentes necessidades das famílias e das empresas moçambicanas.
A retomada da construção do projecto de GNL de 20 bilhões de dólares americanos da Total, que assumimos que começará no primeiro trimestre de 2024, dadas as melhorias nas condições de segurança em Cabo Delgado ao longo de 2023”
A Fitch, agência de notação de risco com sede em Nova Iorque e Londres, projecta um forte crescimento económico em Moçambique, com o PIB real projectado para atingir 6,4 por cento este ano e uma média de 4,9 por cento ao longo de 2024-2025.
Isso representa um aumento significativo comparativamente aos 4,2 por cento do ano passado.
Na análise divulgada sexta-feira, a Fitch explica que o crescimento reflecte principalmente “um aumento impulsionado pela exportação de gás natural liquefeito no sector extractivo, à medida que a capacidade de produção da plataforma flutuante de GNL Coral Sul da ENI aumenta para 70 por cento e 90 por cento em 2023 e 2024, respectivamente”.
No entanto, a Fitch mantém a sua classificação-chave de Longo Prazo em Moeda Estrangeira (IDR) para o país em CCC+ devido ao que chama de “risco substancial de crédito”, reflectindo “níveis elevados de dívida interna, défice fiscais persistentes, fraca gestão das finanças públicas, baixo PIB per capita, indicadores de governação fracos e uma situação de segurança desafiadora”.
Apesar disso, a Fitch saúda “o acordo de Facilidade de Crédito Estendido de 456 milhões de dólares ameri- canos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2022, o momento positivo no desenvolvimento do sector de gás natural liquefeito e medidas para lidar com o deslizamento fiscal de 2022”, que, segundo ela, “fornecem algum suporte à solvência”.
A agência de classificação também enfatiza o efeito positivo na economia “a retomada da construção do projecto de GNL de 20 bilhões de dólares americanos da Total, que assumimos que começará no primeiro trimestre de 2024, dadas as melhorias nas condições de segurança em Cabo Delgado ao longo de 2023”.
Segundo a análise da Fitch, a relação dívida/PIB diminuirá como resultado do forte crescimento económico. Além disso, observa-se que o metical continua estável em relação ao dólar americano, embora a Fitch alerte que “pressões externas renovadas podem levar a uma significativa depreciação da taxa de câmbio”.

A Fitch espera que as reservas internacionais de Moçambique aumentem de 2,7 bilhões de dólares americanos em 2022 para 3 bilhões de dólares este ano e 3,5 bilhões de dólares até o final de 2025. Isso será impulsionado por menores custos de importação de alimentos e combustíveis, uma contribuição marginal das exportações de GNL e a retomada do projecto Área 1 da Total, do qual 12,5 por cento do investimento total precisará ser contratado internamente.
A Fitch é uma das três principais agências de classificação de risco (as outras são a Moody’s e a Standard & Poor’s).
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) está a intensificar acções para acelerar o processamento local de minérios, com incidência para grafite, areias pesadas e carvão mineral, como os pritários.
Os esforços têm em perspectiva o objectivo de adicionar valor aos produtos extraídos, gerar benefícios aos cidadãos, através da criação de empregos e, simultaneamente, promover a industrialização.
O MIREME vai priorizar o rastreio de metais preciosos e gemas, estabelecimento de entrepostos comerciais, monitoria e fiscalização da actividade mineira e intensificação das inspecções para o controlo da exploração de minerais.

Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, discursando, esta segunda-feira, 14/08, em Lichinga, na província do Niassa, na abertura do VIII Conselho Coordenador do sector, mencionou também a questão de acesso à electricidade no contexto das respostas às exigências do desenvolvimento. Afirmou que, do ponto de vista da rede de energia, a resposta passa pela intensificação de novas ligações aos consumidores domésticos, visando garantir o acesso universal, previsto para 2030, numa acção em que pontifica a electrificação dos postos administrativos, cuja conclusão está prevista para 2024, uma meta que configura um teste à capacidade de mobilização de recursos e implementação de novos projectos neste domínio.
“A larga cadeia de valor associada aos recursos minerais e energia alimenta continuamente as expectativas da sociedade, por uma contribuição visível do nosso sector, no desenvolvimento do país”, sublinhou.
Nesse contexto, apontou que continua o desafio de assegurar a conclusão e a criação de projectos estruturantes de geração e de transporte de energia no quinquénio 2020-2024, para o alcance da capacidade adicional de 600 megawatts, incluindo 200 megawatts de energias renováveis.
Outra nota destacada no VIII Conselho Coordenador do MIREME, é a preocupação reinante com os níveis de contrabando de minérios, situação que está a prejudicar o Estado de diferentes forma, incluindo o impedimento de sua exploração racional e sustentável. Nesse sentido, de acordo com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, entidade que tutela este sector, estão a ser desenhadas estratégias para tomar a exploração de recursos sustentável e benéfica para o país.
Um dos caminhos identificados como solução passa pela formalização da actividade mineira informal.
“Isto significa ter sempre presente o desafio de fazermos com que a extracção mineira artesanal seja feita de forma segura e sustentável, eliminando, assim, a exploração ilegal de recursos minerais”, disse Carlos Zacarias, ministro dos Recursos Minerais e Energia.
O dirigente frisou que o Governo está a melhorar a visão estratégica de como a sua exploração deverá ser feita, com o objectivo de assegurar a maximização dos benefícios para o país e para os moçambicanos.
Os pronunciamentos foram feitos num contexto em que o Estado tem sofrido avultadas perdas por conta da exploração ilegal.
Dados oficiais apontam que em 2020 o país perdeu três mil milhões de meticais devido ao contrabando de minérios.
Carlos Zacarias fez referência, por outro lado, ao facto de os recursos naturais, como os hidrocarbonetos, serem vistos como os que podem contribuir para o desenvolvimento do país, havendo, por isso, necessidade reunião de monitorar o sector.
Economia cresceu 4,67% no segundo trimestre
• O Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano cresceu 4,67% no segundo trimestre, impulsionado pelo crescimento no sector primário, segundo o relatório das Contas Nacionais divulgado hoje, 14 de Agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique. Este desempenho soma-se aos 4,17% registados de Janeiro a Março, igualmente em termos homólogos, resultando num crescimento económico acumulado no primeiro semestre de 4,42%, de acordo com o INE.
A economia moçambicana deverá crescer 5% em 2023, segundo a previsão do Governo.

Neste relatório, o INE acrescenta que o desempenho da actividade económica no segundo trimestre de 2023 é justificado “em primeiro lugar” pelo sector primário, que cresceu 8,98% face ao mesmo período de 2022, “com maior destaque” para o ramo da Indústria de Extracção Mineira, com uma variação de 42,71%, seguido pelo ramo da Agricultura, Pecuária, Caça, Silvicultura, Exploração Florestal com cerca de 3,11%.
Seguiu-se o sector terciário, com uma variação de 4,24%, com destaque para o ramo de Transportes, Armazenagem e actividades auxiliares dos transportes e Informação e Comunicações, com um crescimento de 6,85%, seguido pelo ramo de Hotelaria e Restauração com variação de 5,51%, enquanto o ramo dos Serviços Financeiros aumentou 3,40%.
Por último surge o sector secundário, que caiu, em termos homólogos, 6,52%, “induzido pelo ramo da Construção”, com variação negativa de 10,43%, seguido pelo ramo da Indústria Manufactureira, com uma queda de 7,72% e, por último, o ramo da electricidade, gás e distribuição de água, que reduziu 0,18%.
Segundo o INE, os ramos da Agricultura, Pecuária, Caça, Silvicultura, Exploração Florestal e actividades relacionadas “tiveram uma maior participação na economia”, com peso conjunto no PIB do segundo trimestre de 25,89%, seguido pelo ramo de Transportes, Armazenagem e actividades auxiliares dos transportes e Informação e Comunicações, com peso de 10,36%.
Em terceiro lugar surge o ramo de Comércio e Serviços de Reparação, com 8,92% do PIB total do trimestre, seguido do ramo da Indústria de Extracção Mineira, com 7,48%.

Empresariado
O sector privado interessado em aprofundar parcerias e explorar oportunidades de negócios e investimentos com os seus homólogos quenianos. O sector privado deseja reverter o actual cenário de baixo fluxo comercial entre Moçambique que, por exemplo, em 2021, foi de US$ 30,7 milhões, um valor considerado irrisório, sendo que os fluxos de investimento estrangeiro directo são também insignificantes.

“Acreditamos nas oportunidades existentes para aumentar as nossas relações comerciais e de investimento, nomeadamente nas exportações de chá, milho, açúcar, cabos de alumínio, entre outras mercadorias”, disse Agostinho Vuma, falando em nome do comunidade empresarial moçambicana, no decurso do Fórum de Negócios Moçambique- Quénia que se realizou paralelamente a visita de Estado de três dias que o Presidente do Quénia, William Ruto, efectuou a Moçambique.
O líder do empresariado privado nacional, dirigindo-se particularmente a delegação empresarial queniana, disse que Moçambique registou progressos significativos, fruto do diálogo público-

