NoticiasLx 1Outubro2022

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1 de Outubro de 2022 Loures | Odivelas Número 23 Rentrée Política em Odivelas Odivelas, um ano depois das falsas promessas feitas Inaugurado Jardim de Infância na Póvoa de Santo Adrião - Odivelas Famões do século XV a XXI

REDESENHAR OS ESPAÇOS DE ENSINO 3

Apoio Financeiro à Habitação Jovem em Loures 4

Odivelas, um ano depois das falsas promessas feitas 5

Comemorações da Implantação da República em Loures - 4 de Outubro 6

Rentrée Política em Odivelas 7

13º Workshop Desportos de Combate do TCSAC 2022 - 8/Outubro Pav. da Esc. Gen. Humberto Delgado em Sto António dos Cavaleiros 10

Recordes espanhóis 11

TECNOLOGIAS 14

Pois sim, Ferrari de verdade 14

Famões do século XV a XXI 15

Transparência Internacional Portugal pede explicações à Entidade das Contas sobre extinção de processos a partidos políticos 16

ODIVELAS, UMA ILHA COM 26.54 Km2 17

A INFORMAÇÃO ESPETÁCULO E AS DESEJÁVEIS BOAS PRÁTICAS DO PODER

Esta

semana assistiu-se a mais um episódio do sensacionalismo nos media.

Fruto da busca constante da liderança das audiências, as TVs, tal como os Media em geral, procuram oferecer o que mais vende e com isso dar suporte aos seus comerciais que precisam de argumentos para vender a sua publicidade, tal como certos jornais precisam de publicitar a tiragem como se isso justificasse uma pretensa penetração junto dos Cidadãos e o seu poder de formadores de opinião…

Neste jogo do “faz de conta” que temos um papel de informação, quando para além do flash do momento, não há tempo sequer para escla recer os fundamentos da situação, o sensacio nalismo continua a mandar sem muitas vezes se perceber até onde é que irá o “escarafunchanço” no modelo de informação “à porta de…”.

Na realidade os números que viabilizam os projetos de informação assentam nas receitas de publicidade e tudo o mais vai para o inferno. A questão de sempre é de que modo os media podem assegurar um patamar de qualidade su perior quando dependem das audiências e, por tanto, das receitas de publicidade…

É aqui que entra a necessidade, que muitos defendem, do apoio da Comunicação Social pelo Poder Central e Local. O futuro da Comu nicação Social Livre depende do que vier a ser definido pelo Parlamento Nacional e pelas boas práticas do Poder Local.

Em muitos fóruns se tem debatido os vários modelos de apoio aos media e desde o Presi dente da República ao PM todos já tomaram po sição pela necessidade de apoio aos OCS tendo inclusive o Governo atribuído, há uns anos atrás, um apoio em publicidade institucional de vários milhões em que uma migalhas chegaram aos OCS Locais e Regionais.

Como é costume não se vai ao amago do problema e ficam-se por umas aspirinas.

É necessário que sejam assumidos os tais custos da Democracia e se assuma como Boa Prática dos poderes Local e Nacional o apoio aos Media como garante do funcionamento da Democracia. Programas de apoio COM CRITÉ RIOS MUITO CLAROS que não façam depender o apoio da boa vontade de quem decide.

Os OCS são ou não uma necessidade para o funcionamento do Poder Democrático? Todos nos garantem que sim e, assim sendo, porque não se instituem boas práticas e se definem cri térios?

Todos sabemos que uma comunicação social forte e independente é o garante da transpa rência e do salutar debate de ideias, sabemos também que de futuro os que optarem por um APOIO COM CRITÉRIOS UNIVERSAIS serão refe renciados como bons exemplos a seguir e farão “jurisprudência” e, por isso, é com expetativa que aguardamos pelo novo ano de 2023 onde muita coisa estará em jogo e nomeadamente o futuro de alguma comunicação social local e re gional.

Aqueles que no futuro persistirem em não querer apoiar a Comunicação Social Local, e es tou-me a lembrar de Odivelas, deixarão claro que não é de sua vontade um sistema Democrá tico de amplo debate de ideias e que cultivam outros valores que nada têm a ver com a Trans parência e a prestação de contas aos Cidadãos – Assim o Povo entenda e lhes dê a resposta que merecem em 2025.

Venha 2023!

REDESENHAR OS ESPAÇOS DE ENSINO

Alguns

líderes das instituições de ensino superior têm vindo a defender em diver sos fóruns que os processos de ensino/ aprendizagem emergentes exigem novas confi gurações das salas de aula. Algumas instituições de ensino superior, um pouco por todo o mun do, estão a adotar programas facilitadores da implementação de novas metodologias peda gógicas e estratégias emergentes, alterando as configurações tradicionais de sala de aula, reor ganizando os ambientes de aprendizagem para acomodar um ensino mais ativo. As configura ções dos espaços de ensino são cada vez mais projetadas para suportar interações baseadas em projetos, visando proporcionar uma maior mobilidade, flexibilidade e uso de vários dispo sitivos de apoio à aquisição de conhecimentos e correspondentes competências.

As instituições estão a atualizar a largura de banda das redes sem-fio, visando a criação de “salas inteligentes” que suportem sistemas de videoconferência e outros métodos de comuni cação remota e colaborativa. Grandes monitores e telas estão a ser instalados para permitir a co laboração em projetos digitais e apresentações informais. Vêm-se observando transformações na forma de lecionar no ensino superior, carate rizadas por um afastamento crescente das aulas tradicionais baseadas no método expositivo, em direção a cenários mais práticos, em que as sa las de aula das instituições de ensino superior se começam a assemelhar a ambientes sociais e de trabalho reais, que facilitam a interação entre instituições e a solução de problemas interdisci plinares.

Uma abordagem centrada no estudante, que se pretende impulsionadora do processo ensi no/aprendizagem, tem vindo a ser implementa da em muitas instituições de ensino superior do mundo, induzindo os docentes do ensino supe rior a repensarem a configuração dos espaços de lecionação.

Existe um reconhecimento generalizado do valor acrescentado dos espaços de lecionação renovados, no que se refere aos processos de ensino/aprendizagem; por exemplo, um estudo de três anos, realizado na Universidade de Ball State, permitiu concluir que os estudantes eram mais propensos a se envolver, quando inseridos em espaços de lecionação inovadores. Institui ções como a Universidade de Queensland aban donaram os moldes tradicionais da sala de aula para acomodar novas metodologias pedagógi cas. Nesta instituição foi criado um espaço de aprendizagem misto, facilitador de atividades

baseadas em equipas com um layout mais dinâ mico. As reconfigurações destes espaços visam suportar o que é frequentemente designado de aprendizagem flexível ou ativa. Alguns au tores argumentam que os novos ambientes de lecionação, caracterizados por um novo design das salas de aula que permita a colaboração e a aprendizagem baseada em projetos, começarão brevemente a ser fortalecidos com equipamen tos, permitindo que os estudantes modelem e criem objetos.

