MozBusiness - Maio Junho 2019

M ZBUSINESS ★

REVISTA DA CÂMARA DE COMÉRCIO MOÇAMBIQUE - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ★ N.º 6 ★ MAIO-JUNHO/MAY-JUNE.2019

A soma dos apoios da

USAID

Total of USAID support

ALMOÇO COM... ★ LUNCH WITH...

Jeniffer Adams

DIRECTORA DE MISSÃO DA USAID MOÇAMBIQUE USAID MOZAMBIQUE MISSION DIRECTOR

ACTUALIDADE ★ CURRENT

Cimeira Empresarial EUA-ÁFRICA com Moçambique no centro das atenções US-AFRICA Business Summit with Mozambique in the spotlight

2 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

INDICE ★ ★ ★ CONTENTS

Cimeira Empresarial EUA-ÁFRICA com Moçambique no centro das atenções P3 US-AFRICA Business Summit with Mozambique in the spotlight P6

Cimeira Global de Empreendedorismo 2019 leva moçambicanos a Haia P12 Global Entrepreneurship Summit 2019 takes Mozambicans to The Hague P14

PROPRIEDADE ★ PROPERTY

Rua Sanção Muthemba, 476 R/C Maputo - Moçambique T. +258 21 49 2904 E. ccmusa@tvcabo.co.mz DIRECTOR

O maior investimento de sempre no continente africano P26

Evaristo Madime EDIÇÃO & DESIGN ★ EDITING & DESIGN XMU - Consultoria em Comunicação e Design Editora/Editor: Helga Nunes Jornalista/Reporter: Mateus Fotine

The largest investment ever in the African continent P28

Fotografia/Photography: Shanna Chicalia Tradução/Translation: Sónia Santos

IMPRESSÃO ★ PRINTING MINERVA PRINT TIRAGEM ★ RUNS 1000

Melhoria da produção em África depende dos africanos P50

REGISTO ★ REGISTRY EM PROCESSO DE REGISTO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ★ FREE DISTRIBUTION

Improving production in Africa depends on Africans P52

COM O APOIO ★ WITH THE SUPPORT

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 3

NOTA DE ABERTURA

Empresas ganham apoio, mas prestam solidariedade

E

eis que a nossa revista regressa! Regressa com mais dimensão, mais conteúdo e nova apresentação. Queremos a partir daqui garantir mais presença assídua aos nossos leitores e fazer com que fiquem mais expectantes para o número a seguir.

Tendo em vista a pertinência da informação em função do interesse dos nossos leitores, que, na sua maioria, são empresários e empreendedores, representantes do Governo e de organismos não governamentais, líderes de opinião e académicos, entre outros não menos dignos da nossa atenção, a presente edição privilegia, uma vez mais, um leque de temas diversificado.

O tema de capa que ora apresentamos destaca a intervenção da USAID, através de uma entrevista com a directora da Missão em Moçambique, Jennifer Adams, mencionando questões como o estado de saúde do ‘Doing Business’ no País; o nível de Comércio e Investimento, com particular enfoque para a Lei de Crescimento e Oportunidade para África, (AGOA); a Agricultura e Segurança Alimentar, mencionando o projecto Feed the Future Comércio de Sementes da África Austral; e a Governação Democrática, uma vez que a USAID também apoia organizações da sociedade civil moçambicana a engajaremse de forma produtiva com autoridades governamentais no sentido de melhorar a educação básica e a saúde, apoiar a biodiversidade, fazer face à mudança climática e aumentar a transparência na Indústria Extractiva. Por outro lado, e porque Moçambique foi fustigado pelo ciclone Idai, a Mozbusiness procurou saber de que forma a USAID prestou assistência às vítimas daquela manifestação climática.

Infelizmente, o impacto do ciclone Idai foi devastador para a população na zona centro do nosso país, com particular

Evaristo Madime

Presidente do Conselho Directivo da CCMUSA Chairman of CCMUSA

incidência na cidade da Beira. Contudo, a comunidade empresarial não se manteve alheia a esse facto e as manifestações de ajuda não se fizeram esperar. Saiba quais foram algumas das empresas que – ao abrigo de uma solidariedade sem precedentes – contribuíram com apoios financeiros, roupas, bens alimentares, entre outros recursos indispensáveis.

Esta ‘Mozbusiness’ fala de tudo um pouco e revela mais assuntos do interesse dos homens de negócios, tais como a Cimeira Empresarial EUA-África a realizar em Maputo; a Cimeira Global de Empreendedorismo 2019 que leva jovens moçambicanos a Haia; o estado do agronegócio em Moçambique e dicas para o seu melhor desenvolvimento; o chamado maior investimento de sempre no continente africano, o da americana Anadarko, que vem sendo recentemente disputado por grupos de vulto do sector do Oil & Gas como Chevron, Occidental e Total, e como Moçambique subiu três posições no ranking Doing Business do World Bank Group.

Por fim, o Business Leader do momento é Adrian Frey, o administrador delegado do Parque Industrial de Beluluane.

Boa viagem pelas nossas páginas...

“Infelizmente, o impacto do ciclone Idai foi devastador para a população na zona centro do nosso país, com particular incidência na cidade da Beira.

Contudo, a comunidade empresarial não se manteve alheia a esse facto e as manifestações de ajuda não se fizeram esperar.”

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OPENING NOTE

Companies gain support but rendered solidarity transparency in the Extractive Industry. On the other hand, and because Mozambique was hit by Cyclone Idai, Mozbusiness sought to know how USAID provided assistance to the victims of that climate event.

A

nd, behold, our magazine returns! It comes back with broader dimension, more content and new look. We want from now on to assure a more frequent presence to our readers and to make them more expectant for the next edition.

In view of the information relevance in the interest of our readers, mostly businessmen and entrepreneurs, representatives of the Government and non-governmental organizations, opinion leaders and academics, among others no less worthy of our attention, the present edition privileges, once again, a wide range of themes.

The cover theme presented highlights USAID’s intervention in an interview with the Mission Director in Mozambique, Jennifer Adams, mentioning subjects such as the state of health of the Doing Business in the Country; the level of Trade and Investment, with particular focus on the African Growth and Opportunity Act (AGOA); Agriculture and Food Safety, the Feed the Future Southern Africa Seed Trade project; and Democratic Governance, as USAID also supports Mozambican civil society organizations to engage productively with government authorities to improve basic education and health, support biodiversity, tackle climate change and increase

Unfortunately, the impact of cyclone Idai was devastating for the population in the central part of our country, with particular incidence in Beira city. However, the business community was not oblivious to this and the manifestations of help were quick to come. Find out which were some of the companies that under an unprecedented solidarity - contributed with financial support, clothing, food, among other indispensable resources.

This Mozbusiness talks a little bit about everything and reveals more topics of interest to businessmen, such as the US-Africa Business Summit to be held in Maputo; the 2019 Global Entrepreneurship Summit that takes young Mozambicans to The Hague; the state of agribusiness in Mozambique and tips for its better development; the largest ever investment in the African continent, that of the American company Anadarko, which has recently been disputed by major Oil & Gas groups such as Chevron, Occidental and Total, and as Mozambique has climbed three positions in the Doing Business ranking of World Bank Group.

Lastly, the Business Leader of the moment is Adrian Frey, the managing director of the Beluluane Industrial Park.

Have a pleasant journey through our pages...

“Unfortunately, the impact of cyclone Idai was devastating for the population in the central part of our country, with particular incidence in Beira city. However, the business community was not oblivious to this and the manifestations of help were quick to come”

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ACTUALIDADE

Cimeira Empresarial EUA-ÁFRICA com Moçambique no centro das atenções Moçambique vai acolher, pela primeira vez, a Cimeira Empresarial Estados Unidos da América-África. O evento vai decorrer de 18 a 21 de Junho deste ano e pretende juntar cerca de dois mil empresários norte-americanos e africanos, entre os quais 1.500 CEO’s.

M

oçambique foi seleccionado em 2018 para acolher a ‘XII Cimeira de Negócios Estados Unidos da América – África 2019’, após várias rondas de selecção entre os países africanos que se candidataram a acolher este grande evento.

A Cimeira constitui em si uma grande oportunidade para o País divulgar as suas potencialidades e promover parcerias de negócios e de investimentos entre os sectores privados dos EUA, da África e do Sistema Económico Global.

O evento irá decorrer de 18 a 21 de Junho em Maputo, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, e contará com o Governo de Moçambique, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e o Corporate Council on Africa (CCA) como seus organizadores.

Esta será uma cimeira de alto nível, no qual participarão chefes de Estado e de Governo africanos e altos executivos das

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corporações americanas e africanas que operam nos sectores do Oil & Gas, Agronegócios, Indústria Extractiva, Construção e Infraestruturas, Turismo, Área Financeira, Telecomunicações e Tecnologias de Comunicação e Informação.

Nesta Cimeira, prevê-se a realização de conferências de investimentos, nas quais as empresas irão poder apresentar os seus projectos às entidades financeiras, e haverá ainda uma feira de negócios para exposição de diversos produtos e serviços. Por outro lado, irão estar disponíveis também diversos painéis de discussão sobre questões de desenvolvimento e sustentabilidade das empresas, bem como espaços de gastronomia e turismo.

Prevê-se a participação de investidores, instituições financeiras, parceiros de cooperação, instituições multilaterais e chefes de Estado e de Governo, a nível nacional e internacional.

A CONFIANÇA DO ‘CORPORATE COUNCIL ON AFRICA’ NO NOSSO PAÍS

O anúncio da Cimeira foi feito, há alguns meses, pela presidente do Conselho Executivo da Corporate Council on Africa, Florizelee Liser, após uma audiência concedida pelo presidente da República, Filipe Nyusi.

Florizelee revelou então que dois aspectos fundamentais haviam pesado nos pratos da balança para a eleição de Moçambique como anfitrião do evento, sendo que um prende-se com o dinamismo do Presidente da República e das relações entre os Estados Unidos e Moçambique e outro com a potencialidade de ambos os países incrementarem as suas trocas comerciais.

“Como estarão aqui presidentes de conselhos de administração e de conselhos executivos de grandes empresas dos Estados Unidos da América e de África, esperamos que os mesmos possam interagir, potenciando oportunidades. Sabemos também que duas grandes empresas americanas já estão em Moçambique e que contribuíram para a descoberta de importantes recursos de gás natural, estamos a falar da Anadarko e da ExxonMobil. Portanto, isso é um aspecto que oferece uma óptima oportunidade para se fazer negócio aqui em Moçambique”, revelou Liser.

PAÍS POSICIONA-SE NA GEOMETRIA EMPRESARIAL

A XII Cimeira Empresarial dos Estados Unidos da América e do continente africano conta vir a registar mais de dois mil empresários como participantes, entre os quais 1.500 CEO’s.

A expectativa é enorme. O Primeiro Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, referiu que a Cimeira vai colocar Moçambique no centro das atenções do mundo em matéria de negócios e destacou a melhoria do ambiente macroeconómico como pedra de toque para a atracção de investimento.

O PM frisou ainda que a Cimeira em causa constitui uma oportunidade para Moçambique promover a sua imagem como destino seguro e preferencial de investimento, bem como para expor o seu potencial e estimular as parcerias público-privadas.

Por seu turno, Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) pretende fazer do evento uma oportunidade para alargar o leque de produtos comercializados no mercado internacional. Aliás, e a esse propósito, pretende-se promover investimentos que acrescentem valor aos produtos nacionais com destaque para o agro-processamento.

Inscrição na Cimeira

O empresariado nacional e internacional que queira participar nesta Cimeira poderá fazê-lo através da inscrição no seguinte link: https://www.ndmoz.com/acreditacao/index.php?q=env&id=26&lng=en.

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CURRENT

US-AFRICA Business Summit with Mozambique in the spotlight Mozambique will host, for the first time, the US-Africa Business Summit. The event will run from June 18 to 21 this year and aims to bring together about two thousand North American and African entrepreneurs, including 1,500 CEOs.

I

n 2018 Mozambique was selected to host the ‘12th US - Africa Business Summit 2019’ after several selection rounds among the African countries applying to host this great event.

The Summit is in itself a great opportunity for the Country to disclose its potential and promote business and investment partnerships among the private sectors of the US, Africa and the Global Economic System.

The event will take place from 18 to 21 June in Maputo at the Joaquim Chissano

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International Conference Center and will feature the Government of Mozambique, the Confederation of Mozambican Economic Associations (CTA) and the Corporate Council on Africa (CCA) as its organizers.

This will be a high-level summit in which African heads of state and government and senior executives from US and African corporations operating in the Oil & Gas, Agribusiness, Extractive Industries, Construction and Infrastructure, Tourism, Finance, Telecommunications

and Communication and Information Technologies will participate.

At this summit, there will be investment conferences, in which companies will be able to present their projects to financial entities, and there will also be a business fair for the exhibition of various products and services. On the other hand, several panels will be available on issues of development and sustainability of companies, as well as gastronomy and tourism.

The participation of investors, financial institutions, cooperation partners, multilateral institutions and heads of State and Government, at national and international level, is foreseen.

CORPORATE COUNCIL ON AFRICA’S TRUST IN OUR COUNTRY

The announcement of the summit was made a few months ago by the President

and CEO of the Corporate Council on Africa, Florizelle Liser, following a hearing granted by the President of the Republic, Filipe Nyusi.

Florizelle revealed that two fundamental aspects had weighed for the election of Mozambique as the event’s host, one of which is related to the dynamism of the President of the Republic and relations between the United States and Mozambique and another with the potentiality of both countries to increase their trade.

“As Presidents and CEOs of large corporations in the United States and Africa will be here, we hope they will be able to interact, leveraging opportunities.

We also know that two large American companies are already in Mozambique and have contributed to the discovery of important natural gas resources, we are talking about Anadarko and ExxonMobil. So this is an aspect that offers a great opportunity to do business here in Mozambique, “said Liser.

COUNTRY IS POSITIONED IN BUSINESS GEOMETRY

The 12th Business Summit of the United States of America and the African continent will register more than two thousand entrepreneurs as participants, among them 1,500 CEOs. The expectation is enormous. The

Summit Registration The national and international entrepreneurs who wish to participate in this Summit can do so by registering at the following link: https://www.ndmoz.com/acreditacao/index.php?q=env&id=26&lng=en.

Prime Minister, Carlos Agostinho do Rosário, said that the Summit will place Mozambique in the center of the world’s business attention and highlighted the improvement of the macroeconomic environment as a touchstone for attracting investment.

The PM also stressed that the summit in question constitutes an opportunity for Mozambique to promote its image as a safe and preferential destination for investment, as well as to expose its

potential and stimulate public-private partnerships.

In turn, Agostinho Vuma, president of the Confederation of Economic Associations of Mozambique (CTA) intends to make the event an opportunity to expand the range of products traded in the international market. Incidentally, and in this regard, it is intended to promote investments that add value to national products with emphasis on agro-processing.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 9

10 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

Combinação Perfeita entre Sabor e Arte

N� ������ �� F������� F������� L���� C���� NOITES DE JAZZ | TODOS OS SÁBADOS | 19H ÀS 21H ABERTO DE SEGUNDA A SÁBADO

Reservas | 845 630 823 2019 . M ZBUSINESS . 11 Av. Kim Il Sung, 961May-June | Maputo

Mariana Agnes (fundadora da florista House of Agness)

Fei Manheche (fundador da empresa de tecnologia Robobo, que concorre com a inovação em fintech)

Sebastião Coana (Fundador da Ecoplanet que concorre com a marca de carvão ecológico Ecocarvão)

ACTUALIDADE

Cimeira Global de Empreendedorismo 2019 leva moçambicanos a Haia Os Estados Unidos da América e os Países Baixos serão coanfitriões da IX Cimeira Global de Empreendedorismo (GES), de 4 a 5 de Junho de 2019. O GES é um ambiente único para os empresários lançarem as suas ideias, internacionalizarem as suas redes, construírem parcerias e conseguirem financiamento.

O

s Estados Unidos da América e os Países Baixos serão co-anfitriões da IX Cimeira Global de Empreendedorismo (GES), de 4 a 5 de Junho de 2019, em Haia, nos Países Baixos.

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O GES é o encontro anual que reúne empreendedores, investidores e os seus apoiantes a nível global. Durante o programa que se desdobra por dois dias, empreendedores estabelecidos podem

conseguir financiamento por parte de investidores, expandir os seus negócios globalmente e promover o crescimento económico.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, irá liderar a delegação dos EUA na Cimeira de 2019, que irá concentrar-se em áreas como a agricultura, energia, saúde, conectividade e água.

As candidaturas deste concurso estiveram abertas para empreendedores com projectos prontos para investimento, interessados em internacionalizar os seus serviços, produtos ou soluções baseadas em tecnologias, que respondam

Rui Mesquita (Fundador da empresa de montagem de bicicletas personalizadas para projectos sociais Mozambikes)

a oportunidades de negócios, por sua vez, assentes em problemas globais não resolvidos.

O PAPEL DOS EUA

Cerca de 20.000 líderes emergentes participaram dessas cimeiras desde 2010.

Os Estados Unidos da América iniciaram a primeira cimeira e já sediaram ou foram co-anfitriões de todas as cimeiras desde então. A última delas, a Cimeira de 2018 foi realizada na Índia. Nas cimeiras anteriores, os governos e o sector privado comprometeram-se a disponibilizar mais de um bilião de dólares norte-americanos

Sides Chissaque (Fundador da empresa de formação em tecnologia e gestão BSA)

em novos capitais para empreendedores em todo o mundo.

A promoção do empreendedorismo encontra-se assim na vanguarda da agenda de política económica do governo dos EUA, como impulsionadora da prosperidade, segurança e criação de empregos.

SEIS EMPREENDEDORES MOÇAMBICANOS IDENTIFICADOS

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), no âmbito das suas atribuições enquanto entidade de promoção de empreendedorismo, é também representante em Moçambique da Rede

Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Network – GEN) que envolve mais de 160 países.

A ANJE, em representação da GEN, e em parceria com as Embaixadas dos EUA (promotora) e da Holanda (hospedeira do GES 2019), realizaram em Moçambique um concurso que visou pré-seleccionar e apoiar um número restrito de candidatos.

Nesse âmbito, entre os 50 concorrentes, foram pré-selecionados seis jovens que ainda irão ser avaliados por um júri independente que irá decidir sobre a sua participação no GES 19, em Haia, na Holanda.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 13

CURRENT

Global Entrepreneurship Summit 2019 takes Mozambicans to The Hague The United States and the Netherlands will co-host the ninth Global Entrepreneurship Summit (GES) from 4 to 5 June 2019. GES is a unique environment for entrepreneurs to launch their ideas, internationalize their networks , build partnerships and get funding.

T

he United States of America and the Netherlands will co-host the ninth Global Entrepreneurship Summit (GES) from 4 to 5 June 2019 in The Hague, Netherlands.

GES is the annual meeting that brings together entrepreneurs, investors and their supporters globally. During the twoday program, established entrepreneurs can get financing from investors, expand their business globally and promote economic growth.

Secretary of State Mike Pompeo will lead the US delegation at the 2019 Summit that will focus on areas such as agriculture, energy, health, connectivity, and water.

