NoticiasLx 2Julho2022

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2 de Julho de 2022

Loures | Odivelas Festas de Loures 2022

Percurso ribeirinho, um passadiço pedonal e ciclável

Número 19 De boas intenções está o inferno cheio (Odivelas)


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Indice

O Jornalismo e os Vídeo-Blogs

NoticiasLx, 2 de Julho de 2022

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Ensino Superior – Inovação no Processo de Ensino/Aprendizagem 3 Festas de tradição popular em Odivelas

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Festas de Loures 2022 descentralizadas entre as cidades de Loures/Sacavém de 15 a 26 de julho 5 Cerimónia de lançamento da obra do percurso ribeirinho, um passadiço pedonal e ciclável 6 A mais elevada carga fiscal de sempre em Portugal

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DESPORTO E ATIVIDADE FISICA

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Ocupação de Tempos Livres Começou a 6.ª edição do programa Jovens na Autarquia 9 RASTREIO AO CANCRO DA MAMA 9 Loures inaugurou complexo de inovação agroalimentar único no país

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De boas intenções está o inferno cheio 11 QUE EUROPA PARA O SÉCULO XXI? 13 Loures Jazz’22 - 8,9, 10 Julho 14 O carro perfeito do meu avô

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Não há maus exércitos, há maus Generais 17

O Jornalismo e os Vídeo-Blogs

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omeço por uma nota prévia: Este texto não pretende fazer juízos de valor ou da qualidade do trabalho envolvido, mas sim, traçar uma fronteira clara, entre jornalismo e gravação de vídeos institucionais ou para um vídeo-blog. Numa primeira abordagem ao tema, diria que uma reportagem vídeo sobre um evento, institucional ou de um vídeo amador, que se limita à simples gravação de imagens numa posição passiva como outsider do evento, não tem o nuclear de uma peça jornalística – a intervenção do jornalista, comentando ou, preferencialmente, interagindo com o protagonista ou com um dos envolvidos no “evento”, ou seja, fazer uma peça jornalística é muito para além de uma simples recolha de imagens, considerando sempre as palavras chave – Quem, Quando, Onde e Como. (Coisa distinta é o fotojornalismo, considerando a máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras”, mas a capacidade de sintetizar numa foto uma situação e uma mensagem singulares está fora da temática deste texto). Na verdade, o “olhar” do jornalista, considerando aqui o repórter de imagem, deverá ir para além da recolha de imagem e procurar transmitir os momentos chave do evento, com as frases força do protagonista e as questões colocadas pelo jornalista e respetivas respostas, que mais tarde o editor irá trabalhar para recortar do trabalho em bruto, que chega à redação, a peça jornalística que “vai para o ar”. No caso das entrevista e debates, será talvez das peças jornalísticas que mais facilmente marcam a diferença e tornam claro, o que distingue um Órgão de Comunicação Social (OCS) de um vídeo-blog ou vídeo institucional. Mais uma vez, realço o papel ativo do jornalista no centro das decisões, nos formatos, nos temas e sobretudo na condução dos programas, embora nunca devamos esquecer que nas TV Nacionais os jornalistas têm um recetor no ouvido em que recebe

ordens constantes da produção e muito poucos têm total autonomia e mãos livres… Num evento o jornalista nunca pode manter-se numa situação passiva, a sua missão e o que o distingue, é a interação e a procura incessante de declarações e consequentemente de respostas que interessem à opinião pública mas, para isso, deverá ter a tarimba e o conhecimento ao mais alto nível que, só alguns anos a acompanhar o dia-a-dia das entidades e das figuras de destaque, locais ou nacionais, lhe podem proporcionar. Pensar global – agir local. Obviamente que, numa visão simples de promoção da imagem em que mesmo as mensagens para o exterior passam exclusivamente pela produção de notas de imprensa e produção de vídeos institucionais, sendo aparentemente de grande conforto para o dirigente são, na verdade, o maior erro político, porque não contêm a referência relativa com outros dirigentes, que só é possível passar publicamente com um Órgão de Comunicação Social. Consequentemente, uma imprensa regional forte é a pedra de toque da Democracia e não é substituível por simples produtoras de imagens. Nota Final: Os jornalistas não são pessoas sem convicções políticas nem estão vacinados contra a sensibilidade social, o que eles têm de ter, e não é fácil de se ver em Portugal, é a capacidade de tratar com a mesma isenção os temas e entrevistados, independentemente das suas convicções políticas. - António Tavares, diretor Editorial

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Ensino Superior – Inovação no Processo de Ensino/Aprendizagem

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ntre os especialistas nesta matéria existe um consenso generalizado de que serão duas as tendências com impacto de médio/longo prazo no funcionamento das instituições de ensino superior: o incremento das culturas de inovação bem como uma necessidade urgente de se repensar de forma holística o funcionamento estrutural dessas instituições. Para enquadrar a questão da inovação nas metodologias de suporte à transmissão de conhecimentos no ensino superior, nomeadamente quando se trata de conceitos teóricos, importa promover o debate de ideias que induza respostas às questões a seguir indicadas: Quais os desafios emergentes para as instituições de ensino superior, no médio prazo? Quais as tendências e desenvolvimentos tecnológicos que impulsionarão a mudança dos processos de ensino/aprendizagem? Quais serão os desafios que se consideram como solucionáveis e quais os que serão difíceis de superar? e como poderão ser implementadas soluções eficazes?

Em relação aos principais obstáculos para o ensino superior, a combinação de processos de ensino/aprendizagem formais e informais é considerada um dos desafios solucionáveis – este é um aspeto em que já vêm sendo implementadas alguma experiências piloto, em algumas instituições de ensino superior. O Cork Institute of Technology, na Irlanda, é uma das instituições de ensino superior há muito reconhecida pela utilização de metodologias de aprendizagem não formais e valorização de competências adquiridas antes do ingresso na instituição, através do reconhecimento de competências dos seus alunos adquiridas por outras vias e proporcionando a integração nas estruturas curriculares da sua experiência de vida. Também em algumas instituições de ensino superior estão a ser criados grupos de trabalho que procuram fomentar a criatividade, visando alavancar recursos informais associados aos processos de ensino/aprendizagem dos cursos que ministram; por exemplo, alunos de marketing da Indiana University usam o Instagram para explorar e compartilhar ideias de campanhas publicitárias, procurando que as mesmas sejam bem sucedidas. Por outro lado, têm sido apresentados diversos estudos que pretendem identificar qual o equilíbrio entre as vidas conectadas e desconectadas dos alunos, o que tem vindo a ser

classificado como um desafio de difícil concretização, pelo facto de não ser fácil de definir e muito menos de resolver. O elevado gradiente associado à evolução da tecnologia educacional induz dificuldades acrescidas em discernir adequadamente quando e como implementá-la para promover uma transformação real dos processos de ensino/aprendizagem nas instituições de ensino superior.

Considerando as tendências e os desafios que têm vindo a ser identificados em diversos relatórios, que sinalizam alguns desenvolvimentos tecnológicos que poderão apoiar e constituir fatores de inovação e mudança nas metodologias pedagógicas a adotar nas instituições de ensino superior, é possível identificar um desafio de curto prazo, em que as instituições deverão implementar processos de ensino/aprendizagem suportados no paradigma emergente Bring Your Own Device (BYOD), conjugado com a analítica da aprendizagem (metodologia que permite que os docentes possam tomar decisões tendo em consideração análises sistemáticas e elaboradas de dados relativos ao trabalho desenvolvido pelos alunos e dos contextos educacionais nos quais a aprendizagem se desenvolveu) e metodologias de aprendizagem adaptativa, aproveitando mecanismos de aprendizagem suportados em dispositivos de comunicação móveis, facilitadores da criação de ambientes de aprendizagem online e disponíveis em qualquer instante e lugar. Por outro lado, é urgente que as instituições de ensino superior formalizem grupos de trabalho internos que incentivem a preparação de uma alteração dos processos de ensino/aprendizagem, a implementar num horizonte temporal relativamente curto, com base em ferramentas intrínsecas aos conceitos de realidade aumentada e virtual. Esta transformação dos processos de ensino/aprendizagem nas instituições de ensino superior culminará com a introdução de recursos suportados por tecnologias endógenas aos domínios do conhecimento da computação afetiva e da robótica, perspetivando-se a sua concretização num horizonte temporal de meia dúzia de anos. Por outro lado, um pouco por todo o mundo, são vários os exemplos de instituições de ensino superior em que os espaços de lecionação estão a sofrer alterações de modo a acomodarem novas metodologias pedagógicas e novos modelos de suporte aos processos de ensino/aprendizagem, baseados em processos ativos de aprendizagem. As configurações tradicionais de sala de

aula que posicionam filas de assentos em frente a um pódio estão a ser alteradas visando facilitar a implementação de novas experiências de aprendizagem e de interação na sala de aula. Na Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, foi criado um espaço de configuração das salas de aula, todas a confinar com um átrio central, visando potenciar trabalho colaborativo entre professores e alunos de várias disciplinas. O edifício foi também projetado para atrair muita luz natural induzindo maior bem-estar emocional de professores e alunos. João Calado (Professor Coordenador c/ Agregação do ISEL) (ex-Vereador do PSD)


