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ONU aponta indústria transformada para fechar lacuna de tecnologia e desenvolvimento sustentáveis
from O.Economico Report 02° Edição 2023 - Actualidade Económica de Moçambique: Moldando o Futuro
by O. ECONÓMICO

• Com a pandemia, o uso da Internet teve salto global para 338 milhões de novos usuários regulares;
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As Nações Unidas apontam a transformação industrial sustentável como a saída para fechar a crescente lacuna de desenvolvimento entre os países, cumprir as metas climáticas e os objectivos globais.
O Relatório de Financiamento para o Desenvolvimento
Sustentável de 2023: Financiamento de Transformações Sustentáveis, descreve a realidade de crises galopantes de alimentos e energia, incerteza económica e impactos globais da mudança do clima.
Investimentos enormes e urgentes
A publicação, lançada a 05/03, quarta-feira, em Nova Iorque, sugere investimentos enormes e urgentes para acelerar transformações, inclusive em campos como distribuição de electricidade, indústria, agricultura, transporte e habitação.
No prefácio, o Secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que sem meios para investir no desenvolvimento sustentável e transformar os sistemas energéticos e alimentares, “os países em desenvolvimento ficam ainda mais para trás”.
O secretário-geral enfatiza para perigo claro para todos os países de um mundo de duas vias, de ricos e pobres. Para ele, é preciso urgência em reconstruir a cooperação global e encontrar as soluções para as crises actuais na acção multilateral.
O documento apresentado pela Vice-Secretária-Geral da ONU, Amina Mohammed, reitera que os mais pobres e vulneráveis são os que mais sofrem com as diferenças no desenvolvimento.

A vice-chefe da ONU revelou que 574 milhões de pessoas, ou 7% da população global, será lançada na pobreza extrema até 2030. Este ano, um recorde de 339 milhões vai precisar de ajuda humanitária, ou um em cada 23 habitantes do planeta.
As áreas do agro-negócio, energia verde e indústria são apontadas como oportunidades para o crescimento inclusivo. O estudo indica ainda novas possibilidades com a rápida receptividade da tecnologia para acelerar uma transição para a industrialização e o crescimento sustentáveis.
De acordo com o levantamento, mais 338 milhões de pessoas usaram a Internet regularmente entre 2021 e 2022. O total corresponde a um aumento de cerca de 38 mil pessoas por hora.
Outro factor é que regiões com alta qualidade de serviços de conexão têm cerca de 44% das empresas como exportadoras, em contraste com apenas 19% das companhias onde os serviços têm conexão mais fraca.
Estudo indica ainda novas possibilidades com a rápida receptividade da tecnologia.
O estudo alerta ainda para a desigualdade na capacidade de produção. Em países africanos menos desenvolvidos, o valor agregado da manufactura caiu cerca de 10% do Produto Interno Bruto, PIB, em 2000 para 9% em 2021, em vez de dobrar.
A meta 9,2 dos ODS prevê promover a industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, aumentar significativamente a participação da indústria no emprego e no PIB.
O novo documento recomenda políticas nacionais direccionadas para desenvolver as capacidades produtivas para transições de baixo carbono, criar empregos decentes e impulsionar o crescimento económico, garantindo a igualdade de género.
Em relação ao ODS 9 com foco em Indústria, Inovação e Infraestrutura, Angola aparece com regressão num índice que acompanha produção manufactureira ano a ano. Brasil e Portugal têm taxas de “crescimento aceitável”. Já em Moçambique, o desempenho foi “substancial”.
O documento cita ainda a actuação em meio ao risco da dívida. Cabo Verde e Moçambique estão entre os cinco países com uma evolução devido à reestruturação da dívida. Outros integrantes do grupo são Chade, Gâmbia, Mauritânia e Sudão do Sul.
ONU estima que 7% da população global será lançados na pobreza extrema até 2030.
Ao lado da Índia, o Brasil está na segunda categoria de países com 40 economias com o maior envolvimento activo com novas tecnologias, ainda que em um grau muito menor do que os pioneiros.
Na vanguarda da produção digital destacam-se China, Alemanha, Japão e Estados Unidos entre as 10 economias concentrando 91% das patentes globais e quase 70% das exportações de todos os bens de capital associados à tecnologia.
Na base estão os chamados retardatários e os da lanterna, ou economias com nenhum ou muito baixo envolvimento com tecnologias avançadas de produção digital.