The applications for this competition

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entrepreneurs around the world.

Promoting entrepreneurship is thus at the forefront of the US government’s economic policy agenda as a driver of prosperity, security, and job creation.

SIX MOZAMBICAN ENTREPRENEURS IDENTIFIED

were open to entrepreneurs with projects ready for investment, interested in internationalizing their services, products or solutions based on technologies, that respond to business opportunities, in its turn, based on unresolved global problems.

THE ROLE OF THE US

Some 20,000 emerging leaders have attended these summits since 2010. The United States of America has started the first summit and has hosted or co-hosted all summits since. The last of them, the 2018 Summit was held in India. At previous summits, governments and private sector have committed to providing more than U $ 1 billion in new capital for

The National Association of Young Entrepreneurs (ANJE), within the scope of its attributions as an entity to promote entrepreneurship, is also the representative in Mozambique of the Global Entrepreneurship Network (GEN) that involves more than 160 countries.

ANJE, in representation of GEN, and in partnership with the US Embassies (promoter) and the Netherlands (host of GES 2019), held a competition in Mozambique to preselect and support a limited number of candidates. Among the 50 competitors, six young people were pre-selected and will still be evaluated by an independent jury that will decide on their participation in GES 19 in The Hague, Netherlands.

Mariana Agnes (founder of the flower shop House of Agness)

Fei Manheche (founder of technology company Robobo, competing with innovation in fintech)

SebastiĂŁo Coana (Founder of Ecoplanet, competing with EcocarvĂŁo ecological coal brand)

Rui Mesquita (Founder of Mozambiques, a company of assembly of customized bicycles for social projects)

Sides Chissaque

(Founder of BSA, a training company in technology and management)

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 15

V I A J E

PA R A A N O VA CA S A D A T U R K I S H A I R L I N E S A C O M PA N H I A A É R E A Q U E V O A PA R A M A I S D E S T I N O S D O Q U E Q U A L Q U E R O U T R A ESPERA POR SI N O N O V O C E N T R O D A AV I A Ç Ã O M U N D I A L

A E R O P O RTO D E I S TA M B U L

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DOING BUSINESS

Moçambique sobe três posições no ranking Como é de práxis há década e meia, o World Bank Group divulga, geralmente no último trimestre de cada ano, um relatório anual denominado Doing Business. Trata-se de um estudo que além de fazer, entre outros aspectos, uma radiografia ao contexto em que as empresas dos 190 países seleccionados actuam, fornece insights para estratégias de negócios, acções empresariais e mudanças nos quadros regulatórios e institucionais que afectam, em larga medida, os mercados e o próprio processo de crescimento económico.

P

or muito que o actual ambiente de negócios no País ainda continue a léguas de distância do ideal, o relatório anual Doing Business, este ano subordinado ao tema Doing Business Training for Reform, revela uma significativa melhoria em alguns dos indicadores.

Esta edição prioriza as relações entre as reformas e os possíveis efeitos na melhoria do ambiente de negócios em cada país, e nela Moçambique observou uma melhoria de posição no ranking geral (Ease of doing business rank), sendo que saltamos da 138ª posição para a 135ª, entre os 190 países analisados.

A nova posição de Moçambique no ranking geral encontra-se ligada, entre May-June 2019 . M ZBUSINESS . 17

DOING BUSINESS

Pontuação Posição

POSIÇÃO NOS TÓPICOS DO DOING BUSINESS

INICIAR UM NEGÓCIO

Posição

Pontuação Posição

Maurícias

79,58 20

Começar um Negócio

174

Maurícias

94,34 21

África do Sul

66,03

Lidar com licenças de construção

64

África do Sul

81,22

Botswana

65,40 86

Obter energia eléctrica

100

Angola

80,52 139

Moçambique

55,53 135

Registo de propriedade

133

Botswana

76,22 157

Angola

43,86 173

Obtenção de crédito

161

Moçambique

67,56 174

Média Regional (África Subsaariana)

78,52

82

134

Protecção de investidores minoritários 140 Média Regional (África Subsaariana)

51,41

outros factores, ao desempenho do país no que diz respeito ao ponto Getting electricity (obtenção de electricidade), em que evoluímos da posição 150 (edição anterior) para a 100 (actual), representando uma melhoria significativa. Este indicador procura mensurar os procedimentos, o tempo e o custo necessários para que uma empresa obtenha uma conexão de electricidade permanente para instalações recém-construídas.

De acordo com o estudo, “Moçambique melhorou a monitorização e a regulação das interrupções de energia, ao começar a registar dados para o índice de duração média de interrupção do sistema anual (SAIDI) e o índice de frequência de interrupção média do sistema (SAIFI). Moçambique também retornou à obtenção de electricidade mais rápida, impondo novos prazos para os procedimentos de conexão e simplificando os processos”.

Outro item em que Moçambique registou avanço foi no Trading across borders (negócios transfronteiriços), que procura mensurar o tempo, o custo e as dificuldades burocráticas para a realização de negócios internacionais e o comércio exterior no País. Neste item, fomos da posição 109 (edição anterior) para a 91 (actual), um salto positivo, sobretudo motivado pela crescente adopção no país de

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Pagamento de Impostos Comercio Transfronteiriço

125 91

Accionar Contractos

167

Resolver Insolvências

84

procedimentos que “simplificam a apresentação de documentos para importações, melhorando a infraestrutura na fronteira de Ressano Garcia e simplificando o cumprimento dos documentos de exportação”, concluiu o estudo.

Não há dúvida de que tais quesitos - Getting electricity e Trading across borders - foram os principais responsáveis pela recente e positiva mudança de posição de Moçambique no ranking geral do Doing Business.

NEM TUDO É UM MAR DE ROSAS

Contudo, nem tudo é um mar-de-rosas no ambiente de negócios nacional. A questão do Starting a business (iniciando um negócio) que o ateste. Este ponto, que mede o número de procedimentos, tempo, custo e requisito de capital mínimo para que uma empresa de responsabilidade limitada de pequeno e médio portes inicie e opere formalmente na maior cidade comercial de cada economia, para o nosso caso na cidade de Maputo, Moçambique registou uma queda demasiado exponencial, saindo da anterior 137ª posição para a actual 174ª.

A posição de Moçambique neste indicador revela a complexidade e as inúmeras distorções - sociais e produtivas - provocadas pela concepção demasiado equivocada que se tem à volta do sistema burocrático, que funciona como um evidente obstáculo

à criação de novas empresas e da competitividade empresarial, assim como limita o avanço do empreendedorismo formal no país. “Moçambique tornou o início de um negócio mais caro, aumentando o custo para publicar a escritura de uma empresa…“, lê-se no relatório.

Regra geral, os países com ambientes de negócios precários, rígidos e excessivamente burocráticos apresentam uma maior dificuldade em gerar impulsos sustentáveis ao crescimento económico, no actual cenário de uma economia global. Por via disso, a necessidade de reformas, em especial de certos marcos regulatórios que afectam os negócios e acarretam a base tributária torna-se um factor urgente no País. Aliás, essa ideia é sublinhada na actual edição do relatório do World Bank Group como uma recomendação geral.

Refira-se que as Ilhas Maurícias, no 20.º lugar da actual edição do “Doing Business”, é a economia mais bem posicionada da África Subsariana e uma das melhores do mundo.

As outras economias com as mais altas classificações da região são o Ruanda (29) e o Quénia (61), sendo que o Sudão do Sul (185), a Eritreia (189) e a Somália (190) são as economias com as classificações mais baixas na Região.

DOING BUSINESS

Mozambique climbs three positions in the ranking As usual for the last decade and a half, the World Bank Group releases, in the last quarter of each year, an annual report called Doing Business. It is a study that besides doing, among other things, an x-ray to the context in which companies from the 190 selected countries act, provides insights for business strategies, corporate actions and changes in regulatory and institutional frameworks that affect, in large part, markets and the process of economic growth itself.

A

s much as country’s current business environment still remains a mile away from the ideal, Doing Business annual report, this year under the

theme Doing Business Training for Reform, reveals a significant improvement in some of the indicators.

This edition prioritizes the relations

between the reforms and the possible effects on the business environment improvement in each country, and Mozambique noted an improvement in its position in the general ranking (Ease of doing business rank), from 138th to 135th , among the 190 countries analyzed.

Mozambique’s new position in the overall ranking is linked, among other factors, to the country’s performance with respect to item Getting electricity, where we moved from position 150 (previous edition) to 100 (current ), representing a significant improvement. This indicator seeks to measure the procedures, time, and cost required for a company to obtain a permanent electricity connection to newly constructed facilities.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 19

DOING BUSINESS

Score Rank

Mauritiuss

79,58 20

South Africa

66,03

Botswana

65,40 86

Mozambique

55,53 135

Angola

43,86 173

Regional Average (Sub-Saharan Africa)

82

51,41

RANKINGS ON DOING BUSINESS TOPICS Rank Starting a business

174

Dealing with Construction Permits

64

Getting Electricity

100

Registering Property

133

Getting Credit

161

Protecting Minority Investors

140

Paying Taxes

125

Trading across Borders

91

Enforcing Contracts

167

Resolving Insolvency

84

STARTING A BUSINESS

According to the study, “Mozambique improved the monitoring and regulation of power outages by starting to record data of System Average Interruption Duration Index (SAIDI) and System Average Interruption Frequency Index (SAIFI). Mozambique improved in the obtaining faster electricity, imposing new deadlines for connection procedures and by simplifying processes. “ Another item in which Mozambique registered progress was in Trading across borders, which seeks to measure time, cost and bureaucratic difficulties for the performance of international business and foreign trade in the country. In this item, we went from position 109th to 91st , a major leap forward, mainly due to the increasing adoption in the country of procedures that “simplify the presentation of documents for imports, improving the infrastructure at Ressano Garcia border and simplifying the fulfillment of export documents”, the study concluded.

There is no doubt that such issues Getting electricity and Trading across borders - were mainly responsible for the recent and positive change of Mozambique’s position in the overall Doing Business ranking.

Score Rank

Mauritius

94,34 21

NOT EVERYTHING IS PEACHES AND CREAM

South Africa

81,22

Angola

80,52 139

Botswana

76,22 157

Mozambique

67,56 174

Regional Average (Sub-Saharan Africa)

78,52

However, not everything is a peaches and cream in the national business environment. The item Starting a business can state this. This point, which measures the number of procedures, time, cost and minimum capital requirement for a small and medium sized limited liability company to formally start and operate in the

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134

largest commercial city of each economy, for us in Maputo city, Mozambique dropped too exponentially from the previous 137th to the current 174th position.

Mozambique’s position in this indicator reveals the complexity and the numerous distortions - social and productive - caused by the too misguided conception surrounding the bureaucratic system, which acts as a clear obstacle to the creation of new companies and business competitiveness, as well as limits the advance of formal entrepreneurship in the country. “Mozambique has made the start of a more expensive business, increasing the cost to publish the deed of a company ...,” says the report.

As a rule, countries with precarious, rigid and overly bureaucratic business environments find it more difficult to generate sustainable growth drivers in the current scenario of a global economy. Therefore, the need for reforms, particularly in certain regulatory frameworks that affect business and tax base, is an urgent factor in the country. In fact, this idea is underlined in the current edition of the World Bank Group report as a recommendation.

It should be noted that Mauritius, in 20th position of the current Doing Business edition, is the best positioned economy in sub-Saharan Africa and one of the best in the world.

The other economies with the highest ranking in the region are Rwanda (29) and Kenya (61), with South Sudan (185), Eritrea (189) and Somalia (190) with the lowest in the Region.

COMÉRCIO

Técnica Industrial conquista representação exclusiva da JEEP A Técnica Industrial chega ao segmento de luxo com a representação da marca Jeep e o negócio com o Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) prevê investimento de dois milhões de dólares. A oferta da empresa passa a responder às necessidades de todo o tipo de cliente já que o portfólio vai dos ligeiros aos SUV, passando pelas viaturas comerciais, pick ups e camiões.

A

Técnica Industrial é, a partir de agora, a representante oficial e exclusiva da icónica marca norte-americana Jeep em Moçambique. Uma marca especializada nos vários segmentos SUV, onde se destacam os modelos Renegade, Compass, Cherokee, Wrangler e Grand Cherokee. A empresa assume, assim, todo o portfólio da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) no País.

Com esta conquista, a Técnica Industrial complementa a sua gama de marcas representadas, com soluções para qualquer necessidade dos seus clientes, desde os ligeiros até aos SUV, passando pelas viaturas comerciais, pick ups e camiões, através das suas marcas representadas Jeep, Alfa Romeo, Fiat, Fiat Professional, Mitsubishi e FUSO. Este projecto, avaliado em mais de dois milhões de dólares, inclui a construção,

em Maputo, de um novo stand de vendas e uma oficina completa para a Jeep e restantes marcas do Grupo FCA, com standards mundiais e com uma equipa de excelência dedicada, com abertura prevista para breve.

A TÉCNICA INDUSTRIAL E O GRUPO JFS A Técnica Industrial é detida pelo Grupo João Ferreira dos Santos (JFS), um dos mais emblemáticos projectos empresariais de Moçambique. Fundado em 1897, perfaz agora 122 anos de história ininterrupta no país. O negócio automóvel chega ao Grupo no início do séc. XX para satisfazer as necessidades agrícolas, industriais e comerciais que o Grupo desenvolvia nas províncias do Norte. Essa actividade foi-se expandindo, tendo-se profissionalizado e destacado com a criação, em 1958, da empresa Técnica Industrial SA, que passou a assumir desde então todo o negócio de automóvel e representação de marcas.

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Para Frederico Jonet, administrador da Técnica Industrial, “este feito é o resultado da estratégia seguida pela empresa, assente em pilares como o foco no cliente e no desenho de soluções à medida, numa equipa de excelência, com uma rede própria de concessionários de cobertura nacional, gestão profissional e de qualidade, e responsabilidade social”. Aliás, a conquista da JEEP marca uma nova página na história da empresa e do Grupo JFS. A Técnica Industrial detém concessionários em cidades como Maputo, Beira, Tete, Nampula, Pemba e Cuamba.

Actualmente, conta com 250 trabalhadores a nível nacional, sendo a empresa uma referência inquestionável do sector automóvel nacional e mesmo regional: ocupa uma posição sólida no Top 100 KPMG das maiores empresas do País; é a única empresa do ramo certificada ISO:9001/2015 e Made in Mozambique; em 2014 e 2015, foi distinguida com o prémio de melhor ‘Distribuidor da Mitsubishi na região Southern Africa’; em 2016 foi premiada com o galardão de melhor ‘Distribuidor Fuso’, também na região Southern Africa; alcançou em 2018 a proeza de mais unidades Fiat Fullback (pick up) vendidas da região de Africa Austral, incluindo a própria África do Sul.

TRADING

Técnica Industrial conquers exclusive representation of JEEP Técnica Industrial reaches the luxury segment with the representation of the Jeep brand and the business with the Fiat Chrysler Automobiles Group (FCA) predicts investment of two million dollars. The company’s offer will respond to the needs of all types of customers since the portfolio goes from light-duty vehicles to SUVs, from commercial vehicles to pickups and trucks.

T

écnica Industrial is, from now on, the official and exclusive representative of the iconic American Jeep brand in Mozambique. A brand specializing in the various SUV segments, where the Renegade, Compass, Cherokee, Wrangler and Grand Cherokee models stand out. The company thus assumes the entire portfolio of Fiat Chrysler Automobiles (FCA) in the country.

With this achievement, Técnica Industrial complements its range of represented brands, with solutions for any need of its customers, from the light-duty vehicle to the SUVs, from commercial vehicles to pick-ups and trucks, through its represented brands Jeep, Alfa Romeo, Fiat, Fiat Professional, Mitsubishi and FUSO. This project, valued at more than two million dollars, includes the construction in Maputo of a new sales stand and a complete repair shop for Jeep and other FCA Group brands with worldly standards and a dedicated team of excellence, with opening expected soon.

According to Frederico Jonet, GM of Técnica Industrial, “this achievement is the result of the strategy followed by the company, based on pillars

such as customer focus and tailor made TÉCNICA INDUSTRIAL AND JFS GROUP Técnica Industrial is owned by João Ferreira dos Santos Group (JFS), one of the most emblematic business projects in Mozambique. Founded in 1897, it has now 122 years of uninterrupted history in the country. The car business arrives at the Group in the beginning of the 20th century to meet the agricultural, industrial and commercial needs the Group developed in the Northern provinces. This activity expanded, becoming professionalized and highlighted by the creation in 1958 of the company Técnica Industrial SA, which has since assumed the entire business of automobile and brand representation.

solutions, in a team of excellence, with its own network of national coverage, professional and quality management, and social responsibility. “In fact, the achievement of JEEP representation marks a new page in the history of the company and of JFS Group.

Técnica Industrial has dealerships in cities such as Maputo, Beira, Tete,

Nampula, Pemba and Cuamba.

Currently, it has 250 workers nationwide, being an unquestionable reference of the national and even regional automotive sector: it occupies a solid position in the Top 100 KPMG of the biggest companies of the Country; is the only company of its kind certified by ISO: 9001/2015 and Made in Mozambique; in 2014 and 2015, was honored with the award for best ‘Distributor of Mitsubishi in Southern Africa’; in 2016 was awarded with the award of the best ‘Fuso Distributor ‘, also in the Southern Africa region; reached in 2018 the feat of more Fiat Fullback units (pick-ups) sold in the region of Southern Africa, including South Africa itself.

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FINANÇAS

Global Finance distingue Millennium bim como ‘Melhor Banco de Moçambique’

O

prémio atribuído pela 10ª vez consecutiva baseia-se em factores como o crescimento em activos, rentabilidade, cobertura global, desenvolvimento de negócios e inovação em produtos e serviços. A revista Global Finance é uma referência internacional na informação sobre mercados financeiros e sector bancário.

O Millennium bim foi distinguido como “Melhor Banco de Moçambique 2019” pela prestigiada revista “Global Finance”, uma referência internacional no que diz respeito à informação dos mercados financeiros e análise do sector bancário.

Esta é a décima vez consecutiva que o Banco é premiado por esta instituição como ‘Melhor Banco,’ fruto do seu desempenho no sector bancário moçambicano. O anúncio foi feito em Nova Iorque, no âmbito da 26ª edição do Annual Best Bank Awards 2019 e no qual foram anunciados os vencedores em mais de 150 países de todo o mundo.

O crescimento em activos, a

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rentabilidade, o âmbito da cobertura global, as parcerias estratégicas, o desenvolvimento de negócios e a inovação em produtos e serviços, foram os principais critérios de solidez para a escolha do Millennium bim como a melhor instituição financeira de Moçambique. A escolha da Global Finance foi feita após uma análise criteriosa de um júri constituído por executivos financeiros corporativos, banqueiros e consultores bancários. Esta eleição foi ainda reforçada por um estudo de opinião junto dos leitores da revista internacional, maioritariamente líderes de opinião do mercado financeiro internacional, analistas de acções e rating de crédito em todo o mundo, correctores e consultores e profissionais de seguradoras e empresas diversas.

