Noticiario 17 11 13

Page 3

MACAÉ, DOMINGO, 17 E SEGUNDA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2013

Política

NOTA

Câmara de Vereadores já analisa o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) encaminhado pelo executivo

OBRAS

Expansão pode viabilizar nova pista para Aeroporto Projeto é abraçado por lideranças políticas e setor empresarial e pode ser consolidado através de investimentos já realizados pela Infraero neste ano

WANDERLEY GIL

Márcio Siqueira marcio@odebateon.com.br

M

ais que amodernização da 12ª base aérea que registra maior número de operação de pousos e decolagens, entre os 61 terminais operados pela Infraero, os investimentos aplicados atualmente, na ordem de R$ 75 milhões, no Aeroporto de Macaé podem viabilizar a consolidação de outro projeto essencial a expansão do setor aérea da Capital Nacional do Petróleo: a construção da nova pista que suportará aeronaves de maior porte, principalmente para voos comerciais. Planejamento que envolve também o futuro dos voos offshore, em função da expansão da exploração do petróleo em reservas do pós-sal e do pré-sal nas Bacias de Campos e de Santos, a construção de uma nova pista, com capacidade superior a utilizada atualmente e diariamente por 70 helicópteros que dão suporte a logística de deslocamento de profissionais atuam nas unidades offshore, além de um avião da empresa Azul que realiza dois voos regulares entre Macaé e o Rio de Janeiro, ganhou, nos últimos anos, a defesa de lideranças políticas e representantes de instituições empresariais que reconhecem a importância do

Construção de nova pista no Aeroporto de Macaé beneficiará setor de voos comerciais Aeroporto para a expansão da economia macaense. A consolidação do projeto, que depende de diálogo mais próximo entre os representantes políticos e do setor econômico de Macaé junto a Infraero, torna-se ainda mais viável a partir da conclusão de dois projetos importantes paraa base macaense: a implantação do Grupamento de Navegação Aérea (GNA), orçado em R$ 12,4 milhões, e o Módulo de Navegação Aérea (Mona), orçado em R$ 2 milhões.

Os projetos foram iniciados no ano passado e promoveram o deslocamento de departamentos estratégicos para a navegação aérea do Aeroporto para regiões distintas dentro do sítio aeroportuário. Essa estratégia de infraestrutura da base macaense já é um dos primeiros passos para que a Infraero possa consolidar o tão esperado projeto. Ao retornar nesta semana ao posto de superintendente do Aeroporto de Macaé, Hélio Ba-

tista dos Santos Filho, afirmou que a construção da nova pista é uma das propostas da nova gestão da base macaense. "A construação da nova torre de controle do Aeroporto encontra-se atualmente em fase de acabamento e instalação de equipamentos. A partir disso, podemos considerar o projeto de construção da nova pista. A mudança de local da torre já facilita a realização desse porjeto que deve ser analisado pela Infraero", apontou Hélio.

Base já possui área para ampliação além da demanda gerada pela pujança da economia local, a consolidação do projeto de construção de uma nova pista de pousos e decolagens no Aeroporto de Macaé tem como ponto positivo a disponibilidade de uma área de 1.936.862 metros quadrados doada há 10 anos pela prefeitura, com objetivo de proporcionar a expansão da base. Nos últimos anos, a base macaense contou apenas com a realização de medidas paliativas e de manutenção da atual pista, que no ano passado passou por obras de reforço que não garantem a operação de aeronaves de maior porte, o que beneficiaria o setor de voos comerciais, hoje contando apenas com a operação de uma empresa. Além disso, no ano passado, a Infraero promoveu a realização de um estudo técnico que

avaliou a ampliação da atual capacidade da pista de pousos e decolagens do Aeroporto, através do Número de Classificação de Pavimento (PCN). O estudo, realizado em seis meses, pode também ser um fator de origem à implantação de uma nova pista. "Defendemos a realização desse projeto por entender que Macaé é o centro de negociações geradas pela indústria do petróleo. Essa dinâmica precisa ser ágil, conforme o ritmo do setor offshore. A construção de uma nova pista criaria novos horários de voos, interligando a Capital do Petróleo a destinos que também vivem a pujança do petróleo", ressaltou o vereador Igor Sardinha (PT) que, junto ao senador Lindbergh Farias (PT), defende investimentos para o aeroporto macaense, nos últimos anos.