Enquanto se vão promovendo fóruns de discussão potenciando o debate de como rein ventar os espaços físicos visando responder às expetativas dos estudantes e facilitar a sua aprendizagem, começam a existir consensos relativamente ao design do espaço que melhor promove a aprendizagem online Por exemplo, a Universidade de Purdue criou uma área de aprendizagem flexível que pretende responder às expetativas dos estudantes, tanto no campus como aos estudantes do ensino à distância. Esta área de lecionação está equipada com colunas acústicas e microfones de teto e móveis para captura de áudio, proporcionando condições para aulas de engenharia interativas, quer para estudantes locais ou remotos.

Essa integração de espaços de lecionação fí sicos e virtuais tem vindo a introduzir uma nova forma de desenvolver metodologias de aprendi zagem combinadas. Este novo paradigma per mite uma integração de canais presenciais, as síncronos e síncronos de comunicação online a participação de estudantes em diversos locais é citada como um benefício-chave, exigindo que as salas de aula físicas sejam projetadas para permitir que os estudantes comuniquem perfei tamente uns com os outros, cara a cara e virtual mente.

A Internet e as tecnologias de informação e comunicação suportadas por dispositivos mó veis revolucionaram o modo como as pessoas encontram, consomem e interagem com os con teúdos. Uma manifestação desta tendência é a retirada de livros e revistas científicas das pra teleiras das bibliotecas académicas, o que tem gerado alguma controvérsia no seio de algumas comunidades académicas. As bibliotecas estão a substituir as tradicionais prateleiras com livros, por novos tipos de espaços que oferecem áreas de estudo mais colaborativas e individuais. Já desde há alguns anos, que a Biblioteca Principal da Universidade de Cornell tem vindo a adap tar os seus espaços visando assegurar uma res

posta adequada às expetativas dos estudantes, recorrendo às tecnologias de informação, dis positivos móveis e espaços que proporcionam o desenvolvimento de atividades colaborativas.

Esta reestruturação da mencionada biblioteca encontra-se atualmente numa fase de aumentar o número de assentos, espaços de estudo, su perfícies de escrita e móveis com configurações ajustáveis.

Da mesma forma, a Universidade de Deakin reconheceu que seus estudantes precisam de um espaço de aprendizagem informal que este ja sempre disponível.

A sua biblioteca Waurn Ponds possui uma zona aberta 24 horas por dia, com sofás e recan tos de estudo, onde os estudantes podem ace der a livros eletrónicos e recursos online

NoticiasLx, 1 de Outubro de 2022 Pág. 2 NoticiasLx, 1 de Outubro de 2022 Indice João Calado (Professor Coordenador c/ Agregação do ISEL) (ex-Vereador do PSD)
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Apoio Financeiro à Habitação Jovem em Loures

Dia Mundial do Coração

Odivelas, um ano depois das falsas promessas feitas

Faz esta semana um ano que decorreram as eleições para os órgãos autárquicos. Foi um ato eleitoral marcado pelo desinteresse da população, demonstrando uma vez mais que não acredita no sistema político e não querem assim ficar com o ónus da decisão, como revelam os números preocupantes da abstenção.

Foram umas eleições autárquicas onde mais uma vez uma minoria da população de Odivelas escolheu o Partido Socialista para (des)governar o concelho em maioria.

É um corrupio de ações de campanha e de de caravanas automóveis, Todos os candidatos e os seus séquitos, de bandeiras ao ombro e de t-shirt como uniforme, ficam disponíveis para visitar as associações de cultura e recreio, os grupos de jovens, os clubes desportivos, as feiras e os mercados e todos parecem interessar-se pelos seus problemas, que são recebidos com muito espanto, como se da maior das novidades se tratassem.

condicionar a sua construção. O investimento empresarial apregoado não surge porque o mundo está em rebuliço. A habitação social não sai do papel porque a crise veio aumentar os preços dos materiais. As AUGI não se legalizam porque há sempre “alguém” que inviabiliza a decisão. Para cuidar do lixo e das perdas de água cria-se mais uma comissão para estudar o assunto. Os utentes continuam sem médico de família.

Vaidecorrer, entre 1 de setembro e 28 de outubro, o período de candidaturas ao Apoio Financeiro à Habitação Jovem em Loures.

Trata-se de um programa de apoios financei ros à habitação a conceder a jovens, com idades entre os 18 e os 35 anos, que residam ou pre tendam residir no concelho de Loures, em habi tações arrendadas ou adquiridas com recurso a crédito.

Para recorrer a este mecanismo de apoio, os jovens ou membros do agregado jovem deverão ter um rendimento mensal bruto não superior a quatro vezes o valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), ou seja, 2820 euros. Além disso, não podem acumular esse apoio com quaisquer outras formas de apoio público à habitação.

As candidaturas serão feitas online, através do preenchimento de formulário próprio dispo nibilizado no Balcão Único, e da digitalização de diversos documentos indicados nesta página do

Município na Internet.

Após a elaboração da lista final das candida turas, os candidatos aprovados e elegíveis serão notificados por via eletrónica.

Recorde-se que a Autarquia afetou uma ver ba de 430 mil euros, o dobro do ano passado, para execução desta medida de apoio – aprova da hoje em Reunião de Câmara – cujo objetivo é promover a fixação, atração e autonomização dos jovens, facilitar o acesso à habitação e pro mover a capacitação e organização familiares.

Pode consultar aqui o Regulamento de Habi tação do Município de Loures.

A Câmara Municipal de Loures assinalou o Dia Mundial do Coração, iluminando o edifício dos Paços do Concelho com a cor encarnada.

Um desafio lançado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, este ano sob o lema “use o cora ção para cada coração”, que pretende colocar na agenda ações que promovam a saúde e contri buam para a adoção de estilos de vida saudáveis e para a prevenção de doenças cardiovasculares.

O Dia Mundial do Coração foi criado pela Fe deração Mundial do Coração (World Heart Fe deration) e celebra-se, mundialmente, a 29 de setembro, desde o ano 2000.

14 E 15 OUTUBRO

Loures Investe em Si

A Câmara Municipal de Lou res vai promover, nos dias 14 e 15 de outubro, uma mostra de inovação, emprego e investi mento – Loures Investe em Si –, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.

Esta mostra pretende ser uma referência na di vulgação das políticas de apoio ao investimento, inovação e criação de emprego e destina-se ao tecido empresarial do concelho, aos munícipes em processo de (re)integração no mercado de trabalho ou transição de carreira e à população em geral.

Vivemos numa democracia e as decisões das populações devem ser sempre respeitadas, independentemente do resultado das escolhas. Esse é o verdadeiro valor da democracia, o de podermos escolher livremente quem nos representa ou governa. Como disse um dia Winston Churchill: “a democracia é o pior dos sistemas, à exceção de todos os outros”.

