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} OPINIÃO

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Mobilidade e cidadania

ão sei se os amigos concordam, mas acho que está na hora da Prefeitura parar de permitir a utilização das nossas principais vias para eventos. O balão da Praça das Bandeiras é o principal deles. Qualquer evento e a Avenida Rebouças é interditada. Porque não usar a Praça Manoel de Vasconcellos ou a Praça da República, por exemplo? A entidade que fosse realizar um evento poderia colocar um painel ou qualquer coisa parecida, indicando que o evento se realizaria ou está sendo realizado nas quadras logo abaixo. Dessa forma, nossa principal Avenida não teria seu trânsito interrompido. Já imaginaram a Francisco Glicério de Campinas ser interditada para um show beneficente ou coisa aparecida? Isso nunca acontece e acredito que nunca irá ocorrer. Acredito, sinceramente, que Sumaré cresceu demais e essas interdições não tem mais sentido. Isso parece coisa de cidade pequena, que não somos mais. (O texto acima fora publicado há pouco pelas redes sociais e a observação de Alaercio Menuzzo repercutiu após a realização do Fast Food Truck pelo aniversário da cidade, na Av. Rebouças que mostrou-se incompatível entre

ALAERTE MENUZZO Historiador - Sumaré

A cidade aprenderá a se encontrar na Praça Manoel de Vasconcelos. A estrutura para o evento Natal Encantado 2015 está ficando muito bonita. o objetivo e o local realizado. Felizmente, tal não mais acontecerá e já está sendo montado na Praça Manoel de Vasconcellos as estru-

turas para o Natal Encantado 2015, e nota-se espaço para circulação das pessoas evitando a disputa de espaço com automóveis.)

Mobilidade e cidadania II Q

uem trafega pela Avenida Júlia Vasconcellos Bufarah-João Argenton, durante o dia, deve ter notado que o semáforo exclusivo para ônibus, bem em frente à Rodoviária, está sendo cada vez mais usado por carros. Tem dia que tem até fila, aguardando o sinal verde – e a gente atrás dessa fila, esperando para seguir em frente, pelo caminho permitido. Outro absurdo é na Avenida Rebouças, durante a noite, com carros e motos andando na contramão. Isso está virando regra. Onde estão os “multadores”? Multa é só para estacionamento indevido, gente sem cinto, e outras irregularidades menores? n

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} PONTO DE VISTA

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O Governo quebrou

omo Prever Falências foi minha tese de Livre Docência. Este é um resumo da minha palestra no Congresso do Movimento Brasil Livre, entrada franca, dia 29 de Novembro. Fui ovacionado de pé, o que significa que os jovens gostaram. Uma das mais difíceis questões em que sou chamado a opinar é para avaliar se uma empresa se tornou irrecuperável ou se ainda daria para “salvá-la”. “Como Prever Falências” foi minha tese de Livre Docência. Quandochegoàconclusãoque os problemas da empresa se acumularam a tal ponto que não dá mais para recuperar, os sindicalistas querem me matar, os diretores da empresa idem, e logo contratam outros profissionais para contra-atacar. Aí surgem os Arautos da Esperança. Aqueles que dizem que a partir de 2018 as coisas vão melhorar, que uma injeção de capital

tipo CPMF resolve; e que mudanças estruturais salvarão a empresa, como“orçamento base zero”, e assim por diante. Dilma, Levy, Armínio Fraga, Delfim, os Mais Mises, todos já saíramapúblicoprometendoesta falsaesperançaaopovobrasileiro. Só que eles se esquecem de dizer que a dívida total do Estado o torna irrecuperável. Quando uma empresa é irrecuperável, a posição socialmente ética e responsável não é sair a público dando esperanças falsas. A posição socialmente correta é formalizar o óbvio, e decretar a sua falência. Enganar trabalhadores, credores, acionistas e clientes para que esperem mais três anos ou vinte, prometer que uma nova diretoria ou que um novo partido resolverá o problema é dar uma esperança falsa e imoral. A empresa, neste caso o Estado Brasileiro, quebrou, e há muito tempo.

Aliás, todos vocês já sabiam disto. O que vocês não sabiam é que o correto é decretar e formalizar o óbvio, a falência. É permitir que trabalhadores refaçam as suas vidas numa outra empresa mais promissora, com um novo CNPJ, e não despedi-los daquiseteanos,quandojáestarão mais velhos. É vender as máquinas para que tenham melhor uso, e devolver aos credores parte das dívidas, salvando-se o que puder. Vários estados americanos já decretaramfalência,éreconhecer o óbvio. O Brasil privado é viável minha gente, e muito. É o Brasil Estatal que faliu, e precisamos formalizar juridicamente esta falência. Despedir todos os funcionários é traumático, despedir toda a “diretoria estatal” também, mostrar aos credores de títulos públicos

que perderão a metade ou mais, e aosacionistasqueperderãotudo, requer coragem. Mastodosestesinvestidoresde títulos públicos já sabem que o Estadoestáquebrado,especulam no timing. A data do balanço seria 31/12/2015. Ou se vocês demorarem, 31/12/2020. Vamos simplesmente formalizar o óbvio. n

O pinga-fogo eleitoral há muito começou E

duardo Mota, ex-secretário de esportes do prefeito anterior, mantém um blog entre os maiores de visibilidade na cidade com suas seções Show de Bola e Bate Bola - Político. Por falta de mídias mais ágeis ou abertas aos reclamos a população se utiliza dessa janela e acredita-se que pela época das próximas eleições o rosário de denúncias acumuladas ali deverão deveras incomodar o poder. Por exemplo: “Denúncia feita junto à Ouvidoria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente resultou em vistoria por fiscais da CETESB nas obras da Pista de Atletismo e constataram os danos que estão sendo causados na rua Anchieta (desbarrancamento da

via) e na lagoa do Bosque Manoel Jorge no Jd. Santa Rosa (grave assoreamento da lagoa) e reconheceu a culpa dos responsáveis. As atitudes afoitas e imaturas de um secretário municipal e do imperfeito do “povo”, estarão gerando altos gastos para os cofres públicos e graves danos ao meio ambiente. O problema é que eles iniciaram uma grande obra sem ter tomado as devidas providências. Essas obras foram iniciadas sem a devida aprovação do projeto, sem a reserva de todos os recursos para poder terminar a obra, sem o RIMA e sem a ART e com a retirada de uma quantidade muito grande de terra nos barrancos da área. n

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} CIDADES

Desktop surpreende Vivo A espanhola Telefónica comprou a Vivo para responder à concorrência. Entretanto, cidades como Nova Odessa jamais foram prioridades para a operadora espanhola...

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Telefónica teve de comprar a Vivo, a então Telesp Celular para responder à concorrência. Pequenos municípios que foram herdados no negócio não receberam a devida atenção da Vivo. Aproveitando esse vácuo, a Desktop, operadora de Internet fundada em Sumaré, soube aproveitar a oportunidade e hoje já opera não apenas em pequenas cidades como Nova Odessa, mas já se faz presente em cidades como Americana, Campinas, Limeira e outras, oferecendo serviço de primeira linha com sinais

digitais utilizando fibra óptica, coisa que a veterana Vivo jamais pensara em investimento por aqui, e também e a Net que chegaradepois,ignorougrandeparte da cidade focalizara apenas a área nobre. Em Nova Odessa, vereador Avelino Xavier Alves, intermediou o encontro entre o prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, e a diretoria da Desktop, empresa de internet que atende toda a região. O parlamentar e o chefe do executivo pediram a parceria da empresa para alguns pontos de internet livre na cidade, e foram contemplados com três pontos de wi-fi. Pela Desktop, participaram da reunião o diretor, Denio Alves Lindo, o gerente geral, José Eduardo Silva, os gerentes de operações, Fábio José de Mattos e Robson Joab e o gerente de projeto, Willian Hespanhol. Os pontos de acesso livre a sinais de Internet provavelmente

Esta demonstração gráfica de ocupação regional surpreende a maioria dos moradores da própria Sumaré, onde a Desktop nasceu. serão instalados em três praças públicas. Segundo o diretor da empresa, Denio Alves Lindo, Nova Odessa foi a pioneira no cabeamento por fibra ótima na região, já que o projeto da Desktop teve início na cidade. "Já temos o atendimento por GPON (fibra ótica) e ADSL/VDSL em 70% de Nova Odessa. São poucos os pontos que ainda não atendemos desta forma, porém, ainda temos via Rádio também, que aumenta este atendimento. Para 2016, queremos avançar mais ainda, chegando a 100% de cobertura na cidade. Até porque entraremos com outros produtos além da Internet, como telefone e TV a cabo", explicou o diretor.

"Fomos pedir uma coisa e saímos da reunião com muito mais. Só tivemos boas notícias", festejou o vereador Poneis que explicou que inicialmente seria pedido o cabeamento com fibra ótica para Jardim São Jorge, incluindo Triunfo, Nossa Senhora de Fátima, Santa Luiza e Vila Azenha, e que estes bairros já estavam incluídos no projeto da empresa para serem contemplados já para os primeiros meses de 2016. A Desktop iniciou suas atividades em 1997, atendendo Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa. Atualmente conta 45 mil assinantes em toda a região, só na área de internet, sendo que em Nova Odessa são cerca de 4.300 assinantes. n

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internet do Brasil tem conexões com velocidades muito variadas. Ainda existem pessoas utilizando a conexão de 56 kpbs discada no país, mas também existem usuários com conexões super rápidas, de até 10 Mbps. Numa comparação da internet do Brasil com a do Japão, nosso país perde feio. A velocidade média da conexão de internet no Japão pode chegar a 1 Gpbs. Isso significa na prática que, os jogos que nós demoramos duas horas para baixar no Brasil, podem ser baixados no Japão em meio minuto. n 4

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} NÚPCIAS

O casamento do jogador Fred Paula Armani conseguiu fazer marcação cerrada sobre um hábil centroavante...

