NoticiasLx 01Abril2023

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01 de Abril de 2023 Loures | Odivelas | Grande Lisboa Nº 40

Novo entreposto do Lidl Portugal em Loures, num investimento avaliado em 110 milhões de euros

Alteração ao PDM

“7.º Open TKDSAC Poomsae”, organizado pelo Taekwondo Clube de Sto António dos Cavaleiros

(Des)ordenamento do território

Patrícia Almeida

Loures Educa+ 2023

Indice

Os Atuais Modelos de Negócio tradicionais dos Media (do latim) Não Servem 2

Novo entreposto do Lidl Portugal em Loures, num investimento avaliado em 110 milhões de euros 3

Ciclo Loures Educa+ 2023 4

Obras de reparação do talude traseiro aos edifícios (n.º 53 a 67) da rua Domingos José de Morais, Sacavém 5

O Dia Mundial da Atividade

Física celebra-se a 6 de Abril 6

Contratos-programa de desenvolvimento desportivo, no âmbito do Clube Vida Ativa 7

Sessões públicas de apresentação da proposta de alteração do Plano Diretor Municipal de Loures 8

Março Jovem. “A Saúde Mental ” 9

António Costa, o pior dos piores 10

Contratos de urbanização das células 2 e 6 do Bairro da Fraternidade, na União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela. 11

A CULTURA 12/13

“7.º Open TKDSAC Poomsae”, organizado pelo Taekwondo Clube de Santo António dos Cavaleiros 14

Saúde para Todos 15

13.ª edição do “FootLoures – Encontros de sub-7 e sub-9 Carla Couto” 15

“O GOVERNO É DESONESTO”HEIN? 16

A Capacidade de Comunicar e a Evolução da Humanidade 18

(Des)ordenamento do território 19

Jov’arte 19

Os Atuais Modelos de Negócio tradicionais dos Media (do latim) Não Servem

No Portugal real, os grandes projetos de comunicação social estão tecnicamente falidos ou para lá caminham. Prova disto foi o reconhecimento geral do período grave que atravessava todo o sector e que levou a uma injeção de alguns milhões (esmagadora maioria para as Tvs Nacionais) em publicidade institucional por parte do Estado nos Media, através do Ministério do Ambiente.

Curiosamente, ou não, nada se fez para resolver o problema da insustentabilidade do Setor e, naturalmente, sem terem sido tomadas medidas estruturais o problema continua. Agora, todos sabemos isto mas a pergunta que fica é: Na Assembleia da Republica não se consegue legislar de forma a resolver a situação? Mas afinal queremos ou não uma Imprensa forte?

Ou a ideia é termos os Media em carência e dependentes da boa vontade do subsídio estatal que é atribuído de x em x anos…

Se o modelo de negócio não serve, dirão uns, então alterem o modelo. Aqui o Digital e as ferramentas Online podem vir a ser a única alternativa aos modelos tradicionais, mas isso implica também uma verdadeira Revolução Digital em que o PM António Costa tem insistido mas que não encontra eco em vários setores como o Poder Local.

A resposta está no aumento da transparência nos apoios.

Tem de haver no Orçamento Geral do Estado verbas de apoio direto aos Órgãos de Comunicação Social mediante diversos critérios objetivos e transparentes. Por outro lado, os projetos regionais de informação só serão sustentáveis quanto incluírem para além da formação digital escrita, a Rádio e a TV Digital.

Novo entreposto do Lidl Portugal em Loures, num investimento avaliado em

110

milhões de euros

mos a comunidade”.

Não

há Revolução

Digital sem TV Regional na TDT

Numa época em que tanto se fala em descentralizar e desconcentrar, o licenciamento das TVs digitais regionais, através da rede da TDT, a tal para todos os Portugueses, poderia ser um passo fundamental na afirmação dos projetos de informação regionais e uma forma de revitalizar a TDT.

Olhe-se para Espanha e veja-se o que se passa com as dezenas de TVs regionais na rede da TDT... continuamos a não ser consequentes com a Revolução Digital que o PM António Costa tanto fala e é triste, triste e mau demais.

