Revista Odonto Nordeste

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ODONTO NORDESTE | ABO-CE ISSN 25264532

Ano IX - Número 15 - Dez 2017 / Jan / Fev de 2018 www.abo-ce.org.br

/odontonordeste

@odontonordeste

ÉTICA NA ODONTOLOGIA DO SÉCULO XXI Será destaque no VI Congresso Internacional – CIOCE

(pág.08)

Entrevista

Artigo Científico

Educação

Entrevista com Viviane Dourado, coordenadora do grupo de presidentes dos CRO’s do Brasil (pág. 06)

Artigo destaca a Redução de esmalte interproximal no tratamento ortodôntico (pág. 12)

Programa de Pós-Graduação da UFC obtém conceito 5 na CAPES (pág. 28)


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Expediente

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- Revista Odonto Nordeste ISSN 25264532 Contato: contato@nsfpublicacoes.com.br

Editorial 2018. Um ano de grandes expectativas para a Odontologia cearense. Um novo ano chegou! Há em nós um anseio de respirar com expectativa de renovação, novidades e inovação. Ano novo, tempo novo, vida nova! Mas, sempre é bom fazer um balanço, uma retrospectiva do que conseguimos alcançar no ano passado. A ABO-CE teve grandes momentos durante 2017, com destaque para criação da Liga Acadêmica, um espaço feito por acadêmicos para acadêmicos, que proporciona encontros mensais com convidados especialistas em assuntos relevantes na vida dos futuros cirurgiões-dentistas. Não podemos deixar escapar nenhuma preocupação, tudo deve ser colocado com confiança nos nossos planejamentos e metas, para assim, alcançarmos o sucesso, com dedicação e profissionalismo. Para esse ano, as expectativas são as melhores: realização do VI Congresso, Internacional de Odontologia, além da oferta de cursos pela Uniabo. A cada dia mais sólida e estável, a ABO-CE continua realizando suas funções sociais, garantindo aos seus sócios o engrandecimento e a preservação da nossa profissão, a Odontologia. Que 2018 seja um ano de paz e prosperidade! Que possamos cada vez mais nos unir no propósito de caminhar juntos por uma odontologia ética e de qualidade, no Ceará. Esses são os votos de parceria e amizade que renovamos com cada dentista e parceiro da ABO-CE.

- Associação Brasileira de Odontologia - Seção Ceará Rua Gonçalves Lêdo, 1630 - Joaquim Távora CEP 60.110-261 - Fortaleza - Ceará Fone: (85) 3311 6666 | www.abo-ce.org.br | revistaodontonordeste@ gmail.com - Presidente: José Emilson Motta Barros de Oliveira Júnior - Vice-Presidente: Perboyre Gomes Castelo Júnior - Secretário Geral: Elis Regina Vasconcelos Farias Aragão - 1º Secretário: Ivany Soares de Sousa - Tesoureiro Geral: José Maria Sampaio Menezes Júnior - 1º Tesoureiro: Benício Paiva Mesquita - Diretor Científico: José Bonifácio de Sousa Neto - Diretor Social: Rochelle Correa de Alencar - Diretor de Assuntos Políticos e Assistência: Fernando Henrique Goersch Bastos - Diretor de Sede de Patrimônio: Antônio César Josino Rodrigues - Diretor de Esportes: Felipe Martins Leite - Diretor de Biblioteca: Abrahão Cavalcante Gomes de Souza Carvalho - Diretor de Informática: João Paulo Viana Braga - Diretor de Clínica: Ana Valéria Onofre Cruz - Diretor de Divulgação: Davi Oliveira Bizerril - Diretor Acadêmico: José Tarciso Sindeaux Gurgel Neto - Editora e Jornalista Responsável: Jocasta Pimentel Araújo MTB - 2823/CE (85) 3253.1211 assessoria@nsfpublicacoes.com.br - Projeto gráfico e Editoração: Tiago dos Santos Souza (85) 3253.1211 designer@nsfpublicacoes.com.br - Imagens: Arquivos Autores e outros. - Publicidade – Gerentes de Contas: Evaldo Beserra (85) 3253.1211 comercial@nsfpublicacoes.com.br Ligiane Viana (85) 3253.1211 comercial2@nsfpublicacoes.com.br - Atendimento: Marcelo Bezerra da Silva (85) 3253.1211 contato@nsfpublicacoes.com.br - Marketing: Emanuel Costa (85) 3253.1211 comunicacao@nsfpublicacoes.com.br - Financeiro: Renato Alves (85) 3253.1211 contato@nsfpublicacoes.com.br - Periodicidade: Trimestral Tiragem: 10.000 exemplares - Impressão: Pouchain Ramos Gráfica e Editora (85) 3231.3219 – www.pouchainramos.com - Distribuição: Gratuita - Responsável pela Publicação: NSF Publicações Av. Santos Dumont, 1343, sala 806, Edifício Centro Empresarial Mendonça Aguiar – Bairro Aldeota – Cep: 60.150-161 (85) 3253.1211 contato@nsfpublicacoes.com.br - Revista Odonto Nordeste: É uma publicação da NSF Publicações em parceira com ABO-CE A Revista Odonto Nordeste não se responsabiliza pelos serviços e produtos de empresas que anunciam neste veículo de comunicação, as quais estão sujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução dos artigos não científicos desde que citada à fonte. Os artigos científicos ficam sujeitos à autorização expressa dos autores.


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Sumário

06 - Entrevista

28 - Educação

Com Viviane Dourado

UFC obtém conceito 5 na CAPES

Coordenadora dos CRO’s no Brasil fala sobre a importância da Frente Parlamentar da Odontologia e questões do Código de Ética.

O coordenador do PPGO da UFC, Prof. Dr. Vicente de Paulo Saboia destaca a conquista da universidade para o Nordeste brasileiro.

08 - Capa

31 - Business

No Centro de Eventos do Ceará

FGM investe em tecnologia para produtos BPA Free

Tudo sobre VI congresso Internacional de Odontologia – CIOCE, que será realizado em maio de 2018, na capital cearense.

De forma pioneira a empresa revoluciona o mercado odontológico com a fabricação de produtos BPA Free.

12 - Artigo Científico

32 - Comportamento

Publicação cientifica

Música na Odontologia

Professores e Acadêmicos destacam em publicação, a redução de esmalte interproximal no tratamento ortodôntico.

A história do doutor em reabilitação oral, Antônio Materson que é um verdadeiro apaixonado pela música.

22 - Comportamento

34 - Entrevista

De hobby à profissão

Entrevista com Elis Regina

A paixão pelas artes gráficas que transformou a rotina da acadêmica Wyara Cândido.

A odontopediatra dá algumas dicas sobre os cuidados de higiene oral na infância.

24 - Caso Clínico

36 - Aconteceu

Clareamento com a técnica de consultório

Destaques da ABO-CE

Dr. Albano Luís Bueno fala sobre tratamento de clareamento ambulatorial.

Um resumo dos principais fatos e projetos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Odontologia, no Ceará, ao longo de 2017.


ENTREVISTA

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ENTREVISTA

VIVIANE DOURADO

Arquivo pessoal.

“A Frente parlamentar fortalece a Odontologia e Legislativo favorecendo mudanças que venham dignificar nossa profissão”. Viviane Dourado Presidente do Conselho Regional de Odontologia da Bahia

Com as mudanças tecnológicas e cada vez mais o uso de redes sociais, uma dúvida que vem sendo recorrente no campo da Odontologia é a questão do formato da publicidade utilizado pelos profissionais. A Presidente do Conselho Regional de Odontologia da Bahia e Coordenadora do Grupo de Presidentes dos Conselhos Regionais de Odontologia do Brasil, Viviane Coelho Dourado, concedeu entrevista à Revista Odonto Nordeste e falou sobre esse e outros assuntos. Odonto NE - Quais os temas e dúvidas mais recorrentes que chegam aos CROs de modo geral?

