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financeiro robusto, resultados líquidos atingem de MZN 677 milhões
from O.Economico Report 02° Edição 2023 - Actualidade Económica de Moçambique: Moldando o Futuro
by O. ECONÓMICO
O Nedbank refere ainda que tem “uma carteira de crédito sólida, uma boa gestão da liquidez e da rentabilidade, o que resultou em rácios de capital robustos, com um rácio de solvabilidade de 21,5%, contra o regulamentar de 12%.”
Em síntese, os resultados do Nedbank Moçambique referente ao exercício 2022:
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• Resultados líquidos de MZN 677 milhões, mais do dobro dos resultados alcançados no ano anterior (MZN 311 milhões);
• Produto bancário de MZN 3,1 biliões, um marco histórico na instituição, e uma evolução muito positiva face à conjuntura económica de recuperação em 2022;
• Crescimento na carteira de crédito de 9,6%;
• Índice de NPL (Non-Performing Loans) de 1,74%, que compara muito favoravelmente com o sector, com uma cobertura de imparidade no crédito de 296%;
• Melhoria significativa do rácio de eficiência (CTI,
Cost To Income), fixando-se em 59,3%, contra 74,5% registados em 2021;
• Rentabilidade dos capitais próprios (ROE, Return On Equity) aumentou para 15,9%;
• Estrutura sólida de capital com um rácio de solvabilidade foi de 21,5% (regulamentar de 12%);
• Aumento da transaccionalidade nos canais digitais de 31,7%;
• Reconhecimento com 4 prestigiados prémios internacionais na área do digital, como o Banco mais inovador e digital em África e Moçambique;
• Banco líder de mercado – #1NPS (Net Promoter Score) – enquanto continua a crescer em número de Clientes (+13%, para 38.784), e em montante de transacções efectuadas;
• Forte dinamismo do Business Lounge, com mais de 20 acções concretizadas em 2022, sendo um espaço de referência para os Clientes a nível de networking e iniciativas que potenciam a cultura moçambicana.
A despeito do contexto adverso que foi o ano de 2022, o BCI manteve a liderança do mercado atingindo 2,2 milhões de clientes.

O Banco reclama que, após ter apostado na melhoria do serviço, na consolidação da actividade e na geração de valor para os clientes, a sociedade, o país e os accionistas, mantém-se como o maior Banco a operar no Sistema Financeiro moçambicano em termos de volume de negócio (Crédito e Depósitos) e volume de Activos, tendo em 2022 as suas quotas de mercado cifrado em 24,25% no Crédito, em 25,41% nos Depósitos e em 23,68% nos Activos.
“Este progresso resulta da confiança crescente de famílias, empresas e instituições nacionais, bem como dos investidores internacionais no BCI, nas suas equipas, na sua estratégia de actuação e no seu posicionamento no mercado e junto das comunidades”, refere o banco em comunicado.
Segundo o BCI, a presença física das unidades de negócio do BCI em todo o território nacional, cujo número totaliza 211, é complementada, de forma articulada, com um investimento sustentado nos Canais Electrónicos, que permitiu terminar o ano com 532 ATM, que correspondem a uma quota de mercado de 33%, e uma rede de 13.427 POS correspondente a uma quota de 39%.
No rácio dos colaboradores, o BCI, reitera que segue firme na aposta em quadros de nacionalidade moçambicana, na ordem de 99,4%, cuja proporção, em posições de quadros directivos, atinge 94%, “O que sinaliza a aposta do BCI no desenvolvimento e valorização do Capital Humano local, materializando na prática a sua imagem de marca enquanto Banco de cultura marcadamente moçambicana”. O BCI, refere ainda, por ocasião da divulgação dos seus resultados económico-financeiros do exercício 2022, que a distribuição por género que prossegue, “revela uma clara confiança no envolvimento das mulheres na organização, que representam 54% do universo de colaboradores”.
8.078,11 milhões
Numa conjuntura económica particularmente desafiadora, entretanto mantendo uma estratégia assente numa gestão que classifica de sólida e prudente, disciplina financeira rígida e uma política rigorosa de controlo dos riscos, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) encerrou o exercício económico de 2022 com um forte crescimento em termos de Resultado Líquido, o qual ascendeu a MT 8.078,11 milhões, (cerca de 128 milhões de dólares), “alicerçado num crescimento sustentável dos Resultados Operacionais, níveis de liquidez e capitalização confortáveis”, refere o Banco.
Efectivamente, como refere o próprio Banco, “num ano ainda marcado por um ambiente de elevada incerteza, em Dezembro de 2022, o BCI encerrou o ano com um Resultado Líquido de MT 8.078,11 milhões, correspondente a um crescimento de 55,25% comparativamente aos MT 5.203,37 milhões alcançados em igual período de 2021, e uma melhoria do rácio de Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) em 9,03 pp, ao situar-se em 32,91% face aos 23,88% do período homólogo. Este resultado é fruto da execução do Plano Estratégico 2021, e uma melhoria do rácio de Rentabilidade dos Capitais Próprios (ROE) em 9,03 pp, ao situar-se em 32,91% face aos 23,88% do período homó- logo”.
O BCI diz que o fabuloso resultado que apresenta, “é fruto da execução do Plano Estratégico 2021-2024, onde a sua aposta foi na diversificação da carteira de crédito, mantendo um forte posicionamento como Banco de apoio à economia através da concessão de crédito com bom risco controlado, conjugada com uma gestão eficiente dos custos, permitiu atingir um crescimento significativo do Produto Bancário (MT +1.420,88), essencialmente suportado pelo crescimento da Margem Financeira (MT +2.257,52 milhões) num ambiente de subida generalizada das taxas de referência e queda da procura por crédito, e da boa performance das Imparidades e Provisões (MT -3.133,63 milhões), resultado de uma gestão prudente dos riscos.”

Em contexto de subida contínua de preços, o Banco refere que as medidas de contenção de custos que vinham sendo implementadas permitiram que os Custos Operacionais se mantivessem controlados (+4,84%), abaixo da inflação homóloga que se situou nos 10,91%, o que resultou numa melhoria da eficiência operacional, com o rácio Cost-to-Income a fixar-se em 42,43% (-1,08 pp face a 2021).
Sobre o Resultado Líquido de MT 8.078,11 milhões, em concreto, o
Mt
BCI diz que o mesmo “foi influenciado por efeitos extraordinários positivos e negativos, referentes ao ano de 2022 e a anos anteriores. No que se refere aos efeitos extraordinários positivos, é de destacar a reversão de imparidade ocorrida na operação de um cliente, resultado da liquidação da operação, bem como reversão de imparidade de Outros Activos resultante da conclusão do processo de reavaliação de imóveis próprios do Banco. No que se refere aos efeitos negativos, as contas de 2022 foram significativamente influenciadas pela devolução em 2022, e provisão para devolução em 2023, de comissões a clientes, referentes aos períodos de 2018 a 2022, no âmbito da inspecção realizada pelo Departamento de Supervisão de Conduta do Banco de Moçambique, bem como pelo pagamento e provisão de valores a liquidar junto da Autoridade Tributária de Moçambique no âmbito da inspecção realizada por essa entidade aos Modelos 22 dos exercícios económicos de 2017 a 2021.
“Não obstante os efeitos extraordinários acima referidos, o Resultado Liquido recorrente registou um crescimento significativo face a 2021, fruto da consolidação e crescimento do negócio do Banco, em linha com os objectivos estratégicos”, sublinha o BCI.