“Classificar-se entre os melhores bancos do mundo é cada vez mais difícil. As expectativas dos clientes e dos prestadores de serviços financeiros nunca foram tão altas, e isto deve-se à exigência de entregar produtos feitos à medida, em tempo real e com total segurança”, revelou Joseph

D. Giarraputo, director editorial da “Global Finance”. Por seu turno, José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, reiterou que este é um reconhecimento importante porque encoraja a equipa a trabalhar com mais empenho na satisfação dos clientes.

“A décima conquista consecutiva deste prémio é fruto de um trabalho em equipa e apenas com a dedicação diária e total dos nossos colaboradores foi possível este reconhecimento internacional”, explicou Reino da Costa.

Esta distinção da Global Finance como ‘Melhor Banco de Moçambique 2019’ junta-se a outros prémios internacionais de relevo atribuídos pela Euromoney e Global Finance ‘Best Digital Bank’, entre outros, que fazem do Millennium bim a instituição bancária mais premiada do País.

O Millennium bim é o maior grupo financeiro de Moçambique e tem actualmente, 1,8 milhões de clientes. É também o banco com maior liquidez no mercado e maior capacidade para conceder crédito.

FINANCE

Global Finance recognizes Millennium bim as ‘Best Bank of Mozambique’ The award given for the 10th consecutive time is based on factors such as growth in assets, profitability, global coverage, business development and innovation in products and services. Global Finance magazine is an international benchmark in information on financial markets and in the banking sector.

M

illennium bim was honored as “Best Bank of Mozambique 2019” by the prestigious “Global Finance” magazine, an international benchmark for financial market information and banking sector analysis.

This is the tenth consecutive time that the Bank has been awarded by this institution as ‘Best Bank’, as a result of its performance in the Mozambican banking sector. The announcement was made in New York under the 26th Annual Best Bank Awards 2019 and in which the winners were announced in more than 150 countries around the world.

Growth in assets, profitability, scope of global coverage, strategic partnerships, business development and innovation in products and services were the main criteria for choosing Millennium bim as the best financial institution in Mozambique.

The choice of Global Finance was made after a careful analysis of a jury made up of corporate financial executives, bankers and bank advisers. This election was further strengthened by a survey of this international magazine readers, mostly international financial market opinion leaders, stock analysts and credit ratings around the world, brokers and consultants, and insurance and business professionals.

“To qualify among the best banks in the world is increasingly difficult. The expectations of customers and financial service providers have never been so high, and this is due to the requirement to deliver custom-made products in real time and in complete safety, “said Joseph D. Giarraputo, editorial director of Global Finance “. In turn, José Reino da Costa, CEO of Millennium bim, reiterated that this is an

important recognition because it encourages the team to work with greater commitment to customer satisfaction.

“The tenth consecutive achievement of this award is the result of teamwork and only with the daily and total dedication of our employees has this international recognition been possible,” said Reino da Costa.

This distinction of Global Finance as ‘Best Bank of Mozambique 2019’ is combined with other important international awards awarded by Euromoney and Global Finance ‘Best Digital Bank’, among others, which make Millennium bim the most awarded bank in the country.

Millennium bim is the largest financial group in Mozambique and currently has 1.8 million clients. It is also the bank with the most liquidity in the market and greater the capacity to grant credit.

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ENERGIA

O maior investimento de sempre no continente africano Ao fazer a sua primeira descoberta na Área Offshore 1 da Bacia Hidrográfica do Rovuma em águas profundas em 2010, a americana Anadarko lançou uma das mais importantes descobertas de gás natural em décadas. Steve Wilson é o vice-presidente e country manager de Moçambique da Anadarko, a empresa responsável pelo lançamento da primeira unidade de GNL Onshore de Moçambique.

A

o alcançar uma decisão final de investimento (FID) no primeiro semestre do próximo ano, o projecto de LNG da Anadarko em Moçambique irá iniciar e a expectativa é de que seja o maior investimento de sempre no continente africano bem como uma oportunidade de fazer uma diferença transformadora no país, de acordo com Steve Wilson. Aliás, a sua importância estratégica é inegável, de acordo com o FMI. A Anadarko irá concentrar-se num projecto inicial, que terá uma capacidade de 12,88 milhões de toneladas de GNL por ano. Contudo, foram descobertos cerca de 75 trilhões de pés cúbicos (TCF) de gás natural recuperável estimado no total, o que também suportará as expansões subsequentes do trem de processamento.

A título de curiosidade, 75 TCF de gás é mais do que o dobro do total de reservas remanescentes de petróleo e gás no Mar do Norte do Reino Unido. Estas descobertas

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estão entre as maiores do mundo nos últimos anos, fazendo de Moçambique uma nova fonte estratégica de abastecimento.

Como tal, a Bacia do Rovuma é a próxima grande bacia de hidrocarbonetos em desenvolvimento no mundo, reforçada pelo significativo interesse internacional nas descobertas maciças de gás natural.

Prova disso é o movimento da ExxonMobil no sentido da aquisição da Área 4, em Dezembro de 2017. Com estes depósitos de gás maciços em campos de classe mundial que contêm reservas de petróleo, a localização geográfica estratégica de Moçambique também lhe dá vantagem competitiva e comparável sobre os seus vizinhos africanos como Angola e Nigéria, uma vez que pode exportar GNL para os mercados da Ásia, Pacífico ou do Atlântico.

Portanto, o País encontra-se extremamente bem posicionado para se tornar um futuro centro de gás global. E, ao que tudo indica, o volume, a quantidade dos campos de gás

“O recrutamento e formação de mão-de-obra moçambicana são um dos pilares da nossa política de conteúdo local. Os nossos planos relativos à força de trabalho e treinamento permitem o exercício de actividades e desenvolvimento de competências que podem ser capitalizados para outros projectos no futuro.” - Steve Wilson

CONQUISTAS DA ANADARKO - 2019 1 de Fevereiro Contrato de Compra e Venda de GNL com a CNOOC A Anadarko Petroleum Corporation anunciou que a empresa Mozambique LNG 1 Pte Ltd., a entidade comercial de propriedade conjunta dos coinvestidores da Área 1 de Moçambique, assinou um Contrato de Compra e Venda (CCV) com a CNOOC Gas and Power Singapore Trading & Marketing Pte Ltd. (CNOOC). O CCV é de 1,5 milhão de toneladas por ano (MTPA) por um período de 13 anos.

5 de Fevereiro Contrato de Compra e Venda de GNL com a SHELL A Anadarko Petroleum Corporation anunciou que a empresa Mozambique LNG 1 Pte Ltd. assinou um Contrato de Compra e Venda (CCV) com a Shell International Trading Middle East Ltd. (Shell).

O CCV é de 2 milhões de toneladas por ano (MTPA) por um período de 13 anos.

5 de Fevereiro Contrato de Compra e Venda de GNL com a TOKYO GAS e a CENTRICA A Anadarko Petroleum Corporation anunciou a assinatura de um Contrato de Compra e Venda (CCV) com a Tokyo Gas Co., Ltd. (Tokyo Gas) e a Centrica LNG Company Ltd., uma subsidiária da Centrica Plc (Centrica), para o fornecimento de GNL a longo prazo. O Contrato de Compra (offtake agreement) conjunto requer o fornecimento ex-ship de 2,6 milhões de toneladas por ano (MTPA), desde o início da produção ao início de 2040.

15 de Fevereiro Contrato de Compra e Venda de GNL com a BHARAT A Anadarko Petroleum Corporation anunciou que a Mozambique LNG1 Company Pte. Ltd. assinou um Contrato de Compra e Venda (CCV) com a Bharat Gas Resources Ltd., uma subsidiária totalmente detida pela Bharat Petroleum Corporation Ltd. (BPCL). O CCV é de 1 milhão de toneladas por ano (MTPA) por um período de 15 anos.

19 de Fevereiro Contrato de Compra e Venda de GNL com a PERTAMINA A Anadarko Petroleum Corporation anunciou a assinatura de um Contrato de Compra e Venda (CCV) com a Pertamina.

O CCV é de 1 milhão de toneladas por ano (MTPA) por um período de 20 anos.

descobertos e a localização geográfica são diferenciais naturais reconhecidos por compradores e credores internacionais que já demonstram um grande interesse no projecto.

FACTOS

O Projecto Mozambique LNG será o primeiro projecto de GNL onshore em Moçambique, inicialmente composto por dois módulos de produção de GNL com capacidade total de 12,88 milhões de toneladas por ano (MTPA) para apoiar o desenvolvimento dos campos Golfinho/Atum localizados exclusivamente na Área 1 Offshore.

A Anadarko Moçambique Área 1, Lda, subsidiária integral da Anadarko Petroleum

QUEM É STEVE WILSON? Wilson ingressou na Anadarko Moçambique em Novembro de 2017.

Possui 40 anos de experiência, que se distribuem por seis continentes, no sector do petróleo e do gás.

Corporation opera a Área 1 Offshore com uma participação de 26,5%. Os co-investidores incluem a ENH Rovuma Área 1, S.A., (15%), Mitsui E&P Moçambique Área 1 Ltd. (20%), ONGC Videsh 2 Ltd. (10%), Beas Rovuma Energy Moçambique Limitada (10%), BPRL Ventures Moçambique B.V. (10%), PTTEP Moçambique Área 1 Limitada (8,5%).

A Anadarko emprega actualmente, directamente e através das suas empresas contratadas, mais de 4.700 moçambicanos, o que representa 94% da sua mão-de-obra.

A maior parte destes trabalhadores encontra-se baseada no local do Projecto, na Península de Afungi, em Cabo Delgado, e no escritório corporativo da empresa em Maputo. Estes trabalhadores exercem as suas actividades a todos os níveis do projecto, numa vasta gama de funções, que incluem a construção da vila de reassentamento, do aeródromo e a expansão do acampamento dos trabalhadores.

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ENERGY

The largest investment ever in the African continent With its first discovery in Rovuma Offshore Area 1 at Rovuma Basin in 2010, the American company Anadarko has launched one of the most important natural gas discoveries in decades. Steve Wilson is Mozambique’s vice president and country manager of Anadarko, the company responsible for launching the first Onshore LNG unit in Mozambique.

U

pon reaching a final investment decision (FID) in the first half of next year, Anadarko’s LNG project in Mozambique will start and the expectation is that it will be the largest investment ever on the African continent as well as an opportunity to make a transforming difference in the country, according to Steve Wilson. In fact, its strategic importance is undeniable, according to the IMF.

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Anadarko will focus on an initial project, which will have a capacity of 12.88 million tons of LNG per year.

However, about 75 trillion cubic feet (TCF) of estimated total recoverable natural gas has been discovered, which will also support subsequent expansions of the processing train.

As a matter of curiosity, 75 TCF of gas is more than double the total remaining

reserves of oil and gas in the North Sea of the United Kingdom. These discoveries are among the largest in the world in recent years, making Mozambique a new strategic source of supply.

As such, the Rovuma Basin is the next largest hydrocarbon basin in the world, reinforced by significant international interest in massive natural gas discoveries. Proof of this is ExxonMobil’s move towards the acquisition of Area 4 in December 2017. With these massive gas deposits in world-class fields containing oil reserves, Mozambique’s strategic geographic location also gives it a competitive and comparable advantage on its African neighbors like Angola and Nigeria, since it can export LNG to the markets of Asia, Pacific or Atlantic.

Therefore, the country is extremely

ANADARKO’S ACHIEVEMENTS 2019 February 1st LNG Sale Agreement with CNOOC Anadarko Petroleum Corporation has announced that Mozambican LNG 1 Pte Ltd., the jointly-owned commercial entity of Mozambican Area 1 co-investors, signed a Sale Agreement with CNOOC Gas and Power Singapore Trading & Marketing Pte Ltd. (CNOOC). The Contract is of 1.5 million tonnes per year (MTPA) for a period of 13 years.

“The recruitment and training of Mozambican labor is one of the pillars of our local content policy. Our workforce and training plans allow for activities and skills development that can be capitalized for future projects. “- Steve Wilson well positioned to become a future global gas center. And the volume, the number of gas fields discovered and the geographic location are all natural differentials recognized by international buyers and creditors already showing great interest in the project FACTS

Mozambique LNG Project will be the first onshore LNG project in Mozambique, initially composed of two LNG production modules with a total capacity of 12.88 million tons per year (MTPA) to support the development of the Dolphin / Tuna fields located exclusively in the Area 1 Offshore.

WHO IS STEVE WILSON? Wilson joined Anadarko Mozambique in November 2017. With 40 years of experience in the oil and gas sector in all six continents.

Anadarko Mozambique Area 1, Lda, subsidiary of Anadarko Petroleum Corporation operates Area 1 Offshore with a 26.5% interest. Co-investors include ENH Rovuma Area 1, SA (15%), Mitsui E & P Mozambique Area 1 Ltd. (20%), ONGC Videsh 2 Ltd. (10%), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%) BPRL Ventures Mozambique BV (10%), PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8.5%).

Anadarko currently employs more than 4,700 Mozambicans directly and through its contracted companies, representing 94% of its labor force. Most of these workers are based at the project site, on the Afungi Peninsula in Cabo Delgado, and at the company’s corporate office in Maputo. These workers carry out their activities at all project levels, in a wide range of roles, including the construction of the resettlement village, the aerodrome and the expansion of the workers’ camp.

February 5th LNG Sale Agreement with SHELL Anadarko Petroleum Corporation has announced that Mozambique LNG 1 Pte Ltd. Signed a Sale Agreement with Shell International Trading Middle East Ltd. (Shell). The Contract is of 2 million tonnes per year (MTPA) for a period of 13 years.

February 5th LNG Sale Agreement with TOKYO GAS and CENTRICA Anadarko Petroleum Corporation has announced the signing Sale Agreement with Tokyo Gas Co., Ltd. (Tokyo Gas) and Centrica LNG Company Ltd., a subsidiary of Centrica Plc (Centrica), for the LNG long-term supply. The joint off-take agreement requires the ex-shipment of 2.6 million tonnes per year (MTPA) from the start of production to the beginning of 2040.

February 15th LNG Sale Agreement with BHARAT Anadarko Petroleum Corporation announced that Mozambique LNG1 Company Pte. Ltd. signed a Sale Agreement with Bharat Gas Resources Ltd., an owned subsidiary of Bharat Petroleum Corporation Ltd. (BPCL). The Contract is of 1 million tonnes per year (MTPA) for a period of 15 years.

February 19th LNG Sale Agreement with PERTAMINA Anadarko Petroleum Corporation has announced the signing of a Sale Agreement with Pertamina. The Contract is of 1 million tonnes per year (MTPA) for a period of 20 years.

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VISÃO DE MERCADO

CIDADE DE MAPUTO

MARKET SNAPSHOT

MAPUTO CITY

REAL ESTATE ADVISORY SERVICES Property Valuations Market Studies Strategic Consultancy Project Management

PREPARED FOR MOZBUSINESS MAPUTO OFFICE

JAT V Building, block 1, Rua dos Desportistas, 833, 14th Floor Tel. (+258) 21 505 000 · Fax. (+258) 21 505 050 · E-mail. consulting@rec.co.mz

NAMPULA OFFICE

Milenium Center, Avenida Eduardo Mondlane, 3rd Floor Tel. (+258) 84 459 93 85

VISÃO DE MERCADO CIDADE DE MAPUTO MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY CONTEXTO MACROECONÓMICO

MACROECONOMIC CONTEXT

O Primeiro trimestre de 2019 tem mostrado alguns sinais de recuperação da economia, após um período de condições difíceis para o ambiente de negócios em Moçambique. Os comentadores de mercado regionais e peritos locais estão optimistas sobre a conjuntura de crescimento que o País proporciona. Impulsionado por sólidas reformas, a recuperação do mercado internacional de produtos minerais e agrícolas e a concretização do projecto de gás LNG, Moçambique está a caminho de ser uma das estrelas económicas emergentes de África.

Moçambique anuncia financiamento concedido por entidades internacionais para financiar sua participação nos 2 projectos de Oil & Gás. Simultaneamente, são anunciadas as FID´s no último semestre.

Estão envolvidos valores que representam cerca de 5 vezes o actual PIB de Moçambique! As Decisões Finais de Investimento por parte da Anadarko e da ExxonMobil, irão ter impacto positivo na economia Moçambicana, numa fase inicial mais em termos Macro.

A inflação em Moçambique, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), vai voltar a subir “podendo manter-se estável em torno de 6 % a 7 % no último trimestre de 2019”, prevê o Banco de Moçambique.

O cambio no primeiro trimestre tem sofrido pressão com a procura a exceder a oferta e com o regulador a intervir e a regular a actividade obrigando à constituição de reservas obrigatórias em US$ de 36%.

Perspectivamos uma desvalorização suave e gradual de 10% durante o ano.

Testemunhámos durante Março a Natureza a castigar a zona Centro do país, através do ciclone IDAI, trazendo morte e destruição a uma grande extensão de território. Estes fenómenos demonstram a fragilidade das nossas organizações na prevenção e resposta, e ao mesmo tempo os efeitos das mudanças climáticas.

This year, the first trimester has been revealing some important indicators on the economy recovery, right after an unsettled and difficult period for the business platform in Mozambique. The regional market commentators and senior economists are optimistic on the market growth scenario that the country currently reveals. Imposed by key events, the international market recovery of agricultural produces and production on mining sector as well as the Gas exploitation projects (LNG), Mozambique is listed as one among Africa´s emerging economies.

Mozambican government announced grants from international entities to finance its participation in 2 Oil & Gas Mega-projects.

Simultaneously, announced IFD’s on the last semester. There were brought out values that correspond about 5 times higher than the current GDP of Mozambique! The Final Investment Decisions by Anadarko and ExxonMobil shall have a significant positive impact on national economy, in the initial stage more in Macro terms.

Inflation in Mozambique, as measured by the Consumer Price Index (CPI), will rise again “and it will probably remain stable at around 6% to 7% on the last quarter of 2019,” as forecasted by the Cental Bank of Mozambique.

During March 2019, we sadly witnessed natural catastrophe devastating the central zone of the country (City of Beira in specific), through cyclone “IDAI”, causing numerous deaths and unmeasurable destruction. These phenomena demonstrate weakness of our organizations in prevention and response of natural disasters, as well as the effects of climate change.

The chairman of International Monetary Fund (IMF) for Mozambique, Ari Raisen, admitted “a significant impact” on the country’s economy from the effects of cyclone “IIDAI” in terms of the macroeconomic variables of economic growth or inflation.

ANÁLISE GERAL DO MERCADO O sector imobiliário tem sido fortemente afectado pelo contexto económico adverso, registando uma contracção por parte da procura nacional e estrangeira e consequente descida nos preços pedidos para os vários produtos imobiliários em oferta no mercado Moçambicano.

Contudo, as perspectivas mais animadoras (moderadamente) para a economia nacional e a confiança que os vários “players” de mercado nacionais e estrangeiros mantêm no potencial do país, começa a ter um impacto positivo no sector imobiliário já em 2019.

O mercado imobiliário no geral permanece estagnado em quase todo o país, não apresentando grandes flutuações em termos de preços.

