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9 de Julho de 2022

Loures | Odivelas

Número 20 Odivelas: será que uma parte do concelho foi esquecida ou abandonada?


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Indice Revolução Digital Sim.. Mas, Devagar? 2 Ensino Superior – Ousar a Mudança A Câmara - Intervenções com Destaque

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A Polícia Municipal de Loures celebrou o seu sétimo aniversário 5 Portugal adiado, até quando … 7 DESPORTO E ATIVIDADE FISICA 8 RASTREIO AO CANCRO DA MAMA 9 O Executivo Municipal

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Odivelas: será que uma parte do concelho foi esquecida ou abandonada? 11 “CUORE” MUNICIPAL - CLUSTERS AUTÁRQUICOS 13 Sublimes. Chevrolet e Ferrari fazem-nos viajar no tempo

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Solução Final 17 LOURES INNOVATION HUB COM OFERTA ÚNICA NO PAÍS 18 O primeiro dia do resto da tua vida... 19

Revolução Digital Sim.. Mas, Devagar?

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á citei por aqui o PM António Costa, a propósito da revolução digital e, desta vez, não será com certeza a última: “A transição digital é a primeira grande revolução industrial na qual Portugal tem um excelente ponto de partida”. Consultando a Wikipédia na sua página sobre “Revolução”, encontramos: “O termo é igualmente apropriado para descrever mudanças rápidas e profundas nos campos científico-tecnológico, econômico e comportamental humano”.

Sendo um defensor do PREC Digital, e com os sinais de arranque da revolução que o PM tem dado em diversas intervenções, estranho que os capitães, sobretudo os leais ao PM, não estejam a, pelo menos anunciar, nos seus territórios, a criação de plataformas agregadoras que criem valor acrescentado e suportem a referida mudança profunda na forma de administrar e de tomar decisões e que considerem sempre a componente digital em todos os projetos estruturais do Município. No que diz respeito ao Município de Loures, o presidente da CM Loures, Ricardo Leão, tem afirmado, e cito: “… Empreendendo uma verdadeira revolução na forma como a Câmara de Loures se relaciona com os empresários. Temos também que ter muito clara qual a estratégia de desenvolvimento que queremos para o nosso concelho. Este é um caminho que tem de ser percorrido em conjunto com Câmara e tecido empresarial lado a lado. Da nossa parte, estamos a dar passos nesse sentido, nomeadamente, com a criação do Loures Business Hub, cujo conceito subjacente compreende incentivos e projectos de apoio a empresas, aos empresários e ao empreendedorismo…”.

Que apoios irão haver do Poder Central aos Municípios para a implementação de projetos municipais de Digitalização? Que apoios irão haver aos projetos Locais na sua transição sustentada para o Meio Digital? No que toca aos Órgãos de Comunicação Social Locais, se o apoio do Governo Central, continuar a ser o mesmo que até aqui, bem podemos ver esta revolução digital como “letra morta” no universo da Imprensa do papel. Sem grandes esperanças nos apoios do Estado Central, que prega a “Revolução Digital” mas fica-se pelos acordos com os gigantes tecnológicos, sem apoiar as pequenas e micro empresas que são grande parte do tecido empresarial, só poderemos contar com, os Municípios, os quais, estão em condições de distinguir, no terreno, o trigo do joio e, com verbas descentralizadas e próprias, apoiar o PREC Digital dando prioridade aos projetos cuja componente Digital seja dominante. Nós, os defensores do PREC Digital, sabemos o que queremos e sabemos por onde queremos ir. Pensar Global – Agir Local. - António Tavares, diretor EDITORIAL

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Ensino Superior – Ousar a Mudança

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ma análise das alterações que vêm sendo introduzidas no ensino superior, com exemplos disseminados por todo o mundo, permite identificar quais as principais tendências para acelerar a introdução de tecnologia nos processos de ensino/aprendizagem na lecionação dos cursos ministrados nas instituições de ensino superior. Estas tendências, que começam a reunir consenso nos relatórios de grupos de trabalho constituídos para estudar este desidrato, podem ser classificadas em três categorias: tendências de impacto a longo prazo, resultantes da tomada de decisões na atualidade, que continuarão a ser importantes por mais de cinco anos; tendências de impacto de médio prazo que, provavelmente, continuarão a ser um fator importante na tomada de decisões para os próximos três a cinco anos; e as tendências de impacto de curto prazo impulsionadoras da imediata adoção de tecnologia nos processos de ensino/aprendizagem que, provavelmente, permanecerão importantes por apenas um ou dois anos, tornando-se comuns ou desaparecendo nesse período. Por forma a focar as discussões de cada tendência e desafio, considera-se pertinente considerar três meta-dimensões: política, liderança e prática. A política, nesse contexto, refere-se às leis, regulamentos, regras e diretrizes formais que regem as instituições de ensino superior; a liderança será o resultado das visões de especialistas sobre o futuro dos processos de ensino/ aprendizagem, com base em trabalhos de investigação realizados sobre a temática em apreço; e a prática corresponderá à adoção de novas metodologias pedagógicas de suporte aos processos de ensino/aprendizagem subjacentes à lecionação no ensino superior. Política. Embora todas as tendências identificadas tenham implicações políticas, é possível perspetivar que duas delas tenham um forte impacto nas decisões políticas dos próximos cinco anos. Repensar a maneira como as instituições funcionam é uma tendência de impacto de longo prazo, que exigirá que o poder político priorize reformas importantes do sistema de ensino que ajudem as instituições de ensino superior a reestruturarem-se em torno de um desígnio que visará o aumento da empregabilidade de seus diplomados. A European Higher Education Area (EHEA) lançou o conhecido Processo de Bolonha, visando criar políticas que induzam as instituições a adaptar modelos de funcionamento potenciadores de um melhor apoio à evolução

das necessidades dos estudantes e das suas entidades empregadoras. Vários estudos referem que as métricas a utilizar para avaliar os resultados dos processos de ensino/aprendizagem devem ser suportadas por dados intrínsecos ao desempenho do estudante, o que tem induzido preocupações acrescidas nos dirigentes das instituições no que se refere aos seus direitos de privacidade. Este paradigma emergente exige do poder político legislação orientadora para a criação de códigos de ética, que salvaguardem os direitos de privacidade dos estudantes, quando se implementam algoritmos que retiram dados associados a estudantes específicos, para o seu repositório de registo da sua aprendizagem e correspondente aquisição de competências. Liderança. Têm sido reportadas duas tendências que se destacam como oportunidades únicas de visão e liderança. A mudança para abordagens de aprendizagem mais profundas que favoreçam experiências práticas e centradas no estudante requer que as instituições preparem os seus docentes para novos papéis como orientadores e mentores. Na Universidade de Delaware, têm vindo a ser realizadas sessões que visam dotar os docentes de novas competências relativas a novas metodologias pedagógicas facilitadoras dos processos de ensino/aprendizagem, baseadas em problemas, colocando-os no papel de estudantes. Os professores espelham o processo de aprendizagem dos seus estudantes, resolvendo de forma colaborativa problemas sociais complexos. Da mesma forma, a tendência emergente de desenvolvimento de processos de ensino/ aprendizagem combinados, exige que a liderança institucional projete oportunidades relevantes de desenvolvimento profissional para seus docentes e funcionários. O Programa de Certificação em Ensino Virtual Online, da Universidade da Pensilvânia, capacita os docentes com as competências necessárias para avaliar criticamente o uso de tecnologias nos ambientes de aprendizagem combinados. Prática. Várias são as tendências que têm sido identificadas sobre a temática em apreço, com inúmeras implicações nas práticas pedagógicas subjacentes aos processos de ensino/ aprendizagem, sendo fácil de encontrar exemplos atuais. O progresso das instituições na promoção de culturas de inovação, destacadas como uma tendência de impacto de longo pra-

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zo, está em curso há algum tempo em muitas instituições de ensino superior do mundo. Na Austrália, o curso de Bacharelato em Empreendedorismo, da Universidade de Curtin, envolve os estudantes em atividades de desenvolvimento de negócios com o objetivo de os ajudar a criar as suas próprias empresas. No âmbito da sua formação académica, os estudantes são organizados em equipas de trabalho refletindo a realidade contemporânea de organização das empresas, sendo colocados em contacto com palestrantes convidados e mentores da indústria. Um pouco por todo o mundo, são vários os exemplos de instituições de ensino superior em que os espaços de lecionação estão a sofrer alterações de modo a acomodarem novas metodologias pedagógicas e novos modelos de suporte aos processos de ensino/aprendizagem, baseados em processos ativos de aprendizagem. João Calado (Professor Coordenador c/ Agregação do ISEL) (ex-Vereador do PSD)


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A Câmara - Intervenções com Destaque SAIDA DA A1( BOBADELA, SÃO JOÃO DA TALHA) E SAIDA DE SACAVÉM À 2° CIRCULAR

VÍDEO-PASSADIÇO – Show virtual CDU, obra ZERO!

