Confeccionista 42

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confeccionista

ANO VII - Nº 42 - NOV/DEZ/JAN 2017

GOTEX

SHOW O CONFECCIONISTA - ANO VII - Nº 42 - NOV/DEZ/JAN-2017

Feira promove networking profissional

WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR

MODELAGEM Roupas para pessoas com deficiência

PLANEJAMENTO EMPRESARIAL Ponto chave para os negócios

SPFWN42 Evento apresenta modelo “Veja agora, compre agora”

Desfile Água de coco

impressão

editora


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CARTA AO LEITOR

Vamos voltar a sorrir! Acompanho as coisas desse nosso Brasil há muito tempo e por isso, consegui prever alguns desastres. Acontece que nem os mais pessimistas dos pessimistas poderiam imaginar uma crise como a que vivemos nesses últimos três anos e que culminou em um 2016 trágico e que democraticamente atingiu todos os setores da sociedade, resultando em um número absurdo de desempregados, empresas e pessoas físicas muito endividadas, um desânimo muito grande dos empresários e um péssimo ambiente de negócios. Desde que o novo governo assumiu, tenho notado que a direção da economia mudou da água para o vinho, o que vem resultando numa rápida mudança na expectativa quanto ao futuro do Brasil. A inflação já está dentro da meta de 6,5% ao ano, a taxa de juros está em rápida queda, o dólar caindo a patamares interessantes tanto para o mercado interno como o externo. Já visualizo muitas empresas recontratando funcionários e pessoas com a impressão de que as coisas vão melhorar. Esse é o primeiro passo para recuperarmos o Brasil, reverter o desânimo das pessoas e fazer com que elas acreditem que o fundo do poço já chegou e que agora vamos achar uma maneira para sair dele. Acredito que para acelerar o crescimento o governo federal precisa resolver a questão do endividamento das empresas e das pessoas físicas para que o dinheiro volte a circular e se pense em investir, nem que seja a médio prazo. Essa, na minha opinião, é a questão central a ser resolvida nos próximos seis meses. Tenho fé que as coisas vão entrar nos eixos em um curto espaço de tempo e vamos voltar a ter planos e projetos e não apenas sobreviver. Espero que você leitor pense positivo em 2017, pois acredito que vai ser um ano em que vamos voltar a sorrir. Tenha uma boa leitura e faça grandes negócios! Um abraço.

Júlio César Mello

Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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Rua Pitangui,620 - Santa Clara / Divinรณpolis-MG www.gwentretelas.com.br | Tel: (37)3221-1319 e-mail: gwentretelas@gwentretelas.com.br facebook.com/gwentretelaseforros

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EDITORIAL

Rumo ao ano novo! Acho melhor pensar no futuro que está chegando do que lamentar as perdas do passado. Porém, a reflexão do que já aconteceu levanta aspectos interessantes para direcionar nossos próximos passos. 2016 foi um ano difícil! Todo mundo sabe disso. Empresas fecharam, milhares foram demitidos, investimentos congelaram e a política brasileira pegou fogo. Como tudo que acontece na vida, o que vale no fim de tudo é o aprendizado dos momentos que vivemos e o crescimento de cada um. Aprendizado significa observar o passado para poder planejar melhor o futuro. O planejamento é um item essencial para as empresas e um diferencial estratégico enorme. Na página 58, a líder de marketing Daniela Schermann traça pontos importantes a refletir antes de pensar em que rumo tomar no ano que se inicia. Para ver algumas dicas a mais na hora de elaborar seu planejamento estratégico, leia na página 20 a matéria sobre o tema com entrevista da Ana Vechi, diretora de inteligência estratégica.

Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399

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confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora - Evelise Jagmin (Mtb: 66.701) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Daniela Schermann e Sonia Duarte

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Desejo a todos um excelente e promissor 2017! Editora editora@oconfeccionista.com.br

Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.

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SUMÁRIO

confeccionista

Ano VII - Número 42 - nov/dez/jan 2017

MERCADO

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Brasil é o quinto maior produtor têxtil do mundo

GESTÃO

18 Planejamento empresarial - ponto chave para a sustentação dos negócios EMPRESAS EM DESTAQUE

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Sociotec participa da missão empresarial São Paulo-Argentina

MUNDO TÊXTIL

28 SFPW traz mudanças para o modelo "Veja agora, compra agora" 32 Desfiles São Paulo Fashion Week 46 GOTEX SHOW 2016 promove negócios e networking profissional

50 Couromoda anuncia campanha colaborativa fashion factory

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FIT outono-inverno apresenta tendências infantis

NEGÓCIOS

60 Moda funk - Nicho certeiro para empreendedores do vesturário

64 Brasil poderá produzir fio cashmere

SEÇÕES EM DIA

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Notícias do mercado

DICA DO ESPECIALISTA

26 Modelagem com Sonia Duarte: Roupas para pessoas com deficiência 58 Planejamento:

Você sabe que rumo tomar?

66 Mais de 70% dos empresários acreditam em crescimento para 2017

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CAPA - FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE


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EM DIA

Cursos

SENAI CETIQT abre inscrições para cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. Confira as datas, as modalidades e os cursos Graduação até o dia 20/01/17

Pós-Graduação até o dia 11/02/17

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• Design de Assessórios • Processos e Tecnologia Têxtil • Design Têxtil • Design e Estampas • Engenharia de Produção, Projetos de Riscos e Tecnologias de Gestão • Inovação Tecnológicas: setores Químico e Têxtil • Modelagem do Vestuário: Atelier • Modelagem de Produtos de Moda • Materiais e Produtos Têxteis Avançados • EAD de Design de Produtos de Moda

Cursos Técnicos Presenciais até o dia 20/01/17 • Vestuário • Modelagem do Vestuário • Química • Produção de Moda Cursos Técnicos EAD - até o dia 20/01/17 • Vestuário • Têxtil

FAAP - Cursos de MBA e pós-graduação para 1º semestre de 2017 MBA • Gestão Estratégica de Negócios

Pós-Graduação Artes • Desenvolvimento de Superfícies têxteis e novos materiais • Design business: produção e sentido • Gestão Estratégica em Negócios e Varejo de Moda 10

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EM DIA

2º Denim Meeting acontece simultaneamente à Tecnotêxtil Brasil 2017 O Guia Jeanswear by Style WF realiza a segunda edição do “Denim Meeting”, evento voltado para a indústria brasileira do jeans, que será realizado no dia 25 de abril de 2017 (terçafeira), no Auditório Elis Regina. O evento acontece paralelamente à “Tecnotêxtil Brasil – Feira de Tecnologias para Indústria Têxtil”, realizada de 25 a 28 de abril de 2017, no Anhembi Parque, na capital paulista. Iolanda Wutzl, uma das CEO do Guia Jeanswear by Style WF declara: "O ‘2º Denim Meeting’ tem como objetivo principal unir a cadeia têxtil do denim para compartilhar as necessidades desse mercado e buscar, através nos cases e Fóruns apresentados no evento, soluções para a formação de novos cenários para o fortalecimento do grau da eficiência do segmento jeanswear no Brasil", Marlene Fernandes, também CEO do Guia Jeanswear by Style WF, destaca: “É muito importante para a consolidação do ‘Denim Meeting’, já em sua segunda edição, ser realizado simultaneamente à ‘Tecnotêxtil 12

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Brasil 2017’, o evento mais completo para a cadeia têxtil realizado no Brasil atualmente”. O “Denim Meeting" conta com o apoio da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção e do SEBRAE. Já confirmaram presença as seguintes marcas palestrantes: Canatiba, Capricórnio, Cedro, Grupo Alunei, Hirtes, Santista, Esnobou e Vicunha. Simultaneamente à “Tecnotêxtil Brasil” e ao “Denim Meeting”, acontecem também a “Bonecos 2017” – direcionada aos segmentos de bonés, camisetas, uniformes, chapéus e brindes promocionais -, a “Febratêxtil – Feira Têxtil Brasileira” e a “FINTT- Feira Internacional de Nãotecidos e Tecidos Técnicos”. Reunidas, as Feiras – organizadas pelo FCEM|Febratex Group em parceria com a ANIBB – Associação Nacional das Indústrias de Bonés, Brindes e Similares; o grupo MJC|Textília; e a ABINT – Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos representam um dos mais completo evento realizado no país direcionado à cadeia produtiva têxtil.