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rederico Chaves Guedes, mais conhecido como Fred, é atleta de futebol que joga pelo Fluminense, do Rio de Janeiro. Nesse final de ano o carismático Fred estará mudando de time - para o time dos casados! Fora de campo, a publicitária mineira Paula Armani conseguiu fazer marcação cerrada sobre esse hábil centroavante e esse jogador, dominado, postou-se ante um outro juiz... Casaram-se na tarde do dia 14 de dezembro em Nova Lima, Minas Gerais. Geovanna, filha do jogador de um antigo relacionamento, foi a dama de honra. O garoto Fred é atualmente um daqueles jogadores que conseguem empatia mesmo no seio das torcidas

adversárias. É simplesmente um profissional competente, restrito à ética dentro e fora do campo. Achamos apropriado o comentário de Glória Calil, que entre várias atividades é jornalista e também consultora de moda, que pontuou: "Para quem não sabe, gosto de futebol e nasci num berço corintiano. Meu pai, meu irmão e meus sobrinhos são torcedores roxos do glorioso de Itaquera. Tudo isso pra dizer que tenho a maior simpatia pela classe futebolística, jogadores em particular. Mas que são, em geral, tristes no vestir e no comportamento fora de campo, eles são! Cabelos do outro mundo, roupas esquisitas, festas extravagantes, tudo muito chamativo, quase infantil. Os casamentos, então, nem se fala. Parecem encenações dignas de constarem da programação da Disney. Os noivos, aquelas feras em campo, se deixam vestir de terninho branco ou azul claro e se transformam em dóceis figurantes de topo de bolo. Por isso achei muito chic o casamento do Fred. Ele, num apropriado terno. Ela com um vestido bonito, leve, sem os decotes e transparências que as noivas cafonas têm usado ultimamente. Gol de placa para os dois e meus votos de muitas felicidades!" n

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Modas - Tendências 2016 Chega o verão e com ele a roupa leve, curta, camisetas sem mangas, várias estampas e peças cheias de ritmo e movimento. As passarelas de todo o mundo já ditaram as tendências para a estação mais quente do ano e, agora as lojas se enchem de peças imprescindíveis para esta temporada. Se quer ficar a par do que vem por aí, siga lendo este artigo de umComo.com.br e fique conhecendo quais são as tendências para o verão 2016.

3. O comprimento midi vai ser uma das tendências para o verão 2016, caraterizando-se pelo fato da saia ou vestido ficar um pouco abaixo do joelho. Este comprimento vai aparecer em vestidos com cintura marcada, ao estilo lady like ou em modelos com saias esvoaçantes.

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Verão é sinônimo de cor e a paleta de cores para a nova estação de primavera verão reflete isso mesmo, cheia de cores suaves e lindas. O azul turquesa, o laranja, o amarelo e os tons terrosos são apenas algumas das tendências para a próxima estação.

4. O decote ombro a ombro vai ser uma das sensações deste verão 2016. Este estilo de decote que deixa os ombros à mostra é ideal para as mulheres com quadril largo, pois ajuda a equilibrar o volume do corpo. Vamos poder ver este decote principalmente em blusas e tops.

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Imagens: blogdathay.com.br gisellepinho.blogspot.pt brit.co; ffw.com.br conteúdo: umcomo.com.br

2. O vestido é uma das peças de roupa essenciais para o verão e, para esse ano os vestidos fluídos e longos vão ser a sensação. Outras das tendências em vestidos são os vestidos em formato A e os vestidos camisa. Esta é uma peça que não pode faltar no seu guarda roupa nessa estação.

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5. O corte assimétrico também vai ser uma das apostas para a estação de verão. A assimetria pode aparecer em vestidos e saias, e pode surgir como uma abertura na saia ou sendo um lado mais comprido que outro. Além disso, este corte também pode aparecer em blusas.

6. Os babados nas peças de roupa e biquínis também vão ser uma forte tendência para este verão 2016. As camadas podem ser aplicadas nas golas, mangas, saias e até podem ser usadas para dar um contraste com a cor da peça. n O Campeão DEZEMBRO DE 2015

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} FITNESS

Sucos anticelulite para o verão Manter a boa saúde é antecipar-se com ações preventivas à vida saudável

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ão diversas as causas do aparecimento da celulite. Entre as mais comuns, estão os fatores genéticos, alterações hormonais ou dieta baseada em açúcares, farinha branca e produtos industrializados, que favorecem a retenção de líquido e, consequentemente, a celulite. Segundo a nutricionista Sheila Mustafá, cerca de 90% das mulheres têm celulite e se incomodam com os furinhos indesejados que costumam aparecer nas coxas, bumbum, barriga e braço. Mas, assim como a alimentação errada pode favorecer o aparecimento da celulite, alguns alimentos têm ações diuréticas e anti-inflamatórias, que ajudam no seu controle. Pensando nisso, a doutora Sheila elaborou para o Chic três receitas de sucos anticelulite para serem consumidos diariamente, intercalando os sabores.

1. CAPIM LIMÃO Ação diurética, anti-inflamatória e desintoxicante.

RECEITA . 200 ml de infusão de capim limão (depois de resfriar) . 1 talo de salsão (10 cm) . 1 fatia média de abacaxi . 3 folhas de hortelã . Gelo Bata tudo no liquidificador, coe e consuma em seguida.

. 6 morangos . 1 xícara chá de amoras. Bata tudo no liquidificador e consuma em seguida.

2. HIBISCOS

RECEITA . 200 ml de suco de tangerina natural. . 2 sementes de cardamomo . 1 fatia de limão com casca Bata tudo no liquidificador e consuma em seguida. n

Ação diurética e antioxidante RECEITA . 200 ml de infusão de hibiscos (depois de resfriar)

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3. TANGERINA Desintoxicante e depurativo - ou seja, limpa o organismo.


} AUTOESTIMA

Existe uma Diva em você

Estar de bem com você mesma é o primeiro passo para a grande transformação. Exiba o belo que existe em seu interior. Você é uma Diva. Adredite!

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empre teremos nossa autoestima sendo testada de alguma maneira durante o nosso cotidiano, seja em atos simples do dia a dia, como se olhar no espelho, cumprimentar seu vizinho, em roda de amigos ou mesmo conversar com seu chefe, tudo estará trabalhando com a fina linha onde indivíduos mais instáveis poderão ser facilmente levados a uma onda de tristeza.

Dentre muitos fatores que podem causar essa mudança repentina de humor, uma delas, sem dúvida nenhuma, é quando a sua beleza física é colocada em xeque, mesmo que em tom de brincadeiras, como o bullying ou mesmo vindo de você, simplesmente por não achar sua aparência

a mais agradável possível ou ainda não fazer parte da beleza imposta pela mídia e aceita pela sociedade como padrão. Não dê tanto valor na parte de seu corpo que não lhe agrada, isso fará com que sua autoestima se fortaleça. Então lá vai algumas dicas para ajudar no seu visual. Ouse mais e mude seu visual com um corte, coloração ou mechas (afinal o cabelo volta a crescer), para falhas na sobrancelhas você pode resolver com Micropigmentação, em alguns casos com henna ou tintura, também são uma opção. Para as mãos você tem a opção de alongamento em gel, porcelana ou acrigel, aproveite também das cores e nails arts (decoração de unhas) disponíveis para um look sofisticado. E não esqueça... Você é uma Diva! O Campeão DEZEMBRO DE 2015

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} CIDADES

As caras pequenas espertezas

A duplicação da via férrea que passa nos centros urbanos do Pólo Têxtil deveria acontecer na área rural. imóveis seriam valorizados, não haveria poluição ambiental, viadutos seriam dispensados...

Indefinição mantém insegurança em trecho férreo regional

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pós o imbróglio entre prefeituras da região e a América Latina Logística (ALL), empresa que gere e administra o tráfego de locomotivas da região, a indefinição e ausência de medidas eficazes ainda é o cenário amargado por moradores insatisfeitos, principalmente no que diz respeito à segurança, aos benefícios e vantagens trazidas à população pela passagem dos trens dia e noite entre Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa e Americana. Enquanto se aguarda obras

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de segurança e duplicação, acidentes como descarrilamento de vagões, mortes por meio de atropelamento, colisões envolvendo carros de passeio e trens e o choque com aqueles que decidem “surfar” em vagões são rotineiramente registrados na região. Sem contar a insegurança gerada pelo abandono dos locais, palco para o tráfico de drogas e suspeitas de assassinato como o caso recenteda morte de Bárbara Elisa Referino, de 13 anos, que faleceu próximo à estação ferroviária, no centro de Nova Odessa - a família ainda busca esclarecimento do caso através de investigações lideradas pela Polícia Civil local. O fato é que mesmo com tantos questionamentos de diversos

órgãos competentes, tais problemas continuam e são pontuados por moradores e especialistas, que também ressaltam a necessidade da participação popular na tomada de decisões, característica básica de toda democracia. Num passado recente, quando a ALL anunciou a duplicação do trecho ferroviário que corta a região, os prefeitos de Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia se pronunciaram em bloco contra a medida, solicitando a transposição dos trilhos da área urbana. Nos últimos anos, a imprensa foi sendo alimentada com notas esparsas de acordos isolados de prefeituras que anunciavam poucas conquistas de obras locais a

troco de concessões. Em meio às conversações visando a duplicação anunciada pela ALL, a empresa chegou a dizer que teria o aval para iniciar as obras, contudo, as prefeituras da região contestaram a informação, atrasando areformulação, sem a emissão da certidão de uso do solo. Municípios destacaram o diálogo com a ALL na busca por contrapartidas. Foram propostos viadutos e passarelas, projetos estudados pela ALL, mas que não saíram do papel na região. A informação é de que a empresa privada - alvo de interesses a nível nacional - afirmou que as medidas de segurança como a implantação das passarelas ficaria sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional da Infraestrutura dos Transportes) e das prefeituras. Em Nova Odessa, o DNIT elaborou projeto para a construção de um viaduto sob os trilhos, mas as obras não foram iniciadas. Prefeitos pleitearam junto à empresa e órgãos federais investimentos para a transposição da linha com objetivo de construir o chamado anel ferroviário em zonas rurais, eliminando o tráfego dos trens em área urbana.Alguns chefes do Executivo declararam que a ideia de transposição seria mais econômica em relação à duplicação bem como a avaliada reativação de ramal para Piracicaba. A ALL declarou inclusive apoiar a transposição, desde >>


A duplicação sairá muito cara >> que os gastos saíssem do governo federal pelo fato de a linha ser um patrimônio histórico federal. Em meio à polêmica, por conta deum acordo feito pela Prefeitura de Americana com a ALL para ampliação da malha ferroviária, o então presidente da Câmara de Nova Odessa, professor Adriano Lucas Alves (PSDB), solicitou às compensações que a cidade teria por parte da concessionária. Isso porque, segundo o parlamentar, Americana teve benefícios em contrapartida pelo acordo com a ALL. O presidente acompanhou os acordos fechados pelas prefeituras para a duplicação da linha e ampliação da ferrovia, incluindo uma possível reativação do transporte de passageiros entre Sorocaba e São Paulo. Segundo o presidente, há informação de o acordo ser fixado em torno de R$ 10 milhões a compensação à Prefeitura de Americana. A empresa garantiu a construção de viaduto, passarela ea reforma do gramado do estádio municipal. “A ampliação só será viável se a compensação não for somente financeira, mas também social, a exemplo de Americana. E que também não tenha impacto negativo aos moradores adjacentes a malha”disse Adriano na ocasião. Contudo, a informação é que até este ano o trecho férreo entre Americana e Campinas seria duplicado com investimento na casa de R$ 1,2 bilhão – incluindo os 380 quilômetros que compreendem o trecho de Itaripinaa Santos.

