NoticiasLx 4Junho2022

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4 de Junho de 2022 Obras de remodelação e ampliação da Escola n.º 3 de Sacavém inauguradas

Escola Secundária de Camarate inaugura loja solidária para a comunidade escolar

Ministra da Solidariedade visitou Associação Luiz Pereira Motta

Loures | Odivelas

Número 15

FootLoures 2022 - 4, 5 E 10 Desenvolvimento Económico de Loures: Desafios e JUNHO Oportunidades

Volta a Portugal Feminina em bicicleta começa em Loures

Prémio Internacional de Composição para clarinete e banda

Em Odivelas a habitação é um problema

PEDREIRAS DO TRIGACHE, SÓ EM FAMÕES …ÚNICO


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NoticiasLx, 4 de Junho de 2022

Indice EDITORIAL O Que António Costa Diz Não se Escreve ou “Sim Senhor Ministro” 2

EDITORIAL O Que António Costa Diz Não se Escreve ou “Sim Senhor Ministro”

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Um Projecto de desenvolvimento Regional para Loures em 1912

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A propósito da frase “palavra dada tem de ser palavra honrada” do primeiro-ministro, António Costa…

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DESPORTO

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FootLoures 2022 - 4, 5 E 10 JUNHO

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Em Odivelas a habitação é um problema

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RASI – Um Arraso 10 Escola Secundária de Camarate inaugura loja solidária para a comunidade escolar 13 Obras de remodelação e ampliação da Escola n.º 3 de Sacavém inauguradas 13 PEDREIRAS DO TRIGACHE, SÓ EM FAMÕES …ÚNICO 14 NSU RO 80 de tão boas memórias

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“Speechwriter”

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Desenvolvimento Económico de Loures: Desafios e Oportunidades de valor acrescentado. A sua associação à investigação e à inovação podem ainda constituir fatores de desenvolvimento de serviços ligados à indústria do conhecimento – como as indústrias criativas – capazes de atrair um capital humano com elevados níveis de qualificação.

ao Modus operandi “Gutenberg séc. XV”. De um modo geral, o tratamento digital da informação é olhado com desconfiança e como ameaça, pelo que pode representar de perda de poder na tramitação dos processos, pela consequente transparência, e como ferramenta para obtenção de uma classificação pelo mérito.

Desenvolvimento Económico de Loures: Desafios e Oportunidades 3 Pregões Saloios

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Obviamente que os processos administrativos e o próprio código têm de ser “mexidos” para se adaptarem à revolução digital que o PM António Costa quer implementar mas, há coisas simples que desde já os decisores podem repensar:

No decorrer do último ano têm-se multiplicado e intensificado as chamadas de atenção do PM António Costa, a todos os dirigentes, sobre a necessidade de uma revolução digital, para a qual, ele diz, partimos em vantagem – “A transição digital é a primeira grande revolução industrial na qual Portugal tem um excelente ponto de partida”. Mais, o PM António Costa, quer ser campeão da transição digital - “pensar o futuro estrategicamente, um futuro em que queremos ser campeões da transição digital e da transição energética e no qual fundamos a base do nosso desenvolvimento”. Ora muito bem, ou o que António Costa diz, não se escreve, ou então estamos a assistir a mais um episódio daquela célebre serie “Sim Senhor Ministro”. De que vale o PM António Costa, mostrar caminhos, fazer alianças com a Google e a Microsoft e outros “gigantes”, se no terreno continuamos a depararmo-nos com “paletes” de “velhos do restelo”? De que serve termos cabos de dados que nos ligam a alta velocidade ao resto do mundo se toda a comunicação continua a assentar no PAPEL? (e para quem tem dúvidas basta consultar os milhões que são gastos em papel pelos Ministérios e pelas Câmaras Municipais). O volume das resistências dos conservadores que se opõem à transição digital assenta fundamentalmente nos quadros intermédios, sobretudo no funcionalismo público que por falta de formação e, até por uma questão cultural, continuam formatados nas suas opções

- Mudar a forma do tratamento da informação dentro e para fora da organização não se ficando pelos eDocs. Começando por exemplo pelo Urbanismo, e colocando Online todas as fases de um processo, sem ferir a lei da proteção de dados, permitindo saber a qualquer momento onde está o processo e quem é o responsável, do que precisa para avançar para a fase seguinte… - Usar sempre Software aberto em que os dados possam ser partilhados por outros programas. - Fazer acordos com Universidades para colocar equipas a desenvolver projetos. Por último, lembrar aos decisores que a Comunicação Social que aposta no Digital não pode continuar a ser discriminada – as únicas ferramentas que podem permitir ao Cidadão participar na revolução digital do PM António Costa são os computadores, tablets, e os “Smartphones” e estes últimos estão connosco 24 horas, ou então, o que diz António Costa Não Se Escreve ou este é mais um episódio “Sim Senhor Ministro” - António Tavares, Diretor

O poder local, por intermédio das câmaras municipais e juntas de freguesia, pode e deve constituir-se como veículo privilegiado na difusão e implementação de processos consistentes de Desenvolvimento Sustentável. Estes processos são mais facilmente implementáveis em contexto autárquico, devido à natureza das suas funções orgânicas e eminentemente sociais. A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresenta um nível médio de qualificação da mão de obra superior à média nacional e, nesse sentido, é possível desenvolver vetores de ação que tenham em vista o aprofundamento da sociedade da informação e a garantia de infraestruturas de apoio à inovação para a renovação do tecido industrial e dos fatores de competitividade regional, com especial destaque para as indústrias ligadas ao conhecimento e à cultura. Os efeitos esperados são difusos e deverão estar presentes em toda a AML e aos quais deverá ser dada especial atenção pelos órgãos de gestão autárquica no município de Loures. Nesta perspetiva, podem ser definidas políticas de base municipal, com o objetivo de ancorar os projetos na área territorial afeta ao concelho de Loures. Ganha especial relevo a possibilidade de criar condições favoráveis ao desenvolvimento das atividades de I&D, com a finalidade de fomentar as atividades empreendedoras e potenciar o seu crescimento endógeno. Mais do que uma ameaça, o envelhecimento populacional que se verifica no concelho de Loures constitui uma oportunidade para reforçar o desenvolvimento de clusters emergentes no sector terciário, como sejam as atividades ligadas ao turismo e à saúde, enquanto indústrias de exportação de serviços com grande potencial

O território municipal, com os seus recursos e potencialidades, desempenha uma função determinante na competitividade nacional. Efetivamente, o concelho de Loures insere-se na 1ª coroa envolvente da cidade de Lisboa, onde se tem vindo a equacionar a modernização de todas as infraestruturas e equipamentos que irão fazer o futuro da capital, como metrópole europeia. Torna-se de grande importância avaliar quais as medidas e ações estratégicas a propor para o concelho, de modo a reforçar as suas especificidades e centralidades intrametropolitanas, maximizar os seus recursos, contribuir para a correção de assimetrias e permitir o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações. A diversidade territorial do concelho de Loures faz com que as linhas estratégicas para o seu desenvolvimento socioeconómico tenham subjacentes orientações diversas, em função das diferentes realidades em que se enquadram e que, em termos operativos, coincidem com as 5 grandes Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) para o concelho (UOPG A a E), dando resposta às grandes preocupações estratégicas de desenvolvimento municipal, que correspondem às suas unidades territoriais fundamentais e que cobrem a totalidade da área do município: UOPG A – Norte Rural - Área norte do município, de cariz maioritariamente rural, em que predominam espaços agrícolas e florestais. Integra a parte ocidental da freguesia de Loures, uma faixa a norte da associação de freguesias de Santo Antão do Tojal e São Julião do Tojal e a totalidade das freguesias de Lousa, Fanhões e Bucelas; UOPG B – Várzea e Costeiras - Área correspondente à várzea de Loures, abrangendo a planície aluvial do rio Trancão e a confluência deste com os seus principais afluentes, e às costeiras, compreendendo as vertentes contíguas à várzea de Loures a Sul e Nascente; UOPG C – Loures - Área correspondente à cidade de Loures e envolvente, integrando os perímetros urbanos que mantêm com esta uma relação funcional mais direta, destacandose Frielas, Pinheiro de Loures, Guerreiros, Moninhos, Tojalinho, Murteira, Mato Antão e

Pág. 3 Casal da Serra; UOPG D – Eixo Logístico - Área correspondente ao eixo logístico do MARL e envolvente poente, abrangendo os perímetros de atividades económicas e os perímetros urbanos dos Tojais, Pintéus, Zambujeiro, A-dasLebres, Manjoeira e São Roque.; UOPG E – Oriental - Área correspondente ao perímetro urbano de Sacavém, estendendo-se do núcleo central de Sacavém para Norte ao longo do Tejo e da A1 até ao município de Vila Franca de Xira, integrando ainda uma 1ª coroa que faz fronteira com Lisboa e que integra as localidades de Moscavide, Portela, Camarate e Prior Velho e ainda mais a Norte os perímetros urbanos de Apelação e Unhos. As Linhas de Torres apresentam um conjunto de elementos que carecem de um melhor aproveitamento para exploração turística pelo seu papel na defesa de Portugal aquando das Invasões Francesas, sendo por isso um bem patrimonial com alguns sinais de degradação com interesse em preservar. As caraterísticas das Linhas de Torres podem ser aproveitadas e potenciadas, não só do ponto de vista turístico; talvez, com obras de recuperação e um grande esforço de promoção, as Linhas possam ser candidatas a Património da Humanidade. As potencialidades do território, no que se refere ao geoturismo, podem constituir um fator de elevada importância para a promoção das atividades económicas do concelho de Loures ligadas ao turismo, para além de contribuírem para um melhor conhecimento do património cultural existente no concelho e sua preservação. João Calado (Professor Coordenador c/ Agregação do ISEL) (ex-Vereador do PSD)


