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Macaé (RJ), quarta-feira, 8 de outubro de 2014, Ano XXXIX, Nº 8521

Fundador/Diretor: Oscar Pires

CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Espetáculo sob os aplausos do público macaense O espetáculo ‘Ato de Comunhão’ entra em cena no Teatro do Sesi Macaé nesta quinta-feira (9) Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br

E

spetáculo ganha evidência na cidade, prometendo encantar o público de Macaé e região. É a peça ‘Ato de Comunhão’, com texto de autoria do argentino Lautaro Vilo, que acontece no Teatro do Sesi Macaé nesta quinta-feira (9) às 20h. Dirigido por Gilberto Gawronski e Warley Goulart, interpretado pelo próprio Gawronski, o espetáculo utiliza recursos de vídeo-arte imprimindo uma linguagem contemporânea. O monólogo é baseado na história verídica de Armim Meiwes, o alemão que foi condenado à prisão perpétua por ter devorado um homem que conheceu pela internet. Os ingressos custam os valores de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). A classificação etária é de 16 anos. Os interessados devem adquirir os ingressos na bilheteria do Teatro do Sesi Macaé Alameda Etelvino Gomes, 155, Riviera Fluminense. Outras informações pelo telefone (22) 2791-9214. ‘ATO DE COMUNHÃO’

O espetáculo ‘Ato de Comunhão’ é baseado na história verídica de Armim Meiwes, o alemão que foi condenado à prisão perpétua por ter devorado um homem que conheceu pela internet. O projeto da montagem de ‘Ato de Comunhão’ nasceu quando o crítico uruguaio Jorge Arias assistiu à montagem argentina deste texto e sugeriu a Gilberto Gawronski ser o “embaixador” do escritor contemporâneo argentino Lautaro Vilo em território brasileiro.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

A peça narra três momentos na vida de um homem: sua festa de aniversário de oito anos, a cerimônia fúnebre da mãe em sua juventude e, já adulto, o encontro com alguém que conheceu pela internet, com consequências bizarras. Essa sequência final é baseada em um caso verídico, ocorrido na Alemanha em 2001, em que um homem praticou canibalismo em outro homem, com a permissão do segundo. O texto de Lautaro Vilo é construído a partir de uma rítmica singular, cadenciada, num espiral dramatúrgico que vai revelando passo a passo a tensão e os detalhes da trama. Situada entre o happening e a performance, a encenação arrasta o espectador a um labirinto amor-canibalismo-internet, fazendo uso de uma linguagem contemporânea, com recursos visuais que, para além de elucidar o texto e contribuir plasticamente para uma imersão da platéia no universo cruel e ao mesmo tempo irônico proposto pelo autor. Inspirada na obra do irlandês Francis Bacon, a cenografia utiliza uma releitura das obras desse visceral pintor, que tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo. LAUTARO VILO

Ator, Dramaturgo e Diretor Teatral (Argentina), Lautaro Vilo é Bacharelado e Licenciatura em Teatro pela UNICEN, especializado em Dramaturgia pela EAD (Buenos Aires). Desde 2009, ministra a Oficina de Dramaturgia na Maestria de Dramaturgia (IUNA). Ganhou o Prêmio Nueva Dramaturgia del CCRRojas, edição 2004.

A peça narra três momentos na vida de um homem

Gilberto Gawronski o diretor gilberto Gawronski é cenógrafo e ator com importantes prêmios em seu currículo: Shell, Mambembe, Sharp, APCA, Qualidade Brasil e Açorianos. Dirigiu dança contemporânea, óperas e textos teatrais. Gaúcho radicado no Rio de Janeiro, apresentou durante 15 anos a criação performática do conto “Dama da noite”, de Caio Fernando Abreu, em vários países e em diferentes idiomas. Trabalhou com Naum Alves de Souza em “Aurora de Minha Vida”, com Moacyr Góes em “Sonho de uma Noite de Verão” e “Eduardo II”, e com Tônio Carvalho em “Chapeuzinho Vermelho - Em Busca

do Coração Secreto”, pela qual ganhou o Mambembe de melhor ator em 1990. Ainda naquele ano, Gilberto foi assistente de direção de Luiz Antonio Martinez Correa em “Theatro Muzical Brasileiro” e de Naum em “Cenas de Outono” de Mishima e no show “Francisco” de Chico Buarque. Criou todo o universo do pop através de seu espetáculo “POP by Gawronski”, ironizou a si próprio criando “Quero Ser Gilberto Gawronski”. Em dança criou “Sertão”, numa co-produção com a Demolition Inc. e o Veem Theatre em Amsterdam, e fez a direção teatral de “Cruel” da Cia. De Dança Deborah Colker. Em 1990,

dirige e interpreta “Uma História de Borboletas”, mais um texto do amigo Caio, que rendeu ao seu parceiro de cena, Ricardo Blat, o Prêmio Shell de melhor ator. Montou, dirigiu e atuou em “Na Solidão dos Campos de Algodão”, arrebatando o Troféu Mambembe de melhor espetáculo e melhor ator para Ricardo Blat, em 1996. Atuou em “Gaivota - Tema para um Conto Curto”, criação de Enrique Diaz baseada na obra de Tchekhov. Ganhou o Prêmio Shell pela cenografia de ‘Por Uma Vida Um Pouco Menos Ordinária”, de Daniela Pereira de Carvalho, trabalho que também assina a direção.

WARLEY GOULART

Ator e Diretor Teatral formado pela UniRio, Warley Goulart foi indicado ao Prêmio Shell 2011 pela direção musical de “Não me diga adeus” - texto premiado de Juliano Marciano, com direção de Gilberto Gawronski. Especialista em Literatura pela UFF, Warley Goulart dirige há 14 anos o grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, onde atua como contador de histórias e artista plástico na criação das obras do projeto. Com seu grupo, já se apresentou e ministrou oficinas em centros culturais, teatros e festivais no Brasil e exterior, contribuindo para a formação de contadores de histórias em todo país.


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