Durantes os meses que antecederam o dia das eleições, aos eleitores foram apresentados os programas de cada um dos partidos, declamados discursos retóricos, eufóricos, sarcásticos ou poéticos, lançados impropérios aos adversários, debitadas promessas de mais creches, escolas, lares, jardins, policiamento, transportes, ciclovias, pavilhões desportivos, habitação social, asfaltamento de ruas, mais apoio ao investimento de empresas, redução de impostos, o céu e a terra, o possível e o impossível.

Nunca é dito como e com que dinheiro, mas isso pouco importa para a ocasião. Dão-se muitos beijos e abraços, trocam-se dois dedos de prosa em arruadas para fingir muita proximidade com eleitores, oferecem-se jantares faustosos e baila-se ao som do Quim Barreiros, que ecoa ruidosamente nos altifalantes.

Sem preocupações com a sustentabilidade ambiental, colocam-se centenas de outdoors com frases feitas e fotos dos candidatos com os seus melhores sorrisos e retocadas com habilidade, distribui-se milhares de folhetos que inundam as caixas de correio, os para-brisas dos automóveis ou partilhados nas ruas, sempre acompanhados com mais um “bacalhau” e de bonés, canetas, crachás, pulseiras, sacos e outras bugigangas.

E no dia seguinte estão os caixotes do lixo cheios com os restos da azáfama politiqueira. Mais uma chatice para os SIMAR que já nem sabem com se devem livrar do habitual e ainda levam com mais este acréscimo.

Às empresas agradecem o facto de estoicamente continuarem a investir num concelho que nada lhes tem oferecido. Aos idosos é dito serão a sua preferência, a educação será o primado para os pais, aos sem teto a habitação será a prioridade e aos das filas de trânsito a primazia será o metro.

Assim se definem estrategicamente as prioridades e todos ficam contentes porque serão o centro de todas as atenções futuras. Bastará colocar a cruzinha no quadradinho certo.

Para muitos partidos, tudo o que foi referido foi suportado com orçamentos grandiosos. Para outros, as suas ações foram concretizadas com orçamentos reduzidos, amealhados entre os seus militantes e simpatizantes.

Desde que garantam uma votação mínima, todo este aparato é depois pago com o dinheiro das subvenções pagas pelo Estado, que é como quem diz, com o dinheiro dos contribuintes. Talvez seja melhor assim do que ser pago por um qualquer construtor, com a promessa da melhor atenção para as suas urbanizações.

Foi boa a festa, mas, na ressaca dos dias seguintes, os eleitos para governar, depois de uma viagem no seu carro com motorista, depois de entrarem nos gabinetes decorados a preceito e reclinarem-se nas suas cadeiras, apagam da memória tudo o que viram e ouviram nos meses anteriores. As ideias tornam-se vãs!

Mas aos eleitos cabe a responsabilidade de assegurar que as expectativas do seu votante são respeitadas.

Mas a população parece já ter interiorizado de que as promessas jamais são ditas para serem cumpridas e, assim, os impostos municipais continuam por baixar, os lares de idosos por construir, as creches e as escolas contam com uns bonecos bonitos em 3D, as condutas de água nas ruas a rebentar, o lixo continua por resolver, mas a fatura continua sempre a aumentar.

O Metro afinal não era bem assim, pois uma alínea escondida, em letra bem pequenina, vem

Segundo um governante local, a falta de médicos de família é um problema crónico nacional, pois os da saúde privada são uns ladrões e roubam os médicos ao SNS. Mas para outros, o problema está nuns países matreiros que, do nada, oferecem o triplo do salário para profissionais de saúde trabalharem para eles.

É por essa e por outras que os partidos da gerigonça, dos dirigentes nacionais às estruturas locais, aceitaram a decisão da ministra socialista de tirar o Hospital Beatriz Ângelo ao parceiro privado.

Assim também já não se presta aí um bom serviço, ficando o sistema de saúde todo igual, não havendo melhores, nem piores. Serão assim todos piores, ficando o utente sem motivos de comparação.

E assim continua o mundo em Odivelas. O executivo socialista governa em maioria, a seu bel-prazer e sem uma forte oposição.

E na mesa do café, o cidadão que ficou em casa no dia da eleição aponta o dedo ao seu vizinho por ser ele o culpado de votar nesta vergonhosa governação.

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Comemorações da Implantação da República em Loures - 4 de Outubro

OUTUBRO

Comemorações daImplantação da República

A Implantação da República volta a ser comemorada em Loures no dia 4 de outubro, data em que uma Junta Revolucionária a proclamou no concelho, na véspera do que veio a acontecer no restante território nacional.

O programa das comemorações inclui a tradicional deposição de flores no Mausoléu da Junta Revolucionária do Concelho de Loures, sito no Cemitério Municipal de Loures, às 15 horas. No núcleo museológico do cemitério será inaugurada, pelas 15h10, a exposição Os contributos do Turismo cemiterial para a revisitação da História em Loures. A evocação da Implantação da República far-se-á também na Escola Secundária Dr. Carvalho de Figueiredo, em Loures, onde um grupo de alunos procederá à leitura da Ata da Junta Revolucionária do Concelho de Loures, às 15 horas.

Pelas 20h30, será possível assistir, no Largo 4 de Outubro, em Loures, ao espetáculo A Alvorada da República, pelo Artelier?/Teatro Nacional de Rua. Trata-se de um espetáculo de teatro e vídeo mapping, que procurará contar a história da proclamação, exaltando os valores da República e valorizando a história municipal através de um olhar artístico atual. O dia termina com o concerto A Propósito de Beethoven, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, às 21h30. Este concerto terá direção e comentários de António Saiote.

As comemorações estendem-se até ao dia 8 de outubro, data em que a Capela do Cemitério Municipal de Loures receberá a iniciativa À conversa com… João Lázaro, uma reflexão sobre a República e sobre os contributos do concelho de Loures para esta causa.

Rentrée Política em Odivelas

Setembro que ontem terminou é o mês das rentrées políticas, como, aliás, sempre acontece.

A este propósito importa fazer algumas considerações quando entramos no segundo ano do atual mandato autárquico.

O Partido Socialista no primeiro ano do atual mandato autárquico, na senda do que já tinha acontecido em mandatos anteriores, continuou a exercer autocraticamente o seu poder absoluto, não levando em conta a opinião das outras correntes políticas representadas nos órgãos autárquicos que também foram sufragadas pelo eleitorado.

Convém recordar que o Partido Socialista, nas últimas eleições para a Câmara Municipal de Odivelas, obteve 44,84% dos votos expressos, ao passo que os outros partidos, no seu conjunto, obtiveram 50,65%.