WANDERLEY GIL

Área doada pela Prefeitura possibilita realização de obras

Firjan defende consolidação de projeto ao defender o desenvolvimento social, econômico e sustentável de Macaé, a consolidação de um projeto capaz de ampliar a capacidade de operação do Aeroporto de Macaé, beneficiando tanto as operações offshore, quanto a ampliação de horários e rotas ligadas aos voos comerciais, é pauta constante discutida pela Comissão Municipal da Firjan. Seja pela Câmara Temática de Infraestrutura, ou de Petróleo e Gás, a proposta de se viabilizar, junto a Infraero, a construção de uma nova pista na base macaense tornou-se prioridade para a instituição empresarial por um motivo especial: a demanda crescente da economia e o gargalo que pode interferir nos negócios gerados pela indústria do petróleo. "Conhecemos o projeto e defendemos a construção da nova pista como maneira de suprir mais um gargalo na infraestrutura e na logística necessária a dinâmica de atuação da indús-

3

WANDERLEY GIL

PONTO DE VISTA Justiça, ainda que tardia Um dos mais importantes julgamentos que fica registrado na história, o caso do mensalão, aquele em que uma quadrilha formada por criminosos de colarinho branco “assaltou” os cofres públicos, comprovado com a denúncia feita em 2005 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB), investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de que o governo pagava propinas aos aliados para aprovar os projetos de seu interesse, vai chegando ao fim após ter a mais alta corte do país, concluído uma parte do processo. Como se previa e ansiosamente a população honesta aguardava, a proposta de mandar aqueles que foram condenados para a cadeia, considerando ter o caso para alguns transitado em julgado (quando não cabem mais recursos), foi mais um embate protagonizado entre o presidente do STF, e relator ministro Joaquim Barbosa, com o revisor ministro Ricardo Lewandoski, mais uma vez acusado de tentar protelar a decisão de prender os condenados. Como toda a história foi acompanhada ao vivo pela população que não descolou o ouvido do rádio e não tirou os olhos da televisão, não cabe aqui fazer outros comentários já conhecidos. Apenas o de ressaltar que a decisão do Supremo Tribunal Federal, abre a perspectiva de que a sociedade possa voltar a ter confiança no judiciário, cabendo até ao mais novo ministro da corte, Luís Roberto Barroso, primeiro a votar, defender a tese de que não era mais possível aceitar manobras protelatórias para evitar o cumprimento das penas, como foi tentado por alguns advogados, ingressando com pedido de embargos infringentes (caso em que o réu que obteve quatro votos tenha direito a um novo julgamento), mesmo sem esse direito. Passados oito anos da

denúncia de que o governo Lula pagava parlamentares em troca de apoio político no Congresso, o Supremo Tribunal Federal determinou que a execução das penas impostas para a maioria dos 25 condenados fosse imediata. Já que 18 dos 25 vão cumprir pena, e por ser um julgamento histórico, aqui vai a relação deles: José Dirceu, ex-ministro e considerado o chefe do mensalão; Marcos Valério, operador do esquema; Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT; Henrique Pizzolato, ex-Diretor de Marketing do Banco do Brasil; Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB e delator do mensalão; José Genoíno, ex-presidente do PT e deputado; Valdemar Costa Neto, deputado federal do PR; Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB; Bispo Rodrigues, ex-deputado do PL, atual PR; Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL; Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB; Enivaldo Quadrado, doleiro; José Borba, ex-deputado do PMDB; Ramon Hollerbach, ex-sócio de Marcos Valério; Cristiano Vaz, exsócio de Marcos Valério, Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural; Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério; e, Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério. O ministro Joaquim Barbosa que voltou a dizer que os recursos protelatórios é chicana consentida, finalizou: “Isso aqui é uma Corte Suprema. Não basta que apresentemos argumentos que convençam uma pequena comunidade de insiders. É um país inteiro que está envolvido. Quando uma instituição se degrada, o país se degrada”. Agora, teremos de aguardar o novo julgamento dos que tiveram direito a embargos infringentes para, finalmente, demonstrar aos poderosos criminosos de colarinho branco que eles também podem ir para a cadeia.

