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Confiança nas Organizações em Tempos de Mudança

utilizável se situar em 24,4 milhões de euros, o que é um valor bastante significativo.

Contudo, o resultado líquido positivo das contas do Município de Odivelas, relativas ao ano passado, no montante de 9,7 milhões de euros, representa um valor muito elevado, o que pode ser indiciador de incapacidade de realização de obra por parte do Executivo ou então ser uma estratégia de projetar as realizações de maior impacto para um tempo mais perto das próximas eleições autárquicas que se realizarão em setembro/outubro de 2025.

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Parte significativa das receitas da Câmara Municipal de Odivelas que, em 2022 atingiram um total de 107,6 milhões de euros, dizem respeito a impostos diretos que atingiram o total de 48,4 milhões de euros, representando 44,9% do total do financiamento municipal.

Desta impressionante verba de impostos diretos destaca-se o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) que em 2022, pela primeira vez no Concelho de Odivelas, foi o campeão da receita num total de 21,3 milhões de euros.

Destacamos o IMT porque isso é a prova do que dizemos e escrevemos há muito tempo de que a âncora do desenvolvimento económico do Concelho de Odivelas está baseada na especulação imobiliária, o que é de todo o interesse do PS local porque é um importante meio de obter receitas municipais.

Aliás, o próprio Executivo Municipal diz que a recolha do IMT, mas também do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que atingiu o montante de 20,8 milhões de euros, revela a dinâmica do setor imobiliário, o que é verdade, mas tem subjacente uma prática empresarial da construção civil, associada à especulação imobiliária, não contrariada politicamente, seja aos níveis local ou nacional.

Segundo os dados dos Censos de 2021, na Área Metropolitana de Lisboa, Odivelas é o segundo maior dos Concelhos em densidade populacional que é de 5.612,4 indivíduos por Km2, só sendo ultrapassado, nesse indicador, pela Amadora, sendo essa uma das razões, não a única, para a especulação imobiliária, face à necessidade de se adaptar o parque habitacional ao número de habitantes.

A elevadíssima densidade populacional existente no Concelho de Odivelas, verifica-se porque o Executivo Municipal, liderado em maioria absoluta pelo PS, tem uma política de aprovar massivamente construção civil, que já chegou a zonas perigosamente perto de linhas de água.

No que se refere à despesa o grau de execução orçamental atingiu a modesta percentagem de 70%, portanto longe dos desejáveis 100%.

Mas a acrescentar ao facto da percentagem da execução orçamental se ter situado em 70%, o que em qualquer estrutura empresarial privada, daria um despedimento com justa causa, sem indemnização tipo TAP, há uma outra situação a assinalar que diz respeito à preocupante desproporção entre Despesas Correntes e Despesas de Capital.

Com efeito, no capítulo das Despesas, as Correntes representaram 75,3% e as de Capital representaram 24,7%, o que quer dizer que parte significativa dos recursos financeiros estão a ser canalisados para a gestão interna da máquina administrativa da Câmara Municipal de Odivelas que, aliás, continua a aumentar o seu volume de emprego e de prestadores de serviço, restando cada vez menos verbas para investimentos no território e melhoria da qualidade de vida dos odivelenses.

Em conclusão, há uma absoluta necessidade de mudança do paradigma da gestão no Concelho de Odivelas, o que se espera que possa acontecer após as eleições autárquicas de 2025.

- Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO

Alguns estudos que têm vindo a ser realizados perspetivam que, em 2024, 80% das transações mundiais sejam realizadas online, o que corresponderá a um investimento de cerca de 10,5 triliões de dólares em serviços digitais. É ainda expectável que três anos depois, em 2027, 41% da faturação das empresas seja obtido através da transação de produtos e serviços digitais. Num mundo cada vez mais digital, a pressão para manter a competitividade e transformar os negócios é tão grande quanto as oportunidades que irão imergir em consequência do novo paradigma.