A TV Digital Regional na TDT é a grande batalha do presente e do futuro.

António Tavares, diretor

EDITORIAL

Já arrancaram as obras de construção do novo entreposto do Lidl Portugal em Loures, num investimento avaliado em 110 milhões de euros, que prevê a criação de mais de 200 novos postos de trabalho.

A cerimónia de apresentação do projeto e colocação simbólica da ‘primeira pedra’ decorreu hoje, e contou com a presença do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão.

Na ocasião, Ricardo Leão salientou que Loures se encontra “no centro do desenvolvimento e dos negócios”, revelando-se um Município “aberto à parceria e à iniciativa privada”. “Temos que estar no centro da atividade económica, da captação de investimento, mas também continuar a dar condições aos que já cá estão e criam riqueza e postos de trabalho”, disse o autarca. Para que isso continue a acontecer “temos

que ser rápidos e ágeis, para que o empresário olhe para o concelho de Loures como um parceiro, que veja este território como um local onde possa investir, produzir riqueza e criar novos postos de trabalho”, acrescentou, referindo que é esse o seu desígnio.

António Costa Silva felicitou o presidente da Câmara e a sua equipa “pelo trabalho que está a fazer, sempre fixado na capacidade de captar investimento, desenvolver o concelho, e criar mais riqueza para o futuro”. Relativamente ao novo entreposto do Lidl, salientou que a centralidade que esta obra vai assumir, relativamente à localização, vai ser uma plataforma de desenvolvimento não só do Lidl, mas de todo o concelho de Loures”, afirmou.

Milton Rego, administrador de Infraestruturas e Expansão do Lidl Portugal, lembrou que “o terreno escolhido conta com uma localização privilegiada e estratégica para o nosso crescimento empresarial, permitindo melhor servir-

Com uma área de implantação de cerca de 54 mil m2, capacidade de armazenagem de 44 mil paletes e 111 cais de carga/descarga de mercadorias, este centro logístico irá promover um melhor abastecimento das lojas da região centro.

Segundo a empresa, no âmbito da estratégia de sustentabilidade do Lidl, o entreposto terá um sistema que permite aproveitar a luz solar nas necessidades de energia artificial no interior, possibilitando a redução do consumo energético.

O projeto terá também painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica, carregadores para veículos elétricos, sistemas de captação e aproveitamento de águas pluviais e câmaras de frio com recurso a gases naturais.

Recorde-se que o Lidl pertence ao grupo alemão Schwarz, está em Portugal há quase 30 anos e tem mais de 9 mil colaboradores, distribuídos por mais 270 lojas, quatro direções regionais e entrepostos, para além da sede.

Ficha Técnica Noticias LX - Diretor: António Tavares - Editor e Redação: Alameda Salgueiro Maia, Lote 4, 1º andar – Gab 8, 2660-329 Santo António dos Cavaleiros | NoticiasLx@sapo.pt

Colunistas: Oliveira Dias, Paulo Bernardo e Sousa, Ricardo Henriques, Nuno Miguel Botelho, Fernando Pedroso, Ricardo Andrade, Maria Máxima Vaz, David Pinheiro, Filomena Francisco, Vitor Manuel Adrião, Pedro Almeida, João Calado, José Maria Pignatelli, Filipe Martins, Ricardo Helena.

Inscrição na ERC: 127230 Periodicidade: Semanal

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NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Pág. 2 NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Fonte: CM Loures

Ciclo Loures Educa+ 2023

A“Mente, cérebro, família e escola: Dos melhores métodos para aprender ao papel da família e da escola”

“Como motivar os filhos para o sucesso”

A Escola Básica do Prior Velho recebe, no dia 22 de março, a ação “Mente, cérebro, família e escola: Dos melhores métodos para aprender ao papel da família e da escola”. No dia 23 de março é a vez da Escola Secundária de São João da Talha receber a ação “Como motivar os filhos para o sucesso”.