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Festas de tradição popular em Odivelas

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trada de Odivelas, precedidos de tambor e gaita de foles. Os ranchos de devotos vinham pelas três estradas que confluíam no Senhor Roubado : de Lisboa, Odivelas e Pombais.

Não quero terminar sem referir os célebres Outeiros organizados pelas freiras. A entrada era livre, mas não me parece que fosse uma festa popular.

Conta-nos Francisco José de Almeida, no livro Apontamentos da Vida de um Homem Obscuro, que o monumento era acrescentado com cortinas e panos de arrás, sob os quais se dispunham as bancas dos festeiros para a recolha das esmolas, as bancas para a colocação das fogaças, seguida da banca onde se fariam os leilões, mais adiante a banca das medalhas, estampas e outras recordações que os festeiros gostam sempre de levar.

Pelas treze horas começava o leilão das fogaças. Cada tabuleiro de fogaças vinha à cabeça de uma rapariga e começavam as ofertas, sempre comentados com gracejos e brejeirices dos leiloeiros. Só depois, aí pelas 15h e 30 é que se estendia o farnel para almoçar, geralmente sobre os carros de tracção animal, que os tinham transportado até ali. Na ementa era obrigatório o peixe frito e o bacalhau albardado, bem regado com o roxo de Torres Vedras. A reinação era grande até às 18 horas, quando se iniciava a debandada.

AS MARCHAS de Odivelas – 2000 – tema : Os Bairros de Odivelas – 2001 - “ O Rei D. Dinis – 2002 - “ Os Saloios – 2005 - “ A marmelada e os Outeiros – 2006 - “ Majoretes As Marchas não são uma criação espontânea popular.

Realizava-se no Senhor Roubado mas era a O dia 9 de Outubro, aniversário do Rei D. Difesta do S. João. nis, era também muito celebrado em Odivelas, Começava de véspera “ com fogueiras e fo- com destaque para o bodo aos feirantes. guetes em roda do adro”. Com a decadência da feira e a diminuição É tradição, na maior parte das aldeias do país, dos feirantes, o bodo continuou a fazer-se, mas em noite de S. João, ascender fogueiras de ros- para os pobres. maninho, belaluz e outras plantas aromáticas da Havia outras festas, mas apenas de cariz reregião, para as pessoas saltarem por cima delas, ligioso: na convicção de que isso as vai imunizar de cerA 10 ou 11 de Maio a festa do Santíssimo tos males. Os participantes procuram um pon- Sacramento; to estratégico e aguardam o melhor momento Em Janeiro, a festa do Santíssimo Nome de para executarem o salto com segurança. Se têm Jesus, mas sem um dia fixo; sucesso no primeiro salto, repetem enquanto No Verão a festa do Mártir S. Sebastião, que lhes agrada e a animação é grande em volta da só terminou em 1940. fogueira até todos terem participado. Como o E, de 26 em 26 anos, a maior de todas..... O rosmaninho era colhido no próprio dia, estava Círio dos Saloios verde, ardia mal e fazia muito fumo. Daí a razão de o povo dizer que se “defumava” na noite de As marchas ainda não ganharam direito a seS. João. Na mente popular correspondia a uma rem classificadas como tradição, aqui em Odibenção, com o mesmo mérito ou, sabe-se lá, até velas. maior que uma benção sacerdotal. E assim se vivia a noite de S. João. Não estão ligadas ao Santo António como em Lisboa, mas sim ao S. João. No dia seguinte, 24 de Junho, manhã cedo, antes de nascer o Sol estendiam-se as roupas de Não me parece forte aqui o culto ao Santo casa e de vestir, para apanharem o orvalho do S. António. Até agora encontrei memória apenas João e deviam recolher-se antes de nascer o Sol. de um lugar de culto ao nosso Santo – a quinta Com o corpo e as roupas imunizadas, estava o de Santo António da Urmeira. povo pronto para enfrentar a vida durante um ano. Até ao próximo S. João. Das festas das freiras não falo porque, senEm Odivelas, no Senhor Roubado, dia 24 de do no mosteiro, o povo não participava, mas alJunho pelas 10 horas começavam a “afluir os gumas delas tinham origem popular, como por ranchos de devotos vindos de três léguas em exemplo a benção dos coentros em dia de S. redondo”. Brás. Divertimentos que foram tradições, mas não Pelas 11 horas chegavam os mordomos e de- poderemos considerar festas, poderemos fazer mais encarregados dos festejos, vindos pela es- referência às cegadas.

As associações culturais dos bairros de Lisboa aceitaram a proposta .

s festas de tradição popular em Odivelas das quais tenho encontrado referências escritas e cuja realização está interrompida, foram as que se fizeram no Senhor Roubado pelo S. João. Esta festa tinha um cunho marcadamente popular.

Foram pensadas e organizadas por intelectuais sob a liderança de Leitão de Barros, em 1932.

Em Lisboa realizam – se pelo Santo António porque é o Santo mais popular da cidade. Há, contudo, uma relação entre as marchas e as festas populares: As festas dos Santos populares eram, inicialmente, apenas os arraiais que ainda hoje se realizam e de que temos notícia desde o século XIX. Desses arraiais saíam, por vezes, grupos organizados - “ as Ranchadas “ - que iam a outros bairros executar as suas danças, voltando seguidamente aos seus bairros. O tema das marchas está sempre relacionado com a vida da população daquele bairro. Factores determinantes na concepção das marchas : os Santos populares e a vida, história e cultura local. - Doutora Máxima Vaz Historiadora

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Festas de Loures 2022 descentralizadas entre as cidades de Loures/Sacavém de 15 a 26 de julho

Festas de Loures estão de volta, com aposta na sustentabilidade e na descentralização 01.07.2022

Rui Veloso, Anselmo Ralph, José Cid, David Fonseca e D.A.M.A são alguns dos nomes que vão atuar nas Festas de Loures 2022, numa edição marcada pela aposta na sustentabilidade ambiental e na descentralização. As cidades de Loures e de Sacavém serão os principais palcos desta iniciativa, na qual haverá música, artesanato, gastronomia e muita animação de rua, mas as restantes freguesias não ficarão de fora: um espetáculo de vídeo mapping irá percorrer as ruas do concelho, para que todos possam usufruir das festas. A programação foi apresentada esta manhã pela vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, que sublinhou aquela que é uma das grandes apostas desta edição: “um compromisso reforçado e renovado na área da sustentabilidade”. Nesse sentido, explicou Sónia Paixão, a organização do evento compromete-se a contribuir para a concretização de dez dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Algo que, revelou a autarca, se traduzirá na atribuição de um selo de Ecoevento pela Valorsul. A vice-presidente destacou ainda uma outra preocupação das Festas de Loures: a da inclusão. “Queremos que as Festas sejam para todas e para todos”, frisou Sónia Paixão, adiantando que haverá áreas reservadas, junto aos palcos, para pessoas com mobilidade reduzida, bem como áreas destinadas ao estacionamento dos seus automóveis. Já o presidente da Autarquia saudou o regresso desta iniciativa, considerando que “a atividade cultural foi a que mais sofreu” com a pandemia de Covid-19, deixando uma palavra de agradecimento aos agentes culturais pela “capacidade de resistência e de resiliência” que demonstraram durante esse período. “As pessoas estão ávidas, com necessidade de ir para a rua, de ir conviver, festejar”, con-