Verifica-se, pois, que a maioria do Partido Socialista em Odivelas, embora legítima, não é sociológica, aliás, como no País, sendo antes uma maioria jurídica, potenciada pelo método de Hondt, pelo que os socialistas deveriam ter mais cuidado e decoro democrático no uso do rolo compressor que impõem permanentemente à sua prática política.

No Município de Odivelas é prática corrente do Partido Socialista concentrar, por puro oportunismo político, obras e decisões impactantes para os munícipes, no último ano de mandato, em obediência aos calendários pré-eleitorais, em prejuízo dos munícipes que acabam por beneficiar das decisões autárquicas mais tarde do que seria justo e oportuno.

Neste início do segundo ano de mandato autárquico, há importantes questões no Concelho de Odivelas cuja resolução tarda, nomeadamente, entre muitas outras, as que a seguir refiro.

Habitação - refira-se que uma das âncoras de desenvolvimento do Concelho de Odivelas é a construção civil que pratica preços especulativos o que para a Câmara Municipal de Odivelas constitui uma importante receita de IMI e de IMT.

O IMT em 2021 cresceu 24,3% relativamente a 2020 e a 2019 cresceu 35,21%.

Percebe-se a indiferença da Câmara Municipal em elaborar e aprovar uma política de habitação, nomeadamente, para jovens casais, que contrarie a especulação imobiliária instalada.

Metro Ligeiro de Superfície Odivelas/Loures - que serviu de importante bandeira eleitoral do PS, na campanha para as autárquicas, com um objetivo bem definido que foi o de desviar as atenções dos odivelenses, face à incompreensível decisão governamental do fim da Linha Amarela com a lamentável cumplicidade do PS Odivelas.

O Metro Ligeiro de Superfície Odivelas/Loures tem um financiamento garantido pelo PRR de 250 milhões de euros que afinal parecem não ser suficientes para cobrirem a totalidade dos custos desta importante obra.

Sobre este assunto há um silêncio ensurdecedor da Câmara Municipal de Odivelas que não informa os munícipes sobre o projeto e sobre a sua viabilidade futura.

Parque da Cidade – projeto anunciado com pompa e circunstância em 2021, em período pré-eleitoral, com uma previsão de custos de 11 milhões de euros, com apoio de candidaturas a fundos nacionais e comunitários, mas que em boa verdade não estavam, nem estão garantidos.

Face à atual conjuntura económica nacional e europeia seria desejável que o Executivo Municipal se pronunciasse de forma clara e verdadeira sobre a viabilidade de concluir este projeto em finais de 2023 conforme promessa eleitoral, ainda não formalmente alterada.

Não será de estranhar que o Parque da Cidade, face à atual conjuntura política, social e económica, passe de bandeira eleitoral de 2021 para bandeira eleitoral de 2025.

A questão é sempre a mesma da gestão autárquica socialista em Odivelas: cria-se a expetativa em momento pré-eleitoral e depois vai-se justificando, com fatores externos, o não cumprimento total ou parcial das promessas eleitorais feitas

SIMAR – que são os Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos de Loures (57%) e Odivelas (43%) que são responsáveis, nomeadamente, pelo fornecimento de água às populações e pela recolha de lixo.

Referir que, desde 2019, os SIMAR acumularam resultados negativos superiores a 8 milhões de euros (308 mil euros em 2019; 2.4 milhões de euros em 2020 e 5.3 milhões de euros em 2021).

A água não faturada em 2021 correspondeu a 36,73% da água comprada em alta à EPAL, estando previsto na conta “Outros gastos” dos SIMAR um valor de 6,6 milhões de euros de reconhecimento de perdas de água.

Para além do grave problema financeiro, há aqui também um problema de gestão ambiental de desperdício de água, o que é de todo lamentável quando vivemos em Portugal tempos cada vez mais frequentes e longos de secas severas.

Há um grave problema nas condutas de água envelhecidas e em fibrocimento com amianto, não estando previsto um projeto de médio prazo de substituição das mesmas, devidamente calendarizado e com previsão de investimento e de fontes de financiamento.

Saúde - no Concelho de Odivelas há mais de 42 mil pessoas sem médico de família atribuído, o que representa 71% dos utentes das UCSP(s) do Concelho.

O Presidente da Câmara, Hugo Martins, temse refugiado nas responsabilidades do governo central, o que não deixa de ser verdade, mas nada faz para facilitar a contratação de médicos, nomeadamente, com a atribuição de habitação e de creches para os filhos dos profissionais de saúde que se queiram fixar temporária ou definitivamente no Concelho.

Por outro lado, a Câmara Municipal de Odivelas também nada faz em termos de contratação autónoma de profissionais de saúde, por exemplo, enfermeiros para o processo de vacinação o que libertaria estes profissionais de saúde das UCSP(s) para o atendimento das populações.

Há muitos outros assuntos a referir, nomeadamente a falta de segurança que se vive em Odivelas, a ausência de adequados espaços verdes e de estacionamento, mas por exiguidade de espaço teremos de os tratar em próximos artigos.

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E ATIVIDADE FISICA

21 SETEMBRO A 1 de OUTUBRO

Semana Europeia do Desporto

RASTREIO AO CANCRO DA MAMA

ACâmara

Municipal de Loures associa-se à Semana Europeia do Desporto, uma iniciativa desenvolvida pela Comissão Eu ropeia com o objetivo de promover o desporto e a atividade física junto de todos os cidadãos.

Nesse âmbito, o Município vai promover, entre os dias 21 de setembro e 1 de outubro, em vários locais do concelho, um conjunto de atividades abertas a todos os interessados. Entre elas, consultas de atividade física, camin hadas, um dia dedicado ao desporto inclusivo e a maior aula de educação física do mundo.

#BEACTIVE é o mote desta iniciativa, que pretende incentivar cada um a ser ativo, não só durante a Semana Europeia do Desporto, mas ao longo de todo o ano, adotando um estilo de vida mais saudável.

Consulte o programa e participe.

#BEACTIVE! Programa

Foi inaugurado o Centro de Marcha e Corrida de Sacavém, inserido no Programa Nacional de Marcha e Corrida promovido pela Federação Portuguesa de Atletismo.

Neste ato estiveram presentes a Vice-presidente da CM Loures, Sónia Paixão, o Vogal da UF de Sacavém e Prior Velho, Francisco Gravito e o Pre sidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Jorge Vieira.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro vai realizar, de 22 de junho a 9 de novembro, um rastreio do cancro da mama junto à Câmara Municipal de Loures.

A iniciativa dirige-se a mulheres entre os 50 e 69 anos que não tenham sintomas ou alterações na mama, não possuam próteses mamárias, não tenham realizado mastectomia, nunca tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e não tenham feito uma mamografia nos últimos seis meses.

O rastreio vai realizar-se através da unidade mó vel da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Ao com parecer, poderá contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico.