Integradas na iniciativa “Ciclo Loures Educa +”, as ações contarão, respetivamente, com a participação da psicóloga da educação Joana

Rato e do professor Jorge Rio Cardoso. Ambas as ações terão início às 18h30.

O “Ciclo Loures Educa +” trata-se de um conjunto de debates, ações (in)formativas e oficinas, realizado em parceria com Associações de Pais e Encarregados de Educação, Agrupamentos de Escolas, Centro de Formação de Associação de Escolas CENFORES e Centro de Formação de Associação de Escolas da Zona Oriental do Concelho de Loures. É dirigido a pais e encarregados de educação, professores e outros profissionais da área educativa.

Pretende-se com esta iniciativa proporcionar a partilha de conhecimentos para a discussão e

reflexão em torno das grandes temáticas da Educação e das questões essenciais nas áreas da Infância e da Adolescência, contando-se, para o efeito, com a participação de duas dezenas de alguns dos mais reputados especialistas nacionais.

Mais se informa que estas ações são reconhecidas pelo Centro de Formação de Associação de Escolas CENFORES e pelo Centro de Formação de Associação de Escolas da Zona Oriental do Concelho de Loures e a sua participação confere a qualidade de Ação de Curta Duração (ACD).

Fonte: CM Loures

A Câmara Municipal de Loures promoveu, no dia 28 de março, uma sessão de esclarecimento sobre as obras de reparação do talude traseiro aos edifícios (n.º 53 a 67) da rua Domingos José de Morais, Sacavém.

O talude, bem como o passeio pedonal, compreendidos entre os referidos edifícios e o Forte de Sacavém, apresentam um conjunto de problemas – deformações, abatimentos, colapso dos muros existentes, fissuras, cavidades, erosão,

mau funcionamento do sistema de drenagem –que têm causado uma degradação do arranjo paisagístico da zona sobranceira aos edifícios e causado um ambiente de preocupação por parte dos moradores daqueles lotes, face à falta de estabilidade do talude.

“Esta reunião prendese com o compromisso assumido, por parte do Município, de vir explicar o projeto e toda a complexidade da obra em causa, as datas da sua execução, e ouvir as vossas dúvidas e preocupações”, referiu, na ocasião, Ricardo Leão. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Loures, trata-se de uma obra orçada em cerca de 1,5 milhões de euros, com início previsto no próximo mês de setembro, e com a duração de 10 meses.

A intervenção tem como objetivo estabilizar o talude, suavizando-o, o que implicará a demolição dos muros existentes e a construção de outros muros de suporte, o restabelecimento do caminho pedonal, bem como a execução de um sistema de drenagem eficiente, eliminando, por completo, as patologias que têm vindo a ser detetadas.

Pág. 5 NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Pág. 4 NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Fonte: CM Loures
Obras de reparação do talude traseiro aos edifícios (n.º 53 a 67) da rua Domingos José de Morais, Sacavém

O Dia Mundial da Atividade Física celebra-se a 6 de Abril

O Dia Mundial da Atividade Física celebra-se a 6 de abril, com o propósito de promover a atividade física bem como realçar os benefícios da sua realização regular.

É uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), que visa promover a luta contra o sedentarismo, apontado como um dos principais fatores de risco de morte, em todo o mundo. Entre os dias 31 de março e 6 de abril a Câmara

Municipal de Loures, em colaboração com vários parceiros, assinala esta data com a realização de diversas atividades abertas à participação da população.

Fonte: CM Loures

Contratos-programa de desenvolvimento desportivo, no âmbito do Clube Vida Ativa

A Câmara Municipal de Loures celebrou contratos-programa de desenvolvimento desportivo, no âmbito do Clube Vida Ativa, com treze instituições sociais para a implementação de atividades regulares direcionadas à população sénior.

A iniciativa de caráter anual visa “a manutenção e o desenvolvimento da condição física, motora e psicológica”, nomeadamente com a prática das modalidades de ginástica e hidroginástica, “melhorando a autonomia funcional e psicossocial dos participantes”, referiu a vice-presidente da Autarquia de Loures, Sónia Paixão, anunciando que será efetuada uma “avaliação do estado físico de cada pessoa, antes e após a próxima

época”.

