www.odebateon.com.br
Macaé (RJ), domingo, 21 e segunda-feira, 22 de agosto de 2016, Ano XLI, Nº 9103
Fundador/Diretor: Oscar Pires
CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ
12ª Parada do Orgulho LGBT movimenta Macaé hoje A décima segunda edição da Parada do Orgulho LGBT acontece neste domingo (21) na orla da Praia Campista Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br
E
m busca de respeito de toda a sociedade, acontece a 12ª Parada do Orgulho LGBT de Macaé, neste domingo (21), levantando na avenida a bandeira de luta por ações de politicas publicas LGBT e também pela criação do Conselho Municipal LGBT. Assim, um arco-íris de atrações marca o evento, que vai rolar na orla da Praia Campista e na Praia dos Cavaleiros. O evento tem concentração marcada para as 13h, com percurso de Trio elétrico pela Orla da Praia Campista. Este ano, o a promoção vai rolar em palco armado próximo ao Posto 1, da Praia dos Cavaleiros. Organizado pelo Movimento Social LGBT de Macaé, criado recentemente pelas Ong's e militantes da cidade para o enfrentamento da violência homofóbicas e contra os crimes de intolerância, o movimento tem por objetivo principal fomentar ações de politicas publicas LGBT e também a criação do Conselho Municipal LGBT. TEMA 2016
A Parada do Orgulho LGBT de Macaé, em sua décima se-
gunda edição, aborda o Tema ‘Eu não pedi pra nascer... eu não nasci pra morrer e nem me tornar vitima da Homofobia. Igualdade de direitos não é privilégio, chega de LGBTfobia!”. Este ano, o evento comemora os dez anos de paradas
na cidade e a busca da liberdade de expressão e direitos iguais dentro do município. TRAJETÓRIA DO MOVIMENTO
Segundo um dos organizadores Celício Aguiar, radia-
lista e jornalista, a Parada do Orgulho LGBT de Macaé ocorre desde 2004, sendo considerado um evento de suma importância para o segmento LGBT do município. “É o momento onde a comunidade mostra força política,
capilaridade e articulação ao governo municipal em uma manifestação pacífica em prol da liberdade de expressão e a favor da diversidade sexual”, declarou o organizador. Para ele, a Parada do Orgulho LGBT de Macaé tem
Parada do Orgulho LGBT As Paradas do Orgulho LGBT têm como objetivo principal dar visibilidade a todos, no sentido de saírem às ruas de uma forma festiva para reivindicarem direitos iguais. “É preciso levar em conta que vivemos em uma sociedade extremamente preconceituosa, repressora das homossexualidades e violenta com os LGBT, portanto as Paradas são um dos raros momentos em que os LGBT experimentam a liberdade de poderem demonstrar em público a sua orientação sexual e a sua afetividade”, disse Celício Aguiar. Assim como os trabalhadores que saem às ruas para reclamarem melhores salários e condições de trabalho ou as pessoas que saem às ruas em passeata para protestarem contra a corrupção, os LGBTs também saem às ruas para reivindicarem direitos iguais. Os crimes praticados contra os LGBT são motivados pela não aceitação de sua orientação sexual e são os chamados crimes homofóbicos. Como os homossexuais estão em desigualdade de direitos, eles se unem para reivindicá-los. Esse segmento sempre foi historicamente discriminado, oprimido
e se tornou invisível aos olhos do Estado no que diz respeito aos seus direitos. Segundo dados de grupos representantes dos homossexuais, a cada 36 horas um homossexual é morto no Brasil vítima da homofobia. Isso torna o Brasil um dos países campeões em mortes de homossexuais no mundo. MADRINHA IVETE SANGALO
A cantora Ivete Sangalo vira madrinha do Movimento Social LGBT de Macaé. Ela recebeu o presidente do Movimento Social LGBT de Macaé, Celício Aguiar, no último dia 05 em Campos dos Goytacazes, durante a apresentação da cantora na cidade. Na ocasião, o representante do movimento entregou a ela o Prêmio LGBT de Voz Ativa e também o convite para ela ser a madrinha do Movimento. Feliz e honrada com o prêmio e o titulo, a cantora agradeceu a honraria e lembrou que a luta pelo respeito e a aceitação das diferenças sempre estará pautada em suas falas e ações na construção de um mundo com mais respeito.
grande importância socioeconômica para o municipio, pois em suas edições passadas estiveram presentes no evento mais de dez mil pessoas de todo o estado do Rio de Janeiro e de diversas partes do país. “Compareceram em caravanas ao local e juntos puderam combater o sentimento de vergonha sentido por muitos homossexuais de troca de afetividade e carinho e beijos em público, o que geralmente os religiosos conservadores afirmam ser um comportamento sexual vergonhoso, fazendo assim da manifestação de orgulho uma diversão”, disse Celício. De acordo com o radialista, não só a comunidade LGBT esteve presente na parada, mas também pessoas de todas as orientações, famílias, crianças e idosos aplaudiram a mais essa realização em prol da luta de conscientização contra o preconceito e Inclusão Social. “Durante todos esses anos comemoramos a coroação de um trabalho árduo que consegue travar uma discussão em torno da cidadania LGBT. Temos a cada ano superado a expectativa de público, mesmo quando não se prolonga o feriado”, afirmou.