-privado, que se traduziram na introdução e adaptação de medidas do Pacote de Aceleração Económica que estão a permitir desburocratizar, facilitar e proteger a execução de investimentos e mobilizar financiamento para o sector privado.
“A CTA, enquanto entidade representativa do sector privado moçambicano, tem vindo a promover a livre concorrência, atração e entrada de mais players no mercado”, disse Agostinho Vuma, referindo-se ao papel que a CTA tem estado a desempenhar na dinamização da economia e promoção de investimentos.
Para a CTA aspectos como a sustentabilidade, constituem desafios que se colocam ao empresariado nacional quanto à necessidade de capacitação e certificação para estabelecer ligações com grandes projectos, no sentido de servir as diferentes componentes da cadeia de valor da indústria do petróleo e do gás, além de garantir que outros sectores da economia sejam impulsionados.
O Presidente da CTA convidou os empresários quenianos
Adicionalmente, no rol de actividades que o CTA desenvolve, gostaria de destacar que no passado mês de Junho, o CTA juntamente com o Governo de Moçambique convocou a décima oitava edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), onde foram discutidas soluções para acelerar a industrialização do país e diversificação da estrutura econômica.
“Torna-se, para tanto, indispensável a promoção de um mais vigoroso intercâmbio comercial e empresarial entre nós, o que passa pelo estabelecimento de parcerias que ajudem a impulsionar o desenvolvimento económico das micros, pequenas e médias empresas de Moçambique e do Quénia, enquanto principais vectores da internacionalização de marcas, produtos e serviços capazes de estimular negócios intra-africanos”. Disse Álvaro Massingue, Presidente da CCM.
Massinga destacou o enorme potencial económico, industrial e turístico do Quénia, do qual o empresariado nacional pretende estabelecer ligações para o empoderamento recíproco, particularmente na partilha de know how. Disse Álvaro Massinga a experiência do empresariado queniano em áreas como a indústria de refinação do petróleo, que pode ser usada para ajudar a equipar o sector empresarial moçambicano em face dos desafios da competitividade e oferta de serviços à emergente indústria do petróleo e gás, particularmente no que à transformação e processamento interno destas commodities diz respeito.
O Presidente da CCM, disse ainda que a emergência da Zona de Comércio Livre Continental de África desafia o sector privado a assumir um papel mais dinâmico.
Alavaro Massinga reconheceu que as classes empresariais dos dois países precisam de ser ou estar preparadas de forma a se tornarem mais competitivas e devidamente capacitadas para enfrentar com optimismo e tirarem maiores benefícios das potencialidades que o extenso mercado de consumo representa ao mesmo tempo que sao promover relacões justas e equilibradas de comercio e partilha dos recursos comuns.
A Câmara de Comércio de Moçambique, considerou o fórum de negócios como uma oportunidade para despertar sobre a necessidade de colocar os sectores empresariais dos dois países, no centro das diversas esferas de desenvolvimento e cooperação bilateral, através da partilha de potencialidades mútuas, desafios e oportunidades concretas que as duas economias proporcionam.

Outro enorme desafio decorrente deste mercado comum é a necessidade de concentrarmos esforços e investimentos no sector produtivo, para com optimismo assegurarmos a solidez de uma classe empresarial à altura das necessidades que emergem.
“Como Câmara de Comércio de Moçambique acreditamos no potencial que existe entre nós e gostaríamos de partilhar das ricas experiências do Quénia na produção agro-pecuária, pescas e na promoção e melhor aproveitamento do potencial turístico, sem descurar outros sectores de actividade melhor identificados e representados neste fórum”, disse sobre as expectativas reinantes no sector empresarial moçambicano relativamente a contraparte queniana.
As exportações moçambicanas cresceram ligeiramente no primeiro trimestre do ano, para mais de 1.69 milhões de dólares impulsionado pelo aumento nas vendas de gás ao exterior, que aumentaram 70,1% face ao mesmo período de 2022.

Segundo o relatório estatístico do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos no primeiro trimestre, citado pela Lusa, explica que esta “evolução positiva registada nas receitas de exportação é justificada, essencialmente, pelo crescimento das vendas dos produtos exportados” pelos denominados Grandes Projectos (GP).
“Com ênfase para o sector da indústria extractiva”, que inclui gás natural, areias pesadas e rubis, safiras e esmeraldas, que aumentaram 280,1 milhões de dólares (255 milhões de euros), enquanto os outros sectores da economia, nomeadamente a indústria transformadora de alumínio e energia registaram decréscimos nas vendas em 140,7 milhões de dólares (127,6 milhões de euros) e 8,8 milhões de dólares (8 milhões de euros), respectivamente.
Globalmente, as exportações de bens por Moçambique renderam no primeiro trimestre mais de 1.699 milhões de dólares (1.542 milhões de euros), um incremento de 4,4 milhões de dólares (4 milhões de euros) quando comparado a igual período de 2022.
Excluindo os GP, os produtos agrícolas representaram para Moçambique receitas de 103,9 milhões de dólares (94,3 milhões de euros), menos 28,7 milhões de dólares (26 milhões de euros) face a 2022, “salientando-se os legumes e hortícolas, tabaco, algodão, açúcar e banana”.
As exportações de carvão mineral representaram o principal encaixe com as exportações moçambicanas no primeiro trimestre, de 460,9 milhões de dólares (418,2 milhões de euros), ainda assim uma queda de 35,5% face ao mesmo período de 2022, seguido do gás natural, que rendeu 341 milhões de dólares (309,5 milhões de euros), um aumento homólogo de 70,1%, segundo o relatório.
Já as areias pesadas tiveram um retorno de 120,1 milhões de dólares (108,9 milhões de euros) de receitas devido ao acréscimo do volume exportado em cerca de 11%, enquanto o preço baixou em 9%.
• Presidente da República, realça importância do Porto de Maputo, como uma ferramenta essencial para impulsionar a economia e facilitar o comércio internacional e fomentar o crescimento industrial de Moçambique