Este projeto integra a Academia Recreativa e Musical de Sacavém; associações de Reformados, Pensionistas e Idosos de Santo Antão do Tojal; Desportiva Bobadelense; Desportiva, Cultural e Social de Frielas – GimnoFrielas; Moradores da Portela; Moradores de Santo António dos Cavaleiros; e Mudança e Representação Transcultural; na Casa do Povo de Bucelas, e os centros de Cultura e Desporto do Município de Loures; Cultural e Social de Santo António dos Cavaleiros; e Social e Paroquial de São Pedro de Lousa; a Comissão Unitária dos reformados, Pensionistas e Idosos de São João da Talha e a

Sociedade Recreativa e Musical 1.º de Agosto Santa Iriense.

“Queremos uma comunidade mais ativa, mais saudável, mais feliz!”, concluiu Sónia Paixão, nesta apresentação que decorreu na Biblioteca Municipal José Saramago e contou com atuações da Associação de Dança de Moscavide.

Fonte: CM Loures

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01 de Abril de 2023

Sessões públicas de apresentação da proposta de alteração do Plano Diretor Municipal de Loures

Irão decorrer, nos dias 22 de março, 5 e 19 de abril, as sessões públicas de apresentação da proposta de alteração do Plano Diretor Municipal de Loures para adequação ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. O período de discussão pública está a decorrer, até dia 26 de abril de 2023, e no seu decurso

serão realizadas três sessões públicas de apresentação da proposta:

- 22 de março | 21 horas | Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures

- 5 de abril | 21 horas | Clube União Recreativo de São Julião do Tojal

- 19 de abril | 21 horas | Sala da Assembleia de Freguesia – Bobadela

Para mais informações consulte em https:// app1.cm-loures.pt/alteracaopdm/

Fonte: CM Loures

NoticiasLx, 01 de Abril de 2023

Março Jovem. “A Saúde Mental ”

A Saúde Mental foi tema de debate na sessão do Parlamento dos Jovens, inserida no Março Jovem, uma iniciativa da Câmara Municipal de Loures, atualmente a decorrer. Estudantes e professores de escolas secundárias do Distrito de Lisboa, onde se contavam também alunos do concelho de Loures vindos dos agrupamentos Eduardo Gageiro, São João

da Talha, António Carvalho Figueiredo, José Afonso, José Cardoso Pires e da escola profissional de transportes IPTRANS expuseram pontos de vista sobre esta questão que preocupa todos. Tendo em conta a minha experiência enquanto deputado na Assembleia da República, sublinhei, na ocasião, a importância deste programa

que promove a cidadania entre todos pela participação ativa na sociedade. E lembrei que no parlamento ocorrem discussões salutares com vista a maiores consensos em vários domínios como o da Saúde.

- Ricardo Leão, Presidente da CM Loures, na sua página do Facebook

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António Costa, o pior dos piores

1 - O pior dos piores, versus, o “sábio dos sábios”

António Costa no passado dia 22 de março, apertado na Assembleia da República, com duras críticas que a oposição fazia ao pacote legislativo “Mais Habitação”, ripostou no seu jeito de tratar assuntos sérios, com recurso à chicana política, afirmando que o arrendamento coercivo já tinha sido promulgado pelo anterior Presidente da República, Cavaco Silva, o “sábio dos sábios”, conforme afirmou.

António Costa, para além da deselegância na forma como se referiu a um anterior Chefe de Estado, tentou, mais uma vez, enganar os portugueses, porque a lei promulgada por Cavaco Silva não é exatamente igual à formulação legal agora pretendida pelo Primeiro-Ministro para o arrendamento coercivo.

Aliás, é fácil de compreender que se a referida lei promulgada por Cavaco Silva correspondesse exatamente ao pretendido pelo Governo socialista, não seria necessária uma nova lei, bastaria aplicar a lei existente.