statou Ricardo Leão, manifestando a vontade de que as Festas de Loures constituam “um espaço de convívio, confraternização e elevação do nosso concelho”. O presidente da Câmara de Loures, que durante esta apresentação assinou uma Carta de Compromisso, sublinhou também que “estas festas têm uma mensagem de sustentabilidade ambiental” e não esqueceu a questão da descentralização: “Todo o concelho tem de usufruir das suas festas”, defendeu Ricardo Leão. A apresentação das Festas de Loures 2022 decorreu no Jardim Major Rosa Bastos, em Loures, e contou com a presença de alguns dos nomes que vão atuar entre os dias 15 e 17 de julho, em Sacavém, e 22 e 26 de julho, em Loures. Foram eles Miguel Cristovinho e Miguel Coimbra, dos D.A.M.A, a DJ Carolina Torres, o DJ Rich (da dupla Rich & Mendes) e Marco António, dos The Lucky Duckies. Este último subiu ao palco e brindou o público presente com uma atuação, interpretando o clássico dos anos 50, de Renato Carosone, Tu Vuò Fà L’Americano.


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Cerimónia de lançamento da obra do percurso ribeirinho, um passadiço pedonal e ciclável Decorreu, no dia 2 de julho, a cerimónia de lançamento da obra do percurso ribeirinho, com a presença do presidente da Câmara, Ricardo Leão.

Trata-se de um passadiço pedonal e ciclável, junto à foz do rio Trancão, em Sacavém, ao longo de seis quilómetros, que “permitirá a requalificação da zona, devolvendo este espaço único do nosso território, sem barreiras físicas, à população”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão. No futuro, assumiu o autarca, será “construído um parque verde com acesso a este percurso”. A Frente Ribeirinha de Loures situa-se num lugar privilegiado no Estuário do Tejo. Esta frente estende-se desde o limite norte do concelho de Lisboa, no Parque das Nações, iniciando-se na margem esquerda do Rio Trancão e desenvolvendo-se ao longo do rio, num comprimento de cerca de seis quilómetros, até à ligação com o percurso de Vila Franca de Xira.

A obra, que agora arranca agora, consiste na construção de um passadiço pedonal e ciclável, assegurando a continuidade do sistema de mobilidade urbana sustentável ao longo do rio Tejo, entre os municípios de Vila Franca de Xira Loures e Lisboa.

O percurso irá desenvolver-se sobre estacaria de madeira, permitindo a fruição da paisagem do rio Tejo, ao mesmo tempo que promove e divulga os valores de fauna e flora ali presentes. Ao longo do percurso existirão sete pontos de paragem e descanso, ensombrados com ripado de madeira e equipados com bancos. Em toda a extensão do traçado haverá igualmente sinalética informativa. Esta é uma obra determinante para aproximar as pessoas do rio, proporcionando finalmente a milhares cidadãos (em particular, aos habitantes das zonas de Sacavém, Bobadela, São João da Talha e Santa Iria de Azóia) uma ligação com a frente ribeirinha do concelho de Loures há muito desejada.

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A mais elevada carga fiscal de sempre em Portugal

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s serviços públicos têm necessariamente de ser pagos pelos cidadãos através dos impostos, diretos e indiretos, e também pelas contribuições obrigatórias, nomeadamente as da segurança social, ao que acrescem as taxas e taxinhas de que os governos do PS tanto gostam. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021, a carga fiscal, considerando os impostos diretos e indiretos, e também as contribuições obrigatórias, foi a mais elevada de sempre em Portugal, representando 35,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Ainda de acordo com dados do INE, em 2015, ano em que António Costa, depois de perder as eleições legislativas, se tornou primeiro-ministro de Portugal, a carga fiscal era de 34,4%. Contrariamente ao que a máquina de propaganda do PS afirma os portugueses estão a pagar globalmente mais impostos do que pagavam em 2015 quando António Costa chegou ao poder empurrado e suportado pelos seus parceiros da geringonça, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda. Ainda de acordo com o INE os contributos mais relevantes para a mais elevada carga fiscal de sempre que se verificou em 2021, foram dados pelo IVA, pelo IRS e pelas contribuições para a Segurança Social. Portugal é dos países da União Europeia onde o IVA tem maior peso na receita fiscal (23,9%), ocupando o oitavo lugar do respetivo ranking.

Não se vislumbra que, no consulado de António Costa que já vai em 6 longos anos, a carga fiscal possa diminuir, sendo todos os indícios no sentido do aumento contínuo das receitas para o erário público à custa da constante diminuição do poder de compra dos portugueses. De acordo com o conceito económico de esforço fiscal que é a carga fiscal de cada país ponderada pelo seu nível de vida e capacidade de assumir encargos fiscais, Portugal, no contexto da União Europeia, está num desonroso segundo lugar (a Grécia está em primeiro), ou seja, os níveis de impostos pagos pelos portugueses são de facto um dos mais importantes fatores de impedimento do desenvolvimento económico e social das famílias. A Grécia e Portugal estão no topo da ava-

liação do esforço fiscal porque continuam a ser economias pobres no contexto europeu, embora, por cá, a máquina de propaganda do PS se esforce em contrariar e esconder essa evidência dos portugueses, mas a realidade supera a ficção socialista.

Enquanto os governos do PS, acolitados ou não pelos outros partidos da geringonça, continuam a esbanjar o dinheiro dos impostos dos portugueses e dos cidadãos dos países que continuam a financiar Portugal através dos fundos europeus, a taxa de pobreza e exclusão social no nosso país já atinge 22,4% da nossa população, ou seja, cerca de 2,3 milhões de pessoas. O aumento, com alto patrocínio dos governos do PS, da carga fiscal que os portugueses estoicamente suportam, deveria ter simultaneamente originado uma significativa melhoria da prestação dos serviços públicos oferecidos à população, mas o que se verifica, infelizmente, é uma contínua e perigosa tendência de degradação desses mesmos serviços. A par da contínua degradação dos serviços públicos, o atual governo do PS, agora na soberba da sua maioria absoluta e da dispensa dos idiotas úteis dos seus antigos parceiros da geringonça, continua a esbanjar impunemente o dinheiro dos impostos que os portugueses pagam. A delapidação dos impostos que António Costa e o seu governo patrocinam só não é mais grave porque o Tribunal de Contas, por vezes, consegue pôr travão à frequente insensatez e incompetência ministerial no que se refere à gestão de dinheiros públicos. Um dos mais recentes exemplos do necessário travão do Tribunal de Contas diz respeito ao chumbo de um contrato de 4,2 milhões de euros que o Estado celebrou com a “idD Portugal Defense” para esta empresa gerir o processo de construção e aquisição de 6 navios de patrulha oceânica para a Marinha Portuguesa. O Tribunal de Contas alertou e bem que se vão gastar 4,2 milhões de euros com recurso a uma empresa quando a Direção Geral de Recursos do Ministério da Defesa, tendo “know-how” suficiente para o efeito, poderia gerir perfeitamente o processo de construção e aquisição dos 6 navios de patrulha oceânica para a Marinha Portuguesa. Mas o mais surpreendente é que o governo

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anunciou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas, o que é lamentável e demonstra bem a insensatez e a falta de rigor com que os dinheiros públicos são geridos pelo atual governo. É gastar vilanagem. Esbanja-se o dinheiro público com recurso a empresas, sejam elas públicas ou privadas, a grandes e sempre os mesmos escritórios de advogados, a consultores de pretenso prestígio e saber, ignorando-se as competências e o “know-how” dos técnicos superiores e doutorados existentes na função pública que continuam mal pagos e a serem desconsiderados pelos governos do PS. O contínuo aumento da carga fiscal que os portugueses suportam não tem sido acompanhado do necessário aumento das remunerações de algumas carreiras especificas da função pública, que à exceção dos juízes, têm remunerações abaixo do que se pratica no setor privado, ou então não estão adaptadas ao risco que assumem como é o caso, por exemplo, das forças de segurança que continuam mal pagas e mal equipadas. Face à mais elevada carga fiscal de sempre suportada pelos portugueses, já é altura do governo, ao invés de privilegiar o recurso sistemático ao “outsourcing”, muitas vezes de amigos encostados à nomenclatura socialista, dar mais e melhores condições salariais e de carreira profissional aos seus prestadores de serviços, nomeadamente, aos médicos, aos enfermeiros, aos professores, às forças de segurança, aos militares e à generalidade dos técnicos superiores. - Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO


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DESPORTO E ATIVIDADE FISICA

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Ocupação de Tempos Livres Começou a 6.ª edição do programa Jovens na Autarquia

RASTREIO AO CANCRO DA MAMA

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GIMNOLOURES 2022

24.06.2022 Realizou-se no Pavilhão Paz e Amizade, a Gala de Encerramento do Gimnoloures. Um evento organizado pela Câmara Municipal de Loures e pela Associação de Ginástica de Lisboa ( AGLisboa). Esta iniciativa visa envolver as coletividades e clubes de Ginástica que pertencem ao município de Loures, num momento mágico e de grande qualidade artística. Nesta gala de encerramento estiveram presente alguns desses clubes, pertencentes à zona Norte e à zona oriental de Loures, e ainda contou com a presença de 4 Convidados (Clube Oriental de Lisboa - Página Oficial, Sport Lisboa e Benfica, Ginásio Clube Português, Sporting Clube de Portugal).

Grande Prémio do Prior Velho 26.06.2022

Realizou-se no passado dia 26 de Junho, o 2º Grande Prémio do Prior Velho, integrado no 37º Troféu das Coletividades do Concelho de Loures. A Câmara Municipal de Loures, promove no dia 17 de Julho de 2022, com início às 09h30, uma prova de atletismo em estrada, destinada a atletas federados ou não, nos escalões de Juniores a Veteranos +65 femininos e masculinos. Prova gratuita para os atletas inscritos no 37º Troféu “Corrida das Coletividades do Concelho de Loures”, que tenham participado em, pelo menos, três provas, devendo confirmar a sua participação até à data de 27 de Junho de 2022, através do formulário disponível em https://bit.ly/CorridaFestasLoures2022 Os restantes interessados poderão efetuar a sua inscrição através do site da Xistarca (https://xistarca.pt/eventos/4a-corrida-festas-de-loures), pelo valor de 5,00€. A prova terá a duração máxima de 1h45. Após este período de tempo será restabelecida a circulação automóvel em todo o percurso, devendo os atletas em prova utilizar o passeio e terminar a prova em autonomia.

A redação do NoticiasLX gostaria de apresentar no seu semanário, informação relativamente a eventos desportivos que se vão realizar e não informação de eventos que se realizaram. Aliás era suposto haver todo o interesse em informar com alguma antecedência os OCS Locais, até para promover junto da população os eventos desportivos. Aguardemos que, no futuro, a política de informação seja mais pro-activa e deixemos de escrever “ACONTECEU” para passarmos a escrever “VAI ACONTECER”.

01.07.2022 O programa OTL – Jovens na Autarquia teve início, no dia 1 de julho, para 28 candidatos integrados em vinte e três serviços municipais. Os jovens foram recebidos pela vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, que enalteceu o “contacto de proximidade entre a Autarquia e os jovens residentes no concelho. É uma experiência maravilhosa que demonstrará uma perceção diferente das nossas áreas de atividade e que vos permitirá, no futuro, uma perspetiva de empregabilidade na Administração Local”. “Estou certa da vossa motivação enquanto agentes que deixam o seu contributo de forma ativa e participativa”, concluiu. A sexta edição do projeto remunerado durante as férias letivas de verão, destinada a jovens na faixa etária compreendida entre os 16 e os 30 anos de idade, decorrerá, na primeira fase, até ao próximo dia 29, e no mês de agosto acolherá novos participantes.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai realizar, O exame é simples e gratuito e pode ser realiza de 22 de junho a 9 de novembro, um rastreio do do de segunda a sexta-feira, das 9h20 às 13h00 cancro da mama junto à Câmara Municipal de e das 14h00 às 17h40. Loures. A iniciativa dirige-se a mulheres entre os 50 e 69 anos que não tenham sintomas ou alterações na mama, não possuam próteses mamárias, não tenham realizado mastectomia, nunca tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e não tenham feito uma mamografia nos últimos seis meses. O rastreio vai realizar-se através da unidade móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Ao comparecer, poderá contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico.


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MUNICIPIO DE LOURES

Loures inaugurou complexo de inovação agroalimentar único no país

30.06.2022

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FoodLab, um complexo de incubação agroalimentar único no país criado pela Câmara Municipal de Loures com a comparticipação financeira do POR Lisboa 2020 e do MARL, foi ontem inaugurado no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), em São Julião do Tojal. Este complexo, que integra o Loures Innovation Hub, o pilar ligado à inovação do Loures Business Hub, pretende afirmar-se como uma plataforma de lançamento para novos negócios no setor agroalimentar, a nível nacional. O FoodLab, que implicou um investimento de mais de 400 mil euros, dispõe de uma área de produção industrial completamente equipada, com duas linhas de produção alimentar: convencional e sem glúten. Esta unidade está também habilitada para certificar e garantir a qualidade alimentar do que aqui for produzido. Além disso, oferece às startups um KitchenLab, que pode ser utilizado como showcooking, zona de provas ou de testes de conceito, e uma loja – o FoodMarket – que pretende ser uma montra para os produtos produzidos na incubadora. Na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Loures realçou as virtudes deste investimento, considerando que ele “vai possibilitar que ideias passem a marcas e vai possibilitar que ideias passem a empresas na área agroalimentar”. Neste âmbito, foram apresentados testemunhos de responsáveis de três empresas que cresceram na incubadora muni-

FNAS apresentou metas específicas para o ciclo 20222024 30.06.2022

cipal. “Quem, de facto, produz a riqueza são as empresas”, notou Ricardo Leão, sustentando que “cabe às entidades públicas agilizar, facilitar e apoiar esse empreendedorismo”. O autarca reforçou a ideia de que, dentro da Área Metropolitana de Lisboa, “Loures é o concelho com maior potencial de crescimento”, revelando que “inúmeras empresas” têm transmitido à Autarquia a sua vontade de aqui investir.

Para Ricardo Leão, um investimento fundamental para o futuro é a criação de “um verdadeiro parque industrial”. “É um desígnio que não vou abandonar”, garantiu, acrescentando que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT) será “a parceira privilegiada para chegarmos a esse momento”. Presente na inauguração esteve também a presidente da CCDR LVT, Maria Teresa Almeida, que considerou que o FoodLab “é um projeto que vale a pena”, dando conta da sua satisfação por ter sido possível apoiá-lo com verbas do POR Lisboa 2020, um programa que “tem na inovação uma grande ambição”. Já o presidente do conselho de administração do MARL lembrou que esta entidade se associou ao projeto do Loures Innovation Hub (nascido há cinco anos com a designação de Loures Inova) “desde o primeiro dia”. Para Jorge Reis, o agora inaugurado FoodLab é um investimento “da maior importância”, representando “um upgrade às atividades de inovação” já desenvolvidas.

NoticiasLx, 2 de Julho de 2022

De boas intenções está o inferno cheio

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omo é sabido, no atual mandato autárquico o Partido Socialista (PS) tem a maioria na Assembleia Municipal e por isso o poder de vetar aquilo que entender, havendo, naturalmente, propostas aprovadas ou chumbadas em função desta vontade soberana. Com certeza que haverá propostas mais meritórias que outras e algumas chumbadas por traduzirem opções políticas divergentes dessa maioria, o que naturalmente se concede, mas o que aqui se assinala são as aprovações ou reprovações relacionadas com as incessantes intenções manifestadas pelo PS e que normalmente não passam disso mesmo, de meras intenções, e acabam por ser “fogo de vista”.