Tecnologia em Produção de Vestuário Design de Moda Engenharia de Produção Engenharia Química

Formas de Ingresso: Vestibular agendado Portador de diploma Transferência externa ENEM O CONFECCIONISTA NOV/DEZ/JAN 2017

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MERCADO

Brasil é o quinto maior produtor têxtil do mundo

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Apesar do cenário econômico pouco favorável dos últimos anos, a indústria têxtil nacional ainda se destaca, principalmente, nos setores moda praia, jeanswear e homewear

IMAGEM: FREEPIK

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Com quase 200 anos de tradição no país, a indústria têxtil brasileira aponta mundialmente como o quinto maior produtor e referência em design de moda praia, jeanswear e homewear, tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie, conforme dados de 2016 da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Apesar do ano de 2016 não ter alcançado números muito positivos e a cadeia têxtil e de confecção teve no ano de 2015 US$36,2 bilhões de faturamento contra US$53,6 bilhões em 2014. Já as exportações e importações foram respectivamente de US$1,08 bilhão versus US$ 1,18bilhão de 2014 e US$5,85 bilhões em 2015 comparado aos US$ 7,08 bilhões do ano anterior. Mesmo assim o ano de 2015 fechou com um saldo da balança comercial (sem contabilizar fibra de algodão) melhor que 2014: US$4,8 bilhões negativos, contra US$5,9 bilhões negativos em 2014, informações também coletadas através da ABIT. Porém a tradição brasileira nesse mercado está longe de acabar, pelo contrário vem se renovando constantemente. Atualmente a moda brasileira encontra-se entre as cinco maiores Semanas de Moda do mundo e o país contabiliza mais de 100 escolas e faculdades de moda, ainda, conforme informações da ABIT. Diante desse cenário, muitas empresas continuam investindo. Como é o caso da Roland DG, que continua trazendo equi-

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MERCADO

pamentos mais modernos para o mercado têxtil. Só em 2016 foram duas impressoras específicas para o setor, a RT-640 e a XT-640 da linha Texart, além das tintas fluorescentes, desenvolvidas exclusivamente para os equipamentos da série. A tecnologia e inovação são pontos importantes nos investimentos. A linha Texart, da Roland DG, sobressai pela eficiente associação de tempo versus qualidade, sendo destaque na RT-640 o acabamento primoroso, o refinamento nos detalhes, o desempenho altamente estável e a velocidade de impressão de até 48m2/h em quatro cores. Além da intensificação nas cores: mais fortes e vibrantes; pretos mais profundos; gradações sutis; e um leque de cores mais amplo com a adição das novas tintas laranja e violeta. Já a XT-640 com alta produtividade, atinge a velocidade de até 102m2/h de impressão em quatro cores e qualidade máxima de até 1.440dpi que garantem maior confiabilidade no resultado. O equipamento conta ainda com uma robusta construção e duas cabeças de impressão em formação intercalada cabeçotes duplos

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perfeitos para captar cada gradação e detalhe; um sistema de tinta que permite uma impressão sem monitoramento; rastreamento preciso do material para uma produção em alto volume; e a tecnologia avançada do controle de impressão que produz uma imagem nítida e de cores vibrantes. Além da linha Texart, a empresa também conta com um vasto portfólio de equipamentos sublimáticos, como a RF-640S de alta produtividade, excelente qualidade de impressão e fácil manuseio. O equipamento oferece rapidez e impressões de alta qualidade, mantendo ao mesmo tempo um baixo custo de operação, que se traduz em mais lucratividade na produção. Além de produtos inovadores, é importante oferecer qualidade nos serviços. A Roland DG busca oferecer um modelo de trabalho que vai além da venda de equipamentos, como afirma Anderson Clayton, Chief Business Development Officer da Roland DG Brasil: “A empresa está pronta para prestar todo o suporte que a indústria necessita através de seu programa de Roland DG Care - uma ampla assistência que atende a todos os detalhes do funcionamento do equipamento, passando pela instalação, treinamentos e manutenção, por toda vida útil do produto”, o executivo ainda continua, “somos uma empresa completa, vamos do maquinário ao suporte passando pela assistência técnica em todo território nacional. Pretendemos, neste momento, mostrar ao mercado que somos mais que fornecedores, mas sim parceiros”, finaliza Clayton.

FOTOS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO

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Planejamento Empresarial

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Ponto chave para a sustentação do negócio em 2017

O momento atual é propício para parar, refletir, traçar planos e metas para o novo ano, especialmente depois de um longo período de recessão econômica, como essa que o país vem tentando sair. Isso vale para a vida pessoal e, mais ainda, para o mundo corporativo. Os empreendedores e executivos devem ficar atentos a esta importante tarefa, que vai ajudar a dar um norte em suas ações e começar 2017 em um ritmo de crescimento e não de ressaca. Inovação, estratégia, criatividades e gestão são alguns dos pilares para um plano tático de sucesso. O planejamento estratégico é muito importante para embasar metas e objetivos e deve ser constantemente acompanhando para checar se todos os pontos inseridos estão sendo executados e se carecem de

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FOTO: FREEPIK

GESTÃO

ajustes. Rever o plano em período curto com o objetivo de traçar novas rotas, se necessárias, ajudam a tornar o planejamento mais eficiente. “Desenhar o planejamento não é tarefa fácil”, explica Ana Vecchi, diretora da Vecchi Ancona – Inteligência Estratégica. É preciso repensar o que passou e pensar em tudo o que será inserido visando o futuro de curto, médio e longo prazo. A especialista ressalta ainda que o planejamento deve estar construído a quatro mãos, ou mais, envolvendo a equipe gestora que virá a executar tudo que foi discutido e planejado em consenso, além de saber quantificar os indicadores de desempenho e analisá-los. Fundamental que a equipe entenda metas e meios, afinal, o trabalho será em conjunto. ➤


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GESTÃO ALGUMAS DICAS NA HORA DE ELABORAR UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: • Pare e observe sua empresa e o mercado em que ela está inserida. Avalie o que estava planejado versus o que foi realizado. • Não busque justificativas para o que não foi realizado, mas sim o real motivo para assim corrigi-lo no próximo ano. Caso contrário, você e sua equipe passarão a vida justificando o que não fizeram. • Avalie os pontos que deverão constar no planejamento levando em consideração um balanço do ano atual. O que deu certo, o que precisa ser melhorado, o que deixou de ser feito e suas consequências. • Na hora de elaborar o planejamento reúna os profissionais estratégicos e fundamentais para o seu negócio. • Observe as variáveis que podem afetar o seu negócio, mas reconheça os pontos a serem melhorados e tenha em mente que os pontos positivos podem não durar para sempre se não forem bem trabalhados, afinal, o mercado está acirrado e competitivo. • Dentro do planejamento, defina claramente as metas, os objetivos, os responsáveis, os indicadores e os prazos para realizar cada ação.

processos, no produto comercializado e serviço prestado, para obter a melhor percepção dos clientes. É imprescindível reconhecer os pontos fortes e fracos para crescer. • Cada liderança deve repassar a cada um que compõe a sua equipe para que todos tomem conhecimento do que se espera deles e assim, juntos, cheguem aos resultados que a empresa busca com o planejamento. • Tenha sempre um plano B, caso precise mudar a rota em função de algum imprevisto, mudança de legislação, entre tantas outras possibilidades, portanto todo cuidado é importante. Pesquise e acompanhe dados da economia, do mercado e do seu setor para avaliar como está o desempenho, assim poderá criar alguma ação mais pontual no planejamento. • Avaliar o mercado concorrente também é uma estratégia que deve fazer parte do planejamento de maneira que sua empresa saia na frente inovando de alguma forma. • Não deixe seu planejamento na gaveta. Acompanhe de perto as metas estabelecidas. O plano deve estar ao seu alcance, visível para que seja consultado e monitorado continuamente, afinal você precisa estar pronto sempre.

Ana Vecchi ressalta que um Mapa Tático é outra opção que pode ajudar no futuro do negócio, dependendo do porte da operação. Tecnologias disruptivas ou concorrentes inesperados podem vir e deslocar o seu negócio durante a noite. Como você deve se posicionar neste ambiente tão competitivo e ágil e, ao mesmo tempo, tão facilmente copiável? Diferente de um complexo plano de negócios que, provavelmente, estará obsoleto em dois anos, um mapa tático de negócios ajudará a fechar a lacuna entre “onde você está e aonde quer chegar”. Este mapa não deixa de ser estratégico, mas é mais focado, assertivo e pontual a curto e médio prazo.

Para criar um mapa tático de negócios eficaz, há que se perguntar primeiro "O que é o meu negócio hoje?. Parece bobagem, mas muitos empresários não sabem responder“, completa Ana. Ter um mapa desses significa permitir que você veja as oportunidades e ameaças que não podem ser ignoradas. Significa poder focar em ajustes rápidos, palpáveis e focar em criar valor na percepção dos clientes. Uma vez entendido como oferecer sempre mais valor do que qualquer marca concorrente, lhe possibilitará desfrutar de uma posição que você pode se pegar refletindo “porque não pensei nisso antes”?

