NoticiasLx 14Maio2022

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14 de Maio de 2022

Loures | Odivelas

Número 12

Odivelas, Dom Dinis e o Urso SIMAR – Relatório de Gestão e Contas 2021 OS TRANSPORTES NO TERMO

Odivelas 2030: Empresas,Emprego e Desenvolvimento

Ricardo Leão visitou terrenos da Jornada da Juventude com representante do Vaticano ROMEU & JULIETA, UMA TRAGÉDIA CDU

Crianças visitam instalações da Assembleia Municipal de Loures


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NoticiasLx, 14 de Maio de 2022

EDITORIAL

Indice Faz Sentido um Sindicalismo Partidário?

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Autoridades Metropolitanas de Transportes: Modelo Organizativo

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Larmanjat e outros transportes no Termo (Loures | Odivelas)

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Memórias de uma obra de arte…

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António Costa e o empobrecimento de Portugal…

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O Dia Municipal do Bombeiro vai ser assinalado nos dias 14 e 15 de maio

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Odivelas, Dom Dinis e o Urso

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Se Queres a Paz, Constrói a Paz!

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Campanha de Esterilização de Cães e Gatos - Inscrição até 30/6

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ATIVIDADE FISICA E JUVENTUDE

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SIMAR – Relatório de Gestão e Contas 2021 13 REALPOLITIK

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C U L T U R A

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Odivelas 2030: Empresas, Emprego e Desenvolvimento

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ROMEU & JULIETA, UMA TRAGÉDIA CDU

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PASSEIO RIBEIRINHO POR CONCRETIZAR

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Faz Sentido um Sindicalismo Partidário?

Contrariamente ao Sindicalismo da I República que não estava subordinado aos interesses dos partidos numa CGT em que o “sindicalismo revolucionário” era a linha dominante e que publicava um jornal diário “A Batalha” onde colaboraram pessoas como Ferreira de Castro, hoje assiste-se, depois de vencida a opção da unicidade, ao sindicalismo defendido pelas duas centrais UGT e CGTP que quase sempre refletem as “recomendações” dos partidos que são dominantes em ambas as organizações. Do lado da CGTP, é reconhecida a falta de democracia interna que leva inclusive a que a tendência do Bloco nem sequer veja reconhecido o direito a que as suas moções sejam admitidas à discussão e que nas manifs o Bloco seja impedido de estar nas filas dianteiras não impedindo, mesmo assim, um grande cumprimento de Catarina Martins do Bloco à secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha, como vimos recentemente nas Tvs nacionais. Do lado da UGT, os militantes do PS e PSD, cujos partidos estiveram, ao mais alto nível, envolvidos na criação desta central sindical, assiste-se a um alinhamento de posições na ação de acordo com o que é mais conveniente para o Governo central. Para além do apoio jurídico, que os sindicatos autónomos também podem oferecer, que mais valia têm as centrais sindicais para os trabalhadores? Participarem como centrais sindicais nas reuniões da Concertação Social? Os delegados sindicais ouvem os trabalhadores sobre as posições que devem defender nessas reuniões ou são mais uma vez os partidos que ditam a posição oficial das suas centrais? É poucochinho… Para além de estarem em causa as estruturas sindicais e a forma como são eleitos os delegados sindicais, faz sentido as regalias que detêm os delegados sindicais? Obviamente

que um delegado sindical nunca deverá ser despedido de forma arbitrária quando o motivo é a sua atividade sindical. E não fará sentido um conjunto de incompatibilidades que impeça, por exemplo, um delegado sindical de ter cargos de direção partidária e ser eleito nos órgãos do poder local? Na verdade estão aqui em perspetiva duas formas distintas de ver a atividade sindical – A atividade autónoma e a atividade sindical cingida às influências do partido. Os sindicatos autónomos são prova disso e a formação como cogumelos de algumas associações sindicais para fins específicos, sofrendo algumas de um oportunismo setorial, levaram a que recentemente saísse legislação que obriga a um número mínimo de trabalhadores representados para ser reconhecida uma estrutura sindical, não deixam de qualquer forma de ser motivo para ponderação. Não podemos deixar de fora a queda abrupta dos sindicalizados. As razões podem ser encontradas, por exemplo, no forte controlo partidário e na falta de inovação em todos os aspetos do movimento sindical, na prática os sindicatos e suas centrais continuam a comportar-se como se continuássemos no inicio do séc. XX e nem a autonomia da I República conseguem assegurar. Quanto às bandeiras dos aumentos salariais, que são grosso modo as linhas de força dos Sindicatos e das suas Centrais, valerá a pena ponderar que nem todas as empresas têm a mesma realidade e um mesmo técnico com a mesma especialidade e categoria não poderá ter salário igual em todas as empresas… e então como resolver de uma maneira justa esta questão? O salário deve ser indexado à empresa, constituindo uma base de cálculo indexada ao volume da faturação da empresa e à produtividade (aos lucros poderia ser muito enganador). Obviamente que a lei natural iria levar a que os melhores técnicos procurassem as melhores empresas, sendo claro para os empresários que a massa salarial partindo de um valor mínimo, até um valor máximo, teria sempre em conta o volume da faturação e produtividade – critérios claros e, desta forma, todos teríamos a ganhar até no planeamento a médio prazo da atividade económica. - António Tavares Diretor

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Autoridades Metropolitanas de Transportes: Modelo Organizativo formas distintas: regulação direta ou mercado concorrencial através de tendering. Nesta última situação, as Autoridades Metropolitanas de Transportes serão responsáveis por selecionar a proposta com a melhor relação preço/qualidade para a execução do serviço de exploração apresentado pelos diferentes operadores, procurando contratualizar a proposta mais adequada ao serviço a prestar em determinada área urbana, rede ou linha, o que corresponde ao modelo que se encontra em fase de implementação na Área Metropolitana de Lisboa. Nas últimas quatro décadas, tem-se verificado a reestruturação dos modelos organizativos dos sistemas de transportes públicos nas áreas metropolitanas de muitas cidades europeias. Estas reestruturações têm sido motivadas com o objetivo de proporcionar uma gestão do financiamento com dinheiros públicos mais eficiente e eficaz, sem colocar em causa a qualidade do serviço público proporcionado aos utentes. Na implementação de modelos organizativos emergentes no sector do transporte público nas áreas metropolitanas de grandes centros urbanos, verifica-se uma preocupação crescente com a melhoria da qualidade do serviço público prestado, como forma de atração de mais utentes e desincentivo à utilização de transporte próprio, como forma de assegurar a sustentabilidade do sector a preços competitivos, aumentar a mobilidade dos cidadãos através da redução dos congestionamentos e redução dos impactos no meio ambiente. A adoção de novos modelos organizativos no sector dos transportes procura dar cumprimento às políticas definidas pela Comissão Europeia para este sector, refletidas no documento publicado em finais de novembro de 1995, com o título THE CITIZENS’ NETWORK European Commission Green Paper. No sector do serviço público de transportes podemos encontrar três tipos de sistemas com características diferenciadoras: sistemas regulados; sistemas de concorrência limitada; sistemas desregulamentados, também designados por sistemas de livre concorrência. Cada modelo assume características intrínsecas podendo observar-se uma intervenção direta ou indireta do estado. A título de exemplo, ao nível do serviço público de transportes, a oferta disponibilizada aos seus utentes pode ser condicionada, ou não, pela intervenção do Estado. Havendo uma intervenção estatal, ela poderá ser realizada de duas

A adoção do modelo organizativo assente na iniciativa da Autoridade Metropolitana de Transportes implica a sua responsabilização pela prestação do serviço público de transportes num quadro legal de monopólio, em que a entrada de um qualquer operador de transportes resulta apenas da vontade da autoridade em solicitar a esse operador a realização de um determinado serviço. A regulação do sector de transportes públicos assente numa estratégia de mercado de concorrência controlada assume-se como a forma de regulação que melhor combina o trinómio eficiência económica, qualidade do serviço prestado e o incentivo à utilização do transporte público. Todavia, é fundamental que os benefícios económicos sejam encarados numa perspetiva de longo prazo, evitando-se que um operador selecionado para prestar determinado serviço assuma uma posição de monopólio privado. Impõe-se a existência de uma pressão constante sobre os custos, não permitindo que se retire ao mercado a experiência técnica do controlo público. Existem vários exemplos de sucesso no sector dos transportes em grandes áreas urbanas, da passagem de mercados fechados para mercados de concorrência controlada, sendo exemplo disso, a transição efetuada no serviço de transportes públicos da cidade de Estocolmo. Em 1990, 70% dos custos operacionais inerentes à prestação do serviço público de transportes era suportado através de financiamento público. Em 2002, os subsídios públicos já representavam apenas 50% dos custos operacionais. Esta redução da comparticipação com fundos públicos foi conseguida simultaneamente com um aumento dos níveis de qualidade do serviço prestado.