O Fórum Nacional de Álcool e Saúde (FNAS) apresentou, no dia 30, no Palácio Marqueses da Praia e Monforte, em Loures, as metas para o novo ciclo. Empoderar, Cuidar e Proteger são os três pilares do plano definido até 2024, constituídos pelos objetivos fundamentais de diminuir o início do consumo de bebidas alcoólicas, na faixa etária dos 13 anos ou menos; reduzir as prevalências de consumo recente, em particular na população até aos 18 anos; diminuir o número de internamentos e a taxa de mortalidade padronizada por doenças atribuíveis ao álcool; reduzir o número de crianças e jovens em situação de perigo, assim como a criminalidade associada a comportamentos de consumo de bebidas alcoólicas. Em Portugal, “o álcool é a substância psicoativa mais consumida” registando-se a “dependência alcoólica de um em cada cem portugueses. É também consequência de 27% das lesões provocadas por acidentes viários, 18% em casos de violência entre pessoas, e de 18% dos suicídios”, enunciou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales. O responsável governamental identificou o uso nocivo do álcool como “um problema global e um dos principais fatores de risco na saúde, com impacto direto nos objetivos de desenvolvimento sustentável”, adiantando que, “se queremos um Serviço Nacional de Saúde mais forte, devemos apostar, também, na literacia e na informação, sobretudo junto dos mais jovens, para uma mudança de comportamentos estruturais”.

Começando pela mais recente proposta da Iniciativa Liberal (IL), o PS votou contra a instalação de um Parque Infantil e a reativação do café com esplanada do Centro de Exposições de Odivelas, no Jardim da Música, alegando que está “já em curso um projeto de remodelação desse jardim, que prevê um parque infantil e outros equipamentos, pelo que a recomendação está prejudicada” e, “quanto à esplanada, será objeto de concessão, estando já em curso os trâmites legais”. A intenção manifestada nesta votação é apenas do conhecimento exclusivo do PS Para os restantes partidos, só com o poder da adivinhação é que conseguiriam vislumbrar tal propósito porque pela consulta aos documentos oficiais, nomeadamente o Orçamento Municipal, o Plano Plurianual de Investimentos ou as Grandes Opções do Plano, não se verifica qualquer manifestação do Executivo para instalação de um Parque Infantil ou para a reabertura do café/esplanada no Jardim da Música. Valeu o esforço da proposta, pois sempre serviu para o PS fazer o anúncio de algo que até aí era desconhecido de todos, exceto dos privilegiados da bancada desse partido. Outra das propostas recusadas foi o lançamento de um site da Assembleia Municipal com a divulgação da sua atividade regular e toda a documentação relacionada. Desta feita, a recusa do PS foi motivada por “as medidas nele preconizadas estarem já em vias de implementação” e que essa circunstância

era do conhecimento da IL, por isso seria “inútil”. É um facto que o deputado da IL e outros têm suscitado de forma recorrente este tema nas várias reuniões ocorridas entre os líderes das respetivas bancadas do atual mandato autárquico. Mas quase dois anos não foram suficientes para colocar um site da Assembleia Municipal em funcionamento, circunstância que claramente constitui uma limitação à participação cívica nos processos de decisão locais, que impede o acesso à documentação submetida a deliberação ou à agenda das sessões, mas a “desculpa” é que esta proposta deve ser tratada na tal reunião de líderes de bancada e, como tal, revela-se “inútil”. Vale a intenção, mas é melhor esperar que a maioria socialista assim decida para os odivelenses terem um site onde acompanhar os trabalhos da Assembleia Municipal! Mas o PS não sabe só chumbar medidas propostas por outros partidos. No passado dia 24 de fevereiro, foi aprovada por unanimidade a abertura e ordenamento do Parque do Pinhal do Paiã, parque este que esteve fechado durante toda a pandemia e assim permaneceu até esta aprovação. Ficámos a saber pelas declarações proferidas pelo PS, ao justificar o seu sentido de voto, que o Parque do Pinhal da Paiã seria reaberto no dia 8 de março seguinte. Estamos perante um anúncio que mais uma vez era do conhecimento exclusivo da bancada socialista e apesar de estar iminente a sua concretização, nesta ocasião não se considerou a inutilidade da apresentação da medida. Mas se por um lado se confirmou a reabertura deste Parque, por outro lado ficou por concretizar qualquer espécie de ordenamento. Quem hoje passa pelo Pinhal da Paiã, continua a observar um parque vetado ao abandono, que permanece sem limpeza dos trilhos e sem qualquer espécie de manutenção ou de outros arranjos mínimos. A intenção até se revelava boa, mas com certeza que houve alguma coisa para que desde o

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início de março ainda não tenha sido concretizada na sua plenitude! Podiam ser referidos diversos exemplos com propostas de outros partidos ou até de anúncios feitos pelo próprio Executivo Municipal que acabaram em meras intenções. Sustentar o veto político com a justificação de que tal medida já foi pensada ou está para ser implementada é revelador de mais uma estratégia para adiar, deixar para depois ou por concretizar propostas que têm mérito e representam uma melhoria na qualidade de vida dos odivelenses. Esta ação política por parte do PS em Odivelas revela bem a hipocrisia que representa o diálogo afirmado pelo Executivo Municipal de Hugo Martins e bancada socialista que o suporta, que não é diferente do discurso do Governo socialista liderado por António Costa e que, em relação aos outros partidos e respetiva ação, não traduz mais do que um processo de meras intenções! Post scriptum: Não posso deixar de assinalar a vergonha que é ver aquele que se prevê como um dos maiores investimentos de sempre feitos em Portugal – o novo aeroporto, ser tratado de forma tão incompetente como a demonstrada pelo Ministro Pedro Nuno Santos e pelo Primeiro Ministro António Costa. Abordar assim um projeto estruturante, complexo e que deveria envolver inúmeras entidades e a própria sociedade civil é bem revelador da incapacidade deste Governo socialista para levar a cabo as reformas que são precisas. - David Pinheiro Iniciativa Liberal de Odivelas


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Encerramento temporário do piso 0 do Museu Cerâmica de Sacavém - Encerrado - Reabre a 7 de Julho

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lidade técnica e artística, bem como a relevância da obra a concurso no panorama musical. Os interessados deverão entregar a composição a concurso, até 31 de agosto, em mão ou enviar pelo correio, por carta registada com aviso de receção. Normas de participação

ATÉ 31 AGOSTO Prémio Internacional de Composição para clarinete e banda

António Lobo Antunes – 40 anos de Vida Literária – Exposição

Há quarenta e três anos, em 1979, António Lobo Antunes publicava os seus dois primeiros romances: “Memória de Elefante” e “Os Cus de Judas”, ambos protagonizados por um médico e contados na primeira pessoa.

Está a decorrer, até 31 de agosto, o prazo para entrega de composições a concurso ao Prémio Internacional de Composição para clarinete solo e banda, promovido pela Câmara Municipal de Loures, sob a égide de Loures Capital do Clarinete. Podem participar todos os compositores, nacionais ou estrangeiros, devendo as obras a concurso ser absolutamente inéditas e da exclusiva autoria dos concorrentes. São excluídas todas aquelas que tenham sido tornadas públicas, ou que tenham sido premiadas em qualquer outro concurso, até à conclusão da presente edição deste prémio. Serão atribuídos prémios às três melhores composições, no valor de 1500, 1000 e 500 euros. Para isso, serão tidos em conta critérios de qua-

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Trata-se de um conjunto de atividades que visam incentivar a criatividade das crianças e jovens através da educação pela arte, dando a conhecer os equipamentos culturais do concelho e proporcionando-lhes tempo de qualidade fora do calendário escolar. Todas as atividades, apesar de gratuitas, estão sujeitas a marcação prévia até ao dia da sua realização, pelos telefones e endereços de correio eletrónico do local onde irão decorrer. Saiba mais em: https://www.cm-loures.pt/ spx?DisplayId=13443

QUE EUROPA PARA O SÉCULO XXI?

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uando falamos em EUROPA, de que estamos a falar ? Europa Geográfica ? Europa Geológica ou Europa Politica?

De 5 de julho a 15 de outubro visite a exposição António Lobo Antunes – 40 anos de Vida Literária, que estará patente na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, de terça-feira a sábado, das 10 às 18 horas.