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• Busque aprimoramento em todos os

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EMPRESAS EM DESTAQUE

SOCIOTEC

participa da missão empresarial São Paulo-Argentina

Indústria de automação de máquina de costura industrial está credenciada pela Apex-Brasil e pela Investe SP a vender em território argentino

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A SocioTec entrou para a lista de empresas brasileiras aptas a exportar para a Argentina. A convite da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), os diretores da indústria líder no setor de automação de máquinas de costura industrial participaram da missão empresarial São Paulo-Argentina, entre os dias 2 e 4 de novembro,

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em Buenos Aires. “A inclusão da SocioTec nesta missão foi feita com base na avaliação do nosso potencial de negócios no mercado argentino, feita pela empresa de matchmaking contratada na Argentina. De acordo com Isabella Cervantes, responsável pelo setor de Promoção de Exportações da Investe SP, a empresa de matchmaking constatou que a SocioTec tem


FOTO:S: DIVULGAÇÃO

alto potencial de negócios no país vizinho. Essa notícia foi de grande satisfação para toda a diretoria da SocioTec”, afirma Joyce Uliana Rosa, gerente administrativa da empresa. O evento foi organizado pela Investe SP, com apoio da Apex Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção e do APLA - Arranjo Produtivo Local do Álcool. A missão levou cerca de 160 empresários brasileiros para fazer contatos com empresários argentinos em rodadas de negócios e visitas a potenciais compradores. A expectativa é gerar R$ 5 milhões em negócios imediatos e R$ 110 milhões ao longo dos próximos 12 meses, segundo a Investe SP. “Durante o evento, o presidente da Investe SP, Juan Quirós, destacou que o Estado de São Paulo é o principal produtor e empregador do setor têxtil no Brasil. E a Argentina é o maior parceiro comercial do Brasil. Portanto, todos estavam muito otimistas quanto à recuperação e ampliação dos negócios desse mercado no Estado”, afirma Joyce. O presidente da ABIT, Rafael Cervone, afirmou que a Argentina é o principal destino do setor têxtil e de confecção, representando 23% do total exportado pelo

Brasil no ano passado. Por isso, é essencial o desenvolvimento de esforços conjuntos para ampliar o comércio bilateral entre os dois países, recuperando a participação brasileira neste importante mercado, que nos últimos anos foi substituída em parte por produtos asiáticos. “Os empresários das confecções de moda jeans e uniformes profissionais ficaram encantados com a automação desenvolvida pela SocioTec para costurar bolsos traseiros, cós, passantes, etiquetas e filigramas, e também para dobra de bolsos e lapelas”, explica Marcelo Peres Rocha, diretor técnico da empresa. Há 19 anos a SocioTec, que é uma indústria de tecnologia, automatiza máquinas de costura industriais computadorizadas para aumentar a produção e proporcionar padrão de qualidade nas peças confeccionadas. Os engenheiros da empresa desenvolveram um sistema automático de controle e atuação das máquinas de costura, efetuando medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem. “Na confecção, a automação é sinônimo de autonomia dos processos, otimização do trabalho, mais segurança e maior competitividade mediante ao padrão de qualidade”, destaca o diretor. Outra importante vantagem da automação ao confeccionista é a redução de cus-

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EMPRESAS EM DESTAQUE tos, em especial pela dispensa de mão de obra especializada, já que a empresa utiliza sua tecnologia para desenvolver dispositivos práticos e simples, de forma que qualquer pessoa possa operar a máquina de costura e produzir mil peças por dia, numa jornada de oito horas.

Saída para a crise

Segundo o presidente da Investe SP, Juan Quirós, o grande sucesso desta missão foi o estreitamento das relações entre empresários brasileiros e argentinos de diversos setores. A iniciativa mostra o potencial de negócios que ainda pode ser gerado principalmente entre o Estado de São Paulo e a Argentina. “Durante a rodada de negócios ficou claro que os argentinos pensam que os empresários brasileiros passaram a olhar para a Argentina com mais atenção desde que Maurício Macri assumiu a Presidência do país, em dezembro passado. Mas, acredito que a crise econômica brasileira forçou os empresários, em especial do Estado de São Paulo, a enxergar novos horizontes e entrar para o Mercosul”, afirma Joyce.

Mercosul

Embora a SocioTec exporte para países do Mercosul há três anos, a participação da empresa nessa rodada de negócios é vista como um marco divisor na história da empresa. “O mais importante não é fechar negócio, no primeiro momento, mas entrar na lista de empresas brasileiras aptas a exportar para a Argentina. Hoje, podemos dizer que a SocioTec está credenciada pela Apex-Brasil e Investe SP a vender em todo território argentino. Esse credenciamento é visto com bons olhos em todos os países do Mercosul, inclusive dentro do Brasil”, explica Marcelo Peres Rocha. A afirmação é uma referência à inclusão da empresa no Projeto de Promoção de Exportações SP Export, regido pelo convênio No. 48-09/2015, mediante parceria entre a Apex-Brasil e a Investe SP. Além disso, a Missão São Paulo-Argen-

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Marcelo Peres Rocha, diretor técnico, e Joyce Uliana Rosa, gerente administrativo durante missão São Paulo-Argentina, em Buenos Aires

tina orientou os empresários brasileiros sobre como fazer negócios com empresas argentinas, questões legais e tributárias, suporte relativo ao mercado argentino e dicas para as visitas técnicas.

A empresa

A SocioTec surgiu em 1997, na cidade de Mauá, em São Paulo, mas desde 2003 está instalada em São José do Rio Preto, no noroeste do Estado. Com três sócios, 35 funcionários e sede própria, a SocioTec foi aprovada pela Prefeitura de São José do Rio Preto para se instalar no Parque Tecnológico Orlando Bolçone. Para garantir a satisfação dos confeccionistas, os engenheiros da SocioTec recebem treinamento de engenheiros da Mitsubishi Electric Divisão de Máquinas de Costura Industrial, localizada na França. E a fabricação das peças para automação é feita em máquina CNC, um moderno maquinário que garante precisão. Além disso, a SocioTec está certificada pelo ISO 9001, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e participou do projeto Agentes Locais de Inovação, do Sebrae. A empresa ainda conta com incentivo do governo para disponibilizar seus produtos a todas as confecções do País, que podem optar por financiamentos do BNDES e Finame, ou créditos como Proger e Leasing para equipar sua linha de produção e, consequentemente, expandir suas marcas. Após adquirir uma máquina de costura automatizada pela SocioTec, o confeccionista recebe suporte pós-venda e treinamentos técnicos e operadores sem custo adicional, e pode contar com o setor de reposição de peças.


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modelagem

com Sonia Duarte

Roupas para pessoas com deficiência

Profª. de Pós Graduação em modelagem. Atua preparando e posicionando no mercado professores e interessados na área de modelagem, corte e costura.

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ERGONOMIA DA SILHUETA DE ATLETAS PARALÍMPICOS Um atleta paralímpico deve usar um tipo de modelagem correta com a sua silhueta e essa modelagem deve obedecer as regras ergonômicas de conforto em relação ao corpo e aos movimentos impostos pelo tipo de esporte. O espaço entre a roupa e o corpo, a gramatura e a composição do tecido de malha, o clima da época, o toque do tecido com o local anômalo, o peso da roupa e do calçado e o conjunto da obra. Antes de começar a modelagem faça um estudo completo do tecido, acabamentos e aviamentos mais adequados ao modelo e à deficiência. Os estudos devem ser bem elaborados já que a ergonomia permeia as diferentes partes do corpo e os movimentos feitos na prática do esporte

Modelagem para uma pessoa com deficiência

* A palavra paraolímpico foi alterada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, seguindo a recomendação do Comitê Paralímpico Internacional, com o objetivo de padronizar a nomenclatura paralímpico, utilizada em vários idiomas.

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Já foi o tempo em que as peças de roupas tinham o foco direcionado apenas à indústria e as tabelas de medidas tinham que seguir à risca as normas técnicas. Assim como a indústria de móveis e decoração investe no conforto e na inovação de novos formatos de mobiliário, os outros segmentos também correm atrás dessa inovação para conseguir agradar os clientes e vestir os diversos perfis, como gordos, altos, baixos e corpos com busto ou quadril enormes. Se a indústria têxtil sente dificuldade em acrescentar esse perfil nos seus complexos industriais, imagine o segmento de ”corpos especiais” (nomenclatura de modelagem), com várias anomalias (mutação morfológica na qual há prejuízo de alguma função ou movimento) nas ”pessoas com deficiência” - nomenclatura correta relativa à essas pessoas. O que mais me chamou atenção durante as olimpíadas de 2016 foi a falta de tecnologia do vestuário das grifes Adidas, Nike e Puma em relação aos paralímpicos*. Entendi que por falta de credibilidade e investimento, a opção foi criar peças bem largas e baixar as cavas das camisetas com o intuito de que não perdessem os movimentos dos membros superiores. Achei cruel os paralímpicos não usarem roupas ergonomicamente corretas para cada tipo de anomalia e modalidade esportiva.