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Pregões Saloios

Não vai muito longe o tempo em que Lisboa acordava, logo após as primeiras luzes da aurora, ao som do vozerio dos saloios apregoando por toda a cidade os bens essenciais trazidos do Termo com que nutriam as gentes da cidade. A pé ou em seus burricos, os saloios formavam um tipo sui-generis de graça e cor que há muito o alfacinha se habituara a não dispensar. Lisboa não era só a tagana varina canastreira, mas igualmente a alcandorada saloia garrida. Uma e outra davam vida e movimento ao bem típico espírito popular, misto de bairrista com campesino. O grande olisipógrafo Júlio de Castilho (in Lisboa – Revista Municipal, n.º 116-117, pág. 73, 1968), no seu estudo Pregões de Lisboa, Música do Coração do Povo, escreveu: «A melopeia dos pregões é música, deliciosa música, nativa no coração do povo. Em cada nota diz-nos muito; na letra e na harmonia solta eflúvios de campo, lembra as hortas do Areeiro, os pomares de Benfica, as latadas de Loures, a fragrância das sebes nas sombrias azinhagas, as fainas das bandadas casaleiras. Pregões da Primavera no Bairro Alto, nas vielas de Alfama ou do Castelo, lembro-me bem das íntimas saudades, que na mente dorida me acordáveis, quando, longe dos meus, em plaga estranha, destes torrões natais curti a ausência. Escutava na memória da alma as sabidas vetustas melodias dos pregões desta mágica Lisboa…» Diz, ainda, Júlio de Castilho: «Há pregões ternos e melancólicos; há outros engraçados e burlescos; há outros indiferentes, sem inteligência e sem cor; uns são preguiçosos e estiraçados como lazarones; outros, finos e flexíveis como enguias; outros, fleumáticos e calculistas como os onzeneiros da Rua Nova; uns são gordos, outros, magros; estes são garotos, aqueles circunspectos. (…) Em suma: o pregão é feição especialíssima da comédia das nossas ruas, e espelho do carácter nacional de uma classe. O certo é que, salvas algumas excepções, os pregões de Lisboa são afectuosos, afinados, e teatrais. «Finalmente, lembraremos que há (ou havia) pregões que se ouviam com mais frequência neste ou naquele bairro, nesta ou naquela zona. Dependia do produto vendido, o qual, muito naturalmente, tinha um maior número de interessados em determinadas partes da capital. Também variam com as horas do dia e as estações do ano. Melancias e sorvetes, por exemplo, não eram vendidos no Inverno, e as castanhas, ontem como hoje, aparecem no Outono, adivi-

nhando o Inverno que se aproxima…» (in Lisboa Antiga – Bairro Alto, vol. V, pp. 223-224, 3.ª ed., 1966) Neste estudo, apenas indicarei os pregões saloios que Lisboa foi ouvindo ao longo dos tempos, em especial nos últimos 110 anos que vão dos meados do século XIX até cerca de 1960. Contudo, não se deve esquecer, como informa Júlio de Castilho, que os pregões de Lisboa são muito antigos e que já no século XVI eram apregoados os produtos vindos nas naus da Índia. Em 1980 ainda se ouvia, por uma ou outra ruela dos bairros alfacinhas, a voz de uma ou outra velha varina, tentando perpetuar os seus encantadores mas já moribundos pregões… era o seu canto de cisne! Mesmo hoje, 2008, ainda ouço quase fantasmagoricamente, tal a raridade, os pregões de um amolador de facas e tesouras ou dum vendedor ambulante de mantilhas e capachos. São raridades etnográficas em rápida extinção… Mas vamos aos pregões saloios que recolhi, aconselhando, a quem queira fazer um estudo mais pormenorizado deste tema, a consulta à bibliografia no final do presente. Água: Áá-Áá! – Áúúú! (1903); Á–ú! – Áááuga! (1903). Alecrim: Mér-c´Àlecriim! (1903); Mérc-c´ò mólho d´alecriim! (1903). Alhos: Mé-c´á réstia d´ààlhos nóóvos! (1903). Amêijoas da Ribeira de Frielas: Quem quér a-mêêi-joas, pr´à àrrõz?! (1903); Amêêijôas p´r àrrôôz! (1940). Amoras: Riic´àmóra da hóórta – Amóóra-friia! (1903). Azeite, petróleo e vinagre: Azêêêti dôôci! (1903); Aa-zêite dôôce! (1903); Aazêite duuce! – Aazêêite dôôôce! Óh-pritróliine! – Azêite dôô-c´i bom vináágre! (1903); Óh petroliiii-ne… Azêite dôôce i vináágre! (1903). Azeitonas: A trinta réis ô salamiin! Quem quer azêitõonas nóóóvas? (1903); Déz tostões – salamiim! Quem quer azêitõonas nóóóvas?! (1940). Broas: Nem p´lô Natal… há brõa igual! Ó meniinas, vinde comprár as brõas do Manél, que curam a tosse – e sábem a mél! (1903). Vassouras, abanos, chapéus de palha: O abano fáz ô bento – bis, Par´ácender ô fõgão…, Báárre, báárre, bassourinha – bis, Bassourinha bárr´ô chão…, Ólh´ò lindo cestiinho!!! (1940).

Favas: Fáva tôrradiinha! (1903); Fáva riiica! – Fááá-va rii-ca! (1903 e 1940). Figos: Quem quér fiigos, quem quér álmôcáár? Quem quér fiigos de capa rôôta?! (1903); Óh figui-nhu de capa rôôta!... Quem quér fiigos –, quem quér álmôçáár…! (1940). Galinhas: Éh! Galiiinhas! (1903); Mérca frâangos! (1903); Galiiiiiiiii-nhas! Quem nas quér i com ôvo?! (103). Hortaliças: Ólh´à cou-ve lombar-da! (1903); Mérc´à mão de náá-bos! (1903); Méérc´ò mólho de náábos! (1903); Ólh´ò timááti, quem quér timááti? O móó-di cinou-las… (1940); Ólh´àbóbra, quem quér abóóbra? Côrteirão de pimentos… Ólh´àlfácia, quem quér àlfáácia…? (1940); Cá estão nábos, cenouras, tomátes ou pepinosi tud´ô mais que a hórta dá! (1940). Laranjas: Mééc´à la-rããnja da Chii-na! (1864); Quem quér do rããmo?! Quem quér larããnjas nóóvas?! (1940); É do rããmo!... Quem quér laranja bõõa?! (1940). Leite: Éééé, chêga lá vaquiii-nha, chêêga! – Anda lá, Rosita… Então estás a fazer-te esquerda?! (estas palavras, este pregão de 1903, eram dirigidas à vaca que o saloio trazia até à porta da freguesa. Leite mais fresco não havia… Este uso de vender leite levando as vacas ou as cabras às portas dos compradores, terminou em 1920, com proibição imposta por lei, apesar de não serem raras as transgressões à mesma). Marmelos: Óólha ô marméé-lo – assadiinho nô fôrno! (1940); Quem quér – ôs ricos marmelos – assadiinhos no fôrno?!!! (1940). Melancia e melão: Mérc-c´ ò par de melancii-as! (1903); Mérc-c´ ò par de melõões! (1903); É da Váárzia… Melanci´à – fááca! (1903). Mexilhão da Ribeira de Frielas: I-érre, I-éérre, me-xi-lhão! Ih! Êrre-érre, mexilhão! P´r´à patroa i p´r´ò patrão!... (1903); Éérri éérre, mexilhão! Cá está ô mexilhãão, óh mexilhãão! (1940). Morangos: Mérc-c´ò cabáz de môran-gos! (1903); Ólh´òs môrãangos! São de Siintra! (1940). Ovos: Mérc´à dúzia de óóvos! (1903). Pão: Pãizinhos quentiinhos – com linguiiça! (antes de 1903). Pêras: A vintém o quarteirão! – Quem acáb´às pê-ras?! (1903). Perús: Méér-c´ò casál de perús!... – Perú salôôiô! É sa-lôôiô!!! (1903). Queijo saloio: Méérca ô quêi-jo sa-lôôio! (1864); Quem n´ô quér salôôio – ?! (1903); Queijô sa-lôô-io! – Ái! Ô quêi-jô salôôio…!!! (1903); Óh quêêijô salôôi-ô! Óh quêêijô frêês-co! (1940). Rebuçados caseiros: A tôstãão, cada matacãão! (1940). Tremoços: Óh tremôô-ço saalôôio! – Tremôôç´salôôi-ô! – Tremôô-çôs salôôi-ôs! (1940). Uvas: A quin-ze réis – Quem acá-b´àzúú-vas?! (1903); Quem quér úvas de vi-nha! Quem quér bôô-as úúvas! (1903).

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022 Os saloios, depois de venderem as hortaliças e terem almoçado, encetavam o regresso ao Termo percorrendo as ruas da cidade apregoando: Léév´às fôôlhas – Léév´às cááscas… E as donas de casas davam as sobras imprestáveis do que haviam comprado, pois “não ficavam com lixo em casa”, o qual se destinava aos animais da horta. Lamento não ser possível que todos esses pregões não estejam acompanhados das respectivas músicas. Mas voto que, mesmo assim, tenha dado uma ideia tanto quanto possível aproximada dos pregões saloios, pedindo a compreensão do leitor. A quem interessar a transcrição musical pode consultar a obra de Calderon Dinis, indicada na bibliografia final, que transcreve 25 pregões, com música do pianista Norberto Wolmar Silva. OBRAS CONSULTADAS Francisco Santana e Eduardo Sucena, Dicionário da História de Lisboa. Lisboa, 1994. Júlio de Castilho, Ribeira de Lisboa e Lisboa Antiga, em especial o volume V do Bairro Alto. Luís Chaves, Notas de Etnografia de Lisboa. In Lisboa – Revista Municipal, n.º 6, Ano II, 1940, pp. 39-53. Marina Tavares Dias, Lisboa Desaparecida, em especial o volume 3, 1992. Calderon Dinis, Tipos e factos da Lisboa do meu Tempo. 2.ª edição, s/d 1993, Editorial Notícias. Guilherme Felgueiras, Comércio Popular Errante em Lisboa e Subúrbios. In Boletim Cultural – Assembleia Distrital de Lisboa, III Série, n.º 87, 2.º Tomo, 1981, pp. 39-58. Alfredo Mesquita, Portugal Pittoresco e Illustrado – Lisboa – Compilação e Estudo por… Lisboa, 1903.

