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Macaé (RJ), sábado, 7, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de janeiro de 2017, Ano XLI, Nº 9220
Fundador/Diretor: Oscar Pires
CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ
Show de O Rappa agita verão macaense A super festa acontecerá na próxima sexta-feira (13), já mexendo com a cidade e causando muita expectativa no meio da galera Isis Maria Borges Gomes isismaria@odebateon.com.br
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este início de janeiro, um clima de grande animação promete esquentar ainda mais o verão macaense. Trata-se do show de O Rappa, uma das maiores bandas do Brasil, que acontecerá na próxima sexta-feira (13), e já está mexendo com a cidade e causando muita expectativa no meio da galera. O Rappa se apresentará no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho com portões abertos a partir das 22h. Desde 2015 sem fazer show na cidade, o grupo traz sua nova turnê, Acústico Oficina Francisco Brennand. A censura do evento é 18 anos e menores de idade não entra-
rão nem mesmo acompanhados por responsáveis. O Rappa é uma banda brasileira formada em 1993 no Rio de Janeiro. É notável por suas letras de forte cunho social em uma mescla de rock, reggae, rap e MPB. E formada pelos músicos que acompanharam o cantor de reggae Papa Winnie em uma turnê pelo Brasil mais o cantor Marcelo Falcão. REPERTÓRIO DO SHOW
O público macaense está eufórico para aplaudir o grupo O Rappa, que apresentará um repertório baseado no DVD Acústico Oficina Francisco Brennand, lançado recentemente e contém uma série de hits dos últimos álbuns de estúdio, quatro músi-
cas inéditas como “Uma vida só” - tema de novela da Globo, e alguns clássicos em versões inusitadas. A banda traz também novos instrumentos para fazer uma mistura diferente de ritmos. São eles: uma guitarra de 12 cordas, clavinete, piano elétrico, escaleta e tambores de aço - utilizados em músicas latinas. GARANTA SEU INGRESSO
Os ingressos podem ser comprados no site www.orappamacae.com.br, nas lojas: Koni (Cavaleiros), Virgens & Vilões (Calçadão), Coca-Cola Jeans (Shopping Plaza), Largadão e Bar do Betão. Mais informações no facebook do evento: www.facebook.com/ DbozzProducoes
O Rappa O Rappa não obteve muito sucesso com seu álbum de estreia, mas alcançou fama nacional com o segundo disco Rappa Mundi, lançado em 1996. Em 2001, perderam seu baterista e principal letrista, Marcelo Yuka, quando este se tornou paraplégico após ser baleado em um assalto. Com o instrumento assumido pelo tecladista Marcelo Lobato e as letras de Marcos Lobato, O Rappa se manteve na atividade, lançando o disco O Silêncio Q Precede O Esporro em 2003 e permanecendo como uma das bandas mais aclamadas do rock brasileiro. O Rappa já vendeu
mais de 5 milhões de cópias de seus trabalhos em todo o mundo. TRAJETÓRIA ARTÍSTICA
Em 1993, com a vinda do cantor ao Brasil, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor Papa Winnie em suas apresentações. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos
africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do cantor, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido. Mesmo já tendo uma apresentação agendada no Circo Voador, o grupo não tinha nome. Cogitaram "Cão Careca" e "Batmacumba", e após ver no jornal a expressão "rapa", que designa o ato em que policiais interceptam camelôs, se empolgaram com o termo. Segun-
do Falcão, "era perfeito. Gíria de rua, coisa da rua: o que nós somos. Colocamos o artigo 'O' e mais um p, para ficar mais forte". Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na canção "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi. Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contrabaixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa. Em 1994, lançaram seu primeiro disco, que levou o nome da banda. O Rappa não obteve muito sucesso e foi o
único disco com a presença de Nelson Meirelles, que abandonou a banda por motivos pessoais. Com a saída de Nelson Meireles, Lauro Farias, que tocava com Yuka no KMD-5, assumiu o contrabaixo. Em 1996, foi lançado Rappa Mundi, que praticamente introduziu a banda no cenário nacional e quase todas as canções foram sucesso. Em novembro de 2000, o baterista Marcelo Yuka foi vítima direta da violência urbana, ao ser baleado durante tentativa de assalto, ficando paraplégico e assim impossibilitado de tocar bateria. Lobato assumiu o instrumento (deixando para seu irmão Marcos Lobato,
contribuinte de O Rappa, os teclados, este não entrou oficialmente para a banda) e O Rappa voltou a tocar. O primeiro disco reformulado foi O Silêncio Q Precede O Esporro, lançado em 2003. Em 2008, lançaram o álbum 7 Vezes. Em 22 de agosto de 2009, O Rappa fez um show na favela da Rocinha, que rendeu outro DVD. Seguiram-se dois anos de pausa, explicados pelos músicos como necessidade de descansar após 15 anos na estrada. O Rappa voltou a tocar junto com shows na Marina da Glória em outubro 2011. Em 2013 lançam novo álbum intitulado Nunca Tem Fim.