Aqui, uma das regiões mais próperas do País, é normal arriscar-se a passar sob um comboio. Em outras palavras, submetem-se à humilhação. O mundo da política pública é muito distante da realidade. Nossos prefeitos seriam nossos grandes advogados mas se vendem pela troca de pequenos favores visando uma pequena obra pública para mostrar serviço, se reelegerem, manter-se na mamata do poder. Os investimentos seriam realizados pela Rumo Logística S.A, empresa do grupo Cosan, produtor de açúcar e álcool. A ideia era aumentar a capacidade de transporte. Com as obras, o volume de carga de açúcar transportado pela empresa chegaria a9 milhões de toneladas. Ibama Durante as discussões entre poder público e ALL, oIbama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) emitiu licença am-

biental prévia ao projeto da companhia para a duplicação da linha férrea regional. A autorização ocorreu após as prefeituras cederem às certidões de uso de solo, documento necessário para o licenciamento das obras. A ALL destacou que o projeto traria mais benefícios do que impactos aos municípios da região, tais como a segurança e a diminuição dos possíveis transtornos motivados pela circulação das locomotivas nas cidades. Técnicos destacam que a cons-

trução ferroviária é cara. Isso porque, para cada quilômetro de ferrovia implantado o gasto gira em torno de R$ 2 a R$ 5 milhões, conforme constatou uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no estudo “Mapeamento Ipea de Obras Ferroviárias”, no qual foram analisadas 141 obras de infraestrutura ferroviária, necessárias para a melhoria da eficiência operacional e da competitividade do setor. >>

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} CIDADES

A má política mata seu povo

Estamos acostumados a constantes acidentes em nosso território. Manutenção omissa, multas são impagáveis e a concessionária se escora em apólices de seguro que torna o frete mais caro... Quem paga a conta?

A duplicação da via férrea praticamente triplicará o volume de trens em nosso quintal e assim, cresce assustadoramente o número de acidentes, que também na mesma proporção poderão ser muito mais sérios.

D. Pedro II inaugurou nossa via férrea em 1875 Sendo duplicada agora mas não removida para o entorno rural, no mínimo serão mais cem anos para a removerem do meio urbarno. Belo legado os ex-prefeitos nos deixaram!

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om a presença de Imperador Pedro II, a 27 de agosto de 1875, a linha férrea ligando Campinas até a Estação de Santa Bárbara (que em 1900 passaria a chamar-se Villa Americana), em hora e meia, inaugurando se no caminho a Estação de Rebouças (Sumaré, desde 1944). O Campeão observa que a região está perdendo grande oportunidade de transferir a linha férrea para fora da área urbana levando-a para o entorno utilizando a área rural. Os prefeitos que há pouco deixaram seus cargos como executivos públicos deixarão uma pe-

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sada herança às futuras gerações por se submeterem a resultados pequenos em detrimento da qualidade de vida que viria sem os apitos noite inteira, acidentes e até mortes, valorização dos imóveis ao longo da via, e sobretudo a liberdade de ir e vir sem necessidade de nenhum viaduto. Se em 1875 essa via férrea fora inaugurada, com a duplicação da mesma, tal investimento da ALL/ Rumo firmará esse incômodo por no mínimo mais cem anos! Com a duplicação, a empresa diz que vai ser elevado de 30 para 60 o número de trens em circulação. Pode-se imaginar a poluição ambiental duplicada à que existe hoje, não contando os inevitáveis acidentes proporcionais ao volume desse tráfego intensificado. n

Os ambientalistas Mesmo ironizados, os ambientalistas mostraram a importância de atuar e debater em prol do interesse popular. Procuraram se inteirar das negociações da ALL em Cotia, SP, e esses cidadãos movidos a ideais coletivos fizeram o poder público daquela cidade abrir espaço para participarem de audiências públicas entre autoridades e representantes da ALL fariam. Aqui na região do Pólo Têxtil foi a portas fechadas. A ALL é muito profissional...

A terrível falta de liderança Nos municípios envolvidos com essa tragédia programada com a duplicação da via férrea no coração do Pólo Têxtil, a imprensa sempre veiculou discursos de suas excelências defendendo ideais imediatistas. Etretanto, nossas entidades de classe se omitiram, não se manifestaram e a duplicação está aí! Faltou liderança para mobilizar a população e frear sonhos imediatistas de prefeitos que se venderam por obras baratas. Mais uma vez a baixa política ocupou espaços que afetarão nossa qualidade de vida. É momento para você questionar sua percepção cívica de voto.


} HISTÓRIAS

Meu querido celular O primeiro aparelho lançado no mercado foi o Motorola DynaTAC 8000x (o “tijolo” da foto acima), em 1 983. Acredite, eles custavam em torno de US$ 2 500, uma fortuna para a época; n

A primeira mensagem de texto foi enviada no final de 1 991 nos Estados Unidos. Foi um Feliz Natal bastante singelo, mas que revolucionou a maneira como nos comunicamos; n

Celulares são aparelhos que transformam dados como a voz de uma pessoa em sinais elétricos que são enviados para o aparelho receptor como ondas de rádio; n

O mundo possuía 7 bilhões de celulares em funcionamento até o final do ano de 2014. Isso dá mais ou menos um celular para cada pessoa no planeta; n

O país com maior número de celulares é a China, com 830 milhões de aparelhos. Em segundo lugar está a Índia, com 670 milhões; n

No Brasil, são 273,5 milhões de aparelhos em funcionamento. Detalhe: a população brasileira era de 200 milhões de pessoas no ano de 2 013; n

Todos os dias, 2 milhões de pessoas compram um celular. de 6 mil pessoas; n

Reino Unido e Alemanha. Até 2 014, foram vendidos 500 milhões de modelos em todo o mundo. Os primeiros modelos pesavam cerca de 1 quilo e tinham 30 centímetros de altura. A bateria durava somente 20 minutos e len

O Iphone, o aparelho revolucionário da norte-americana Apple, foi apresentado em janeiro de 2 007 e colocado à venda em julho do mesmo ano nos Estados Unidos; n

vava 10 horas para ser carregada. Mais de 120 milhões de celulares são descartados (isso mesmo: n

O Papai Noel passa sempre aqui! Promoção de Piscinas infláveis Uma enorme variedade de brinquedos

jogados fora!) todos os anos no mundo inteiro em 2 010. Agora, imagine o número de aparelhos descartados atualmente. n

Novidade!

Recebemos a coleção Star Wars! Conheça também a coleção infantil de alto verão da Malwee, Lunender e Pulla Bulla.

Recebemos lançamento de brinquedos semanalmente

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} CIDADES

Foto: Instituto Plantaram

Nova Odessa se insere

Para muitos, a cidade possui muitos defeitos - mas não arredam pé daqui. Entretanto, comparando-se com outrem, não estamos tão mal assim...

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revista Exame nos surpreende com um metódico e detalhado ranking das 50 cidades pequenas que apresentaram melhor desenvolvimento econômico. Frisamos aqui que temos a mania de ironizar o que temos pois sabemos que poderíamos estar ainda melhor classificados. Mas não deixa de ser auspicioso participar desse seleto grupo de privilegiadas cidades brasileiras entre os 5.670 municípios brasileiros. Parabéns aos novaodesenses vivos ou aos que já se foram mas deixaram seu legado! Resumo do que dissea Exame: Melhor desenvolvimento econômico – No meio do caminho entre a Grande São Paulo e Campinas, um município desponta como modelo de desenvolvimento no país. Trata-se de Paulínia, uma cidade com menos de 100.000 habitantes. É ela que ocupa o primeiro lugar no ranking das 50 cidades pequenas que apresentam melhor desenvolvimento econômico, produzido com exclusividade pela consultoria Urban Systems e que compõem a pesquisa “As melhores cidades do Brasil para fazer negócios”, publicado na edição 1100 de EXAME.

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A análise foi produzida a partir de dados de 348 cidades com população entre 50.000 e 100.000 habitantes — enquadradas no conceito de “média-pequenas”. Municípios desse porte são responsáveis por 10% de tudo o que é produzido no país, além de concentrarem 11% das empresas e 12% da população. Perfil Quase todas as cidades que apresentaram alto grau de desenvolvimento estão próximas de grandes municípios ou de regiões metropolitanas. De início, a estrutura dos vizinhos acaba sendo muito útil para o crescimento. Com o tempo, essa dependência diminui — e muito. “Não é raro que muitas delas deixem de ser parte de um polo para se tornarem sozinhas polos de investimento”, diz Willian Rigon, responsável pela pesquisa. Outro ponto comum nelas é a existência de uma “âncora de desenvolvimento”, ou seja, um setor econômico bem desenvolvido. É assim com Paulínia, com suas empresas petroquímicas e o polo de cinema, Lucas do Rio Verde (MT), com o agronegócio, e Ipojuca (PE), com o Porto de Suape. O ponto de virada, no entanto, acontece quando elas conseguem

expandir essas mesmas oportunidades para outros setores e para a população em geral. “Ao não depender de uma só atividade, elas suportam melhor momentos de crise”, diz Rigon. Ao navegar pelas fotos, você encontra as 50 cidades que receberam as maiores pontuações, além de um compilado de números que mostram a qualidade de vida nesses locais. O ranking foi criado a partir da análise de 13 indicadores econômicos, como PIB per capita, crescimento dos empregos formais, importações e exportações Cada um dos critérios ganhou um peso de acordo com sua importância, totalizando 14 pontos. Consciência. São Sebastião, Russas, Vargem Grande, Mairiporã e outras tantas que foram incluídas nessa seleta seleção, certamente em todas elas seus moradores comemoram e repercutiram orgulhosos o feito. Por outro lado, hoje a realidade nos obriga e enxergar o que aí está! E nessa linha morador de Catalão comenta a inclusão de sua cidade (32.ª posição) no ranking da Exame, que poder-se-ia usá-lo para a todos os brasileiros e não apenas aos goianos: “Ah se fosse em outra época, quem sabe 10 anos atrás, seria

a melhor notícia para nossa cidade! O que vemos nos dias de hoje: péssima gestão municipal, além da estadual que está aos “trancos e barrancos”. Goianos, deixem esta ideia de vereador, prefeito, depudado e/ou governador “BÂOZIN”. É preciso encarar a política com mais seriedade; sabendo dos seus direitos e deveres enquanto cidadãos! 38.º Lugar: Nova Odessa (SP); nota (de 0 a 14) 4,314; população estimada 56.764; PIB per capita (em reais) 39.831,83; esperança de vida ao nascer (em anos) 76,68; taxa de analfabetismo (em %) 3,6.” A reportagem completa da Exame que incluiu Nova Odessa, pode ser acessada no Google: Exame, As 50 cidades pequenas mais...” n

Vinhedo: ar de tranquilidade atrai famílias de alta renda de metrópoles vizinhas.


} ESTADOS UNIDOS

Escolas privadas perdem alunos Por que as escolas privadas estão perdendo alunos nos EUA?