– Câmara assume os custos financeiros, para as obras avançarem

https://fb.watch/e7Ju7b4KSW/ Ricardo Leão 6 de julho É uma promessa do Partido Socialista e um desejo muito antigo das populações de Sacavém, Bobadela e São João da Talha; falo da ligação de Sacavém à Segunda Circular e da saída da A1 para a Bobadela e São João da Talha. Estas duas obras irão permitir descongestionar o trânsito dando mais tempo a estes munícipes que agora o perdem em filas intermináveis. As duas obras estão interligadas em termos de mobilidade e faz sentido que se estudem em conjunto. Poderíamos estar mais adiantados se procedimentos básicos tivessem sido levados a cabo pelo anterior executivo da CDU mas tal não aconteceu, estando nós agora a fazê-los, tentando diminuir esse atraso para que rapidamente a obra avance. As conversações com as entidades envolvidas seguem a bom ritmo e têm sido frutuosas, tendo todas elas manifestado disponibilidade para o diálogo e vontade de levar a bom porto este processo. Sabendo que esta é uma obra fundamental para estas freguesias e não pretendendo ficar dependente de vontades e disponibilidades financeiras alheias, o executivo municipal decidiu em conjunto assumir os custos integrais destas duas obras, para que não estejamos mais uma década ou duas a tentar encontrar culpados da sua não realização. Este é um investimento estrutural e fundamental, não só para a comodidade dos munícipes mas também para o desenvolvimento do concelho. Não se pode adiar o futuro!

https://fb.watch/e7KjoFKEvi/ É impressionante a insistência da CDU no apregoar do trabalho feito quando na realidade, naquilo que importa, que é a concretização fora do papel desse trabalho, pouco ou nada foi feito. O caso do passeio ribeirinho do rio Tejo no concelho de Loures é uma das mais gritantes manobras de propaganda a que nos habituaram mas que nos dias de hoje já poucos incautos convencem. Com pompa e circunstância inauguraram um caminho feito no milénio passado para acesso ao antigo cais da BP em Santa Iria de Azóia e do passadiço nada mais se viu… Há de facto uma diferença gritante entre o anterior executivo da CDU e este novo executivo Socialista a que, com muita honra, presido; distingue-nos a vontade de fazer, de concretizar e não apenas de sonhar e projectar pois é da concretização que as pessoas precisam, de sonhos tornados realidade e não de realidades apenas sonhadas. Contem comigo e com o executivo que me acompanha para fazer aquilo com que nos comprometemos porque, “SIM FAZEMOS!”

MICROEMPRESAS – Ajudar nas candidaturas, potenciar os negócios

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Ricardo Leão ais de noventa por cento do tecido empresarial do país é constituído por médias, pequenas e microempresas que representam a grande maioria do emprego e criação de riqueza. Existem hoje uma série de incentivos e apoios às pequenas e microempresas que muitas vezes ficam por aproveitar por estas não terem conhecimentos técnicos suficientes para deles disfrutar nem, muitas vezes, capacidade financeira para contratar serviços externos que o possam fazer por si. Quando nós dizemos “vamos juntos” não se trata de uma frase feita, é uma forma de estar e agir pois é desta união e colaboração entre todos que podemos fazer crescer, desenvolver e evoluir o concelho de Loures; por isso, estão a ser criadas equipas da Câmara Municipal para, junto com as pequenas e microempresas encontrar os apoios adequados a cada uma delas e auxilia-las nas respectivas candidaturas que por vezes envolvem processos burocráticos complexos. Gostaríamos de chegar ao fim deste mandato e, ao olhar para trás, termos a certeza que este executivo tudo fez, do que está ao seu alcance, para que as empresas de Loures aproveitassem todas as oportunidades de expandir e melhorar os seus negócios pois o sucesso destas é o sucesso também do nosso concelho.

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A Polícia Municipal de Loures celebrou o seu sétimo aniversário 07.07.2022

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ara assinalar a data, realizou-se na manhã de dia 7/Julho, uma sessão solene junto aos Paços do Concelho. Na ocasião, a comandante da Polícia Municipal salientou o “reconhecimento justo e merecido por todo o trabalho e empenho dos agentes ao longo dos últimos anos”. Luísa Monteiro notou que “cumprimos a nossa missão e dever, por vezes com muitos riscos, mas sempre com dedicação e profissionalismo”. Já Paula Magalhães, vereadora da Câmara de Loures responsável pela Polícia Municipal, destacou que esta “é valorizada pelos munícipes do concelho”, reforçando que a sua missão “é essencial para vivermos num território com coesão e paz social, qualidade de vida e bem-estar da nossa comunidade”. A vice-presidente da Autarquia, Sónia Paixão, afirmou que “este é um dia muito importante para o concelho de Loures, com a realização deste ato simbólico de reconhecimento do trabalho e empenho de todos ao longo dos últimos sete anos”. “Iremos melhorar as vossas condições de trabalho e está em curso também um procedimento para a entrada de mais 19 agentes ao serviço”, anunciou Sónia Paixão, que, de seguida, juntamente com a comandante e a vereadora Paula Magalhães procederam à entrega da Carteira Profissional a cada agente. A cerimónia finalizou com a atuação da Orquestra Geração.

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Portela da Azóia Presidente da Câmara anunciou nova escola no valor de 4,5 M€ 01.07.2022

“O projeto já foi lançado e o respetivo concurso público será aberto durante este segundo semestre. O início da obra ocorrerá no próximo ano, representando um investimento de quatro milhões e quinhentos mil euros”, declarou o presidente do Município, durante a festa de uma centena de finalistas do pré-escolar e primeiro ciclo da Escola Básica Fernando Pessoa.

A construção do novo equipamento será concretizada num terreno municipal com cerca de 6 mil metros quadrados que confina com a atual escola. Contemplará três salas de jardim de infância, com parque infantil exclusivo, mais oito salas para o primeiro ciclo, biblioteca, cozinha e refeitório com capacidade para 140 alunos, parque infantil, ginásio e um polidesportivo coberto.

Loures | Vasco Touguinha um vereador e a sua campanha Muito Pouco Solidária

Foi lançada uma campanha de esterilização pela Divisão de Serviços Veterinários do Município de Loures, da responsabilidade do Vereador Vasco Touguinha, do PSD, que integra o Executivo Municipal que, sob o título “Campanha de Esterilização Solidária”, estabelecia o seguinte: “A Câmara Municipal de Loures está a realizar, até 30 de junho, uma Campanha de Esterilização Solidária, promovendo a esterilização

NoticiasLx, 9 de Julho de 2022 Penso que não. – António Tavares Nota: às 8h:40 do dia 30/Junho, foi solicitada ao vereador Vasco Touguinha uma reação ao teor desta notícia o que veio a acontecer em nota do seu gabinete que passamos a reproduzir: É condição de recursos do agregado familiar para atribuição da comparticipação solidária do programa. Todos os agregados familiares cuja capitação seja inferior a cerca de 50% do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Não obstante o definido no ponto alvo de observação, está prevista uma abrangência alargada a outras situações de insuficiência económica, conforme consta no ponto 4 do artigo 1º do regulamento que refere “Compete ao DCSH e à DSV, em casos devidamente fundamentados, a inclusão de beneficiários cujos rendimentos não se enquadrem no nº2”. Ao dispor para quaisquer questões adicionais.

de animais de companhia (cães e gatos) cujos detentores estejam em situação de insuficiência económica. Os serviços prestados destinam-se exclusivamente a residentes no concelho de Loures, sendo condição de acesso que o requerente se encontre numa situação de comprovada carência económica, com um rendimento mensal per capita igual ou inferior a 200 euros fixado para o ano civil a que se reporta o pedido”. Num País que atravessa uma crise económica, provocada pela invasão da Rússia à Ucrânia e pela crescente inflação, são os Cidadãos de mais baixos rendimentos que mais dificuldades sentem para sobreviver e fazer face aos custos da alimentação, medicamentos e rendas e, no caso em apreço, fazer face aos custos com os seus animais de companhia. Ao lançar uma campanha “solidária” que estabelece como teto máximo de rendimento mensal um valor de 200,00 euros, que Munícipes se pretende atingir? Considerando que muitos dos idosos mais carenciados têm uma reforma que pouco ultrapassa os 300,00 euros, mesmo estes, estão fora dos parâmetros definidos para poderem beneficiar da referida campanha solidária. Faz sentido uma campanha que se intitula de “Solidária” nestes moldes?