Pág. 3 Esta estrutura de modelo organizativo para as Autoridades Metropolitanas de Transportes tendencialmente deverá induzir um processo prévio de certificação dos operadores rodoviários que podem operar em determinada área geográfica. Assim, só operadores certificados/licenciados poderão ser opositores em concursos públicos lançados para assegurar determinado serviço, potenciando-se elevados padrões de qualidade do serviço prestado a custos controlados. Por outro lado, na concessão de serviços, o operador suporta o risco inerente à montagem da estrutura necessária para prestar o serviço e à respetiva operação. As concessões caracterizam-se pela transferência da responsabilidade operativa, sendo o operador remunerado pelo utente do serviço através do pagamento de uma tarifa considerada justa. Pretende-se assim estimular a prestação de um serviço eficiente atingindo objetivos definidos pela Autoridade. Por outro lado, as especificidades de determinada área geográfica podem impor uma estrutura diferente ao modelo organizativo assente em mercados de concorrência limitada, encarando o licenciamento como uma forma de concorrência direta, em conjugação com os conceitos de concessão e autorização. Neste contexto, o licenciamento constitui apenas uma certificação de determinado operador de transportes para entrar no mercado, em função de um conjunto de requisitos pré-definidos, tais como a sua reputação, dimensão da frota, qualidade e diversidade da mesma, situação financeira, competência profissional, etc. João Calado (Professor Coordenador c/ Agregação do ISEL) (ex-Vereador do PSD)


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HISTÓRIA E PATRIMÓNIO

Larmanjat e outros transportes no Termo (Loures | Odivelas)

para o cocheiro e os sotas (isto cerca de 1802). Serviço executado duas vezes por semana, o horário coadunava-se com o aproveitamento da melhor temperatura do dia, no Inverno, sendo a partida às 5 horas; no Verão, às 17 horas (in Maria Amélia Capitão, ob. cit.). A par da mala-posta, criada para longos cursos, havia as carruagens públicas, ou omnibus (do latim omnes = todas as pessoas, toda a gente), fazendo pequenas carreiras em Lisboa e também ligando esta aos lugares mais próximos no Termo: Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra e Loures. A Companhia de Carruagens Omnibus de Lisboa foi constituída com estatutos aprovados em Abril de 1836 (ou em 29.4.1837), tendo as carreiras começado com dez carros, em 1835. O omnibus era um carro pesado e barulhento de grandes dimensões, com quatro rodas, cinco janelas de cada lado, porta na retaguarda, estribo para os passageiros subirem, etc. Podia transportar quinze pessoas. Era puxado por duas parelhas de cavalos ou de muares, indo um sota na parelha da frente e o cocheiro sentado no tejadilho, com as rédeas bem seguras. A aparição da concorrência de outras companhias de carruagens, ditou o declínio desta primeira empresa de omnibus (nome que se popularizou no Brasil sob o designativo ónibus, que entre nós, portugueses, é o autocarro) por volta de 1868, o qual já começara em 24.2.1865, quando um violento incêndio nas suas cocheiras matara mais de metade dos cinquenta cavalos (in Vasco Callixto, As Rodas da Capital – História dos Meios de Transporte da Cidade de Lisboa, Junta Distrital de Lisboa, 1967).

O

projecto literário que encetei no início de 1990 sobre a Cultura Saloia do Termo de Lisboa, o qual ainda aguarda edição pela Entidade Autárquica Odivelense ou Lourense (das duas, uma… que ambas foram contactadas há muito, e de ambas ainda aguardo resposta), levou-me a inscrever no mesmo e publicar modestamente às minhas próprias custas em edição limitada mas ainda assim muito divulgada, este estudo datado de 1994, com o título original de Transportes saloios no século XIX. Com efeito, ainda nos inícios do século XX rareava o transporte regular de pessoas do Termo para a capital, e vice-versa. Havia a diligência, antigo meio de transporte

do colectivo, puxada por fogosos cavalos, vinda de Torres Vedras, atravessando Loures e procedendo à muda de equídeos na estação da Malaposta, junto ao Olival Basto, antes de seguir para a estação central na Calçada do Combro, junto ao Correio Geral, conforme informa Maria Amélia da Motta Capitão in Subsídios para a História dos Transportes Terrestres em Lisboa no Século XIX, Lisboa, 1974. O serviço de mala-posta, inaugurado em 17.9.1798, desapareceu por completo no primeiro quartel do século XX, tendo sido o principal meio de comunicação e distribuição de correio na Estremadura. Além do correio, a diligência podia levar quatro passageiros, ao preço de 9.600 réis por pessoa, e mais 320 de gorjeta

Em 1870, o lisboeta e o saloio conheceram um “exótico” comboio de tracção mecânica: o larmanjat (nome herdado do francês seu criador, J. Larmanjat). Este comboio deslizava sobre um carril central e duas “passadeiras” de madeira, para as rodas laterais. Em 31.1.1870 foi inaugurado este sistema em Lisboa, no trajecto Largo de Santa Bárbara – Alameda do Lumiar, gastando cerca de uma hora na viagem de ida e volta. A estação central ficava no Palácio dos Condes de S. Miguel, na Rua de Arroios. O larmanjat foi mal aceite por utentes e não utentes, cocheiros e carroceiros, poetas e toda a imprensa, ridicularizaram-no, chamaram-lhe “comboio de areia”, “demónio negro”, etc. Houve mesmo espancamento de maquinistas e actos de sabotagem. Para revigorar este sistema foi fundada uma empresa inglesa, que recebeu as concessões da anterior: a Companhia dos Tramways a Va-

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NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 por, com escritórios em S. Sebastião da Pedreira e estação central nas Portas do Rego, de onde partiam duas novas linhas: a de Sintra, inaugurada em 2 de Julho (ou Junho) de 1873, sendo aberta ao público no dia 5. Gastava 1 hora e 55 minutos na viagem; e a de Torres Vedras, cujo serviço começou em 6.9.1873, levando cerca de 5 horas por viagem. Houve muito entusiasmo das populações que vitoriaram o rei D. Luís, a soberana inglesa, o marechal Saldanha, etc., quando se mostraram viajando neste comboio, num acto político público visando demonstrar que este era um meio de transporte seguro, o que não convenceu praticamente ninguém, e foram aclamados só pela sua grande coragem, ousadia ou loucura em viajar no “comboio da morte”, fama de que nunca se livrou enquanto existiu. Com efeito, o larmanjat teve vida curta por causa dos frequentes descarrilamentos, dos tombos dos passageiros, das avarias, da muita poeirada, dos grandes atrasos e, em especial, da má administração da empresa. Apesar de terem sido organizados serviços especiais para as feiras do Campo Grande e das Mercês, o larmanjat acabou de vez em 1877 (in Francisco Santana e Eduardo Sucena, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994). Ainda acerca da via monocarrilada Larmanjat, Torres Vedras – Lisboa, atravessando Loures, escreveu Adão de Carvalho (in Memórias de Torres de Vedras, Assembleia Distrital de Lisboa, Serviços de Cultura, 1991): “Em 6 de Setembro de 1873, foi inaugurado o caminho-de-ferro Larmanjat, entre Lisboa e Torres Vedras, sendo a estação desta vila situada no Bairro Tertuliano, no velho prédio de primeiro andar existente por detrás da casa do Sr. Venceslau dos Santos. “As estações eram: Turcifal, Freixofeira, Barras, Vila Franca do Rosário, Malveira, Venda do Pinheiro, Lousa, Pinheiro de Loures, Loures, Santo Adrião, Nova Sintra (nome de armazém ainda existente ao início da Calçada do Carriche, no Olival Basto, um pouco adiante do edifício da Mala Posta – Nota V.M.A.), Lumiar, Campo Grande, Campo Pequeno e Lisboa. “O preço das passagens para Lisboa era de novecentos réis, em 1.ª classe, e setecentos réis, em 3.ª. Não tinha 2.ª classe. “A linha, muito rudimentar, com um carril central de ferro e calhas laterais de madeira, acompanhava em quase toda a extensão a estrada real (de Mafra); porém, este sistema