A prova do que afirmo é o facto do Governo não prescindir de aprovar uma lei sobre o arrendamento coercivo que está a merecer o repúdio generalizado dos portugueses, quer sejam ou não proprietários.

António Costa continua a mentir descaradamente, seja na Assembleia da República ou em conferências de imprensa do Governo, mas estou em crer que os portugueses começam a ficar fartos dessa lamentável situação, como o indica, de forma cada vez mais sustentada, as atuais sondagens e mais importante que isso a voz do povo que sofre com a atuação errática e sem estratégia do Primeiro-Ministro.

Voltando às declarações proferidas pelo Chefe do Governo, na Assembleia da República no passado dia 22 de março, sobre o “sábio dos sábios”, ocorre-me escrever, em contraponto, o que muitos portugueses pensam, António Costa é de facto, o pior dos piores, Primeiros-Ministros de Portugal, no período das II e III Repúblicas.

Aliás, Cavaco Silva foi Primeiro-Ministro de Portugal durante dez anos, com uma obra notável e uma profunda transformação positiva do atávico país rural de então, tendo-se vivido, naquela época, um dos períodos de maior desenvolvimento económico de que todos os portugueses beneficiaram.

Não há comparação possível entre os

Contratos de urbanização das células 2 e 6 do Bairro da Fraternidade, na União de Freguesias

desempenhos de Cavaco Silva e de António Costa, como Chefes de Governo, bastando analisar os resultados económicos que o país alcançou com um e com o outro. A História julgará a obra de ambos.

2 - O pior dos piores e a comunicação social

O Governo e o Partido Socialista continuam a ter uma boa comunicação social, fruto de uma política que fomenta a não independência e a imparcialidade dos media, como forma de sobrevivência.

Para ilustrar o afirmado no parágrafo anterior, começo, desde logo, por referir um caso que remonta a maio de 2020 que é o apoio de 15 milhões de euros, para os órgãos de comunicação social, a título de compra antecipada de um ano de publicidade institucional, tendo, nomeadamente, a Impresa, dona da SIC e do Expresso, recebido 3,491 milhões de euros, ao passo que a Média Capital, dona da TVI e da Rádio Comercial, recebeu 3,342 milhões de euros.

Nos inícios de 2021, ficou evidente a razão deste apoio do Governo de António Costa, nomeadamente, à Impresa, desde logo, pelos programas emitidos pela SIC, contra o Chega, destacando-se o que se referia às suas supostas caves, para além da estuporada campanha, em curso, contra André Ventura, promovida, em podcast, pelo Expresso.

Numa época em que, felizmente, não se pode aplicar a censura e dar formalmente ordens diretas às redações dos órgãos de comunicação social, os avultados apoios financeiros oferecidos, são uma forma descarada de condicionar os media, o que não difere do que acontecia na II República, só que isso agora é feito sub-repticiamente.

Contudo, há sempre quem diga não e houve órgãos de comunicação social independentes que recusaram o apoio do Governo, como aconteceu com o “Observador” e o “Eco”, fazendo lembrar a resistência do “República”, de 1972 a 1974, e do “Jornal Novo”, nos tempos do PREC, todos jornais que leio e lia.

Estamos a dar relevo à comunicação social porque entendemos que a mesma, à exceção da afeta a correntes doutrinárias ou partidos políticos, deverá ser independente e imparcial, não devendo depender de favores de governos, sejam eles de que natureza forem.

Ora essa premissa de independência e imparcialidade da comunicação social, um dos pilares das democracias modernas, foi quebrada em Portugal, com a atribuição à generalidade dos media de avultados e interesseiros apoios financeiros, a troco de publicidade institucional, a favor do próprio Governo do Partido Socialista e contra a oposição mais significativa, de que o Chega é um exemplo, o que, por si só, já é merecedor de uma grande nota negativa para António Costa na sua avaliação como PrimeiroMinistro.

Aliás, refira-se que um outro Primeiro-Ministro, de má memória, o socialista, José Sócrates, planeou, segundo o Ministério Público, dominar os jornalistas e a comunicação social através do Grupo Lena, nomeadamente, com a tentativa de compra da Média Capital e de calar Manuela Moura Guedes que então pontificava como pivô do “Jornal Nacional” da TVI.