N

os Estados Unidos, assim como em quase todos os países do mundo, matricular os filhos em escolas particulares é tradicionalmente um símbolo de status. Mas, nos últimos dez anos, houve uma mudança e o número de estudantes em instituições do tipo no país vem caindo. O percentual de crianças matriculadas na educação privada caiu de 12% do total de alunos em 1995 para 10% em 2012, segundo dados do Centro Nacional de Estatísticas Educacionais, um órgão do governo americano. Publicidade. Essa queda, de 5,9 milhões pera 5,3 milhões de alunos matriculados neste período, foi ainda mais acentuada em instituições de ensino católicas. Especialistas não estão seguros do motivo disso. Mas alguns pensam que a solução do problema se resume a uma palavra: latinos. Eles acreditam que o futuro da educação privada e, especialmente, dos colégios católicos do país, depende do quão rápido será possível convencer os milhões de imigrantes hispânicos do país a escolher estas escolas, em vez das públicas, para educar seus filhos. Reputação. Nas décadas passadas, milhões de famílias de imigrantes de países católicos, como Irlanda, Itália e Polônia, buscaram

estas escolas para a formação de sues filhos em um novo país. A seu favor, entre outros fatores, estas instituições sempre contaram com uma reputação exemplar. Cerca de 98% de quem se forma em uma escola católica termina fazendo uma universidade, diante de 81% da média de todos os colégios do país. Além disso, entre as escolas particulares, as católicas tendem a ser as mais baratas, porque muitas vezes as matrículas são subsidiadas pela Igreja. Uma escola particular laica de alto nível pode custar mais de US$ 30 mil por ano nos Estados Unidos. “Hoje, uma escola católica custa ao redor de US$ 3,8 mil (R$ 14,3 mil) por ano no primário e, depois, cerca de US$ 10 mil (R$ 37,5 mil)”, diz a irmã Dulce McDonald, chefe de políticas públicas da Associação Educativa Nacional Católica dos Estados Unidos (NCEA, na sigla em inglês). Mas seu apelo tem diminuído. Entre 2005 e 2015, o número de estudantes em colégios católicos privados caiu 20%, para pouco menos de 2 milhões. E 1648 destas escolas fecharam, quase uma em cada cinco das existentes há uma década, segundo o NCEA. Para a irmã McDonald, essa queda de popularidade se deve em parte ao aumento do preço das escolas em meio a uma recessão econômica. “O custo destas escolas tem aumentado pela pressão de satisfazer as crescentes expectativas em torno das instalações, tecnologia e salários dos funcionários”, diz ela.

Tecnologia. Samsung lançou um piloto de sua ferramenta educacional Smart School, uma solução que tem como objetivo que as instituições de educação ofereçam aos seus alunos um método de aprendizagem interativo, com a ajuda de aplicativos multimídia. Outros veem a causa na reforma pela qual tem passado a educação pública nos Estados Unidos e que tem permitido a multiplicação de escolas independentes, administradas total ou parcialmente de forma privada, mas financiadas pelo Estado. Também ganhou força a prática de educar os filhos em casa: 3% dos estudantes do país, ou cerca de 1,7 milhões de crianças e adolescentes, aprendem fora da escola, segundo o governo americano. Soluções. Alguns colégios privados, em especial os de maior reputação, têm buscado compensar a queda de matrículas com a busca por estudantes abastados de outros países atraídos pela boa fama da educação americana.

Mas outros acreditam que a solução pode estar na crescente população hispânica do país. Dada sua origem majoritariamente católica, já existem estratégias de mercado voltadas exclusivamente para eles. “Dos novos estudantes, 15% são hispânicos”, destaca McDonald. “Há esforços em áreas de grande presença latina, como Los Angeles, e algumas universidades têm criado programas para aumentar as matrículas de latinos, como oferecer ajuda financeira para estudar nelas.” BBCBrasil.com BBC BRASIL. com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com. Fonte: BBC Brasil.com

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} HUMANIDADES

A AAPRA agora é oficial AAPRA - Associação Arca Protetora dos Animais comemora a oficialização da entidade.

II

zabel Belina Xavier, a presidente e os demais membros da associação estão felizes por terem conseguido seu registro em Cartório no dia 20 de setembro. A ação é considerada um grande avanço para o grupo. A Associação existe há 12 anos em Nova Odessa, tem sede provisória e atualmente conta com cerca de 30 membros, todos voluntários, que se desdobram para cuidar e atender de 80 a 100 cães e gatos.Por mês, gastam em média R$ 1.400,00, apenas com ração. Além disso, tem os gastos com produtos de limpeza e tratamento veterinário. A entidade se man-

Número de animais abandonados teve aumento no município. tem com a realização de eventos e colaboração de parceiros. “É muito difícil, a luta é diária, mas agora formamos um grupo grande para ajudar estes animais. Encontramos animais abandonados de todos os tipos, em situação precária, maltratados, doentes, mordidos e até queimados. Tem que ter muito amor no coração para poder dar conta de

tudo isso”, frisou a presidente. Izabel reclamou do abandono dos animais que tem aumentado, principalmente de cães, devido ao fato de muitas pessoas terem saídos de suas casas para ocuparem os 720 apartamentos no Residencial das Árvores, neste mês de dezembro. “A educação sobre o abandono dos animais deveria começar pelas crianças,

porque são mais sensíveis, elas não tem coragem de abandonar um bichinho”, frisou.Ela também se posicionou em relação ao assunto que vem sendo discutido na Câmara de Vereadores sobre a possibilidade de Nova Odessa ter um Hospital Regional Veterinário. “Eu, particularmente, sou contra. Ao invés de resolver nosso problema vai aumentar, pois pessoas de outros municípios vão trazer os bichinhos doentes aqui e abandonar perto do Hospital. Cada município deve ter seu hospital”, comentou. As pessoas interessadas em ajudar a entidade, seja com trabalho, doação de rações ou produtos de limpeza ou mesmo que queira adotar um bichinho, podem entrar em contato com a Izabel através docelular 9.9734.7968. n

Capelania: conforto às pessoas Quem já esteve acamado em um hospital sabe que a situação não é nada boa.

Q

uem já esteve acamado em um hospital sabe que a situação não é nada boa. Primeiro porque ao ser internado, na maioria das vezes, está necessitando de um tratamento mais intensivo para a cura de uma doença, ou porque vai passar por uma cirurgia, mas pode ser ainda uma mãe que está para ter o seu bebezinho, mesmo assim, em momentos de alegria, não são descartados os de ansiedade, às vezes angustias e preocupações. Com o objetivo de confortar essas pessoas, Silmara Palazzi Ferreira Osti, e mais um grupo composto por 35 pessoas trabalham em um projeto de Capelania Evangélica Hospitalar em Nova Odessa. Trata-se de uma atividade evangélica, com a representação de dez igrejas da cidade. Este trabalho existe efetivamente no município desde 16 O Campeão

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Para Silmara, o trabalho de capelanianão fica apenas em uma oração novembro de 2011. Silmara, que coordena o grupo, nasceu em Nova Odessa, é interprete em libras e voluntária neste trabalho de Capelania há três anos, na cidade. Antes disso, fez este mesmo trabalho no Hospital André Luiz, em Americana, por seis anos. Esta é uma obra voluntária, as pessoas vão aos leitos orar e deixar uma mensagem de Deus.

Quando os pacientes são crianças cantam ou leem uma história. Vão a todos os leitos, mas só realizam qualquer uma destas atividades se a pessoa permitir. “As pessoas nos recebem muito bem, geralmente gostam muito. Levamos uma palavra de consolo, isso os conforta, ficam felizes. Eu também me sinto bem, fazendo a obra de Deus”, afirmou Silmara. Todos os dias, no mínimo,

duas pessoas vão a cada leito. Para participar as pessoas devem passar por uma preparação e realizar um curso de 24 horas, em três sábados seguidos. O curso acontece apenas uma vez por ano, geralmente em setembro. Silmara informou que o trabalho não fica apenas em uma oração, levam uma palavra, procuram ouvir as pessoas, se interessam pelo paciente. Se houver necessidade também atendem alguns pedidos referentes a produtos para higiene pessoal, ou na casa do paciente, se estiver faltando algo. É um trabalho social também com o objetivo de suprir as necessidades. Os integrantes do grupo se reúnem a cada três meses em média. Há uma colaboração financeira espontânea e o recurso arrecadado é utilizado para a compra destes materiais necessários. As visitas são feitas na internação e no Pronto Socorro quando as pessoas estão em observação. Aos domingos também tem a participação de um grupo de louvor de uma igreja, que acompanha membros da Capelania nas visitas. n


} PSICOLOGIA

A criança e seus medos

“Não tenha vergonha de sentir medo, todos sentimos em algum momento!”

D

ecidi escrever este artigo porque o medo é um problema que aflige muitos pais diante de situações aparentemente inofensivas ou sem importância, mas que não devem ser ignorados, pois, para as crianças, a coisa é séria e real. Alguns desses medos podem tomar proporções realmente exageradas e evoluir de um quadro denominado fobia. No entanto, a maioria dos medos infantis, como o de escuro, de dormir sozinho ou de animais, permanece em níveis controláveis e tende a desaparecer com a idade. A dúvida da maioria dos pais se refere a como esses medos desaparecem e o que se pode fazer para ajudar a superá-los. Sabemos que o medo é um sentimento muito primitivo que ocorre tanto com os seres humanos como também nos animais e é uma reação instintiva de defesa, que prepara nosso corpo para fugir diante de situações ameaçadoras. Segundo Tito Paes de Barros Neto, M.D. em seu livro “Sem medo de ter medo” (Casa do Psicólogo, 2000 – Págs. 12/13), diz que “O medo é um legado evolutivo vital que leva um organismo a evitar ameaças, tendo um valor obvio na sobrevivência. É uma emoção produzida pela percepção de um perigo presente ou iminente, sendo normal em situações apropriadas.” Diz ainda que “O medo, portanto, deve estar presente em uma intensidade

ideal. Nem mais, nem menos.” Este mesmo autor, menciona na página 126 de seu livro sobre o medo da escuridão. “O medo da escuridão pode ser normal em certas circunstâncias, sobretudo se você estiver em um local ermo e desconhecido. Entretanto, ter medo de ficar no escuro dentro de sua própria casa é um medo irracional, configurando-se, assim, uma fobia.” Violet Oaklander em seu livro “Descobrindo Crianças: abordagem gestaltica com crianças e adolescentes” (EditoraSummus, 1980 – Pag.265), diz que “As crianças tem muito mais medo do que percebemos. Para cada temor que expressam abertamente existem muitos que elas mantem só para si..... Os pais gastam muita energia explicando e desconsiderando os temores das crianças, em vez de aceitar os sentimentos das mesmas. As crianças aprendem a empurrar seus temores bem para baixo, para agradar os pais, ou então para não assustá-los com seus medos.” Diante do medo das crianças, alguns pais censuram seus filhos, outros se tornam superprotetores, outros ainda ignoram, não dando o devido valor e atuam, frequentemente, através de comportamentos inadequados.