Viviane Dourado - Os temas mais recorrentes são relativos a propaganda contrária ao Código de Ética Odontológica, principalmente na questão do Antes e Depois. Odonto NE - Qual a importância da Frente Parlamentar da Odontologia e as expectativas de trabalhos da Frente, em 2018? Viviane Dourado - A Frente Parlamentar surge como uma força adicional para conquista dos pleitos e anseios dos Cirurgiões-dentistas. Temos muitos projetos de lei que estão parados precisando ser retomados e aprovados para que a Odontologia cresça, como

por exemplo a Odontologia do Trabalho e a Odontologia Hospitalar . A Frente Parlamentar fortalece a Odontologia junto ao executivo e legislativo favorecendo mudanças que venham dignificar nossa profissão. Odonto NE - Sobre a questão do “antes e depois”, o que diz a legislação e o código de ética? Viviane Dourado - O CEO é muito claro no seu artigo 44, inciso I onde fala claramente que “fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens de antes e depois...”. Sabemos que no mun-


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“Nossos acadêmicos hoje serão nossos colegas amanhã. O CRO-BA vê com bastante preocupação, a abertura desenfreada de novos cursos de Odontologia....”

do globalizado de hoje e com o meio digital precisaremos nos adequar para que nossos jurisdicionados não infrinjam o CEO, mas também possam ter a possibilidade de mostrar seus trabalhos de forma elegante e sem chocar a sociedade. O maior problema é que o “antes e depois” não só infringe o CEO, mas principalmente nossa lei 5.081 no artigo 7º alínea a. Essa ainda é uma questão muito complexa. Odonto NE - Como a senhora observa a odontologia tanto o contexto acadêmico, quanto clínico na Região Nordeste? Viviane Dourado - Nossos acadêmicos hoje serão nossos cole-

gas amanhã. O CRO-BA vê com bastante preocupação, a abertura desenfreada de novos cursos de Odontologia. O mercado está bastante saturado e pensando nesses futuros colegas nós já fazemos ações de prevenção para o CRO-BA. Temos o evento “Enfim, formado. E agora?, onde levamos palestras e ações do CRO-BA para os formandos e acadêmicos de todas as faculdades na Bahia, além de palestras em faculdades sobre o que é e como funciona uma autarquia federal e discorremos também sobre o CEO. No contexto clínico, temos que avançar ainda nas questões dos planos odontológicos, mas já estamos nos reunindo e teremos ações fortes para 2018.

ENTREVISTA


CAPA

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VI CONGRESSO

INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA VI CIOCE abordará Ética na Odontologia do Século XXI, como tema principal

O VI Congresso Internacional de Odontologia - CIOCE vai acontecer de 18 a 22 de maio de 2018, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O tema da sexta edição será “Ética na Odontologia do Século XXI”. Segundo a Presidente do CIOCE 2018, Dra. Ivany Soares de Sousa, a odontologia a cada ano vem transformando as aspirações e perspectivas tanto pessoais quanto profissionais gerando impactos e mudanças que regem o mercado de trabalho. “É com essa concepção que o CIOCE 2018 apresenta o tema: Ética na Odontologia no século XXI. Estamos comprometidos a fazer desse evento uma experiência recompensadora que permita discutir e esclarecer todas as faces dessa profissão”, afirma Dra. Ivany.

A PROGRAMAÇÃO A programação será dividida em dois eixos: científico e social. No campo científico, serão contempladas o máximo de especialidades odontológicas, com objetivo de oferecer ao congressista o que há de mais moderno em técnicas através de cursos, simpósios, conferências, temas livres, painéis, hands on etc. Ainda haverá uma feira de materiais odontológicos com produtos e tecnologias inovadoras oferecidas pelo mercado.


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Paralelo ao Congresso Internacional também acontecem outros três eventos: o XX Congresso Cearense de Odontologia, o V Congresso de Odontologia Militar e o V Encontro Brasileiro de Halitose. “São eventos já consagrados, sendo o congresso cearense realizado também pela ABO-CE, o de Odontologia Militar pela Academia Brasileira de Odontologia Militar e o Encontro de Halitose, pela Associação Brasileira de Halitose, ambas entidades sérias que trabalham para engrandecer a odontologia”, disse a presidente do CIOCE 2018.

Reprodução do site www.cioce.com.br

Durante o VI Congresso Internacional de Odontologia serão abordadas as seguintes temáticas: Endodontia, Implantodontia, Odontopediatria, Farmacologia, Periodontia, Cirurgia Bucomaxilofacial e Craniomaxilo-facial, Ortodontia, Harmonização Facial, Sexualidade e Saúde Bucal, Estética, além de curso para Técnicos na área da odontologia. “Temos uma comissão organizadora muito comprometida e eficiente; e a científica, tendo à frente o

Na Programação social, os congressistas vão participar de momentos divertidos e prazerosos, que valorizarão o que tem de melhor no Nordeste e no Ceará. “O happy hour no local do evento será reeditado e traremos como novidade um dia de atividades direcionadas para o público feminino, com temas como: sexualidade feminina, consultoria de imagem, maquiagem, empreendedorismo, coach, saúde, estética e ginástica íntima”, explicou Dra. Ivany.

CAPA

professor Marlio Ximenes, tem trabalhado para apresentar uma programação de excelência tendo confirmados alguns nomes reconhecidos nacional e internacionalmente como: Rielson Cardoso, Jussara Giorgi, Roberto Maciel, Carlos Estrela, Gláucio de Moraes, Júlio Cesar Joly, Luiz Eduardo Padovan, Rafael Puglisi, Laura Carvalho, Marisa Manhas, Adriana Ortega, Laureano Filho, Marcio de Almeida, Marcelo Januzzi , Renata Mota, entre outros.”, adiantou Dra. Ivany.

Comissões: Saiba quem faz o CIOCE acontecer. 6 Presidente da ABO Jose Emilson Motta Barros de Oliveira Junior 6 Presidente do CIOCE 2018 Ivany Soares de Sousa 6 Assessores da Presidência José Bonifácio de Sousa Neto Manoel Jesus Rodrigues Mello 6 Tesoureiro José Maria Sampaio Menezes Junior 6 Secretária Geral Margarida Maria Saraiva 6 Comissão Científica Márlio Ximenes Carlos (Coordenador) Bruno Rocha da Silva Luís Carlos Uchoa 6 Comissão Social Elis Regina Aragão 6 Comissão de Recepção e Hospedagem Renata Veras Carvalho Mourão (Coordenadora) Julianne Coelho da Silva Alice Reis Gonçalves Mello Alia Oka Al Houch 6 Comissão de Instalação Felipe Martins Leite Matheus Mesquita Chaves Araújo 6 Comissão de Comercialização Francisco José de Aguiar Ferreira 6 Comissão de Divulgação Dejamy Jorge Teixeira (Coordenador) Francisco Cristóvão Mota Lima Júnior Isabelle Ramos Parente Jonas Idelfonso Júnior Joyce Alves Marques Mikely da Silva Primo Wyara Cândido Nunes 6 Comissão de Informática João Paulo Viana Braga 6 Comissão Acadêmica (Coordenadores) Estefani Araújo Feitosa Fabiana Aparecida da Silva Bezerra Francisco Daniel Neves Martins Jomario Batista de Sousa Josfran da Silva Ferreira Filho Livia Rodrigues Cruz de Mesquita Maria Isabel Damasceno Martins Fernandes Marjorie Luiza Oliveira de Melo Renato Richelles Rodrigues Cordeiro


CAPA

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VOCÊ PODE PARTICIPAR DO VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA? Saiba o perfil do público do evento: Podem participar Cirurgiões Dentistas, outros profissionais da área da saúde, acadêmicos de Odontologia, acadêmicos de outras áreas da saúde, Técnico de Saúde Bucal, Auxiliar de Saúde Bucal, Técnicos de Prótese Dentaria, Auxiliar de Prótese Dentária, alunos TPD, APD, ASB E TSB.