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MUNDO TÊXTIL/SPFW

SPFW

TRANS N42

Com o prefixo trans, o evento buscou traduzir a ideia de ir além de provocar e questionar

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FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE

Edição traz mudança do calendário brasileiro para o modelo “Veja agora, compre agora” (see now, buy now)


42ª edição do evento aconteceu na arena de eventos do Parque do Ibirapuera

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A 42ª edição do São Paulo Fashion Week, o SPFWTRANSN42 aconteceu entre os dias 23 a 28 de outubro, na arena de eventos do Parque do Ibirapuera e também ocupou outros locais da cidade com desfiles, exposições, palestras e encontros. Com o prefixo trans, o evento buscou traduzir a ideia de ir além de provocar e questionar, e foi essa a marca da edição. Transformação, transgressão, transição. O São Paulo Fashion Week chamou a atenção para o cenário de mudanças nesse início de século. São novos desafios, novas maneiras de fazer as coisas, outras oportunidades. Uma grande instalação com quase 200 m de neons surpreende logo na entrada do espaço montado para sediar o evento, no Parque Ibirapuera. A cenografia, assinada pelo artista Kleber Matheus, propõe uma geometria da transição, em que formas e cores se transformam e sugerem movimento num diálogo entre luz e natureza. Entre a transição e a transformação, o SPFW é a primeira semana de moda no mundo a adotar o conceito see now buy now, que começa a revolucionar o varejo mundial e já vem sendo incorporado de forma ainda isolada por algumas grandes marcas internacionais. “A velocidade da informação gera novas demandas,” diz Paulo Borges. ”Com isso o

mercado se movimenta para sincronizar seus lançamentos com o desejo do consumidor final.” Há mais de uma década, o SPFW passou a transmitir os desfiles do calendário pela Internet e a fomentar e abrir espaço para que influenciadores digitais pudessem interagir e compartilhar suas impressões com o público. Uma nova geração de consumidores nasceu e cresceu com o imediatismo das redes. Hoje desfiles (desde sempre pensados para os profissionais da indústria) são acompanhados ao vivo, minuto a minuto, por milhares de pessoas no mundo todo. Só na última edição do SPFW, a transmissão ao vivo dos desfiles alcançou 5 milhões de pessoas, somente no canal oficial do evento no Facebook. A plataforma do twitter contabilizou a produção de 350 mil publicações e compartilhamentos com #SPFW durante a semana de moda, e estima-se que o total de menções públicas sobre o evento alcançaram mais de 900 milhões de impressões, considerando todas as redes sociais. Quem assiste a tudo isso pelas telas de um smartphone, não quer esperar meses pra comprar o que viu na passarela, num mundo em que tudo – de viagens à comida, ao ingresso do cinema, está a um clique de distância. O desejo pelo consumo de moda neste ambiente digital fica provado

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O evento também ocupou o Shopping Iguatemi São Paulo com exposições temáticas

em dados sobre a performance do segmento no e-commerce brasileiro. Segundo os dados da E-bit, a categoria de Moda & Acessórios lidera as vendas no e- commerce brasileiro desde 2013. Segundo o Google Varejo, o segmento movimentou 150 bilhões de reais em 2015 no Brasil. Desde o ano passado, o São Paulo Fashion Week deixou de assinar suas edições com as estações do ano e a edição 42 prepara agora a transição do calendário para lançamentos mais próximos das datas de chegada das coleções ao varejo, um caminho para que os desfiles se conectem ao modelo “Veja agora, compre agora”. No calendário de desfiles do SPFWTRANSN42 várias marcas já estiveram testando o modelo. A edição inclui a estreia da LAB, dos irmãos e artistas Emicida e Evandro Fiotti, com direção criativa do estilista João Pimenta. Projetos inéditos como Just Kids, nova marca das estilistas Juliana Jabour e Karen Fuchs, e do Experimento Nohda - projeto colaborativo que reúne as marcas Pat Bo, Apartamento 03 e Lucas Magalhaes - apre30

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sentam seus lançamentos ao longo da semana, que também contará com a participação especial da Memo, de Patricia Birman, lançando coleção em parceria com a marca Lolitta. Levando a produção criativa da moda para além das salas de desfile, o São Paulo Fashion Week ocupará o Shopping Iguatemi São Paulo com as exposições “Miro/ Lino – A construção da imagem”, que fala do processo criativo resultado da colaboração entre o estilista Lino Villaventura e o renomado fotógrafo Miro. E “Essência”, ensaio com fotografias de Rodrigo Bueno, uma exposição que retrata pessoas em suas mais variadas belezas, buscando a pureza e a perfeição de cada um em seu estado natural. É também no Iguatemi São Paulo que aconteceu a programação “Fio da Meada”, que comemora os 50 anos do Shopping e integrou a agenda oficial do SPFWTRANSN42. Com uma programação multidisciplinar, o projeto conta com a presença de grandes nomes nacionais e internacionais do cenário de moda, varejo e consumo. Este foi um ano recorde de patrocinadores no evento. Novas marcas como C&A, Instax, ELO, Garnier e Glade se unem a Natura, Iguatemi São Paulo, Schweppes, Euro, Coca Cola, Miller, Magnum, TNT, Mercedes-Benz e Mmartan, ao lado de apoiadores e parceiros. Como espaço de criação sempre aberto a novas possibilidades, o evento se fortalece cada vez mais para que diversas marcas participem deste ambiente oferecendo experiências e conteúdos únicos a um público influente e multiplicador.

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ÁGUA DE COCO Maldivas | RESORT 2017 O paraíso República das Maldivas, no oceano Índico, é o cenário inspirador para a primeira coleção Resort da ÁGUA DE COCO por Liana Thomaz, que viaja para o conjunto de ilhas e traz a riqueza tropical do local aliada ao seu beachwear sofisticado. Pensando em verão o ano todo, a marca inclui mais uma coleção em seu calendário, que nesta temporada traz muito colorido, folhagens e florais marcantes, além dos shapes com mood esportivo, fazendo do seu desfile um show em um bangalô nas praias de água azul turquesa das ilhas. Nessa viagem, a ÁGUA DE COCO leva suas mulheres para experimentar as férias em uma das mais de mil ilhas do arquipélago vestindo peças ultra confortáveis, que passam pelo visual esportivo e pela tendência genderless, tornando a mala de viagem cool e descomplicada. O Resort 2017 também marca o retorno do homem à passarela, que nas ilhas paradisíacas aparece vestindo 32

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quimono, sunga e jaqueta bomber. As cores e sensações percebidas pela ÁGUA DE COCO por Liana Thomaz nessa viagem pelas Maldivas são apresentadas nas famílias de estampas: Praia Vintage, Abacaxi, Coqueiral Sunset, Floral Tropical. Dentre as peças destaque da coleção estão calças pantacourt como releituras das bermudas de surfe, kaftans quimono, calças fluídas com cós e laterais de elástico e as jaquetas bombers. Os acessórios trazem folhas de metais douradas que se compõem às flores e pranchas de cerâmica. Nos pés, os chinelos flatform assinados pela marca Vicenza complementam o look descomplicado sem perder a sofisticação. A beleza das férias é leve e natural. Por isso, o maquiador Daniel Hernandez elaborou um visual "sun-kissed", levemente queimado de sol, para o time de tops que riscarão a passarela em deck, rementendo aos caminhos sobre as águas nas Ilhas Maldivas.


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IÓDICE/INVERNO 2017 Índia Punk

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Vibrações distintas e mundos distantes se encontram na nova coleção de inverno Iódice. Tempero de Índia com perfume de punk, explosão de cores e formas, tradição e transgressão. É tudo junto e costurado, urbano e global. Bordados, shapes, estampas e brilhos à Bollywood ganham subversões industriais com acabamentos em metal e espelhos, matéria-prima do movimento liderado por Ramones e Sex Pistols. Para suavizar, ou eletrizar de vez, tons terrosos e quentes surgem em homenagem ao Festival Hol. No ar, marsala, kamel, terra, caramelo, avelã, preto e amarelo curry. O atrevimento chique da mulher Iódice continua evidente, mas agora de maneira sóbria e misteriosa, com sobreposições e modelagens mais amplas como as túnicas midi em seda e veludo. Para aquecer, um rico trabalho em lã e crochet. Destaque para as sandálias em veludo com sola de madeira que levam aplicações de tachas e spikes.

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À LA GARÇONNE "O vintage é o futuro!"

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Para sua segunda coleção, a marca de Fábio Souza apresentou em seu desfile roupas masculinas e femininas sem estação definida. A À LA GARÇONNE valoriza o reuso de materiais e utiliza, na confecção de suas roupas, tecidos feitos com material reciclado, tecidos antigos esquecidos nas prateleiras das tecelagens e até tecidos retirados de roupas vintage. Mas, sem radicalismos, também dá espaço a novos tecidos. O design das peças é contemporâneo e ao mesmo tempo carrega um forte perfume vintage, DNA da marca. "O vintage é o futuro!", frase do empresário Fábio Souza, proprietário da marca que nasceu em 2009. Com forte apelo na sustentabilidade e no reuso de materiais, iniciou suas atividades vendendo roupas vintage garimpadas mundo afora e pequenos objetos de decoração.

