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FMI ALOCA US$ 56.26 MILHÕES À MOÇAMBIQUE

“ Apesar de as condições serem difíceis, a implementação tem sido forte, com a conclusão de importantes metas nas áreas da governação orçamental e da luta contra a corrupção. ”

O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a primeira avaliação ao abrigo do acordo trienal celebrado no âmbito da Facilidade de Crédito Alargada (ECF) para Moçambique. Os acordos no âmbito da ECF proporcionam uma assistência financeira mais flexível e mais bem adaptadas às diversas necessidades dos países de baixo rendimento, incluindo em tempos de crise. O FMI também completou a avaliação das garantias de financiamento para Moçambique e aprovou o pedido das autoridades para modificação de condicionalidade. O acordo de 36 meses ao abrigo da ECF foi aprovado em Maio de 2022.

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A aprovação do pedido das autoridades moçambicanas permitirá o desembolso imediato de 45,44 milhões de DES (cerca de US$ 59,29 milhões), que podem ser utilizados para apoiar o orçamento, elevando o total dos desembolsos realizados ao abrigo do acordo da ECF a 113,6 milhões de DES (cerca de 150 milhões de USD) para Moçambique.

A análise do FMI indica que, apesar do agravamento do ambiente económico internacional e do aumento dos preços das matérias-primas, as projecções apontam para aceleração do crescimento económico em 2022, impulsionado por uma forte campanha de vacinação e pelo levantamento total das restrições relacionadas com a COVID-19 em Julho de 2022. O FMI regista que a inflação subiu para dois dígitos, impulsionada pelos preços internacionais dos combustíveis e dos alimentos, bem como por tempestades tropicais que afectaram a oferta interna de alimentos no segundo trimestre.

“Os riscos para as perspetivas são consideráveis, mas equilibrados”. Frisa o FMI.

Na mesma análise a conjuntura económica e financeira do País, o FMI vem dizer que “a repassagem da inflação dos combustíveis e produtos alimentares para outros preços de bens e serviços, a agitação social, terrorismo no Norte e as catástrofes naturais constituem riscos susceptíveis de deteriorar a conjuntura económica, mas são contrabalançados por factores favoráveis associados ao reforço da recuperação económica, as fortes perspectivas de procura de GNL e à possibilidade de um crescimento não relacionado com a produção de GNL superior ao esperado a médio prazo”.

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