Palestrantes Presenças confirmadas:

Carlos Estrela

Júlio César Joly

Rafael Puglisi

Márcio Rodrigues

Endodontia

Perio/Implante

Estética/Dentística

Ortodontia

Gláucio de Morais

Marcelo Januzzi

Rielson José

Sylvio Luiz Costa

Farmacologia

Harmomonização Facial

Endodontia

Cirurgia Bucomaxilofacial/Craniomaxilofacial

Inscrição no site: José Rodrigues

Renata Mota

Adriana de Oliveira

Cirurgia

Sexualidade e Saúde Bucal

Odontopediatria

www.cioce.com.br


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ARTIGO CIENTÍFICO

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REDUÇÃO DE ESMALTE INTERPROXIMAL

COMO ALTERNATIVA NO

TRATAMENTO ORTODÔNTICO Interproximal enamel reduction as alternative in orthodontic treatment Pedro Cesar Fernandes dos Santos Danielle Possidônio Cardoso Aline Levi Baratta Monteiro Marcelo Cerqueira Trévia Luciano Antônio Santana Ferreira Camila Lopes Rocha RESUMO O procedimento de redução interproximal do esmalte é considerado uma conduta de relativa simplicidade e bastante corriqueira no contexto odontológico, especialmente nos tratamentos ortodônticos. Apesar de ser indicado principalmente para adequar o volume dentário ao espaço nos arcos e para o alinhamento e retração dos dentes, torna-se necessário saber outras indicações clínicas, a técnica mais indicada, os dentes mais envolvidos e a quantidade de desgaste possível, bem como os efeitos decorrentes deste procedimento. Este trabalho tem como objetivo apresentar tais aspectos de suma importância relacionados ao desgaste

dentário interproximal indicado no tratamento de algumas más oclusões dentárias. Por meio de uma revisão sistemática da literatura, foram pesquisados artigos completos finalizados, nos últimos 20 anos, por meio eletrônico, usando a palavra-chave stripping ou interproximal enamel reduction nas revistas American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, The Angle Orthodontist e Journal Clinical of Orthodontics. Foram identificados 282 artigos, os quais, após a leitura dos títulos, foram selecionados 42 artigos, e, após a aplicação dos critérios de inclusão, sendo finalmente incluídos 34 artigos. Foi possível verificar que a indicação mais frequente foi

para promover o alinhamento de dentes apinhados e em má oclusão de Classe I, com os dentes anteriores superiores e inferiores, utilizando brocas de tungstênio ou discos diamantados com perfurações refrigerados, com média de desgaste de 0,5mm por face interproximal dos dentes anteriores e 1,0mm posteriores, e polimento com discos de granulação fina e ultrafina. Tendo como mais frequente efeito deletério o surgimento de arranhões nas superfícies dentárias, sendo necessários procedimentos de polimentos das superfícies e aplicação tópica de flúor após os desgastes. Palavras-chave: Má-oclusão. Ortodontia. Desgaste dos Dentes


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ARTIGO CIENTÍFICO

ABSTRACT The procedure of interproximal reduction of enamel is considered a relatively simple and fairly common conduct in the dental context, especially in orthodontic treatments. Although it is indicated mainly to adjust the dental volume to the space in the arches and to the alignment and retraction of the teeth, it is necessary to know other clinical indications, the most indicated technique, the most involved teeth and the amount of possible wear, as well as the effects of this procedure. This study aims to present such extremely important aspects related to the interproximal tooth wear indicated in the treatment

of some dental malocclusions. Through a systematic review of the literature, complete articles were searched in the last 20 years, by electronic means, using the keyword stripping or interproximal enamel reduction in the American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, The Angle Orthodontist and Journal Clinical of Orthodontics. A total of 282 articles were identified, which, after reading the titles, were selected 42 articles, and, after applying the inclusion criteria, 34 articles were finally included. It was possible to verify that the most frequent indication was to promote the alignment

of crowded teeth and in Class I malocclusion, with the superior and inferior anterior teeth, using tungsten drills or diamond discs with refrigerated perforations, with average wear of 0, 5mm per interproximal face of anterior teeth and 1.0mm posterior, and polishing with fine and ultrafine granulation discs. The most frequent deleterious effect is the appearance of scratches on dental surfaces, requiring procedures for surface polishing and topical application of fluoride after wear.

dos ao aspecto estético, o qual é o que mais afeta a qualidade de vida sob o aspecto psicossocial (BARCOMA et al. 2015).

dos dados de diagnóstico tem, de forma geral, opções mais conservadoras e aquelas consideradas mais radicais, na adequação dos dentes ao espaço das bases ósseas.

Key words: Malocclusion.Orthodontics. Tooth Wear.

INTRODUÇÃO A especialidade odontológica de Ortodontia tem, nas últimas décadas, avançado a passos largos em busca de oferecer tratamentos mais rápidos e estáveis das más oclusões, sobretudo as que afetam a estética do sorriso, bem como as relacionadas à boa função do sistema estomatognático. Neste contexto, uma das características mais frequentes nas diversas más oclusões e também responsáveis pela busca do tratamento são os apinhamentos, pois estão diretamente relaciona-

Os apinhamentos dentários podem estar presentes nas más oclusões de Classe I, Classe II e Classe III de Angle, tendo etiologia multifatorial, caracterizado pela desproporção entre o volume das bases ósseas e o volume dentário (LIONE et al. 2017). Frente a esta situação, o profissional, após a reflexão e análise

Dentre as medidas mais conservadoras, destacam-se aquelas que estimulam o aumento da largura dos arcos, ou seja, as expansões, ou aquelas que aumentam o perímetro do arco, ou por meio de vestibularização dos dentes anteriores ou por meio de dista-


ARTIGO CIENTÍFICO

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lização dos dentes posteriores, esta última com a frequente indicação de extração dos terceiros molares, que apesar de ser bem acolhida pelo paciente, é ainda um procedimento radical (WECHSLER et al. 2012). Por último, mas não menos importante, temos os desgastes interproximais do esmalte dentário, que apesar de removerem tecido dentário parcialmente, ainda assim são mais conservadores e com menor impacto, sobretudo ao perfil facial e à aceitação por parte dos pacientes (HARFIN, 2000). Os desgastes interproximais têm sido relatados na literatura como medida auxiliar no tratamento dos apinhamentos (ZHONG et al. 1999; CHUDASAMA; SHERIDAM,

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2007; SHERIDAM, 2008). Porém, existem outras indicações importantes que precisam ser conhecidas pelos ortodontistas (TAVARES; JUCHEM, 2004). Maior importância deve ser dada a este que é considerado por muitos, um procedimento aparentemente simples e de fácil aplicação, mas que pode levar a danos e consequências não somente aos dentes (ZACHRISSON et al. 2011), à oclusão (KOVAL, 2016), e, por que não dizer, à vida dos pacientes (YAGCI; UYSAL, 2013). Há a necessidade de se estabelecer protocolos do procedimento, de tal forma que seja possível saber quais os dentes que estão mais indicados, qual a quantidade média de desgaste possível,

quais as técnicas mais usadas de desgaste e polimento das superfícies, e, finalmente, os resultados e suas consequências. Este trabalho se propõe, por meio de uma revisão de l iteratura, determinar quais os dentes mais indicados para o procedimento de desgaste interproximal e as respectivas finalidades, em que tipos de má oclusão ele mais se enquadra, quais as técnicas mais empregadas, qual o intervalo e a média da quantidade de apinhamentos presentes nos estudos e a quantidade de esmalte desgastada e quais os possíveis efeitos apresentados após este procedimento.

MÉTODOLOGIA O propósito desse trabalho foi identificar alguns aspectos relevantes relacionados ao procedimento do desgaste de esmalte dentário interproximal, especificamente aos trabalhos relacionados, aos tipos e técnicas de desgaste interproximal, dentes mais indicados, quantidade de esmalte desgastado, qual o intervalo e a média da quantidade de apinhamentos presentes e os efeitos dos desgastes. Por meio de uma revisão sistemática da literatura, foram pesquisados, a partir de todos os estudos relacionados ao assunto, somente os artigos

publicados em forma de artigos completos finalizados, nos últimos 20 anos, por meio eletrônico, usando as ferramentas de busca nos respectivos sítios eletrônicos com somente a palavrachave stripping e com as palavras-chave interproximal enamel reduction, nas revistas American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, The Angle Orthodontist e Journal Clinical of Orthodontics. Foram identificados 282 artigos, dos quais, após a leitura dos títulos, foram selecionados 42 arti-

gos. Entre os critérios de inclusão adotou-se os artigos publicados em forma de pesquisas clínicas, pesquisas laboratoriais, casos clínicos, criação e inovação e entrevistas, todos relacionados às questões do assunto pesquisado. Todos os artigos escritos na língua inglesa. Os critérios de exclusão adotados foram artigos anteriores ao tempo determinado, artigos de publicidade de produtos com conflito de interesse, livros, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso.