É neste contexto que o quotidiano dos gestores das organizações públicas e privadas está atualmente enquadrado pela necessidade de dar resposta a desafios permanentes, que vão desde a preparação das infraestruturas para acomodarem uma lógica de funcionamento cada vez mais digital, até ao redesenhar estratégias de negócio com foco no cliente, respondendo aos requisitos regulamentares e à crescente pressão dos fatores ambientais e sociais. Todavia, será de realçar que uma preocupação transversal a todos os aspetos intrínsecos à transformação digital das organizações passa por acautelar a necessidade de transmitir um sentimento de confiança aos utilizadores dos produtos ou serviços digitais.

Estudos publicados recentemente estimam que os programas de confiança digital serão uma das principais preocupações das empresas nos próximos cinco anos. A toma de decisões assertivas pelos gestores das organizações induzirá confiança, o que será determinante para o sucesso da implementação das estratégias mencionadas no parágrafo anterior numa perspetiva de preservação de valores fundamentais como segurança/privacidade numa economia digital e, consequentemente, determinante para impulsionar novos negócios.

A construção de um sentimento de confiança é muito mais do que criar e implementar estratégias para prevenir e mitigar riscos numa economia digital, tratando-se de cumprir escrupulosamente as obrigações de conformidade com os padrões legal e regulamentarmente estabelecidos, o que influenciará diretamente a reputação de uma organização e o nível de confiança intrínseco ao relacionamento com os seus interlocutores. Para além disso, trata-se também de promover a privacidade, a ética nos negócios e a qualidade do serviço cumulativamente ao que é exigido pela legislação e regulamentos em vigor. Os interlocutores, com qualquer organização, esperam que seus dados confidenciais sejam protegidos, que os valores da empresa sejam refletidos em toda a sua cadeia de valor e que as expectativas criadas em torno do fornecimento de um produto ou serviço sejam satisfeitas.

Acima estão elencadas as premissas subjacentes aos desafios associados à transformação digital de qualquer organização, as quais exigem investimento em tempo e recursos humanos especializados, generalizadamente associados a investimentos em tecnologia, sujeitas a diversos constrangimentos. Os desafios mais frequentemente referidos pelos gestores das organizações são o aumento da complexidade regulatória, a sofisticação dos ataques cibernéticos e a fragmentação da segurança dos sistemas ciberfísicos. Estes aspetos são de fundamental importância e devem ser acautelados para não defraudar expetativas associadas aos investimentos que as organizações têm que fazer para promover a confiança nas quatro áreas críticas em que se devem focar para alavancar resultados transversais a toda a estrutura organizacional: segurança, privacidade, risco, conformidade e ética.

No que à segurança diz respeito, as empresas estão sujeitas a um conjunto de requisitos para proteger as suas infraestruturas, nomeadamente no que se refere a ativos intrínsecos às tecnologias de informação: dados; aplicações; redes e outros dispositivos físicos. Negligenciar estas obrigações pode-se traduzir em catastróficas consequências financeiras para a organização, danificar irremediavelmente a sua reputação, minando a confiança dos seus clientes, parceiros e outras partes com interesses no seu desempenho.

Relativamente à privacidade, os resultados de estudos recentemente realizados permitem assumir que, em 2020, metade das empresas mundiais perdeu mais de mil registos de informações com dados de identificação pessoal e mais de 60% foram alvo de ataques por software malicioso projetado para bloquear o acesso aos seus sistemas informáticos até que um determinado resgate fosse pago (ransomware). Os inúmeros casos que têm sido reportados na comunicação social relativamente a grandes organizações, sendo algumas delas organismos detentores de informação muito sensível, tem vindo a induzir na sociedade um forte sentimento de desconfiança na capacidade de as organizações protegerem o bem mais valioso dos seus clientes, mostrando os números que há muito trabalho a fazer.

