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Macaé (RJ), quarta-feira, 18 de junho de 2014, Ano XXXIX, Nº 8425

Fundador/Diretor: Oscar Pires

CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

FOTOS: RUBIA SIQUEIRA

Nascido em Macaé, Márcio Luiz Júnior despertou para a arte musical ainda na infância

Macaense brilha em Brasília e deslancha carreira de sucesso

O músico Juninho Trompetista acaba de ser aprovado em primeiro lugar para a vaga de trompetista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília (DF) Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br

O

brilhantismo de um macaense reluz na Capital Federal. Trata-se do músico Juninho Trompetista, que acaba de ser aprovado em primeiro lugar para a vaga de trompetista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, de Brasília (DF). Com seu talento mais uma vez reconhecido nacionalmente, o macaense vai assumir o cargo somente no início do próximo ano, já que em ano eleitoral não se pode contratar pessoal. “Me preparei a vida inteira para tocar numa Orquestra Sinfônica profissional. Esta vitória tem gosto de realização de um sonho”, declarou Juninho, que está na expectativa de se mudar para Brasília. Atualmente, aos 30 anos de

idade, Juninho Trompetista é professor de trompete da Escola de Artes Maria José Guedes (EMART) e se encontra sob a orientação dos professores Amarildo Nascimento (Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo) e Fabio Brum (Orquestra Sinfônica Brasileira), em curso particular na cidade de Suzano (SP), onde ele vai quinzenalmente. “Esta minha vitória em Brasília eu dou de presente à Nova Aurora, onde iniciei meus estudos, nos seus 141 anos, como forma de mostrar ao mundo a sua competência como banda e como escola de música”. NASCE UM TALENTO

Nascido em Macaé, Márcio Luiz Júnior despertou para a arte musical ainda na infância. Um dia, o professor José Bastos, que morava na mesma

rua que ele, fez um convite ao irmão de estudar trompete. Foi aí que, vendo o irmão tocando o instrumento, se interessou de imediato e se apaixonou pelo trompete. Assim, aos 12 anos de idade, iniciou seus estudos musicais na centenária Sociedade Musical Nova Aurora, sob a regência do Maestro Benedito Passos (Tinho), no ano de 1996, sendo aluno do mesmo Professor José Bastos. Na época, a Nova Aurora tinha como presidente Dr. Manoel Ângelo Raposo, que acreditou no seu talento e patrocinou a sua participação em diversos festivais de música. “São fatos que nunca vou esquecer. Dr. Raposo acreditou em mim e me ajudou a alavancar a minha carreira”, disse Juninho. Um dos seus sonhos era ser integrante de Banda Militar, co-

Palavras de mestre O Professor Amarildo Nascimento, Primeiro Trompete da OSUSP e Professor da Universidade Cantareira de São Paulo, tece os maiores elogios ao aluno Juninho. O professor ressalta que teve a honra de poder orientar durante cinco anos um jovem estudante de trompete, que viajava 12 horas a cada 15 dias de Macaé até Suzano (SP) para ter aulas particulares de trompete. “Hoje ele me ligou muito feliz dizendo que foi aprovado no teste para ser integrante da Orquestra Sinfônica do Teatro de Brasília. Estou extremamente orgulhoso porque isso significa que o trabalho que fizemos estava correto. Quero parabenizar publicamente

o Juninho Trompetista pela conquista e por ter acreditado em nosso trabalho. Também quero dizer a você, Juninho que, quando a prova é séria, o resultado sempre favorece quem estuda com seriedade e determinação”, ressaltou o professor acrescentando agradecer por ter acreditado em seu trabalho. MÚSICA DE CÂMARA

Com o Duo de Câmara (trompete e piano) ele e Maria Luiza Lundberg ganharam Menção Honrosa no 49º Concurso Villa-Lobos em 2006. O duo tinha orientação musical do Professor de Música de Câmara da UFRJ, Antônio José Augusto. “Foi um divisor de águas

na minha carreira, pois através da música de Câmara, que eu tive noção de como tocar numa audição, principalmente quando trabalhei com pessoas tão profisionais e criteriosas, como Maria Luísa Lundberg e Antônio Augusto”, destacou Juninho. Com relação aos trechos orquestrais que são pedidos em concursos, ele deixa registrado o seu agradecimento aos professores de trompete, Amarildo Nascimento, Fábio Brum, Paulo Mendonça e Davi Alves.

O músico Juninho Trompetista é bacharel em Trompete pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

mo Dulcilando Pereira, que foi saxofonista do Corpo de Bombeiros. Mas até hoje não houve concurso. TRAJETÓRIA ARTÍSTICA

O músico Juninho Trompetista é bacharel em Trompete pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da classe do Professor David Alves; e em 2004 prosseguiu seus estudos com o professor Paulo Mendonça (Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro OSTM), ingressando então na Orquestra Sinfônica Petrobras Jovem. Saiu em 2008, quando entrou para a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem (OSBJ). Ele revela ainda que se dedica ao estudo da música cerca de oito horas por dia. “Batalhei pelo sonho de ingressar

numa Orquestra Sinfônica”, frisou. Atuou como professor de trompete da Sociedade Musical Nova Aurora, em 2008 ingressou na OSB Jovem. Participou de vários festivais de música como: FEMUSICA (Campos - RJ), Encontro de Metais de Tatuí (SP) e FEMUSC (SC). Dentre os professores com quem teve a oportunidade de receber aulas destacam-se: Marcelo Matos (OSESP), Gustavo Fontana, Gilberto Siqueira (OSESP), Evandro Matté (OSPA), Fernando Ciancio, Fernando Dissenha (OSESP) e Paul Merkelo (Montreal). Tocou no Grupo de Metais da UFRJ, no Quinteto de Metais da UFRJ, quinteto de metais da BFRJ, em 2010 foi o primeiro trompetista vencedor do Concurso Jovens

Talentos UFRJ (obtendo a oportunidade de solar à frente da Orquestra da UFRJ o Concerto para Trompete e Orquestra de J.N.Hummel), no mesmo ano solou o Concerto de J.Haydn com a Banda Filarmônica do Rio de Janeiro. Foi um dos finalistas na audição para Primeiro Trompete da Orquestra Sinfônica do Teatro São Pedro (SP), menção honrosa no concurso de música de câmara do 49º festival de música Villa-Lobos, atuou como Trompete Solo da BFRJ (Banda Filarmônica do Rio de Janeiro) sob a regência do Maestro Antonio Henrique Seixas. Atualmente é professor de trompete da EMART e prossegue seus estudos com os professores Amarildo Nascimento (OSUSP) e Fabio Brum (OSB), em Suzano (SP).


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