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ARTIGO CIENTÍFICO

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Após a aplicação dos critérios de inclusão, finalmente foram incluídos 34 artigos.

IDENTIFICADOS 282 SELECIONADOS 42

NÃO SELECIONADOS 240 EXCLUÍDOS 8 INCLUÍDOS 34

Figura – Fluxograma da metodologia empregada na revisão de literatura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO O procedimento de desgaste interproximal do esmalte dentário pode ser relacionado diretamente aos estudos tribológicos, ou seja, aqueles que têm o propósito de desgastar a matéria física (LIONE et al., 2017). No caso aqui estudado, temos um material biológico a ser removido de seres humanos, que por si só já eleva o grau de responsabilidade na aplicação da conduta, tanto por parte de clínicos gerais como por parte do especialista (YAGCI et al., 2013; BARCOMA et al., 2015).

Os desgastes interproximais foram indicados para diversos tratamentos pesquisados em nossa revisão, destacando-se a presença dos apinhamentos na região anterior inferior (TAVARES; JUCHEM, 2004; JARJOURA et al. 2006; GERMEC-CAKAN et al., 2010) presentes com maior frequência na má oclusão de Classe I de Angle (HARFIN, 2000; GERMEC; TANER, 2008; KAUR et at., 2013; JUNG, 2013; KOVAL, 2016; KAMAL et al., 2017), mas também indicados na má oclusão Clas-

se II 1ª divisão (CHOI et al., 2011; CERCI et al., 2012; WECHSLER et al., 2012), na Classe II 2ª divisão (ASAKAWA et al., 2008) e na má oclusão de Classe III (TSENG et al., 2016). Independentemente do padrão facial, tanto pode ser indicado em pacientes com a face curta (LIN et al., 2017) como em pacientes com padrão dolicofacial (BALUT; GIL, 2017). Casos clínicos que apresentam a necessidade de discreta lingualização também são favorecidos pelos desgastes interproximais (TAVA-


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ARTIGO CIENTÍFICO

RES; JUCHEM, 2004), bem como dentes com formas triangulares e com embrasuras interproximais, também denominados buracos negros (HARFIN, 2000; TAVARES; JUCHEM, 2004; WECHSLER et al., 2012; TSENG et al. 2016) (Tabela I).

Tabela I- Lista de periódicos com quantidade de apinhamento inicial, desgaste indicado, má oclusão, dentes desgastados e técnica de desgaste e acabamento Autor(es)

Apinhamento (mm)

Desgaste (mm)

Má Oclusão (Angle)

Dentes

Técnica de Desgaste/ Polimento

Germec-Cakan et al. 2010

5,0 ± 1.3mm- Sup 5,9 ± 1.3mm- Inf

Classe I

Tseng et al. 2016

12,0mm- Sup

Classe III

-Incisivos Superiores -Molares

Brocas não especificadas/ Tiras de polimento

Classe I

- Pré-molares

Discos diamantados/ Discos Sof Lex extrafinos

Classe I

- Pré-molares

Broca de Tungstênnio Carbide 699/ Brocas diamantadas finas + Discos SofLex(médio e Fino)

Classe III

-Incisivos inferiores

Brocas diamantadas

Bayram et al. 2017 Germeç e Taner, 2008.

5,0 ± 1.3mm- Sup 5,9 ± 1.3mm- Inf

Cerci et al. 2012.

0,0mm

4,0mm

Kamal et al. 2017. Asakawa et al. 2008.

Broca de Tungstênnio Carbide 699/ Brocas diamantadas finas + Discos SofLex(médio e Fino)

Classe I 8,0mm

Wechsler et al. 2012

Classe II Divisão 2ª

-Incisivos inferiores

Classe II Divisão 1ª

-Incisivos superiores

Yagci et al. 2013.

0 a 3,0mm

= 0,25mm/lado

Classe I

-Dentes anteriores inferiores

Discos perfurados em baixa rotação

Choi et al. 2011

0,5mm super 2,5mm infer

0,5mm super 2,5mm infer

Classe I

-Incisivos aos molares

Discos com cobertura diamantada/ Brocas diamantadas triangulares + Discos SofLex

Jung, 2013.

3,3mm

0,2mm-incisivos 0,3mm caninos e pré-molares/lado

Zhong et al. 1999.

7,0mm

1,0mm/face

Classe I

Mesial de molares Mesial e distal de pré-molares e caninos

Broca de Tungstênnio Carbide 699+Brocas diamantadas finas/Discos Flex-View + tiras de poliéster com flúor acidulado

3,0mm inferior 4,0mm superior

Classe I

Harfin, 2002 Balut e Gil, 2017. Lin et al. 2017.

6,0mm sup 8,0mm inf

Classe II

-Canino a canino

Classe I

-Incisivos centrais e laterais Superiores -Incisivos central e lateral, canino e 1º Pré-molar esquerdos


ARTIGO CIENTÍFICO

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A manutenção dos elementos dentários e do perfil facial foram fatores decisivos para a opção dos desgastes dos dentes em vez do procedimento de extrações dos pré-molares (GERMEC; TANER, 2008) ou até de cirurgia ortognática (WECHSLER et al., 2012; TSENG et al., 2016).

(CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008). Como foi observado, a quantidade de apinhamento dos casos variou de 0,5mm até 12,0mm, com média de 4,7mm superior e 4,1mm inferior, o desgaste foi uma das terapias aplicadas para resolver os apinhamentos (Tabela I).

Os dentes mais frequentemente indicados foram os incisivos, tanto os inferiores (AL-MAGHLOUTH; AL-BALKHI, 2006; CERCI et al., 2012; KAUR et al., 2013) como os superiores (WECHSLER et al., 2012; TSENG et al., 2016) e os dentes posteriores foram menos indicados (TAVARES; JUCHEM, 2004).

Apesar de a literatura pesquisada apontar para diversas técnicas efetivas no desgaste interproximal, os desgastes com brocas carbide de tungstênio são as mais utilizadas com motor de alta rotação (TAVARES; JUCHEM, 2004; CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008), sempre refrigerados, além da necessidade prévia do aumento do espaço interproximal com anéis elastoméricos de separação (CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008; DAVIDOVITCH et al., 2008) ou com separador de Elliot (ZACHRISSON et al., 2011) (Figura 1).

Pelo que foi observado na literatura, sugere-se, contudo, indicar esse procedimento somente após a finalização do período de crescimento, pois há uma tendência de diminuição no apinhamento dos incisivos entre a dentadura mista e dentadura permanente, principalmente quando são consideradas as possíveis mudanças pela quantidade de apinhamento inicial, pelo espaço livre de Nance, pela protrusão do incisivo e pelo aumento da largura maxilar (BARROS et al., 2016). Não deve também ser indicado como provável agente preventivo da recidiva do apinhamento após o tratamento ortodôntico (AL-MAGHLOUTH; AL-BALKHI, 2006), nem como medida única para a solução de apinhamentos moderados, ou seja, acima dos 4,0mm

Outra indicação bastante frequente, mas não menos efetiva, é por meio de discos diamantados com perfurações em baixa rotação (ZACHRISSON et al., 2011), bem como as tiras de lixa diamantadas com peças oscilatórias instaladas em micromotor especialmente fabricado para este procedimento. Em todos as técnicas, o uso da refrigeração é obrigatório, sob o risco de aumentar a temperatura da câmara pulpar, podendo levar à injúria da polpa e do cemento (BAYSAl et al., 2007).