Os adultos além de sentirem ansiedade por proteção e pelo bem-estar das crianças, ficam apreensivos quando esses medos tocam nos próprios núcleos psíquicos profundos ou em memórias dolorosas. É muito importante deixar que as crianças se expressem falando sobre seus medos. Nesse momento, os pais devem falar e perguntar sobre seus sentimentos e as fantasias que os perturbam, com carinho e sem forçar, pois, conseguindo que eles falem sobre seus medos, reduz a tensão e ajuda a enfrentar o problema. Os pais devem respeitar e buscar entender os medos de seus filhos porque os medos são inevitáveis, mas controláveis se a criança conta com a confiança e ajuda dos pais e responsáveis. A falta de medo expõe a criança ao risco e o excesso faz com que ela bloqueie. O ideal é ajudar a criança a identificar os medos perigosos dos não perigosos. Na prática, o que se espera é que a criança aprenda a dominar seus temores e não ser dominado por eles, assim como acontece com os adultos. É bom lembrar que

DINORÁ PAULO DA SILVA Psicóloga (11) 9.9985.0580 (Vivo) 9.8767.7010 (Tim)

muitos dos medos são aprendidos, por isso, os pais devem ser um bom modelo na educação dos seus filhos. As crianças podem relacionar o escuro com a solidão e o desamparo. O medo excessivo causa reações fisiológicas e comportamentais na criança. Somente nos casos mais graves, quando o medo impede que a criança durma as horas necessárias para o seu bem estar ou quando nenhuma das alternativas mencionadas funcionarem, é recomendável a ajuda e orientação de um psicólogo. n

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} COMPORTAMENTO

Tema provocador: muito prazer! Interesse por palestras com conteúdo sexual tem crescido a cada edição

U

m grupo de profissionais de Nova Odessa tem investido em palestras que tratam sobre a sexualidade da mulher. A participação tem aumentado a cada edição. Já foram realizadas três palestras NoCanto Bar e a próxima acontecerá no dia 15 de dezembro, às 19 horas, no mesmo local. A entrada é gratuita. As organizadoras são as irmãs Michelli e Márcia Custódio, que trabalham com produtos cosméticos e acessórios na linha sensual e a psicóloga analista do comportamento Simone Pereira. Elas sentiram necessidade de trabalhar o tema, devido às muitas duvidas e questionamentos que chegavam até elas por parte das mulheres. “Vendíamos os produtos e observávamosquealémdetermuita curiosidade, existia ainda o desabafos e insatisfação por parte das nossas clientes quando o assunto

Assunto sério, sem escorregar para o inconsequente, essas palestras tornam-se de utilidade pública era sexo. Decidimos promover as palestras com o intuito de esclarecimento mesmo”, afirmou Márcia. “Faltava no mercado um grupo para discutir o assunto, ainda existe muito tabu. Vejo no consultório problemas com o homem e a mulher e muitos casamentos acabando por este motivo, esfria o relacionamento, se distanciam, aparece outra pessoa e por ai vai”, acrescentou a psicóloga. Elas promovem encontros di-

versos cada um com um tema dentro da sexualidade. O primeiro, realizado em outubro, denominado “Muito Prazer” tinha como proposta duplo sentido, o primeiro de apresentar o grupo e o segundo com foco no prazer que a mulher também tem o direito de sentir e muitas ainda acreditam que não. Esse teve duas edições, aconteceu em dois dias. O segundo encontro foi denominado “Intimidade”, que foi

mais focado na intimidade do casal. E o próximo agendado para o dia 15 de dezembro traz o tema “Desejo”, que abordará brincadeiras, como apimentar o relacionamento e abordará a questão das fantasias. Para o próximo ano as organizadoras querem incluir os parceiros nesses encontros.“Temos que discutir, porque os relacionamentos esfriam, porque caem na rotina e muitas outras questões que terminam por trazer problemas ao relacionamento. Muito do que falamos nas palestras as mulheres comentam ‘meu marido deveria ouvir isso’”, contou a psicóloga Simone Pereira. Os encontros com os casais contará com a participação de um psicólogo, Luíz Flávio Oliveira, de Sumaré, juntamente com Simone. A cada encontro o público aumenta e o limite de participação é de 100 pessoas, portanto as organizadoras pedem para que as interessadasconfirmempresença na página do facebook intitulada “Muito Prazer”. Marineuza Lira

Outra provocação A boa informação nunca é demais. Esses encontros de um grupo de Nova Odessa promovendo palestras que tratam sobre a sexualidade da mulher está se tornando sucesso devido a uma coisa simples: profissionalismo acima de tudo. As pessoas hoje vivem bombardeadas pela mídia e as informações básicas, essenciais para uma vida plena são difíceis

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de serem localizadas e esse, um dos pilares básicos do sucesso desse grupo que definitivamente caiu no agrado. No mesmo tema, o conhecido psicanalista Flávio Gikovate oferece uma série de palestras também dignas do melhor público que queira se informar: h t t p s : / / w w w. yo u t u b e. c o m / watch?v=4GnUPa8AN_s


} HISTÓRIAS

A origem de alguns esportes

FUTEBOL DE SALÃO Duas versões contam a origem do futebol de salão. Uma delas diz que o jogo foi criado por volta de 1940 na Associação Cristã de Moços em São Paulo. O esporte foi transferido para as quadras cobertas de basquete e hóquei devido à dificuldade de encontrar campos livres para a prática. Inicialmente, as equipes eram compostas por seis ou sete jogadores e as bolas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada. Porém, já que quicavam muito, tiveram seu tamanho reduzido e o peso aumentado, motivo pelo qual chamava-se o jogo de “esporte da bola pesada”. A outra possível origem remonta a 1943, na Associação Cristã de Moços de Montevidéu, no Uruguai, onde o esporte foi chamado de indoor-foot-ball. Federeção Gaúcha de Futebol de Salão

AS RAÍZES DO SKATE - A história do skate começa ainda nos anos 30, quando crianças começaram a montar seus próprios "carrinhos" com rodas de

pode estar em cotoveladas e cabeçadas trocadas durante os jogos. KARATÊ - O caratê veio da Índia - Ao contrário do que indica a crença geral, o caratê não é uma arte marcial japonesa. Sua origem deu-se na Índia muitos séculos atrás. Seus ensinamentos foram aos poucos se espalhando pela Ásia e chegaram ao Japão apenas muito tempo depois.

patins colocadas sob pedaços de metal ou madeira. Os surfistas da Califórnia também adotaram o objeto no início dos anos 50, usando-o como um método de treino quando o mar não oferecia boas ondas ou em cidades sem praia. O esporte foi chamado inicialmente de sidewalk surfing (surf de calçada) ou terra surfing. O skateboard, no entanto, demorou muito para virar febre. Foi apenas em 1973 que as rodinhas de uretano foram criadas pelo americano Frank Naswortly, o

que melhorou muito sua tração e possibilitou manobras mais radicais. PANCADAS NO CÉREBRO - Exame com 15 jogadores de futebol constatou que 11 tinham cicatrizes no cérebro. Em 1997, especialistas em neurologia da Universidade de Helsinque, Finlândia, submeteram 15 jogadores de futebol a exames de ressonância magnática. Constaram que onze - mais de 73% - tinham cicatrizes no cérebro, cuja origem

CORRUPÇÃO - Fraude no esporte acontece não é de hoje A máfia americana fez de boxeador italiano campeão mundial invicto - O maior "conto" da história do boxe foi aplicado pela máfia americana. Graças a uma série de lutas fraudadas, sem que ele próprio soubesse, fizeram do italiano Primo Carnera campeão mundial invicto em 1933. Favorito nas apostas, Carnera foi facilmente derrotado na primeira defesa do título, menos de um ano depois, porque sequer sabia lutar. A máfia faturou lucros elevados com o blefe. Fontes: Terra, sites.google

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} ENCONTRO

Árvore genealógica na prática

Dezembro, mês de festas. Nova Odessa recebeu o Encontro da Família Rocha e Agregados.

H

á 8 anos, um menino fantástico de imenso coração, Léo Rocha, que mora na Inglaterra, veio ao Brasil para visitar sua família e como não tinha tempo hábil para ver todos, então teve a ideia de reuni-los, para poder passar umas horas com seus entes. Isso aconteceu em Minas Gerais, de onde surge através da União de Justino Celso e Luiza dos Prazeres, há 133 anos, a família Rocha, de lá para cá já são 154 descendentes diretos, entre filhos, netos, bisnetos, tataranetos, etc. Esses encontros motivados pela vinda do “Inglês”, se repetiram por mais 3 vezes, cada vez contando com mais participantes. No ano passado, em Itaúna/MG, cidade onde mora a“mãezinha” do Léo, aconteceu

Fato raro em se tratando de árvore genealógica, aqui, autênticos representantes de parte do tronco, galhos, folhas e tenras florzinhas se réunem... pela 4ª vez e foi batizado de Encontro dos Rochas e Agregados, onde também ficou meio que definido que passaria a ser anual e itinerante, visto que, todos haviam acontecido em Minas. E Nova Odessa foi escolhida para receber o even-

to ciceroneados pelos Rochas daqui e seus Agregados (leia-se Prados). Foram 3 dias de muita festa, alegria e emoções. Daqui o evento irá para o Rio de Janeiro em 2016, onde também promete...

Mereceu destaque a presença da Sra. Tereza Rocha (89), a tia Zinha, filha mais nova do casal Justino e Luiza. Também na foto “a mãezinha” e da irmã do Léo, o percussor desse evento. Detalhe, a tia Zinha é madrinha de batismo da Iara, mãe do Léo. A galera de Nova Odessa, vigoroso Galho, foram cicerones nesse ano e tiveram participação massiva nos anos de 2013 e 2014, e estão confirmadíssimos para o Rio 2016...

Pão, o eterno alimento! Cumprimentamos àqueles que diariamente, anualmente, dedicam suas vidas a produzir o insumo básico para a humanidade. A TECNOPÃO jubila-se por mais um Natal estar presente junto aos valorosos prossionais panicadores!

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} TECNOLOGIA

Dando as cartas: o voo do 777X

Há 10 anos, em uma aeronave Boeing o custo do material empregado era menor que dois por cento. Atualmente essa porcentagem deve ter caído - o restante é tecnologia!