Um Projecto de desenvolvimento Regional para Loures em 1912 Desde finais do século XIX que os habitantes da região saloia reivindicaram, insistente e consistentemente, a construção de uma linha-férrea que percorresse o território do Termo transversalmente. Uma Comissão de Melhoramentos do concelho de Loures apresentou, em 1912, a seguinte proposta de traçado: - partindo de Lisboa por Campolide, com estações na Luz, Odivelas, Caneças, Loures, Tojais, Fanhões, Bucelas, Freixial, Montachique, Malveira, ....., até à Ericeira. No relatório que integrava essa proposta, afirmavam que este pedido já tinha sido feito há 20 anos atrás, portanto em 1882. Em 1924, o vice-presidente da Câmara de Loures retomou esta questão de uma via de comunicação inter-regional e propunha o seguinte traçado: Lisboa, Odivelas, Caneças, Loures, Montachique, Bucelas, Vila Franca de Xira, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Mafra, Ericeira. E explica porquê: “Tornar vilas trabalhadoras e de largo futuro, actualmente engarrafadas pela dificuldade de comunicação, centros comerciais de contacto rápido e constante com Lisboa… e tornar Vila Franca, ligada pela sua ponte com o sul e com o resto do país (pelas vias Norte, Oeste, - ramal Loures-Arruda e fluvial), o centro preferido, o entreposto indiscutível do mais largo movimento e assegurado futuro dos nossos centros de comunicações. E de que séries de empresas e de indústrias esse caminho-de-ferro não poderá ser origem. As facilidades agrícolas justificariam esse empreendimento; o direito que todos estes povos têm a uma parcela de bem-estar e civilização, tornam obrigatória a sua construção; as riquezas naturais, actualmente inexploradas ou em estado primitivo, como os mármores, impunham-no, para a riqueza do país, como necessário. Mas não são apenas os mármores; é também a indústria dos carbonetos e mais riquezas a explorar e que na região têm matérias-primas e ficará,

Pág. 5 pelo caminho-de-ferro, a uma hora do ponto de embarque. E tantas outras coisas…” Este projecto considerava ainda as zonas com potencialidades turísticas: “Servir uma zona de repouso como Caneças e Montachique, estabelecer, pelo transporte regular, estadias de Verão nessa travessia de pequenas montanhas que vai até ao Oceano, à Ericeira…” Uma equipa técnica realizou estudos na globalidade e na especialidade e, depois de concebido e traçado o projecto, acompanharia a obra. O vice-presidente da Câmara de Loures, Augusto Dias da Silva era, como político, o elemento dinamizador e aglutinador, como se depreende de um artigo publicado em Novembro de 1924, no jornal “Vida Ribatejana”: “Por motivo da ponte sobre o Tejo, que ligará a futura cidade ribatejana ao sul do país, estiveram em Vila Franca, na passada terça feira, acompanhados de Dias da Silva (que, com a conhecida persistência, promete levar a bom fim o útil melhoramento), os Engenheiros encarregados dos respectivos estudos. Eram esperados pelo Presidente da Comissão Executiva, Sr. António Lúcio Baptista e pelos Sr.ºs José Santos Natividade, António Redol da Cruz e António de Oliveira Raimundo. A visita tinha por fim fornecer ao Engenheiro alemão, representante da casa proponente, os elementos necessários para o estudo da parte metálica da importante obra. Os visitantes tiveram ocasião de constatar mais uma vez, a riqueza que esse tão necessário e ambicionado melhoramento virá trazer à capital ribatejana.” Considerando estas fontes impressas, era estre ita a colaboração autárquica, motivada por interesses comuns de desenvolvimento. Registe-se, com agrado, o facto de, apesar dos novos meios de comunicação, se continuar a apostar, também, na “via fluvial”. Os povos e seus líderes nunca desistiram do transporte ferro-carril, mas o estado, a partir de 1926 andou a “encanar a perna à rã” durante 8 anos, acabando por arquivar definitivamente o processo em 1934. Os projectos centrados numa região eram justificados naquele tempo, pois congregavam esforços e meios que facilitavam a sua concretização. Este caminho de ferro nunca se construiu e as vias rodoviárias desta zona, nunca se viram livres de engarrafamentos.

Maria Máxima Vaz, Historiadora


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Ministra da Solidariedade visitou Associação Luiz Pereira Motta

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social visitou no passado dia 1 de Junho, as instalações da Associação Luiz Pereira Motta, em Loures, uma das instituições do setor social que vão beneficiar das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta visita da ministra Ana Mendes Godinho contou com a presença da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, do presidente e da vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão e Sónia Paixão. Segundo revelou a governante, o primeiro aviso lançado no âmbito do PRR para a área dos equipamentos sociais traduziu-se já em 60 candidaturas para a construção de creches “em condições de avançar”. Uma delas é a da Associação Luiz Pereira Motta, que pretende construir um novo equipamento, com capacidade para 72 crianças, em São Julião do Tojal, num terreno municipal.

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022

A Carris Metropolitana está EMPRESA MUNICIPAL a chegar a Loures! Loures Parque com novas instalações do serviço de atendimento em Loures e em Moscavide

A partir de 1 de Julho, poderá contar com: - Autocarros mais modernos - Mais sustentáveis, com maior conforto, conectividade e segurança - Maior oferta - Mais linhas, mais horários e cobertura alargada - Melhor ligação, Intermodalidade com outros meios de transporte, com o seu Navegante de sempre - Quer saber quando passa o próximo autocarro? Já estão disponíveis em carrismetropolitana. pt os novos horários e os conversores de linhas da Carris Metropolitana. Se tiver alguma dúvida ou questão sobre outro tema, ligue para a linha de apoio 210 418 800 (chamada rede fixa nacional).

A empresa municipal Loures Parque transferiu, desde 1 de junho, os serviços de atendimento para duas novas localizações, em Loures e em Moscavide. O novo serviço de atendimento de Loures ficará situado no Atendimento Municipal de Loures – Centro Comercial Continente, Loja 80; em Moscavide, estará localizado no Atendimento Municipal de Moscavide e Espaço Cidadão, na Avenida de Moscavide, n.º 65

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - Câmara distribui brinqueDe 1 A 5 de Junho no Parque dos educativos a mais de 14 da Cidade – O Município mil alunos do concelho assinala o Dia Mundial do Meio Ambiente

4 JUNHO - Planetário em Bucelas

Por volta das 20 horas, o encontro está marcado no Museu do Vinho e da Vinha, onde haverá lugar a uma breve conversa com o professor Máximo Ferreira, que irá dar algumas noções básicas de Astronomia. Por fim, às 20h40, um autocarro segue para o Forte da Ajuda Grande para a observação dos astros. Inscrição obrigatória, limitada a 50 participantes, para museu­_vinho@cm-loures.pt ou 924 487 297.

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022

A propósito da frase “palavra dada tem de ser palavra honrada” do primeiro-ministro, António Costa… lhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR), concretizando agora e com dinheiro da Europa, parte dos investimentos que cativou nos últimos 6 anos. É de mestre, sem dúvida. Para o setor privado da economia que é o motor de desenvolvimento de Portugal restarão cerca de 30% das verbas do PRR, numa clara inversão de prioridades protagonizada por António Costa e pelo PS; Estávamos em novembro de 2015, na época em que o PS, tendo perdido as eleições legislativas, formou o governo da geringonça, na sequência da moção de rejeição ao XX governo constitucional do PSD/CDS, tendo António Costa proferido a emblemática frase “palavra dada tem de ser palavra honrada”, a propósito de não dar continuidade às apelidadas políticas de austeridade do anterior governo liderado por Passos Coelho. A palavra dada do primeiro-ministro, António Costa, representa, muitas vezes, nada ou poucochinho do que é prometido, sendo isso já uma imagem de marca do atual líder do PS e do governo de Portugal, havendo, infelizmente, sucessivos e reiterados casos dessa situação. Vamos então analisar, com alguns exemplos concretos, o que vale a palavra dada do “honrado” primeiro-ministro de Portugal, António Costa:

O Município de Loures irá promover um conjunto de atividades, que decorrerão entre os dias 1 e 5 de junho, no Parque da Cidade, em Loures, que pretendem assinalar o Dia Mundial do Meio Ambiente, bem como o Dia Mundial da Criança, que se celebra a 1 de junho. Destaque para O Fluviário vai ao Parque, a exposição de peixes nativos, os ateliês de mobilidade sustentável, os insufláveis, entre muitas outras atividades que também irão decorrer um pouco por todo o concelho. Ao longo de todo o mês de junho serão ainda desenvolvidas diversas ações junto das escolas do concelho, com destaque para as eco-aulas, exposições, jogos e muitas outras diversões.

A Câmara Municipal de Loures encontra-se a assinalar, até ao final desta semana, o Dia Mundial da Criança com a oferta de mais de 14 mil brinquedos educativos, aos alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico. Às crianças do pré-escolar estão a ser entregues fábricas de papel, que pretendem introduzir os conceitos de reduzir, reciclar e reutilizar. Já os alunos do 1.º ciclo estão a receber a sua primeira startup, um brinquedo que se insere num mais ambicioso plano de educação financeira e de empreendedorismo, que pretende transmitir alguns conhecimentos sobre como utilizar o dinheiro e fazer um orçamento.