O conselho de administração dos Aeroportos de Moçambique está a mobilizar investimentos da ordem de 250 milhões de dólares para financiar um projecto imobiliário de luxo no bairro da Costa do Sol em Maputo, que serão construídos escritórios, hotel de luxo, aeródromo e shopping, numa área de terreno de aproximadamente 35 hectares, com o objectivo das receitas reverterem aos cofres públicos.

De destacar a ExxonMobil, que está a intensificar suas atividades em Moçambique. No final de Janeiro de 2019, adquiriu um terreno com 12 hectares à empresa de telecomunicações TMCEL (ex TDM), localizado no bairro de Sommerschield, em Maputo, por 47 milhões de dólares.

A exploração dos recursos minerais, começam a despertar a atenção

GENERAL MARKET ANALYSIS The real estate sector has been heavily affected by adverse economic conditions, with domestic and foreign demand shrinking and consequently lowering prices for the various real estate products on offer in the Mozambican market.

However, there are moderately encouraging forecasts for the national economy and confidence that the various domestic and foreign market players maintain their trust on the country’s potential, and it began to demonstrate positive impact on the real estate sector early this 2019.

Generally, the real estate market remains stagnant in almost all over the country, with fluctuations in prices remaining constant.

The board of directors of the “Aeroportos de Moçambique” a public air navigation company, is mobilizing investments of around 250 million dollars to finance a luxury real estate project nearby the seashore in “Costa de Sol” neighborhood in Maputo, which will be comprised of offices, luxury hotel, airfield and shopping center on a land of approximately 35 hectares, this enterprise is intended to generate revenues to public treasure.

ExxonMobil is intensifying its activities in Mozambique. At the end of January 2019, they acquired a 12-hectare land plot formerly owned

by TMCEL a telecommunications company (formerly TDM), located in the Sommerschield neighborhood of Maputo, for 47 million US dollars.

MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY • MOÇAMBIQUE

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VISÃO DE MERCADO CIDADE DE MAPUTO MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY dos investidores e promotores imobiliários, sobretudo devido à forte aposta na melhoria das Infra-estruturas, acessibilidades e transportes.

The exploitation of mineral resources, began to attract attention of investors and real estate developers, mainly due to the strong bet in the improvement of Infrastructures, accessibility and transport.

DESTAQUES DO MERCADO

MARKET HIGHLIGHTS

RETRATO ACTUAL MAPUTO

MAPUTO MARKET SNAPSHOT RENDA MÉDIA AVERAGE RENT Residencial Residential

Escritórios Offices

Retalho Retail

Industrial Industrial

14,5 US$/m 24,0 US$/m

17,5 US$/m

6,4 US$/m

6,7%<>11,0%

11,0%

11,5%

2

Cap rate

2

Cap rate

10,7%

2

Cap rate

2

Cap rate

TENDÊNCIAS DE RENDAS || RENT TRENDS Residencial Residential

Escritórios Offices

Retalho Retail

Industrial Industrial

RENDAS POR SEGMENTOS RENTS PER SEGMENTS

Residencial Residential Retalho Retail Escritórios Offices Industrial Industrial

O ano de 2018 ficou marcado por um aumento exponencial no investimento imobiliário, evidenciado nos níveis alcançados no segmento de Retalho no início de 2018 e no segmento de escritórios a surpreender no final do ano de 2018. Os investidores internacionais tiveram um peso relevante, continuando, no entanto, a verificar-se a entrada de novos “players” no mercado.

SEGMENTO RESIDENCIAL registou a pior performance entre os anos 2015 a 2017, essencialmente por força da considerável retracção na economia e investimento e consequente abrandamento da procura de habitação, desvalorização da moeda, e o nível das taxas de juro aplicadas no crédito à habitação a sufocarem as famílias da classe média. Em 2018, o segmento residencial continuou a ser fortemente marcado pelo desajuste entre a oferta e a procura, predominando um “stock” deficitário para a classe média. Na cidade de Maputo continuam a predominar os empreendimentos residenciais mais direcionados para as classes média-alta e alta, sendo notório um abrandamento do ritmo das vendas face a períodos de grande expansão, como os níveis de especulação verificados entre 2009 a 2014. A classe média continua a ser uma força da procura para a qual é necessário desenvolver produtos, estando a surgir já novos empreendimentos para esta classe a preços mais baixos e localizados fora de centro da cidade de Maputo como é a zona de Marracuene.

SEGMENTO DE ESCRITÓRIOS registou entre 2015- 2018 um excesso de oferta e com as rendas médias a descerem gradualmente ao longo dos anos. A procura de escritórios, em termos gerais, caiu entre 2015-2018 com a retração da economia e consequente abrandamento do investimento nas diversas áreas incluindo o imobiliário.

Neste período, assistimos também, ao fenómeno da relocalização por parte de algumas entidades que decidiram sair de zonas primes para zonas secundárias à procura de rendas mais baixas, como foi o

Mínima Minimum

Média Average

Máxima Maximum

7,0 $/m2 10,5 $/m2 13,0 $/m2 2,1 $/m2

11,8 $/m2 17,0 $/m2 18,5 $/m2 4,3 $/m2

15,3 $/m2 25,0 $/m2 22,0 $/m2 8,2 $/m2

2018 has been marked by an exponential growth on real estate investment, exhibited by levels attained by the retail segment at the beginning of 2018 and surprisingly by office segment towards the end of 2018. International investors played a significant role, keeping however, entry of new players in the market.

RESIDENTIAL SEGMENT displayed the worst performance between the years 2015 to 2017, essentially due to the considerable retraction in the economy and investment and consequently a slowdown in housing demand, currency devaluation, and elevated interest rates applied to housing loans which suffocated middle-class families. In 2018, the residential segment continued to be strongly marked by the misfit between supply and demand, and a predominating deficit “stock” for the middle class. In the city of Maputo, residential developments directed to the middle-high and high classes prevailed, with a notorious drop on sales against expansion periods, as the levels of speculation verified between 2009 to 2014. The middle class continues to be a force of demand for which it is necessary to develop products, and new enterprises are emerging for this class at lower prices and located outside Maputo city center of as is the area of Marracuene.

OFFICE SEGMENT registered between 2015-2018, excess supply and with average incomes gradually descending over the years. Generally, the search for offices fell between 2015-2018 with the downturn of the economy and consequent slowdown in investment in the various business platforms including real estate. In this period, we also saw the phenomenon of relocation by some entities that decided to leave prime areas for secondary areas looking for lower rents, as was the case of Nestlé and among others.

During the last quarter of 2018, some positive indicators were revealed, as an example, Moza Banco acquired their new headquarters

MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY • MOÇAMBIQUE

03

VISÃO DE MERCADO CIDADE DE MAPUTO MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY caso da Nestlé, entre outros.

No ultimo trimestre de 2018, aparecem alguns indicadores positivos, com o Moza Banco a adquirir a sua nova sede com 15 pisos no novo empreendimento comercial JAT VI, o Barclays/ABSA Bank a adquirir a sua nova sede com 4 pisos de escritórios na RANI TOWERS e a empresa internacional ENI a fechar contrato, no primeiro trimestre de 2019, com o promotor “JAT Constroi” para 10 pisos de escritórios empreendimento JAT VI. SEGMENTO DE RETALHO foi o que apresentou melhor performance entre os anos 2015 a 2018, com a entrada de novos retalhistas no mercado, como foi o caso da rede supermercados “CENTRAL” do grupo Português SONAE na região de Maputo e a “SHOPPIES” a maior rede de supermercados em Botswana, com presença em vários países africanos, a abrir a sua primeira um unidade no novo shopping “Mall de TETE”. No último trimestre de 2018 o País assiste à insolvência e encerramento da cadeia de supermercados “CENTRAL”, com participação do grupo Português SONAE, a colocar no desemprego mais de 400 pessoas. As boas notícias chegam logo no primeiro trimestre de 2019, com a rede de supermercados “PREMIER SUPERSPAR” a tomar a posição da rede “CENTRAL” nas principais lojas, com especial enfoque para a loja do Shopping Center JAT VI. A construção de novos centros comerciais de categoria regional em algumas cidades-chave do país como Maputo, Matola, Tete, e Pemba, facto que influenciou significativamente o “stock” de espaços qualificados em Moçambique. Com a inauguração do centro comercial ¨Baia Mall¨ na Avenida Marginal de Maputo e a abertura do ¨Novare Mall¨ na cidade da Matola em Dezembro de 2017, vêm acrescentar a oferta de espaços na Província de Maputo em 54.242 m2.

No entanto, com a abertura das grandes superfícies comerciais entre 2017-2018, não é expectável a entrada de novos retalhistas internacionais, nomeadamente, na área de supermercados, moda, acessórios e restauração. Por outro lado, a crise económica resultou numa quebra de consumo das famílias, com reflexo directo no segmento do retalho, sobretudo ao nível das lojas de “rua”, com espaços comerciais a encerrarem a um ritmo alarmante.

SEGMENTO INDUSTRIAL e logístico esteve estagnado entre os anos de 2015 a 2018, sobretudo devido à falta de espaços qualificados nas principais zonas industriais da cidade. Para colmatar esta lacuna, a Agility Logistics iniciou em meados de 2018 a construção do maior parque comercial e industrial da África Austral com área de 175.000 m2 de armazéns eficientes e de classe mundial, num terreno de 29 hectares em Marracuene e espera-se inaugurar a primeira fase com 32.000 m2 de armazéns já no terceiro trimestre deste ano. Espera-se que este investimento, na ordem dos 100 milhões de dólares norte americanos, venha a impulsionar o desenvolvimento sócio-económico daquela região do sul do país.

SEGMENTO DE TURISMO em Maputo continua a registar um crescimento assinalável, com o aumento sucessivo do número de alojamentos. Em 2018, de destacar a abertura do hotel STAYEASY MAPUTO com 125 quartos, junto ao novo Shopping Baia Mall, e o Hotel Meliá Maputo Sky, parte integrante do empreendimento comercial JAT VI, composto por um edifício de 16 pisos, com 172 quartos. A entrada destas infraestruturas veio contribuir para o incremento da oferta e diversificação do alojamento na cidade de Maputo. No caso do Hotel Meliá Maputo Sky, o projeto resultou de um investimento do Grupo Hoti Hotéis no mercado nacional, onde se associou ao promotor “JAT Constrói”, com a finalidade de “aumentar a oferta de serviços de hotelaria” dirigidos ao segmento de negócios e empresas.

with 15 floors of office spaces in the new commercial enterprise JAT VI, Barclays/ABSA Bank to acquired their new headquarters with 4 floors of office spaces at RANI TOWERS and the ENI an international corporation closed contract with “JAT Constroi” a real estate development company to allocate 10 floors at JAT VI, during the first quarter of 2019.

RETAIL SEGMENT was the one that presented the best performance between 2015 and 2018, with the entry of new retailers in the market, as was the case of the “CENTRAL” Supermarket network that belongs to a Portuguese Group “SONAE” in Maputo region and “SHOPPIES” the largest network of Supermarkets in Botswana with branches in most of African countries, opening their first unit in the new mall “Mall of TETE”. In the last quarter of 2018 the Country witnessed the insolvency and shutdown of the “CENTRAL” supermarket chain, including the Portuguese group “SONAE”, which turned more than 400 people jobless. The good news arrives during the first quarter of 2019, with “PREMIER SUPERSPAR” substituting “CENTRAL” network in the main stores, with special highlight on the shops of JAT VI Shopping Center.

The Construction of new commercial centers of regional category in some key cities of the country such as Maputo, Matola, Tete, and Pemba, has significantly influenced the “stock” of elegible spaces in Mozambique. With the inauguration of “Baia Mall” commercial center along Avenida Marginal de Maputo and opening of the “Novare Mall” in Matola city in December 2017, they both added the offer of spaces inside Maputo Province by 54,242 m2.

However, the opening of large commercial centers between 20172018, does not guarantee entry of new international retailers, namely, in supermarkets, fashion, accessories and restoration. On the other hand, the economic crisis has resulted in a breakdown of household consumption, with direct reflection in the retail segment, especially at the level of street shops, with commercial spaces shutting down at an alarming rate.

INDUSTRIAL AND LOGISTIC SEGMENT was stagnant between 2015 and 2018, due to the lack of qualified spaces in the main industrial areas of the city. To bridge this gap, “Agility Logistics” began in mid-2018 the construction of one among the largest commercial and industrial park in Southern Africa with a construction area of 175,000 m2 of efficient and world-class warehouses, on a 29-hectare plot in Marracuene and is expected to open the first phase with 32,000 m2 of warehouses in the third quarter of this year. It is Expected that this investment (about 100 million U.S. dollars), will boost the socio-economic development of that southern region of the country.

TOURISM SEGMENT in Maputo continues to record remarkable growth, with the successive increase in the number of accommodation units. 2018 was highlighted by the opening of STAYEASY MAPUTO hotel with 125 rooms, next to Baia Shopping Mall and Meliá Maputo Sky Hotel, part of JAT VI commercial development, a 16-storey building with 172 rooms. The entry of these infrastructures has contributed to increase supply and diversification of accommodation in Maputo city. In the case of Meliá Maputo Sky Hotel to be specific, the project resulted from an investment made by the Hoti Hotels Group in the national market in association with “JAT Constoi” real estate developers, in order to “increase the supply of hospitality services “ directed to the business segment and Companies.

MARKET SNAPSHOT MAPUTO CITY • MOÇAMBIQUE

04

SOBRE A REC ABOUT REC

2

escritórios offices

Maputo e Nampula

62

32

milhões million

Meticais de facturação anual Meticais annual turnover

colaboradores employees

com apoio de 32 técnicos externos plus network of 32 outsourced surveyors

A REC | Real Estate Consulting, Lda é uma empresa de consultoria, serviços e gestão imobiliária, presente desde 2000 no mercado moçambicano, dispondo de uma larga experiência de intervenção em diferentes áreas de atividade imobiliária. Esta experiência, aliada à preparação dos consultores que integram o seu quadro de colaboradores, tornam possível a constituição de uma equipa multidisciplinar e profissionalizada de especialistas, que com os conhecimentos do mercado nacional prestam um serviço completo aos nossos clientes.

A REC desenvolve o seu trabalho com base em standards de Qualidade e Ética assentes em normas e orientações internacionais designadamente, a normativa expressa pelo Internacional Valuation Standards Council (IVSC), The Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS) e The European Group of Valuers Associations (TEGoVA), assumindo uma postura de Compromisso, Transparência e Competência em todo o trabalho realizado. De salientar que a REC figura na lista de prestadores de serviços de avaliação da maioria dos bancos comerciais moçambicanos.

REC | Real Estate Consulting is a multidisciplinary consultancy company with presence since 2000 in the Mozambican market, providing consulting services in various areas of Real Estate and Tourism, formed by a group of qualified professionals.

Determined in providing a high quality service, REC provides a network of professionals in the areas of Strategic Consulting in Real Estate Investments & Development, Brokerage and Capital Markets, Property & Equipment Valuation, Real Estate Research & Risk Rating, Technical Due Diligence, Quantity Surveying, Consultancy in Urban Planning Architecture and Engineering and Project Management.

For that, REC has a team of highly experienced professionals and strategic partnerships with others service providers in the sector, enabling the delivery of a full service from A to Z.

NOTA IMPORTANTE Esta brochura comercial apresenta um sumário da informação constante do nosso estudo “Property Investment Guide – Mozambique 2018 ” relativamente ás principais cidades do país.

O “Property Investment Guide 2018 – Mozambique 2018” compreende um estudo aprofundado do mercado imobiliário nas principais cidades moçambicanas.

Este estudo representa uma ferramenta importante para os principais agentes do mercado imobiliário focando a análise na performance dos preços, rendas, taxas de ocupação, stock existente e futuro, principais transações, perfil da procura, etc.

IMPORTANT NOTE:

NUNO TAVARES, MRICS Partner, Director Geral RICS Chartered Surveyor Responsável pela gestão da empresa e pelo departamento de avaliação e consultoria imobiliária.

Responsible for the management of the company and the department of real estate valuations and advisory.

Contacts (+258) 84 662 15 66 ntavares@rec.co.mz

This commercial booklet presents a summary of the information contained in our study “ Property Investment Guide - Mozambique 2018” for the Major cities of the country.

The “Property Investment Guide 2018 - Mozambique 2018” comprises an in-deph study of the property in the main Mozambican cities.

This study represents an important tool for the main agents of the property market focusing on the performance analysis of prices, rents, occupancy rates, existing and future stock, main transactions, demand profile, etc.

As avaliações da REC respeitam os seguintes standards internacionais

The dimension of the company has grown progressively in recent years due to the interest of national and international investors in the real estate market in Mozambique. This fact allied to the existing connections and partnerships with other companies allows us to ensure a diversified range of services.

The REC valuation are compliant with the following international standards

OS NOSSOS SERVIÇOS

OUR SERVICES

+ Consultoria estratégica de suporte à decisão de investimento + Estudos de mercado + Avaliação de activos + Inventariação de activos + Peritagem e Due Diligence técnica + Quantity Surveying + Gestão de Projecto + Geo-referenciação

+ Strategic consultancy to suport investment decisions + Market studies + Property, plant, equipment and machinery valuation + Asset inventory + Technical due diligence + Quantity Surveying + Project Management + GIS Consultancy

Rua dos Desportistas, 833, Edifício JAT V-1, 14º andar - Maputo - Moçambique Tel.: (+258) 21 505 000 || Email: geral@rec.co.mz

ALMOÇO COM...

JENNIFER ADAMS, DIRECTORA DA MISSÃO DA USAID EM MOÇAMBIQUE

A soma dos apoios da USAID ao Sector Privado A avaliar pelos resultados do ‘Ranking do Doing Business’ do Banco Mundial, alguns indicadores do País registaram algumas melhorias. Contudo, ainda há muito por fazer, e para a directora da Missão da USAID em Moçambique, Jennifer Adams, o desafio reside em acelerar o passo das reformas.

Quanto às exportações de Moçambique para os EUA ao abrigo do programa AGOA, as mesmas revelam-se muito baixas, ao passo que o acesso dos produtos agrícolas aos mercados tem sido um dos principais obstáculos para os agricultores. Face a esse cenário, o Governo dos EUA, através do projecto USAID Speed ​​+, ajudou o Governo de Moçambique a desenvolver a sua Estratégia de Utilização do AGOA e tem vindo a potenciar mecanismos para melhorar o escoamento dos produtos agrícolas em Moçambique. Saiba mais sobre a intervenção da USAID acompanhando a entrevista que foi feita a Jennifer Adams, ao longo de um almoço muito agradável no restaurante ‘Sal e Grafia’.

Helga Nunes e Mateus Fotine (entrevista)

reformas o sector deverá adoptar?

Shanna Chicalia (fotos)

A USAID tem estado a trabalhar com o Governo de Moçambique, através do Ministério da Indústria e Comércio, na qualidade de ponto focal para assuntos do sector privado, bem como, com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), na qualidade representante do sector privado no diálogo público-privado no País.

A avaliar pelos resultados do ‘Ranking do Doing Business’ do Banco Mundial,

DOING BUSINESS A USAID tem trabalhado com o Ministério da Indústria e Comércio e outras organizações em prol da melhoria do ambiente de negócios no País e da implementação de reformas no sector.