O

Dremliner 787-9, avião da Boeing, tem uma característica incomum: assim que se desprende no chão, ele decola na vertical, a quase 90 graus em relação ao solo. Com a fuselagem esticada em seis metros, o 787-9 pode voar com mais pessoas e com mais carga do que seu antecessor, o 787-8, e também mais longe com a mesma eficiência ambiental: 20% menos de combustível e emissões do que os aviões anteriores. A Boeing ousou tudo nessa aeronave e a lei de Murphy funcionou às mil maravilhas. Pela mídia O Campeão acompanhou com o mundo por anos, o drama da empresa que conseguiu entregar a primeira unidade com exatos três anos de atraso. Construído com material composto ao invés de alumínio, ele é significativamente mais leve que outras aeronaves. Seu sistema de freios, pressurização, ar condicionado são alimentados não por força hidráulica, mas por eletricidade. Ele usa 20% menos combustível que seus concorrentes, tem custo operacional menor e ainda teto alto e janelas largas. Depois de quase dez anos de desenvolvimento, pesquisas e atrasos, a resposta da Boeing aos constrangimentos: está entregando essa joia pela bagatela de 218 milhões de dólares, cada. E a fila é grande para recebê-lo! A história da Boeing confunde-se com a história da própria aviação. Criada em 1910

por William Boeing, em Seattle, no estado de Washington para ser a primeira fábrica de aviões dos Estados Unidos da América, começou com encomendas para a força aérea e se tornou o maior fabricante de aviões comerciais do mundo. Em 1910, William Boeing foi participar de uma conferência em Los Angeles sobre aviação e voltou tão entusiasmado, que começou a estudar e planejar seu primeiro avião. Mais tarde juntamente com Conrad Westervelt, um renomado engenheiro da marinha, que tinha qualificações aeronáuticas, obtidas no Intituto de Tecnologia de Massachusetts, tornou realidade seu sonho. Nascia o primeiro avião da Boeing, o ano era 1915. Daí para frente, a história da Boeing se transformou muito com o passar dos anos. Encomendas militares fizeram com que se trornasse um grande fabricante militar, ao mesmo tempo que os projetos civis caminhavam com toda força. Sob o nome de “The Boeing Company” se divide em três grupos: cada grupo se subdivide: o primeiro na área militar, o segundo na áera de produção de aeronaves da Boeing e da McDonnel ainda em produção e operação, e o terceiro grupo cuida da parte de telecomunicações e outros projetos da Boeing, que a inclui como projetista, montagem de satélites e veículos de lançamento. É a maior fornecedora de satélites comerciais e militares do mundo; maior fornecedora da NASA. O futuro será dos aviões supersônicos, e a Boeing já está avançada nestes estudos. Mesmo assim, com uma grande estratégia, a Boeing não conseguiu evitar totalmente a concorrência. Pela primeira vez em sua história, a companhia enfrenta uma forte concorrência vinda de fora dos Estados Unidos: a Airbus...

O Boeing 787 Dreamliner, precede ao 777. O 777 é uma aeronave widebody bimotor turbofan desenvolvida e fabricada pela Boeing. É a maior aeronave bimotora do mundo, com capacidade de 314 a 550 passageiros, divididos de 1 a 3 classes, com um alcance de 9 695 a 17 372 quilômetros. Comumente referido como o Triple Seven, as suas características distintivas incluem o maior motor turbofan do que qualquer outra aeronave, seis rodas em cada trem de pouso principal, seção transversal da fuselagem totalmente circular, e um cone de cauda em formato de lâmina. Os 777 é um dos modelos mais vendidos da Boeing. As companhias aéreas adquiriram a aeronave com um baixo consumo de combustível, substituindo outros jatos widebody e têm sido cada vez mais implantado em rotas de longo curso, principalmente as transoceânicas. Em novembro de 2013, a Boeing anunciou o desenvolvimento de novas variantes, o 777-8X e 777-9X, chamados coletivamente de 777X, que caracteriza as asas compostas, motores GE9X e outras tecnologias desenvolvidas para o 787. A série 777X está prevista para entrar em serviço até 2020. n

Réplica do primeiro Boeing, de 1916 O Campeão DEZEMBRO DE 2015 21


} LAZER

Feltrin: de pesqueiro a Estância

Em pleno centro de Nova Odessa um lugar privilegiado até então desconhecido pela maioria. Agora está recebendo investimentos.

Q

uem conheceu o Pesqueiro Feltrin, em Nova Odessa, e hoje, depois de algum tempo, ficará surpreso com a transformação. Conversando o Paulinho, empreendedor americanense que enxergou oportunidade quando esteve ali pela primeira vez, o interlocutor entenderá e fará uma ponte imaginária para o que será a Estância Feltrin ali no futuro. O local é simplesmente encantador e o belo lago piscoso é isolado por um cinturão verde em pleno centro da cidade. O outrora pesqueiro, mal cuidado, agora sob a batuta do Pau-

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linho, tal como orquestra em formação já afinou seu tom e já em plena apresentação-solo, em domingo recente o estacionamento agregando terreno da tecelagem do mesmo nome foi sendo tomado e surpreendeu visitante que se apertou para estacionar no espetacular terreno para esse fim. Era o primeiro teste da nova casa que ofereceu uma costela de chão que não decepcionou quem decidiu sair de casa naquele domingo ensolarado. O antigo e modesto barraco à beira do lago que existia, deu lugar a uma espaçosa área rústica com generoso pé direito e o

Do bebê ao vovô, o pesqueiro Feltrin acolhe e contenta a todos! grande salão acomoda o palco e mesas do restaurante. Desse restaurante, a ousada falta de duas paredes permite dominar com vista todo o lago e ao fundo os prédios de Nova Odessa, esses, parecendo estar logo após o cinturão verde, relaxa qualquer espírito estressado proporcionando sem dúvida aprazível bem-estar a quem ouve música ao vivo e degusta seu aperitivo. Mas a maioria quer mesmo é tomar suas cervejas

sob a copa das árvores à beira do lago. Um cliente entusiasta do local ofereceu ao empreendedor peças diferenciadas que se tornaram marca registrada do pesqueiro, com originais pneus de quase dois metros de diâmetro, altura de 70 a 80 centímetros, (deitados) que recebendo tampo de madeira no centro, pintura surrealista, esses pneus de motoscrapers, grandes tratores de mineração, tornaram-se mesas especiais


A cidade ganha ponto de lazer que pode abrigar ao >> seu redor de sete a oito contadores de potocas... Um pesqueiro temático A ideia de transformar o antigo Pesqueiro Feltrin em Estância é comungar agregando simplicidade bucólica do local em ambiente receptivo fugindo porém, à formalidade urbana. Gente mais atenta observa o rigor da visão do empreendedor que conduz seu empreendimento como exigente consumidor. Isso entusiasma pois sinaliza crescimento sob senso crítico ao investir na construção de enormes, confortáveis e arejados banheiros, dignos de qualquer grande casa de eventos. Casa de eventos? Ouvindo Paulinho, modesto ao falar de seus sonhos, mas pela qualidade do conjunto musical que se apresentava ao longo do dia pode-se esperar um portfólio de opções de lazer para satisfazer toda a família.

Ele não fala, mas nas entrelinhas podemos ousar interpretar de seu entusiasmo, algo como referência o pesqueiro Maeda, empreendimento na região de Itu que oferece pesca, pousada e lazer para toda a família, ao requinte sediar eventos internacionais. A esse ponto, Paulinho não afirma, não tem compromisso, e sonhar não é proibido – é combustível! A sugestão de O Campeão ao leitor que queira sair da rotina do macarrão e televisão dos finais de semana, o ideal é tomar uma atitude e surpreender a família com um passeio à Estância Feltrin, que com certeza não haverá críticas. Algumas torres para rapel, tirolesa, arvorismo, que é uma prática esportiva de aventura consistindo na travessia de um percurso suspenso entre plataformas montadas na copas das árvores, são alguns projetos que pipocam pela visão desse maluco que enxergou num discreto recanto bucólico algo diferente de

Almoçar na Estância Feltrin é ter noa música para embalar o grande cardápio. Johny & Júnior surpreendeu a quem os ouviu pela primeira vez. todas as parcas opções de lazer oferecidas na região. Paulinho deu mostras de que enxerga longe, mas é comedido em alinhavar seu projeto de investimento. Mostra-se exímio administrador que rega suas plantas enquanto a música sertaneja campea, a cozinha agita, garçons correm sob as árvores servindo porções e cerveja, en-

quanto carros vão chegando ao grande estacionamento... Plin, Plin! Saúde aos malucos visionários! SERVIÇO: É fácil chegar à Estância Feltrin: Localizado bem ao centro de Nova Odessa, entre a Vila Azenha e o Jardim Nossa Senhora. de Fátima. n

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} EMPREENDEDORISMO

O perigo da dependência

“Eram possibilidades que sempre existiram, mas não aproveitávamos, tinha chegado a hora de ir atrás delas.”

A

Lafis, que faz análises econômicas e setoriais, perdeu 36% das vendas com a crise de 2008. Um esforço para buscar receitas em outros setores recolocou-a na rota do crescimento Ao estudar a trajetória de empreendedores, não é raro identificar períodos de expansão precedidos de uma grande dificuldade que os obrigou a sair da zona de conforto a que estavam acostumados. Esse parece ser o caso da paulistana Lafis, que faz análises econômicas e relatórios setoriais. A empresa encerrou 2008 com queda de 36% no faturamento em relação ao ano anterior. “Mais da metade das receitas vinha de serviços prestados a bancos, que foram os grandes prejudicados durante a crise mundial daquele ano”, diz o administrador Jouji Kawassaki, de 67 anos, fundador da empresa. “Todos os bancos internacionais que quebraram compravam da Lafis.” Uma reestruturação interna e um esforço para conquistar clientes em outros setores fizeram com que, um ano depois, a Lafis fechasse cinco vezes mais negócios e recuperasse as receitas perdidas, terminando 2009 com algo em torno de 3 milhões de reais, segundo estimativas do mercado.