Câmara Municipal de Loures vai promover, entre 5 e 21 de julho, Férias em Cultura. Um conjunto de ateliês gratuitos para crianças e jovens que vão decorrer nas bibliotecas, galerias e museus municipais.

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Numa colaboração com as publicações Dom Quixote/Leya, a Biblioteca Municipal Ary dos Santos assinala esta data para recordar duas das obras mais memoráveis do autor, com uma instalação alusiva a estas publicações. Esta instalação esteve patente ao público na Fundação Calouste Gulbenkian aquando da Conferência “António Lobo Antunes: 40 Anos de Vida Literária”, na qual o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente e distinguiu o autor com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

O termo Europeu ou – Europeenses – “designando os povos do nosso continente como um todo cultural, religioso, unido contra o mundo muçulmano (Resende, Silva “Raízes, Mil anos de Portugalidade”, 2002, pag.49)”, surgiu pela primeira vez, na Península Ibérica, palco da resistência, ás invasões muçulmanas, tendo sido já na Gália, onde os francos, um povo germânico, desbaratou as tropas de Abd-er-Raman, o líder muçulmano. Depois foi a reconquista cristã, onde o papel do povo luso foi decisivo, abrindo caminho á consolidação do ideal europeu, travando e expulsando os muçulmanos da Península Ibérica, com sangue suor e lágrimas, sob a liderança de D. Afonso I, e epílogo de D. Sebastião, que com o seu sacrificio em Al Kacer-Quibir, os portugueses colocaram um ponto final ás pretensões muçulmanas de conquistarem a Europa. Somos pois credores liquidos da Europa. Daqui se retira, então, que a ideossincrezia da “Europa”, se escora no factor religioso, concretamente o ideal cristão. Mas vejamos, primeiro o que é a Europa Geográfica. Esta conta com cerca de 50 países, e de entre eles dois têm território, para além do europeu, também asiático (Russia e Turquia). Aqui se falam cerca de 60 línguas nacionais, por cerca de 750 milhões de pessoas. A delimitação, entre a Europa e a Àsia, foi formalmente estabelecida em 1750, século XVIII, nos montes urais, Rússia, consequentemente, a Capital da Rússia, Moscovo, e cerca de 1/3 do país, ficam na parte europeia. Mas se considerarmos a Europa Geológica, surpreendentemente se percebe que a Europa não é um continente, mas apenas uma península do continente asiático. Já, a mais falada, é a Europa Politica, e aqui existem várias Europas, sendo a mais significativa , a União Europeia. A União Europeia, hoje, é uma entidade de direito internacional, que agrega 27 países, 24 línguas nacionais, falada por cerca de 440 milhões de pessoas, e com uma moeda única, á qual 6 paises não aderiram. O embrião des-

ta “babel” foi o tratado económico do benelux (Bélgica, Holanda e Luxemborgo), gizado em 1944, antes mesmo do fim da segunda guerra mundial, cujos resultados foram tão promissores, que impulsionaram o tratado de Paris, em 1951, instituindo a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), na esteira, aliás, da declaração do ministro dos negócios estrangeiros de França, Robert Schuman, em 1950, preconizando uma federação europeia, considerado o pontapé de saída da constituição da CEE (Comunidade Económica Europeia), o que viria a tornar-se realidade, com a agregação ao BENELUX da Alemanha Ocidental França e Itália, formando então a CEE, escorada no Tratado de Roma de 1957, e simultaneamente, a formalização do Euratom, Comunidade Europeia para a Energia Atómica. A CEE era vista, então como um clube de países de elite. Os sucessivos alragamentos, espelham o êxito da CEE (dos 6 iniciais, juntaram-se-lhe: em 1973 a Grá-Bretanha, Dinamarca e Irlanda, passando a 9, depois em 1981 a Grécia, em 1986 Portugal e Espanha, em 1995 Áustria, Finlândia e Suécia, em 2004 a Eslovénia, Eslováquia, República Checa, Chipre, Estónia, Letónia, Malta, Polónia, Lituânia, Hungria, em 2007, ano em que foi assinado o Tratado de Lisboa instituindo a União Europeia, entraram a Bulgária e Roménia, 2014 a Croácia. Como não há bem que sempre dure, em 2020 a Inglaterra abandonou a UE. Mas se há quem abandone, também há quem queira entrar, e são eles: Albânia, Macedónia, Islândia, Montenegro, Sérvia, estes já com o estatuto de candidatos á alguns anos, e como potenciais candidatos o Kosovo e a Bósnia Herzegovina. Dificilmente o Kosovo será aceite porque Espanha está entre os países que ainda não o reconheceram como país. No dia 23 de Junho de 2022, o Conselho Europeu aprovou a concessão do estatuto de país candidato a mais dois países, a Ucrânia e a Moldávia. A particularidade de um destes países, sob ocupação militar de outro país agressor, com território ocupado, e a integrar na federação do país agressor tráz interrogações pertinentes sobre a viabilidade da adesão deste país. E aqui remetme-nos ao título deste texto … que europa para o século XXI?

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Desde o alargamento a 15 países em 1986 que se levanta a questão de saber até onde é exequível alargar esta comunidade: quase 30 línguas nacionais transformam-na numa “babel”, de dificilima coordenação; se aos 27 países se lhe juntarem os outros 10 que estão á porta, serão quase 40 países distintos, com diferentes e diversificados interesses, politicos, económicos, culturais, históricos, sociais, militares, emtre si, e quiçá incompativeis; se a esta amálgama politica, juntarmos o poder de veto de cada país membro, que as deliberações por unanimidade convocam, vaticinam um futuro muito sombrio para este projecto Europeu. E a outra metade da Europa que fica fora da U.E. ? Forçosamente terá de se constituir numa realidade politica congénere, em oposição á hegemonia crescente da U.E. . O quadro é deveras preocupante, sobretudo se a este projecto politico europeu se integrar o projecto militar que é a NATO, e então teremos um Império politico-militar, cuja sede não será a europa, mas quem efectivamente manda na aliança militar. Isto dá que pensar … . - Oliveira Dias Politólogo


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Loures Jazz’22 - 8,9, 10 Julho

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XIV ESTÁGIO DE VERÃO DA ORQUESTRA GERAÇÃO

O carro perfeito do meu avô

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avid, treze anos, fã de automóveis e orgulhoso do seu avô Afonso relata o novo Lexus ES como um dos automóveis das suas fantasias, aquele que todos os avós do Mundo deviam possuir. “É um pequeno luxo, espaçoso com as coisas todas com que sonho”, eis a afirmação decidida do David que só se queixa de o avô não ter escolhido a versão F-Sport para ouvir maior bramido do motor. Mas o avô Afonso, um gestor de empresas reformado, comunga da opinião de centenas de milhares de automobilistas que garantem que quem entra no Universo Toyota não sai dele. O construtor japonês – por enquanto o maior do planeta – não troca a grandeza pela qualidade e consequente fidelização dos seus utilizadores. Fundamental à sobrevivência e naturalmente modela-se aos mercados. Isso significa modelos e ou versões distintas, num esforço que vale a justeza de considerarem o construtor como dos globalmente melhores a fabricar em série e em modo mais artesanal, jamais dispensando a intervenção da mão-de-obra humana, numa conjugação que se pretende perfeita entre o homem e a robótica numa óptica mais avançada na indústria da automação.