(Figura 2) Um dos efeitos deletérios mais frequentes do procedimento de desgaste do esmalte é a formação de ranhuras e sulcos, aumentando os riscos de descalcificação e cáries (CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007), apesar dos estudos não terem apontado para o surgimento de casos (JARJOURA et al., 2006; ZACHRISSON et al., 2011). De forma quase unânime, o acabamento da superfície de esmalte deve ser realizado com discos de média granulação, finos e ultrafinos, sendo observada uma superfície mais lisa que antes do procedimento de desgaste interproximal em alguns casos (ARMAN et al., 2006; MEREDITH et al., 2017). Houve também indicação de alisamento com tiras de poliéster embebidas com ácido fosfórico. Após os desgastes, a aplicação de flúor tópico em forma de gel ou soluções ou vernizes de fluoreto torna-se válida (CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008; BAYRAM et al., 2017). (Figura 3) A quantidade de esmalte removida deve ser em média de 0,5mm nos dentes anteriores, especialmente nos incisivos, sendo 0,25mm por cada face, e de até 1,0mm nos dentes posteriores, com 0,5mm por face, mediante possível extrapolação de desgaste realizado pelo profissional (CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008; SARIG et al., 2015). A remoção do esmalte


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dentário em excesso é um dos principais efeitos indesejáveis decorrentes desse procedimento e deve ser a todo custo evitada. Johner et al. (2012) realizaram um estudo no qual comprovaram que independente da técnica empregada, a quantidade desejada de remoção do esmalte foi sempre inferior a quantidade removida. Com essa finalidade, sondas ou réguas de diferentes espessu-

ras são indicadas para controlar a quantidade de esmalte removido (CHUDASAMA; SHERIDAN, 2007; SHERIDAN, 2008). Outro aspecto importante é trocar os instrumentos de desgaste após o uso, considerando-se a perda da capacidade de corte após algum tempo de uso (LIONE et al, 2017).

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bacteremia associada ao procedimento de desgaste interproximal, Yagci et al. (2013) enfatizaram que o profissional deveria avaliar o nível de risco para cada paciente e precisaria consultar o médico especialista antes desse procedimento, por ter o desgaste a possibilidade de causar sangramento gengival.

Apesar de ter sido encontrada somente uma publicação sobre a

Figura 1- Separação dos dentes progressiva para o desgaste interproximal.

Figura 2- Intrumentos e técnicas de Desgaste Interproxinmal mais usados. A- Discos de aço, tiras de lixa de aço, brocas; B- Desgaste manual com tiras de aço; C- Disco de aço fenestrado; D-Brocas diamantadas ou de Carbide com refrigeração.


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Figura 3- Métodos de acabamento da superfície de esmalte após os desgastes interproximais. A,B e C- Discos de acabamento SofLex de diferentes granulações; D- Tira de lixa de acabamento fina; F- Tira de lixa com ácido fosfórico a 37%; e G- Aplicação tópica de flúor.

Conclusão Com base na literatura, considerando o banco de dados explorado neste estudo, parece lícito afirmar que: 1) A indicação mais frequente foi para promover o alinhamento de dentes apinhados e na má oclusão de Classe I, tanto dos dentes anteriores superiores e inferiores. 2) Os apinhamentos variaram entre 0,5mm a 12,0mm, com média de 4,7mm para o arco superior e 4,1mm para o arco inferior. 3) Dentre as técnicas mais utilizadas, destacaram-se o uso das brocas de tungstênio carbide ou discos diamantados com perfurações,

ambos refrigerados, com média de desgaste de 0,25mm por face interproximal dos dentes anteriores e 0,5mm por face interproximal dos posteriores, e polimento com discos de granulação fina e ultrafina. 4) O efeito deletério mais apontado foi o surgimento de arranhões nas superfícies dentárias, sendo necessários procedimentos de polimentos das superfícies e aplicação tópica de flúor após os desgastes.


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Autores

Aline Levi Baratta1

Danielle Possidônio2

Camila Lopes3

Luciano Antônio4

Marcelo Cerqueira5

Pedro Cesar6

ARTIGO CIENTÍFICO

1 - Dra. profa. Aline Levi Baratta Monteiro Cirurgiã-dentista formada pela Universidade Federal do Ceará-UFC - Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará Mestre e Doutoranda em Odontologia -UFC - Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará 2 - Dra. Danielle Possidônio Cardoso Cirurgiã-Dentista em Fortaleza, CE. Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Ceará (2013), aperfeiçoamento em Endodontia pelo Instituto Teles de Odontologia (2014) e especialização em Saúde da Família, pelo Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica - PROVAB (2015). Atualmente, cursa a especialização em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia - ABO (Conclusão prevista: 2017) e é concursada na Prefeitura de Capistrano-CE como cirurgiã-dentista integrante da Equipe de Saúde da Família - ESF (2015). 3 - Camila Lopes Aluna de graduação em Odontologia-UFC e Monitora de Ortodontia 4 - Prof. Luciano Antônio Santana Ferreira Cirurgião-dentista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais Ceará-UFMG - Especialista em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará - Especialista em Implantodontia pela Faculdade São Leopooldo Mandic - Mestrando em OrtodontiaUNIARARAS - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará 5 - Prof. Marcelo Cerqueira Trévia Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará - Cirurgião-dentista formada pela Universidade de Fortaleza -UNIFOR - Mestrando em OrtodontiaFaculdade São Leopoldo Mandic - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia pela Associação Brasileira de OdontologiaCeará 6 - Prof. Dr. Pedro César Fernandes dos Santos Mestre em Ortodontia (USP) e Doutor em Clínica Integrada (USP) - Professor Associado II do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará-UFC - Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da UFC - Professor convidado do Curso de Especialização em Ortodontia pela Associação Brasileira de Odontologia-Ceará

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 6 AGGARWAL, A. A., NAYAK, U. S. K. A spring-loaded stripping tool. Journal of Clinical Orthodontics. v. 43, n. 11, p. 708, November. 2009. 6 AL-MAGHLOUTH, B., AL-BALKHI, K. Periodic stripping of the lower anterior teeth during retention. Journal of Clinical Orthodontics. v. 40, n. 11, p. 661-664, November. 2006. 6 ARMAN, A., CEHRELI, S. B., OZEL, E., ARHUM, N., ÇETINSAHIN, A., SOYMAN, M. Qualitative and quantitative evaluation of enamel after various stripping methods. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. n. 130, p. 131.e7-131.e14, 2006. 6 ASAKAWA, S., AL-MUSAALLAM, T., HANDELMAN, S. Nonextraction treatment of a Class II deepbite malocclusion with severe mandibular crowding: Visualized treatment objectives for selecting treatment options. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. v. 2, n. 133, p. 308-316, 2008. 6 BALUT, N., GIL, L. Class II correction in an adult high-angle patient using low-friction mechanics and skeletal anchorage. Journal of Clinical Orthodontics, v. 51, n. 7, p. 419-426, July. 2017. 6 BAYRAM, M., KUSGOZ, A., YESILYURT, C., NUR, M. Effects of casein phosphopeptideamorphous calcium phosphate application after interproximal stripping on enamel surface: An in-vivo study. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. v. 1, n. 151, p. 167-173, 2017. 6 BARCOMA, E., SHROFF, B., BEST, A. M., SHOFF, M. C., LINDAUER, S. J. Interproximal reduction of teeth: differences in perspective between orthodontists and dentists. The Angle Orthodontist. v. 5, n. 85, p. 820-825, 2015. 6 BARROS, S. E., CHIQUETO, K., JANSON, G. Impact of dentofacial development on early mandibular incisor crowding. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. v. 2, n. 150, p. 332-8, 2016. 6 BAYSAL, A., UYSAL, T., USUMEZ, T. Temperature rise in the pulp chamber during different stripping procedures. The Angle Orthodontist. v. 3, n. 77, p. 478-482, 2007. 6 CERCI, V., CERCI, B. B., MEIRA, T. M., CERCI, D. X., TANAKA, O. M. Eight-year stability of a severe skeletal anterior open bite with a hyperdivergent growth pattern treated with an edgewise appliance and chin cup therapy. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. v. 4, n. 141, p. e65-e74, 2012. 6 CHOI, Y. J., LEE, J., CHA, J., PARK, Y. Total distalization of the maxillary arch in a patient with skeletal Class II malocclusion. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics. v. 6, n. 139,

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COMPORTAMENTO

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DE HOBBY

À PROFISSÃO

Arquivo pessoal.

A paixão pelas artes gráficas que transformou a rotina da acadêmica Wyara Cândido. Wyara Cândido Acadêmica de Odontologia

nas de um dente, em tinta à óleo. “Minha habilidade é um dom de Deus que herdei do meu pai, Francisco (mais conhecido como Branco) que é Protético Dentário e também minha grande inspiração. Através dele cresci com essa paixão por detalhes, desenhos e arte”, declarou.

“Minha habilidade é um dom de Deus que herdei do meu pai, Francisco...”

É um dom de Deus.

Arquivo pessoal.