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OSKLEN Alto verão

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Não foi só o Rio de Janeiro que serviu de inspiração para a coleção de Alto Verão de Oskar Metsavaht, mas também os balneários com os quais ele tem uma relação biográfica e que influenciam os códigos de lifestyle do seu universo. Hot spots do hedonismo, cenários idílicos, templos da devoção ao sol e à natureza.E nesse clima nonchalance, a coleção é criada para uma onírica festa ao pôr do sol. As cores apresentadas foram: Off white, preto, palha, amarelo queimado, verde folha e telha. Entre as estampas, Daisy, palm leaf e listrado rústico em materiais de linho, seda, neoprene e tule tomaram conta da passarela. A OSKLEN trouxe um ambiente cool e sofisticado, com formas amplas e fluídas, cores quentes e estampas de palmeiras, margaridas e listras, sempre respeitando o DNA da marca.

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RONALDO FRAGA

O cenário deste desfile foi o Theatro São Pedro, lugar re-existente, construído em 1917 que, dentre tantos marcos da dramaturgia brasileira, foi palco da estreia de Macunaíma, de Mario de Andrade, com adaptação de Antunes Filho, em 1973. Ronaldo Fraga apresentou desfile com 28 modelos transgêneros. O estilista usou seu desfile para discutir o respeito aos transexuais com olhar poético, com um casting que usava basicamente o mesmo modelo de vestido. Todos formados pela mesma base, com corte reto e ampla variação nos detalhes, estampas e acessórios. “Essa é uma coleção exclusivamente composta pelo mesmo vestido. De épocas glamorosas, das décadas de 20, 30 e 40. Poderiam ser roupas de bonecas de papel, como aquelas que encantavam crianças de antigamente. Mas a história deste desfile não está na roupa. Está em quem as veste. Neste universo complexo de gênero, identificação, corpo e desejo, a roupa é uma época. Para todos, aliás, e sempre, a roupa deveria ser um vetor de apropriação do ser. Ela é capaz de libertar, como mostra a memória do simples uso da primeira saia, do primeiro salto, do primeiro batom e de outros códigos que se alinhavam direta e inexplicavelmente com o ser. Esse ser que muita gente chama de alma.” Ronaldo Fraga 40

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‘El dia que me quieras’


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COCA-COLA JEANS Para seu Outono-Inverno 2017, a Coca-Cola Jeans trouxe na mala muita história e inspirações após uma viagem ao oriente. As paisagens, lugares, elementos, arquitetura e tecnologia ajudaram a construir a essência do desfile, com forte influência oriental: detalhes de recortes geométricos, shapes envelopados inspirados em origamis, acabamentos com abotoamentos internos e modelagens amplas, em linguagem contemporânea e atual. O jeans é protagonista dessa viagem e vem apresentado em diversas versões: rígido e bruto, respeitando a essência original nas cores blue e black, além de tons médios numa mistura híbrida com tons mais claros. Há também peças destroyed com desgastes e rasgos e com aplicações inspiradas em grafite. Chegando ao fim desta experiência, a linha icônica traz todo o sabor de Coca-Cola Jeans, com peças em vermelho e prata, inspiradas no final da viagem, com a celebração do ano novo Chinês.

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Outono-Inverno 2017


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C&A E SPFW

APRESENTAM PROJETO ESTUFA

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que estão inovando dentro dos pilares do projeto. Os lançamentos ocuparão o Espaço Estufa no SPFW, onde também acontecerão encontros e seminários com vistas a fomentar a discussão e gerar novas conexões. Além disso, o projeto também prevê a criação de produtos de edição limitada por meio da colaboração entre criadores participantes do projeto e a C&A. E, no ambiente digital, uma série de conteúdos especiais em torno do projeto, permitirá ampliar a discussão, multiplicando o alcance das informações e facilitando a troca e a interação entre participantes e interessados, vencendo qualquer barreira geográfica. Para marcar o lançamento do projeto, uma série de conversas com influenciadores da economia criativa no Brasil aconteceram durante a SPFWTRANSN42.

SOBRE PROJETO ESTUFA

Idealizado pelo Instituto Nacional de Moda e Design - INMOD - o Projeto Estufa nasce para ampliar possibilidades e coordenar movimentos que estão acontecendo em todo o mercado. Uma plataforma para revelar e apresentar novas formas de criar, distribuir e produzir. Provocar diálogos e reflexões, inspirar e influenciar comportamentos. Tecnologia, design, sustentabilidade, novas matérias, gênero, diversidade, consumo, responsabilidade social são alguns dos desafios contemporâneos que serão alvo do projeto com apresentações, desfiles, encontros e discussões, numa agenda paralela ao SPFW. Em parceria com a C&A, a primeira edição acontece em março de 2017.

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Com início em 2017, a iniciativa nasce como uma plataforma para revelar e apresentar novas formas de criar, distribuir e produzir, fomentando uma nova economia O SPFW, em parceria com a C&A, anunciou, durante o SPFWTRANSN42, o lançamento de um projeto que irá Paulo Borges, idealizador e movimentar a economia criadiretor criativo tiva no Brasil. Idealizado pelo do São Paulo Instituto Nacional de Moda Fashion Week e Design (INMOD), o Projeto Estufa nasce para ampliar possibilidades e coordenar movimentos que estão acontecendo em todo o mercado. Uma plataforma para revelar e apresentar novas formas de criar, distribuir e produzir. Provocar diálogos e reflexões, inspirar e influenciar comportamentos. "Vivemos uma era disruptiva de mudanças constantes e desafios globais. O futuro já é agora. Tudo está em aberto, provocando novos olhares e experimentações", comenta Paulo Borges, criador do SPFW. Tecnologia, design, sustentabilidade, novas matérias-primas, gênero, diversidade, consumo, responsabilidade social são alguns dos desafios contemporâneos que serão alvo do projeto com apresentações, desfiles, encontros e discussões, numa agenda paralela ao SPFW. O objetivo é que através dessas conexões e por meio da projeção de iniciativas inspiradoras, se consiga influenciar e acelerar transformações que já estão em curso no mercado, com vistas a uma economia mais consciente, tanto do ponto de vista do consumo, quanto da produção. O Projeto Estufa acontece a partir de 2017, com a apresentação de iniciativas e marcas


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GOTEX SHOW 2016

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Aviamentos, fibras, fios, tecidos, novas tecnologias, estamparia, moda casa e vestuário foram apresentados na 4ª edição da GOTEX SHOW - Feira Internacional de Produtos Têxteis, de 20 a 22 de setembro de 2016, reunindo toda cadeia produtiva do setor, no Expo Center Norte, na cidade de São Paulo.

Resultados

A edição 2016 da GOTEX SHOW superou as expectativas. “Se levarmos em conta que o ano começou conturbado no cenário político e que estamos passando por um período de adversidade econômica, o fato de realizarmos a feira com exposito-

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res de qualidade e público segmentado, já é considerado um grande êxito”, destacou Henrique Reis, Relações Internacionais da feira, que chegou a sua 4ª edição este ano, realizada de 20 a 22 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. O executivo destacou alguns pontos positivos do evento como o aumento dos expositores nacionais. “A imagem do Brasil no exterior não é mais a mesma e isso atrapalha especialmente aquelas empresas que atuam com comércio internacional, tanto com importação como com exportação. Não é diferente para organizadores de feiras internacionais que acabam tendo mais dificuldades para atrair

IMAGENS: FREEPIK

Feira promove negócios e networking profissional com expositores nacionais e internacionais do Peru, Paquistão, China, Coréia e EUA


Feira reuniu cadeia produtora têxtil

expositores e compradores para participar de seus eventos. Embora nesta 4ª edição tivemos um número menor de expositores, em comparação com as anteriores, pudemos ver empresas e produtos de muita qualidade, a maioria matéria-prima para a indústria e alguns considerados novidades para o mercado”. Entre os expositores nacionais a Nanovetores, Bressan, Meias e Meias, ED Biojóias, Toque Brasil, Fiya Lady, Entreposto, Fineprint, Fuchic, Brasil Aduana, Kamers Brasil e outras que não só dividiram espaço, mas se destacaram em meio a expositores de qualidade da China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Paquistão e Peru. Por outro lado, o público visitante aumentou consideravelmente em relação à edição 2015. A expectativa do evento era receber 3 mil visitantes, mas no total foram 3.508 profissionais que estiveram no evento, o que praticamente dobrou o número de 2015. “O mais importante é observarmos que se trata de um público bem profissional advindos de diversos Estados e até mesmo de outros países”, completou Henrique. O feedback dos expositores, que participaram de outras edições, confirmou que a GOTEX deste ano foi a melhor em muitos aspectos, especialmente no que diz respeito a bons contatos e reais oportunidades de negócios, muitos deles já sinalizaram expor novamente na próxima edição. Na feira também aconteceu a final emocionante da 3ª edição do concurso Novos Designers Brasil, a vencedora foi a aluna Fernanda Garcia do Centro Universitário SENAC Santo Amaro. “Digo que foi emocionante, pois esta edição contou com a participação de 92 alunos e abrangeu todo

o Estado de São Paulo, um número recorde e que mostra que o concurso está se tornando um marco para os estudantes, uma grande oportunidade de mostrar seus talentos. É prazeroso ver a dedicação deles e principalmente a alegria estampada no rosto dos vencedores”, destacou Henrique. Uma das principais novidades ficou por conta da Rodada de Negócios organizada com o apoio da Câmara de Comércio do MERCOSUL e Américas. Pela primeira vez a feira contou com este tipo de evento que teve bastante sucesso entre os empresários. Mais uma vez, a feira promoveu o ciclo de palestras gratuito trazendo especialistas de diversas áreas como comércio exterior, negócios internacionais, mercado digital e a importância das pesquisas, reunindo empresários, empreendedores, confeccionistas, lojistas, fabricantes e importadores em busca de conhecimento profissional. “Outro aspecto muito positivo este ano foi observar maior apoio das associações do setor e entidades relevantes do País à GOTEX, além disso, notamos o grande interesse de muitos deles em contribuir de alguma maneira para que o evento cresça a cada ano”, ressaltou Henrique.