deu tão maus resultados, pelos contínuos descarrilamentos e tombos em toda a viagem que os passageiros sofriam, que estes preferiam as diligências. E assim, ao fim de poucos meses de exploração, acabou o caminho-de-ferro Larmanjat.” Os até aqui citados eram os principais meios de transporte colectivo em Oitocentos, no Termo dos Saloios. No entanto, não há a esquecer que por norma o saloio não era pessoa de largos recursos económicos, sendo por força do destino obrigado a recorrer a meios de locomoção mais acessíveis à sua magra bolsa. Então, vê-se a presença quase permanente do burro, animal aplicado a todos os serviços pelo “homem do campo” estremenho que fez dele o “camelo” da Europa, o seu prestimoso servidor, ajudando-o na labuta do agro, nas idas à cidade, sempre dócil e sempre infatigável. Como o seu dono, de pouco se alimenta. Comprar um jumento no século XIX era relativamente barato: em 1890 um burro valia 10.000 réis e uma burra, meia moeda. Os burritos novos, com menos de um ano, davam-se. Segundo João Paulo Freire (in O Saloio: sua origem e seu carácter: fisiologia, psicologia, etnografia, Porto, 1948), o modo como o saloio aparelha o seu burro é o mesmo utilizado na Idade Média: é ainda o albardão mourisco com arção em meia-lua. E os ceirões de esparto bifurcados no dorso da azémola, são a cópia flagrante dum costume persistente em Marrocos. A aparelhagem do burro saloio consta do albardão, albarda e almantricha. O albardão para os serviços do campo, a albarda para a viagem, e a almantricha (com cadeirinha ou sem ela) para transporte de pessoas do sexo feminino, geralmente saloias abastadas. Algumas vezes os ceirões eram substituídos por cestos convenientemente ligados (in Maria Isabel Ribeiro, O Saloio de A a Z, “Boletim Cultural´93”, Câmara Municipal de Mafra). Bom caminhante, tanto o saloio mendigo como o feirante ou o romeiro, não se escusavam a fazer longas jornadas a pé. Por vezes, conseguiam boleia desta ou aquela galera (carroça destinada a transportar cargas), puxada por uma ou duas parelhas de cavalos ou muares, carregadas de produtos hortícolas de Torres Vedras para Lisboa, ou com as trouxas de roupa lavada das lavadeiras de Caneças e Loures para as freguesas da cidade. Às portas do Lumiar, ainda subjaze a memória toponímica dum tempo não muito afastado: a “Rua das Lavadeiras” da Ameixoeira. Quanto ao saloio abastado, deslocava-se

montado num cavalo, aparelhado de forma simples. A saloia abastada, preferia tanto a jumenta como a égua ou a mula. Com o avanço do século XX e a evolução dos meios de transporte, aos poucos o Termo dos Saloios foi perdendo o folclore singular das suas locomoções próprias, muar ou asinina, substituindo-as por camionetas de caixa aberta ou tractores. Outros, para irem à cidade, hoje basta comprarem um bilhete de autocarro, de comboio ou até de metropolitano. Resta a memória desta vertente social da vivência saloia. Cabe à Museologia conservá-la e transmiti-la aos presentes e vindouros, desta maneira preservando-os das malfazejas anemias culturais. Para quando um MUSEU HISTÓRICO-ETNOGRÁFICO DE ODIVELAS, com secções desde o Paleolítico, Idade Média, Renascença, Romantismo e Modernidade, incidindo nas várias vertentes da Cultura Saloia Odivelense? Não existe porque o património anda disperso? Bem sei, pois que se o reúna, catalogue e expunha em espaço público condigno, já que é indigno gastar os honorários públicos em obras de “faz-de-conta” com funcionários de “passa-tempo” e “deixa andar”, desleixados e autistas, alguns apesar de diplomados mas sem experiência nenhuma em cultura autárquica, mal conhecendo os lugares onde são colocados para prevenção do património histórico-cultural local (dizendo isto, não se pense que eu ambiciono algum “tacho” camarário, que isso não funciona comigo: se porventura o solicitador solicitar-me, terá que ser tudo “preto no branco”, sem falcatruas de espécie alguma que ao fim de 35 anos já é difícil enganarem-me, porque não carrego ilusões nenhumas em matéria de política autárquica e mesmo nacional). Enquanto isso, para uma cidade secular como esta de ODIVELAS, ainda nem sequer se pensou na necessidade cultural de um Museu expositor da sua identidade. Sobre isto muito teria ainda a dizer, mas fico-me por aqui, “apeando-me” neste estudo breve dos transportes públicos no Termo dos Saloios.

Vitor Manuel Adrião (Professor e investigador) 4 de Julho de 2009


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Memórias de uma obra de arte… Lancia S4 e o Ford RS 200, no Mundial de Ralis. Acabaria por ser uma iniciativa fortuita: O Grupo B foi banido da competição após o acidente que vitimou Henri Toivonen, piloto finlandês que foi protagonista de um acidente fatal em 2 de maio de 1986 durante o Rali da Córsega do Mundial da especialidade.

NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 gãos mecânicos. Acabava de passar de uma versão com 1330 quilos para uma outra com apenas 880 quilos. Estiava ao volante de um carro de corridas com os impressionantes 2,2 quilos por cavalo que, num arranque mais descuidado, colocava-me a 100 quilómetros por hora em 3 segundos. Mais: entre os 11 e os 13 segundos já rolava a 200 km/h seguramente… Atentos que neste superdesportivo o velocímetro não faz parte do equipamento.

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António Costa e o empobrecimento de Portugal… sentido deste não ser um incómodo para o PS e para o seu processo hegemónico de poder em Portugal. Esta falta de independência de alguma comunicação social é bem elucidativa da falta de qualidade da nossa democracia, sendo uma das razões para estarmos atrás de países como, a Noruega; a Finlândia; a Suécia; a Irlanda e a Suíça, no ranking que a revista “The Economist” publica anualmente sobre o índice de democracia de cada país.

Mas a velocidade máxima pouco importava:

2,2 quilos por cavalo é obra!

Por que há experiências inesquecíveis e por haver sempre um industrial mais ousado, partilho a recordação “Peugeot 406 coupé Grand Raid” na rampa do Pikes Peak. Um ensaio de um carro de corridas que acabaria por não ter futuro exclusivamente por alteração de regulamentos da então Federação Internacional do Automobilismo. No final dos Anos 80’ do século passado, entre 1988 e 1990, a Peugeot decidiu rivalizar com o Lancia Delta e o Audi A4 Coupé: lançou uma versão coupé do modelo 405. Aproveitou o compasso de espera da passagem do modelo 205 para o 206, para o fazer com forte inspiração competitiva. Projectou uma versão Grand Raid e uma outra dirigida exclusivamente às celebres corridas na rampa mais louca dos Estados Unidos, no maciço Pikes Peak, no centro do Estado do Colorado.

Os rankings entre os diferentes países têm a grande vantagem de possibilitar às opiniões públicas a aferição, do grau de desenvolvimento das diferentes economias nacionais, entre si, especialmente no âmbito da mesma zona de influência geoestratégica. As imagens recordam as passagens de Vatanen, na subida do Pikes Peak

Primeiro teste numa adaptação para versão cliente: Motor 4 cilindros de 2 litros (1.998cm3) colocado transversalmente em linha, com comando duplo no cabeçote 4 válvulas por cilindro e uma taxa de compressão anunciada de 8:1. Esta versão debitava 240 cavalos a 6500 rpm, a alimentação era por injeção eletrónica multiponto e turbocompressor Garret, e a caixa de velocidades de 5 marchas para uma tracção integral regulável. Esta versão já possuía travões com sistema (ABS), um pequeno luxo há época. O ‘406 coupé’ tinha um comprimento de 4,40 metros e atingia uma velocidade máxima 260 km/h, e uma aceleração de 0 a 100 Km/h em 5,2 segundos.

Vão do motor colocado centralmente e na posição transversal

Conduzia um dos carros mais rápidos do planeta de então. Importava ser delicado com o pé direito sobre o acelerador, para disfrutar do prazer de ouvir o rugir de um motor de 2 litros dos mais fantásticos que a PSA - actualmente integrada no grupo Stellantis - já produziu. Também experimentar o bailado (relativo) sobre a terra batida e dando alguma margem ao erro, nas curvas largas do trajecto. Impressionante era a constante sensação de estar dentro das costas do banco, tal eram os ‘coices’ que levava por cada vez que engrenava uma marcha, mesmo a 5ª velocidade. De qualquer modo, recordo que a super versão Pikes Peak ficou de fora. 600 cavalos só estavam à dimensão dos pilotos da companhia de então: o finlandês Ari Vatanen, o sueco Bjorn Waldegard e o belga (ex-piloto de Fórmula 1) Jacky Ickx. - por José Maria Pignatelli (Texto não está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)

O belga Ickx no prologo do Paris-Dakar, onde perdeu a porta

O maior objectivo era suplantar o Audi, mas principalmente intrometer-se na hegemonia do

Inolvidável foi a prova ao volante do Grande Raid: apenas semelhante à versão cliente à vista. Ainda que munido com o mesmo motor, a potencia era de 400 cavalos a ressoarem numa carroçaria toda em kevlar e carbono, materiais compósitos que se estendiam a alguns dos ór-

Vem isto a propósito de dados recentemente compilados pelo Eurostat (Gabinete de Estatística da Comissão Europeia), ao nível do Produto Interno Bruto (PIB), per capita, em que Portugal, comparativamente com os outros 27 Estados-Membros, baixou de 78% da média da União Europeia, em 2015, quando António Costa, assumiu o cargo de primeiro-ministro, para 74% em 2021, após 6 anos de governos da geringonça. Diga-se, desde já, que o Eurostat é um gabinete de estatística que está fora do jogo da política partidária e os seus dados devem merecer a nossa melhor atenção e credibilidade. Mas se fizermos essa comparação com os dados deste século, verificamos que, em 2001, Portugal registava 84,1% da média da União Europeia, considerando os mesmos 27 Estados-Membros, ou seja, não considerando o Reino Unido que, entretanto, saiu da família europeia. Portugal está desde 2001 a perder posições neste ranking do PIB, per capita, e isso tem sido olimpicamente omitido pelo nosso governo. A famosa máquina de marketing político do PS é completamente omissa a este respeito, o que até se compreende numa perspetiva sectária, característica do ADN socialista. O que já não se compreende é que alguma comunicação social, perfeitamente engajada com o sistema, não dê ao assunto a relevância adequada, o que legitimamente nos leva a cogitar que não quer perder os favores de subsídios a fundo perdido que o governo vai soltando, de quando em vez, exatamente para condicionar a independência do chamado quarto poder, no

