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Macaé (RJ), domingo, 30 e segunda-feira, 31 de outubro de 2016, Ano XLI, Nº 9163
Fundador/Diretor: Oscar Pires
CADERNO DOIS O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ MA
Alfredo Manhães: De colecionador a fotógrafo O fotógrafo realiza uma expressiva exposição intitulada ‘Diálogos entre Luz, Cor e Sombra’ na Bia Café com Arte Isis Maria Borges Gomes
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C Como aconteceu a fotografia Alfredo Manhães conta que começou a fotografar no final dos anos 80, quando passou a ler a revista Iris Fotos, já extinta, incentivando as pessoas a registrarem momentos de sua vida, mesmo com câmeras simples. Na época ele comprou uma Olimpus M1, e passou a praticar a fotografia de forma esporádica. Depois tomou gosto pelas imagens e adquiriu uma Nikon EF, que tinha mais recursos técnicos, permitindo-lhe explorar mais as imagens percebidas em Macaé. Para ele, a fotografia ficou esquecida por quase 20 anos. Fez uma pausa, principalmente por motivo de trabalho, e a partir de 2006, retomou a fotografia como hobby, e agora resolveu se dedicar mais profundamente ao estudo das imagens. No momento, Alfredo afirma que uma das metas e desafios é ter um calendário de viagens, para fotografar lugares que considera importantes do ponto de vista de cenários existentes no mundo, que são inspiradores para se fotografar.
ALFREDO MANHÃES Nascido e criado em Macaé, Alfredo Manhães é professor universitário da disciplina de Engenharia e Sistemas de Informações, possui mestrado em Engenharia de Computação. Apaixonado por objetos antigos, Alfredo vem juntando objetos desde 2005, garimpando uma peça daqui e outra dali. Ele começou a coleção ao guardar os brinquedos que mais gostava e os filmes e seriados de TV mais interessantes. Trabalha como Coordenador do GeoMacaé, que é um Sistema de Informações Geográficas da Prefeitura de Macaé, fazen-
do mapeamento por satélite do município e seu entorno. “A fotografia tem tudo a ver com o meu atual trabalho, onde diariamente investigamos o território macaense utilizando imagens de satélites”, contou. Atualmente, ele possui uma Brinquedoteca em sua casa, para uso particupar, somando mais de cinco mil peças de brinquedos antigos.
AGRADECIMENTOS O macaense Alfredo Manhães faz questão de deixar registrado os seus agradecimentos à artista plástica Beatriz Mignone, Curadora da Galeria Bia Café com Arte, pela oportunidade de mostrar o seu talento; e também aos consagrados fotógrafos Romulo Campos e Claudia Barreto, pelo incentivo na fotografia.
PRAZER DE COLECIONAR Segundo Alfredo Manhães, no mundo inteiro há milhões de pessoas que colecionam algum tipo de objeto. “O colecionismo, muito mais que um hobby, é uma atividade cultural importante, pois oferece a aquele que o pratica um aprendizado profundo sobre os objetos que formam sua coleção”, declarou ele. Ele prossegue ressaltando que o que caracteriza um colecionador é justamente a vontade de armazenar objetos e preservá-los, de forma a contar um pouco da história do mundo. “Se não fosse por muitos colecionadores de arte do passado, possivelmente muitas obras de grandes pintores não seriam conhecidas nos tempos atuais. Colecionar objetos é uma atividade saudável, que pode ser praticada por pessoas de qualquer idade”, afirmou Alfredo.
onhecido por ser um estudioso das décadas passadas e apaixonado por objetos antigos, o colecionador Alfredo Manhães inaugura uma nova fase de sua vida: a de fotógrafo. Assim, o talentoso fotógrafo realiza uma expressiva exposição intitulada "Diálogos entre Luz, Cor e Sombra". A mostra foi inaugurada nesta sexta-feira (4), esbanjando beleza e talento na vitrine de arte da Bia
Café com Arte. O venissage aconteceu às 19h de ontem, quando o artista recebeu os cumprimentos de inúmeros convidados. Segundo Alfredo Manhães, a exposição "Diálogos entre Luz, Cor e Sombra" consta de 30 fotos, predominando fotos artísticas que procuram articular a combinação entre luz ambiente, cores do mundo e projeção de sombras, como elementos que se complementam e estimulam a nossa forma de ver o mundo. O fotógrafo explica que, nesta mostra, ele apresenta basicamen-
te natureza, imagens figurativas, revelando o mundo sob uma ótica mais abstrata, e levando a reflexão sobre a beleza da vida. “Muitas vezes, na correria do dia a dia, não paramos para apreciar a beleza do mundo que nos cerca. Isto é o que procuro registrar nas minhas fotografias”, declalrou Alfredo, acrescentando que a ideia de fazer esta exposição veio de um convite da artista plástica Beatriz Mignone, sugerindo que eu compartilhasse com o público as fotografias que venho fazendo, aproveitando o espaço da galeria.