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MUNDO TÊXTIL Concurso Novos Designer Brasil: Fernanda Garcia foi a vencedora da edição 2016

Novos Designers Brasil traz 40 looks para a feira

A GOTEX SHOW apresentou uma mostra com as coleções dos 10 finalistas do concurso Novos Designers Brasil edição 2016. Os 40 looks ficaram expostos no evento para que o público e os expositores pudessem ver de perto as criações dos designers.

Palestras: negócios e exportações

A programação de palestras foi destaque no 2º dia da feira. O especialista em negócios internacionais, Mario Pólis, diretor da EMME Consultoria, falou sobre exportação e as oportunidades em um cenário de crise. Mário explicou que hoje existem no Brasil 20 milhões de empresas cadastradas no sistema CNPJ, mas apenas 20 mil são exportadoras. Segundo ele fatores como a dificuldade em acessar um novo mercado, o desconhecimento dos incentivos fiscais e a visão imediatista, ou seja, ser um exportador temporário, atrapalham o processo. “É preciso planejamento e definir claramente questões como diferencial do produto, nível de qualidade e ter um preço competitivo”, avaliou. Mário também destacou alguns mercados potenciais para as empresas brasileiras nos próximos três a cinco anos: Argentina, Chile, Colômbia, México – considerando que pode ser uma porta de entrada para os EUA, Panamá, Países Árabes e África, citando em seguida

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outros países da América do Sul, como Bolívia e Peru, Irã e Paquistão e Europa. João Paulo Paixão, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, abordou os “Aspectos Culturais e Negociação com Países Árabes”. João falou sobre como a língua, o fuso horário e as questões culturais podem criar barreiras. De acordo com ele criar um relacionamento é extremamente importante antes da própria negociação. “É preciso abrir e manter o canal de comunicação. Para eles isso é de extrema importância. Outro ponto de atenção é o dress code, que deve sempre ser o mais formal possível e a forma de cumprimentar, que é muito diferente da nossa”. João também enfatizou as diferenças no tempo das reuniões, que geralmente são prolongadas e que é bastante comum a troca de presentes, já que sinalizam um gesto de amizade e a prática de sempre barganhar o preço nas negociações. O Sebrae-SP trouxe duas consultoras com foco nos pequenos e médios negócios. Ariadne Terrado Mecate apresentou a palestra sobre as oportunidades na internet. “O Brasil está entre os cinco países que mais acessam a internet no mundo. São 200 milhões de habitantes e 60% usa a internet com frequência”, mostrando que é um mercado bastante promissor. Nos últimos anos (2010-2014) o e-commerce cresceu 20% ao ano. “Em 2015 o desenvolvimento foi de 15% e este ano a projeção será de 6%”. Apesar do potencial é preciso


Feira apresentou uma mostra com as coleções dos finalistas do concurso Novos Designers Brasil

planejamento e conhecimento. “A concorrência na internet é mais intensa que no mundo físico devido a falta de barreiras geográficas. É preciso investir em marketing”. Segundo ela é necessário um reinvestimento de 3 a 8% do faturamento. Outro ponto destacado por Ariadne foi a questão de usar as redes sociais para criar relacionamento com os clientes e não só para vender produtos. “Utilize as mídias para produzir conteúdos, dar dicas, poste curiosidades. Hoje, pesquisas mostram que 75% dos clientes não confiam em propagandas, as empresas tem que encontrar formas criativas de quebrar esta barreira”. Já Beatriz Micheletto explicou os benefícios da pesquisa. “O brasileiro tem uma característica muito empreendedora, mas não planeja”, enfatizando que empresa competitiva é aquela que monitora o mercado e consegue se adaptar às mudanças. Outro ponto importante é coletar os dados e analisar de forma imparcial para a tomada de decisão. “A pesquisa deve ser realizada com o público potencial que for usar o serviço ou o produto”. Beatriz também explicou que toda marca deve ter seu DNA, “afinal ninguém vende tudo para todo mundo”.

Rodada de Negócios

A Câmara de Indústria e Comércio do MERCOSUL e Américas organizou rodadas de negócio que resultaram em 150 reuniões entre empresários e os expositores da feira. Estiveram presentes representantes de diversos países como China, Peru, Colômbia e Brasil. Segundo Oracio Kuradomi, Diretor de Negócios Internacionais da entidade, o objetivo foi fomentar novas oportunidades entre os diferentes países.

Expectativas para a próxima edição

O objetivo é dar continuidade ao trabalho dos últimos anos, trazendo bons expositores com produtos de qualidade e inovadores, diversificando o número de países participantes, tanto em expositores quanto visitantes. Também, através do feedback dos visitantes, entender quais são os produtos mais procurados no mercado, identificar as tendências e trazer expositores direcionados para o evento. “Queremos aumentar ainda mais a participação de empresas brasileiras expositoras no evento e para isso vamos continuar oferecendo incentivo e claro executar ações para trazer mais visitantes internacionais com o principal objetivo de criar oportunidades de exportação para as empresas nacionais. Com o sucesso da Rodada de Negócios podemos estudar realizar uma ainda maior com participação de visitantes de outros países. São planos, porém ainda há muitas coisas para conversar com os parceiros e apoiadores no intuito de realizar a cada edição um evento muito mais atraente e eficaz”, afirmou Henrique, já adiantando a data da próxima edição que será de 12 a 14 de setembro de 2017 no Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo, em São Paulo. No médio e longo prazo os planos da GOTEX são consolidar-se como evento referência para o mercado têxtil mundial focando sempre em qualidade e não em quantidade, gerando reais oportunidades para todos os participantes independente do porte da empresa. “Sabemos que teremos que trabalhar muito e que bons resultados a cada edição serão fundamentais para atingir esse objetivo”, finalizou Henrique Reis. O CONFECCIONISTA NOV/DEZ/JAN 2017

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COUROMODA anuncia campanha colaborativa fashion factory

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A Couromoda, grande feira de calçados e artigos de couro da América Latina, acaba de lançar sua campanha 2017 e, pela primeira vez, inova trabalhando de maneira colaborativa com os expositores convidando-os para participarem com seus produtos das peças publicitárias. Uma das ideias do projeto, intitulado Fashion Factory, é que eles também possam utilizar o material produzido em seus planos de mídia, pagando apenas pelos direitos das fotos, integrando a comunicação. Com isso, surge uma nova mídia cola-

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borativa e de incentivo, pois a marca terá a campanha pronta e economizará gastos com produção, locação de cenário, modelos, estilistas, maquiadores e fotógrafos. Ao todo 20 marcas participam do projeto Couromoda Fashion Factory, que tem como um dos objetivos de aproximar a indústria do varejo e do setor calçadista ao ambiente de dentro das fábricas de calçados, onde a moda é produzida. Entre as marcas já fotografadas para a campanha estão Carrano, West Cost, Cravo e Canela, Via Marte, Botero, Bibi, Dumond, Capodarte e Jorge Bischoff.