Cumprimentos, Bruno Amaral

Unidade de Execução do Zambujeiro em discussão pública 05.07.2022

Está a decorrer, até dia 1 de agosto de 2022, o período de discussão pública da proposta de delimitação de Unidade de Execução do Zambujeiro, localizada na União das Freguesias de Santo Antão e São Julião do Tojal.

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Portugal adiado, até quando …

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ntónio Costa é Primeiro-Ministro de Portugal, há mais de 6 anos, tendo iniciado o cargo pouco tempo após ter conduzido o PS a uma derrota nas eleições legislativas de outubro de 2015. O Primeiro-Ministro tem um largo currículo político governamental, tendo anteriormente desempenhado, em vários governos, num total de cerca de 9 anos, funções de Secretário de Estado e de Ministro dos Assuntos Parlamentares, bem como de Ministro da Justiça e de Ministro da Administração Interna. O Primeiro-Ministro, também apresenta currículo em termos autárquicos, tendo sido Vereador na Câmara Municipal de Loures e membro da Assembleia Municipal de Lisboa e Presidente da Câmara Municipal igualmente de Lisboa. Em termos parlamentares António Costa foi deputado à Assembleia da República durante 13 anos, tendo também tido uma passagem fugaz pelo Parlamento Europeu. António Costa tem uma longa carreira essencialmente dedicada à política e ao PS, não se conhecendo currículo noutras atividades da economia, a não ser a de advogado ligado a escritórios de outros políticos da área socialista (Jorge Sampaio e Vera Jardim). Face ao currículo de António Costa e à sua longa dedicação exclusiva à política, da qual sempre dependeu, compreende-se o seu grande empenhamento e entusiasmo em iniciar, em finais de 2015, a época dos governos da geringonça, a fim de assegurar a sua própria sobrevivência política, após ter perdido eleições, relegando para segundo plano, não só o interesse nacional, mas também a práxis parlamentar do partido vencedor das legislativas formar governo. Em 2015, só a desmedida ambição do Primeiro-Ministro permitiu que pusesse a sua carreira política à frente dos superiores interesses de Portugal, aceitando o apoio parlamentar lhe foi dado pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda, partidos claramente de contrapoder e do quanto pior melhor, após o nosso país ter sobrevivido, com imensa dificuldade e esforço coletivo dos portugueses, à bancarrota socialista e aos desmandos dos governos de José Sócrates, de que, aliás, António Costa, fez parte. Como já era visível nos anteriores governos

da geringonça, a atual maioria absoluta do PS veio realçar a completa ausência de uma visão de futuro e de uma ideia para Portugal, de que António Costa há muito padece, estando somente rotinado e treinado para fazer falsas promessas e correr atrás das agendas impostas pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda e para zurzir na oposição, principalmente naquela que estoicamente o afrontava, sendo o Chega o exemplo paradigmático dessa situação. Agora que finalmente António Costa conseguiu descartar-se dos seus camaradas da geringonça e com a maioria absoluta que lhe caiu nas mãos, ficam mais evidentes as suas debilidades como Primeiro-Ministro, bem como a incompetência, de alguns dos seus Ministros que não hesitou em reconduzir, sendo Marta Temido o exemplo paradigmático dessa situação.

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sa, no Brasil, para disfarçar o seu incómodo pelo imbróglio diplomático que causou, ao entrar levianamente na pré-campanha eleitoral de um país amigo e irmão, obrigando o seu legítimo Presidente em funções, a cancelar um almoço de Estado, para evitar males maiores. Tudo é permitido a Marcelo Rebelo de Sousa em Portugal, mas convém que no estrangeiro assuma a contenção própria de um Chefe de Estado, de forma a não prejudicar internacionalmente o nosso país. Alguns dos pseudointelectuais que pululam na política portuguesa quando acusam pejorativamente, por exemplo, André Ventura, de ser um perigoso populista, deveriam primeiro olhar para o comportamento de Marcelo Rebelo de Sousa para perceberem o que de facto é um político populista que a todos quer agradar, não hostilizando ninguém e deixando que o governo de Portugal ande à deriva e vá levando o nosso país para a cauda da Europa.

A indisfarçável e incontida ambição europeia de António Costa que passa cada vez mais tempo fora de Portugal, o que conjugado com as suas próprias debilidades como líder do Governo, ao que acrescem os erros de casting na escolha ou manutenção de alguns dos seus Ministros, bem como, no facto, inédito na nossa democracia, de Marcelo Rebelo de Sousa ter permitido que a luta para a sucessão no PS fosse oficialmente transferida para o Conselho de Ministros, são tudo fatores para uma tempestade perfeita no Governo de Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa ao ter recentemente evocado a arraia-miúda, imortalizada por Fernão Lopes, deveria ter em atenção as lições da História de Portugal.

Os primeiros sintomas dessa tempestade perfeita já são visíveis, nomeadamente, com os colapsos do SNS e do SEF, bem como a trapalhada sobre o aeroporto internacional de Lisboa.

- Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO

O Presidente da República ao permitir tudo isto, parece não ser capaz de estancar a degradação da ação governativa, continuando a entreter-se com as suas múltiplas viagens ao estrangeiro e a exportar uma nova marca portuguesa, denominada as selfies à moda de Marcelo Rebelo de Sousa, como se estas fossem um produto gerador de riqueza em Portugal. Convém que alguém com acesso a Marcelo Rebelo de Sousa lhe demonstre e explique que as suas selfies no estrangeiro, não trazem qualquer valor acrescentado a Portugal, e em países evoluídos, não raras vezes, são consideradas uma autêntica e bacoca parolice. Contudo, percebe-se o ímpeto avassalador das selfies recentes de Marcelo Rebelo de Sou-

O Primeiro-Ministro e o Presidente da República são os principais responsáveis pelo facto de Portugal estar, por ora, adiado, restando saber até quando a arraia-miúda o permitirá …


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DESPORTO E ATIVIDADE FISICA

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RASTREIO AO CANCRO DA MAMA

A Câmara Municipal de Loures, promove no dia 17 de Julho de 2022, com início às 09h30, uma prova de atletismo em estrada, destinada a atletas federados ou não, nos escalões de Juniores a Veteranos +65 femininos e masculinos. Prova gratuita para os atletas inscritos no 37º Troféu “Corrida das Coletividades do Concelho de Loures”, que tenham participado em, pelo menos, três provas, devendo confirmar a sua participação até à data de 27 de Junho de 2022, através do formulário disponível em https://bit.ly/CorridaFestasLoures2022 Os restantes interessados poderão efetuar a sua inscrição através do site da Xistarca (https://xistarca.pt/eventos/4a-corrida-festas-de-loures), pelo valor de 5,00€. A prova terá a duração máxima de 1h45. Após este período de tempo será restabelecida a circulação automóvel em todo o percurso, devendo os atletas em prova utilizar o passeio e terminar a prova em autonomia. A redação do NoticiasLX gostaria de apresentar no seu semanário, informação relativamente a eventos desportivos que se vão realizar e não informação de eventos que se realizaram. Aliás era suposto haver todo o interesse em informar com alguma antecedência os OCS Locais, até para promover junto da população os eventos desportivos. Aguardemos que, no futuro, a política de informação seja mais pro-activa e deixemos de escrever “ACONTECEU” para passarmos a escrever “VAI ACONTECER”.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai realizar, de 22 de junho a 9 de novembro, um rastreio do cancro da mama junto à Câmara Municipal de Loures. A iniciativa dirige-se a mulheres entre os 50 e 69 anos que não tenham sintomas ou alterações na mama, não possuam próteses mamárias, não tenham realizado mastectomia, nunca tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e não tenham feito uma mamografia nos últimos seis meses. O rastreio vai realizar-se através da unidade móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Ao comparecer, poderá contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico.

O exame é simples e gratuito e pode ser realiza do de segunda a sexta-feira, das 9h20 às 13h00 e das 14h00 às 17h40.

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Decorreu no passado sábado, 2 de Julho, no Parque da Cidade, o Folk Loures 02.07.2022

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m 2022 esteve de volta O XXVII Encontro de Culturas Folk Loures 22, que decorreu no Parque da Cidade de Loures, no passado dia 2 de Julho, a partir das 16h:00. - No programa do evento, Arintos à Prova, Loures e Ponte de Lima. - Exibição de Grupos Folclóricos de norte a sul do País. - Jantar e entrega de lembranças institucionais.

Encerrando pelas 24h:00 com fogo de artifício. - A apresentação esteve a cargo de Jaime Ferreira de Carvalho da RDP.


