FILHO DO AMANHÃ

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Prefácio A literatura brasileira conhecerá, a partir de agora, um autor extraordinário: Roberto Bombarde. Percebe-se, na leitura deste romance, que os personagens andam de forma livre e com uma fluidez que só grandes escritores conseguiriam localizar no tempo e no espaço a que eles pertencem. Utilizando uma linguagem singela e de época, o autor consegue entreter o leitor a ponto de transportá-lo a um novo e buscado mundo, mostrando-nos a vida e a morte, o bem e o mal, a razão e o medo, a criação e a consequência do criado. Desde que o mundo é mundo, os homens vivem indagando a razão da sua existência e a importância de ter a fé como uma espada empunhada em favor do bem. Jason Miller é um personagem que consegue demonstrar ao leitor a presença viva das indagações humanas na consciência do mundo. Visível ou invisível, real ou irreal, o importante é que as palavras fluem e encantam de forma mágica, ao criar entretenimento e propiciar reflexão, acentuando mundos e valores que a idade da razão não consegue discernir com os “olhos do mundo material”. O dinheiro, as terras, as posses materiais, a existência do poder e a vaidade são consequências de um mundo caótico que busca sem cessar seu ponto de equilíbrio. O amor ainda é a melhor forma de encontrar a simplicidade, sem se ater às maldades estampadas nos rostos invisíveis de seres e coisas que transcendem o mal. Se pensarmos que as “armadilhas do mundo” perseguem os seres humanos a ponto de converter homens em árvores malignas – criaturas diabólicas, maldosas, maliciosas e degeneradas –, podemos facilmente entender as linhas mestras deste romance sensacional e misterioso, que denuncia a aurora do mundo que há de vir. A vingança e o terror que acompanham o personagem principal dão a ele vida e fisionomia, assim 13

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