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A 44 ª edição do evento acontece entre os dias 15 e 18 de janeiro, no Expo Center Norte


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FIT

OUTONO-INVERNO Edição apresenta lançamentos e tendências de moda e produtos para crianças e jovens de 0 a 16 anos

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De 19 a 21 de novembro, a maior feira do setor infantil da América Latina reúne o setor de confecção, moda e produtos para bebês até jovens de 16 anos no Expo Center Norte, em São Paulo. Segundo dados IEMI, as projeções para 2017 são positivas com alta em valores e em itens produzidos. Lojistas de todo o Brasil circularam pelo Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo, para conhecer os lançamentos e tendências da coleção 2017, apresentados por 100 marcas expositoras, entre elas 20 empresas que fizeram sua estreia na maior feira do setor infantil da América Latina Durante três dias, a FIT 0/16 - Feira Internacional do Setor Infantojuvenil, Teen e Bebê atraiu a atenção de 3.212 compradores do setor de moda infantil para conhecer, em primeira mão, os lançamentos e tendências da moda Outono-Inverno 2017 para crianças de 0 a 16 anos. Pelos corredores do Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, lojistas de várias partes do País puderam conferir as novidades em texturas, tecidos e cores que vão ditar a moda da próxima estação, além de enxoval, acessórios, decoração e puericultura apresentadas por 100 marcas

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expositoras, entre elas 20 empresas que fizeram sua estreia na feira. De acordo com o diretor-geral da Koelnmesse no Brasil, Cassiano Facchinetti, esta edição da FIT 0/16, cumpriu com o objetivo de levar aos expositores e compradores do setor um evento mais completo e qualificado. “Ampliamos o número de empresas parceiras, incluindo também as principais associações e mídias do varejo infantil. O investimento em palestras com especialistas do mercado durante os três dias de evento foi uma decisão acertada, e teve uma resposta muito positiva dos participantes. A FIT 0/16 é muito mais do que um local de exposição, é onde o lojista encontra conhecimento para aprimoramento profissional de sua equipe e loja”, afirma o executivo. A organização também comemora o aumento de compradores nas duas edições da FIT realizadas em 2016, que juntas recebe-


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Feira movimentou mercado têxtil infantil

ram dez mil lojistas de todo o Brasil, o que representa um crescimento de 12% em relação ao ano passado, com destaque para a forte presença de lojistas e representantes do Nordeste. “Os números confirmam que a FIT 0/16 continua sendo a principal plataforma de relacionamento e negócios para o setor infantil da América Latina. Para 2017 estamos estudando novos formatos de participação que devem impulsionar ainda mais os eventos”, antecipa Facchinetti. A próxima FIT Primavera-Verão e Pueri Expo acontecem de 26 a 29 de maio, no Expo Center Norte. Para estimular a participação de micro e pequenas empresas na FIT 0/16 a Koelnmesse, ofereceu aos expositores o projeto “FIT Boutique”, espaços customizados e de baixo investimento, com montagem, mobiliário e taxas já inclusas.

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Saldo positivo para os expositores e lojistas

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Nos estandes de vários expositores, os compradores negociaram os melhores preços para renovar o estoque com peças exclusivas e customizadas. Para Marluci Soeira, gerente de vendas da Contramão, três dias na FIT representam seis meses de vendas da empresa. “Participamos de oito eventos do setor de moda infantil durante o ano, e a FIT é o que mais dá resultado. Com certeza pretendemos participar das próximas edições, em maio e em novembro.”

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“Queremos ter contato com o cliente, com os representantes das marcas, ter um feedback sobre nossos lançamentos, reforçar a marca e o relacionamento. Dentro disso, nossas expectativas foram cumpridas com o fechamento de vendas efetivas“, afirma Sidney de Abreu Rosinha, proprietário da Zip Toys. Pela primeira vez na FIT, a Nini & Bambini também comemora os resultados. “O evento superou as nossas expectativas. Tivemos a oportunidade de apresentar também a marca Jaca Lelé, que tem chamado a atenção dos lojistas pela qualidade das peças customizadas para o dia a dia das crianças, a exemplo de estampas com frases didáticas e em português”, diz Luiza Boll, estilista da marca. Negócios também foram realizados pela UP Box, empresa de Itajai (SC), que expos embalagens padronizadas ou personalizadas com diferentes opções em cores, desenhos e tamanhos. “Hoje, o setor de moda infantil representa 25% dos negócios, mas o potencial é enorme”, afirma Katiana Deggau, assistente comercial.


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MUNDO TÊXTIL Expositores receberam visitantes em seus stands

A qualidade dos visitantes também recebeu boa avaliação dos expositores. “Mesmo com um volume menor de compradores, conseguimos abrir novos contatos com clientes de várias regiões do país como Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e também de São Paulo. No geral, o evento nos surpreendeu bastante. Além da Philips Avent, que é o nosso maior parceiro, conseguimos dar visibilidade a outros produtos que não vendíamos em feira como as fraldas MamyPoko e os anticépticos Hi Clean. A estrutura está ótima. Esta é a primeira vez que participamos, e já estamos estudando a possibilidade de participar também da edição de maio do ano que vem”, diz Silvio José Schiavon, gerente de vendas da Semaan. O Grupo Texcotton, que trabalha com as marcas Authoria, Momi e Animê, também ressaltou a importância da feira para lançar suas coleções. “A FIT é muito importante para a nossa marca, principalmente para termos contato mais próximo com os nossos clientes. Eles vêm à feira, conhecem as tendências de mercado e podem falar diretamente com nossa equipe de estilo. Trazemos para a feira o resultado de seis meses de trabalho de nossas coleções, então é muito interessante poder mostrar isso aos nossos 56

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clientes aqui.” Disse Jeisiara Jennrich, gerente de desenvolvimento do Grupo. Para 2017, a previsão é que a confiança do mercado cresça, fazendo com que o evento seja o momento ideal para renovar as peças da vitrine e do estoque. De acordo com a IEMI Inteligência de Mercado, no próximo ano a expectativa é de alta de 5,5% nos valores da produção do vestiário infantil. Para o varejo, a alta em valores deve ser de 6,5%. "Esse segmento atende um público que, podemos dizer, não para de crescer, já que temos, no Brasil, 39 milhões de crianças de 0 a 12 anos de idade", calcula Cassiano Facchinetti, diretor-geral da Koelnmesse no Brasil. Reunindo toda essa cadeia produtiva, a FIT 0/16 Outono-Inverno congregará marcas e expositores dos ramos de modas bebê, teen e infantil, moda praia, acessórios, enxoval, brinquedos, móveis infantis, linha maternidade, puericultura e decoração.

Atrações paralelas

A grade de palestras gratuitas que aconteceram durante os três dias abordou diversos eixos cruciais para aumentar vendas, fortalecer os negócios do varejo e acompanhar as principais tendências de comportamento e consumo de moda e confecção infantil.


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DICA DO ESPECIALISTA NEGÓCIOS

DANIELA SCHERMANN é líder de marketing do Opinion Box, empresa especializada em soluções digitais para pesquisas de mercado e opinião

Planejamento Você sabe que rumo tomar em 2017? Tomar decisões, conduzir ações e solucionar problemas de maneira rápida. Na rotina das empresas essas são atividades comuns. Com novas demandas surgindo o tempo todo e equipes superenxutas, o desafio é fazer mais com menos e atender às exigências dos clientes. Em meio a esse cenário, muitas empresas se esquecem de fazer uma das coisas mais importantes: o planejamento. No último trimestre do ano, toca o sinal de urgência. Quem ainda não planejou 2017 ainda pode fazê-lo! Para ajudar, vou indicar algumas pesquisas que podem ajudar no processo.

Por onde começar o planejamento Ante de sair traçando metas, planos e ações para colocar em prática no ano que vem, comece fazendo uma avaliação de 2016. Reúna a sua equipe, olhe o que foi feito nos primeiros nove meses do ano e o que ainda dá para fazer antes do especial do Roberto Carlos. Avalie as metas e indicadores para ver quais foram os pontos fortes e quais os pontos fracos. Entre os itens que não foram cumpridos ou que ficaram abaixo da meta, procure entender os motivos. Pesquisas de satisfação e pesquisas de clima organizacional são fundamentais para que você tenha uma visão ainda mais completa do cenário. Ao realizar essas pesquisas, você vai ouvir os dois públicos fundamentais para o sucesso da sua empresa: seus clientes e seus colaboradores. Com base nas informações que você reuniu com sua equipe, nos indicadores da empresa e nos resultados da pesquisa, realize um diagnóstico da empresa até o momento.

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2017: para onde queremos ir? Agora, é hora de começar a planejar o próximo ano. Um bom exercício a ser feito nesse momento é solicitar para que o gestor de cada área apresente as suas ideias, tanto para o seu próprio departamento quanto para a empresa como um todo. É importante levar em conta alguns fatores externos, como cenário macroeconômico e tendências do seu mercado. Além disso, fazer uma pesquisa para saber como seus concorrentes estão sendo avaliados também pode trazer resultados valiosos para o seu planejamento, identificando oportunidades e fraquezas da sua marca em relação aos produtos similares no mercado. Ao fim dessa etapa, a equipe envolvida no planejamento deve chegar a um consenso de onde a empresa quer chegar no ano seguinte, seja em termos de resultados financeiros ou algum outro indicador que seja mensurável. Por exemplo, uma startup pode decidir que quer dobrar seu faturamento, um restaurante pode determinar que quer terminar o ano com um novo serviço de delivery consolidado e uma agência de publicidade pode estabelecer que quer conquistar cinco novas grandes contas com receita recorrente. E você, onde quer chegar?

Planejamento estratégico Até aqui, você já fez uma análise do cenário e já sabe onde sua empresa está. Além disso, já definiu para onde quer ir e seus objetivos macros. Agora, é hora de fazer o planejamento estratégico, ou seja, definir quais são as estratégias que farão você sair de onde está e caminhar até onde você quer chegar. Nessa etapa, serão traçadas as principais estratégias de cada área e da empresa como um todo.