Sucessivos incumprimentos dos orçamentos de estado aprovados pela geringonça, em que os investimentos públicos previstos, eram posteriormente inviabilizados, pela poderosa equipa do ministério das finanças, que procedia indiscriminadamente à cativação das verbas necessárias para a sua concretização. Face à experiência política do PCP e do BE, é evidente que estes partidos sabiam que estavam a ser enganados e só tardiamente retiraram o apoio ao PS, mas já numa fase em que o astuto António Costa se preparava para o golpe final que culminou com o atual rolo compressor da maioria absoluta. Aliás, António Costa vai aplicar a seu bel-prazer, no setor público, cerca de 70% dos 16,6 mil mi-

Reiterado e consciente incumprimento da promessa de médicos de família para todos os portugueses. Atualmente há cerca de 1,2 milhões de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sem médico de família, situação que tende a agravar-se. Já nem se estranha que António Costa faça repetidamente esta promessa, porque os portugueses já sabem que a “honrada” palavra do primeiro-ministro, nesta e noutras matérias, tem uma validade muito efémera, logo há que a renovar periodicamente; Incumprimento da promessa de fim do trabalho precário na Administração Pública. Aqui uma clara gestão de expetativas de forma a manter viva a promessa e a garantir o apoio eleitoral desta franja de eleitores que esperam a resolução da sua situação profissional; Incumprimento da promessa de aumentos salariais para todos os 730 mil funcionários públicos em 2021, mas só 148 mil é que tiveram esse aumento. O facto de se manter a maioria dos funcionários públicos e dos pensionistas sem aumentos é claramente uma medida que não honra a palavra dada, face ao velho e estafado anúncio de fim da austeridade. António Costa quando acossado com as dificuldades da governação, para desviar as atenções, faz promessas que as pessoas querem ouvir, mas que depois não cumpre, ou cumpre mais tarde e só parcialmente, fazendo tudo isto sem qualquer pudor e sem pedir desculpas ao eleitorado. Aliás, António Costa nem necessita de pedir des-

Pág. 7 culpas ao eleitorado porque nas duas últimas eleições legislativas conseguiu ganhá-las, ainda que à custa de aumentar o número de desiludidos na política que vão engrossando cada vez mais as hostes da abstenção. Há, portanto, aqui um registo de António Costa de não honrar a palavra dada, o que parece não o incomodar, mas que a persistir algum dia incomodará o eleitorado que inevitavelmente mudará maioritariamente o seu voto, castigando a forma do PS fazer a sua enganosa política de expetativas. O orçamento de estado para o ano de 2023 que terá de ser apresentado e aprovado nos próximos meses trará importantes desafios para o governo, nomeadamente, no que respeita à atualização de pensões. De acordo com a lei atualmente em vigor a atualização das pensões é automática tendo em conta a média da inflação, sem habitação, nos últimos 12 meses registada em novembro, assim como a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 2 anos. É com base nesta lei que o governo tem mantido a generalidade das pensões congeladas, só decidindo casuística e extraordinariamente aumentos pontuais para os casos das pensões mais baixas. Ainda bem que, pelo menos, para as pensões mais baixas tem havido alguns aumentos de forma a não agravar, ainda mais, os índices de pobreza em Portugal. Ora acontece que no final do ano corrente estaremos confrontados com uma inflação galopante, mas também com uma evolução positiva do PIB, em 2021 e em 2022, pelo que, em 2023, verificar-se-ão aumentos generalizados e automáticos das pensões, desde as mais baixas às mais altas. É neste quadro que importará verificar se António Costa, no orçamento de estado para o próximo ano, de forma a impedir os justos aumentos das pensões que estão previstos para 2023, vai recorrer, mais uma vez à sua veneranda “honradez” e ao rolo compressor da sua maioria absoluta, revogando a lei de atualização das pensões, elaborada por um ministro socialista, argumentando que a inflação verificada no corrente ano é conjuntural e que a evolução positiva do PIB não está consolidada, não se tendo, ainda, atingido os índices de crescimento da pré-pandemia. Aguardemos, nos próximos meses, as cenas dos capítulos seguintes. - Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO


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NoticiasLx, 4 de Junho de 2022

DESPORTO

FootLoures 2022 - 4, 5 E 10 JUNHO

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022

Em Odivelas a habitação é um problema total desordenamento do território, com a negligência do partido comunista, que na altura governava o território do concelho de Odivelas, a partir de Loures.

O Segunda edição da Volta a Portugal Feminina em bicicleta começa em Loures A segunda edição da Volta a Portugal Feminina em bicicleta arranca no próximo dia 16 de junho, começando com um prólogo de 2,9 quilómetros, em Loures. A Volta a Portugal Feminina foi apresentada, no dia 2 de junho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Loures. A prova estará na estrada entre os dias 16 e 19 de junho e contará com cerca de uma centena de atletas, de várias nacionalidades, distribuídas por 17 equipas nacionais e internacionais. Pelotão pedala entre Loures e Anadia As corredoras terão pela frente um total de 273, 4 quilómetros, que serão percorridos ao longo de quatro dias. A prova terá início com um prólogo de 2,9 quilómetros, em Loures. A primeira etapa em linha, no dia 17, parte de Vila Franca de Xira para chegar a Torres Vedras, depois de percorridos 87,6 quilómetros. Num percurso com nível de exigência crescente de etapa para etapa, surge a terceira jornada competitiva, segunda etapa em linha, no sábado, 18 de junho. A partida será em Monte Redondo, concelho de Leiria, com as atletas a terem de percorrer um total de 78,1 quilómetros até Ourém. A etapa-rainha será a terceira e última, no dia 19. As corredoras partem de Aveiro, esperando-lhes

divelas é o 14º Concelho mais populoso de Portugal, com mais de 160 mil habitantes. Devido à exiguidade da área do território, a sua densidade populacional é de 6 054,6 habitantes por km2, representando seis vezes mais que a média da AML - Área Metropolitana de Lisboa (946,8) e 60 vezes mais do que a média nacional (111,5), sendo o 2º concelho a nível nacional com mais habitantes por km2.

104,7 quilómetros até Anadia. A fase final ficará marcada por duas voltas ao circuito que irá receber as provas de fundo do Campeonato da Europa, que a Federação Portuguesa de Ciclismo irá organizar entre 30 de junho e 19 de julho.

É um concelho de população jovem, sendo o 2º concelho do país com menos população acima dos 75 anos, e com agregados familiares pequenos, constituídos em média por 2,5 pessoas.

Na ocasião, Sónia Paixão, vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, disse ser com “enorme orgulho e satisfação” que o Município acolhe esta prova. “Será certamente um dia grandioso para o nosso concelho, de um modo geral, mas em particular, para a freguesia de Loures”, notou. E acontece “numa altura em que o Executivo Municipal tem apostas claras para a promoção desportiva no nosso concelho”, reforçou Sónia Paixão. “Uma delas está assente na promoção do desporto junto das mulheres. Sabemos que há um longo caminho para fazer neste sentido, mas também temos noção de que esse caminho começa na escola, na comunidade, nos clubes e com o forte envolvimento das autarquias locais”. “Somos uma autarquia a responsável a este nível”, afirmou. “Queremos, cada vez mais, que Loures seja um concelho ativo, saudável e mais feliz, e isto só será possível quando tivermos mais praticantes de atividade física e desportiva”. “Espero que os lourenses saiam à rua para acolher este grande evento, e que dele possamos retirar o melhor retorno, não só em visibilidade, mas também para o setor económico da freguesia de Loures. Os eventos desportivos têm esse importante fator. Têm impacto económico na comunidade onde se realizam”, concluiu.

A Câmara Municipal de Loures promove, nos dias 4, 5 e 10 de junho, a 12.ª edição do FootLoures. Um torneio de futebol 7 que contará com o apoio da Associação de Futebol de Lisboa e da Federação Portuguesa de Futebol, bem como a participação de várias equipas do concelho e também convidadas. A primeira fase do torneiro de sub 11 será disputada nos dias 4 e 5 de junho, no Campo Major Rosa Bastos, no Pinheiro de Loures, e no Parque Desportivo 1.º de Maio, no Catujal, entre as 9h00 e as 12h30. A jornada final está marcada para o dia 10 de junho, entre as 9 e as 20 horas, no Complexo Desportivo Elias Pereira, em Sacavém. A edição deste ano do FootLoures contará com a participação de equipas femininas. No dia 4 de junho, entre as 14 e as 19 horas, terá igualmente lugar uma ação de formação para treinadores, que decorrerá no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures. A entrada é livre. Faça aqui a sua inscrição.

A população estrangeira que escolheu o concelho para residir representa 11% do total (cerca de 17,6 mil habitantes legalizados), sendo maioritariamente provenientes do Brasil (24,02%), Índia (13.27%) e outros países asiáticos (12,52%), Angola (10,62%) e Guiné-Bissau (9.69%), todos estes dados de acordo com o PORDATA. A conjugação destes fatores, a periferia do concelho relativamente a Lisboa, a sua interioridade no território da AML, a sua génese rural com disponibilidade de terrenos a custos mais baixos para construção, entre outros, conduziu ao longo dos últimos anos a um excesso de construção habitacional, da qual muita está integrada em loteamentos sem as mais elementares regras de urbanização, levando a um evidente desordenamento do território e a uma ausência de padrão no edificado. Este problema teve origem no Estado Novo, nas décadas de 60 e 70, com o êxodo rural, em que as pessoas se deslocaram do campo para a cidade à procura de oportunidades. O reflexo da ausência de uma política habitacional ficou evidente nas graves cheias de 1967, com mortes a ocorrer dentro de casas que haviam sido contruídas em zona de risco. Nos finais dos anos 70 e em toda a década de 80, o problema agrava-se, levando a um

Muito bairros de génese ilegal proliferavam por todo o território, sendo alguns deles considerados como os maiores de todo o país, circunstância que ainda se mantém em muitos destes bairros, que ainda não viram os seus processos de legalização terminados Desde 1998, ano da criação do concelho, o problema habitacional mantém-se sem que tenham sido encontradas soluções, com culpas para o PS que governa o município há 23 anos e, também, para o PSD que durante um período assumiu o pelouro da habitação. Foram décadas perdidas, que conduziram o concelho a uma situação pouco dignificante no contexto nacional. Odivelas nunca se afirmou no contexto da Área Metropolitana de Lisboa e tem-se mantido um concelho satélite de Lisboa e, assumidamente pelo poder local, um dormitório. Apenas se deu prioridade à construção habitacional desenfreada, sem nunca existir uma estratégia de afirmação territorial que contribuísse para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. O espaço urbanístico cresceu sem ordenamento e sem qualificação, sem preocupação com o lazer dos seus habitantes e muito menos com preocupações em desenvolver ações que pudessem contribuir para a atração de investimento empresarial ou de apoiar o espírito empreendedor dos seus habitantes, que criariam empregos de proximidade. É urgente resolver este flagelo da habitação, devendo ser tomadas ações que possam garantir o ordenamento do território, consubstanciado na redução da nova construção para valores mínimos e no incentivo à melhoria do edificado já existente, permitindo uma habitação condigna para todos, ampliando a dimensão e qualidade do espaço público, com a criação de zonas de lazer e bolsas de estacionamento, assegurando a mobilidade no território e com a redução de impostos de iniciativa municipal aplicados ao património.

