Newsletter n17

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Da Madeira ao Parque das Nações A temporada começou na Madeira, continuou pelas Lezírias, passou pela Galaico-Duriense e terminou no Parque das Nações. Quatro leilões, 2000 lotes, cerca de 11.000 moedas de ouro, prata e cobre vendidas. Uma nota que quase triplicou o preço-base. Várias medalhas de grande valor. Quatro moedas de ouro a ultrapassar os 20.000 euros, duas delas com mais de 800 anos. Este foi o 2017 da Numisma, que contou com os “protagonistas” de sempre, de D. Sancho I a D. Luís, passando por, entre outros, D. João V, D. Maria I e II e D. João VI. Abril foi o início da temporada para a Numisma. No leilão 109, intitulado “Moedas de Ouro, Prata e Cobre – Coleção Ilha da Madeira”, o destaque foi para um Dobrão 1725 M com carimbo escudete coroado, de D. Maria II (1834-1853), que foi à praça por 8.500 euros, tendo sido vendido por cerca de 11.300 euros. D. João V (1706-1750) foi outra das “estrelas” do 109, com dois Dobrões e uma Dobra entre as mais valiosas. Nos 30 lotes que considerámos mais importantes, de moedas, medalhas e nota de 2017, encontram-se cinco raridades deste leilão. “Moedas de Ouro – Coleção Lezírias” foi o nome dado ao leilão realizado em junho. O maior destaque vai para um Morabitino, de D. Sancho I (1185-1211), que começou nos 19.000 euros e foi vendido por 23.690. Uma moeda de ouro rara e valiosa, que despertou grande interesse entre investidores e colecionadores. Um Dobrão e uma Dobra, de D. João V, a Peça 1795 R, de D. Maria I (1777-1799), outra Peça, de 1821, de D. João VI (1816-1826) e um Dobrão 1727 M com carimbo escudete coroado, de D. Maria II, foram outros dos destaques. De salientar ainda uma medalha, de 1951, da Aparição de Nossa Senhora de Fátima em 13 de Maio de 1917, vendida por 7.100 euros – o seu preço inicial era de 6.000 euros. Em outubro, a Numisma organizou o seu penúltimo leilão de 2017: “Moedas de Ouro de Portugal – Coleção Galaico Duriense”. Mais uma consagração para as moedas de D. João V, neste caso um Dobrão 1726 M e uma Dobra 1731 R, com preços iniciais de 5.500 e 5.000 euros e que foram vendidas por 8.400 e 8.800 euros, respetivamente. A moeda mais valorizada do leilão foi um Escudo 1767 B, de D. José I (1750-1777), que começou nos 600 euros e superou os 4.700 euros, valores que incluem as devidas taxas. O ano fechou com chave de ouro, com o leilão 112. Das 30 raridades de 2017, 11 pertencem a este leilão, intitulado “Moedas de Ouro de Portugal – Coleção Parque das Nações”. As atenções concentraram-se especialmente em duas moedas e numa nota, a primeira emitida para Angola pelo Banco Nacional Ultramarino (BNU), em 1865. As moedas de ouro – um Morabitino, de D. Sancho I e 500 Reais, de D. Henrique – ultrapassaram os 26.500 euros cada. No caso do Morabitino, foi atingido um valor recorde, uma variante destas moedas cunhadas no reinado de D. Sancho I. A nota começou nos 5.000 euros e quase triplicou o seu valor, tendo atingido os 13.000 euros. Uma última palavra para três medalhas, uma de prata e duas de ouro, vendidas por valores entre os 1.700 e os 2.600 euros. No projeto Numisma 2018, pensamos desenvolver o tema notafilia relacionado com Portugal e Colónias, bem como dar destaque quer no aspecto cultural quer no coleccionismo, à falerística, que trata das ordens honoríficas e condecorações, se possível com o apoio da importante e conceituada Academia Falerística de Portugal. Finda a viagem por 2017, estamos já de olhos postos em 2018. Estamos certos que será mais um ano de raridades e de valorização para a moeda portuguesa. Contamos consigo.


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