A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo empresa privada, nacional, que resulta da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique e a Portus Indico, constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Moçambicana Mozambique Gestores, que gere a concessão do Porto de Maputo, desde 2021, acaba de reforçar a capacidade de manuseamento do Porto de Maputo, com a aquisição de mais um rebocador, o qual foi atribuído o nome “Ntamo” num investimento que custou cerca de dez milhões de dólares, com os olhos postos no reforço das operações portuárias de uma forma geral.
Com o movimento sobe para três o número de rebocadores ao serviço do Porto de Maputo. Este último tem uma capacidade de 75 mil toneladas de bola de pulo, o que significa que tem maior capacidade de tracção em comparação aos dois rebocadores anteriores, que têm uma força de 65 mil toneladas de capacidade de tracção.
Osório Lucas, CEO do MPDC, destacou o facto deste novo rebocador ser muito mais ágil, e que surge como a resposta perfeita à tendência de crescimento do Porto, que tem estado a receber navios de cada vez maior capacidade.
“Nós inicialmente recebíamos navios Panamax, e hoje recebemos navios babycape que são navios de 120 e 125 toneladas e até a carregar as 150 mil toneladas, e isso reclamava rebocadores de maior capacidade”, enfatizou Osório Lucas, que também lançou o alerta para que não se olhe para o rebocador de forma isolada, pois o equipamento faz parte de uma equação complexa que agrega, para além da componente de rebocador, o investimento realizado no canal, e infra-estruturas.

O CEO do MPDC reiterou que o Porto de Maputo está bastante focado em aumentar a capacidade de recepção de mercadoria, e que o desígnio se materialize, o MPDC juntamente com parceiros, realizará um investimento na ferrovia, em parceria com CFM, sistemas de fronteira em parceira com as entidades alfandegárias, e com a concessionária gestora da estrada nacional número 4 (N4) TRAC por forma a tornar a circulação dos camiões mais expedita, por forma e garantir maior eficiência, produção e produtividade do Porto.
O Ministro de Transportes e Comunicação (MTC) Mateus Magala, também presente no evento de apresentação do novo equipamento portuário, disse que o Porto de Maputo, a maior infra-estrutura portuária do País, foi responsável por cerca de 47% da carga manuseada em todo o sistema férreo-portuário nacional em 2022.
Mateus Magala, reiterou ainda que o Porto de Maputo foi evoluindo até se tornar numa referência de excelência ao nível regional e global, projectando a imagem de eficiência logística nas infra-estruturas de transporte do País, implementando reformas necessárias para a melhoria do desempenho do Porto e dinamização da economia nacional e regional.
Por seu turno, Filipe Jacinto Nyusi Presidente da República, que inaugurou o equipamento, o rebocador, no contexto mais amplo da celebrações dos 120 anos do CFM, destacou a produtividade do Porto de Maputo, destacou que, em 2003, o Porto Maputo, manuseou um total de cerca de 5 milhões toneladas de carga, mas devido ao incremento da produtividade, em 2022 o Porto viu a sua capacidade evoluir para cerca de 27 milhões de toneladas de carga manuseada, o que corresponde a um aumento de cerca de 550%.

Filipe Nyusi, destacou igualmente a importância da formação e o grande investimento em capital humano jovem nacional e uma modernização tecnológica, digitalização investimentos em infra-estruturas ferroviárias, aquisição de vagões e locomotivas modernas, facilitação do trânsito, e uma combinação multimodal mais eficiente e consequente melhoria da qualidade de manuseamento de carga proveniente dos Países vizinhos, por parte do Porto de Maputo.
O Presidente da República, apontou para o Porto de Maputo como uma ferramenta essencial para impulsionar a economia e facilitar o comércio internacional e fomentar o crescimento industrial de Moçambique.
A Comunidade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), entidade gestora do Porto de Maputo, há mais de 20 anos, já realizou um volume de investimentos avaliados em mais de US$ 800 milhões, e tem planos de investir, entre 2023-2024 mais 300 milhões de dólares para aumentar a capacidade operacional e os volumes que o Porto de Maputo tem estado a manusear.