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MUNICIPIO DE LOURES

O Executivo Municipal Portela da Azóia Presidente da Câmara anunciou nova escola no valor de 4,5 M€ 01.07.2022 O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, anunciou o lançamento da nova escola básica no Bairro Portela da Azóia. “O projeto já foi lançado e o respetivo concurso público será aberto durante este segundo semestre. O início da obra ocorrerá no próximo ano, representando um investimento de quatro milhões e quinhentos mil euros”, declarou o presidente do Município, durante a festa de uma centena de finalistas do pré-escolar e primeiro ciclo da Escola Básica Fernando Pessoa. A construção do novo equipamento será concretizada num terreno municipal com cerca de 6 mil metros quadrados que confina com a atual escola. Contemplará três salas de jardim de infância, com parque infantil exclusivo, mais oito salas para o primeiro ciclo, biblioteca, cozinha e refeitório com capacidade para 140 alunos, parque infantil, ginásio e um polidesportivo coberto.

Unidade de Execução do Zambujeiro em discussão pública 05.07.2022 Está a decorrer, até dia 1 de agosto de 2022, o período de discussão pública da proposta de delimitação de Unidade de Execução do Zambujeiro, localizada na União das Freguesias de Santo Antão e São Julião do Tojal. Disponibilizam-se para consulta os seguintes elementos: - Termos de Referência - Deliberação da Câmara Municipal - Aviso publicado no Diário da República Todos os interessados poderão apresentar por escrito as reclamações, observações e sugestões ou pedidos de esclarecimento sobre a proposta de delimitação da unidade de execução, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal, utilizando o impresso disponível no sítio do município, nos serviços online - Requerimentos de Urbanismo - Diversos - Exposição. As participações poderão ser entregues pessoalmente ou remetidas para o endereço de correio eletrónico da Divisão de Planeamento Urbanístico, discussaopublica_dpu@cm-loures. pt ou ainda enviadas por correio para o Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística, na Rua Ilha da Madeira, n.º 4 r/c, 2674 -501 Loures. Para mais informação contactar o Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística Rua Ilha da Madeira, n.º 4 r/c Horário: entre as 9h00 e as 16h00

Câmara atribui 350 mil euros de apoios a instituições sociais

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06.07.2022 Câmara Municipal de Loures aprovou hoje a atribuição de comparticipações financeiras, num montante total de 350 mil euros, a um conjunto de entidades, no âmbito do Regulamento Municipal de Apoio às Instituições Sociais (RMAIS). As comparticipações em causa, que vão abranger um total de 58 entidades e cuja atribuição foi aprovada por unanimidade, destinam-se a apoiar a realização de obras de construção e de adaptação de imóveis, a aquisição de equipamentos e mobiliário, a realização de obras de conservação de imóveis, a aquisição de viaturas, assim como o funcionamento e a atividade regular das instituições sociais. Nas propostas discutidas na reunião camarária de hoje, explica-se que o RMAIS “expressa a política municipal no domínio da ação social, nomeadamente através do reconhecimento do trabalho meritório desenvolvido pelas instituições que integram o sector social solidário e a rede de solidariedade local, enquanto estruturas que asseguram respostas sociais a necessidades concretas dos munícipes”.

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Odivelas: será que uma parte do concelho foi esquecida ou abandonada? O reforço da coesão económica e social através da redução de assimetrias entre as regiões do espaço comunitário tem sido um objetivo claro da União Europeia (EU). Esta prioridade foi vincada com o Tratado de Lisboa, assinado em 2007, que introduziu a terceira dimensão, a da Coesão Territorial, em paralelo com a Social e a Económica.

Após esta prioridade definida pela União Europeia, rapidamente os países efetuaram a transposição desta preocupação para as suas políticas nacionais ou regionais, no caso dos países membros regionalizados, sendo exemplo disso o Programa Nacional para a Coesão Territorial, lançado pelo governo português em 2016.

A coesão territorial corresponde a um objetivo fundamental do desenvolvimento, pois os territórios da UE caracterizam-se por uma diversidade assinalável e o objetivo da coesão territorial consiste, basicamente, em garantir que as populações dispõem dos mecanismos necessários para aproveitar ao máximo as características intrínsecas das áreas onde vivem.

E esta preocupação não devia ser também uma prioridade para os socialistas que gerem o concelho de Odivelas?

Nenhum cidadão europeu deve ser prejudicado em termos de acesso a serviços públicos, habitação ou oportunidades de emprego, simplesmente por viver numa determinada região. A coesão territorial visa assim um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável. Conforme definido por Roberto Camagni na sua apresentação “The rationale for territorial cohesion and the place of territorial development policies in the European model of society”, no seminário “Territorial cohesion and the European model of society”, realizado em Viena em julho 2005, este conceito de coesão territorial deve englobar em si três componentes:

Apoios ao Desporto

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ambém aprovada foi uma deliberação relativa ao Programa Mais Desporto em Loures, o qual “visa a parceria entre a Autarquia e as associações do concelho, com o objetivo de comparticipar o esforço financeiro das coletividades, na oferta de formação na área desportiva, bem como incentivar à participação em competições a nível nacional”. Nos termos dessa proposta, a Câmara Municipal de Loures vai transferir uma verba de cerca de 217 mil euros, para um total de 47 entidades. Essas entidades desenvolvem, no conjunto, a prática de 26 modalidades, das quais 20 são individuais e seis são coletivas. Com a atribuição destes apoios, a Autarquia vai beneficiar perto de 5700 praticantes, dos quais mais de quatro mil são federados.

Qualidade territorial: qualidade do ambiente de trabalho e de vivencias; padrões de qualidade de vida semelhantes entre diferentes territórios; acesso equitativo aos serviços de interesse geral e ao conhecimento; Eficiência territorial: eficiência de recursos no que respeita à energia, ao solo e aos recursos naturais; competitividade do tecido económico e atratividade do território; acessibilidade interna e externa; capacidade de resistência às forças desagregadoras relacionadas com os processos de globalização; integração territorial e cooperação entre regiões; Identidade territorial: presença de “capital social”; capacidade de desenvolver visões partilhadas sobre o futuro; especificidades e conhecimento locais; vocações produtivas e vantagens competitivas de cada território.

E esta questão não devia estar no topo da agenda política dos eleitos para a assembleia municipal, de freguesias e do executivo municipal? A coesão territorial, social e económica do concelho de Odivelas é completamente assimétrica. As desigualdades dentro território são demasiado evidentes, sem que se perspetivem medidas concretas que levem ao atenuar das situações que se verificam. Podemos afirmar que Odivelas se pode comparar ao pior que existe nas cidades da américa latina, onde bairros com alguma qualidade de vida convivem paredes meias com outros sem qualquer qualidade, onde a insegurança se agrava com o passar dos anos, os fossos de rendimentos se acentuam e onde se criam guetos de exclusão social, étnica ou económica. A inclusão não é uma palavra nobre para os governantes socialistas de Odivelas e as tradicionais forças opositoras estão mais distraídas com afirmações de egos, que em nada beneficiam esta dimensão relevante para o desenvolvimento do concelho. Devemos ter sempre na memória que existem um conjunto de bairros no concelho de Odivelas que estão esquecidos ou abandonados pelo Município, onde residem pessoas, socialmente mais vulneráveis como os idosos, os trabalhadores de baixos recursos económicos, os imigrantes ou os refugiados. Bairros como o Barruncho, Cassapia, Quinta da Serra, Vale do Forno, Maximino, Encosta da Luz, Serra da Luz, Urmeira, São José, Menino de Deus, Santa Maria, Olival do Pancas ou Dr. Mário Madeira, são disso exemplo. Muitos destes bairros estão separados do resto do território por uma fronteira quase intransponível, o IC17, ao qual não lhes foi garantido acesso direto. Estes bairros não têm ordenamento, nem as estruturas de apoio disponíveis a outras zonas do concelho. Não têm escolas, jardins de infância ou creches,