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Fundada em 1992, a Lafis nasceu com a proposta de levantar, organizar e analisar informações econômicas que possam ajudar executivos de bancos, instituições financeiras, empresas e consultorias a enxergar onde estão as oportunidades e os riscos para os negócios. Curiosamente, Kawassaki não conseguiu visualizar a tempo uma das maiores ameaças a que a própria Lafis, assim como muitas outras pequenas e médias empresas, estavaexposta:dependerdemais de um único tipo de cliente.

que usam projeções de mercado em planejamentos de vendas. “Eram possibilidades que sempre existiram, mas não aproveitávamos”, diz Leite. “Tinha chegado a hora de ir atrás delas.” Para conseguir alcançar públicos que talvez nunca tivessem ouvido falar da Lafis. Organizados por mercados, os vendedores da Lafis passaram 2009 batendo à porta de grandes companhias. Nos contatos, eles ofereciam relatórios já prontos e contratos para fornecer análises especiais sobre determinados in-

“A área comercial foi fortalecida e a equipe de vendedores dobrou de tamanho” Era preciso diversificar - e urgentemente. A tarefa coube ao analista de sistemas Alex Leite, de 30 anos, presidente da Lafis. Leite percebeu que, com algumas adaptações, os estudos, as análises e as projeções econômicas dos mais de 40 setores acompanhados pela Lafis poderiam ser oferecidos a companhias de qualquer mercado - e não apenas às da área financeira, como vinha acontecendo. Entre as boas oportunidades desperdiçadas estavam redes de varejo, que mudam estratégias de acordo com os humores da economia, empresas que precisam entender melhor o setor em que seus clientes atuam para lançar novos serviços e até agências de marketing e publicidade,

indicadores, segundo a necessidade do cliente em potencial. No final do ano passado, empresas para as quais a Lafis jamais havia trabalhado - como a Telefônica, a fornecedora de sotfwares Totvs e as agências de publicidade F/ Nazca e DM9 - entraram para a carteira. Entre os novos clientes está a consultoria e auditoria PricewaterhouseCoopers. “As informações da Lafis ajudam a embasar nossas análises”, diz Sandra Groque, da Price. Existe uma razão histórica para o setor financeiro ter sido o único alvo importante durante tanto tempo. Antes de fundar a Lafis, Kawassaki fez carreira em bancos de investimento. Ele viu uma ocasião favorável para empreender

vendendo ao setor de onde viera relatórios com análises de balanços de empresas de capital aberto e de seus mercados.“Coletávamos informações dos jornais e alimentávamos um enorme banco de dados”, diz ele. “Eram informações que valiam ouro para bancos e corretoras do Brasil e de fora.” (A Lafis chegou a ter escritórios em Nova York e em Londres para atender à demanda dos grandes bancos de investimento estrangeiros que procuravam números sobre o Brasil.) A movimentação recente fez parte de uma reestruturação mais profunda, em que foram revistos os processos internos e a hierarquia dos funcionários, com o objetivo de tornar a Lafis mais ágil e enxuta. Tudo aconteceu ao mesmo tempo que se profissionalizava a gestão, com a escolha de Leite - prata da casa desde 2000 - para o comando, e durante um período particularmente complicado, quando uma doença afastou Kawassaki do dia a dia por seis meses. Hoje no conselho de administração criado nessa fase, Kawassaki diz ter ficado satisfeito com as mudanças - e animado com a estimativa de aumentar as receitas em 30% neste ano. “Foram quase duas décadas como empreendedor à frente do negócio e muito aprendizado, sobretudo em momentos de dificuldade”, diz ele. “É nessas horas que aparecem as maiores chances de fazer diferente.” Juliana Borges, para EXAME PME


Tendências que vão mudar a forma como você vende Você está preparado para incorporar novas tecnologias do varejo?

U

m dos maiores eventos sobre comércio digital do mundo, o Shop.org deste ano foi na Philadelphia, terra de Rocky Balboa e berço da independência dos Estados Unidos. Com participação de mais de 5.000 pessoas e 300 expositores, o destaque ficou por conta da penetração do Mobile (que já não é mais tendência, virou pura realidade como a nova plataforma dominante) e da chegada das tecnologias do “futuro” (que de futuro não tem nada, pois já estão bem presentes). O varejo hoje já é responsável por 1 em cada 4 empregos, segundo o presidente da NRF, a federação do varejo americano. A relevância do setor é indiscutível, mas ele vem mudando – e vai mudar muito mais nos próximos anos. Aqui, reúno as principais tendências e inovações discutidas no evento: 1. Mobile é a prioridade número 1 para os varejistas virtuais, assumindo a dianteira em relação a omnichannel, marketing, site merchandising, expansão internacional e site replatform, que são os próximos na lista de prioridades. 2. Embora seja a prioridade número 1, os varejistas virtuais ainda estão pelejando para conseguir lidar com a complexidade da migração para o Mobile. Atribuição, usabilidade, responsividade, modelo de negócios e estrutura organizacional são os fatores críticos que fazem com que a venda média em smartphones seja de 12%, com um tráfego médio de 30%. Para tablets, a proporção é mais suave (16% e 17%, respectivamente). 3. Mobile influencia mais as vendas offline do que as vendas online!!! Embora contra-intuitivo, é a realidade! 4. Conteúdo está de volta. Para que a experiência do consumidor seja completa, são necessários mais investimentos em conteúdo. Destaques para: Instagram e Pinterest + User Generated Content (conteúdo gerado pelo usuário) + Vídeos e Fotos em alta qualidade + Tutoriais e Reviews de Experts + Vídeos ”Como fazer” + Conteúdo social propagado + Blogs. 5. O feijão com arroz ainda é muito im-

portante. Os principais fatores considerados pelo consumidor antes de realizar uma compra nos últimos 3 meses são: custo de frete + busca + avaliações de outros usuários + imagens dos produtos + carrinho salvo + imagens alternativas dos produtos + demonstrações em vídeo. 6. Feriados e datas comemorativas nunca foram tão importantes e… caros! 73% dos consumidores americanos reportaram que compraram menos em lojas físicas porque haviam comprado online no feriado de Ação de Graças! Alta expectativa de descontos e promoções! Volumes maiores, margens menores… O Amazon Prime Day (dia de descontos para clientes Prime da Amazon) representou 1,5 vezes as compras em um dia comum. No CyberMonday (algo como a Black Friday do e-commerce), foram 2,2 vezes. Já o dia dos solteiros na China (11/11) movimentou 8,9 vezes mais do que um dia normal! 7. Novos objetos interessantes capturam nossa atenção, mas não o nosso bolso. Os wearables (tecnologias vestíveis), mobile digital wallets (carteiras virtuais), subscription boxes (modelos de assinatura) e smart home devices (dispositivos integrados à casa) despertam interesse, porém ainda estão na curva inicial de adoção. O último ponto se conecta com a principal palestra do evento, que foi feita pelo CEO da Singularity University, Salim Ismail, autor do livro “Exponential Organizations” – leitura recomendada para todos que trabalham ou se interessam por E-Commerce, Plataformas Digitais, Internet, Futuro, Tecnologia, Inovação, Vale do Silício e temas correlatos. A principal tese dele é que as companhias formatadas para o sucesso no século XX estão fadadas ao fracasso no século XXI, porque o mundo está experimentando uma onda exponencial e, portanto, as empresas precisam se tornar organizações também exponenciais, para que possam se adaptar e sobreviver. A Lei de Moore já previu o impacto da força exponencial em diversos aspectos de nossa vida cotidiana, que serão reconfigurados nos próximos anos: saúde, água, energia, meio ambiente, alimentação, ed-

ucação, segurança, pobreza, tecnologia e tantos outros. Recentemente, foi feito um seminário na Singularity University com maiores executivos de diversas companhias (Shell, SAP, Coca Cola, Google, Nokia, Hershey’s, entre outras) e o levantamento mostrou que 75% deles tinha pouco ou nenhum conhecimento dessas tecnologias revolucionárias que estão em curso. Após o seminário, a conclusão é que 80% destas tecnologias trariam impacto “game-changer” em até 2 anos e, 100% delas, em até 5 anos. 100% dos executivos traçaram planos de ação imediatos. E quais são estas tecnologias disruptivas? Seguem alguns exemplos: 1. Internet das Coisas (IoT: Internet of Things) Os primeiros 20 anos da internet que conhecemos foram formados pela conexão de pessoas a máquinas. O novo paradigma será o aumento exponencial da conexão de máquinas a máquinas (M2M) pela internet das coisas. Em 2020, haverá mais de 50 bilhões de aparelhos e, em 2030, a comunicação M2M responderá por mais de 50% do total. 2. Biotecnologia Diversas inovações irão revolucionar a saúde. Sequenciamento do DNA, cura inimaginável de doenças, alteração genética de embriões, brain computer interfaces e até o armazenamento dos seus sonhos serão possíveis com a biotecnologia exponencial. 3. Veículos autodirigíveis Outra revolução ocorrerá no transporte de pessoas e mercadorias com os veículos autodirigíveis (selfdrive). Google Car, Tesla, Uber, entre outros players, serão responsáveis por reconfigurar tudo que conhecemos a respeito desse assunto. Existem alguns dilemas éticos no meio do caminho, que certamente serão endereçados. 4. Energia solar O custo da energia solar está caindo exponencialmente e em alguns anos sua adoção será massiva, >> O Campeão DEZEMBRO DE 2015 25


O drone DHL

Você está preparado para incorporar novas tecnologias do varejo? >> 5. Realidade aumentada e realidade virtual Considerada uma das três tecnologias com alto impacto no varejo e no e-commerce nos próximos anos, a realidade aumentada/virtual promete oferecer novas experiências ao consumidor, pois permite que ele veja e interaja com os produtos e serviços que deseja possuir, antes mesmo de tê-los em suas mãos. 6. Drones Considerada a segunda das três tecnologias com alto impacto no varejo e no e-commerce nos próximos anos, a utilização de drones já é realidade em fase piloto em algumas companhias como a Amazon (Prime Air) e o Google (Projeto Wing), porém é na startup Matternet que residem as maiores apostas. Com um drone autônomo (que não precisa de piloto) desenhado exclusivamente para transporte de mercadorias de até 1kg, num raio de 20km, seu custo por entrega é de US$ 1,50 para um tempo médio de entrega de 10 minutos contra US$ 11 em 40 minutos do melhor entregador (hoje em dia) nos EUA. 7. Impressoras 3D Considerada a terceira das três tecnologias com alto impacto no varejo e no e-commerce nos próximos anos, a impressora 3D promete revolucionar a concepção e recebimento dos produtos por parte dos consumidores. Imagine não precisar esperar o produto chegar na 26 O Campeão

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sua casa, e em vez disso poder imprimi-lo diretamente? Imagine poder digitalizar seu corpo, sua casa, seu carro, seu gato e ter produtos customizados para eles? Admirável mundo novo ou Jetsons? Já dizia Bill Gates… “Normalmente nós superestimamos as mudanças que virão nos próximos dois anos e subestimamos as mudanças que ocorrerão nos próximos dez”. A sociedade está preparada para as mudanças exponenciais que virão? Veremos nos próximos anos. Por aqui, seguem minhas previsões do que vai acontecer em 2036: minha filha não vai tirar carteira de motorista quando fizer 18 anos; - vou imprimir em 3D 50% das minhas compras em casa ou num hub próximo de casa. Os outros 50% chegarão por drone ou Uber selfdrive; - antes de fazer qualquer compra (online ou offline), terei experimentado o produto por realidade virtual/aumentada; - energias alternativas como solar e eólica serão mainstream, deixando combustíveis fósseis como peças de museu; - vou saber quais doenças tenho alta probabilidade de ter em 2056, para me prevenir desde 2036; - minhas férias serão em Marte. Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/tendencias-tecnologias-varejo/ Drones para uso comercial: ficção científica ou realidade?