Pág. 9 Os impostos e as taxas municipais são instrumentos fundamentais para fomentar políticas habitacionais, Neste campo deve ser aprovada a redução do IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis para os valores mínimos legalmente previstos e para os imóveis a colocar no mercado ao abrigo do Programa de Rendas Acessíveis; a eliminação de todas as taxas urbanísticas de baixo valor; a redução de taxas de licenciamento para recuperação de habitação e o aumento destas taxas para as novas construções; e a eliminação de taxas para imóveis a colocar no mercado ao abrigo do Programa de Rendas Acessíveis. Relativamente aos licenciamentos, um conjunto de medidas devem ser executadas, tais como a implementação, em 2025, de um PDM simplificado, com foco nas necessidades do concelho e agilizando os processos de reabilitação e recuperação de habitações; a facilitação do licenciamento na recuperação de imóveis devolutos, a empresas ou particulares, que queiram recuperar património edificado; a criação de um Gabinete de Construção 2.0, com um manual que defina regras claras e transparentes, com a disponibilização de todas as definições e limitações dos terrenos existentes, para que os técnicos do gabinete, afetos à aprovação de projetos urbanos de construção os possam aprovar “na hora”; fomentar a implementação e utilização do Licenciamento Zero com o objetivo de reduzir drasticamente a burocracia existente e otimizar processos internos das Câmaras Municipais. O processo de realojamento de pessoas que vivem em bairros com habitações degradadas e em risco deve ser outra das prioridades habitacionais, devendo ser dada prioridade aos bairros do Sítio da Várzea, Barruncho, Menino de Deus e S. José, bem como à regeneração urbana dos Bairros Dr. Mário Madeira, após a transferência da propriedade do IRHU para o Município, Serra da Luz, Encosta da Luz, Maximino, Vale do Forno, Quinta da Serra, Cassapia, Quinta da Várzea e Olival do Pancas. Odivelas é um jovem concelho com maturidade suficiente para definir o seu futuro, futuro esse que passa também por garantir a todos os seus munícipes as melhores condições de habitação, definindo-se políticas habitacionais que há muito têm sido ignoradas e que tornam Odivelas num território de extremos, que nos oferece desde apartamentos de luxo até ao flagelo das barracas. – Filipe Martins, Membro do Iniciativa Liberal de Odivelas


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RASI – Um Arraso ganização dos Órgãos de Polícia Criminal (além dos mencionados temos a Polícia Marítima, ASAE, CMVM, IGAMAOT, IGAC, ACT, Autoridade Tributária, IGSS, Autoridade Aduaneira, Guardas Florestais - Madeira, dos Açores e Lisboa). Verifica-se aqui a primeira lacuna neste processo de recolha de informação, pois relega dados de 10 órgãos de polícia criminal.

A

s questões volvidas à segurança interna têm dimensão constitucional, integrando estas os pilares indispensáveis ao exercício da democracia e à configuração do Estado de Direito (vide o n.º 1 do artigo 27.º - Direito à liberdade e à segurança, da CRP). A doutrina, de forma mais ou menos unânime assinala que assim estão garantidos em simultâneo o direito à liberdade e o direito à segurança, que por esta via estabelecem uma correlação íntima, desde as constituições liberais. É usual considerar-se que a Constituição ora nos remete para a sua dimensão ‘negativa’, associada ao direito à liberdade, firme num direito subjectivo à segurança (direito de defesa perante agressões dos poderes públicos), ora para sua dimensão ‘positiva’, objectivada no direito à protecção dos poderes públicos contra as agressões ou ameaças de outrem.

Impôs o legislador ao Governo a obrigatoriedade de apresentar à Assembleia da República um relatório, até 31 de Março, sobre a situação do País no que toca à segurança interna, bem como sobre a actividade das forças e dos serviços de segurança desenvolvida no ano anterior, que depois é objecto de apreciação pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias visando a emissão de relatório e parecer, para posterior apreciação em sede plenária (vide n.º 3, do artigo 7.º, da Lei de Segurança Interna). Como se percebe, o Relatório Anual de Segurança Interna, surgiu como instrumento de gestão e planeamento sustentado em dados estatísticos, que visam demonstrar a evolução do quadro criminal. De acordo com a Lei de Segurança Interna as forças e serviços de segurança envolvidos na elaboração do RASI são somente 7 (PJ, GNR, PSP, SEF, SIS, Autoridade Marítima Nacional e Autoridade Aeronáutica), contudo são 15 os órgãos de polícia criminal conforme consta da Lei de Or-

Qualquer relatório estatístico com actualizações periódicas (anuais, no caso do RASI) deve ser planeado para que a metodologia aplicada, seja de pendor quantitativo, seja qualitativo use indicadores seguros que permitam a comparação de registos, ou se quisermos, a evolução destes. Considerando esta premissa, o Conselho Superior de Estatística (CSE), órgão do Instituto Nacional de Estatística (INE), aprovou em 1997 a primeira “Tabela de Crimes Registados”, que passou a ser de utilização obrigatória para as entidades do Sistema Estatístico Nacional (SEN). Contudo, neste caso tem predominado instabilidade nos indicadores, pois a Tabela de Crimes Registados que serve de base ao RASI, desde 1998 em diante foi alterada 7 vezes. O primeiro RASI foi publicado em 2000, reportando-se à realidade de 1999. Daí em diante todos os anos saiu, mais ou menos a horas a edição referente ao ano anterior. Vários são os sintomas que demonstram que o RASI cedo se transformou num instrumento de propaganda política, ao invés de procurar ser um repositório estatístico sério e um documento que vise o planeamento. Afirma-se tal na constante e abundante irregularidade na apresentação de dados. Facto é que não são poucos os exemplos de registos de tipos de crimes que surgem nuns RASI e são esquecidos noutros, inibindo assim um continuum comparativo quer da criminalidade, quer da eficiência das forças de segurança (ex.: RASI 2021). Não obstante, a origem de dados não ter a amplitude desejável e estar subordinada a um classificador instável, verifica-se que os dados escolhidos para os RASI não são fiáveis, pois tornou-se comum verificarem-se “correcções de dados” nas comparações com os anos, sem que qualquer explicação seja dada. Os casos mais

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022 flagrantes, surgem nas contagens de mortos em acidentes de viação onde o milagre da ressurreição pelos vistos é possível, sendo frequente num ano dizer-se que morreram um número “x” de portugueses em acidentes de viação e no RASI do ano seguinte, quando se fala do número de mortes do ano anterior, afinal morreram menos (“x-n”). Em que ficamos?

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NoticiasLx, 4 de Junho de 2022 O que não se vê nestes números são os números por tipo de crime, propriamente ditos, sendo que daqueles poucos que aparecem no RASI de 2021 é possível verificar que Portugal não é mesmo um país de brandos costumes, senão veja-se o que aconteceu de 2020 para 2021, nos seguintes crimes: → “Crimes de Ofensa à Integridade Física Voluntária Simples”: +3%;

Apesar do registos de Crimes de Violência Doméstica só surgirem nos RASI desde 2003, verifica-se que a partir de 2011 estes surgem registados em 3 sub-classes. Não obstante, como noutros crimes, tal acontece intermitentemente. A atípica redução em 4,1% do registo deste tipo de criminalidade teria de ter encontrado explicações no RASI de 2021, mas assim não sucedeu.

→ “Crimes de Ofensa à Integridade Física Voluntária Grave”: +8,4% → “Crimes de Ameaça e Coacção”: + 3,1% → “Crimes de Violação”: +20,7% / +82 violações → “Furtos em Veículo Motorizado”: +5,8% Importaria incrementar o conhecimento daquilo que é a criminalidade que mais directamente influi com o sentimento de segurança das pessoas e que tal beneficiasse de maior rigor e disponibilidade de dados. Ainda assim fica aqui a resenha possível das 338 páginas do RASI de 2021: A criminalidade geral registou um crescimento de cerca de 0,8% face ao ano anterior. Os “Crimes previstos em Legislação Especial Avulsa” subiram 11,5%, os “Crimes contra a Paz e Humanidade” subiram em cerca de 2,6%, os “Crimes contra as Pessoas” subiram quase 0,9%, enquanto os “Crimes contra a Vida em Sociedade” em termos relativos mantiveram o ocorrido no ano anterior, tendo só subido em 6 casos, os “Crimes contra o Estado”, registaram um decréscimo de cerca de 0,8% e os “Crimes contra o Património” registaram a maior redução, 0,9% em relação a 2020. Apesar do alarde social que causa e da cada vez maior presença de Crimes contra as Pessoas nos media, o que intensifica a noção de escala e de dimensão, o facto é que os crimes contra as pessoas subiram quase 0,9% desde o ano anterior. A taxa de incidência desta tipologia de Crimes desde que há registo (1999) sofreu uma redução de 3,3%.