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pavilhões ou espaços para a prática desportiva, ou outros espaços de lazer, transportes urbanos adequados e compatíveis com as necessidades da população, centro saúde condignos, arruamentos e passeios em bom estado, ciclovias, redes funcionais de água e saneamento, recolha de lixo e sistemas de recolha com separação de resíduos, policiamento de proximidade, novas urbanizações, nem sequer jardins, como se pode constatar na última revista municipal dedicada a espaços “verdes” e muitas outras estruturas cuja enumeração se torna exaustiva. As estações de Metro (Senhor Roubado e Pontinha) estão próximas destes bairros, mas não constituíram nenhum fator de progresso e as vias rodoviárias de alto débito não têm nós de acesso direto a estas zonas. O executivo socialista deve aproveitar este seu mandato, novamente em maioria, para potenciar os pontos fortes de cada bairro do concelho, garantindo um desenvolvimento sustentável e equilibrado, tendo como preocupação, também, a gestão da concentração e densidade populacional. Sabendo-se que as ações políticas têm impactos positivos e negativos nas cidades, deve-se promover a inovação, o conhecimento e a produtividade, ao mesmo tempo que se atua sobre a poluição e a exclusão social. Devem potenciar-se as oportunidades únicas de um concelho multicultural e deve ser garantido o acesso a serviços públicos, a transportes eficientes, a gestão de resíduos, a redes de energia fiáveis e à Internet de banda larga, não só nestes bairros em particular, mas em todo o território. Passaram-se já muitos anos sem que esta situação se tenha alterado e não há razões para continuar assim. Não podemos continuar a ter um concelho a várias velocidades, onde existem munícipes mais prioritários que outros. E estes outros não podem continuar esquecidos ou abandonados, à margem do desenvolvimento. - Filipe Martins Iniciativa Liberal de Odivelas


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ATÉ 31 AGOSTO Prémio Internacional de Composição para clarinete e banda

junto de ateliês gratuitos para crianças e jovens que vão decorrer nas bibliotecas, galerias e museus municipais. Trata-se de um conjunto de atividades que visam incentivar a criatividade das crianças e jovens através da educação pela arte, dando a conhecer os equipamentos culturais do concelho e proporcionando-lhes tempo de qualidade fora do calendário escolar.

NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

Conferência “António Lobo Antunes: 40 Anos de Vida Literária”, na qual o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente e distinguiu o autor com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Saiba mais em: https://www.cm-loures.pt/ spx?DisplayId=13443 Está a decorrer, até 31 de agosto, o prazo para entrega de composições a concurso ao Prémio Internacional de Composição para clarinete solo e banda, promovido pela Câmara Municipal de Loures, sob a égide de Loures Capital do Clarinete. Podem participar todos os compositores, nacionais ou estrangeiros, devendo as obras a concurso ser absolutamente inéditas e da exclusiva autoria dos concorrentes. São excluídas todas aquelas que tenham sido tornadas públicas, ou que tenham sido premiadas em qualquer outro concurso, até à conclusão da presente edição deste prémio. Serão atribuídos prémios às três melhores composições, no valor de 1500, 1000 e 500 euros. Para isso, serão tidos em conta critérios de qualidade técnica e artística, bem como a relevância da obra a concurso no panorama musical. Os interessados deverão entregar a composição a concurso, até 31 de agosto, em mão ou enviar pelo correio, por carta registada com aviso de receção. Normas de participação

António Lobo Antunes – 40 anos de Vida Literária – Exposição

De 5 de julho a 15 de outubro visite a exposição António Lobo Antunes – 40 anos de Vida Literária, que estará patente na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, de terça-feira a sábado, das 10 às 18 horas. Há quarenta e três anos, em 1979, António Lobo Antunes publicava os seus dois primeiros romances: “Memória de Elefante” e “Os Cus de Judas”, ambos protagonizados por um médico e contados na primeira pessoa. Numa colaboração com as publicações Dom Quixote/Leya, a Biblioteca Municipal Ary dos Santos assinala esta data para recordar duas das obras mais memoráveis do autor, com uma instalação alusiva a estas publicações.

A C. M. de Loures vai promover, de 5 e 21 de . Um conjulho,

Férias em Cultura

Esta instalação esteve patente ao público na Fundação Calouste Gulbenkian aquando da

“CUORE” MUNICIPAL - CLUSTERS AUTÁRQUICOS

A

ssegurada a missão inicial das autarquias locais, em Portugal, que em 1976 “receberam” um território com enormes lacunas, das quais se destacavam a falta de infra-estruturação das aldeias, povoados, vilas e cidades, privadas da distribuição doméstica, de água canalizada, de saneamento básico, de tratamento de resíduos domésticos, industriais e hospitalares, de energia eléctrica, de vias asfaltadas e passeios, parques infantis, etc, as autarquias viram-se confrontadas com uma mudança de paradigma – que município, que freguesia para o seculo XXI.

Todas as atividades, apesar de gratuitas, estão sujeitas a marcação prévia até ao dia da sua realização, pelos telefones e endereços de correio eletrónico do local onde irão decorrer.

2.07.2022

O Conservatório D’Artes de Loures (CAL) assinalou o último ano de

atividades com o musical “A pequena sereia”. O espetáculo, realizado no Pavilhão Paz e Amizade, no dia 2 de julho, foi protagonizado por um elenco com vinte e sete elementos mais centenas de alunos distribuídos pela orquestra e pelos coros principal, baby, kids e júnior. O CAL é uma escola de ensino especializado artístico, no âmbito das artes performativas, nomeadamente de música, teatro e dança.

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NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

Na década de 90, do século passado, Michael Porter, reconhecido guru da gestão, foi convidado a vir a Portugal diagnosticar os “clusters” nos quais o país deveria investir os seus esforços. Tentava-se, então, uma mudança de paradigma, para o País. Semelhantemente, as autarquias, passaram por igual dúvida – o que fazer para concretizar o desiderato constitucional de prover os interesses das populações. Recordo bem nos meus tempos de universidade, e tendo na turma um vereador de Rio Maior, autor da célebre “Feira das Tasquinhas”, explicar á turma que a aposta do seu município passava pelo “cluster” do desporto, aproveitando uma lacuna, de então, ao nível nacional, apostando para tanto a autarquia de forma efectiva em equipamentos desportivos (desde campos de futebol, a piscinas e pistas de atletismo), conseguindo, com isso, captar para a cidade uma série de eventos, ligados sobretudo ao futebol (como os cursos de treinadores de futebol, torneios, e eventos de natação de projecção internacional). A cidade ganhou muito com o dinamismo fomentado por essa aposta estratégica. O senão, foi entretanto a Federação Portuguesa de Futebol, ter apostado na sua cidade desportiva, no Jamor, esvaziando Rio Maior. As apostas estratégicas têm riscos, sobretudo se feita a uma dimensão infra-regional. Seja como for os municípios foram, ao longo dos tempos procurando o seu melhor “cluster”, e é assim que Óbidos apostou na festa do chocolate, Vila Nova de Poiares é a capital da Chanfana, Lourinhã é a Capital dos Dinossauros, Sesimbra é a capital da sardinha, Nazaré a capital da caldeirada de peixe, Olhão é a capital

do marisco, São Vicente é a Capital das Sopas caseiras, e por aí fora.

o de criar uma centralidade regional. Mas sem o mesmo sucesso de Odivelas, isso é patente.

Odivelas, o último município a ser criado em Portugal, desde 1976, teve de fazer a sua opção, e o desporto foi a escolha, vindo o pavilhão multi-usos, apesar da polémica que suscitou, aquando da opção de o construir, servir esse propósito.

Porém, os exemplos anteriores têm uma vantagem, permite antever o que nos irá acontecer, seja por força de apostas semelhantes na Região, seja pelo crescimento exponencial do desporto ao ponto de atingir o nível de inadequação da infra-estrutura existente, seja por qualquer outra razão.

Lembro-me bem que os detractores do mesmo brandiam argumentos como a pouca utilização que o pavilhão viria a ter, não justificando o investimento municipal. A verdade é que a utilização do pavilhão tem sido muito grande, a procura deste equipamento é muito alta por parte de clubes e associações desportivas de diversas modalidades. Uma modalidade que me diz muito, por ter uma filha como praticante na mesma, para além de primos (não de Odivelas) campeões do mundo e da europa (4 irmãos que formam a Rajani Team), é o Karaté, cuja pujança, em Odivelas, é notável. Todos os anos as galas de Karaté, em Odivelas, são memoráveis (https://www.youtube. com/watch?v=BAtUrRawSbA), e a demostrá-lo aí temos as bancadas completamente cheias, e os atletas enchem por completo o tapete das actuações às muitas centenas. Não tenho números, confesso, sobre outros desportos mas não me espantaria que o Karaté tivesse mais praticantes que o futebol, em Odivelas, este tradicionalmente um desporto de massas. Este tipo de apostas, e os investimentos a eles associados, não são de resultados imediatos, porque geracionais, e só a longo prazo enxergaremos os resultados. Positivos, certamente. Sem pretender dar mais importância a uns em detrimento de outros, não tenho a menor das dúvidas de que estas apostas moldarão o futuro da cidade, do município, quiçá do país. Não me espantaria, também, que outros municípios fizessem apostas semelhantes, aliás nem sequer é uma novidade, não só pelo exemplo de Rio Maior, há umas décadas atrás, mas antes mesmo de Rio maior tivemos o Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, cujo objectivo também foi

