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EUA PROMETEM US$ 55 MIL MILHÕES PARA ÁFRICA PARA OS PRÓXIMOS 3 ANOS
from O.Económico Report • A informação que você não pode dispensar (Última Edição 2022)
by O. ECONÓMICO
• Presidente Filipe Nyusi acredita na concretização dos investimentos prometidos pela actual administração norte americana e manifesta optimismo na concretização de investimentos prometidos na II Cimeira EUA–África
• Joe Biden dá a entender que os EUA estão a mudar a sua abordagem à Africa
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• US$ 100 milhões para energia limpa e mais US$ 800 milhões em financiamento público e privado para o desenvolvimento digital em África.
No balanço efectuado à imprensa que o acompanhou nesta visita aos EUA, o Presidente da República Filipe Nyusi, disse que a cimeira produziu resultados positivos e dentro das expectativas e, a julgar pelos encontros de alto nível com a administração norte americana, Filipe Nyusi, referiu-se ao bom momento das relações e cooperação bilateral EUA-Moçambique.
Depois de um interregno de oito anos, a primeira reunião deste tipo foi organizada pela Administração Obama, em 2014, a Cimeira EUA-Africa regressou com um clima de maior confiança e vontade das partes de verem desenvolvidas relações frutíferas e de genuína cooperação.
A reflectir a nova abordagem dos EUA sobre África, o Presidente Joe Biden disse que os Estados Unidos procuram “parcerias – não para criar obrigações políticas, para fomentar a dependência, mas para estimular o sucesso e a oportunidade partilhada”.
“Quando a África é bemsucedida, os Estados Unidos são bem-sucedidos”. Muito francamente, o mundo inteiro também tem sucesso”. Frisou o Presidente norte americano.
Joe Biden, salientou que a nova abordagem norte americana a ser implementada pela sua administração assentará em “valores fundamentais”, ou seja, “liberdade, oportunidade, transparência, boa governação”.
A transição económica de África, disse ele, “depende de boa governação, populações saudáveis e energia fiável e acessível”.
Os US$ 55 mil milhões prometido pela administração norte americana, serão canalizados, destacadamente, para os sectores digital/ tecnologia, infra-estruturas, saúde e a luta contra as mudanças climáticas.
Biden referiu-se ainda a um projecto de energia solar com Angola, mais precisamente em Benguela, que corresponde a um financiamento de US$ 2 biliões que tem como objectivo garantir energia limpa para quatro províncias angolanas.
Outro anuncio importante, foi o feito pela Casa Branca, de que os Estados Unidos iriam investir US$ 4 mil milhões até ao ano fiscal de 2025 para formar profissionais de saúde africanos, uma prioridade crescente para Washington desde a pandemia de Covid-19.
No seu discurso aos líderes africanos, no segundo dia da Cimeira EUA-África, o Presidente Joe Biden anunciou ainda um pacote de ajuda de US$ 100 milhões para energia limpa e mais US$ 800 milhões em financiamento público e privado para o desenvolvimento digital em África.
A par dos apoios anunciados pelo Presidente norte americano, Joe Biden, durante a cimeira de três dias, no valor de 55 mil milhões de dólares, para os próximos 3 anos, empresas americanas e africanas, chegaram a entendimentos no valor de 15 mil milhões de dólares em acordos comerciais.
Por sua vez, as empresas Cisco e a parceira Cybastion comprometeram-se a investir US$ 888 milhões de dólares para reforçar a segurança cibernética através de 10 contratos em toda a África, abordando uma vulnerabilidade chave, e o Grupo ADB prometeu 500 milhões de dólares a partir da Costa do Marfim para centros de tecnologia da nuvem que possam atrair grandes empresas americanas.
Em África, “não há falta de talento, mas há uma enorme falta de oportunidades”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, à AFP.
A Microsoft anunciou que iria empregar satélites para levar o acesso à Internet a cerca de 10 milhões de pessoas, metade das quais em África, a começar no Egipto, Senegal e Angola.
Biden anunciou ainda que quatro países – Gâmbia, Mauritânia, Senegal e Togo – foram seleccionadas para conceber futuras subvenções dos EUA através da Millennium Challenge Corporation, que financia projectos em países que cumprem as normas chave sobre boa governação.
O Secretário de Estado Antony Blinken que participou no acto de assinatura de um pacote de infraestruturas no valor de 504 milhões de dólares através da corporação que ligará o porto de Cotonou do Benin à capital do Níger, Niamey, sem saída para o mar, com funcionários norte-americanos a estimar que 1,6 milhões de pessoas serão beneficiadas Numa alusão velada à China, Blinken disse que o acordo não “sobrecarregará os governos com dívidas”.
“Os projectos terão as marcas da parceria da América”, disse Blinken. “Eles serão transparentes”. Haverá alta qualidade”. Eles serão responsáveis perante as pessoas que pretendem servir”.