Planejamento tático Após definir as estratégias da empresa para o ano seguinte, é preciso definir como isso será feito. Aqui, cada área vai estabelecer ou validar suas metas e objetivos, e também quais ações deverão ser realizadas para que cada objetivo estratégico seja cumprido. O planejamento tático deve contemplar quais recursos serão necessários para que as ações sejam cumpridas. Não estamos falando apenas de orçamento, mas também de recursos humanos e tecnológicos. Além disso, é importante que o planejamento tático apresente as responsabilidades e os prazos previstos para cada uma das ações. No caso das responsabilidades, não é necessário estipular o nome de quem irá executar cada uma das tarefas, mas sim qual a área ou gestor responsável. Com relação aos prazos, um erro muito comum que as empresas cometem é colocar muitas ações concentradas no primeiro semestre e poucas no segundo. Acabam ocorrendo prazos impossíveis de cumprir logo no início do ano, que comprometem o planejamento como um todo e ainda desanimam o time. Por isso, procure traçar uma linha do tempo

possível de ser executada, com as ações bem distribuídas ao longo dos doze meses.

O resultado final Transforme o seu planejamento de 2017 em um documento acessível. Ele deve apresentar, de forma clara e objetiva, cada uma das etapas acima: diagnóstico, objetivo, estratégias e ações. Apresente alguns dados que orientaram as decisões do planejamento, como indicadores da empresa e resultados de pesquisa. Reúna as principais metas e o cronograma macro do ano que vem. Por último, mas não menos importante: trace um calendário de reuniões periódicas para revisitar o planejamento e conferir se as metas e ações estão sendo cumpridas. A periodicidade dessas reuniões vai variar de empresa para empresa, mas podem ser mensais, bi, tri ou até mesmo semestrais. Não esqueça de incluir no seu planejamento as pesquisas que você pretende realizar durante o ano seguinte. Pesquisas de satisfação, de hábitos de consumo e de buyer persona são fundamentais. Caso seu planejamento esteja prevendo o lançamento de um novo produto, não deixe de fazer uma pesquisa de teste de produto.

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NEGÓCIOS

Moda funk nicho certeiro para

empreendedores do vestuário Sebrae destaca as oportunidades de negócio que um dos gêneros mais ouvidos no Brasil pode gerar

FOTO: FREEPIK

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O comportamento da sociedade está diretamente relacionado à moda. É por isso que roupas, calçados e acessórios regularmente passam por releituras e atualizações, sempre remetendo à tendência de cada momento. Foi assim com a moda disco, inspirada no som dançante dos anos 1970, e com a new wave colorida da década de 1980, entre outros tantos marcos da moda ligados à música. Atualmente, um nicho que ganha mercado no vestuário é o da moda funk, inspirada no ritmo marcante, ousado e cheio de atitude que é sucesso nas mais diversas classes sociais. O boletim de tendências para o setor do Vestuário do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae aponta as características deste universo de livre expressão que pode gerar oportunidades de negócio para os pequenos empreendedores. De acordo com pesquisa do Data Popular, cerca de 11 milhões de brasileiros ouvem funk, ritmo que no Brasil faz sucesso com sua versão "ostentação", com letras que falam sobre produtos e acessórios que conferem um status as pessoas, por isso, induzem o consumismo. Mas esse fenômeno não é de hoje. Os brasileiros descobriram o funk em sua versão original, ditada pelo groove norte-americano, ainda na década de 1970. Com o passar do tempo,


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NEGÓCIOS O estilo funk de se vestir atinge jovens de todo país

FOTOS: EGOSSS/DIVULGAÇÃO

o gênero ganhou características bem brasileiras e manteve o apelo popular, com o surgimento no Rio de Janeiro do "funk melody", do "funk pancadão" e do "funk proibidão". A moda funk também está relacionada a artistas populares que vieram desse universo, como Anitta e Ludmilla, que começaram com o funk e, posteriormente, adotaram um estilo musical mais comercial e voltado para o pop. Com base nessas referências, os modelos que têm bastante aceitação do público feminino são: • Calças no modelo legging, saias curtas e justas e blusas curtas, no estilo cropped. • Para os homens, calças no modelo saruel ( justa embaixo e solta em cima), camisas com detalhes diferenciados, cores e estampas chamativas. • Malhas, couro e tecidos com toque acetinado são forte tendência, especialmente com aplicações como brilho e tachas. • As estampas possuem grandes padronagens, misturando tons sóbrios com cores vibrantes. • Bonés com aba reta, cintos e acessórios dourados complementam os looks dos adeptos do funk nacional. A Egosss é uma empresa de São Paulo (SP) que começou com revenda de multimarcas e depois passou a investir em uma

coleção própria tendo o “funk ostentação” como conceito - a ideia deu tão certo que muitos artistas começaram a utilizar as peças da marca, ajudando ainda mais na divulgação do negócio. Jeferson Santos de Souza, empresário da Egosss, que já tinha experiência no mercado de moda, investiu R$ 50 mil na abertura do empreendimento, que produz 20 mil peças por mês, faturando o equivalente a R$ 450 mil mensais. São mais de 150 pontos de venda, alguns deles em Nova York, Miami e Los Angeles.

Para os empreendedores do setor do vestuário que querem aproveitar este nicho de mercado, o SIS Sebrae recomenda: • Acompanhe a evolução do estilo musical e mantenha-se atualizado com relação a outros gêneros que também podem se tornar um forte nicho de mercado. • Invista em uma identidade visual de acordo com o público-alvo e invista em ações de marketing (especialmente em redes sociais) para conquistá-los. • Conheça outros conteúdos sobre o mercado de vestuário, como: • Geração na moda - Os perfis de consumo e o impacto no setor. • As pop-up stores ou lojas temporárias. • Processos criativos para o segmento de vestuário. • Conte com o apoio do Sebrae/SC para traçar estratégias para o seu negócio pelo telefone 0800 570 0800 ou na unidade mais próxima. 62

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NEGÓCIOS

Brasil poderá produzir

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Pesquisadora do Rio de Janeiro conta com o apoio do SENAI CETIQT e da ABIT para produção do primeiro fio cashmere brasileiro

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vação – CDTI. Segundo o gerente de Tecnologia do SENAI CETIQT, Robson Wanka, a previsão é que em janeiro de 2017 seja iniciada a segunda etapa da pesquisa, já com a produção inédita de tecido 100% de cashmere de cabras nascidas no Brasil. Ele ressalta ainda que “a instituição atua como um laboratório aberto para a comunidade acadêmica, apoiando o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para o crescimento e inovação da indústria têxtil e confecção”

FOTO: DIVULGAÇÃO

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O SENAI CETIQT, por meio do Instituto SENAI de Tecnologia Têxtil e Confecção, está apoiando o desenvolvimento da pesquisa, testes físicos da fibra e produção do primeiro fio cashmere brasileiro. Todo o projeto é acompanhado pela Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil. A pesquisadora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, Lia Coelho, utiliza as instalações e conta com a colaboração de pesquisadores da coordenação de Desenvolvimento de Tecnologia e Ino-

Robson Wanka (esq) e equipe com Lia Coelho


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NEGÓCIOS

Empresários acreditam em crescimento para 2017 Pesquisa exclusiva da Câmara de Comércio França-Brasil, feita pela Ipsos, mostra que 20% têm planos de fazer fusão ou aquisição nos próximos 12 meses

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A CCFB-SP - Câmara de Comércio França-Brasil acaba de realizar estudo exclusivo, em parceria com a Ipsos, sobre a expectativa dos empresários franceses e brasileiros com relação ao cenário econômico e os desafios e oportunidades para 2017. De acordo com a pesquisa, 74% dos entrevistados apostam que as vendas vão melhorar no próximo ano e 47% vão ampliar o aporte de investimentos no País. A sondagem revela, ainda, que 20% dos empresários têm planos de realizar algum tipo de operação de fusão e aquisição nos próximos meses. “Os resultados mostram como as empresas estão enxergando o curto e o longo prazos, diante dos desafios macroeconômicos”, explica Roland de Bonadona, presidente da Câmara de Comércio França-Brasil. O otimismo e a alta expectativa apareceram como tendências para o mercado de modo

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geral, de acordo com o estudo. “Aproximadamente 74% dos empresários sinalizaram que 2017 será um ano melhor ou muito melhor que 2016”, ressalta Bonadona. “O objetivo da entidade, que tem mais de um século de atuação no Brasil, é analisar e apresentar o grau de confiança dos empresários diante de tantas mudanças”, afirma. Outro dado relevante é que 30% dos entrevistados possuem expectativa de aumento do número de funcionários no próximo ano. Quando questionados sobre os riscos para as suas atividades e negócios que permanecem em suas agendas no curto prazo que precisam ser superadas, 56% apontaram a desaceleração econômica, 55% a falta de demanda, 39% a elevada concorrência e a dificuldade de repasse de preços e 27% os custos com mão-de-obra. A pesquisa foi realizada pela empresa de pesquisa Ipsos, em outubro de 2016, por meio de 161 entrevistas online.


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