***

La vem o trem... Se no Supremo Tribunal Federal o julgamento do mensalão atraiu a atenção de milhões de pessoas, dia 13 de novembro, quarta-feira passada, a audiência pública realizada na Câmara Municipal de Macaé sob a presidência do vereador Maxwell Vaz (Solidariedade), guardadas as proporções, também foi um marco histórico pelo número de participantes na reunião que discutiu se vale ou não fazer o trem andar, neste caso, o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, para melhorar a qualidade do transporte do trabalhador de casa para o trabalho e vice-versa. Concebido, acredita-se, através de um planejamento, sem o qual o governo federal não teria assinado convênio para destinar ao município R$ 47 milhões para conclusão do projeto com a contrapartida da prefeitura em comprar as composições, estacionadas na estação ferroviária há um ano por falta de ação administrativa, a população quer pressa e quer ver o trem andar, exigindo solução do problema. A justificativa encontrada após uma auditoria que levou quase um ano para ser concluída, de “vender” as composições para o governo estadual pelo custo de R$ 15 milhões, como contrapartida na obra do arco viário de Santa Teresa que inicialmente foi estimado em R$ 65 milhões, mas que já “pulou” para

R$ 90 milhões, não agrada em nada a população que quer pressa para andar depressa no vai e vem de casa para o trabalho. O ex-prefeito Riverton Mussi (PMDB), garantiu que o processo começou em 2009 e apenas não foi concluído porque o governo federal não cumpriu a sua parte. Para refrescar a memória de alguns, Macaé, no curto período de dois anos teve no Congresso dois deputados federais, Dr. Aluízio Junior (PV) e Adrian Mussi (PMDB). E, como perguntar não ofende, o que fizeram os parlamentares para agilizar os recursos prometidos pelo governo federal? Pelo que se observa, nada, absolutamente, nada. Se fizessem o dever de casa, a verba teria saído e o trem, ou melhor, o VLT, estaria hoje servindo à população que continua tendo pressa nas mudanças prometidas e que não saem do papel, como chegou a cobrar uma das participantes da audiência. Se o trem não anda por ser um projeto popular idealizado no governo Riverton Mussi, pelo menos as outras obras iniciadas no governo passado como a estrada Norte-Sul, a duplicação da Rodovia Amaral Peixoto, a urbanização do Lagomar, e as obras de saneamento demonstram que foram obras acertadas e agora concluídas com enorme benefício para a população. O desafio é fazer o trem andar.

PONTADA Dr. Eduardo Cardoso, presidente da Câmara Municipal, flamenguista de carteirinha, tem um cachorrinho de estimação batizado de Zico. Caminhando pelo calçadão da Imbetiba, Zico marcava a murada por onde passava até que... deixou “caco de vidro” no chão. Discreto e dando exemplo, Dr. Eduardo sacou de uma sacola plástica, recolheu os dejetos e seguiu em frente. Não fosse a imprensa, os poderosos em Brasilia estariam com os crimes prescritos. Bastou os jornais anunciarem que a ação penal contra o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), passou quatro anos parado no gabinete da ministra Cármen Lúcia, com alegações finais apresentadas, para o processo andar. Ele responde por corrupção, falsidade ideológica e peculato.

Base macaense possui contribuição estratégica para a dinâmica de atuação da indústria offshorea tria do petróleo", apontou o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Esteves. Na visão da Firjan, Macaé sempre precisa ser encarada com foco diferencial, por parte de órgãos públicos das esferas nacional e estadual, devido a sua importância para o cenário

econômico do país. "Não podemos viver mais de adaptações. É preciso planejamento e execução de projetos que atendam as demandas necessárias a indústria do petróleo que ainda está crescendo", apontou Evandro. A interlocução entre a exper-

tise da indústria do petróleo macaense e a demanda de atividades e serviços que será exigida pela exploração do pré-sal na Bacia de Santos também contribuem para fortalecer a proposta. "Precisamos investir de imediato em infraestrutura", afirmou Evandro.

Igor Sardinha (PT), Riverton Mussi (PMDB), vereador Amaro Luis, vice-prefeito Danilo Funke, já formam a lista como possíveis pré-candidatos a deputado estadual. Na lista para a Câmara dos Deputados, está aparecendo os nomes de Eduardo Neiva (PROS), Carlos Eduardo Jardim (PEN), o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar (PV), e André Braga (PR). Mas a lista ainda vai aumentar. Alguém aí acredita que o povo está satisfeito com a passagem a R$ 1 cobrado pela SIT? Se cada passagem é estimada em R$ 3,60 e a prefeitura paga o subsídio às empresas 1001, Macaense e Líder, em torno de quase R$ 5 milhões por mês, todos sabem que o dinheiro sai dos cofres públicos. Daria para construir três escolas ou três creches por mês e acabar com os aluguéis. Até domingo.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.