Mas voltando ao tema do ranking do PIB, per capita, Portugal em 2021 já foi ultrapassado pela Eslovénia, por Malta, pela República Checa, pela Hungria, pela Polónia e pela Lituânia. Considerando o crescimento constante, desde 2019, da Roménia e da Letónia, ao contrário de Portugal, é provável que, em pouco tempo, estes dois países também nos ultrapassem. Com este ritmo de crescimento da economia portuguesa arriscamo-nos a rivalizar com a Grécia e a Bulgária, e mesmo aí não haverá garantias de não sermos ultrapassados, nos próximos anos, por estes dois países. A questão que se põe é a de saber se estes indicadores são uma inevitabilidade de um determinado fatalismo português, ou se, pelo contrário, poderiam ser bem diferentes, do que efetivamente são, pela positiva. Portugal está a pagar a ambição desmedida de António Costa que apesar dos resultados poucochinhos que obteve nas eleições legislativas de outubro de 2015, pretendeu formar o governo da geringonça, ficando na mão do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda, o que condicionou a governação de Portugal até 2021, com uma ausência de reformas e com a estagnação da economia, o que nos remeteu para a cauda da Europa em termos de desenvolvimento económico e social. Embora António Costa já não necessite da geringonça para se manter no poder, a situação em Portugal não se afigura muito diferente, apesar da oportunidade que poderia advir dos investimentos, a fundo perdido, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No período de 2014-2020, Portugal, um dos países da coesão, não aproveitou devidamente os fundos europeus para o seu desenvolvimento económico e sustentado e tudo leva a crer que, desta vez, com o PRR e a nova política de coesão de 2021-2027, infelizmente, seja mais do mesmo.

Pág. 7 Portugal é beneficiário líquido do orçamento europeu, desde a sua adesão à União Europeia, em 1986, e apesar disso deixou-se ultrapassar por alguns países que apenas aderiram em 2004, o que não abona a favor da nossa capacidade de inverter o atual estado anémico de desenvolvimento económico em comparação com os países mais dinâmicos e desenvolvidos da União Europeia. Outra questão é a de saber até quando os países contribuintes líquidos do orçamento europeu estão dispostos a pagar a incapacidade crónica e endémica de Portugal reverter o estado da sua economia, entrando definitivamente no grupo dos países que se bastam a si próprios. Há demasiado tempo que Portugal depende economicamente de outros países e isso não parece preocupar o governo e sua clientela partidária que gostam de estar de mão estendida, à porta dos bancos, havendo até um episódio a este respeito que envergonhou Portugal, em contexto europeu, com uma infeliz e inoportuna graçola de António Costa que em matéria de humor também deixa muito a desejar. De acordo com previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), até 2027, entre os países da coesão, Portugal continuará a divergir da União Europeia, com um desenvolvimento medíocre, em que só a Espanha terá um crescimento menor que o do nosso país. Uma das razões para a previsão pessimista do FMI para o crescimento económico de Portugal, até 2027, com certeza que terá a ver com a obsessão de António Costa em desviar as verbas do PRR em cerca de 70% para o setor público em detrimento do setor privado. Triste sina a dos portugueses. Até quando a forte gente de Portugal será governada por tão fraca gente. - Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO


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OS NOSSOS DESTAQUES

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Odivelas, Dom Dinis e o Urso

O Dia Municipal do Bombeiro vai ser assinalado nos dias 14 e 15 de maio

tença dos infantes primogénitos, ou do próprio Rei. O Rei nunca andava sozinho. Ora se toda a narrativa lendária (narrativa exotérica) não corresponde a factos reais, então só nos resta a via simbólica (narrativa esotérica) desses episódios, e aí, sim, tudo começa a fazer sentido.

MOSTRA DE ARINTO

Visita comentada sobre mitologia e arte barroca A Mostra de Arinto de Bucelas e Sabores Saloios Pelas 10 horas, a Autarquia promoestá de regresso a Loures nos dias 3, 4 e 5 ve a iniciativa “A sagração da pride junho. mavera: entre a mitologia e a arte barroca”, no Palácio dos Arcebispos, em

O Dia Municipal do Bombeiro vai ser assinalado nos dias 14 e 15 de maio pela Câmara Municipal de Loures, com um conjunto de iniciativas nas quais toda a população está convidada a participar:

No sábado, os sete quartéis dos bombeiros – Bucelas, Camarate, Fanhões, Loures, Moscavide e Portela, Sacavém e Zambujal – estarão abertos à comunidade, entre as 10 e as 18 horas. Também no dia 14, pelas 21 horas, irá decorrer, no Quartel dos Bombeiros Voluntários do Zambujal, a sessão pública de homenagem aos bombeiros do concelho de Loures, que contará com a atuação da Banda da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Zambujal. No dia 15, a partir das 16 horas, realiza-se o tradicional desfile apeado e motorizado, entre o Quartel dos Bombeiros de Sacavém e a Avenida Estado da Índia, em Sacavém.

Santo Antão do Tojal. Trata-se de uma visita comentada aos azulejos barrocos do palácio, na perspetiva da arte e da mitologia clássica, que contará com a participação de Filomena Barata e à qual se seguirá um piquenique nos jardins. A iniciativa terá um cariz solidário, com o valor de entrada em bens não perecíveis, que reverterão para a Casa de São Francisco. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia, através do endereço de correio eletrónico museu_vinho@cm-loures.pt ou do telefone 924 487 297.

Esta iniciativa, que pretende dar a conhecer o Arinto de Bucelas e os produtos saloios da região, através de provas e degustações, vai realizar-se no Jardim Major Rosa Bastos, em Loures. Tasquinhas, showcooking, concertos de Jazz, Chill Out e DJ’s são outras propostas disponíveis, ao longo dos três em que decorre esta mostra.

Oficina “Cidades e comunidades sustentáveis” 14 de Maio, às 10:00 e 15:00

Oficina “Cidades e comunidades sustentáveis” 14 de Maio, 15:00

Esta oficina realiza-se às 15 horas, no Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho, em Santo António dos Cavaleiros, e constitui um convite aos participantes para que recuem no tempo e aprendam como os nossos antepassados usavam as plantas para diversos fins. A participação é gratuita, mas limitada e sujeita a inscrição prévia, através do endereço de correio eletrónico se_conventinho@cm-loures.pt ou dos telefones 211 150 175 e 211 151 507.

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H

á muitas formas de se apresentar uma história, ou, para utilizar um termo mais actual, uma narrativa, utilizando-se várias técnicas a fim de facilitar, ao destinatário, a sua compreensão. Não é por acaso que, por exemplo, a bíblia apresenta as suas narrativas recorrendo a parábolas, são mais eficientes, em termos da mensagem, facilmente entendidas, pelo vulgo (povo) e por isso reunidas na Vulgata (Bíblia), e escrita na língua vulgar mais internacional da época – o Latim. Acresce, a título de mera curiosidade, que o Papa mentor da tradução das narrativas dos apóstolos seleccionados para incluírem a Vulgata, foi D. Dâmaso I, cujo nascimento se atribui a terras portuguesas, de Guimarães.