Depois de Amazon e Google, a DHL está também iniciando um projeto piloto com drones. O vôo inaugural foi no dia 18 de setembro. Até o final do ano, um ‘DHL-parcelcopter’ será o transporte de drogas da cidade portuária na Baixa Saxónia Norden a uma farmácia na ilha do Mar do Norte Juist. O novo robô DHL abrange a quase 12 km de distância para a ilha completamente sem a necessidade de ajuda externa. Ela opera no piloto automático e voa a cerca de 50 metros de altura no céu. Na verdade, a DHL já tinha completado um

único vôo da sonda ao longo do rio Reno, no final de 2013, mas o que a DHL está fazendo atualmente é o primeiro teste em condições cotidianas normais. Ambos, o construtor zangão Microdrones e instituto da RWTH para a dinâmica do sistema de vôo em Aachen estão participando neste projeto. Cada vôo tem que ser registrado individualmente por razões de segurança. No entanto, o actual quadro regulamentar é muito rigorosa para o uso comercial de drones. Apesar disso, muito tem sido feito, tecnologicamente, no campo de aviões não tripulados ao longo dos últimos anos.

Forerunner Amazon Prime Air : Entrega em 30 minutos

Ideia da Amazon para oferecer pacotes dentro de 30 minutos . aos clientes sobre o Primeiro- Air - programa , usando drones , enfrentou críticas maciça em dezembro de 2013. Ele também foi interpretado como uma mordaça puro marketing . Drones vai realmente encher o céu e entregar os pacotes dentro de curtos períodos de tempo, através do ar, diretamente ao cliente ? Aqui está o vídeo da Amazon sobre o projeto drones Amazon Prime Air, o que causou enorme excitação e gerou mais de 14 mn. (!).


} CAMARO 2016

Liberada: a fera está solta

É impossível ficar impassível ante a uma presença tão desconcertante. O Camaro é autêntico assédio moral a qualquer ser humano!

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Chevrolet apresentou oficialmente a sexta geração do Camaro nos Estados Unidos. O muscle car é bastante parecido à quinta geração, que ainda está à venda no Brasil. Entre as mudanças mais sentidas está a da redução de peso. Agora, o Camaro pesa 90 quilos a menos se comparado ao seu antecessor. A atualização é resultado da substituição da plataforma Zeta pela Alpha, a mesma presente na nova geração do Cadillac ATS. A nova plataforma é compartilhada com o Cadillac ATS e CTS, mas 70% dos componentes são exclusivos do Camaro. Tanto que a fabricante afirma que apenas o emblema da Chevrolet e a inscrição SS, localizada na parte traseira, foram herdadas da quinta geração. Na parte tecnológica, o novo Camaro conta com suspensão adaptativa em três estilos de

condução: Tour, Sport e Track, agora disponível para todas as versões do esportivo. No interior, os destaques são o novo sistema multimídia, com tela sensível ao toque de oito polegadas, freio de estacionamento eletrônico, e um sistema de iluminação que permite ao motorista optar por 24 efeitos diferentes para toda instrumentação e luz ambiente. Serão comercializadas três versões: LT, RS e SS. As opções de motores incluem um 2.0 turbo de 275 cv; um V6 3.6 de 335 cv ; e um V8 6.2 de 455 cv. As transmissões podem ser manual de seis marchas ou automática de oito velocidades, esta uma novidade. Nos Estados Unidos, as vendas começam em junho. No Brasil, o modelo é esperado para o segundo semestre do ano que vem. Os preços ainda não foram divulgados.

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} MOTOS

Leilão de uma relíquia Vendida na Alemanha a 1 Motocicleta a ser produzida em série no mundo.

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oto mais antiga a ser produzida em série no mundo Muita gente sonha em adquirir um primeiro modeolo de um carro ou moto fabricado e no momento de seu lançamento. Mas por outro lado existem pessoas que gostariam de adquirir estes modelos, mas o que dizer de um fabricado a mais de 110 anos. Fabricada em Munique, na Alemanha, em 1894, a Hildebrand & Wolfmüller foi a 1ª motocicleta a ser produzida em série. Em um leilão realizado pela Bonhams Important Pioneer ela foi arrematada por U$132 mil – ou mais de R$ 230 mil – sendo que o lance inicial era de “somente” U$ 60 mil. Os irmãos Hildebrand eram engenheiros que começaram experimentando com motores a vapor mas logo mudaram para os de combustão a gasolina. Se uniram então a Alois Wolfmüller

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Não havia corrente nem correia. O Campeão se entusiasmou com a transmissão utilizando dois braços da roda ao motor de quatro tempos. e seu mecânico Hans Geisenhof, e dessa união surgiu uma motocicleta com um motor de 4 tempos e cilindros paralelos, refrigerado a água. O mais incrível é que até pouco tempo era o maior motor já colocado em uma moto

em série. É de se reconhecer a genealidade dos precursores dos equipamentos que hoje nos parecem tão comuns. Esses gênios contrariavam a tudo e a todos, colocando em movimento produtos ab-

solutamente inéditos que apenas existiam em seus sonhos, pois não existia nada de suporte técnico como ferramental, matéria-prima, e, sobretudo, havia de sobra - os eternos críticos... Dessa moto pioneira em linha de montagem, o Campeão assistiu a um vídeo que demonstrava não haver correia ou corrente para movimentar a roda traseira mas um sistema de êmbolo muito parecido ao mais moderno girabrequim dos carros de hoje e isso pode ser observado na foto acima onde dois braços saídos desse êmbolo em direção à roda a girava qual a roda de uma locomotiva. Contagem regressiva: grande encontro anual de motos promovido pelo Veteran Motorcycle Club do Brasil, dia 20 de dezembro no Clube Paraíso das Águas. Esse evento é garantia de rever motos de todos os anos, curiosidades desse meio e eventos paralelos que estarão acontecendo como competições, exposições, enfim, é motivo para sair da rotina e levar a família a um excelente programa. n


} AUTOS

Picape Fiat revoluciona

Resumo: ela deixa de ser um caminhãozinho para ser carro com caçamba, como as picapinhas

A aguardada picape da Fiat já está pronta e tem nome.

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montadora vai esperar até o início do ano que vem para não lançar sua nova estrela no meio da crise econômica, mas já sabemos como serão as versões e os motores. A Toro básica se chamará Urban e terá motor 1.8 flex. A topo de linha Country usará motor 2.0 turbodiesel. E ainda em 2016 chegará uma versão intermediária com motor 2.4 flex de 186 cavalos O que havíamos previsto em abril de 2014 está se concretizando. Uma nova picape da Fiat, já batizada de Toro, se somará à nova picape Oroch da Renault. A Toro já está pronta, mas a Fiat preferiu adiar seu lançamento para o primeiro trimestre de 2016, devido à crise econômica sofrida pelo Brasil, para entrar no mercado já com um bom volume de picapes produzidas. A montadora não divulgou imagens do modelo finalizado. Tanto a Toro quanto a Oroch utilizam o mesmo conceito construtivo: monobloco com motor transversal e tração dianteira, bem diferente dos modelos atuais vendidos em nosso mercado. As tradicionais Ford Ranger, Chevrolet S10,

Volkswagen Amarok, Toyota Hilux, Mitsubishi L200 e Nissan Frontier usam longarinas e têm motor e câmbio longitudinais, eixo cardã e suspensão traseira com eixo rígido e feixes de molas (exatamente como um pequeno caminhão). Nesse novo conceito de picapes, a estrutura é do tipo monobloco, bem mais rígida, resistente e leve. Em resumo: elas deixam de ser um caminhãozinho para serem carros com caçamba, como as picapinhas, só que bem maiores. Com tal construção, essas picapes contemporâneas terão muitas vantagens sobre as antigas. Entre elas, estão o consumo mais baixo, o comportamento dinâmico semelhante ao de um bom sedã, o acesso mais cômodo para os passageiros, a maior resistência aos impactos e a melhor manobrabilidade. O sucesso das pequenas picapes que inundam o mercado brasileiro – todas derivadas de modelos de veículos em produção –, levaram osdepartamentosdeengenharia das fábricas a repensar também o conceito das picapes médias. Por que algo que funciona tão bem nas pequenas não poderia dar bons resultados também nas médias? Partindo dessa premissa e de resultados positivos que a Honda obteve no mercado norte-americano com a Ridgeline (uma picape monobloco que utiliza a plataforma do Honda >> O Campeão DEZEMBRO DE 2015 29


O mercado se altera sob todos os aspectos. Concorrência é isso. >> Pilot), as engenharias da Renault e da Fiat desenvolveram suas picapes monobloco. A Renault partiu do crossover Duster, mas a Fiat preferiu desenvolver uma plataforma própria, semelhante à utilizada pelo Jeep Renegade. Toro terá três tipos de motor A Renault Oroch leva 650 quilos de carga, tem suspensão independentenasquatrorodas, motores flex 1.6 e 2.0 e tração 4×2 e 4×4 (em 2016). Não há previsão de uma versão a diesel, mas a Renault não descarta essa possibilidade. Já a Toro terá capacidade de 1 tonelada, como as médias com chassi e longarina. Mas, segundo a Renault, isso não é grande vantagem porque 99% dos usuários de picapes médias levam 600 kg ou menos de carga. A Fiat Toro terá suspensão independente nas quatro rodas, sendo a traseira com um sofisticado sistema de adaptação de câmber e cáster variando de acordo com a carga colocada na caçamba. A Toro será oferecida inicialmente no Brasil com duas opções de motor. A versão de entrada se chamará Urban e terá motor 1.8 flex de 130/132 cv (gasolina/etanol) semelhante ao do Jeep Renegade, sempre associado a um câmbio automático de seis marchas. Haverá também a versão Country, com motor turbodiesel 2.0 MultiJet (também do Renega-

de) de 170 cv e 35,7 kgfm de torque. Essa unidade será associada ao câmbio automático ZF de nove marchas ou a uma caixa manual de seis marchas, sempre com tração 4×4. Ainda em 2016 chegará uma terceira opção, com o motor 2.4 flex TigerShark MultiAir de 186 cv e 24,4 kgfm – que deve ser associado aos dois tipos de transmissão e de tração. Só haverá opção de cabine dupla. Nossasfontesinformamque a Toro 2.0 turbodiesel manual

terá desempenho bastante semelhante ao da Ford Ranger 3.2 (4×2), mas com um consumo 20% menor. Deverá marcar cerca de 10 km/l na cidade e 13 km/l na estrada. Resulta-

dos promissores, quando consideramos que deve acelerar de 0-100 km/h na casa de 11 segundos e atingir 190 km/h de máxima. Quanto ao preço, falando em valores de hoje, a Toro será posicionada acima da Oroch. A novidade da Fiat partirá da casa dos R$ 70.000, com a versão topo de linha turbodiesel automática 4×4 chegando a R$120.000. Percebe-se claramentequeoutravantagem desse novo conceito de picapes é seu preço mais baixo do que o das concorrentes maiores. Devido à sua complexidade construtiva, as médias acabam custando mais caro. Fonte: Motor Show

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} FILÓSOFOS

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