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os dias 8, 9 e 10 de julho o Município de Loures vai acolher a segunda edição do festival Loures Jazz, que terá lugar no Pavilhão Paz e Amizade. Organizado pela Câmara Municipal de Loures, com produção da Clave na Mão, o Pavilhão Paz e Amizade irá receber, nos dias 8, 9 e 10 de julho, três concertos, com um programa composto inteiramente por músicos portugueses. Na primeira noite sobe ao palco o trio Sul, que ainda este ano terá o seu disco de estreia, composto por Bernardo Couto na guitarra portuguesa, Bernardo Moreira no contrabaixo e Luís Figueiredo no piano. Estes três músicos, com grande atividade na cena musical portuguesa, trazem para o universo do jazz alguma da música feita em português, cruzando géneros e linguagens, e fazendo da guitarra portuguesa mais um elemento de improvisação. Na segunda noite, espaço para “O que já importa”, de Afonso Pais, um conjunto de te-

mas cujas mensagens se revelam em forma de um mantra, como uma paisagem ou um retrato construído sob vários feixes de luz, criando um todo irrepetível. Ao lado da guitarra de Afonso Pais, três vozes em coro (João Neves, Nazaré da Silva e Maria Luísa) e mais dois instrumentos: João Hasselberg, no baixo, e João Pereira, na bateria. Por fim, no final da tarde do dia 10, apresenta-se o Pedro Moreira Quinteto, nova formação do saxofonista português, que com o seu Sax Ensemble foi distinguido com o Prémio RTP/ Festa do Jazz para músico do ano de 2021. Para além dos três concertos, o LouresJazz aposta num programa paralelo, que inclui uma formação para músicos locais, por César Cardoso e Pedro Nobre, que culminará com um concerto na manhã do dia 10 de julho, uma exposição de fotografias da edição de 2021 e uma conversa sobre Portugal e o Jazz. Todos os concertos são de entrada livre, sujeita à lotação da sala.

O Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, vai receber, no dia 4 de julho, o concerto de encerramento do XIV Estágio de verão da Orquestra Geração. Com início marcado para as 18h30, este concerto vai reunir cerca de quatrocentas crianças, de todos os núcleos da Orquestra Geração, do nível de iniciação. Não perca! A entrada é livre.

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Façamos uma pausa sobre a nossa apreciação do ES do avô Afonso para dar espaço à minha posição pessoal, agora que passam dois anos que entrei no universo dos clientes do grupo Toyota. Gosto de algumas opções tecnológicas, principalmente da manutenção dos motores de combustão e das soluções quase globalizadas da conjugação destes com o auxílio de motores eléctricos. Aprecio o esforço no desenvolvimento dos automóveis totalmente eléctricos e com célula de hidrogénio, ainda que os considere pouco ou quase nada ecológicos: São uma praga da indústria da exclusiva responsabilidade do marketing político que o Mundo pagará se arrependerá a médio prazo e pagará um preço alto por isso mesmo. Os construtores

veem-se obrigados a aceitar a demagogia e a avançar para uma espécie de precipício. Basta ter sentido comum e interrogarmo-nos: quem são os clientes dos futuros carros eléctricos usados? Quantos de nós estarão dispostos a comprar um automóvel eléctrico com três ou quatro anos e com 80.000, 100.000 ou mais quilómetros? Qual é o fabricante que pode garantir a longevidade das baterias e o custo exacto da sua substituição total ou parcial? Imerge os premium alemães O mais espantoso na gama ES destinada ao mercado europeu é a homogeneidade do equipamento de série entre as três versões nivelada por cima, ou seja, o comum dos fãs dos automóveis familiares tradicionais - e foi o caso do avô do David - aceitará facilmente ajustar-se à compra de um ‘Plus’ em vez do ‘Luxury’. A família – e com justeza - avaliará sempre que usufrui de um veículo luxuoso, porque o Lexus ES 300h Plus é isso mesmo: tem tudo o que se pode exigir de um topo de gama na actualidade. Essa certeza é-nos dada à entrada: primeiro, com um ambiente forrado a pele, incluindo um tablier com a perícia artesanal takumi; segundo, quando ajustamos o banco do condutor e nos deparamos com a comoda possibilidade de regularmos um apoio de pernas articulado do próprio assento, tudo em modo eléctrico e com 12 vias. Os bancos são aquecidos e têm um novo sistema de ventilação, mais célere e eficiente, que advém diretamente do apetrechamento do ar condicionado. Depois, despercebidamente, podemos fruir de todas as tecnologias e inúmeros equipamentos. E os detalhes do ‘Plus’ percepcionam solidez e conforto: a iluminação interior indirecta nocturna é uma das minúcias mais criativas que faz sobressair o design das portas e com opções de coloração dos leeds contínuos. O recente modelo ES é uma aposta para o mercado europeu: mais do que teorizar sobre o conceito ‘premium’, este Lexus soçobra modelos como o A6 da Audi, série 5 da BMW, o Mercedes-Benz classe E ou os Jaguar XF e XE. O sucesso continua garantido nos Estados Unidos: tara-se da sétima geração de um modelo que foi lançado em 1989. Surpreendentes: nova plataforma e tecnologia hibrida de quarta geração Optámos por explorar atributos verdadeiramente novos: a estreia da plataforma de tracção dianteira “Global Arquitecture – K (GA-K)”, que se encontra ao nível da utilizada nos modelos maiores e com tracção traseira. A base GA-K

proporciona que as rodas estejam mais aproximadas às extremidades facilitando a estabilidade. O David tem razão: conduzimos um automóvel que parece que desliza e leva ‘pantufas calçadas’. Travar fundo; percorrer estrada sinuosa; fazer uma mudança de direcção mais ríspida ou uma ultrapassagem mais rápida; acelerar fundo em modo sport na auto estrada, permitiu verificarmos melhoras substanciais nos níveis de segurança e na dinâmica por causa da distribuição de peso e rigidez… Também se sente muito menos o peso das baterias agora colocadas debaixo do banco traseiro. Este ES cresceu 6,5 centímetros relativamente ao anterior; é mais largo 4,5 cm e tem mais 5 cm na distância entre eixos. Do ponto de vista ‘mecânico’, sobressai o sistema electrificado “Self Charging Hybrid” de quarta geração: motor eléctrico mais leve e bateria de hidretos metálicos de níquel colocada debaixo do banco traseiro, que melhora a distribuição do peso – dá-nos aquela sensação de que falava atrás, de conduzirmos um carro mais leve particularmente em circuitos mais sinuosos – e junta o útil ao agradável em ter mais espaço na bagageira. O ES 300h está equipado com o motor 2,5 litros de 4 cilindros do ciclo Atkinson, que utiliza tecnologia de combustão de queima rápida, colocando o modelo entre os carros de série equipados com motor termicamente mais eficiente, sem aumento de consumos ou emissões. A potência combinada é de 160 Kw/ 218 cv, enquanto as emissões de CO2 em ciclo misto WLTP (g/ km) são apenas de 119 g/km. Como quase todos os modelos da marca, o ES 300h não foge à condição de ter limitador para velocidade máxima que acontece no intervalo dos 180 a 200 Km/h. Os consumos anunciados para o ES são de 5,3l/100 km em ciclo WLTP Relativamente aos preços e em virtude da crise, os automóveis nas Canárias com emissões de CO2 superiores às 110g/Km – última decisão política muito questionável que abre uma janela de oportunidades à receita fiscal visto que os híbridos estavam isentos de impostos em 2019 - pagam um IGIC avantajado de 15% (substituto do IVA que não subsiste no arquipélago por estar sujeito a regime de excepção relativamente às normativas da União Europeia) e um imposto de matriculação de 3,75%. Assim, os preços praticados são de: 63.228,00€ para a versão Plus (a que conduzimos) mas com um preço final, pós desconto, de 58.181,00€; F-Sport tem um PVP de 65.053,00€ para um preço final de 61.295,00€; enquanto para o Luxury se apresenta um PVP de 71.74,00€ para um preço após desconto de 65.580,00€. – por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)


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Rotary Clube de Loures promoveu, no dia 24 de junho, um jantar festivo de transmissão de tarefas, que decorreu no restaurante Quinta do Almirante, em Ponte de Frielas. A cerimónia teve como objetivo assinalar o final do mandato da atual presidente do Rotary Clube de Loures, Nilza de Assis, que, assim passa o testemunho a José Lopes Ribeiro. O evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, a quem foi atribuída a distinção de Sócio Honorário do Clube.