O exame é simples e gratuito e

NoticiasLx, 1 de Outubro de 2022 A redação do NoticiasLX gostaria de apresentar no seu semanário, informação relativamente a eventos desportivos que se vão reali zar e não informação de eventos que se realizaram. Aliás era suposto haver todo o interesse em informar com alguma antecedência os OCS Locais, até para promover junto da população os eventos desportivos. Aguardemos que, no futuro, a política de informação seja mais pro-activa e deixemos de escrever “ACONTECEU” para passarmos a escrever “VAI ACONTECER”.
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Pág. 8 NoticiasLx, 1 de Outubro de 2022 DESPORTO
Feira Setecentista
pode ser realiza do de segunda a sexta-feira, das 9h20 às 13h00 e das 14h00 às 17h40.

13º Workshop Desportos de Combate do TCSAC 2022 - 8/Outubro Pav. da Esc. Gen. Humberto Delgado em Sto António dos Cavaleiros

Recordes espanhóis

Entramos num final de semana com a maioria dos espanhóis e muitos e dos que vivem no país em festa, tudo por causa do “Mundo do motor” e do ténis.

Fernando Alonso bate um recorde de sem pre na Fórmula 1: integrará pela trigésima quin quagésima quarta vez (354) a actividade de um

o finlandês Kimi (Matias) Räikkönen que viria a ser seu companheiro (adversário) na Scuderia Ferrai, em 2014. Os primeiros títulos importan tes ao nível nacional foram obtidos em 1993 e 1994 enquanto campeão nacional de karts na categoria júnior.

O workshop decorre no próximo dia 8 de outubro entre as 9h00 e as 18h30 no Pavilhão da Escola General Humberto Delgado em Santo António dos Cavaleiros.

Este evento é certificado pela IPDJ com 1,6 unidades de crédito para a renovação da TPTD, tendo o código nº 266632454.

Certos do interesse neste evento, convida mo-los a divulgar e participar nesta ação de for mação optando por uma das vertentes: Comba tes e Poomsae.

Lembramos que as inscrições decorrem no seguinte formulário online.

taekwondosac.pt

facebook.com/taekwondosac/ instagram.com/taekwondosac/

Grande Prémio como piloto e tudo indica que fará a sua 351 largada para uma corrida da espe cialidade. Para já o piloto – à hora desta edição – conseguiu 32 vitórias, subiu ao pódio por 98 vezes e foi campeão mundial em 2005 e 2006 o volante de um Renault, precisamente equipa que integra actualmente mas que, agora, se de signa por Alpine.

A este palmarés junta 22 “pole Positions” e 23 voltas mais rápidas. O piloto espanhol, de 41 anos – nasceu em Oviedo em 29 de julho de 1981 – também foi o mais jovem campeão da história da Fórmula 1, com vinte e quatro anos e cinquenta e seis dias. Sagrou-se campeão do Mundo no GP do Brasil que se disputou em 25 de setembro de 2005 e destituiu dessa condição o brasileiro Emerson Fittipaldi, pela primeira vez campeão aos vinte e quatro anos, oito meses e vinte e nove dias.

O mais impressionante deste piloto asturia no é que já pisa pistas há 38 anos: foi precisa mente com 3 anos quando seu pai lhe ofereceu um kart que ele próprio construiu. E com 4 anos, Fernando Alonso Díaz adquiriu a licença oficial da Real Federación Española de Automovilismo. Três anos depois, com apenas 7 anos, conquis tpou o seu primeiro campeonato ganhando to das as provas do calendário. No ano seguinte foi campeão de kart das Astúrias e Galiza.

No kart, a disciplina que se considera como a ‘mãe’ de todas as especialidades da competição automóvel, Fernando Alonso junta uma curiosi dade: Em 1995 classificou-se na terceira posição do Campeonato do Mundo, onde o campeão foi

Fernando Alonso será piloto da equipa As ton Martin para disputar o próximo “Mundial” de Fórmula 1. O piloto das Astúrias tripulará o novo AMR23 que se encontra a ser testado. A equipa anunciou que estreará um novo túnel de vento exclusivo no decurso do campeonato de 2024.

Alcaraz e Nadal lide ram o ranking do ténis mundial

de setembro passado quando triunfou no Open dos estados Unidos. O espanhol de Múrcia é o mais jovem atleta de sempre na história da mo dalidade a ascender à liderança do ranking mun dial, com 19 anos. O australiano Lleyton Hewitt – agora com 41 anos - detinha essa condição por ter conseguido ascender ao posto mais alto aos 20 anos.

Já Rafael Nadal é um veterano da modalida de: 36 anos junta 92 títulos, 1066 vitórias; 214 derrotas; venceu Roland garros por 14 vezes; Open dos EUA em 4 ocasiões; Wimbledon e “Aberto” da Austrália por duas vezes cada um. Junta dois triunfos no “ATP World Tour Finals”.Já em duplas regista 138 vitórias contra 75 derrotas e 11 titulos entre eles vitáorias no Open dos Estados Unidos, em Wimbledon e na Austrália. O tenista espanhol torna-se no melhor de sempre da modalidade.

A elite desportiva espanhola conta com mais um êxito com apenas um precedente: Carlos Alcaraz (6740 pontos) e Rafael Nadal encon tram-se nas duas primeiras posições do Ranking - ATP - Mundial de Ténis, o que aconteceu em 2000 com os estadunidenses Pete Sampras e Andre Agassi.

Carlos Alcaraz é o actual número 1 desde 12

da, em 24 de febrero de 1981 – foi número um durante 80 semanas consecutivas nas épocas de 2001 e 2002, período em que ganhou o Open dos EUA e Wimbledon. Também durante esses dois anos conquistou o ATP World Tour Finals. Este ano tornou-se membro do “salão da Fama do Ténis Internacional.

NoticiasLx, 1 de Outubro de 2022 Lleyton Glynn Hewitt – nascido em Adelai – por José Maria Pignatelli
O TCSAC informa que as inscrições para a 13ª edição do Workshop Desportos Combate do TCSAC, já abriram e decorrem em 1º prazo até 26/setembro.
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António Lobo Antunes 40 anos de Vida Literária – Exposição

De 5 de julho a 15 de outubro visite a exposição António Lobo Antunes – 40 anos de Vida Literá ria, que estará patente na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, de terça-feira a sá bado, das 10 às 18 horas.

Há quarenta e três anos, em 1979, António Lobo Antunes publicava os seus dois primeiros ro mances: “Memória de Elefante” e “Os Cus de Ju das”, ambos protagonizados por um médico e contados na primeira pessoa.

Numa colaboração com as publicações Dom Quixote/Leya, a Biblioteca Municipal Ary dos Santos assinala esta data para recordar duas das obras mais memoráveis do autor, com uma ins talação alusiva a estas publicações.

