Leilão 110

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(KM855), Six Pence 1946 (KM852); Russia: 15 Kopeks 1916 (KMY21a.1) struck in Osaka, Japan; União Soviética: 5 Roubles 1989 (KMY229) Samarkand cupro-níquel, 1990 (KMY246) Uspenski Cathedral cupro-níquel, 1991 (KMY271) Cathedral of the archangel Michael in Moscow cupro-níquel, 3 Roubles 1991 (KMY301) 50 Anos Defesa Moscovo cupro-níquel, Rouble 1979/80 (KMY178(?) 1980 Olympics cupro-níquel, Rouble 1987 (KMY203) 175 Anos Batalha Borodino; Federação Russa - 5 Roubles 1992 KMY322) cupro-níquel

MEDALHAS NUMISMA ergue bem alto os seus pendões mais nobres para apresentar duas peças extraordinárias da medalhística portuguesa. Dignas de projectar o nome do nosso país no espaço da notoriedade mundial, estas preciosidades são susceptíveis de ombrear com o rigor das efígies incisas em raro morabitino. Resultaram do artístico labor de João da Silva, nome cimeiro no panorama da escultura medalhística portuguesa e europeia. Quando se celebra o primeiro centenário das aparições de Fátima, que melhor homenagem conferir a Portugal e aos Portugueses do que relembrar duas jóias do seu passado numa alegoria do futuro? Verdadeiras peças de colecção museológica, ambas exaltam efemérides indelevelmente inscritas na memória do tempo. Anversos e reversos atingiram o topo da sublime execução. Exemplares únicos, emitidos em ouro de lei, com punções coevos, destinaram-se ao então Presidente do Conselho de Ministros, o Professor Doutor António de Oliveira Salazar. Como recorda uma nota dactilografada, que se conserva num dos estojos deste precioso acervo, a sua entrega ao Governante em causa foi efectuada pelo Ministro do Interior e pelo Engenheiro Sá e Melo. Sobre o trabalho da coroa destinada a encimar aquele que, para os católicos, é o rosto mais português de Portugal, Nossa Senhora de Fátima, já dissertaram variadíssimos especialistas. Motivo de orgulho para a joalharia portuguesa, actualmente, esta obra-prima possui um valor incalculável e ostenta a bala que atingiu Sua Santidade o Papa João Paulo II, aquando do atentado de 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Trinta e cinco anos antes, João da Silva não poderia prever tal acontecimento, cujo desfecho foi considerado, por muitos, um autêntico milagre: a sobrevivência do Sumo Pontífice, devida – segundo o próprio João Paulo II – “à interferência protectora de Nossa Senhora de Fátima”. Porém, o escultor esteve à altura do “milagre das melhores criações artísticas”: legou-nos a perenidade de duas obras divinais, versando efemérides sempre celebradas e sempre para celebrar. JMN

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