Outra técnica, bastante apreciada, é a narrativa antropomórfica, através da qual se atribuem qualidades, sentimentos ou valores de seres humanos a animais, e/ou a interacção de pessoas com animais, como cerne da narrativa. Camões recorreu a ela com o seu famoso Adamastor, embora aqui seja mais geomórfica que antropomórfica. Odivelas, também tem a sua cota parte antropomórfica, quando a lenda da sua génese se centrou num urso, mais concretamente no abate de um Urso, numa luta corpo a corpo, entre este e o nosso famoso Rei D. Dinis. Sinceramente, se ficasse nos anais da história que D. Afonso Henriques tinha dado uma coça num Urso, seria muito mais verosímil, já D. Dinis … é mais difícil de aceitar a veracidade desse episódio. Mas, lenda é isto mesmo, muitas vezes fica no domínio da ficção. Difícil é, igualmente, tomar como boa a narrativa que dá D. Dinis a caçar sozinho, ali para os lados de Beja, numa coutada adentro os domínios do Ducado de Beja, tradicionalmente per-

D. Dinis era um iniciado na Ordem do Amor, acrónimo de Roma (Igreja Católica), logo antagonista da mesma. Todos os trovadores, e ele era-o também, pertenciam a essa ordem e passavam as suas mensagens através dos cantares de amigo e de amor. A simbólica era-lhe familiar. O milagre das rosas da Rainha Santa Isabel tem uma simbólica diferente da que lhe atribuíram. De resto o mesmo milagre foi atribuído á sua avó, Rainha da Hungria. E o investigador Luso-Prussiano Rainer Daenhardt, descobriu que o mesmo milagre muito antes já fora atribuído a uma Princesa Moura, D. Cassilda, residente na Península Ibérica. Portanto o simbolismo envolvia a corte de Dom Dinis. O que encerrava então o simbolismo do Urso, em D. Dinis ? Vejamos: Na linguagem esotérica, o Urso tem o significado de traição, injustiça, perdas, e é associada a instintos humanos negativos. Nas cartas ciganas, significa a falsidade, inveja, ciúme, agressividade, mau caracter, mau conselho. No glossário de símbolos bíblicos associado á lenda de David contra Golias, descreve o inimigo cego pela raiva, ferocidade, e temeridade. DESTA SORTE VENCER O URSO, SIGNIFICA VENCER OS OBSTÁCULOS NEGATIVOS QUE NA VIDA D.DINIS FOI ENCONTRANDO PELO CAMINHO. Quais foram esses obstáculos? Na Família: Teve de afastar a mãe do governo do reino; O irmão acusa-o de usurpação e cria-lhe problemas e incidentes diplomáticos; 1281 D.Dinis marcha sobre Vide onde o irmão amuralhou a vila em rebeldia; 1282 faz a paz com o irmão; 1287 o irmão rebela-se novamente, e ataca Castela; 1289 Ajuda seu tio, Rei de Castela, contra a poderosa e inimiga família de Lopo de Haro, garantindo assim o trono para sua filha; O seu Filho legitimo haveria de levantar-se

em armas contra D. Dinis. A morte do Avô, o Rei Afonso o Sábio, como ele trovador, afectou-o bastante. O Clero: 1281 proposta de concordata solucionando problemas herdados do pai que fora um dos muitos reis portugueses excomungados pelo Papa; 1289 o Papa recebe os bispos portugueses mas não fica convencido; 1290 resolvido o problema com Roma; 1292 os Bispos do Porto, Viseu e Guarda revoltam-se; Vencidos os obstáculos lança em 1295 a 1ª pedra do Mosteiro de Odivelas, e dedica-o a São Bernardo, o mentor da Ordem do Templo, e o ideólogo da criação do Reino Templário Portugraal. Curioso notar que os cavaleiros Templários tinham por obrigação de combater o Leão. Recordemos a lenda de David, pastor que combatia o urso e o leão (tal como D. Dinis) para defender o rebanho de seu pai, tendo vencido, mais tarde Golias. O Leão simboliza: os desejos da natureza humana, o prazer da carne, a luxuria, o poder, o dinheiro e o sexo, a tudo isto se opunha a vida ascética de um Templário. EM SÍNTESE O URSO SIMBOLIZAM OS PERIGOS EXTERNOS Á PESSOA. E O LEÃO SIMBOLIZAM OS PRÓPRIOS VICIOS. EM DETERMINADOS RITOS MAÇÓNICOS A EXPRESSÃO “É DEVER DE TODO O MAÇON, ALÇAR ALTARES Á VIRTUDE, E CONSTRUIR MASMORRAS AO VICÍO” TEM O SIMBOLISMO DE COMBATER VICIOS E EXALTAR VIRTUDES. D. DINIS COMBATEU UNS (URSO), COM SUCESSO, E OUTROS COM UM SUCESSO MAIS MITIGADO (LEÃO). NINGUÉM É PERFEITO. A VIDA DE D. DINIS FOI UMA LUTA CONSTANTE, MAS NÃO SEGURAMENTE CONTRA UM URSO … PELO MENOS DE QUATRO PATAS. - Oliveira Dias Politólogo


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Se Queres a Paz, Constrói a Paz!

Júlio da Silva e Sousa, co-fundador da ALOOC, Associação Livre dos Objectores e Objectoras de Consciência, no último quartel do século XX, reconhecido em 19 de Novembro de 2021 com a Medalha Municipal de Mérito, Grau Prata do Município de Odivelas, divulgou um Comunicado relativo ao dia 15 de Maio, em que se assinala o “Dia Internacional do Objector de Consciência”. Pela pertinência e a actualidade do tema, esta semana tomo de empréstimo este Comunicado e com a minha pena o subscrevo, partilhando-o para reflexão consigo, que ora me lê: COMUNICADO 15 de Maio - Dia Internacional do Objector de Consciência «Desde o século XX E.C., todos os anos, a 15 de Maio, é assinalado o “Dia Internacional do Objector de Consciência”. O exercício do direito de objecção de consciência é uma manifestação da liberdade de consciência, que é constitucionalmente inviolável (artigo 41.º, da Constituição Portuguesa). Pode ser exercido, quer perante as obrigações militares, quer perante actos profissionais contrários aos ditames duma consciência livre, esclarecida e eticamente bem formada – nomeadamente certos actos médicos, de enfermagem, de jornalismo, etc.. Este direito não pode ser suspenso nem afectado em nenhuma situação, inclusive em “declaração do estado de sítio ou do estado de emergência” (artigo 19.º, n.º 6, da Constituição Portuguesa). E, tal como garante a mesma Constituição,

ninguém pode ser prejudicado, perseguido ou privado de direitos por exercer esse direito, embora tal garantia venha a ser paulatinamente cada vez mais ameaçada, carecendo pois de uma maior e melhor atenção dos interessados – inclusive com melhor defesa deste direito nos Códigos Deontológicos e nos Contratos de Trabalho – bem como de quem tem o dever de assegurar, quiçá melhorar, a garantia do exercício do direito de objecção de consciência (inclusive com melhor defesa deste direito na legislação laboral) –, direito este que é factor de valorização civilizacional, benéfico não só para os objectores, mas também para toda a civilização em geral, ainda que assim não pareça aos olhos dos distraídos ou mal informados. Todas as diferentes formas de objecção de consciência, acima referidas, têm relevância, que não deve ser desvalorizada. Mas, em tempo de guerra e quando cada vez mais países aumentam seus orçamentos para gastos militares e de armamento, tem particular relevância o exercício do direito de objecção de consciência perante as obrigações militares (junto da CNOC), nomeadamente enquanto factor de resistência à guerra e a favor da paz, a par doutras atitudes que a ALOOC vem propondo para a resolução de muitos problemas, inclusive: 1. No Dia Internacional do Objector de Consciência, em 15 de Maio, ao meio-dia, todos os amigos e amigas da Paz e contra a guerra, em todo o Mundo, façamos um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da guerra e aos objectores e objectoras de consciência, bem como em homenagem a todos quantos têm acolhido os respectivos refugiados. Se possível, o referido minuto de silêncio seja acompanhado do famoso “toque de silêncio”, nos canais de TV, rádio e redes sociais, bem como executados em instrumento musical de sopro ou de cordas nas escolas, nos centros comerciais e nas praças públicas, seguido de reflexão ou colóquios

NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 sobre os benefícios duma verdadeira Educação para a Paz na óptica da Não-Violência. “Si vis Pacem, para Pacem” (“Se queres a Paz, constrói a Paz”). Não à educação para a guerra. Levemos a sério o mandamento: “Amai-vos uns aos outros”.

2. Exorta todos os beligerantes a parar as hostilidades, depor as armas e buscar, mediante diálogo construtivo e sincero das partes envolvidas, um efectivo entendimento para a solução pacífica dos conflitos, para a Paz e para a não-beligerância. Nenhuma guerra é solução para nenhum conflito, antes acrescenta mais problemas, causa sofrimento, causa perda de vidas e perda de bens.

3. Exorta à realização de uma reunião mundial, quiçá sob os auspícios da ONU, dos produtores e comerciantes de armamento, para estudarem e combinarem a conversão das suas indústrias em indústrias civis pacíficas, num prazo consensualizado, em todo o Mundo e de maneira verificável, salvaguardados que sejam os direitos sociais dos respectivos empregados ou a sua formação em novas competências profissionais.

4. Exorta à realização de uma reunião mundial, quiçá na ONU, para estudar e combinar a desactivação dos arsenais de armamento, a começar pelos das armas de destruição massiva, em todo o Mundo e de maneira verificável, salvaguardados que sejam os direitos sociais do pessoal afectado e acautelados os respectivos riscos ambientais.

5. Exorta à redução progressiva, em todo o mundo, dos gastos com a chamada defesa militar, bem como a aplicação das respectivas verbas em projectos civis pacíficos, amigos do ambiente e da condigna qualidade de vida.

6. Exorta à imediata abolição da escravatura, tortura e pena de morte em todo o Mundo.

7. Exorta à tradução e divulgação em todo o Mundo deste conjunto de propostas, nomeadamente com a participação de Organi-

NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 zações civis congéneres ou afins da ALOOC, nos órgãos de comunicação social (Imprensa, Tv, Rádio, redes sociais, etc.), bem como

mediante a participação de figuras públicas.