Por outro lado, uma organização que não consegue evitar ou mitigar riscos revela-se incapaz de proteger o seu património, o que será nefasto para o desejável estabelecimento de relações de confiança com os seus interlocutores. Uma clara perceção das suas vulnerabilidades permitirá às organizações percecionar e caracterizar a sua capacidade de proteger outros valores críticos subjacentes ao sentimento de confiança, como sejam a confidencialidade, a integridade, e a disponibilidade da sua infraestrutura, aspetos que são considerados de elevado valor acrescentado para um eficiente e eficaz desempenho, com impacto significativo na sua competitividade.

A conformidade da operação dos sistemas com os padrões exigidos pela legislação e regulamentos em vigor requer recursos de supervisão contínuos com produção de relatórios automáticos, os quais devem ser entendidos como mais do que uma obrigação legal. O cumprimento dos requisitos de conformidade envia um sinal ao mercado de que as políticas da organização acompanham as melhores práticas, de acordo com o estado-da-arte, para a proteção dos diferentes elementos do ecossistema.

A ética no funcionamento de uma organização deverá assumir-se como uma reflexão crítica das suas estratégias, quer em termos do contexto moral como do sistema de valores da sociedade que a circunda, sendo um elemento estratégico na consolidação de um sentimento de confiança em todos os que com ela interagem, o qual se traduzirá em vantagens competitivas. Será o cartão de visita da missão e da visão da organização, determinante na sua capacidade de atrair clientes e investidores.

NoticiasLx, 29 de Abril de 2023

NoticiasLx, 29 de Abril de 2023

A CULTURA A CULTURA Arte à Capela

“I am stupid” é o nome da instalação artística que estará patente de 14 de abril a 14 de maio na Capela do Espírito Santo, na Quinta do Conventinho, em Santo António dos Cavaleiros. A arte contemporânea regressa à Capela do Espírito Santo, com a instalação artística “I am stupid”, de Robert Panda, integrada na 2.ª edição do projeto Arte à Capela.

“I am stupid” é um projeto que tem por base promover a interação das pessoas com a arte, quebrando barreiras, estimulando a proximidade e a empatia e despertando as mais diversas emoções em quem o observa.

O artista português, com percurso no submundo do graffiti, traz à Quinta do Conventinho o seu I am stupid, com os seus três metros de altura, estabelecendo, através de relações de cor, forma e escala, o diálogo entre a obra e o espaço envolvente.

Até ao próximo dia 14 de maio, a peça “I am stupid” dará as boas-vindas a todos o que venham visitar e queiram conhecer a Capela do Espírito Santo, na Quinta do Conventinho, localizada no Museu Municipal de Loures.

“As Bibliotecas Municipais de Loures irão promover, entre 29 de abril e 22 de julho, um conjunto de oficinas lúdico/artísticas, gratuitas, para crianças e jovens.

O objetivo da Oficinoteca é promover a experimentação e a criatividade das crianças e dos jovens, proporcionando o acesso a um conjunto diversificado de ateliês nas duas bibliotecas municipais.

A participação é gratuita.

Consulte aqui a programação.

A Câmara Municipal de Loures promove nos próximos dias 29 e 30 de abril, a Academia de Clarinete Marcos Romão dos Reis Jr, que contará com formação presencial e online, bem como com uma audição de alunos e professores. A formação, na Academia dos Saberes, em Loures, decorrerá das 10 às 13 horas e, no período da tarde, entre as 15 e as 18 horas, contando com os professores Justo Sanz (Espanha), Vítor Matos e Dana Radu (pianista acompanhadora) sob direção pedagógica do maestro António Saiote.

A audição, de entrada livre, terá lugar, também, na Academia dos Saberes, em Loures, no dia 30 de abril, a partir das 18 horas.

Ainda no mesmo dia, das 10 às 13 horas, e das 15 às 18 horas, a Sociedade Recreativa e Cultural de Pinteus, em Santo Antão do Tojal, leva a cabo o COM.PASSOS, projeto de criatividade musical dirigido aos alunos das escolas de música do concelho, sob orientação de José Ricardo Freitas.

Inscrição, gratuita, até 27 de abril.

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