Esta instalação esteve patente ao público na Fundação Calouste Gulbenkian aquando da Conferência “António Lobo Antunes: 40 Anos de Vida Literária”, na qual o Presidente da Repúbli ca, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente e distinguiu o autor com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

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TECNOLOGIAS

Pois sim, Ferrari de verdade

Há quem defenda que a Ferrai Dino não se deve considerar uma Ferrari verdadeiramente. Mas sim! Dino é uma Ferrari e das mais belas e sóbrias que se construíram. Quer se goste ou não integram as colecções mais importantes e encontram-se entre os veículos da marca mais desejados pelos automobilistas mais nostálgicos.

Lamentavelmente, Alfredo Ferrari não viveu para ver o Ferrari Dino.

O V6 com o inédito ângulo de 65 graus foi mostrado no início da década de 60’ e voltaria em 1966 com o famoso Fiat Dino. Mas em 1967,

fundido, enquanto a carroçaria passou a ser gradualmente construída em aço aligeirado. De qualquer modo, a velocidade de ponta aumentou para 245 Km/h. A partir de 1971 passaram a construir-se invariavelmente 3 unidades por dia. A produção da Dino 246 GT manteve-se até 1974 e venderam-se 3.700 exemplares, incluindo a versão GTS (carroçaria Targa).

O modelo foi substituído pela Dino 308 GT4, com design mais rectilíneo, em modo coupé 2+2 e que se distinguiu pela estreia dos motores V8 na Ferrari.

Recordar que o primeiro motor V6 do Mundo foi produzido pela Lancia em 1950.

Características

Modelo: Dino ▪ Versão: 246 GT ▪ Potência: 195 cv (144 kw - 193 hp) ▪ Motor: 6 cilindros (motor em V) ▪ Cilindrada: 2.418 cm3 ▪ Distribuição: 12 válvulas ▪ Binário: 225 Nm (5500 tr/ min) ▪ Transmissão: Tração traseira, caixa de velocidades manual 5 velocidades ▪ Peso médio: 1303 kg ▪ Pneus: 185/70/14 (pneus a preços baixos) ▪ Relação potência / peso: 6.7 kg/cv ▪

Alimentação: 3 carburadores Weber 40 DCF▪

Famões do século XV a XXI

Encerra também uma faceta mais circunspecta. Foi o desportivo que Enzo Ferrari mandou construir para homenagear o filho, Alfredo Ferrari, conhecido por muitos como Alfredino Ferrari ou Dino Ferrari, que morreu aos 24 anos vítima de uma sombria distrofia muscular. Alfredo foi engenheiro mecânico e insistia na construção de um Ferrari mais acessível, mecanicamente mais “excepcional” e concordante como o que o futuro poderia exigir, principalmente nas corridas de fórmulas: que tivesse um motor de 6 cilindros em V, de 2,0 litros colocado centralmente… E que mais tarde se pudesse arquitectar um propulsor V6 DOHC 1,5 litros para equipar os monolugares de Fórmula 2 para a temporada de 1958. Pouco antes da sua morte, Alfredo Ferrari manteve acesas discussões com o então braço direito do seu pai, Vittorio Jano, sobre o futuro dos motores ligeiros e com muitos cilindros. Mal saberia “Alfredino Ferrari” que a Fórmula 1 encerraria das suas épocas mais loucas com monolugares precisamente equipados com motores V6 de 1.500 cc turbo alimentados que conseguiam potências máximas de 1.350 cavalos (1.010 kW) para o desempenho dos treinos cronometrados… E que hoje, competem equipados com motores V6 a 90 graus de 1,6 litros, naturalmente sobrealimentados.

no Salão de Paris, o motor ganharia o seu vestido mais célebre: a Ferrari Dino 206 GT, desenhada por Pininfarina.

Dois anos depois – em 1969 – a versão 206 GT (de que se venderam 150 exemplares) foi substituída pela Dino 246 GT e o motor foi amplificado de 2 para 2,4 litros e a potencia cresceu dos 180 para os 195 cavalos. Inesperadamente, o bloco do motor de alumínio foi substituído pelo ferro

Travóes dianteiros: Discos (270 mm) ▪ Travões traseiras: Discos (254 mm) ▪ Velocidade máx. 245 Km/h ▪ Comprimento: 423.4 cm ▪ Largura: 170.7 cm ▪Altura: 114.3 cm.

Medições: 0-100 km/h: 7.6 s; 0-120 km/h: 10.2 s; 0-130 km/h: 10.4 s; 0-140 km/h: 13.0 s; 0-160 km/h: 17.5 s; 0-180 km/h: 23.0 s; 0-200 km/h : 31.6 s; 0-220 km/h 46.6 s

Uma rápida consulta a fontes abertas permitem aceder a alguma informação sobre Famões, pese embora possa existir algum desfasamento entre o que se informa e o que na realidade os documentos comprovam. Ei-los:

1457 – O Casal do Pão, Famãees, pertencia á gafaria (hospital de leprosos) de Almada, estando aquela aforada (uma espécie de arrendamento perpétuo) ao tanoeiro Lopo Fernandes que o terá doado a uma Beatriz Lourenço. É indicada a fonte desta informação, como sendo a Chancelaria de D. Afonso V livro 7, estremadura, Fl.56V. e 57 F. (http://portugaltorraonatal.blogspot. pt/2012/04/freguesia-de-famoes.html)

1712 – Na mesma fonte se indica que o lugar de Famões, a par do de Pombais, este claramente em Odivelas, é referenciado na Cronografia do Padre António Carvalho da Costa. Porém consultada aquela obra no site da biblioteca nacional que a tem completamente digitalizada, constata-se que se dá noticia a partir da página 639 sobre a nossa terra, sob o título das Freguesias de Nossa senhora da Encarnação das Ameixoeiras, e do Menino Jesus de Odivellas (nesta época as freguesias eram apenas, e só, um território eclesiástico, uma vez que as freguesias seculares surgiriam apenas no século XIX, aquando do governo da Regência se fixou nos Açores durante as guerras liberais que opuseram D. Pedro IV a seu Irmão D. Miguel) e na página seguinte, 640, se refere que esta (freguesia) tem um Curado (uma parcela de território sob a jurisdição eclesiástica de um Cura) com 370 vizinhos distribuídos pelos seguintes lugares:

Barrosa, Moreira (serra da amoreira?)

Bica (ponte da bica?) Trigache, Porto (porto da paiã?) e Pombais.

Não é referido Famões, logo não existiria como lugar, e dos lugares referidos todos, excepto o do Trigache, ficam fora do actual território de Famões, o que permite inferir que o lugar de Trigache, cobria todo o actual território de Famões.

Ora sendo um lugar, um conglomerado de Casais, é de admitir a possibilidade de ter existido um Casal com o nome de Famões, e que por algum motivo se haveria de sobrepor ao do Trigache.