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Campanha de Esterilização de Cães e Gatos - Inscrição até 30/6

Pelo exposto, é fácil perceber que os objectores de consciência não se limitam a dizer “não” às obrigações militares e a outros actos contrários aos ditames da consciência, antes propõem também as respectivas soluções. Exerça-se, pois, o direito de objecção de consciência, inclusive perante as obrigações militares (em processo documental civil), desde que isso corresponda a um genuíno ditame da consciência, quer seja por motivos filosóficos, éticos ou religiosos. Bem haja a todos e todas pela consideração e encaminhamento das referidas propostas, ainda que pareçam utópicas, as quais não visam a exaltação do proponente, mas sim o bem da Humanidade. Porquanto, se hoje não aceitarmos o desafio da utopia, a vida não terá horizonte nem futuro. Cumprimentos a todos. SHALOM!» ‫( !םולש‬redacção no nosso alfabeto: SHALOM! / tradução: Paz!) Abracemos pois o paradigma da Paz: Si vis Pacem, para Pacem! - Paulo Bernardo e Sousa Politólogo A Câmara Municipal de Loures está a realizar uma Campanha de Esterilização Solidária, promovendo a esterilização de cães e gatos cujos detentores residam no concelho e estejam em situação de comprovada carência económica. As inscrições estão abertas até 30 de junho e as esterilizações serão efetuadas até ao final do ano, estando limitadas a um cão (cadela) e/ou um gato (gata) por agregado familiar, privilegiando-se as fêmeas. Aceda à ficha de candidatura e ao regulamento no link seguinte:

https://www.cm-loures.pt/Conteudo.aspx?DisplayId=13233


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ATIVIDADE FISICA E JUVENTUDE

Creactivity Bus em Loures

vidade profissional.

Esteve até 13 de Maio no Parque da Cidade, o Creactivity Bus, concebido para crianças e jovens, dos seis aos dezasseis anos, da comunidade escolar e familiar.

O objetivo deste projeto itinerante é estimular a criatividade, através de atividades no interior de um autocarro adaptado em unidade móvel para oferecer componentes lúdicas divididas em quatro áreas: Mecânica, com espaço para engrenagens, máquinas, berlindes e paintballs; Vento, com tubos; Eletricidade; e a zona da Luz com o sistema stopmotion para criação multimédia. O espaço interativo, que fomenta o desenho e a criatividade, propõe workshops para despertar a engenhosidade na conceção de soluções originais para problemas simples numa sociedade em mudança. Os jogos sugerem a resolução de problemas de forma improvisada preparando as crianças para enfrentarem novos desafios.

Este programa abrangerá um total de 50 jovens, residentes no concelho de Loures, com idades entre os 16 e os 30 anos e que possuam, no mínimo, o 3.º ciclo do ensino básico concluído, distribuídos por dois turnos, em função da adesão dos serviços de acolhimento ao mesmo: 1 a 29 de julho e 1 a 29 de agosto. Aceda ao formulário de adesão e às normas de participação aqui: https://cm-loures.pt/Conteudo.aspx?DisplayId=13272

te; do bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar; e do coordenador do grupo de projeto criado pelo Governo para a JMJ, José Sá Fernandes. “Este espaço só mesmo com um milagre é que se conseguia transformar”, afirmou na ocasião o presidente da Câmara Municipal de Loures, lembrando que no Complexo Logístico da Bobadela chegaram a existir “quatro quilómetros de contentores, com quatro ou cinco pisos”. “Era uma barreira autêntica”, explicou Ricardo Leão ao arcebispo Edgar Peña Parra, que se encontra em Portugal para presidir às celebrações do 13 de maio no Santuário de Fátima. “Naqueles prédios vivem 150 mil pessoas que não conseguem chegar ao rio”, corroborou José Sá Fernandes, referindo-se aos edifícios de habitação para lá do complexo logístico. Uma realidade que será alterada com a realização da JMJ, após a qual irá nascer um novo parque urbano no local, de iniciativa municipal, e que irá permitir a fruição desta vasta frente ribeirinha.

Azóia.

Este edifício inclui uma cabine para a formação e uma sala polivalente, tendo sido financiado com verbas do Município, do Instituto Português do Desporto e da Juventude, da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela e do Clube de Futebol de Santa Iria, num investimento total de cerca de 90 mil euros.

Ocupação dos Tempos Livres de Jovens Munícipes O presidente da Câmara Municipal de Loures participou no dia 12/Maio, na visita do arcebispo Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, aos terrenos onde irá decorrer a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esta iniciativa contou também com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemen-

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SIMAR – Relatório de Gestão e Contas 2021 A ECOLoures tem vindo a demonstrar desde 2020 qual a gravidade e complexidade associada ao problema de sustentabilidade dos SIMAR. Recentemente foram publicados os relatórios de gestão e contas referentes a 2021 que comprovam um cenário que deveria preocupar todos os Lourenses, já que em 2021 se verificou o pior resultado dos últimos anos com 5.3 milhões de euros de prejuízos e com uma acumulação de mais de 8.5 milhões de euros de prejuízos acumulados desde 2018.

adquirir mais água para abastecer mais locais, contudo isso traduz-se numa actividade que gera ainda mais prejuízo. Esta é a primeira grande incongruência: um serviço inter-municipal cujo modelo implementado em vez de gerar valor quando o número de clientes aumenta, gera prejuízo. Como é que um negócio com mais clientes potencia prejuízos em vez de lucros?

duos? 4. Em 2021 os volume de reclamações apresentadas aos SIMAR diminuiram 30% (menos 703) em comparação com o ano de 2020. Será que este indicador representa um incremento da qualidade do serviço dos SIMAR ou que os utentes tendem a desistir de reclamar?

Em toda esta conjuntura há uma mensagem que os Lourenses merecem receber porque fizeram o esforço possível que permitiu aumentar a recolha seletiva de papel e cartão, vidro e embalagens que se traduz num contributo para os rendimentos dos SIMAR (conta 72 – Prestações de Serviços e Concessões). Sobre este último ponto, deveria passar a constar neste relatório não só a descriminação deste rendimento que advém da seleção de resíduos realizada pelos utentes dos SIMAR, bem como a sua evolução ao longo dos anos. Ricardo Henriques

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude irá decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023, sendo a primeira vez que este evento se realiza em Portugal.

Inaugurado novo edifício Ricardo Leão visitou terre- do Clube Futebol Santa Iria nos da Jornada da Juven- O presidente da Câmara Municipal de Loures, tude com representante do Ricardo Leão, participou, no dia 7 de maio, na inauguração de um novo edifício nas instalações Vaticano do Clube Futebol Santa Iria, em Santa Iria de

Alunos do ensino básico e secundário das escolas do concelho de Loures participaram nas sessões do Creactivity, promovido pelo programa EduCaixa, que têm uma duração estimada de 75 minutos cada.

Já estão abertas, até ao dia 25 de maio, as candidaturas ao programa municipal OTL – Jovens na Autarquia, que irá realizar-se de 1 de julho a 29 de agosto. Este programa tem como objetivo a ocupação dos tempos livres de jovens munícipes, através do contacto com atividades estruturadas e organizadas da Autarquia, em várias áreas de ati-

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https://www.facebook .com/ECOLoures2020

O ECO Loures é um espaço independente para os munícipes de Loures e utentes dos SIMAR procurarem perceber e encontrar num debate construtivo, respostas concretas para problemas com a gestão de resíduos em Loures. Ajuda a fazer a diferença! Fonte: SIMAR(DF)

A equipa de gestão dos SIMAR sofreu alterações em virtude de um novo executivo municipal que transitou em Loures da CDU para o PS, mas que em Odivelas se manteve no PS. Esta nova equipa de gestão dos SIMAR tem a seu cargo uma responsabilidade complexa, porque a situação que se verifica nos SIMAR revela problemas estruturais com elevada profundidade. Na leitura dos relatórios recentemente publicados relativamente à gestão do ano de 2021 continuam a verificar-se uma série de incongruências, tais como: 1. Face a 2020, em 2021 verificou-se um aumento do número de contratos (1.215) que significam um aumento no abastecimento de água (0,7%), porém o volume de água faturada diminuiu e portanto as perdas aumentaram, ou seja, foi um ano em que aumentou o volume de água não faturada (2,4%). Os SIMAR tiveram de

2. Encontram-se em execução 10 obras no valor de mais de 11 milhões para melhorar a rede de abastecimento de água dos dois concelhos. O investimento em Água e abastecimento representa 67% de todo o investimento dos SIMAR, porém verificaram-se mais 31% de roturas em ramais e mais 16% de inundações e globalmente mais 2% de incidências reportadas ao piquete face ao ano de 2020. A segunda incongruência é perceber como é que se fazem investimentos sistemáticos ano após anos numa rede de abastecimento de água, embora as perdas reais de água e a atividade do piquete não pare de aumentar? 3. Foram adquiridas 7 viaturas das quais 6 se destinam a reforçar a recolha de resíduos, os gastos com pessoal e fornecimentos externos também aumentaram de 2021, porém comparativamente com o ano de 2020, foram recolhidos menos 550.000 kg de resíduos. Esta é a terceira incongruência, como é que se aumentam os recursos operacionais e se recolhem menos resí-