Wyara Cândido é acadêmica do 10° semestre de Odontologia da Unifor, vocação que potencializou a habilidade da universitária também nas artes gráficas. A estudante conta que sempre se identificou com artes manuais, sejam desenhos, esculturas ou artesanato. “Desde muito criança já gostava de desenhar e sempre arriscava aqueles com mais detalhes. Antes de entrar para a universidade, cheguei a fazer curso de pintura em tela e de escultura dental, e fui me apaixonando cada vez mais por desenhos ligados à Odontologia”. O primeiro quadro profissional de Wyara foi um molar seccionado, mostrando as características inter-


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COMPORTAMENTO

Arquivo pessoal.

Hoje eu tenho a @dontohandprinted como a minha segunda profissão...”

Arquivo pessoal.

Arquivo pessoal.

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Atualmente, Wyara mantém o perfil @odontohandprinted na rede social Instagram. Ela explica que a ideia surgiu da vontade de espalhar a odontologia de uma forma mais lúdica e de fácil compreensão. Assim, qualquer pessoa, sendo ou não profissional da área, conseguiria olhar e entender o que acontece dentro da sua boca e com os seus dentes. Outro objetivo, segundo a universitária, é o de proporcionar aos profissionais e colegas da academia, uma arte decorativa para o ambiente de trabalho, personalizando os quadros de acordo com a especialidade ou gosto pessoal. “Hoje eu tenho a @odontohandprinted como a minha segunda profissão. Comecei a vender minhas minhas artes gráficas, ilustrações e desenhos à pedido de amigas, para pequenos trabalhos e propagandas, e com o tempo os pedidos aumentaram a ponto de levar essa ideia como algo mais profissional e a página foi o espaço ideal para essa divulgação”, explicou Wyara. Além de ser uma paixão, Wyara acredita que a arte proporciona bem estar. “O desenho é como uma terapia para mim. Faz parte do meu dia-à-dia e mantém a minha mente relaxada para realizar outras atividades com melhor desempenho”, disse a universitária.

Saiba mais em:

@odontohandprinted


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Reprodução do site http://www.albanoluisbueno.com.br

CASO CLÍNICO

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CLAREAMENTO

COM A TÉCNICA

DE CONSULTÓRIO Dr. Albano Luis Bueno CRO – PR 13407

Clareamento em dentes vitais com a técnica de consultório Autor: Albano Luis Bueno - Paciente do sexo feminino, 36 anos. - A queixa: Dentes amarelados. Exame clínico/radiográfico: Dentes vitais saudáveis mostrando coloração inicial próxima ao A3. Tratamento: Foram programadas 2 sessões de clareamento ambulatorial com peróxido de hidrogênio a 35% em seringa de corpo duplo (Whiteness HP Automixx), o que favorece a agilidade da consulta.

Materiais FGM Utilizados: - Whiteness HP Automixx (gel clareador para uso em consultório) - Top Dam (barreira gengival) - Arcflex (afastador labial)


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CASO CLÍNICO

O clareador

WHITENESS HP MIXX

O clareador Whiteness HP Maxx Auto Mixx veio para facilitar nosso procedimento, a ponteira misturadora é sensacional dispensando a manipulação do produto antes do procedimento, além da fácil aplicação”.

Passo a passo: 6 1 e 2. Fotos iniciais.

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6 3 a 5. Aplicação da barreira gengival protegendo a gengiva marginal . 6 6 e 7. O gel é aplicado diretamente da seringa nos dentes, onde deve ser mantido por 40 minutos sem trocas. 6 8. Decorrido o tempo, o gel é removido por succção. 6 9 e 10. Dentes clareados após 2 sessões, exibindo cor similar ao B1.

Foto: 10


“Por que Especialização em

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Implantodontia na ABO-CE ? Em 2018, completam-se dez anos à frente do Curso de Especialização em Implantodontia da ABO-CE. Fomos testemunhas do crescimento profissional de dezenas de alunos que envaideceram os professores pelos cuidados com os pacientes e o alto nível técnico de finalização dos seus trabalhos. Também nos envaidece observarmos que vários deles tornaram-se “destaques” em seu meio profissional. Ao longo destas turmas, nos esforçamos em acompanhar a evolução da especialidade, reavaliando práticas que eram rotina e introduzindo novas condutas a cada início de turma. Cirurgias minimamente invasivas, diferentes conexões e superfícies dos implantes com os seus inovadores componentes protéticos, implantes curtos, implantes estreitos, fatores de crescimento teciduais, novos biomateriais, novos protocolos, alternativas cerâmicas, CAD-CAM, planejamentos digitais... Ufa!! É realmente desafiador se manter atualizado nesta especialidade e é exatamente isso que nos incentiva a continuar crescendo e aprendendo em conjunto com a turma a cada novo módulo. Estamos iniciando as inscrições para a turma 2018 de Especialização em Implantodontia da ABO-CE. Será um prazer receber a sua visita e tirar dúvidas sobre o curso. Agende-a através do telefone (85) 3311-6670. Venha fazer parte desta história. Até mais!

Dr.Lécio Pintombeira

Devo muito da minha vida profissional a Abo Ceará, onde pude fazer diversos cursos de aperfeiçoamento, além de três especializações: endodontia, prótese dentaria e implantodontia. Indico a todos os amigos e, que assim como eu, tem fome de conhecimento e vontade de crescer na profissão.

DR THALES AMÂNCIO Ex Aluno de Esp em Prótese, Implantodontia e Endodontia.

Professor


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ESPECIALIZAÇÃO EM PRÓTESE DENTÁRIA

ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA

Duração: 24 Meses

Duração: 24 Meses

Corpo Docente:

Corpo Docente:

Dra. Ximena Prado (Coordenação), Dra Ana Paula de Oliveira, Dr. Augusto Câmara e Professores convidados.

Dr Nilton Vivacqua (Coordenador), Dra Flávia Darius, Dr Sérgio Menezes, Dr Elilton Cavalcante e Professores convidados

ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA

APERFEIÇOAMENTO EM ORTODONTIA PREVENTIVA COM FOCO NA ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES

Duração: 30 Meses Corpo Docente: Dr. Lécio Pitombeira Dr. Bonifácio Neto Dr. Ricardo Abreu Dra. Fernanda Bernardi Dr. Thales Campos Dr. Roberto Franklin

APERFEIÇOAMENTO EM CIRURGIA

Duração: 10 Meses Corpo Docente: Dr Assis Lima (Coordenador), Dr Abrahão Carvalho, Dr Helder Carneiro e Professores Convidados

Duração: 12 Meses

ESPECIALIZAÇÃO EM RADIOLOGIA E IMAGINOLOGIA ODONTOLOGICA

Duração: 20 Meses Corpo Docente: Dr Phillipe Nogueira Barbosa Alencar (Coordenação), e Professores convidados.

APERFEIÇOAMENTO EM DENTÍSTICA

Duração: 12 Meses Corpo Docente: Dr Rinaldo Teles e Dr. Weyber Holanda

Corpo Docente: Dra. Frieda Souza (Coordenação), Dra Mirella Souza e Dra Rebecca Bastos

CIRURGIA AVANÇADA EM IMPLANTODONTIA Duração: 8 Meses

APERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTODONTIA

Duração: 12 Meses Corpo Docente: Dr. Lécio Pitombeira Dr. Bonifácio Neto Dr. Ricardo Abreu Dra. Fernanda Bernardi Dr. Thales Campos Dr. Roberto Franklin

CURSO EXPRESS EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE Duração: 4 Meses Corpo Docente: Dr. Alzerino de Oliveira Dra. Ana Valéria Cruz Dra. Paula Guerra Dr. Luiz Fernando Teixeira

RESIDÊNCIA CLÍNICA TÉCNICO EM RESTAURAÇÕES CERÂMICAS DE SAÚDE BUCAL Duração: 12 Meses Duração: 18 Meses

Corpo Docente:

Corpo Docente:

Dr. Manoel Mello (Coordenação), Dr Thompson Gonçalves, Dr Alzerino Mendes, Dr José Carlos de Sousa, Dr Luiz Fernando Teixeira, Dra Ana Valéria Cruz e Dra Paula Guerra

Prof. Dr Amilcar Freitas e Professores convidados

Corpo Docente: Dra. Renata Veras Dra. Renata Luzia, Dra. Margarida Saraiva Dr. Ernando.