→ “Roubos de Viaturas”: +12,4% → “Crimes de Extorsão”: +16,3% → “Crimes de Burla Informática e nas Comunicações”: +7,1% / +1519 burlas → “Crimes de Condução de Veículo com Taxa de Álcool Igual ou Superior a 1,2g/l”: +11% / +1697 casos → “Crimes de Ofensas Sexuais em Ambiente Escolar”: +25,7% → “Crimes de Tráfico de Estupefacientes”: +11,5% → “Crimes de Condução sem Habilitação Legal”: +11,1% → “Crimes de Abuso de Confiança Fiscal”: +32,3% A Criminalidade Violenta não deixa de ser relevante face ao facto de esta implicar coacção e violência física directa. A criminalidade violenta mantem a trajectória descendente.

Verifica-se a impossibilidade de com rigor conhecer a situação de segurança do país através dos RASI, sendo que os constrangimentos encontrados no documento criado para evidenciar as questões volvidas à segurança tem de necessariamente induzir-nos à possibilidade de o Relatório Anual de Segurança Interna estar a ser objecto de Instrumentalização e Propaganda Política, pois constata-se: i. Grande apreço pelo branqueamento de resultados, seja pela fraca amplitude, seja pela falta de rigor; ii. A ausência de perspectiva gestionária; iii. A ausência de estratégia política de médio e longo prazo; iv. A natural cedência ao Populismo, pela imediatização e mediatização da decisão. Assim, não vamos lá! - Paulo Bernardo e Sousa Politólogo

Área metropolitana de Lisboa vai ter uma rede para a transição alimentar Nota de Imprensa Da AML A FoodLink, rede para a transição alimentar na área metropolitana de Lisboa, vai ser oficialmente apresentada no dia 7 de junho, numa cerimónia que decorrerá a partir das 14h30, na sede da Área Metropolitana de Lisboa. Na cerimónia, que contará com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, será também assinada a carta de princípios e de compromissos da rede, pelas entidades aderentes. Com a criação desta rede, o planeamento alimentar em toda a área metropolitana de Lisboa vai ganhar uma relevância acrescida nas políticas de ordenamento e desenvolvimento territorial. Pretende-se caminhar para um sistema alimentar sustentável, resiliente e economicamente dinâmico, em sintonia com o protagonismo que os sistemas alimentares têm vindo a ganhar na agenda política internacional, no atual contexto global de crise económica, climática, pandémica e, mais recentemente, geoestratégica.


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Encerramento temporário do piso 0 do Museu Cerâmica de Sacavém - Encerra a 6 de Junho e Reabre a 7 de Julho

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posições, no valor de 1500, 1000 e 500 euros. Para isso, serão tidos em conta critérios de qualidade técnica e artística, bem como a relevância da obra a concurso no panorama musical.

Campanha de Esterilização Solidária

Os interessados deverão entregar a composição a concurso, até 31 de agosto, em mão ou enviar pelo correio, por carta registada com aviso de receção.

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Escola Secundária de Camarate inaugura loja solidária para a comunidade escolar

Encontro das Universidades Seniores de Loures A Câmara Municipal de Loures promoveu, no dia 31 de maio, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, um Encontro das Universidades Seniores do concelho.

As inscrições estão abertas até 30 de junho e as esterilizações serão efetuadas até ao final do ano, estando limitadas a um cão (cadela) e/ou um gato (gata) por agregado familiar, privilegiando-se as fêmeas. Está a decorrer, até 31 de agosto, o prazo para entrega de composições a concurso ao Prémio Internacional de Composição para clarinete solo e banda, promovido pela Câmara Municipal de Loures, sob a égide de Loures Capital do Clarinete. Podem participar todos os compositores, nacionais ou estrangeiros, devendo as obras a concurso ser absolutamente inéditas e da exclusiva autoria dos concorrentes. São excluídas todas aquelas que tenham sido tornadas públicas, ou que tenham sido premiadas em qualquer outro concurso, até à conclusão da presente edição deste prémio. Serão atribuídos prémios às três melhores com-

“Esta partilha, entre projetos coletivos, permite prolongar o conhecimento, nomeadamente do nosso concelho e do país, na idade maior”, salientou a vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, destacando “a importância da participação neste ciclo de ensino não formal, a intergeracionalidade através de ações com as escolas e outros meios de ensino, assim como o desenvolvimento de atividades relacionadas com plataformas digitais”.

Na ocasião, Ricardo Leão agradeceu a todos os que lutaram pela concretização desta iniciativa, lembrando que este tipo de projeto socioeducativo “personifica tudo aquilo que vale a pena o dinheiro público apoiar – a ajuda ao próximo ou àquele que está mais frágil ou vulnerável”.

Além dos professores, formadores e alunos envolvidos na Academia de Líderes Ubuntu, estiveram igualmente presentes vários representantes da União das Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação, dos Bombeiros Voluntários de Camarate, da PSP - Escola Segura, da CONFAP - Confederação Nacional das Associações de Pais, do Instituto Padre António Vieira (IPAV), da Associação Nossa Senhora dos Anjos e da Associação Techari.

A Câmara Municipal de Loures está a realizar uma Campanha de Esterilização Solidária, promovendo a esterilização de cães e gatos cujos detentores residam no concelho e estejam em situação de comprovada carência económica.

A iniciativa contemplou o envolvimento de cerca de duzentos alunos da Academia dos Saberes - polos de Bucelas, Camarate, Loures e Sacavém, Universidade Sénior da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela (UFSSB), e da Portela Sábios.

precise, promovendo assim a sustentabilidade.

O autarca deu ainda os parabéns à escola, aos alunos e à Academia, reiterando o apoio, “em particular a este projeto, para que possa ser muito mais do que aquilo que neste momento já é”.

Normas de participação

ATÉ 31 AGOSTO Prémio Internacional de Composição para clarinete e banda

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Aceda à ficha de candidatura e ao regulamento no link seguinte: https://www.cm-loures.pt/Conteudo. aspx?DisplayId=13233

Um projeto desenvolvido no âmbito da Academia de Líderes Ubuntu que, ao longo dos últimos três anos, tem vindo a ser implementada nesta escola, e que visa promover a capacitação de jovens, entre os 12 e os 18 anos.

A loja Mudar de Dono encontra-se aberta a toda a comunidade escolar, e vai permitir que cada um possa dar algo que esteja em boas condições e que já não use, trocando por outro artigo que

Obras de remodelação e ampliação da Escola n.º 3 de Sacavém inauguradas

As obras que representam um investimento municipal de cerca de 2,7 milhões de euros, foram inauguradas no passado dia 1 de Junho. Esta intervenção, iniciada no final de 2020, teve

como principais objetivos dotar a escola de melhores condições de funcionamento e aumentar a resposta ao nível da educação pré-escolar. Neste equipamento de ensino, localizado na Rua Barbosa du Bocage, estudam 107 alunos do 1.º ciclo do ensino básico e 72 crianças do pré-escolar. A inauguração contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loures, que sublinhou que, para o Executivo camarário, a Educação é “a prioridade das prioridades”. “Queremos que no nosso concelho haja, cada vez mais, uma melhor escola pública”, disse Ricardo Leão, sublinhando que um dos prin-

Ubuntu é uma filosofia, de origem africana, que se traduz na expressão “Eu Sou porque tu És”, na valorização da interdependência e da solidariedade. Visa desenvolver competências pessoais, sociais e cívicas nos jovens, transformando-os em agentes de mudança ao serviço da comunidade, contribuindo dessa forma para uma sociedade mais justa e mais solidária. cipais desafios colocados atualmente é o da requalificação das escolas do 2.º e do 3.º ciclos e do ensino secundário, nas quais a Câmara de Loures assumiu recentemente competências. O presidente lamentou ainda a “ausência, durante anos e anos, de intervenção” nesses equipamentos e prometeu trabalhar para “dar dignidade” a quem neles estuda e trabalha. As obras agora inauguradas incluíram a ampliação do edifício principal, com a construção de raiz de um segundo bloco, que permitiu criar uma nova cozinha para confeção local, um novo e mais amplo refeitório e mais salas de apoio. O edifício de Jardim de Infância também foi totalmente reabilitado. No espaço exterior, o logradouro foi intervencionado através da substituição do brinquedo e a requalificação do campo desportivo, com novas marcações e equipamentos. Todos os espaços estão ligados entre si por uma zona coberta. A intervenção municipal abrangeu ainda a aquisição de novo mobiliário escolar e da instalação de painéis interativos em todas as salas de aula com acesso geral à Internet.


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PEDREIRAS DO TRIGACHE, SÓ EM FAMÕES …ÚNICO das, aprendi muito com o Riço Calado, Severiano Falcão e Demétrio Alves, os primeiros 3 presidentes da Câmara Municipal de Loures, eleitos pós 25 de Abril, no período durante o qual se desenvolveram os processos de legalização do Bairro Novo do Trigache, com a atribuição do Alvará de Loteamento.

H

oje “jogo” em casa, o tema da minha pena é o Trigache, em Famões temos vários Trigaches (Trigache Sul, Trigache Centro e Bairro Novo do Trigache), mas o cerne será o meu bairro de residência – o Bairro Novo do Trigache, isto a propósito das pedreiras do Trigache, e já se perceberá a ligação.