NoticiasLx, 2 de Julho de 2022

A FATURA DOS SIMAR E O APROVEITAMENTO DAS MENSAGENS

Porventura muitos utentes dos SIMAR - Loures Odivelas não chegam a ler o canto inferior direito da última página da sua fatura, porém aqui constata-se uma falta de atualidade de informação que em nada contribuir para passar algum tipo de mensagem na fatura. Repare-se numa fatura de Junho de 2022 onde constam dados referentes a anos como 2020 ou 2018. Afinal que mensagens poderiam contribuir para informar os utentes de forma relevante nesta secção da fatura? 1. Estará o meu município a reciclar mais no presente ano? 2. O desperdício de água do município tem vindo a diminuir? 3. Temos tido mais intervenções de limpeza dos contentores? 4. Quais são as grandes intervenções na rede que estão a ocorrer para diminuir as roturas permanentes? 5. A que distância estamos de atingir alguns objetivos traçados para o município do âmbito da gestão de águas e resíduos? E tanta informação adicional poderia ser relevante passar enquanto “Mensagem”…

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Câmara Municipal de Loures promoveu, no dia 25 de junho, a ação Vamos Limpar o Bairro, na Quinta da Fonte, na Apelação. Esta iniciativa inserida no âmbito das celebrações do Dia Mundial do Ambiente, contou com a parceria das associações locais, nomeadamente da Associação Comunitária da Apelação, da Associação para a Mudança e Representação Transcultural (AMRT - Projeto Escolhas P’ra Vida) e ainda do Rotaract Clube de Loures. Além da limpeza do bairro, esta iniciativa teve como objetivo maior a sensibilização ambiental. Durante a manhã a Câmara de Loures levou até à Quinta da Fonte a atividade LRS 360°- Carreira Itinerante de Economia Circular de Loures que consiste na visualização de uma curta metragem, em realidade virtual, com óculos 3D, sobre o ciclo de vida das embalagens, em que todos os participantes, numa abordagem imersiva, interiorizam o papel de um resíduo, desde a fase do seu consumo até à respetiva transformação num novo produto.

NoticiasLx, 2 de Julho de 2022

Não há maus exércitos, há maus Generais «Não há maus exércitos, há maus Generais.» Esta é uma frase muito usada pelo ex-Vereador da Câmara Municipal de Odivelas e jornalista, o Doutor Hernâni Carvalho, amigo que muito prezo. Comecei com esta frase para abordar um tema que me é muito querido: a liderança versus riscos psicossociais. Theodore Roosevelt, em determinada altura, pretendeu responder à diferença entre líder e chefe. Concluiu que o líder lidera e o chefe dirige. De forma sintética, a diferença prática de tudo, isto é, a de que enquanto um líder envolve e tira o melhor partido das competências, estimulando as capacidades criativas dos elementos da sua equipa, assente no princípio da confiança, o chefe limita-se a emitir ordens, oprimindo e desconfiando de quem cria. O Dr. Travis Bradberry defende que «um chefe ruim pode fazer tão mal para a saúde dos funcionários quanto fumar passivamente». Afirma ainda que «quanto mais tempo uma pessoa trabalhar para alguém que a deixa infeliz, maiores serão os danos para sua saúde física e mental». Segundo outro estudo da Associação de Psicologia dos Estados Unidos, «75% dos trabalhadores americanos consideram seus chefes a maior razão de stress no trabalho». É sabido que a primeira causa de stress laboral assenta no medo de ser despedido. Este medo amiúde é incutido pelas chefias. Sabe-se também que tal receio pode aumentar em até 50% os riscos de problemas de saúde. Fica claro que as organizações que se preocupam com produtividade e outros indicadores internos de sucesso têm de cuidar desta questão, pois, mais cedo ou mais tarde, elas próprias serão vítimas desses maus Generais. Podemos considerar que se os riscos de problemas de saúde dos trabalhadores podem subir 50% devido somente a um factor, será prioritário atacar esse factor e não os trabalhadores, as leis laborais, os mercados, etc.. A robustez e a capacidade diferenciadora de uma organização, dependem mesmo da saúde física e mental dos seus trabalhadores, pelo que investir nela é investir no sucesso de todos. Por isto, continua a ser demente a contratação de indivíduos para cargos de chefia sustentada em critérios tão dúbios, como a amizade pessoal, a afinidade política, religiosa ou clubística, ou simplesmente porque se deve um favor. Com más lideranças, fica mal servida a organização, o seu objecto, os seus clientes, os seus parceiros, a comunidade e, se quiserem, até o Serviço Nacional de Saúde, que passa a contar

com um exército de potenciais clientes, os trabalhadores liderados por esses maus Generais. Alguém que use e abuse de frases como «Aqui nada funciona se eu não estiver por perto!», «Nós sempre fizemos assim!», «Eu é que sei!» ou «Devia dar-se por satisfeito por ter um emprego.», é um perigo para qualquer organização, sendo maiores os estragos se se tratar de alguém que ocupe um lugar de liderança. Muitos dos maus líderes existentes são indivíduos que ontem operacionalizavam determinadas funções e, por promoção, passaram a gerir aqueles com quem trabalhavam. Tal não é errado de per si, contudo muitos destes novos líderes não conseguem dissociar-se do que antes faziam e que em muitas vezes se especializaram, tendendo a ceder à tentação de se manterem nas anteriores funções, não abraçando assim as tarefas de liderança, que não obrigam necessariamente ao domínio das competências de execução de determinadas tarefas operacionais. Como se disse, a função de líder é a de liderar. Quer isto dizer, ao líder é exigido que crie as condições para que a sua equipa atinja objectivos, seja pela introdução de estímulos, seja pela constante busca de formação e meios, sendo que igualmente ao líder compete a avaliação e reavaliação constante de recursos e processos, para, se for caso disso, promover as correcções necessárias, visando alcançar as metas estipuladas. Considerando que qualquer um de nós é susceptível de sofrer de fadiga mental, stress e desconforto sempre que exposto a contextos de trabalho inadequados, por força de questões volvidas à organização do trabalho, ao design do local de trabalho e/ou à gestão, verifica-se que tudo isto é mais profundo e tem de ser observado holisticamente. Os riscos psicossociais e o stress laboral representam hoje um desafio crítico para as entidades empregadoras no domínio da protecção da saúde e segurança no trabalho, não só para o bem-estar das pessoas, mas também para a economia e produtividade das próprias entidades empregadoras. A nova norma (2018) sobre sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional, ISO 45001, foi recentemente revista e melhorada após a pandemia com uma série de diretrizes específicas, como a ISO 45003, a primeira norma que oferece orientações práticas sobre gestão psicológica saúde no local de trabalho. Segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde, saúde mental significa: um estado de

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bem-estar no qual o indivíduo realiza suas capacidades, é capaz de lidar com o stress normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz de contribuir para a comunidade em que vive. Há muito que a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho destaca os riscos psicossociais e o chamado “stress laboral” como um dos principais desafios a enfrentar no domínio da segurança e saúde no trabalho, pois têm repercussões consideráveis saúde das pessoas, mas também das entidades empregadoras e das economias nacionais. Segundo esta Agência, cerca de metade dos trabalhadores europeus considera que o stress é um factor “comum” no local de trabalho e quase metade dos dias de trabalho perdidos deve-se a ele. As condições de trabalho que envolvem riscos psicossociais verificam-se por: Cargas de trabalho excessivas; Solicitações conflitantes e falta de clareza nas funções; Participação limitada nos processos de tomada de decisões que afectam os trabalhadores Falta de influência sobre como o trabalho é feito; Gestão inadequada das mudanças organizacionais; - Insegurança no trabalho; - Comunicação ineficaz; - Falta de apoio de pares ou superiores; - Assédio psicológico e sexual; - Violência de terceiros. Para as entidades empregadoras, os efeitos negativos podem ser a redução da produtividade geral, o aumento do absenteísmo, o chamado “presenteísmo” (as pessoas continuam indo trabalhar quando estão doentes e não conseguem ser eficientes), o aumento das taxas de acidentes e lesões e os consequentes custos (in)directos. Tudo isto não se co-pagina com lideranças como as que foram referenciadas no inicio desta reflexão. As lideranças têm de entender que as organizações são comunidades de pessoas em torno de um propósito, têm, também, de interiorizar a máxima “em primeiro estão as pessoas” e definitivamente compreender que o factor diferenciador de qualquer organização, são as pessoas, sendo os processos, os instrumentos digitais ou de outra natureza meros auxiliares da qualidade. - Paulo Bernardo e Sousa Politólogo


NoticiasLx, 2 de Julho de 2022

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