Qual é a sua análise sobre o actual ambiente de negócios nacional e que

36 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

podemos verificar algumas melhorias em alguns indicadores que temos estado a trabalhar em conjunto, particularmente os relativos à Obtenção de Licenças de Construção, Obtenção de Electricidade, Resolução de Insolvência e Comércio Transfronteiriço. No entanto, na globalidade do ‘ranking’, o desempenho é ainda um desafio. Depois de quatro anos consecutivos de queda no ‘ranking’, Moçambique logrou melhorar em três posições no ‘Doing Business 2019’, situando-se na posição 135 num universo de 190 países.

Mesmo assim, abaixo da posição 127 alcançada em 2015. Isto é o que nos dizem os relatórios. Porém, queremos ressaltar os esforços do Governo e da CTA em estabelecer uma plataforma de diálogo público-privado mais sólida, através do Conselho de Monitoria do Ambiente de Negócios (CMAN), onde são estabelecidas e monitorizadas as prioridades de reformas para cada ano.

O desafio, a nosso ver, reside na necessidade de acelerar o passo das reformas.

A maioria das reformas que deveriam ter sido aprovadas e implementadas no ano de 2018 transitaram para a lista de prioridades de 2019. Nós temos estado a defender que é preferível seleccionar duas ou três reformas, mas implementá-las dentro do prazo acordado. Outro desafio prende-se com a implementação efectiva das reformas aprovadas. O ponto é que a aprovação de uma Lei ou regulamento não é um fim em si. É importante que essas alterações se façam sentir junto dos cidadãos e ou do sector privado em formas, como por exemplo, de redução de procedimentos ou custos, ou de aumento de transparência.

Que lições Moçambique pode tirar do actual ambiente de negócios norte-americano?

Estamos a falar de duas realidades económicas completamente distintas a vários níveis. No entanto, o enfoque na criação de condições para o desenvolvimento do

sector privado, particularmente das pequenas e médias empresas, ou condições para a atracção de investimentos é uma realidade da qual se podem tirar algumas lições. É importante que Moçambique crie condições para ser mais competitivo quer regional quer globalmente, e isso passa pela facilitação do ciclo de vida dos negócios, particularmente para as PMEs. E olhar para ‘Doing Business Ranking’ com ‘benchmark’ é um passo em frente nesse sentido.

COMÉRCIO E INVESTIMENTO O Ministério da Indústria e Comércio lançou, em Maio de 2018, a Estratégia de Utilização do AGOA em Moçambique. Este mecanismo foi concebido para aumentar o comércio e o crescimento económico em toda a África. A Estratégia pretende garantir que as empresas moçambicanas estejam melhor posicionadas para utilizar o AGOA para o acesso isento de impostos no mercado dos EUA para mais de 6.500 produtos. De que modo a USAID tem vindo a lidar com este mecanismo? Consideram que o mesmo tem vindo a ser útil ao comércio entre Moçambique e os Estados Unidos da América?

Em primeiro lugar, convém referir que olhamos para a Lei de Crescimento e Oportunidade para África, conhecida pela sigla inglesa AGOA, como um mecanismo que pode desempenhar um papel importante tanto para aumentar o comércio entre os nossos dois países como para estimular o desenvolvimento do sector privado em Moçambique.

Após a implementação do AGOA, as importações dos Estados Unidos da América (EUA) vindas da África Subsaariana triplicaram, totalizando 15 biliões de dólares em 2017 e mais de metade destas importações beneficiaram do acesso isento de direitos aduaneiros no âmbito desta Lei. As exportações de Moçambique, aproveitando o programa AGOA, continuam

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 37

Embora o AGOA tenha sido promulgado no ano 2000, apenas US $ 1 milhão dos US $ 100 milhões das exportações moçambicanas para os Estados Unidos tiram proveito do acesso livre de impostos do AGOA. Por essa razão o Governo dos EUA, através do projecto USAID Speed +, ajudou o Governo de Moçambique a desenvolver a sua Estratégia de Utilização do AGOA.

muito baixas, representam cerca de 2% do total das exportações para os EUA. Mesmo assim, consideramos este instrumento muito útil para as relações comerciais entre os dois países. Nos últimos anos, tem-se notado um crescente interesse dos investidores americanos em relação ao mercado moçambicano, impulsionado pela indústria de gás. Este cenário vai criar condições para que o sector privado moçambicano compreenda as exigências do mercado americano, bem como abrir espaço para uma maior exploração daquele mercado. Aliás, foi neste espírito que, no ano passado, trabalhámos com o Governo de Moçambique na elaboração da Estratégia de Utilização do AGOA, que é um instrumento que procura identificar oportunidades específicas para empresas moçambicanas no âmbito do AGOA, bem como estratégias sectoriais para o melhor aproveitamento deste programa.

Embora o AGOA tenha sido promulgado no ano 2000, apenas US $ 1 milhão dos US $ 100 milhões das exportações

38 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

moçambicanas para os Estados Unidos tiram proveito do acesso livre de impostos do AGOA. Por essa razão o Governo dos EUA, através do projecto USAID Speed ​​+, ajudou o Governo de Moçambique a desenvolver a sua Estratégia de Utilização do AGOA. Quais são as expectativas até ao fim desse mecanismo?

As expectativas passam pelo aumento do volume de exportações de Moçambique para os Estados Unidos da América, beneficiando da isenção dos direitos aduaneiros. Como referi anteriormente, a estratégia enumera produtos com potencialidades para entrar no mercado americano no âmbito do AGOA. Desta feita, estamos a trabalhar com o Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto de Promoção de Pequenas e Médias Empresas (IPEME), em iniciativas pilotos de exploração do mercado americano para os referidos produtos. Este programa foi lançado durante a última

Feira Internacional de Maputo realizada em 2018 e inclui serviços como certificação, exploração de feiras, identificação de parcerias com empresas americanas, entre outros serviços.

AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR Moçambique é um país com um grande potencial agrícola. No entanto, o acesso dos produtos agrícolas aos mercados tem sido um dos principais obstáculos que os agricultores enfrentam – principalmente os pequenos produtores. Que mecanismos a USAID tem adoptado para melhorar o escoamento dos produtos agrícolas e para as práticas de gestão em Moçambique?

Asseguramos a armazenagem dos produtos agrícolas em condições apropriadas. Em parceria com o sector privado, foram construídos 23 novos armazéns nos distritos seleccionados, para assegurar que os produtores guardem os seus alimentos e possam vendê-los numa época em que os preços são mais favoráveis. Acção esta que decorre em

parceria com a ETG. Por outro lado, prestamos apoio logístico no transporte de produtos e insumos para a produção agrícola. Em parceria com a empresa Adicional, asseguramos que os produtores recebam sementes, fertilizantes e outros equipamentos de produção, atempadamente, e que os produtos sejam transportados das zonas de produção para os mercados.

Trabalhamos directamente no estabelecimento de ligações entre produtores e compradores, asseguramos que os produtos cheguem aos mercados, às empresas de processamento e que sejam exportados.

Através do nosso programa FTF Inova, promovemos ligações de empresas agrícolas com os mercados, ajudamos as empresas a reduzir os riscos das operações, combinando assistência técnica e subvenção para investimentos e testando novos modelos de negócios para produtores e agronegócios. O programa ‘FTF Inova’ presta assistência técnica personalizada às pequenas e médias empresas agrícolas, tendo em

vista a melhoria da gestão do negócio e a educação financeira.

Através dos nossos programas DCAs (fundos de garantias), estabelecemos parcerias com a banca comercial para a provisão de financiamento à agricultura. Estes financiamentos são usados na comercialização agrícola, aquisição de equipamento de produção e processamento, bem como estimulação dos investimentos no sector.

Neste momento, temos parcerias com quatro bancos: BIM, Socremo, Banco Único e Banco Terra. Com esta garantia ajudamos a banca a reduzir o risco de financiar o sector agrícola.

O que nos pode dizer sobre o Africa Seed Trade Project?

O projecto Feed the Future Comércio de Sementes da África Austral é uma actividade regional financiada pelo Governo dos Estados Unidos, e visa apoiar a implementação do Sistema Harmonizado de Regulamentação de Sementes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral

(SADC), incluindo Moçambique. Regulamentos de sementes harmonizados serão acompanhados pela maior flexibilidade no registo e uso de variedades de diferentes culturas na SADC. Também contribuirão para melhores rendimentos e produção, oferecendo oportunidades de comércio internacional às empresas moçambicanas de sementes.

Em Moçambique, o projecto já iniciou a avaliação dos Laboratórios de Sementes do Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) para melhorar a sua conformidade com as normas internacionais de sistemas de gestão de qualidade (ISTA).

Laboratórios equipados com sistemas de gestão de qualidade e controlo fitossanitário são requeridos para a harmonização dos regulamentos de sementes. E esta actividade inclui o treinamento dos técnicos de laboratório.

O projecto continua a trabalhar com o MASA para a actualização da lista nacional de pestes agrícolas, que visa incluir novas pestes que surgem no País, incluindo

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 39

USAID presta assistência às vítimas do Ciclone Idai A cidade da Beira tem vindo a ser fustigada a diversos níveis com a passagem do ciclone Idai. A ‘Mozbusiness’ procurou saber de que modo a USAID tem estado a auxiliar as vítimas naquele cenário catastrófico.

O Governo dos Estados Unidos da América (USG), através do Escritório de Assistência a Desastres no Exterior (OFDA) da USAID, o Gabinete da Alimentos para a Paz (FFP) e o Departamento de Defesa dos EUA (DOD) responderam prontamente aos pedidos do governo moçambicano para a assistência internacional durante as inundações na Zambézia e Tete, no início de Março, e subsequentes inundações e destruição causadas pelo ciclone Idai nas províncias de Sofala e Manica durante meados de Março. As doações à CARE e à Visão Mundial para fornecer assistência humanitária nas quatro províncias foram assinadas no prazo de uma semana após a aterragem do Idai.

A resposta do Governo dos Estados Unidos da América, até ao momento, nas quatro províncias afectadas incluiu a distribuição de mais de 700 toneladas de itens não alimentícios (kits de abrigo e higiene, unidades de tratamento de água e kits de cozinha) no valor de US $ 14 milhões através do OFDA; US $ 38,7 milhões em produtos alimentícios por meio do FFP; e $ 5,7 milhões em apoio aéreo logístico através do DOD. O transporte aéreo fornecido pelo DOD consistia em três C-130 Hercules, dois C-17 Globemasters, dois C-12 e mais de 100 tripulantes aéreos e terrestres, usados para fazer a ponte aérea entre Maputo e Beira para transportar ajuda humanitária e pessoal para a zona do desastre. Como forma de coordenar a resposta da ajuda humanitária do Governo dos Estados Unidos da América no solo e no ar, foi destacada uma Equipa de Resposta à Assistência em Desastres (DART) compostas por 17 pessoas. Neste momento (início de Maio), seis membros continuam no terreno a supervisionar a resposta de emergência e o início da fase de recuperação. Até ao momento, o governo dos EUA contribuiu com mais de US $ 58,5 milhões em financiamento e auxílio em espécie para a resposta a desastres.

40 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

a lagarta do funil do milho ou o ‘fall armyworm’. A lista actualizada permite estabelecer melhores métodos de controlo de pestes e apoiar o comércio regional de plantas e de sementes.

Em Abril de 2018, o projecto financiou um exaustivo estudo sobre o sistema regulatório de sementes de Moçambique, para apurar se uma lei de sementes seria necessária. O estudo concluiu que o sector conta com regulamentos suficientes e eficazes para o processo de harmonização regional, mas que era necessário melhorar a implementação e fiscalização do seu cumprimento.

Em Novembro de 2018, o projecto inaugurou o financiamento à APROSE, a plataforma nacional do sector de sementes, com $100,000 dólares americanos para apoiar a divulgação das normas e regulamentos de sementes de Moçambique e o Sistema harmonizado da SADC. A semente é um insumo muito importante para o desenvolvimento da agricultura moçambicana e do comércio regional de produtos. Os membros da APROSE são, na sua maioria, produtores e comerciantes de sementes.

GOVERNAÇÃO DEMOCRÁTICA A governação democrática das instituições moçambicanas tem vindo a ser fortalecida através da intervenção da USAID, junto da sociedade civil e dos representantes dos media. Que medidas têm vindo a ser tomadas, quais os principais desafios e que conquistas foram obtidas?

A USAID tem trabalhado no apoio ao sector dos media durante quase uma década em Moçambique para fornecer aos jovens moçambicanos aspirantes a jornalistas um treino intensivo e prático, usando equipamento multimédia topo de gama.

Até ao momento, o programa MidiaLab da USAID treinou 204 aspirantes a jornalistas e profissionais de media, a maior parte dos quais agora está a trabalhar no sector de média.

A USAID também apoia organizações da sociedade civil moçambicana a engajarem-se de forma produtiva com autoridades governamentais para melhorar a educação básica e a saúde, apoiar a biodiversidade, fazer face à mudança climática e aumentar a transparência na indústria extractiva. No último ano, os parceiros locais conseguiram trabalhar com o Governo para melhorar as políticas e regulamentos governamentais para garantir a biodiversidade de Moçambique e garantir padrões transparentes no sector extractivo.

HAVING LUNCH WITH...

JENNIFER ADAMS, USAID’S MISSION DIRECTOR FOR MOZAMBIQUE

a

Total of USAID support to the private sector Evaluating the results of the World Bank’s ‘Doing Business Ranking’, some indicators in the country showed some improvement. However, much remains to be done, and for USAID’s Mission Director for Mozambique, Jennifer Adams, the challenge is to accelerate the reform’s pace. As for Mozambique’s exports to the US under the AGOA program, they are very low, while access to agricultural markets has been a major obstacle to farmers. Against this backdrop, the US Government, through the USAID Speed + project, helped the Government of Mozambique to develop its AGOA Utilization Strategy and has been promoting mechanisms to improve the flow of agricultural products in Mozambique. Learn more about USAID’s intervention with the interview with Jennifer Adams over a very pleasant lunch at ‘Sal e Grafia’ restaurant.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 41

After the implementation of AGOA, United States of America imports from Sub-Saharan Africa tripled, totaling US $ 15 billion in 2017 and more than half of these imports bene ted from duty-free access under this Act.

Helga Nunes e Mateus Fotine (interview) .

Shanna Chicalia (photos)

DOING BUSINESS USAID has been working with the Ministry of Industry and Commerce and other organizations to improve the business environment in the country and implement reforms in the sector. What is your analysis of the current national business environment and what reforms should the sector adopt?

USAID has been working with the Government of Mozambique, through the Ministry of Industry and Commerce, as a focal point for private sector issues, as well as with the Confederation of Mozambican Economic Associations (CTA) as representative of the private sector in the public-private dialogue in the Country.

Evaluating the results of the World Bank’s Doing Business Ranking, we can see some improvements in some indicators that we have been working together, particularly those related to Obtaining Construction Licenses, Obtaining Electricity, Resolving Insolvency and Cross-Border Trade. However, in the overall ranking, performance is still a challenge. After four consecutive years of declining ranking, Mozambique managed to improve three positions in the Doing Business 2019, ranking 135th in a universe of 190 countries. Even so, below the 127th position achieved in 2015.

This is what the reports state. However, we would like to highlight the efforts of the Government and of CTA to establish a more solid public-private dialogue platform through the Business Environment 42 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

Monitoring Council (CMAN), where reform priorities are established and monitored for each year.

The challenge, in our view, lies in the need to accelerate the reforms’ pace. Most reforms that should have been approved and implemented in 2018 have moved to the 2019 priority list. We have been arguing that it is preferable to select two or three reforms but implement them within the agreed timeframe. Another challenge is the effective implementation of the approved reforms. The point is that passing a law or regulation is not an end in itself.

It is important that these changes are felt by the citizens and / or the private sector in ways such as reducing procedures or costs or increasing transparency.

What lessons can Mozambique draw from the current US business environment?

We are talking about two completely different economic realities at various levels. However, the focus on creating conditions for the private sector’s development, particularly of small and medium-sized enterprises, or conditions for attracting investment is a reality from which lessons can be drawn. It is important for Mozambique to create conditions to be more competitive both regionally and globally, and that is to facilitate the business life cycle, particularly for SMEs. Looking at the Doing Business Ranking with benchmark is a step forward towards this.

TRADE AND INVESTMENT The Ministry of Industry and Commerce launched the AGOA Utilization Strategy in Mozambique in May 2018. This mechanism is designed to increase trade and

economic growth throughout Africa. The Strategy aims to ensure that Mozambican companies are better positioned to use AGOA for duty-free access in the US market to more than 6,500 products.

How has USAID been dealing with this mechanism? Do you consider that it has been useful to trade between Mozambique and the United States?

Firstly, it should be noted that we look at the Africa Growth and Opportunity Act, known as AGOA, as a mechanism that can play an important role both in increasing trade between our two countries and in stimulating the sector private sector development in Mozambique.

After the implementation of AGOA, United States of America imports from Sub-Saharan Africa tripled, totaling US $ 15 billion in 2017 and more than half of these imports benefited from duty-free access under this Act. Mozambique’s exports, under the AGOA program, remain very low, representing about 2% of total exports to the United States. Even so, we consider this instrument very useful for the trade relations between the two countries. In recent years, there has been a growing interest of US investors in the Mozambican market, driven by the gas industry. This scenario will create conditions for the Mozambican private sector to understand the demands of the American market, as well as to open space for a greater exploitation of that market. In fact, it was in this spirit that last year we worked with the Government of Mozambique to elaborate the AGOA Utilization Strategy, which is an instrument that seeks to identify specific opportunities for Mozambican companies under AGOA, as well as sector strategies for the best use of this program.

Although AGOA was enacted in 2000, only $ 1 million of the $ 100 million of Mozambican exports to the United States bene t from AGOA’s duty-free access. For this reason, the US Government, through the USAID Speed + project, helped the Government of Mozambique to develop its AGOA Utilization Strategy.

Although AGOA was enacted in 2000, only $ 1 million of the $ 100 million of Mozambican exports to the United States benefit from AGOA’s duty-free access. For this reason, the US Government, through the USAID Speed + project, helped the Government of Mozambique to develop its AGOA Utilization Strategy.

What are the expectations until the end of this mechanism?

The expectations are to the increase the volume of exports from Mozambique to the United States of America, benefiting from the exemption from customs duties.

As I mentioned earlier, the strategy lists products with potential to enter the US market under AGOA. This time we are working with the

Ministry of Industry and Commerce, through the Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises (IPEME), in pilot initiatives to explore the American market for these products. This program was launched during the last Maputo International Fair held in 2018 and includes services such as certification, fair operation, identification of partnerships with American companies, and other services.

AGRICULTURE AND FOOD SECURITY Mozambique is a country with great agricultural potential. However, access to agricultural markets has been one of the main obstacles faced by farmers - especially small producers.

What mechanisms has USAID adopted

to improve the flow of agricultural products and of management practices in Mozambique?

We ensure the storage of agricultural products under appropriate conditions.