IMERSÃO CIRURGIA PLÁSTICA PERIODONTAL E PERIIMPLANTAR Duração: 2 Dias Corpo Docente: Dr. Ricardo Andrés Landázuri Dr. Jorge Francisco Flamengui Filho e professores convidados

85 3311.6671 - 85 3311.6672

abo-ce.org.br/uniabo

aboceara

aboceara1


EDUCAÇÃO

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UFC OBTÉM

CONCEITO 5 NA CAPES Por Jocasta Pimentel

Em 2017, o Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFC PPGO obteve o conceito 5, pela CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão que regulamenta os programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil e os avalia a cada 4 anos. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFC desde 2015, Prof. Vicente de Paulo Saboia explica que conceito 5 significa que o PPGO-UFC obteve nível de excelência nacional se equiparando a cursos tradicionais das regiões Sudeste e Sul. “Nosso programa abriu a primeira turma de mestrado em 2005 e a primeira de doutorado em 2009 e em apenas 13 anos consegui-

Arquivo pessoal.

Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFC obtém conceito 5 na CAPES

Prof. Dr. Vicente de Paulo Saboia Coordenador do PPGO da UFC

mos conquistar essa posição de destaque nacional e de liderança nas regiões Norte e Nordeste”, ressalta o professor. Segundo Saboia, foram aproveitados investimentos do governo federal no período 2006 a 2013 para a construção dos laboratórios. “Hoje dispomos de um rol de equipamentos que não fica atrás dos laboratórios de grandes universidades brasileiras e nos permitem trabalhar em várias frentes de pesquisa odontológica”, justifica o coordenador. Para Saboia, a qualidade e o envolvimento do corpo docente e discente, com atenção especial para os ex-coordenadores e vice coordenadores, foi essencial para o êxito obtido.

Sobre as características que contribuíram para a excelência do programa em nível nacional, o professor atribuiu em primeiro lugar o planejamento estratégico que vem sendo feito desde o início do curso, o qual é baseado sempre em decisões colegiadas e não somente oriundas do coordenador, a chamada gestão democrática. Outro fator é a abertura quanto ao uso dos equipamentos do PPGO, como o laboratório. “Temos a convicção de que pertencemos à União e assim direcionamos nossas ações. Só para exemplificar, nossos laboratórios funcionam totalmente em caráter multiusuário, o que permite a qualquer pesquisador do Brasil e até do exterior utilizá-lo


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EDUCAÇÃO

sem maiores trâmites burocráticos”, afirmou Saboia. A organização didático-pedagógica e a infraestrutura de laboratórios, aliada a um grande pacto firmado entre a gestão superior da Universidade Federal do Ceará, docentes e discentes no sentido de alavancar a produção científica e elevar o conceito do curso foram imprescindíveis para conquista do conceito máximo, pela CAPES.

CORPO DOCENTE

O programa teve início com 10 docentes permanentes. Atualmente, 30 docentes permanentes e 4 colaboradores atuam no PPGO. Dentre os permanentes, além daqueles das áreas da odontologia, há professores das áreas de química orgânica, morfologia e microbiologia, o que permite a realização de pesquisas em um contexto inter e multidisciplinar, fortalecendo parcerias com outros programas de pós-graduação. Todos os nossos docentes são doutores e um terço tem pós-doutorado, a grande maioria em Universidades estrangeiras.

Reprodução do site do PPGO

DEMANDA ACADÊMICA

Desde sua criação o PPGO vem atraindo profissionais do estado do Ceará bem como de outros estados e países como México, Itália e Colômbia. Com a obtenção do conceito de excelência, a procura pelo programa aumentou. Em 2017, foram ofertadas 27 vagas entre mestrado e doutorado, com 96 inscritos. O nível dos candidatos é alto, assim, a disputa é extremamente acirrada. A procura por parcerias em pesquisa por outros programas de pós-graduação do Norte e Nordeste tem aumentado bastante após a divulgação do conceito 5 pela CAPES, o que renderá mais intercâmbio entre alunos e docentes e maior número de publicações conjuntas entre esses programas e o PPGO.


EDUCAÇÃO

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CONVÊNIO COM A OEA O convênio da OEA - Organização dos Estados Americanos foi muito importante na obtenção do conceito de excelência, somando-se às ações anteriormente implementadas como mobilidade acadêmica de alunos para doutorado sanduíche e de professores para pósdoutorado no exterior. “A meta agora é partir em busca do conceito 6, de excelência internacional, e, para isso já traçamos metas dentre as quais se destacam a internacionalização e a solidariedade no sentido de ajudar os cursos em processo de consolidação”, antecipa Saboia. Segundo o coordenador, além de aumentar a cota de alunos da OEA para o ano de 2018, o PPGO também está participando do programa BE-a-doc, que é um intercâmbio

entre pesquisadores, professores e alunos de universidades europeias e brasileiras para o qual são ofertadas 9 vagas. Em outra frente, há negociação bastante avançada para abertura de um mestrado interinstitucional com uma Universidade da Colômbia, num curso que funcionaria parte na cidade de Bogotá e parte em Fortaleza. “Apesar das drásticas limitações de verba impostas pelo governo atual para os programas de pós-graduação e para as pesquisas propriamente ditas, os convênios e intercâmbios internacionais estão se expandindo com perspectivas de parcerias com a Oregon Health and Science University, University of Michigan e University of Toronto, dentre outras”, explica o professor.

Reprodução do site do PPGO

O FUTURO

Segundo Prof. Saboia, o momento é de muito trabalho vislumbrando o conceito 6, de excelência internacional, na avaliação que ocorrerá em 2021. “Para isso já temos um planejamento estratégico traçado para o quadriênio 2017-2020 que inclui: aumento da captação de recursos através da participação em editais de fomento à pesquisa de órgãos nacionais e internacionais com vistas à construção de parcerias que visem o aumento da produção científica; expansão da internacionalização com aumento de vagas para alunos estrangeiros, especialmente da América latina e África; abertura de um mestrado interinstitucional com uma Universidade de um país latino-americano; ações de solidariedade e ajuda à programas e pós-graduação em processo de consolidação nas regiões Norte e Nordeste, em especial aqueles do estado do Ceará”, detalha o coordenador.


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BUSINESS

Produtos

BPA FREE

FGM investe em tecnologia para produtos BPA Free De forma pioneira, a empresa revoluciona o mercado odontológico com a fabricação de produtos BPA Free. Nem sempre estamos atentos às inúmeras substâncias que nos rodeiam e consumimos. Muitas delas podem ser prejudiciais à saúde. É o caso do Bisfenol A (BPA), composto químico presente em materiais derivados de plásticos à base de policarbonato como, mamadeiras, garrafas, copos para bebês e chupetas, além de produtos odontológicos. Estudos sugerem que o BPA possa causar danos à saúde de crianças e mulheres a longo prazo, incluindo: alterações neurológicas e metabólicas. Atenta a estes possíveis riscos, em 2011, a União Europeia baniu o uso de mamadeiras com BPA. Quatro anos depois, a França passou a fabricar embalagens alimentícias sem a substância. “O foco é reduzir as pequenas fontes BPA, que mesmo em níveis abaixo do tolerado, quando utilizadas de modo constante podem gerar males à saúde”, afirma Dr. Rodrigo Reis, consultor da FGM. “Portanto, há o consenso de que se deve reduzir ou extinguir a ex-

posição desse público ao Bisfenol A. A escolha de produtos livres da substância é uma excepcional indicação também na odontologia”, reforça Reis.

de menor sensibilidade a luz ambiente, o que garante aumento no tempo de trabalho, um grande diferencial em procedimentos que exigem alta estética.

Há um ano, a FGM revolucionou o mercado odontológico, lançando a primeira resina restauradora e o primeiro adesivo do mercado brasileiro livres de Bisfenol A. A formulação dos produtos Vittra APS (resina composta) e Ambar APS (sistema adesivo para esmalte e dentina) são totalmente isentos Bis-GMA, Bis-EMA e Bis-DMA, monômeros que podem conter traços de Bisfenol ou que podem liberá-los ao sofrer degradação.