Ora isso convoca os poderes municipais a antecipar, alternativas e/ou ajustamentos, para fazer face às surpresas. E aqui tanto se pode apostar num investimento em novas infra-estruturas desportivas, para acudir à demanda, como se pode explorar “clusters” alternativos que não apenas o desportivo, ou, pensar estas soluções de forma integrada, não à escala municipal, mas á escala regional, no caso metropolitana, por uma razão muito simples – o fomento da qualidade de vida das populações já não se confina mais ao mitigado espaço territorial do município … . Isto reconduz-nos, embora não seja a intenção deste escrito, à absoluta necessidade de implementarmos as Regiões Administrativas. Certo, certo, é que a prazo o Karaté em Odivelas, a manter este ritmo de crescimento avassalador, poderá vir a ter de encontrar outro “Dojo” territorial. - Oliveira Dias Politólogo


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LOURES JAZZ’22 8, 9 e 10 de Julho

Sublimes. Chevrolet e Ferrari fazem-nos viajar no tempo

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m pouco por todo o mundo, os adeptos da ‘coisa automóvel’ são susceptíveis a revivalismos e a reinventar supercarros principalmente utilizando os maiores ícones da indústria. Os Norte-americanos perpetuaram essa tendência com enorme cumplicidade dos construtores. Entre os europeus também acontece, mas com muito menor conivência das marcas. O conceito do modelo Camaro, da Chevrolet, do Mustang, da Ford, e do Challenger, da Dodge servem esses propósitos desde sempre. Os modelos são vistos como uma espécie de irmãos e de um idealismo, mais ou menos romântico de observar uma indústria onerosa que teve o condão de superar as maiores crises e as expectativas das suas vendas, neste caso ao longo de mais de cinquenta anos. Estamos perante três roadster extraordinários.

N

os dias 8, 9 e 10 de julho o Município de Loures vai acolher a segunda edição do festival Loures Jazz, que terá lugar no Pavilhão Paz e Amizade. Organizado pela Câmara Municipal de Loures, com produção da Clave na Mão, o Pavilhão Paz e Amizade irá receber, nos dias 8, 9 e 10 de julho, três concertos, com um programa composto inteiramente por músicos portugueses.

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NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

Entre os construtores europeus raramente sobrevivem modelos por mais de uma década e o ressuscitar de modelos antigos acontece de forma inconsistente e por estabelecimento de tendências, mas na maior parte das vezes com demasiadas modernices, contrariando argumentos tecnológicos bem mais preciosos. Faz quatro anos, a Chevrolet e a Ferrari são notícia e por revivalismos inopinados: a Specialty Vehicle Engineering (a empresa SVE) homenageia a versão “Yenko Camaro” de 1967, com uma versão de 1000 cavalos, enquanto a Ferrari reacende a memória do modelo Monza Scaglietti de 1955, construindo uma jóia com 812 cavalos, ora para condutores individualistas (o SP1 monolugar), ora para os que gostam de conduzir acompanhados, um biposto sob a designação SP2. Num mercado cada vez mais competitivo, com o lançamento sistemático de ‘SUV’, veículos utilitários desportivos, e utilitários que incorporam fundamentalmente tecnologias de comunicação, mesmo no domínio da condução autónoma, bem como de viaturas hibridas ou totalmente eléctricas, cuja pegada ecológica levanta muitas dúvidas, há marcas que continuam

a apostar no automóvel ‘exclusivo’ de maior singularidade, onde a inovação tecnológica se debruça essencialmente nos materiais de construção e na electrónica que sustenta a gestão dos órgãos mecânicos e da eficiência energética, num paradigma ambiental também necessário aplicar em super desportivos, mesmo nestes casos em que a utilização não será quotidiana.

mas já com remodelações na cabeça e na admissão (por um sistema múltiplo de carburadores), conseguindo uma potência de uns incríveis – à época - 450 cavalos. Tal como agora, o engenheiro Yenko montou novas suspensões, travões, jantes e pneus e redesenhou a entrada de ar na tampa do motor para melhorar o sistema de arrefecimento.

Homenagear Don Yenko O novo Yenko Camaro Stage II é o exemplo concreto de como a indústria automóvel americana sempre deixou espaço aos preparadores independentes para serem construtivos, tal como acontece agora com a SVE que com a bênção da marca, modificou a versão ZL1, que é equipada com um motor V8, de 6,2, com 650 cavalos: Aumento a cilindrada para 6.800 c.c., com um novo bloco em alumínio, cabeças, pistões e injectores alterados e um compressor mecânico desenhado e construído pela própria SVE. A potência avançou mais 350 cavalos para os 1000 anunciados. Aperfeiçoadas foram também as suspensões, sistema de travões e a tipologia dos pneumáticos, enquanto foram redesenhados e personalizados alguns pormenores do interior e do exterior, incluindo o próprio porta-chaves que é entregue com viatura.

Reinventar o Ferrari Monza A Ferrari decidiu reinventar um dos seus modelos mais emblemáticos e procurados pelos maiores colecionadores: O Monza Scaglietti de 1955 que, em 2017, protagonizou uma aquisição milionária num leilão da RM Sotheby, em Itália, por 3,375 milhões de euros.

A Specialty Vehicle Engeneering contruiu apenas 25 exemplares a um preço – para o mercado Norte-americano - de 111.990 dólares. Esta versão especial é principalmente uma homenagem a Don Yenko, o piloto e engenheiro, autor da primeira versão Yenko Camaro (construída de 1967 a 1969) que faleceu num desastre de aviação em 1987. Este engenheiro foi o mentor da Yenko Chevrolet, uma empresa concessionária da marca que funcionou entre 1949 e 1982, em Canonsburg, na Pensilvânia, ficando conhecida entre os adeptos dos muscle cars norte-americanos, canadianos, europeus e australianos. Don Yenko transformou e personalizou modelos Camaro: No primeiro, substituiu o motor 6.4 V8 por um V8 de 7.000 c.c., que era então montado no modelo Chevrolet Corvette,

Chamam-lhe Monza SP e serve ao lançamento do segmento Ícone que incluirá apenas séries especiais limitadas. Neste caso, o construtor propõe o regresso aos barchetta desportivos das décadas de 50’ e 60’ do século passado, como único modelo capaz de transmitir a sensação de velocidade usualmente só possível num veículo de competição como um Targa ou um Fórmula. A Ferrari concebeu um veículo monolítico, sem tejadilho, extraordinário e belo, construído em carbono, com terminologias de ponta já utilizadas no recente modelo 812 Superfast, É precisamente sobre a base deste modelo que o Monza é fabricado, mantendo-lhe o motor atmosférico V12 de 6,5 litros de cilindrada mas com mais 10 cavalos, num total de 810 cavalos. Obteve-se uma relação peso/potência ímpares, de 1,85 quilos por cavalo. Os limites são inacreditáveis: aceleram dos 0 aos 100 km/h em 2,9 segundos, precisam de 7,9 segundos para atingir os 200 km/h e em menos de 20 segundos ultrapassa os 310 km/h. O preço é impensável para a maioria das carteiras: entre os 2,95 e os 3,3 milhões de dólares. O modelo foi apresentado no Salão de Paris de 2018 e por questões de homologação na Europa, foram produzidos 500 exemplares. – por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)


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CAFÉ MEMÓRIA - Loures TRATAMENTO DAS DEMÊNCIAS

NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

O CVC está localizado na Rua Adão Manuel Ramos Barata, junto à Unidade de Saúde de Moscavide.

A propósito da recente consideração do gás natural fóssil e do nuclear como investimentos “verdes”

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om as temperaturas a chegar aos 40 graus em praticamente todo o Continente e com o mesmo território em seca meteorológica severa ou extrema (falta de chuva) a acrescentar a uma seca hidrológica (várias albufeiras e rios com muito menos água que o normal), e ainda com o risco de incêndio em valores muito elevados, apercebemo-nos que as alterações climáticas estão aí e que este é mais um sinal que confirma as previsões científicas dos impactes deste problema.