In partnership with the private sector, 23 new warehouses were built in the selected districts to ensure that farmers store their food and sell when prices are more favorable. This action is being carried out in partnership with ETG. On the other hand, we provide logistical support in the transportation of products and inputs for agricultural production. In partnership with the company Adicional, we ensure that producers receive seeds, fertilizers and other production equipment in a timely manner and that the products are transported from the production areas to the markets.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 43

The ‘FTF Inova’ program provides personalized technical assistance to small and medium-sized agricultural enterprises with a view to improving business management and financial education.

We work directly in establishing links between producers and buyers, we ensure the products reach the markets, the processing companies and that they are exported. Through our FTF Inova program, we promote agricultural linkages with markets, help companies reduce operations risks, combine technical assistance and investment grants, and test new business models for producers and agribusinesses. The ‘FTF Inova’ program provides personalized technical assistance to small and medium-sized agricultural enterprises with a view to improving business management and financial education.

Through our DCAs (guarantee funds), we have established partnerships with commercial banks to provide financing to agriculture. These financings are used in agricultural marketing, acquisition of production and processing equipment, as well as stimulation of investments in the sector. At the moment, we have partnerships with four banks: BIM, Socremo, Banco Único and Banco Terra. With this guarantee we help the bank reducing the risk of financing the agricultural sector.

What can you tell us about the Africa Seed Trade Project?

The Feed the Future Southern Africa Seed Trade Project is a regional activity funded by the United States Government and aims to support the implementation of the Southern African Development Community (SADC) Harmonized Seed Regulation System, including Mozambique. Harmonized seed regulations 44 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

USAID provides assistance to Cyclone Idai victims The city of Beira has been hit on several levels by Cyclone Idai.

Mozbusiness sought to know how USAID has been assisting victims in this catastrophic scenario.

The Government of the United States of America (USG), through USAID’s Office of Foreign Disaster Assistance (OFDA), the Office of Food for Peace (FFP) and the US Department of Defense (DOD) responded promptly to requests of the Mozambican government for international assistance during the floods in Zambézia and Tete in early March, and subsequent floods and destruction caused by Cyclone Idai in the provinces of Sofala and Manica during mid-March. Donations to CARE and World Vision to provide humanitarian assistance in the four provinces were signed within a week of Idai’s landfall.

The United States Government’s response so far in the four affected provinces has included the distribution of more than 700 tonnes of non-food items (shelter and hygiene kits, water treatment units and kitchen kits) to the value of $ 14 million through OFDA; US $ 38.7 million in food products through the FFP; and $ 5.7 million in logistical air support through the DOD. The air transport provided by the DOD consisted of three C-130 Hercules, two C-17 Globemasters, two C-12s and more than 100 air and ground crewmembers, used to make the air bridge between Maputo and Beira to carry humanitarian and personal aid to the disaster zone. As a way of coordinating the United States Government’s humanitarian response on the ground and on the air, a Disaster Assistance Response Team (DART) of 17 people. At this time (beginning of May), six members remain on the ground supervising the emergency response and the beginning of the recovery phase.

To date, the US government has contributed with more than $ 58.5 million in disaster relief funding and assistance.

Over the past year, local partners have been able to work with the Government to improve government policies and regulations to ensure Mozambique’s biodiversity and ensure transparent standards in the extractive sector.

will be accompanied for greater flexibility in the registration and use of varieties of different crops in SADC. They will also contribute to better yields and production, offering opportunities for international trade to Mozambican seed companies.

In Mozambique, the project has already begun evaluating the Seed Laboratories of the Ministry of Agriculture and Food Security (MASA) to improve its compliance with international quality management system (ISTA) standards. Laboratories equipped with quality management and phytosanitary control systems are required for the harmonization of seed regulations. And this activity includes the training of laboratory technicians.

The project continues to work with MASA to update the national list of agricultural pests, which aims to include new pests that crop up in the country, including the fall armyworm. The updated list allows for better methods of pest control and support for regional trade in plants and seeds.

In April 2018, the project funded an exhaustive study on the Mozambican seed regulatory system to determine whether a seed law would be necessary. The study concluded that the sector has sufficient and effective regulations for the regional harmonization process, but that it was necessary to improve implementation and enforcement.

In November 2018, the project opened the funding to APROSE, the national seed sector platform, with $ 100,000 to support the dissemination of Mozambique’s

seed standards and regulations and the SADC Harmonized System. Seed is a very important input for the development of Mozambican agriculture and regional trade in products. APROSE members are mostly seed producers and traders.

DEMOCRATIC GOVERNANCE The democratic governance of Mozambican institutions has been strengthened through USAID’s intervention in civil society and media representatives. What measures have been taken, what are the main challenges and what has been achieved?

USAID has been working in support to the media sector for nearly a decade in Mozambique to provide young Mozambicans aspiring journalists with intensive and practical training using state-of-theart multimedia equipment.

To date, USAID’s MidiaLab program has trained 204 aspiring journalists and media professionals, most of whom are now working in the media sector.

USAID also supports Mozambican civil society organizations to engage productively with government officials to improve basic education and health, support biodiversity, tackle climate change and increase transparency in the extractive industry. Over the past year, local partners have been able to work with the Government to improve government policies and regulations to ensure Mozambique’s biodiversity and ensure transparent standards in the extractive sector.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 45

AGRONEGÓCIO

Inovação tecnológica, precisa-se!

Num cenário de imensa dependência face às importações de produtos agrícolas, a inovação tecnológica poder-se-á afirmar como uma das saídas mais eficientes e, acima de tudo, actuar como um catalisador no aumento da produtividade e crescimento do sector em Moçambique bem como em todas as regiões de África. Ao mesmo tempo, graças ao grande potencial agrícola na África Subsaariana, a indústria do agronegócio promete movimentar 1 trilião de dólares norteamericanos até 2030.

A

pesar das exportações agrícolas assumirem uma boa fatia das receitas de exportações, ainda há um longo caminho a percorrer para se atingir os patamares internacionais. Entre os factores

46 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

que retardam o desenvolvimento do sector no país, destacam-se, entre outros aspectos, a dificuldade no acesso a mercados, o uso de tecnologias rudimentares, a falta de financiamento – principalmente aos

pequenos produtores – e a incapacidade de lidar com as mudanças climáticas que, amiúde, dizimam culturas diversas.

O desenvolvimento dos agronegócios depende, quer em Moçambique quer em outras geografias, de uma adequada articulação entre os diversos sectores da economia. Por si só não poderá expandir-se a níveis globais. Ou seja, uma vez solidificado e devidamente apoiado por outros sectores à sua volta, como o dos transportes a título de exemplo, este sector afigura-se, sobretudo, como um alicerce económico em várias frentes.

Em Moçambique, actualmente, as novas oportunidades de negócio colocam as empresas do sector dos agronegócios diante de diversos desafios ligados à

consolidação e reestruturação empresarial, redução de custos tributários e logísticos, entre outros.

De acordo com o estudo ʺAgribusiness Indicators: Mozambique”, o ambiente político, no qual o ramo dos agronegócios se insere, é considerado razoavelmente satisfatório ao investimento do sector privado, muito embora os investidores nacionais, principalmente os de pequena dimensão, enfrentem restrições no acesso ao crédito, enquanto as empresas estrangeiras obtêm capital com facilidade.

Numa pesquisa mais recente, denominada PwC’s Agribusinesses Insights Survey 2016, a PwC Africa faz uma radiografia do sector dos agronegócios em diversas regiões africanas e apresenta alguns factores que devem ser tomados em consideração no desenvolvimento dos mesmos. Na presente edição, escolhemos os desafios que envolvem a inovação tecnológica.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: UM FACTOR INCREMENTADOR DA PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE

Vivemos num país onde a agricultura, um dos sectores com maior participação no PIB, é essencialmente rudimentar.

A enxada de cabo curto e a tracção animal usada maioritariamente na zona sul do País constituem, aliados a outros factores, entraves ao aumento da produção e da produtividade.

Assim, o país torna-se dependente das exportações que agravam os preços dos produtos e consequentemente a vida dos moçambicanos. Neste cenário de imensa dependência face às importações, a inovação tecnológica poder-se-á afirmar como uma das saídas mais eficientes e, acima de tudo, actuar como um catalisador no aumento da produtividade e crescimento do sector em Moçambique e, de maneira global, em todas as regiões do continente africano.

Actualmente, o mundo está à beira de uma segunda Revolução Verde. Essa revolução implicará mudanças fundamentais na forma como o sector agrícola utiliza e implementa as tecnologias inovadoras para melhorar a produção de maneira sustentável. Frans Weilbach, líder do sector do agronegócio da PwC Africa, citado pelo estudo, acrescenta que “há uma necessidade desesperada de segurança alimentar e, portanto, uma maior produção agrícola sem comprometer os recursos no

processo.”

Segundo o Fórum Económico Mundial (WEF, 2016), perto de 795 milhões de pessoas em todo o mundo passam fome todos os dias e a população mundial está bem encaminhada para atingir a marca dos nove biliões em 2050. Projecções aproximadas mostram que a oferta global de alimentos precisa mais do que dobrar para acomodar a crescente população.

Dados do Banco Mundial, também citados pela pesquisa, indicam que em virtude do grande potencial agrícola na África Subsaariana, a indústria do agronegócio poderá atingir a marca de 1 trilião de dólares norte-americanos até 2030. Para corresponder às expectativas, a tecnologia deve contribuir para criar um ambiente favorável no qual as empresas do sector possam alcançar seus objectivos estratégicos com mais rapidez e eficiência. Contudo, mais do que alcançar os seus objectivos estratégicos com maior rapidez e eficiência, a inovação tecnológica deve responder à crescente demanda por produtos agrícolas e à expansão demográfica.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 47

AGRIBUSINESS

Technological innovation wanted!

In a scenario of great dependence on agricultural products imports, technological innovation can be said to be one of the most efficient outputs and, above all, to act as a catalyst in increasing productivity and growth of the sector in Mozambique as well as in all African regions. At the same time, thanks to the great agricultural potential in sub-Saharan Africa, the agribusiness industry promises to move 1 trillion US dollars by 2030.

A

lthough agricultural exports take a good share of export revenues, there is still a long way to go to meet

48 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

international standards. Among the factors that slow down the sectorâ&#x20AC;&#x2122;s development in the country there are the difficulty in

accessing markets, the use of rudimentary technologies, the lack of financing - mainly to small producers - and the inability to deal with climate change that often decimated diverse cultures.

The agribusiness development depends, both in Mozambique and in other geographies, on an adequate articulation between the various sectors of the economy. By itself it will not be able to expand to global levels. That is to say, once solidified and duly supported by other sectors around it, such as transport as an example, this sector appears, above all, as an economic foundation on several fronts.

In Mozambique, new business

opportunities nowadays place agribusiness companies in the face of various challenges related to corporate consolidation and restructuring, reduction of tax and logistics costs, among others.

According to the study “Agribusiness Indicators: Mozambique,” the political environment in which the agribusiness sector fits in is considered to be reasonably satisfactory for private sector investment, although domestic investors, especially small investors, face constraints on access to credit, while foreign companies get capital with ease.

In a more recent survey, called PwC’s Agribusinesses Insights Survey 2016, PwC Africa reviews the agribusiness sector in several African regions and presents some factors that should be taken into account in its development. In this edition, we choose the challenges that involve technological innovation.

TECHNOLOGICAL INNOVATION: A PRODUCTION AND PRODUCTIVITY INCREASE FACTOR

We live in a country where agriculture,

one of the sectors with the largest share on GDP, is essentially rudimentary. The short-rope hoe and the animal traction used mostly in the south of the country are, together with other factors, obstacles to increased production and productivity.

Thus, the country becomes dependent on the exports that aggravate the products’ prices and consequently the life of Mozambicans. In this scenario of immense dependence on imports, technological innovation can be said to be one of the most efficient outputs and, above all, to act as a catalyst in increasing productivity and growth of the sector in Mozambique and, overall, in all regions of the African continent.

Today, the world is on the verge of a second Green Revolution. This revolution will entail fundamental changes in the way the agricultural sector uses and implements innovative technologies to improve production in a sustainable way.

Frans Weilbach, PwC Africa’s agribusiness leader, quoted by the study, adds that “there is a desperate need for food security and hence more agricultural

production without compromising resources in the process.”

According to the World Economic Forum (WEF, 2016), close to 795 million people worldwide are hungry every day and the world population is well on the way to reaching the nine billion mark by 2050. Projections roughly show that global supply needs to more than double to accommodate the growing population.

World Bank data, also cited by the survey, indicate that because of the great agricultural potential in sub-Saharan Africa, the agribusiness industry could reach the mark of 1 trillion US dollars by 2030.

To meet expectations, technology must contribute to create a favorable environment in which companies in the industry can achieve their strategic objectives more quickly and efficiently. However, rather than achieving its strategic objectives more quickly and efficiently, technological innovation must respond to the growing demand for agricultural products and demographic expansion.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 49

NETWORKING

Melhoria da produção em África depende dos africanos Os bancos de desenvolvimento em África são geridos por jovens africanos altamente qualificados que conhecem as dificuldades de cada país, o que pode facilitar a execução dos projectos de investimento para a massificação da indústria agroalimentar no continente.”

A

XVI Conferência Anual do Sector Privado (CASP) 2019 decorreu sob o lema “Melhorando o Ambiente de Negócios para Acelerar o Crescimento Económico: Agro-negócio como Acelerador”.

Logo à partida, o agro-negócio seria um dos temas que dominaria os debates com um dos painéis (sobre o Ambiente de Negócios para a Agricultura em Moçambique: Estudo de Caso sobre as Cadeias de Valor do Agro-negócio) a ter o Presidente da República, Filipe Nyusi, como moderador.

Porém, antes deste painel, e no primeiro dia do evento, a CASP discutiu a “Indústria agro-alimentar – a alavanca para o desenvolvimento do agro-negócio em Moçambique”. Para este tema, o orador principal foi Manoj Marar, director do Negócio do Óleo Alimentar na OLAM-Moçambique.

50 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

A apresentação de Marar conduziu a uma discussão sobre os principais constrangimentos ao desenvolvimento dos agro-negócios em toda a cadeia de valor.

Os intervenientes na cadeia de valor dos agro-negócios, em Moçambique, foram chamados a privilegiar o mapeamento desta (cadeia de valor) bem como a desenvolverem outros instrumentos alternativos e o estabelecimento de políticas consensuais e promotoras da intervenção do sector privado.

A disponibilidade de insumos de qualidade e os custos da sua aquisição surgiram como factores críticos na discussão. Paralelamente, as infraestruturas para o acesso aos mercados, o acesso ao financiamento e as mudanças climáticas são outros elementos que concorrem para elevar os custos de produção em Moçambique.

Entretanto, o sector agrícola em Moçambique não é feito apenas de constrangimentos, há casos de algumas culturas cuja produção saiu do modelo familiar para o industrial. Trata-se da soja, do algodão e da castanha de caju que beneficiaram de mudanças na legislação (com a introdução de incentivos fiscais), fomento de culturas, compra directa aos produtores familiares e do investimento na qualidade do produto final. Hoje, estas culturas contribuem para as exportações nacionais.

Neste momento, há outras culturas que estão a conhecer uma nova página, nomeadamente o milho e a mandioca devido à elevada procura para a produção da cerveja. Aliás, esta produção é adquirida directamente às comunidades rurais e estas têm visto as suas rendas dispararem, ganhando assim a motivação para continuar a produzir.

MODERNIZAR A AGRICULTURA

Outro painel que levantou um aceso debate na sala da XVI CASP esteve subordinado ao tema “Modernização da agricultura através do investimento estrangeiro e das exportações”. O orador principal deste

painel foi Mabouba Diagne, vice-presidente da Trade Development Bank (TDB) das Maurícias.

Diagne afirmou que os problemas de financiamento à agricultura podem ser minimizados, ou até mesmo ultrapassados, com o crescimento do comércio entre os países africanos, dadas as necessidades de consumo de cada país e as suas potencialidades em termos de produção.

O responsável destacou que Moçambique possui boas condições para o desenvolvimento da agricultura, mas que, no entanto, continua a exportar produtos agrícolas não processados.

Qual seria a solução? A solução para este problema passaria por convidar os países que importam a produção moçambicana a dotarem o país de tecnologia que

garantisse o processamento primário a nível local.

Mabouba Diagne apontou, igualmente, o facto dos bancos de desenvolvimento em África estarem a ser geridos por jovens africanos altamente qualificados e que conhecem as dificuldades de cada país, o que pode facilitar a execução dos projectos de investimento para a massificação da indústria agro-alimentar no continente.

PR CONVOCA SECTOR PRIVADO À PRODUÇÃO

O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que não obstante a economia estar a revelar sinais de vitalidade, ainda se registam índices de produção aquém do desejado, o que se reflecte directamente na balança comercial, dominada por mais

importações e menos exportações.

E quem pode contribuir grandemente para o aumento da produção e da produtividade é o sector privado. Por isso, felicitou os organizadores desta CASP pela escolha acertada do lema “Melhorando o Ambiente de negócios para acelerar o crescimento económico: Agro-negócio como acelerador”.

Reconheceu a necessidade de implementar reformas que visam reduzir custos de operação e de produtividade, mas sublinhou que o melhor antídoto é aumentar os níveis de produção.

“As nossas atenções devem centrar-se nos constrangimentos ao nível da cadeia de valor, em particular os relacionados com a produtividade, a comercialização e o agro-processamento”.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 51

NETWORKING

Improving production in Africa depends on Africans “Development banks in Africa are managed by highly skilled young Africans aware of each country’s difficulties, which can facilitate the implementation of investment projects for the mass expansion of the agribusiness industry on the continent.”

T

he 16th Annual Private Sector Conference (CASP) 2019 was held under the motto “Improving the Business Environment to Accelerate Economic Growth: Agribusiness as Accelerator”.

Right from the start, agribusiness would be one of the topics that would dominate the discussions with one of the panels (on the Business Environment for Agriculture in Mozambique: Case Study on Agribusiness Value Chains) having the President of the Republic Filipe Nyusi , as moderator. However, before this panel, and on the first day of the event, CASP discussed the “Agribusiness - the leverage for the development of agribusiness in Mozambique”.

For this theme, the keynote speaker was Manoj Marar, director of the Food -Oil Business at OLAM-Mozambique. Marar’s presentation led to a discussion on the main constraints to the agribusiness development across the value chain.

The actors in the agribusiness value chain in Mozambique were called upon to focus on the mapping of this (value chain) as well as to develop other alternative instruments and the establishment of consensual promoting policies of the

52 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

private sector intervention.

The availability of quality inputs and the costs of its acquisition have emerged as critical factors in the discussion. At the same time, infrastructure for access to markets, access to finance and climate change are other factors that contribute to raising production costs in Mozambique.

However, the agricultural sector in Mozambique is not only made of constraints, there are cases of some crops which production went from the familiar model to the industrial one. These are soybeans, cotton and cashew nuts that have benefited from changes in legislation (with the introduction of tax incentives), promotion of crops, direct purchase of family farmers and investment in the quality of the final product. Today, these cultures contribute to national exports.