1758 – Nas memórias paroquiais deste ano o pároco refere que o lugar de Famões teria cerca de 44 pessoas. O Trigache merece também uma referência devido ás suas pedreiras e do papel por estas desempenhado no fornecimento de

pedra para a reconstrução de templos e edifícios afetados pelo terramoto de 1755. 1762-1833 – No documento fiscal “Décima da Cidade” (uma espécie de IMI criado após a Restauração de 1640 por D. joão I para manter um exército permanente de defesa do reino) o Casal de Famões ( aqui refere-se a Famões como sendo um Casal o que reforça a convicção de que Famões, como lugar, só mais tarde virá a surgir, sendo pois posterior ao Trigache) era propriedade da Misericórdia de Almada, e estava na posse de Manuel Francisco Camello. Consultada informação do Tribunal de Contas sobre este documento (a décima da cidade), encontramos a referência á “Freguesia do Menino Jesus de Odivelas” …

Provávelmente no seculo XIX, quando foram criadas as juntas de paróquia, seculares, embrião das actuais freguesias, que aproveitou a divisão eclesiástica, se tenha aproveitado para fazer cair a menção religiosa “menino Jesus” e ter ficado apenas “Odivelas”.

1852 – Criação do Concelho de Santa Maria de Belém a 11 de Setembro, nele se incluindo freguesia de Odivelas (á qual pertencia o lugar de Famões) e a de Carnide, o primeiro Presidente de Câmara foi o historiador Alexandre Herculano.

Extinto a 15 de Setembro de 1885. Registe-se a existência de uma placa alusiva ao Concelho de de Belém, situada no largo próximo da biblioteca municipal.

1885 – Criação do Concelho de Santa Maria dos Olivais por decreto de 11 de Setembro, e só concretizado a 8 de Outubro, sendo integradas neste Concelho as freguesias de Odivelas (á qual pertencia o lugar de Famões) e Carnide, juntando-se estas a outras que já lá estavam incorporadas.

1886 – Criação do Concelho de Loures, tendo ocorrido a sua instalação a 2 de Janeiro de 1887, e no qual se integrou a freguesia de Odivelas (com famões á boleia claro). Curiosamente a tomada de posse do Presidente da Câmara e Vereadores deu-se em Lisboa no largo do leão, ou seja, fora do novel concelho.

1989 – Aprovada a criação da Freguesia de Famões pela Lei 66/89, de 25 de Agosto, entrando em vigor dia 31 de Agosto, constituida pela localidade única de Famões. Eleições autárquicas neste ano determinaram a tomada de posse dos primeiros eleitos da Freguesia – os “fundadores”, nos quais muito orgulhosamente se inclui o autor destas linhas:

1998 – Aprovada a criação do Município de Odivelas, (incluindo a freguesia de Famões) pela Lei nº 83/98, de 14 de Dezembro, entrando em vigor no mesmo dia da sua publicação.

O processo de legislativo conducente á criação do Município de odivelas ( e o da Trofa pois foi no mesmo dia) foi excepcionalmente rápido pois o Presidente da República, Jorge Sampaio, quis evitar atingir o prazo em que forçosamente se teria de realizar eleições intercalares, o que foi conseguido.

Famões teve, na criação do Município de Odivelas, um papel ímpar e decisivo, pois, entre outras acções, foi aqui, em Famões, que se realizou o primeiro de dois encontros comensais (o segundo foi na Pontinha) de Presidentes de Assembleia de Freguesia, a fim de articularem procedimentos e garantir que os obrigatórios pareceres das assembleias fosse homogénio e sem “ruídos”. Algo conseguido com brilhantismno.

2001 - Aprovada a elevação da povoação de Famões a Vila pela Lei nº 58/2001, de 12 de Julho, entrando em vigor no mesmo dia da sua publicação.

2013 – Extinção da Freguesia de Famões.

Por último uma curiosidade sobre o topónimo de Famões: quem tiver a oportunidade de visitar o Eden PArk, propriedade de Jo Berardo, locali zado no Concelho do Bombarral, Distrito de Lei ria, passo a publicidade, mas é uma infraestrutu ra que vale mesmo a pena visitar com a familia, será um dia bem passado, e no fim ao encetar o regresso, faça um pequeno desvio (pouca coisa), e visite a localidade de Famões que aí existe. É um lugarejo, entre a aldeia e a vila, código pos tal, 2540-167, em termos de dimensão, pacato, e que toma o memso nome desta nossa terra.

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– por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

Transparência Internacional Portugal pede explicações à Entidade das Contas sobre extinção de processos a partidos políticos

ODIVELAS, UMA ILHA COM 26.54 Km2

O crescimento das urbes, nem sempre conduz a um desenvolvimento sustentado, e isso vê-se no binómio qualidade de vida versus acessibilidade a bens e serviços básicos.

Uma cidade como Odivelas, que conheceu um incremento exponencial na floresta de cimento em que se tornou, fruto da ocupação espacial potenciada pela população oriunda de outros lugares, aqui encontrando uma vasta área para implantação daquilo que outrora foi conhecido como bairros clandestinos, mais tarde eufemisticamente rebaptizada como AUGIS, áreas urbanas de génese ilegal, deu lugar a novas preocupações decorrentes dessa maciça demanda por terreno de construção.

Para além do gritante problema de uma reduzida mancha verde, em Odivelas avulta a exposição a questões de segurança, se em presença de catástrofes naturais, capazes de fazer desmoronar as pontes existentes ao redor de Odivelas.

Na verdade, a construção de uma rede viária, circundando o município de Odivelas, como é o caso da A36 (crel), da A9 (cril) da IC22 (Radial de Odivelas), transformaram a cidade e o município numa ilha com 26.54 Km2, para além da ribeira existente a qual só por si já era um obstáculo natural, embora confinada á parte sul da cidade.

São pelo menos 18pontes que nos ligam a Lisboa, e a Loures :

1 – acesso da CRIL ao Strada;

2 – aesso do Strada á CRIL;

3 – pequena ponte no porto da Paiã;

4 – ponte de acesso do Porto da Paiã ao vale do forno;

5 – acessos rodoviário em ponte junto a´escoal agrícola da Paiã;

6 – Ponte rodoviária da estrada de Stº Eloy para a Pontinha;

7 – Pequeno acesso em ponte para o Kartódromo de Odivelas

8 - Ponte das Patameiras para serra da luz;

A Transparência Internacional Portugal, (TI Portugal) escreveu hoje à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) solicitando esclarecimentos a propósito da decisão de se extinguirem os processos relativos às irregu laridades detetadas nas contas dos partidos políticos dos anos 2013 e 2014, e a falta de publicação das decisões da Entidade em maté ria de regularidade e legalidade das contas dos partidos e das campanhas eleitorais.