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REALPOLITIK

14 MAIO | 08H50 | CONSELHO DE CIDADÃOS DE LISBOA

Crianças visitam instalações da Assembleia Municipal de Loures

promissos assumidos e não pagos, colocando a Câmara numa situação financeira muito condi- O Palácio Marqueses da Praia e Monforte, no cionada”. Parque da Cidade, em Loures, abriu as portas a No conjunto das propostas relativas a emprésti- alunos das escolas do ensino básico Catela Gomos a contratar que foram aprovadas, há tam- mes, Quinta da Alegria e da Portela, no âmbito da iniciativa “Um dia na Assembleia Municipal”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, estará presente no arranque da primeira edição do Conselho de Cidadãos, uma nova forma de participação cívica na vida e desafios da cidade. Vão estar presentes 50 cidadãos que foram sorteados de um universo de 2300 candidatos e que vão representar a população de Lisboa em termos de idade, nível de escolaridade, género, situação profissional e freguesia. Esta é uma forma de envolver os cidadãos na tomada de decisão de uma maneira não partidária.

bém obras que arrancam no atual mandato, das A primeira sessão decorrerá durante os dias 14 quais se destacam a Variante Interior de Loures, e 15 de Maio para discutir “que caminhos deve a Requalificação da Rua Avelar Brotero (Ligação a cidade seguir no combate às Alterações Cli- de Loures ao Barro), a repavimentação de arruamentos e ainda a inclusão de uma cobertura máticas?” na empreitada de Remodelação da Escola BásiLocal: Câmara Municipal de Lisboa/ Salão Nobre ca da Flamenga, uma estrutura que não estava prevista e que com a sua construção vai melho/ Paços do Concelho rar substancialmente as condições de fruição da zona exterior aos alunos que frequentam aquele estabelecimento de ensino.

Esta é já a terceira edição de um projeto que visa incentivar a participação jovem. Cerca de setenta crianças foram recebidas pela presidente da Assembleia Municipal de Loures, na “casa da Democracia, um espaço aberto à população, representando o órgão mais plural com maior diversidade e abrangência no Município. Tem uma atividade muito dinâmica e de avaliação permanente do trabalho Executivo da Câmara Municipal”, destacou Susana Amador.

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CULTURA

Concertos “Música em SI Maior” e “Música em SI Menor”

O consumo digital e o impacto na sociedade – Indústria 4.0

Já reservou os seus lugares para assistir aos concertos que a Câmara Municipal de Loures vai promover nos dias 21 e 22 de maio,

A Câmara Municipal de Loures, em parceria com a Direção-Geral do Consumidor, convida a participar no seminário O consumo digital e o impacto na sociedade – Indústria 4.0, que se realiza no dia 17 de maio, às 14 horas, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures.

integrados nos programas “Música em SI Maior” e “Música em SI Menor”? “Quinteto de Weber para clarinete e cordas” 21 de maio | 21h00 | Igreja de Santa Iria de Azóia

Loures | Contrato de urCarros elétricos com estacionabanização das Unidades de mento gratuito Câmara aprova contratação de emExecução do Planalto da Na mesma reunião de câmara, foi aprovada a préstimos para fazer face a com- proposta do Dístico Verde, um título com valida- Caldeira Destaques da Reunião de Câmara de 11 de maio de 2022 promissos anteriores não pagos

A Câmara Municipal de Loures aprovou a contratação de empréstimos de médio e longo prazo no valor global de 13,4 milhões de euros destinados a pagar, em parte, compromissos assumidos pelo anterior executivo e que estão por pagar.

de máxima de um ano que permite o estacionamento gratuito sem limite de tempo a veículos 100 por cento elétricos, em todas as Zonas de Estacionamento de Duração Limitada no Concelho de Loures, com exceção das zonas 301 e 101 (em Moscavide e Loures, respetivamente). A Câmara Municipal aprovou também o fim do estacionamento pago aos fins de semana e feriados na Portela, bem como a redução do valor das autorizações mensais de estacionamento a comerciantes, empresários e trabalhadores, em Moscavide e na Urbanização dos Jardins do Cristo Rei.

O Pavilhão da Escola Básica João Villaret, os acessos ao Centro Comunitário de Santo António dos Cavaleiros e a Rotunda de A-das-Lebres são algumas das empreitadas, em curso ou a terminar, às quais se destinam as verbas provenientes destes empréstimos. O Presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, na sua declaração de voto, lembrou a necessidade Ainda da Ordem de trabalhos foi aprovada a prodo recurso a estes empréstimos em virtude de o posta para a abertura de concurso para ingresso atual executivo ter encontrado quando chegou de novos efetivos (19) na Polícia Municipal. “uma dívida de 29 milhões de euros de com-

Câmara Municipal de Loures celebrou com os proprietários das parcelas abrangidas pelas Unidades de Execução do Planalto da Caldeira, um contrato de urbanização para aquela zona, situada em Santo António dos Cavaleiros. Com uma área total de 77,6 hectares, o Planalto da Caldeira está integrado no Plano Diretor Municipal (PDM) como solo urbanizável destinando a usos habitacionais, atividades económicas, equipamentos de interesse público e zonas verdes de recreio e lazer.

O atual momento em que a sociedade se encontra é também designado por Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, uma era marcada por tecnologias inovadoras em constante evolução e com grande impacto na sociedade. A internet faz parte do dia a dia na vida das pessoas, sendo o canal de comunicação preferencial e o destino de todas estas e outras tecnologias, de onde se conclui que tudo e todos estão interligados, na dimensão Transição Digital. E para acompanhar este salto tecnológico está a sociedade preparada globalmente? Não estarão a surgir novas formas de consumo no chamado “mundo virtual”? Como caraterizamos o consumo responsável na era da transição digital e da internet das coisas? Tentaremos refletir e encontrar algumas respostas para estas e outras questões, na sessão de esclarecimento sobre O consumo digital e o impacto na sociedade - Indústria 4.0. Para participar no seminário, basta inscrever-se, até ao dia 16 de maio, através do endereço de correio eletrónico ciac@cm-loures.pt ou dos telefones 211 150 992 e 211 150 993. O seminário terá também transmissão em direto no Youtube do Município de Loures (mediante inscrição).

“Mozart por um dia” 22 de maio | 11h00 | Museu de Cerâmica de Sacavém A entrada é livre, mas sujeita a marcação prévia através do endereço de correio eletrónico dc@cm-loures.pt ou do contacto telefónico 211 151 172.

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Rastreios, avaliações, aconselhamento médico e promoção da atividade física são algumas das ações que irão decorrer em Sacavém Nos dias 15 e 22 de maio, no âmbito do projeto + Saúde em Loures poderá usufruir desta iniciativa no Largo 5 de outubro, entre as 9h00 e as 13h00. O projeto + Saúde em Loures visa prestar informação à população sobre fatores de risco que influenciam a qualidade de vida, alertando para a importância da adoção de hábitos de vida saudáveis. O objetivo é promover a mudança de comportamentos e atitudes prejudiciais à saúde.


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Odivelas 2030: Empresas, Emprego e Desenvolvimento de fogos habitacionais construídos.

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ão existem concelhos destinados a serem ricos nem os destinados a serem pobres. Também não existem concelhos com futuro e concelhos sem futuro. Os concelhos desenvolvidos e ricos são os que têm ideias e projetos e que têm capacidade de execução. Os pobres são os que vivem enredados em mentiras e ilusões! A dinâmica empresarial é a chave para o continuo crescimento de um concelho. E desejavelmente um concelho deve assentar a sua política de desenvolvimento sem criar dependências de um único setor, mas procurar a diversificação, estímulo à criação e fixação de empresas do turismo, da agricultura, da indústria e dos serviços. É com investimento que se cria emprego, que se melhora a confiança e a estabilidade das famílias e dos empreendedores, que se incrementa o consumo privado, que se geram mais receitas municipais, com as quais se efetuam mais investimentos públicos e estabelecem parcerias público-privadas para serviços de qualidade. É um ciclo de virtudes que tem o seu início num pressuposto tão simples para os municípios, como o de criar mecanismos públicos de atração e retensão de investimento. É um ciclo que consecutivamente os executivos PS, PSD e CDU, que sempre têm governado Odivelas desde 1975, liderando ou participando na gestão, descuraram e, arrisco dizer, até desdenhado. As opções têm estado invertidas e estão à vista de todos como se tem demostrado com as incorretas decisões tomadas. O progresso que se apregoa do concelho é aparente, pois a métrica que apresentam como representativo desse sucesso é o aumento de habitantes e número