At present, there are other crops entering into a new page, namely maize and cassava because of the high demand for beer production. In fact, this production is acquired directly from the rural communities and they have seen their incomes rise, thus gaining the motivation to continue producing.

MODERNIZING AGRICULTURE

Another panel that raised a heated debate in the 16th edition of CASP room was about the theme “Modernization of agriculture through foreign investment and exports”. The keynote speaker for this panel was Mabouba Diagne, vice president of Trade Development Bank (TDB) of Mauritius.

Diagne said that the problems of financing agriculture can be minimized, or even overcome, with the trade growth between African countries, given each country’s needs and their production potential.

The official highlighted that Mozambique has good conditions for the development of agriculture, but nevertheless continues to export raw agricultural products.

What would the solution be? The solution to this problem would be to invite countries importing Mozambican production to provide the country with technology that would guarantee primary processing at the local level.

Mabouba Diagne also pointed out that development banks in Africa are being managed by highly qualified young

Africans aware of the difficulties of each country, which may facilitate the implementation of investment projects for the mass expansion of the agribusiness industry in the continent .

PR CALLS PRIVATE SECTOR TO PRODUCTION

The President of the Republic, Filipe Nyusi, said that although the economy is showing signs of vitality, production rates are still below expectations, which is reflected directly in the trade balance, dominated by more imports and less exports.

And it is the private sector that can contribute greatly to increase production

and productivity. Therefore, he congratulated the organizers of this CASP for the correct choice of the motto “Improving the business environment to accelerate economic growth: Agribusiness as an accelerator”.

He acknowledged the need to implement reforms aimed at reducing operating and productivity costs, but highlighted that the best antidote is to increase production levels.

“Our focus should be on constraints at the value chain level, particularly those related to productivity, marketing and agro-processing.”

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 53

DESTAQUE

Empresas e instituições disponibilizam apoio às vítimas Os relatos que chegam da região centro do País, mais concretamente das províncias de Sofala, Zambézia e Manica, são de um desastre humanitário – no contexto moçambicano – sem precedentes. As imagens chocantes captadas nas bacias do Punguè e Búzi são de uma crueldade natural que revela um quadro desolador. Há pessoas que, sobre o tecto de uma residência inundada e quase submersa, clamam por socorro.

Há gente que, caminhando de mãos dadas, leva às costas tudo o que as chuvas e os ventos fortes deixaram: um fardo de roupa e mínguas de alimentos estragados. A miséria e a desgraça ganharam outras formas de manifestação.

Por Mateus Fotine

N

a cidade da Beira, a capital provincial de Sofala, a destruição é tal que diversas árvores, postes de energia e redes de infraestruturas foram deitados abaixo. Os problemas estão à vista. A escassez bateu à porta. Se antes da passagem do ciclone tropical Idai as pessoas eram “obrigadas” a gastar com prudência

54 . M ZBUSINESS . Maio-Junho 2019

e frugalidade, hoje quase que não há o que gastar. Se antes as pessoas não tinham onde dormir, hoje quase que não têm por onde andar. A mãe natureza deitou abaixo vários investimentos, muitos deles empreendidos na base de muito sacrifício ao longo de anos. O cenário é catastrófico. É neste contexto que a solidariedade corporativa, demonstrada por diversas empresas e instituições nacionais e

internacionais, surge como um “analgésico” para a dor de muitos moçambicanos, principalmente para os que se localizam no distrito de Búzi e nas cidades da Beira e Dondo, na província de Sofala, severamente afectados pela passagem do ciclone tropical Idai.

Trata-se de movimentos solidários que emergem em resposta tanto aos apelos do Executivo moçambicano como pela responsabilidade social das empresas e o espírito de entreajuda que caracteriza a espécie humana desde os primórdios da sua existência.

Assim, enquanto uns disponibilizam ajuda em dinheiro, outros optam por produtos alimentares não perecíveis, roupas e alguns acessórios de grande utilidade para quem pode ter perdido tudo. Entre as empresas e instituições que abraçaram estas iniciativas solidárias, figuram nomes como a Cervejas de Moçambique (CDM) que anunciou um apoio no valor de 100 mil dólares norte-americanos, enquanto a companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) se disponibilizou a

transportar, a partir de Maputo, bens que as pessoas queriam enviar para ajudar os afectados pelo ciclone na cidade da Beira.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e o Banco Nacional de Investimento (BNI) não ficaram indiferentes.

Estas organizações juntaram-se ao movimento solidário, oferecendo ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) um apoio financeiro de quatro e três milhões de meticais, respectivamente.

A petrolífera sul-africana Sasol Limited, através de um comunicado de imprensa, comprometeu-se a doar 250 mil dólares norte-americanos, perto de 16 milhões de meticais, para apoiar as comunidades gravemente afectadas pelo ciclone tropical Idai nas províncias de Sofala, Manica e Zambézia bem como a outras áreas afectadas na província de Inhambane.

“A nossa solidariedade é para com o povo moçambicano, particularmente para com aquelas comunidades cujas vidas precisam de ser reconstruídas após este desastre devastador”, disse, citado no referido comunicado, Ovídio Rodolfo, director nacional da Sasol em Moçambique.

As firmas MPDC, Grindrod e DP World, envolvidas na gestão e operação do Porto de Maputo, organizaram um navio que rumou à cidade da Beira com 40 contentores (de 14 toneladas) que transportava produtos diversos colectados ao abrigo de uma campanha de denominada “Unidos por Beira”, levada a cabo por diversas organizações da sociedade civil e pessoas singulares.

No ramo das comunicações, a Autoridade Reguladora das Comunicações

(INCM) entregou ao INGC um cheque no valor de 12 milhões de meticais para apoiar as vítimas.

Por sua vez, a representante do Programa Mundial de Alimentação (PMA), Karin Manente, anunciou que a sua instituição lançou um apelo internacional que visa colectar 35 milhões de euros para a ajuda humanitária aos afectados pelas calamidades naturais no País.

GRANDES EMPRESAS, GRANDES APOIOS

A Sasol Limited não foi a única empresa do sector da energia a disponibilizar o seu apoio às vítimas do ciclone tropical Idai.

A americana Anadarko Petroleum Corporation, que lidera o Projecto Mozambique LNG, além de doar 200 mil dólares americanos à Cruz Vermelha, disponibilizou a sua aeronave ATR-42 ao INGC com uma equipa de profissionais de saúde, que inclui médicos, paramédicos e enfermeiros.

Já a portuguesa Fundação Galp vai disponibilizar bens de emergência à Cruz Vermelha no valor de 150 mil euros para apoiar as operações de socorro às vítimas.

A mineradora irlandesa Kenmare Resources plc, que opera um projecto de areias pesadas na província de Nampula, doou três milhões de meticais ao INGC. A multinacional ExxonMobil, uma das companhias multinacionais com participações na exploração de gás natural na bacia do Rovuma, anunciou em comunicado de imprensa, uma doação de 300 mil dólares norte-americanos (19 milhões de meticais) para a ajuda humanitária no país. A maior parte deste valor, 250 mil

dólares (perto de 16 milhões de meticais) será entregue à Cruz Vermelha americana para “as missões de salvamento em curso e para a alimentação, abrigo e conforto para as vítimas da tempestade”. Os restantes 50 mil dólares (3 milhões de meticais) serão alocados à ExxonMobil Moçambique Limitada, a filial da empresa no país, que os distribuirá por organizações que apoiam o Governo moçambicano.

A Karpowership, uma filial turca sediada no País que fornece energia à cidade de Nacala e à região norte, doou bens alimentares e equipamentos de primeira necessidade, entre os quais arroz, farinha, açúcar, óleo, feijão e kits de higiene, ao INGC e à Plataforma da Sociedade Civil ‘Unidos por Beira’.

A empresa Silos e Terminal Graneleiro da Matola (STEMA) foi outra organização que se juntou ao movimento de solidariedade, através da doação de três toneladas de arroz e artigos diversos colectados entre os seus colaboradores.

Seguindo a mesma linha das empresas e instituições acima referenciadas, o Grupo Empresarial Issufo Nurmamade (GEIN), sediado na cidade de Nampula, entregou ao INGC um cheque no valor de 2 milhões de meticais para acudir às vítimas do Idai.

Refira-se que, para além do fecho da nossa edição, várias foram as empresas e instituições nacionais e internacionais que se juntaram aos movimentos de solidariedade para apoiar as vítimas do ciclone tropical Idai. Um sentido de solidariedade corporativa que é de louvar.

May-June 2019 . M ZBUSINESS . 55

HIGHLIGHT

Companies and institutions provide support to the victims Reports from the central region of the country, more specifically in the provinces of Sofala, Zambézia and Manica, are of an unprecedented humanitarian disaster, in the Mozambican context. The shocking images captured in the Punguè and Búzi basins are of a natural cruelty that reveals a bleak picture. There are people who, on the roof of a flooded and almost submerged residence, cry for help. There are people who walk hand in hand and carry everything that the rains and the high winds left behind: a load of clothing and a little bit of spoiled food. Misery and misfortune have gained other ways of manifestation.

By Mateus Fotine

I

n Beira city, the provincial capital of Sofala, the destruction is such that several trees, power poles and infrastructure networks are destroyed. The problems are in sight. Scarcity knocked on the door. If before the tropical cyclone Idai people were “forced” to spend with prudence and frugality, today there is almost nothing to spend. If people had nowhere to sleep, now they have nowhere to walk. Mother Nature destroyed several investments, many of them undertaken with much sacrifice over the years. The scenario is catastrophic.

It is in this context that corporate solidarity, shown by several national and international companies and institutions, appears as a “painkiller” for the pain of many Mozambicans, especially those

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located in Búzi district and in Beira and Dondo cities, in the Sofala province, severely affected by tropical cyclone Idai.

These are solidarity movements that emerge in response to the appeals of the Mozambican executive as well as the social responsibility of companies and the spirit of mutual help that characterizes the human species since the very beginning of their existence.

So while some provide cash aid, others opt for non-perishable food, clothing and some very useful accessories for those who may have lost everything.

Among the companies and institutions that have embraced these solidarity initiatives, there are names such as Cervejas de Moçambique (CDM), which announced US $ 100,000 in support, while Linhas Aéreas de Moçambique (LAM)

offered to transport from Maputo, goods that people wanted to send to help those affected by the cyclone in Beira city.

The Cahora Bassa Hydroelectric Plant (HCB) and the National Investment Bank (BNI) were not indifferent. These organizations joined the solidarity movement, providing the National Institute for Disaster Management (INGC) with financial support of four million and three million meticais, respectively.

South African oil company Sasol Limited, through a press release, pledged to donate US $ 250,000, close to 16 million meticais, to support communities severely affected by tropical cyclone Idai in the provinces of Sofala, Manica and Zambézia as well as other affected areas in Inhambane province.

“Our solidarity is with the Mozambican people, particularly with those communities whose lives need to be rebuilt after this devastating disaster,” said Ovídio Rodolfo, Sasol country manager for Mozambique, quoted in the statement.

The companies MPDC, Grindrod and DP World, involved in the management and operation of the Port of Maputo organized a ship that went to Beira city with 40 containers (14 tons) carrying various products collected under a campaign called “United by Beira “, carried out by various civil society organizations and individuals.

In the field of communications, the

Communications Regulatory Authority (INCM) provided INGC with a check for 12 million meticais to support the victims.

The World Food Program (WFP) representative, Karin Manente, announced that her institution has launched an international appeal to collect € 35 million for humanitarian aid to those affected by natural disasters in the country.

BIG COMPANIES, BIG SUPPORTS

Sasol Limited was not the only energy company to make its support available to the victims of Tropical Cyclone Idai. The

American Anadarko Petroleum Corporation, which heads the Mozambique LNG Project, has donated U$ 200.000 to the Red Cross and made its ATR-42 aircraft available for INGC use with a team of health professionals, including doctors, paramedics and nurses.

The Portuguese Foundation Galp will provide emergency goods to the Red Cross in the amount of 150,000 euros to support relief operations for victims.

Irish mining company Kenmare Resources plc, operating a heavy sands project in Nampula province, donated three million meticals to INGC.

The multinational company ExxonMobil, one of the multinational companies with interests in natural gas exploitation in the Rovuma basin, announced in a press release, a donation of 300 thousand US dollars (19 million meticals) for humanitarian aid in the country. Most of this $ 250,000 (about 16 million meticals) will be handed over to the American Red Cross for “ongoing rescue missions and for food, shelter and comfort for the storm victims.” The remaining $ 50,000 (3 million meticais) will be allocated to ExxonMobil Moçambique Limitada, the company’s branch in the country, which will distribute them to organizations that support the Mozambican government.

Karpowership, a Turkish branch based in the country that supplies energy to Nacala city and the northern region, donated food and basic necessities, including rice, flour, sugar, oil, beans and hygiene kits, to INGC and Civil Society Platform ‘United by Beira’.

The company Silos and Terminal Graneleiro da Matola (STEMA) was another organization joining the solidarity movement through the donation of three tons of rice and various articles collected among its collaborators.

Following the same line of companies and institutions mentioned above, Issufo Nurmamade Business Group (GEIN), based in the city of Nampula, delivered to INGC a check for 2 million meticals to go to the Idai victims.

It should be noted that, after the closing of our edition, several were the national and international companies and institutions that joined the solidarity movements to support the victims of tropical cyclone Idai. A sense of corporate solidarity to be commended.

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LÍDER DE NEGÓCIOS

Adrian Frey Idade: 56 Nacionalidade: Moçambicana

BREVE BIOGRAFIA E EDUCAÇÃO Sou o administrador delegado do Parque Industrial de Beluluane o principal parque industrial e Zona Franca de Moçambique. O Parque Industrial de Beluluane é uma Parceria Público-Privada com o objectivo de apoiar os investidores com a infraestrutura necessária e serviços de valor agregado para realizar negócios com sucesso em Moçambique. Actualmente, o parque conta com 35 empresas de 15 países diferentes, apoiando uma força laboral de 5 mil trabalhadores.

Nasci na Suíça e sou licenciado em Direito pela Universidade de Zurique. Resido há 20 anos em Moçambique e, actualmente, sou o Presidente da Câmara de Comércio Moçambique-Suíça.

HISTORIAL DE CARREIRA Investimos no Parque Industrial de Beluluane em 2017 e, desde então, transformámos o negócio! O nosso objectivo com a Parceria Público-Privada é torná-lo um exemplo de parceria de sucesso entre investidores suíço-moçambicanos e o Governo. Estamos no processo de criar 1.000 novos empregos!

QUE LÍDERES O INSPIRAM E PORQUÊ?

Comecei recentemente a seguir Pete Buttigieg (Mayor Pete). É um político norte-americano e ex-Oficial da Inteligência Naval e, actualmente, é prefeito da cidade de South Bend, Indiana, desde 2012. Pete é candidato à Presidência dos Estados Unidos em 2020.

Gosto dele porque é curioso; é um estudioso e um leitor. Na sua opinião, o Evangelho diz para ajudar os pobres e os estrangeiros. Ele quer proteger o ambiente e essa é uma das muitas razões LAZER pelas quais eu gosto dele.

CLUBES E ASSOCIAÇÕES EM QUE ESTÁ ENVOLVIDO Sou o Presidente da Câmara de Comércio Moçambique – Suíça. A Câmara tem 41 membros e é representada por empresas, incluindo o Parque Industrial de Beluluane, a SIKA, a ABB, a Nestlé e a MSC. FILOSOFIA DE VIDA Crescimento e prosperidade é criar uma sociedade onde todos possam ter uma vida decente e proteger o meio ambiente. A minha visão é criar negócios viáveis e empregos sustentáveis.

MAIOR LIÇÃO DE VIDA ATÉ HOJE Desafiar, inventar e ser disciplinado

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Livro de cabeceira: ‘Born a crime’ de Trevor Noah. O livro é um relato impressionante da sua vida e do Apartheid na África do Sul. Prato favorito: Esparguete com alho, Azeite e Peperocini Lugar de sonho para visitar ou morar: Tofo, em Moçambique, e Sent, nos Alpes Suiços.

Música favorita: Jazz! ‘Minor Swing’ de Django Reinhardt.

Desporto: Caminhadas nos Alpes Suíços e nas praias em Moçambique.

Programa de Televisão ou Rede Social que segue/lê: Nunca vejo televisão, nem tão pouco sei ligar uma Hobbies: As minhas paixões são criar novos projectos de negócio e fazer caminhadas Mensagem de inspiração para proprietários de negócios e

empreendedores: Dê o primeiro passo. Pode começar com algo pequeno.

Use o seu próprio dinheiro. Existe um projecto para cada orçamento.

BUSINESS LEADER

LEASURE Bedside book: ‘Born a crime’ by Tevor Noah. The book is an impressive account of his life and Apartheid in South Africa.

Favorite dish: Spaghetti with garlic, Olio e Peperocini Dream place to go or to stay: Tofo in Mozambique and Sent in the Swiss Mountains Age: 56 Nationality: Mozambican

SHORT LIFE BIO AND EDUCATION I am the Managing Director of Beluluane Industrial Park – Mozambique’s flagship industrial park and free-trade zone.

Beluluane Industrial Park is a Public-Private Partnership with the aim to support investors with the necessary infrastructure and value-added services to successfully conduct business in Mozambique. The park currently has 35 companies from 15 different countries, supporting a workforce of 5 000 employees.

I was born in Switzerland and hold a Degree in Law from the University of Zürich. I have spent the last 20 years living in Mozambique and currently serve as the president of the Mozambican-Swiss Chamber of Commerce.

CAREER HISTORY We have invested in Beluluane Industrial Park in 2017 and since then turned the business around! Our goal with the Public-Private Partnership is to make it an example of a successful partnership between Swiss-Mozambican investors and government. We are in the process to create 1000 new jobs!

WHICH LEADERS INSPIRE YOU AND WHY? I’ve been recently following Pete Buttigieg (Mayor Pete). He is an American politician and former Naval Intelligence Officer who has served as the mayor of the city of South Bend, Indiana since 2012. Pete is a candidate for US Presidency in 2020. I like him because he is curious; he is a learner and a reader. For

Favorite music: Jazz! ‘Minor Swing’ from Django Reinhardt.

Sporting interests: Hiking in the Swiss Mountains and walking on the beaches in Mozambique.

TV program or media you like to follow/read: Never watch TV, don’t know how to turn the TV on.

Hobbies: My passions are creating new projects in business and hiking.

Message to aspiring business leaders and entrepreneurs: Just start. Start small. Use your own money. There is a project for every budget.

him the gospel says to help the poor and the foreigners. He wants to protect the climate and that is one of the many reasons why I like him.

CLUBS AND ASSOCIATIONS INVOLVED WITH I am the President of the Swiss Mozambican Business Chamber in Mozambique. The Chamber has 41 members and is represented by companies including Beluluane Industrial Park, SIKA, ABB, Nestle and MSC. PHILOSOPHY OF LIFE Growth and prosperity is to create a society where everyone can make a decent living and where we protect our environment. My vision is to create viable businesses and create sustainable jobs.