Sobre a FGM

Os produtos também contam com o exclusivo Sistema APS (Advanced Polymerization System). Desenvolvida pela FGM, essa tecnologia confere aos produtos odontológicos excepcional desempenho, como refinamento estético e funcional; excelente previsibilidade de cor e opacidade do dente restaurado. Além

Com sede em Joinville (SC), a FGM produz soluções em estética e implantodontia dental para o Brasil e países da Europa, América Latina, Oriente Médio, África e Ásia, além de atender uma média de 30 mil dentistas por ano em cursos de atualização. Com quase 22 anos de existência, a FGM Produtos Odontológicos detém 80% do mercado nacional em clareadores, sendo líder neste segmento na América Latina. E há mais de 2 anos, revoluciona o mercado com sistema Arcsys de implantes. A marca FGM já satisfez milhões de sorrisos com suas soluções para a estética e saúde bucal.

Saiba mais em:

www.fgm.ind.br


COMPORTAMENTO

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MÚSICA NA

ODONTOLOGIA

Arquivo pessoal.

A história do doutor em Reabilitação Oral que é um verdadeiro apaixonado pela música.

Dr. Antônio Materson da Silva

Professor e Dr. em Reabilitação Oral

Professor Associado do Departamento de Odontologia Restauradora da UFC - Universidade Federal do Ceará, Mestre e Doutor em Reabilitação Oral, com Pós-graduação em Periodontia e Implantodontia, Antônio Materson da Silva tem um talento, que vai além da habilidade e conhecimentos na área da saúde e educação: a paixão pela música. E esse sentimento começou bem cedo, como ele mesmo conta. “Aos 5 anos de idade me apresentei pela primeira vez em um palco, na igreja de Santa Terezinha, em Fortaleza, cantando Waldick Soriano. Em São Paulo, em 1998, fizemos um show beneficente no palco da Faculdade de Odontologia de Bauru-SP. O show foi em prol de uma

funcionária da faculdade cuja casa havia pegado fogo. Foi uma grande repercussão e saiu inclusive no jornal SP TV. Então, minha vida toda foi marcada pela música”, descreveu Dr. Materson. Em 2017, o professor e músico participou de uma apresentação em homenagem aos 100 anos do samba, no Aterro da Praia de Iracema, junto com Aparecida Silvino, grande nome da música nacional. Outro momento especial desse ano, na vida do doutor apaixonado pela música foi no palco do Teatro Jose de Alencar, no dia 30 de novembro. “50 anos após minha primeira apresentação, cantei alguns sambas clássicos, no palco do José de Alen-

car, no último mês de novembro”, contou. A habilidade é destaque quando o assunto é instrumento de corda, pois Dr. Materson toca violão e guitarra. Mas, quem disse que termina por aí? Ele também domina os instrumentos percussão e já começou a estudar outros. “No momento estou tentando aprender gaita e tenho aulas de canto semanalmente”, explicou o músico.

“... Então, minha vida toda foi marcada...”

pela música


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E se Deus me permitir, cantar e tocar com mais frequência e mais profissionalmente...”

Google imagens.

Quando a música deixou de ser hobby. Dr. Materson começou sua atuação profissional na Odontologia muito cedo, aos 20 anos de idade, ensinando na Faculdade de Odontologia e atendendo em clínica. Nesse período, a música foi um hobby. Mas, o tempo passou e o que era diversão ganhou um caráter mais sério, com dedicação aso estudos de Teoria Musical e Canto. “E se Deus me permitir, cantar e tocar com mais frequência e mais profissionalmente, vou continuar”, confessa o apaixonado pela música. Quem ganha com isso são os amigos, que em toda reunião com o colega músico podem prestigiá-lo cantando e tocando. “Canto e toco violão também nas missas da Igreja de São Vicente, na Aldeota. A música aproxima muito as pessoas e isso tem acontecido durante toda minha vida”, afirma.

Arquivo pessoal.

Arquivo pessoal.

Atualmente, Dr. Materson canta toda semana, com o grupo Tô Xegando, que tem uma “pegada” samba de raiz. Segundo ele, que afirma ter um gosto bem eclético e já ter participado como cantor de bandas de rock e de forró péde-serra, em 2015 teve seu encontro definitivo com o samba. De lá pra cá vêm se dedicando ao ritmo, inspirado em artistas como Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Cartola e outros clássicos.

COMPORTAMENTO


ENTREVISTA

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ENTREVISTA

ELIS REGINA

Arquivo pessoal.

“Ensine sobre a importância da Higiene Oral. Para isso, utilize linguagem adequada e de fácil compreensão...” Elis Regina Vasconcelos Secretária Geral da ABO-CE

A odontopediatria é o ramo da odontologia que cuida da saúde bucal das crianças. Muitos jovens ou adultos que têm medo de ir ao dentista carregam experiências negativas que tiveram quando crianças. Por isso, o trabalho do odontopediatra é tão importante. Para tirar algumas dúvidas da família, a Odonto Nordeste conversou com a Secretária Geral da ABO-CE e odontopediatra, Elis Regina Vasconcelos Farias Aragão. Odonto NE - Quando deve ser a primeira consulta da criança ao dentista e com que frequência levá-la ao consultório?

Elis Regina - O ideal é que a preocupação com a saúde bucal do bebê se inicie durante a gestação. A saúde bucal da mãe tem relação direta com a saúde bucal do futuro bebê. Quando isso não for possível, a visita ao Odontopediatra deverá ser feita antes do nascimento dos dentes do bebê, onde o profissional orientará a mãe quando iniciar e como realizar a limpeza da boca. A frequência de visita ao dentista de 6 em 6 meses é importante para evitar o aparecimento de lesões de cárie, acompanhar o desenvolvimento da dentição, identificando de forma precoce o surgimento de desordens e má-oclusões.

Odonto NE - Quando o como deve ser a escovação dos pequenos? Elis Regina - Mesmo ainda sem dentes é muito importante que os pais comecem desde cedo a higiene da boca da criança, geralmente feita com uma gaze ou fralda umedecida com água filtrada, para limpar gengiva e língua. Mas quando os primeiros dentes surgem, já é importante começar a escovar. As escovas dentais possuem modelos específicos definidos por faixa etária. Devese usar creme dental com flúor e a quantidade deve ser bem.pequena, algo do tamanho de um


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ENTREVISTA

Os dentes decíduos, geralmente, caem sozinhos. Mas quando isso não ocorre naturalmente, o ideal é procurar o dentista.

grão de arroz, principalmente para aquelas crianças que ainda não sabem cuspir. Para as que sabem cuspir, o parâmetro será um grão de ervilha. A escovação deve ser realizada com movimentos circulares em grupos de dois dentes. Em seguida, as cerdas devem deslizar da gengiva para a ponta dos dentes, inclusive na superfície interna. Os dentes do fundo com movimentos de vai e vem (trenzinho). É importante seguir uma sequência para que nenhuma face do dente deixe de ser higienizada. Por fim, passar a escova na língua. Odonto NE - O que são as cáries? Elas podem surgir no dente de leite? Elis Regina - A cárie é uma doença infecciosa causada por bactérias, que metabolizam restos de alimentos e eliminam ácidos capazes de desmineralizar os dentes. Inicialmente, a cárie aparece

como pequenas manchas brancas e depois evolui para cavidades. Elas podem surgir nos dentes decíduos. Daí a importância da prevenção das cáries por meio da higiene bucal, de bons hábitos alimentares e visitas regulares ao dentista. Odonto NE - A extração do dente pode ser feita em casa, sem acompanhamento do dentista? Elis Regina - Os dentes decíduos, geralmente, caem sozinhos. Mas quando isso não ocorre naturalmente, o ideal é procurar o dentista. Odonto NE - Quedas e outros tipos de traumas podem afetar o desenvolvimento natural dos dentes? Elis Regina - Sim. Na dentição decídua, o traumatismo dental é muito comum, considerado um problema grave e uma situação

de urgência. Os acidentes que mais ocorrem são as quedas, principalmente quando as crianças começam a interagir com o meio externo. Algumas alterações podem ocorrer devido aos traumas, entre elas, anquilose, má formação radicular, necrose pulpar e até mesmo a perda do dente. Odonto NE - Que orientações gerais e importantes a senhora pode deixar aos pais? Elis Regina - Ensine sobre a importância da higiene oral. Para isso, utilize linguagem adequada e de fácil compreensão, levando em consideração a idade da criança; Incentive a higienização da boca após as refeições, bem como o uso do fio dental. Evite oferecer alimentos açucarados para as crianças e faça visitas regulares ao dentista.


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