Isso não é desenvolvimento é apenas o chamado “fogo de vista”, “tapa olhos” ou com o povo diz “para inglês ver”. O concelho não tem empresas, nem emprego qualificado. A população continua a viver com dificuldades, como é demonstrado pelo valor da remuneração média de um trabalhador de Odivelas, que recebe mensalmente 938 €. Esse valor é inferior em 229€ quando comparado com o resto dos portugueses, menos 503€ em comparação com os trabalhadores da Área Metropolitana de Lisboa e menos 854€ que um trabalhador que resida em Oeiras. Tem existido uma cegueira ideológica que acha que a iniciativa privada é um maleficio de matriz capitalista para o concelho. As mentes que se opõe à iniciativa privada o que procuram é que as sociedades sejam constituídas por pobres e pretendem nivelar a pobreza. Para estas mentes, criar riqueza é uma profanação. Às vezes penso que agem de forma intencional, pois assim, enquanto a população apenas pensa em como alimentar a barriga vazia e juntar mais uns trocados para colocar nos bolsos despejados, não têm tempo, nem ânimo para questionar, nem escortinar as políticas e as decisões tomadas por quem os governa. Mas num mundo globalizado a capacidade de atrair investimento não é uma tarefa fácil, nem está ao alcance de todos, mas tem que ser olhada como prioritária pelos executivos municipais, e devem ser escolhidos para o exercício da gestão municipal quem realmente o sabe e quer fazer. Para captar as melhores empresas, investidores e empreendedores para os seus concelhos, cada município tem que apresentar todos os seus trunfos e argumentos para conseguirem os seus atrair investimentos. E os concorrentes deste jogo não são só os concelhos vizinhos ou da mesma área geográfica, mas é uma partida que se joga a nível mundial. Face a esta competição mundial, os gestores municipais têm que dominar bem a primeira regra: conhecer muito bem o seu território. Nos aspetos em que os concelhos demostram algumas fragilidades é preciso atuar com investimentos públicos ou parcerias privadas

NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 para os eliminar ou atenuar. Sobre os pontos que se destacam como fortes, precisam de os potenciar e apresentar em futuras ações de promoção de atração ou negociação com investidores. Nesta perspetiva, em Odivelas ressalta dentro dos pontos fracos a ausência de infraestruturas de suporte à atividade empresarial, quer sejam zonas industriais, centros de escritórios, parques de ciência e tecnologia ou tecnopolos, incubadoras, espaços de coworking. São estruturas fundamentais. Da mesma forma como também é relevante a existência de universidades, centros de investigação e desenvolvimento e escolas profissionais, algo que o concelho é deficitário. Mesmo os nós de acesso às estradas de alto débito que retalham o concelho (IC17, IC22, IC16 ou A9) estão estrangulados, ou não existem, e são essenciais para a circulação de bens, serviços e pessoas. Mas como a existência de trabalhadores qualificados é também uma condição a ter em conta para quem pensa investir, é importante garantir suportes à fixação dos mesmos e das suas famílias, como seja um bom parque habitacional, em custo e qualidade compatíveis, a proximidade de creches e escolas, centro de saúde e hospitais, centros de dia e lares de idosos, espaços de cultura, desporto ou outras atividades de tempos livres. Das suas forças é de destacar a sua proximidade a uma centralidade comum nas regiões que albergam a capital dos países não regionalizados, próxima dos centros de decisão, das estruturas de conhecimento, o estar inserida na principal área metropolitana nacional, responsável por quase um quarto do mercado doméstico e com o maior poder de compra nacional, das infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias. Como se pode perceber, todas as virtudes enumeradas derivam de contextos para os quais nada o Município contribuiu. A segunda regra é a de ter noção das oportunidades existentes no mercado, estudando as suas tendências, os setores de futuro, as tecnologias de vanguarda e as ameaças tecnológicas ou de consumo que afetam alguns setores. Odivelas precisa de apostar no investimento, sobretudo no chamado Investimento Inteligente. Quando em maio de 2021 a Iniciativa Liberal apresentou a sua estratégia para o concelho, vertido num documento denominado de “Reprogramar Odivelas”, cuja leitura aconselho, foi destacada a importância de se apostar na

NoticiasLx, 14 de Maio de 2022 inovação, na criatividade, no desenvolvimento de competências, de talentos e novas oportunidades. São pilares fundamentais para o futuro de um concelho dinâmico, com capacidade de captação de empresas que criem valor, alicerçadas na inovação tecnológica promovida por empresas líderes, universidades e centros de I&D, pertencentes aos sectores mais dinâmicos e sustentáveis da economia. Para que esta realidade seja possível vários são os projetos âncora apresentados: o Parque de Ciência e Tecnologia na Paiã, a Área de Acolhimento Empresarial para Indústrias 4.0 em Famões, o alargamento e revitalização das zonas industriais da Paiã e da Póvoa de Santo Adrião, o HUB para as indústrias criativas, os espaços de incubação e coworking em todas as freguesias, Universidade de Ciências Agrárias, Florestais e Ambientais, dinamização da Escola Profissional de Agricultura Dom Dinis e Centro de Formação Profissional das Indústrias Alimentares, novas escolas profissionais de hotelaria e turismo e de teatro e cinema e regeneração do comércio local e dos mercados diários, dinamizando o comércio existente e agregando novas áreas de negócio.

ROMEU & JULIETA, UMA TRAGÉDIA CDU Em 2017, a um mês das eleições autárquicas, o executivo camarário da CDU resolveu adquirir dois edifícios de habitação que iam a hasta pública, tendo como finalidade a deslocalização dos serviços camarários do centro de Loures para a zona periférica onde estes se encontram. Os edifícios, apelidados de Romeu e Julieta, traziam consigo não uma história de amor mas, tal como na estória, perspectivavam uma imensa tragédia.

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pelos munícipes que aqui se deslocam a tratar de assuntos diversos e que impulsionam o comércio local e restauração. Apesar da pressa na compra, a CDU durante quatro anos nada fez para dar qualquer uso aos edifícios que poderiam acolher famílias ou estudantes, por exemplo, aumentando assim a tragédia em torno dos mesmos, exigindo agora pressa ao executivo Socialista para encontrar uma solução para os mesmos.

Com todos os atores do concelho tem que se iniciar um novo paradigma para se alcançar o desenvolvimento. Esse desenvolvimento tem que garantir uma maior equidade social, sustentabilidade ambiental e coesão territorial. Acho que este é o caminho! Não é possível outro! Para sobrevivermos enquanto concelho com futuro temos que nos posicionar na linha da frente. Filipe Martins Membro da Iniciativa Liberal de Odivelas

Esquecendo agora o custo elevadíssimo da adaptação do edifício de habitação para serviços do município, que não era coisa de somenos, olhemos para a vertente social; grande parte da “vida” de Loures é originada pelo movimento que os serviços do município geram, não só pelos funcionários mas também

Faremos de Romeu & Julieta uma estória de amor, dando bom uso aos edifícios e sem termos a tragédia da morte do comércio do centro da cidade que se tornaria fantasma. Vice-Presidente Sónia Paixão

PASSEIO RIBEIRINHO POR CONCRETIZAR Em 2017, em cima das eleições autárquicas, envergonhada pela gestão Socialista do concelho de Vila Franca de Xira que desenvolveu projectos de envergadura junto ao Tejo, aproximando a população do rio, a gestão da CDU da câmara de Loures, correu com pompa e circunstância a inaugurar o passeio ribeirinho de Loures. Para a inauguração foi decorado um caminho existente há várias décadas que dava acesso ao cais da BP e prometido um passadiço que viria a dar continuidade ao existente no concelho

vizinho. Decorridos quatro anos, nem um centímetro mais de passeio ribeirinho foi feito, restando apenas aquele de que se apropriaram para a inauguração. O passeio ribeirinho será uma realidade e a sua construção irá ser iniciada em breve, permitindo aos Lourenses desfrutar do “seu pedaço” de rio Tejo. - Ricardo Leão, Presidente da Câmara Municipal de Loures


Ficha Técnica Noticias LX - Diretor: António Tavares - Editor e Redação: Alameda Salgueiro Maia, Lote 4, 1º andar – Gab 8, 2660-329 Santo António dos Cavaleiros | NoticiasLx@sapo.pt Colunistas: Nuno Leitão, Oliveira Dias, Paulo Bernardo e Sousa, Ricardo Henriques, Nuno Miguel Botelho, Fernando Pedroso, Ricardo Andrade, Maria Máxima Vaz, David Pinheiro, Filomena Francisco, Ricardo Lima, Pedro Almeida, João Calado, José Maria Pignatelli, Filipe Martins. Inscrição na ERC: 127230 | Periodicidade Semanal Estatuto editorial: https://noticiaslx.pt/estatuto-editorial/ | Regras editoriais: https://noticiaslx.pt/regras-editoriais/ NoticiasLx: https://NoticiasLx.pt Distribuição nos meios digitais para uma audiência de 30.000 pessoas nos concelhos de Loures e Odivelas E.Mail Comercial: NoticiasLx-Pub@Sapo.pt


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