Na carta dirigida a Fátima Mata-Mouros, Pre sidente da ECFP, a organização de combate à corrupção assinala a gravidade das delibera ções conhecidas nos últimos dias, salientando que estas não apenas inviabilizam as compe tências da ECFP, como acabam por colocar em causa a sua própria existência. A TI Portugal relembra que à ECFP compete fiscalizar as contas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais, assegurar a apreciação da regulari

dade das receitas e das despesas apresentadas, identificar as irregularidades verificadas nas contas dos partidos políticos, a fim de permitir a situação financeira e patrimonial dos parti dos, dar transparência às sobreditas contas e prevenir as ilegalidades e irregularidades das mesmas.

“As deliberações da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos são para nós incom preensíveis, em particular porque parecem fun dar-se na falta de recursos. Que sentido tem existirem entidades de fiscalização que não conseguem cumprir plenamente a sua missão institucional porque não estão capacitadas para efeito?” – questiona Nuno Cunha Rolo, Presidente da TI Portugal

A TI Portugal faz ainda notar que a transparên cia das contas não está, nem fica assegurada, pela mera publicidade dada às contas dos

partidos políticos no site da ECFP, e que sem escrutínio, auditorias, e incumprimentos san cionados em caso de ilegalidade ou irregulari dade, cresce a falta de confiança dos cidadãos nos agentes políticos e em eleições livres.

“É preciso perceber quais as providências ado tadas pela ECFP no que respeita à aquisição e contratação de mais recursos e serviços, mas também o motivo pelo qual desde 2021, dei xaram de ser publicadas quaisquer decisões da Entidade em matéria de regularidade e lega lidade das contas dos partidos políticos e das campanhas eleitorais”, sublinha o Presidente da TI Portugal.

Leia aqui a Carta remetida à Entidade das Con tas e Financiamentos Políticos.

9 – Ponte de acesso a seguir ás bombas da feira do silvado para a estação intermodal do sr. Roubado;

10 – Acesso superior rodoviário sobre a Malaposta;

11 – Ponte rodoviária do Olival Basto para a rotunda da antiga Lar Giro;

12 - Pequena ponte da Póvoa de Stº Adrião, junto ao edifício devoluto da JAE (agora com obras de requalificação);

13 – Ponte da Radial de Odivelas sobre Odivelas;

14 – Ponte da Radial sobre a Ramada,

15 – Ponte ferroviária do metropolitano;

16 – Ponte viária junto ás portagens da CREL Montemor;

17 - Ponte do acesso viário superior junto ao Beatriz Ângelo.

18 - Ponte de entrada em Odivelas, pela escola Avelar Brotero;

Uma catástrofe ao nível de um tremor de terra, ou actos de terrorismo

visando essas infraestruturas, colocarão os odivelenses na posição de ilhéus indefesos, por corte das vias rodoviárias aéreas, e ferroviárias (metro) com a capital, onde se concentram o grosso dos meios de socorro e emergência. É certo que com a construção do Hospital de Loures, ficou mitigada essa situação de desfavor, no entanto a ligação a esta unidade hospitalar apenas é assegurada pela estrada nacional que liga a ponte da bica, na Ramada. Não é uma via rodoviária adequada ao escoamento de acidentados em caso de catástrofe, e sendo a única, o entupimento e consequente estrangulamento do fluxo rodoviário seria mais do que previsível.

Mais adequado será o acesso pelo alto da Ramada (parte nova a norte), com uma ampla via rodoviária em ambos os sentidos, desembocando perto do Hospital Beatriz Ângelo, isto se o acesso nº 17 não colapsar, caso contrário fica cortado o acesso a esta unidade hospitalar. O sentimento de segurança é ilusório, e pode levar a uma procrastinação das soluções, que contudo não resolvem tudo mas mitigam os efeitos e os impactos.

Assumindo estas infra-estruturas como necessárias, e são-no, indubitavelmente, resta a prevenção, cuja responsabilidade impende sobre o executivo municipal, não só de Odivelas mas também com os municípios confinantes destas infraestruturas, como é o caso de Lisboa, Amadora, e Loures, numa lógica de intervenção integrada de meios, e por isso ser incompreensível como o Plano Geral Municipal de Emergência de Odivelas declara, candidamente, na sua página 7, que não foi considerada a articulação com outros municípios. Mais uma vez se faz sentir a urgência das Regiões Administrativas.

Este plano consagra outra bizarria logo na página seguinte, no que se refere aos critérios para activação do plano, não contempla os actos de terrorismo, dito de outra maneira, se o plano for levado á risca, havendo actos de terrorismo visando as infraestruturas públicas, o plano não é activado.

Gizada a prevenção, é essencial sensibilizar a população sobre o modus operandi em caso de verificação de um cenário de catástrofe natural, ou acto terrorista, designadamente prevendo pontos de aglomeração/ concentração da população. Ora o plano acima aludido define, e bem, 3 pontos de concentração para a população: na cidade de Odivelas, é no antigo campo do Odivelas Futebol Clube (hoje com várias infra-estruturas desportivas reduzindo drasticamente o espaço livre para concentração de pessoas); na Pontinha é no campo de futebol Tenente Valdez; e em Caneças no respectivo campo de Futebol.

Nos meios a utilizar, e considerando que Odivelas se pode transformar numa “ilha” salta á vista de qualquer um que o meio helitransportado é a solução mais eficiente e mais eficaz.

Ora isso, não só, não está previsto, como não existe nenhum espaço onde se possa fazer aterrar um helicóptero de emergência.

Não basta pois fazer uns quantos prospectos informativos, ou ter no site do município a informação pertinente.

Antes de mais urge rever este plano, obsoleto, e chegar aos odivelenses, começando pelas comunidades escolares, um bom meio para replicar a informação, sem esquecer que nenhum plano é bom se não for testado em contexto real. Isso é inegociável.

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Ficha Técnica Noticias LX - Diretor: António Tavares - Editor e Redação: Alameda Salgueiro Maia, Lote 4, 1º andar –Gab 8, 2660-329 Santo António dos Cavaleiros | NoticiasLx@sapo.pt Colunistas: Oliveira Dias, Paulo Bernardo e Sousa, Ricardo Henriques, Nuno Miguel Botelho, Fernando Pedroso, Ricar do Andrade, Maria Máxima Vaz, David Pinheiro, Filomena Francisco, Vitor Manuel Adrião, Pedro Almeida, João Calado, José Maria Pignatelli, Filipe Martins, Ricardo Helena. Inscrição na ERC: 127230 | Periodicidade Semanal Estatuto editorial: https://noticiaslx.pt/estatuto-editorial/ | Regras editoriais: https://noticiaslx.pt/regras-editoriais/ NoticiasLx: https://NoticiasLx.pt

Distribuição nos meios digitais para uma audiência de 30.000 pessoas nos concelhos de Loures e Odivelas

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