S

Apresentação pública da requalificação do Jardim de Moscavide

ábado, dia 9 de julho, o Arquivo Municipal de Loures acolhe mais uma sessão do Café Memória, um encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou demência, bem como aos seus familiares e cuidadores. Nesta sessão falar-se-á sobre o tratamento das 08.07.2022 demências, numa sessão que terá como como A Câmara Municipal de Loures , em conjunoradoras Joana Morgado e Joana Vítor, neurol- to com a União das Freguesias de Moscavide e ogistas no Hospital Beatriz Ângelo. Portela, promoveu na sexta-feira. 8 de julho, pelas 18h30, a apresentação do projeto de requalEste projeto, que se repete no segundo sá- ificação do Jardim Dr. João Gomes Patacão, em bado de cada mês, é desenvolvido pela Santa Moscavide. A sessão decorre no Auditório Maria Casa da Misericórdia de Loures e pela associa- Margarida Inácio, no Centro Cultural de Moscavção ALZHEIMER PORTUGAL , em parceria com ide. a Câmara Municipal de Loures e com a Sonae Sierra. Contamos com a sua presença, entre as O conceito da intervenção em análise as10h00 e as 12h00, no Arquivo Municipal de Lou- senta em várias linhas de força, nomeadamente, res, localizado na Rua Cesário Verde! na criação de novas zonas verdes para usufruto

CENTRO DE VACINAÇÃO DE MOSCAVIDE O Centro de Vacinação Concelhio (CVC), instalado no Pavilhão do Oriente, em Moscavide, alterou o seu horário de funcionamento, passando a estar aberto, de segunda a sábado, entre as 9h00 e as 14h00. Aos sábados, entre as 9h00 e as 10h30, este equipamento estará disponível para a vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos.

da população, na colocação de novos equipamentos, assim como na colocação de piso confortável que favorece a mobilidade, dando-se prioridade à circulação dos peões no espaço público e abrindo o jardim à envolvente.

Por isso mesmo, a recente consideração do gás natural fóssil e do nuclear como investimentos “verdes” proposta pela Comissão Europeia e que não conseguiu ser recentemente revertida pelo Parlamento Europeu ser um revés para o clima, para o ambiente e para a sustentabilidade. No contexto da guerra na Ucrânia, este é também um favor à Rússia que continua a exportar gás e urânio para a Europa. Numa nota positiva, o facto de todos os eurodeputados portugueses que exerceram o seu voto terem repudiado esta classificação. Em plena crise energética, é fundamental que tenhamos uma visão estruturante que minimize os impactes ambientais e envolva todos os cidadãos na implementação de fontes renováveis como complemento a medidas de eficiência energética. Sabemos que para Portugal parece haver politicamente um consenso nesta urgência de ação climática. Francisco Ferreira

6 de julho de 2022

Apesar de decisão do Parlamento Europeu ser lamentável, ZERO saúda eurodeputados portugueses por se terem oposto à proposta Gás fóssil e nuclear e como “verdes” um dia triste para o clima e para o ambiente

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NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

Solução Final

A

partir do século XIX e por diversas vezes vários fóruns foram constituídos para regular os conflitos entre países, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e as Convenções da Haia (1899 e 1907). A Conferência de Paz de Paris (1919), no intuito de regular as relações entre as nações beligerantes da I Grande Guerra, estabeleceu a Liga das Nações. Apesar de por esta via se terem resolvido algumas disputas territoriais a Liga das Nações ainda não respondeu às necessidades dos povos das chamadas colónias de então. Na memória das maiores fragilidades da Liga das Nações tivemos a inoperância face à invasão japonesa da Manchúria em 1931 e à segunda guerra Ítalo-Etíope, sendo ainda que foi incapaz de acautelar o crescimento do movimento nacional-socialista germânico que culminou na Segunda Guerra Mundial. Contudo, com o termo deste enorme conflito que ceifou milhões de vidas humanas assistimos à criação da ONU, que tinha e tem como principal objetivo a manutenção da Paz. Actualmente, não há noticiário que abra sem uma notícia de mais uma investida armada russa contra populações civis ucranianas, ou de uma contra-ofensiva ucraniana, naquele que alguns procuram que seja o reactar da Guerra Fria. Aqui, reclama-se da ONU maior intervenção, todavia os já antigos bloqueios existentes no malfadado Conselho de Segurança não garantem soluções viáveis, ora pela força do veto americano, ora pela força do veto russo. É aqui que se joga uma partida de xadrez mui perigosa, que poderá levar a ONU ao triste definhar e desfecho que teve a Liga das Nações. Contudo, a ONU tendo como Secretário-Geral, o Eng.º António Guterres, dispõe das competências volvidas à sua matriz cultural, evidenciadas aquando da sua passagem pela liderança do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Para alguém como o Eng.º António Guterres, educado em ambiente de matriz cristã, o decálogo é sem dúvida muito mais do que um mero normativo, pois certamente que se assume como bitola cultural e moral. É no 5.º Mandamento que espero que este obtenha inspiração para agir, pois enquanto seres humanos é-nos exigido o respeito máximo pelos outros quando, sem apelo nem complicações e da forma mais simples que se pode legislar impõe: “Não Matarás!”. Este tem de ser o mandamento-maior e inequivocamente seguido e procurado pela ONU. Igualmente a Constituição da República Por-

tuguesa, no seu art.º 24.º, dá ao novo Secretário-Geral das Nações Unidas, um princípio de que creio durante o seu mandato tem estado sempre presente: «1. A vida humana é inviolável.» Contudo, o instrumento base de trabalho do novo Secretário-Geral, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948, no seu artigo 3.º também o impele ao mesmo quando dispõe que: «Todo o indivíduo tem direito à vida». Aqui chegados, fica claro que o chamado Concerto das Nações procura o primado da vida, rejeitando concomitantemente aceitar a morte como possível nas relações humanas. Parece assim, que o primado da vida é o valor maior da nossa cultura. Contudo, como referi inicialmente, quando abro os livros da História vejo matanças e a exaltação dos matadores de momento (especialmente os que foram considerados vencedores, os Heróis carniceiros). Os filmes, as séries infantis e juvenis de sucesso a que acedemos incluem uma boa dose de pancadaria, tiros, mortos e “Heróis de Acção”. Se abro os jornais ou os telejornais o que é notícia? A morte. A matança rodeia-nos com o seu cheiro pérfido e pútrido que parece enamorar-nos e, em simultâneo, dá-nos repulsa. Se nos dá repulsa, não podemos permitir nem nos permitir aceitar esta cultura de morte que nos vem sendo servida. É um facto que esta dualidade é perigosa, pois amiúde nos tem pregado partidas que nos têm saído bem caras ao longo da História e da história das nossas vidas. Desde a chamada violência doméstica à violência grupas, à violência juvenil e à violência de massas, ao terrorismo, à guerra, a escolha é ampla. É tão simples! Não Matarás! Não tem nada de complicado. A Paz é um assunto sério e não se compagina com ingenuidades pelo que associado ao “Não Matarás!” vêm outros deveres, como a necessidade de agregarmos interesses, vontades, diferenças e ao invés de impormos um status, temos

o dever de fazer aquilo que filosoficamente se apelidou de síntese. A síntese resulta da fusão da tese com a sua antítese, não da anulação dos menos bem equipados de argumentos. Muito menos as soluções devem ser aquelas que servem apenas a alguns. Se procurarmos o concerto, procuraremos aquilo que em gestão se chamam soluções do tipo “win-win” e aí nunca nos veremos na condição extrema de considerarmos que a solução possível é do tipo “win-loose” ou “loose-loose” onde só encontraremos a “Solução Final” ou o extermínio dos nossos interlocutores, a Morte! Sejamos capazes de realizar a Paz diariamente e assim resistir à tentação de responder à violência com mais violência, que por sua vez, mais violência, ódio e morte trará. Em jeito de balanço e de introspecção, temos de nos escolher, pois se consideramos a violência algo de mau, apartemo-nos pois dessa cultura de morte nos seus aspectos mais imediatos e até lúdicos e edifiquemo-nos em Paz e em Concerto. Dá trabalho!? Certamente! É impossível, dirão uns! É utópico, dirão outros! Albert Einstein preconizou que «o impossível existe até quando alguém duvide dele e prove o contrário». Max Weber afirmou algo idêntico ao dizer que «o homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível». É certo que a Paz e o Concerto exige tempo e o hábito de pensar e procurar o Bem para si e para o seu semelhante, sendo certo que, como defendia Henry Ford, «pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele». Pois, esforcemo-nos! Estamos “condenados” a entendermo-nos, mais não seja porque partilhamos esta casa que é nossa Terra! Não o receemos! Que desta feita a Solução Final não represente o extermínio dos homens em campos de concentração, mas tão-somente seja o extermínio dos seus problemas! - Paulo Bernardo e Sousa Politólogo


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LOURES INNOVATION HUB COM OFERTA ÚNICA NO PAÍS LOURES INNOVATION HUB COM OFERTA ÚNICA NO PAÍS INCUBADORA DE LOURES ASSUME NOVA IDENTIDADE E NOVAS VALÊNCIAS O Loures Inova – Centro de Negócios e Incubação tem uma nova identidade – Loures Innovation Hub. A incubadora Loures Innovation Hub é um projeto público, da Câmara Municipal de Loures, e vai alargar a sua área de intervenção a projetos de empreendedores de outros setores de negócio, possuindo uma estrutura capaz de apoiar os negócios em diversas estágios de maturidade – estudo de mercado, plano de negócio, constituição da empresa, financiamentos, criação de marca, secretariado, networking, parcerias, entre outros – e infraestruturas físicas de acolhimento que são fundamentais para a instalação das startups. Qualquer empresário de Loures ou que se pretenda instalar em Loures com uma ideia ou um negócio disruptivo, encontra aqui uma equipa capaz de o ajudar a dar os primeiros passos. Com uma nova designação e logomarca, a

incubadora do concelho de Loures posiciona-se então como um hub de incubação para qualquer setor, embora mantenha a sua especialização no apoio dado às startups do agroalimentar, para as quais direcionou os últimos investimentos.