Antes de mais assinalar a circunstância, única, de o Bairro Novo do Trigache, juntamente com o Bairro do Casal da Silveira, também em Famões, terem sido os dois primeiros bairros clandestinos (mais tarde a Lei haveria de chamar a estes clandestinos AUGIS - áreas urbanas de génese ilegal, do Município de Loures, ao qual todas as actuais freguesias do município de Odivelas, pertenciam), a receberem o Alvará de Loteamento, primeiro e importantíssimo passo, para a legalização dos bairros, tendo sido o primeiro Bairro a receber o alvará o Casal da Silveira, seguido do Bairro Novo do Trigache. Este “prémio” só foi possível com o empenho, persistência, e resiliência de um grupo de pessoas, integrantes nas respectivas comissões de proprietários, que não arredavam o pé das reuniões do executivo de Loures, e da Assembleia Municipal de Loures, e no que tange ao Bairro Novo do Trigache, acompanhei quase to-

O Topónimo Trigache já vem expresso nas crónicas do Padre António Carvalho da Costa, em 1712, onde nos dá noticia sobre o curato do “menino Jesus de Odivellas com 370 vizinhos distribuídos pelos seguintes lugares: Barrosa, Moreira (serra da amoreira?), Bica (ponte da bica?), Trigache, Porto (porto da paiã?) e Pombais”. Muito próximo do meu bairro, existiam duas pedreiras cujas crateras ladeavam a estrada municipal (a qual era a instâncias da câmara de Loures pavimentada com pedra e gravilha, com mão de obra dos residentes nestes bairros, tendo o autor destas linhas ganho alguns calos nesse processo), e dela se extraíam as pedras do Trigache, utilizadas sob a forma de mármore, para aplicação de revestimentos interiores e exteriores, e delas se dava noticia nas memórias paroquiais de 1758, onde se registava terem daqui saído as pedras para a reconstrução de Lisboa, após o terramoto 1755, pedras para construção de vários templos e edifícios, não só para a Corte, como em todo o Reino para além de também ter fornecido matéria prima para a construção do Mosteiro de Mafra. A importância das pedreiras do Trigache foi, pois, enorme. Recordo, ainda, quando em 1973 vim para cá, das explosões de dinamite utilizadas nas pedreiras e da enorme vibração que isso provocava nas habitações. Hoje, abandonada que foi a actividade de extracção de pedras, são condomínios habitacionais. Um facto curiosíssimo é a existência em Beja de uma localidade de Trigaches, onde a actividade de extracção de pedras já foi a actividade principal da região, e a pedra saída dessas pedreiras também se chamam Pedras do Trigache, com características únicas e diferenciadoras, e por isso assumirem o nome da localidade – Trigaches - que já foi freguesia até ser unida a outra, em 2013, chamando-se agora União de Freguesias de Trigaches e São Brissos, com sede em Trigaches, distando esta aldeia 3 km do aeroporto de Beja.

NoticiasLx, 4 de Junho de 2022 Hoje a actividade dessas pedreiras, de onde saiu ao longo da história, desde o século I, pedra para a construção da cidade de Beja, e muitas edificações em Mérida (Espanha, sendo os restos de colunas e inscrições quase todas feitos em mármore do Trigache.

NSU RO 80 de tão boas memórias po Volkswagen, em 1969, agregando-a à Auto Union para formar a Audi NSU Auto-Union. E por mais contraditório que possa parecer, este modelo da NSU acabaria por ser o promotor do

Quanto ao topónimo existe uma versão, lenda, local “um rei com o seu exército por aqui surgiu para conquistar estas terras aos seus poucos habitantes mandando rabiscar as casas à procura de pão e trigo. Um dos guerreiros terá encontrado um celeiro cheio de trigo e terá gritado ‘Trigo acho! Trigo acho!’ Daí terá derivado para Trigaches”. Escavações recentes trouxeram á luz do dia a presença de uma necrópole da 1ª idade do ferro (Séc-VII a V a.c.) da Vinha das Caliças, tendo-se encontrado nas sepulturas armas e objectos que indiciam contactos com civilizações egípcia, fenícia, e grega. Á entrada dos Trigaches encontraram-se vestígios de termas romanas. Já na nossa Trigache ouvi em tempos uma tentativa explicativa para o topónimo, como significando campos de trigo … porém isso é um Trigal.

- Oliveira Dias Politólogo

poder e uma grande superfície vidrada. Mas a singularidade deste modelo estava por baixo da tampa do vão do motor: a propulsão era obra da junção de dois rotores de pistão rotativo Wankel que juntos tinham 995 centímetros cúbicos (497,5 cm3 cada um). Apesar da pequena cilindrada, o RO 80 acelerava dos 0 aos 100 quilómetros por hora em 13,1 segundos e ultrapassava a velocidade dos 180 km/h, pelos seus 115 cavalos de potência, atingidos às 5.500 rotações. O brilhantismo do modelo não se ficava por aqui: Um

passo

à

O

NSU RO 80 foi um dos automóveis familiares alemães mais interessantes do final da década de 60’ – com uma articulação verdadeiramente do século XXI que fascinou milhares, mas também foi alvo de críticas de muitos dos seus proprietários, sobretudo por não se entenderem, nem eles nem a maioria dos mecânicos de então, com

Pergunto-me se tal como o Topónimo Odivelas foi importado do Alentejo para aqui (isso será objecto de um artigo próprio), também o terá sido o de Trigaches, face à existência de pedreiras também aqui. Ou, pode até acontecer que o tipo de pedra extraída em ambas as Trigaches seja idêntico. São muitos denominadores comuns, para passar despercebido, e por isso convocar esta matéria – TRIGACHE - para esta sede, porque é … ÚNICO, e em Odivelas e só existe em Famões.

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alguma da tecnologia disponível pouco habitual nos automóveis deste segmento. O RO 80 marcou uma geração de apaixonados pelos automóveis de uma classe média alta, amante de alguns luxos como a segurança, o conforto associado ao espaço amplo, aos acabamentos de qualidade (elementos em madeira ou aço polido) e um motor com alguma elasticidade, capaz de uma velocidade considerável em virtude da reconversão da rede de estradas europeias e da construção de autoestradas. Este NSU foi eleito Carro do Ano em 1968, pelas revistas europeias da especialidade. Foi produzido entre Outubro de 1967 e Abril de 1977, num total de 37.200 exemplares. O RO 80, fez a NSU perder a sua credibilidade apenas e só por questões relativas à mecânica, aos motores Wenkel. Ocorreu uma espécie de paradoxo: o avanço tecnológico foi fatal para a marca que acabou por ser adquirida pelo Gru-

sucesso que a Audi passou a beneficiar no mercado, como também a ser determinante no final da marca NSU, tão-só porque em vez de conseguirem solucionar os problemas dos motores rotativos, optaram por os substituir por motores bem mais pesados e descontextualizados dos restantes argumentos tecnológicos do modelo, os V4 e V6 da Ford. Mas se os rotativos Wankel foram a ‘pedra no sapato’ do RO 80, acabaram por ser o regozijo dos desportivos da japonesa Mazda, a partir de 1978 com o lançamento do célebre coupé RX-7 que foram equipados com um bi-rotor de 573 cm3 cada, debitando 115 cavalos propor-

Tinha tração dianteira e a transmissão realizava-se através de uma caixa semiautomática de três velocidades, cuja maior curiosidade era não ter embraiagem: antes possuía um botão situado no topo da alavanca que atuava um sistema de vácuo, para engatar ou desengatar as engrenagens, sendo as marchas introduzidas pela alavanca, no habitual formato “H”; Travões de disco às quatro rodas, ainda relativamente invulgar na época, bem como suspensões independentes, tipo MacPherson, na dianteira, e a traseira composta por braços triangulares suspensos, tal qual é comum encontrarmos na generalidade dos automóveis de hoje. – por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

cionando uma velocidade máxima na ordem dos 200 km/h, fasquia ultrapassada em 1986 quando a potência foi elevada para 166 cavalos graças à introdução da sobrealimentação por via de um turbocompressor.

À frente do seu tempo O NSU RO 80 era o que habitualmente se designa por uma berlina de três volumes e quatro portas com quase cinco metros de comprimento - 4.780 mm - da autoria de Claus Luthe e que se distinguiu pelas dimensões, pelo estilo, uma silhueta mergulhante, uma frente que inspirava


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“Speechwriter” confidentes, conselheiros, estrategas, o porto seguro, nas dúvidas, os discretos pilares, do público sucesso dos seus “boss”.

Qual é o denominador comum entre John Fitzgerald Kennedy, Bill Clinton, Barack Obama e … Volodomir Zelesnki ? Todos tiveram ao seu serviço, e Zelenski ainda tem, aquilo que hoje é uma profissão em expansão, na América, e altamente remunerada – o “seepchwriter” – ou um redactor de discursos, vulgarmente traduzido por “escritor de discursos”. Não que qualquer deles não os soubesse fazer, mas o manancial de afazeres é tão avassalador que pese embora Kennedy, Clinton e Obama, fossem brilhantes oradores e com um know how politico-partidário bastante sólido, aliado a uma formação jurídico-académica semelhante, os três eram licenciados em Direito, e Obama até leccionava na universidade, que os habilitava a criar qualquer texto para discursos, já Zelenski, vem do mundo da televisão e entretenimento, onde os guiões da produção, são guias essenciais ao êxito, e ele sabe-o como ninguém. Confesso, e permito-me uma nota pessoal, que o mundo do “Speechwriter” não me é desconhecido, embora com muito menor competência que os supra referidos, em razão da minha actividade profissional como chefe de gabinete de um presidente de câmara, para quem escrevi inúmeros discursos, editoriais, artigos e mensagens, não só para ele como também para a presidente da assembleia municipal, e ainda dois deputados regionais, em ocasiões pontuais. Em regra, os líderes têm quase sempre mais do que um profissional deste calibre, pese embora existam sempre preferências, como era o caso dos presidentes americanos. As pessoas encarregues de acompanhar, como uma sombra, os Presidentes americanos, colocando no papel os pensamentos destes, a fim de serem escrutinados por uma alargada plateia de ouvintes e destinatários, eram, acima de tudo,