BIGGEST LIFE LESSON LEARNT TO DATE Challenge, invent and be disciplined

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MEMBROS CCMUSA

ALTEA RESOURCES (MOZAMBIQUE, LDA.) Contacto/Contact: MELANIE VANDEVILLE Morada/Adress: AV. 25 DE SETEMBRO POR CIMA DA LOJA BOSS – 1º ANDAR T. : 82 4090503 / 84 0366538 EMAIL: mv@altears.com APTUS MOÇAMBIQUE, LDA. Contacto/Contact: JOHAN SWART Morada/Adress: RUA RIO SAVE Nº 411 - MATOLA 700 T. : 21 491888 FAX: 21 491890 EMAIL: johan.swart@aptus.co.mz; dercio.macaba@aptus.co.mz BNI - BANCO NACIONAL DE INVESTIMENTO, SA Contacto/Contact: ANCHA OMAR

VISÃO Ser uma Instituição de referência e um mecanismo de alavancagem para o desenvolvimento do negócio em Moçambique e na África Austral.

MISSÃO Promover o desenvolvimento, com base na amizade e no companheirismo voluntário, de vantagens económicas mútuas, relações sociais e comerciais, entre as comunidades de negócio Moçambicanas e Americanas.

Eixos Estratégicos APOIO ÀS EMPRESAS Reforçar a posição da CCMUSA como plataforma para relações bilaterais entre os dois países, seus associados e autoridades públicas; CAPACIDADE INTERNA Transformar a CCMUSA numa plataforma reconhecida para o estabelecimento e desenvolvimento do negócio; FACILITADOR DE RELACIONAMENTOS Reforçar a capacidade operacional da CCMUSA, promovendo a sua sustentabilidade. ★★★ VISION To be a reference institution and a leverage mechanism for business development in Mozambique and Southern Africa.

MISION Promote the development, based on friendship and voluntary companionship, of mutual economic advantages, social and commercial relations between the Mozambican and American business communities.

STRATEGIC AXES SUPPORT FOR COMPANIES Strengthen CCMUSA’s position as a platform for bilateral relations between the two countries, their associates and public authorities; INTERNAL CAPACITY Transform CCMUSA into a recognized platform for establishing and developing the business; RELATIONSHIP FACILITATOR To reinforce the operational capacity of CCMUSA, promoting its sustainability.

www.ccmusa.org.mz

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Morada/Adress: AV. JULIUS NHERERE Nº 35504 – BLOCO A2 - MAPUTO T. : 84 3399050 / 84 3823423 EMAIL: info@bni.co.mz BCI - BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTOS Contacto/Contact: PAULO SOUSA Morada/Adress: PRAÇA ROBERT MUGABE T. : 21 353707 FAX: 21 307152 EMAIL:bci@bci.co.mz; ivo.cau@bci.co.mz; ncardoso@bci.co.mz BANCO ÚNICO, S.A Contacto/Contact: ANTÓNIO CORREIA Morada/Adress: AV. JULIUS NHERERE, Nº 590 - MAPUTO T. : 21 488400/121 FAX: 21 488484 EMAIL: danielasultuane@bancounico.co.mz BAT - MOÇAMIQUE Contacto/Contact: HASSAMO SAMAMAD / NELSON OSMAN JEQUE Morada/Adress: AV. DE ANGOLA Nº2289 T. : 21 466538 / 843331334 FAX: 21 465366 EMAIL: hassamo_samamad@bat.com nelson_jeque@bat.com BRITHOL MICHCOMA MOÇAMBIQUE, LDA Contacto/Contact: OLIVER HALLER Morada/Adress: AV. MAO TSÉ TUNG, Nº 346 - MAPUTO T. : 21 412100 FAX: 21 494036 EMAIL: haller@brithol.com CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE Contacto/Contact: MIGUEL MATAVELE Morada/Adress: PRAÇA DOS TRABALHADORES R/C MAPUTO T. : 21 301390 – 21 431706 FAX: 21 313364 EMAIL: miguelmatavele@cfm.net.co.mz CALCULUS, CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO, LDA Contacto/Contact: MARIA ROSA LÁZARO Morada/Adress: BAIRRO DO JARDIM , RUA DA DÁLIAS Nº 127 - 3º ANDAR – MAPUTO T. : 21 476230 - 84 2189115 - 82 4523180 EMAIL: calculos@tmcel.co.mz CAPITAL BANK S.A Contacto/Contact: TIAGO FERRAZ CONTENTE / ISABEL SCHYVENS Morada/Adress: AV. 25 DE SETEMBRO, EDIFICIO MURRAY 7º ANDAR T. : 21 311111 FAX: 21314797 EMAIL: isabel.schyens@capitalbank.mz; CARLOS MARTINS & ASSOCIADOS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS, LDA Contacto/Contact:CARLOS JOAQUÍM NOGUEIRA Morada/Adress:RUA ESTEVÃO ATAIDE Nº 20 R/C T. : 21 498617 FAX: 21 498619 EMAIL: info@carlosmartins.com.mz emartins@carlosmartins.com.mz CETA CONSTRUÇÕES S.A Contacto/Contact: NELSON MUIANGA / ROBERTO BUQUE Morada/Adress: AV. 25 DE SETEMBRO PRÉDIO JAT A Nº420 4ºANDAR T. : 21 355600 82/84 3160510 FAX: 21 3011855 EMAIL: rbuque@ceta.co.mz

CCMUSA MEMBERS

COCA-COLA SABCO S.A.R.L Contacto/Contact: SIMONE EVEREST / FRANCISCO TEMBE FERRÃO

GRUPO C. MONDEGO, S.A Contacto/Contact: MANUEL MAGALHÃES PEREIRA

Morada/Adress: RUA DA COCA-COLA Nº 223 MATOLA GARE T. : 21 740300 / 843012098 FAX: 21 751190 EMAIL: ftembe@ccbagroup.com

Morada/Adress: RUA PARA O PALMA Nº 66 T. : 21499847 / 82 3325140 FAX: 21 499849 EMAIL: geral@cmondego.co.mz

CIMPOGEST, LDA. Contacto/Contact: GERRY MARKETOS

HIDROELETRICA DE CAHORA BASSA Contacto/Contact: PEDRO COUTO

Morada/Adress: AV. MAO TSE TUNG R/C T. : 21 492115/20/21 FAX: 21 492491 EMAIL: contactos@cimpogest.com

Morada/Adress: AV. 25 D SETEMBRO 420 6º ANDAR JAT I T. : 21 350700 FAX: 21 314147 EMAIL:

C. I. M. – COMPANHIA INDUSTRIAL DA MATOLA Contacto/Contact: ALFREDO LOPES

HOTEL CARDOSO Contacto/Contact: MARIUS WOLMARANS / ANTÓNIA MANHIQUE

Morada/Adress: RUA DA NAMAACHA – ESTRADA VELHA MATOLA T. : 82 3111967/3058730 – 84 3058730/3058390 FAX: 21 720091 EMAIL: cim@cim.co.mz

Morada/Adress: AV. MÁRTIRES DA MUEDA – 707 T. : 214910710/5; 844910715/0 EMAIL: gm@hotelcardoso.co.mz pa@hotelcardoso.co.mz

COMPANHIA DE SEGUROS DA AFRICA AUSTRAL SA Contacto/Contact: BERNARDO ABÍLIO CUMAIO

IMPERIAL INSURANCE MOÇAMBIQUE, S.A Contacto/Contact: ELISHA CHIRAU JUNIOR

Morada/Adress: RUA FARALY Nº 108 BAIRRO DA SOMMERSCHLD - MAPUTO T. : 21 488836/7 FAX: 21 488835 EMAIL: direccaocomercial@australseguros.co.mz

Morada/Adress: AV. KENNETH KAUNDA Nº 523 T. : 21 497514 FAX: 21 497554 EMAIL: info@imperialinsurence.mz.com

CNM– MULTISERVICES BUSINESS CENTER Contacto/Contact: JORGE ALBUQUERQUE LAGOAS

ISCTEM – SOPREL Contacto/Contact: MOMED NAGUIB OMAR / RUMINA FATEALLY

Morada/Adress: AV. AGOSTINHO NETO Nº 326 MAPUTO T. : 21 494875 – 84 0324816 EMAIL: cnmcomercial@estreladigital.pt

Morada/Adress: RUA 1394 – ZONA DA FACIM 322 – MAPUTO T. : 21 312014/5 FAX: 21 312993 EMAIL: rfateaiy@isctem.ac.mz

COWI MOÇAMBIQUE Contacto/Contact: JOSÉ DOMINGOS CHEMBEZE

J.V.E. CONSULTORIA SERVIÇOS, LDA Contacto/Contact: EDDIE ALFREDO MASSINGA

Morada/Adress: AV. ZEDEQUIAS MANGANHELA Nº 95 1º ANDAR T. : 21 322780 – 21 309554 FAX: 21 307369 EMAIL: cowi@cowi.co.mz; jose@cowi.co.mz;

Morada/Adress: AV. UNIÃO AFRICANA, PALMEIRAS - MATOLA 1º ANDAR - CAIXA POSTAL 22ª – MAPUTO T. : (+258)20031719 842359355 EMAIL: eamassinga@jveconsultoria.com

CUMMINS MOZAMBIQUE LIMITADA Contacto/Contact: RACHEAL NJOROGE

INVEST IN MOZAMBIQUE, S.A Contacto/Contact: ELSA SANTOS

Morada/Adress: KELVINVIEW, SANDTON – SOUTH AFRICA T. : +27 795237988 EMAIL: racheal.njoroge@cummins.com

Morada/Adress: RUA JOSÉ SIDUMO Nº 73 MAPUTO T. : 21 361257 – 21498318 EMAIL: elsasantos@invsteimove.co.mz

DELTA AIR LINES Contacto/Contact: FAHEMA SULEMANE

MB CONSULTING, LDA Contacto/Contact: MARIAM BIBI UMARGI

Morada/Adress: LARGO TIAGO MULER 235 MAPUTO T. : 82 3271440 EMAIL: fahema.sulemane@delta.com

Morada/Adress: RUA DANIEL NAPIATIMA Nº 279 MAPUTO T. : 21 492469 FAX: 21 492439 EMAIL: info@mbconsulting.co.mz

ERNST & YOUNG, LDA Contacto/Contact: PAULO REIS

MILLENNIUM BIM Contacto/Contact: MOISÉS JORGE / NUNO VAZ

Morada/Adress: RUA BELMIRO OBADIAS MUIANGA, Nº 179 MAPUTO T. : 21 353000 / 21 353301 FAX: 21 321984 EMAIL: ernst.young@mz.ey.com

Morada/Adress: RUA DOS DESPORTISTAS T. : 21 354314 - 21 351500/9 FAX: 21 354295 – 354466 EMAIL: rfonseca@millenniumbim.co.mz; nvaz@millenniumbim.co.mz

FARWEST INTERNATIONAL GROUP, LTD Contacto/Contact: VANESSA ZHANG

MOÇAMBIQUE CAPITAIS, S.A Contacto/Contact: ASMIN PATEL

Morada/Adress: 16/F, LOYONG COURT COMM BUILDING, 212 – 220 – HONG KONG T. : 00862586702360 / 00862586562360 EMAIL: info@farwesthk.com; vanessa.zhang@farwesthk.com

Morada/Adress: RUA ANTÓNIO SIMBINE Nº 160 R/C T. : 21 242000/12 EMAIL: info@moçambiquecapitais.co.mz

FORCIER MOÇAMBIQUE, LDA

MODET, LDA Contacto/Contact: KASSIM ALIMAHOMED

Morada/Adress: RUA DE MARRACUENE, 1º ANDAR T. : 84 6863758 EMAIL: businessdevelopment@forcierconsulting.com

Morada/Adress: AV. DE MOÇAMBIQUE KM 8,5 MAPUTO T. : 21 470313/4 FAX: 21 471015 EMAIL: modet@zebra.uem.mz

GE OIL GAS MOZAMBIQUE, LDA Contacto/Contact: JOANA SARANGA

MOZA S.A Contacto/Contact: VITOR BRAZÃO

Morada/Adress: AV. 24 DE JULHO PREDIO SHOP 24 - 2º ANDAR T. : 840945000 / 840945014 EMAIL: joana.saranga@ge.com

Morada/Adress: DOS DESPORTISTAS T. : 21 342000 FAX: 21 342001 EMAIL: victor.silva@mozabanco.co.mz

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MEMBROS CCMUSA

MOZAICO DO INDIGO, S.A Contacto/Contact: FELIZARDO AROUCA

SIKA MOÇAMBIQUE, LDA Contacto/Contact: MARK YAMOUT

Morada/Adress: RUA DO XITENDE Nº 120 R/C T. : 82 5016240 EMAIL: felizardo.arouca@mozaicodoindigo.co.mz

Morada/Adress: MATOLA RIO PARCELA 3.441 BELELUANE T. : 21 730367 84 3214202 EMAIL: yamout.mark@mz.sika.com

MURRAY & ROBERTS MOÇAMBIQUE, LDA Contacto/Contact: TOMÁS FRADE / MARIAMO ABDUL

STANDARD BANK S.A.R.L Contacto/Contact: ADIMOHANMA NWOKOCHA / CAMAL U. DAUDE

Morada/Adress: AV. ZEDEQUIAS MANGANHELA Nº 83 T. : 82 2937094 EMAIL: tomas.frade@murrob.com

Morada/Adress: AV. 10 DE NOVEMBRO T. : 21 352500 FAX: 21 426967 EMAIL: camal.daude@standrdbank.co.mz

PARQUE INDUSTRIAL DE BELULUANE Contacto/Contact: REINALDO MOLE

SOCIETE GENERALE MOÇAMBIQUE Contacto/Contact: SABINO GUNDELE

Morada/Adress: AVENIDA MARGINAL Nº 657 T. : 21 451739 848588469 EMAIL: reinaldo.mole@beluluane.co.mz

Morada/Adress: AV. JULIUS NHERERE T. : 21 481948 FAX: 21 498675 EMAIL: sabino.ngundele@socgen.com

PIMENTA E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, LDA Contacto/Contact: PAULO PIMENTA

TD HOTELS MOÇAMBQUE Contacto/Contact: JOANA DIAS

Morada/Adress: Av. Marginal Nº 141, Torres Rani 7º T2 T. : 21 493050 FAX: 21 493045 EMAIL: paulo.pimenta@pdalawfirme.com

Morada/Adress: AV. JULIUS NHERERE Nº 627 MAPUTO T. : 21 484400 FAX: 21 499600 EMAIL: joana.dias@tdhotels.com

P. J. R. TRAVEL AND SERVICES, LDA Contacto/Contact: PEDRO ELÍSIO LANGA

TECHNOSERVE INC Contacto/Contact: JANE GROB

Morada/Adress: Av. Eduardo Mondlane, 1190 - 1º andar T. : 84 59 13809 / 84 4136089 EMAIL: reservas@pjrtravelservices.co.mz

Morada/Adress: RUA ANTÓNIO SIMBINE Nº 203 T. : 21 326171/3 FAX: 21 326166 EMAIL: jgrob@tns.org

P.W.C Contacto/Contact: JOSÉ AZEVEDO

TÉCNICA ENGENHEIROS CONSULTORES, LDA Contacto/Contact: HUMAYD RAÚFO ISMAEL IRA

Morada/Adress: Av. Vladmir Leline Prédio Millenum Park 3º/4ºandar Maputo T. : 21 350400 FAX: 21 307621 – 21 420299 EMAIL: jose.azevedo@mz.pwc.com

Morada/Adress: AV. 25 DE SETEMBRO Nº 2226 T. : 21 322185 – 82 309820 FAX: 21 322186 EMAIL: tec@tec.co.mz

PROCONSTROI, LDA Contacto/Contact: BRUNO LUIS

TRANSCRANE LOGISTICS, S.A Contacto/Contact: PEDRO ASCENÇÃO

Morada/Adress: AV. DA BASE N’TCHINGA, Nº 395 - MAPUTO T. : 21 418304 / 84 6489960 EMAIL: bruno.luis@proconstroi.co.mz info@proconstroi.co.mz

Morada/Adress: AV. DAS INDÚSTRIAS Nº 3209 MACHAVA T. : 84 3025877 – 82 3025877 EMAIL: pedro@transcrane.co.mz

PROTECNA, LDA. NOME DE CANTACTO: SORAYA ISMAIL

TRANSPORTES LALGY, LDA Contacto/Contact: LUÍS LALGY

Morada/Adress: AV. FERNÃO DE MAGALHÃES Nº 1098 T. : 21307091 / 21320021 EMAIL: protecna@protecna.co.mz

Morada/Adress: AV. DA UNIÃO AFRICANA, Nº 4341 T. : 21 720482 – 21 724414 FAX: 21 720452 EMAIL: ilalgy@ilalgy.co.mz

RADISSON BLU HOTEL Contacto/Contact: DIRECTOR GERAL

TROPIGALIA, LDA Contacto/Contact: ADOLFO CORREIA

Morada/Adress: AV. DA MARGINAL PARCELA Nº 141 MAPUTO T. : 21 242400 FAX: 21 242401 EMAIL: fgs@radissonblu.com

Morada/Adress: AV. DE ANGOLA Nº 2732 - MAPUTO T. : 84 9306010 EMAIL: emulungo@hotmail.com

SAL & CALDEIRA ADVOGADOS, LDA Contacto/Contact: JOSÉ CALDEIRA / SAMUEL LEVY

TVSD, LDA Contacto/Contact: ANTÓNIO MANUEL NUNES DA COSTA

Morada/Adress: AV. JULIUS NHERERE Nº 3412 CAIXA POSTAL 2830 T. : 21 241400/82 FAX: 21 494710 EMAIL: jcaldeira@salcaldeira.com

Morada/Adress: AV. VLADMIR LENINE Nº 3071 – 3 ANDAR T. : 21 413342/43 Cel: 82 / 84 3048660 EMAIL: tvsd@tvsd.co.mz

REC, LDA. – Real Estate Advisory Contacto/Contact: MANUEL VIEIRA

UP SKY LOUNGE Contacto/Contact: SILVIA EUGÉNIO MULUNGO

Morada/Adress: JAT V – 1 – 14º ANDAR - RUA DOS DESPORTISTAS, 833 - MAPUTO T. : 21 505000 / 842064961 FAX: 21 308614 EMAIL: mvieira@meridian.32.com

Morada/Adress: AV. VLADMIR LENINE, Nº 512 1º ANDAR T. : 84 9306010 EMAIL: emulungo@hotmail.com

SICS - SOCIEDADE DE INDÚSTRIA E SERVIÇOS, S.A Contacto/Contact: CARDOSO MUENDANE

VISABEIRA MOÇAMBIQUE S.A.R.L Contacto/Contact: ANTONIO JORGE COSTA/PEDRO ANDRE DE SOUSA

Morada/Adress: BAIRRO DO TRIÚNFO RUA DAS MASSANICAS Nº119 T. : 82 8495530 8448074471 FAX: 21 451743 EMAIL: sics@sics.co.mz

T. : 21 480580 FAX: 21 495026 EMAIL: visabeira@visabeira.co.mz

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May-June 2019 . M ZBUSINESS . 63

Programa de apoio às empresas para melhor aproveitamento do AGOA* Mais infromações em www.ccmusa.org.mz Apoio:

*African Growth and Opportunity Act