O Loures Innovation Hub é a única incubadora do país que proporciona mentoria específica da área de produção Food e que dispõe das instalações adequadas para isso – Kiitchen, que pode ser usado como cozinha de teste de conceito, prova ou showcooking, por um espaço de produção industrial, o FoodLab, com 435 m2 e duas linhas de produção alimentar, construídas em cumprimento com as normas de higiene e segurança alimentar e dotadas de equipamentos de uso base; e o FoodMarket, uma loja com 100 m2 que, associada à loja online, se constitui como uma montra de excelência para lançamento, exposição e venda de produtos alimentares inovadores, produzidos no FoodLab. Este complexo é dedicado à criação de produtos industrial inovadores e possui recursos técnicos únicos e o contexto ideal para o arranque de novos projetos, garantindo o acesso a excelentes parcerias, desde a entidades empresariais até à academia e investigação, a serviços específicos, como capacitação, produção

assistida, produção em escala (condicionada) exposição e venda de produto e desenvolvimento de sinergias comerciais. Com este conceito pretendemos apoiar em todas as vertentes a investigação e o desenvolvimento de projetos com produto final inovador, potenciando as condições legais e operacionais para a produção nacional em conformidade para Business 2 Business ou Business 2 Consumer, contribuindo para que marcas em fase inicial tenham acesso a espaços de teste de conceito e mercados de escala, nacionais e internacionais, através da exploração de oportunidades em diversos canais de distribuição. O facto do Foodlab possuir uma oferta singular no contexto do empreendedorismo agroalimentar nacional coloca-o no centro da operacionalização nacional de projetos de empreendedores com inovações no setor, podendo-se constituir como uma “montra” de excelência para muitas pequenas marcas nacionais, o que de alguma forma também o facto do investimento feito nestas instalações ter recebido financiamento do POR2020. Para mais informações, ver os contactos infra indicados.

NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

O primeiro dia do resto da tua vida...

N

o passado fim de semana ocorreu o 40º Congresso do PSD, na invicta cidade do Porto (no qual tive a honra de representar a secção concelhia de Loures) e, provavelmente, o mais relevante e importante deste século. Com a maioria do PS, do passado dia 30 de Janeiro, e a inevitabilidade de mais de 4 anos de governo de António Costa, antevia um congresso triste (como as eleições diretas), sem vida e, porventura, com algum azedume entre alguns congressistas . Nada mais errado… Não foi isso que vi… A primeira grande surpresa, foi ver amigos que já não via há 10/12 anos. Grandes social-democratas de todo o país, que, por um motivo ou por outro, se afastaram (ou foram afastados) do partido… Nem todos eram congressistas, mas todos quiseram estar presentes e apoiar a mudança de líder, e isto foi o primeiro sinal de que o congresso tinha tudo para correr bem. A segunda nota, foi o ambiente do próprio congresso… Respirável, todos com um sorriso na cara, sem receio de se falarem, ambiente afável e de amizade, um espírito de esperança e confiança… Enfim, um ambiente de união, pouco visto no PSD nas ultimas décadas! Outro destaque, até derivado deste ambiente, o diminuto número de listas ao Conselho Nacional (que nos últimos congressos, tem chegado a uma dezena), o que levou a um excelente resultado da lista apoiada por Luís Montenegro, encabeçado por Carlos Moedas (cerca de 60% dos votos, o que já não acontecia desde os tempos de Manuela Ferreira Leite), que ganhou com maioria absoluta esse órgão. Este resultado demonstra uma grande coesão e confiança do partido em Luís Montenegro. A qualidade das moções apresentadas foi muito boa, bem fundamentadas, bem construidas, sendo uma excelente base de trabalho para a Comissão Política Nacional. O debate derivado dessas moções foi importante, as pessoas discutiam nos corredores os temas em debate e a importância das mesmas…. Algo impensável em Novembro do ano passado. As intervenções… Do melhor que tenho visto e ouvido… A preocupação centrada no importante: o (des)governo do PS, as trapalhadas diárias do mesmo, o SNS, os aeroportos, o SEF, a Função Publica, a carreira docente, a descen-

tralização de competências e a regionalização… Não se lavou roupa suja, não se ouviu falar de outros partidos… E isso, mais uma vez, demonstrou que todos estavam focados no país e, menos na intriga político/partidária. Destaco algumas intervenções de militantes menos conhecidos do grande público… Carlos Reis (o de Lisboa, como disse Paulo Mota Pinto) fez uma intervenção que levantou o congresso… Enaltecendo o trabalho do governo de Passos Coelho, comparando-o com o atual e evidenciando o quanto foi importante no país… Alexandre Simões, atual deputado na AR, que focou a sua intervenção no problema da carreira docente e do envelhecimento demográfico (áreas que tenho debatido muito nos últimos anos)… Uma intervenção sóbria, serena, de grande qualidade, que evidenciou uma posição muito clara e bem fundamentada dos nossos deputados (e do PSD) sobre estes temas… E Miguel Pinto Luz, que fez uma intervenção assertiva, dinâmica, ligando-a às suas intervenções nos últimos congressos, e demonstrando ter um pensamento categórico sobre o que o país precisa e da forma como o pode alcançar… Outros fizeram boas intervenções… Mas não teria espaço suficiente para falar de todos... A equipa que Luís Montenegro que conseguiu reunir na Comissão Política Nacional é a prova de que o partido está unido, forte e demonstra uma vitalidade tremenda… E mais importante, o partido demonstra que quer dar as condições a Luís Montenegro para poder fazer a oposição que o País necessita e que o PS merece… Uma oposição dura, assertiva e dinâmica, mas responsável, com propostas alternativas e fazíveis, que tragam uma nova esperança para Portugal. Por fim, Luís Montenegro... Intervenções de grande clareza programática, mostrando ao que vem e que caminho quer seguir, tocando nos temas que interessam aos portugueses, sendo acutilante e desafiador. Motivou o congresso e tem tudo para motivar os portugueses, para conjuntamente com eles, começar uma grande caminhada que leve a uma verdadeira mudança no País que garante um futuro sustentável para os nossos filhos e netos. Posso mesmo dizer, como diz Sérgio Godinho, que no 3º dia de Julho “… foi o primeiro dia do resto da… vida” do PSD… Com uma mudança de página, criando uma nova esperança e abrindo um capítulo, que estou confiante, irá mudar Portugal. Até breve!

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PS – Escrevo este texto no dia da discussão e votação da Moção de Censura apresentada pelo Chega na AR… Moção chumbada, que rapidamente António Costa, transformou numa moção de confiança e que, aos olhos dos portugueses, não mais foi do que uma tentativa (falhada) de André Ventura para “apertar” Luis Montenegro, como líder de oposição… Talvez o primeiro grande erro estratégico de André Ventura, desde que é deputado… Nuno Miguel Botelho. Ex Vereador do PSD (2009 2021)


NoticiasLx, 9 de Julho de 2022

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Ficha Técnica Noticias LX - Diretor: António Tavares - Editor e Redação: Alameda Salgueiro Maia, Lote 4, 1º andar – Gab 8, 2660-329 Santo António dos Cavaleiros | NoticiasLx@sapo.pt Colunistas: Oliveira Dias, Paulo Bernardo e Sousa, Ricardo Henriques, Nuno Miguel Botelho, Fernando Pedroso, Ricardo Andrade, Maria Máxima Vaz, David Pinheiro, Filomena Francisco, Vitor Manuel Adrião, Pedro Almeida, João Calado, José Maria Pignatelli, Filipe Martins, Ricardo Helena. Inscrição na ERC: 127230 | Periodicidade Semanal Estatuto editorial: https://noticiaslx.pt/estatuto-editorial/ | Regras editoriais: https://noticiaslx.pt/regras-editoriais/ NoticiasLx: https://NoticiasLx.pt Distribuição nos meios digitais para uma audiência de 30.000 pessoas nos concelhos de Loures e Odivelas E.Mail Comercial: NoticiasLx-Pub@Sapo.pt


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