Vejamos cada um deles supra referidos, em detalhe: John Fitzgerald Kennedy, teve ao seu serviço o “Speechwriter”, Arthur M. Schlsinger Jr., (19172007), assistente especial presidencial, para os assuntos da América Latina e escreveu vários discursos para a campanha presidencial de 1960. Mais tarde viria a escrever discursos para o malogrado irmão daquele, Robert Kennedy, em 1968. Foi um dos mais importantes “Speechwriter” de Kennedy, mas não o mais importante. Esse lugar foi totalmente absorvido por Theodore Chaikin Sorensen, conhecido como Ted Sorensen, também com a função de assistente especial presidencial, filho do Procurador Geral do Estado do Nebraska e de uma Assistente Social. O seu caminho cruzou-se com Kennedy quando este era Senador pelo Estado do Massachusetts, e na situação mais improvável – Ted trabalhava no Comité para a re-organização dos caminhos de ferro, e Kennedy, foi lá buscá-lo dizendo-lhe “preciso que me ajude a organizar um programa legislativo para a economia de Nova Inglaterra”. A estreia de Ted com Kennedy deu-se com os três primeiros discursos deste no Senado, estando-lhe reservado o horário menos nobre, á noite, mas que rapidamente chamaram á atenção. Como se vê tem tudo a ver … e no entanto Ted iria celebrizar Kennedy com os textos mais eloquentes de sempre e ainda hoje existem dúvidas sobre se a frase “Não perguntem o que o vosso País pode fazer por vós, antes perguntem-se o que vocês podem fazer pelo País” proferida no discurso de tomada de posse de Kennedy, em 1961, se é da autoria do politico ou do “Speechwriter”. A mesma dúvida subsiste quanto à frase dita por Kennedy, aquando da sua primeira visita á Alemanha Federal e num comício muitíssimo concorrido gritou “Ich Bin Ein Berliner” (Eu sou Berlinense) para gáudio da populaça germânica que o aplaudia. Aquando da crise dos misseis, de Cuba (cujo paralelo entra hoje pelos nossos écrans diariamente), consta que a forma como foi redigida a mensagem de Kennedy pelo seu “Speechwriter”, Ted, para o presidente soviético, NIKita Kruchev (um Ucraniano), fez a diferença e evitou uma guerra (algo bem diferente hoje pois não se

conseguiu evitar a guerra). A ligação entre o “Speechwriter” Ted e o Presidente Kennedy era tal que o Presidente dizia que Ted era o seu “banco de sangue intelectual”. Ted Sorenssen também escreveu discursos para o sucessor do malogrado Kennedy, Lindley Jonhson. Ted caracterizou o processo de trabalho com Kennedy como ”colaborativo” assente na seguinte premissa – “O Presidente dá os pensamentos e as ideias, e eu forneço as palavras”. Quando, em 2010, Ted faleceu, Caroline Kennedy referiu-se-lhe com tendo sido um amigo maravilhoso, e conselheiro do pai e de toda a família, já Barac Obama fez as seguintes declarações « Sei que a sua herança viverá nas frases que escreveu, nas causas que impulsionou e nos corações de todos aqueles que inspirou …» Bill Clinton, quando passa de um modesto, apesar de bem sucedido, Governador do Arkansas, para a Presidência dos Estados Unidos da América, nomeia como assistente especial presidencial para os assuntos de politica internacional Vinca La Fleur, que constitui uma equipa para, com ela, acompanharem o Presidente, para todo o lado. O sucesso foi tal que após o término do mandato de Clinton, ela criou uma empresa especializada em escrever discursos, para políticos, partidos, gestores, empresários, etc. Vinca caracterizou o processo de trabalho com Clinton como “todo o discurso tem de contar uma história” afiançava que o mais importante era como o destinatário se sentiria por causa do discurso, nisso se centrando o foco da mensagem. Barack Obama, gostava de fazer os seus próprios discursos, e era dotado de uma enorme retórica que a ninguém passava despercebida. Mas o tempo era o recurso mais escasso que possuía pelo que não tardou em se “entregar” nas mãos de um “Speechwriter”, cuja principal particularidade era a sua idade – apenas 24 anos, o mais jovem “Speechwriter” de sempre, Jon Fauren (terá sido ele o autor de Yes We Can ?). Inicialmente começou por ser “Speechwriter” de John Kerry, candidato á nomeação democrata para a Presidência dos Estados Unidos, tendo ficado pelo caminho. Um mero acaso colocou-o na mira de Obama – estando a observar Obama a escrever um discurso teve a temeridade de o corrigir, quanto a um parágrafo … e Obama contratou-o. Jon escreveu o discurso de tomada de posse de Obama, um dos textos mais impactantes proferidos por Obama, como de resto o foram quase

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NoticiasLx, 4 de Junho de 2022 todos os discursos de Obama. A química entre o Seepechwriter Jon e o Presidente Obama era tanta que este afirmou ser Jon o seu “mind reader” (leitor de mente). Jon Faureau, caracterizou o processo de trabalho com Obama como “ o que faço é sentar-me com ele durante meia-hora e escrevo tudo o que ele diz. Refaço e escrevo um esboço. O Presidente corrige e emenda, e no final sai o texto definitivo”. O papel das duplas Kennedy/Ted Sorensen e Obama/Jon Faureau ía muito além da mera função de Seepchwriter, pois não se limitavam a redigir os discursos dos respectivos presidentes, eram também conselheiros muito próximos da presidência e com um poder de influência que ultrapassava os restantes membros (Secretários) do gabinete da Presidência – o equivalente ao nosso governo executivo. Por essa razão tanto Ted como Jon acompanhavam os respectivos presidentes para todo o lado, o que implicava uma disponibilidade total, onde estivesse o presidente lá estavam os seus assistentes especiais/conselheiros, era um “ful time job”. Um expert em matéria de “Speechwriter”, Borton Swaim, autor do livro “The Seepchwriter” resumiu a sua iniciação na profissão da seguinte forma: estando desempregado, mau grado a sua formação académica, com um doutoramento e anos de professor universitário, entretanto dispensado, estava certo dia lendo um artigo do Governador do Estado, Mark Sanford, em 2007, e resolveu escrever-lhe uma carta onde basicamente lhe dizia que não percebendo muito de programas estaduais, no entanto sabia escrever, e que ele, Governador, precisava de quem escrevesse para ele. Acabaria por vir a ser contratado como “Speechwriter” daquele governador. E esta é uma outra razão pela qual alguém precisa de ter um “Speechwriter”– a necessidade de verter em letras a mensagem que procura transmitir a um público alargado, junta-se-lhe o “savoir faire” para ser bem sucedida essa função. A conclusão é que dá sempre jeito ter um “Speechwriter” por perto, seja por um motivo, seja por outro. Que o diga, actualmente, Zelensnski, habituado a que lhe escrevam guiões, como aconteceu para a série que o celebrizou na televisão ucraniana, premonitoriamente chamada “o Presidente”. O sucesso foi tal, na Ucrânia, que o oligarca dono da televisão logo aproveitou para incentivar a criação de um partido político cuja figura de

proa seria o actor, candidatando-o nas eleições presidenciais (que com gosto custeou generosamente), e o resto o mundo já conhece. Todos os discursos de Zelenski são obviamente cenicamente preparados, e o seu principal “Speechwriter” parece ser a primeira dama da Ucrânia, pois já era a principal redactora dos guiões da televisão para Zelenski. O busílis, é que outros “Speechwriter” ele terá, o que permite perceber a razão por que as mensagens de Zelenski são tão díspares, por vezes opostas, fazendo-o parecer um político errante, ou indeciso, ou, pior, poderá ser sinónimo de uma luta de poder interna ou bicéfala. (excerto de texto adaptado a partir de uma obra ainda não editada do autor)

- Oliveira Dias Politólogo

58 PRAIAS ZERO POLUIÇÃO EM 29 CONCELHOS – MAIS CINCO QUE EM 2021 E HÁ UMA ÁGUA BALNEAR INTERIOR

A

lbufeira e Aljezur com cinco praias, Tavira com quatro e Alcobaça, Faro, Porto Santo, Sesimbra, Vila do Bispo e Vila do Porto (Santa Maria, Açores) com três, são os concelhos líderes Amanhã, 1 de junho, abrem 211 do total de 643 águas balneares. A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável aproveita esta ocasião para anunciar as 58 praias ZERO poluição em Portugal. A ZERO considera que este objetivo é verdadeiramente aquilo que à escala europeia se deseja no quadro do Pacto Ecológico Europeu, em particular no âmbito do Plano de Ação para a Poluição Zero.

Uma praia ZERO poluição é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares. Em 2022, as praias com ZERO poluição representam 9% do total das 643 zonas balneares em funcionamento, um aumento de 9 pontos percentuais, mais 5 praias, em relação às 53 classificadas no ano passado. Todas as praias classificadas o ano passado como praias ZERO poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água “excelente”. Porém, na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas praias ZERO poluição. Pela positiva merece destaque a entrada de cinco praias de Albufeira que não tinha nenhuma no ano passado, e a passagem de uma para cinco praias de Aljezur. Lourinhã e Vila Nova de Gaia deixaram tinham duas praias ZERO o ano passado e deixaram de estar representados. Em termos de balanço, saíram da lista do ano passado 12 praias e entraram 17 novas. Esta análise da Associação ZERO teve em conta os parâmetros da legislação em vigor. Os concelhos com maior número de praias ZERO poluição são Albufeira e Aljezur com cinco praias, Tavira com quatro e Alcobaça, Faro, Porto Santo (Madeira), Sesimbra, Vila do Bispo e Vila do Porto (Santa Maria, Açores) com três. De referir que há 46 praias ZERO no Continente em 21 concelhos, oito nos Açores em seis concelhos e quatro na Madeira em dois concelhos. De salientar que é extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica. À semelhança do que aconteceu nos anos de 2016 (ano em que a ZERO iniciou esta avaliação) a 2019, há uma zona balnear interior com a classificação de ZERO poluição – a Albufeira de Alfaiates no concelho do Sabugal. Todas as restantes praias são consideradas “costeiras”, exceto uma praia em zona estuarina classificada como de “transição”. Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas.


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