António Costa seguiu um caminho diferente e tratou de financiar a comunicação social, mas o que é certo é que o Grupo Impresa, o que mais apoios recebeu do Governo, parece atualmente um órgão oficioso do Partido Socialista e da oposição unida contra o Chega.

Esperemos que em Portugal, de futuro, os principais órgãos de comunicação social recusem os “manhosos” apoios financeiros do poder político, como alguns fizeram e, mesmo assim, continuam a sobreviver, mas com critérios de competência jornalística.

de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela.

Realizou-se, no dia 27 de março, nos Paços do Concelho de Loures, a assinatura dos contratos de urbanização das células 2 e 6 do Bairro da Fraternidade, na União de Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela.

Na cerimónia, Nuno Dias, vereador da Câmara Municipal de Loures com o pelouro do Urbanismo, reforçou, perante os representantes da Comissão de Administração Conjunta do

Bairro da Fraternidade, que o compromisso da Autarquia “é entregar, até final do mandato, os alvarás a todos os bairros com modalidade de reconversão por iniciativa municipal”.

Os contratos para as células 2 e 6 têm como objetivo a execução de projetos referentes à operação de loteamento indispensáveis à prossecução da reconversão urbanística do Bairro da Fraternidade, enquanto Área Urbana

de Génese Ilegal. Entre os trabalhos a executar estão o levantamento topográfico, os projetos de loteamento, de infraestruturas viárias, elétricas, telefónicas e de distribuição de gás, bem como de sinalização e trânsito, de arranjos exteriores e de abastecimento de água.

Fonte: CM Loures

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NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Pág. NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 - Fernando Pedroso Deputado Municipal do CHEGA na AMO

NoticiasLx, 01 de Abril de 2023

A CULTURA A CULTURA Música em SI MAIOR

Dia 7 de abril, na Capela da Casa de São Francisco de Assis, em Santo Antão do Tojal.

O Requiem de Mozart é um monumento à condição humana. Por um lado, tem na origem os ingredientes essenciais de um romance best-seller, tais como a entrega incondicional do génio à sua arte, personagens misteriosas que omitem a identidade, conspiração e morte, assim reforçada pelo género musical que lhe está mais diretamente relacionado. Por outro lado, é música sublime que nos emociona sempre que a ouvimos e que, em toda a sua beleza, atravessa com passos firmes os limiares do nosso entendimento. Resta a ideia de que, porventura, nos “fala” de vida e não de morte.

Assim, não perca o concerto de Páscoa, no dia 7 de abril, a partir das 18 horas, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, com Alma Ensemble e Coro Participativo, com Rita Marques como soprano, Cátia Moreso como meio-soprano, Leonel Pinheiro como tenor e Laurence Meikle como baixo. Filipa Palhares será a maestrina do coro e Paul Daniel o maestro.

Apresentarão Wolfgang Amadeus Mozart (17561791) – Requiem em Ré Menor, KV 626 (1791).

Entrada livre.

Saiba mais aqui https://bit.ly/3FXHXVV

A Câmara Municipal de Loures convida a participar na sessão de inauguração da exposição “O Lugar do Desenho”, no dia 25 de março, na Sala Multiusos da Galeria Municipal Vieira da Silva, no Parque Adão Barata, em Loures.

“O Lugar do Desenho” integra um conjunto de trabalhos produzidos nas unidades curriculares de desenho pelos estudantes do 2.º e do 3.º ano da licenciatura em Artes Visuais e Tecnologias, da Escola Superior de Educação de Lisboa.

O primeiro núcleo apresenta um conjunto de livros de artista que partiram de uma reflexão em torno dos binómios Silêncio/Ruído, Verdade/Mentira, Contestação/Resignação, entre outros. Desenvolvido numa lógica experimental, o desenho enquanto disciplina encontra, neste meio, diversas possibilidades expressivas, que resultam não só da combinação de uma multiplicidade de técnicas e materiais, mas sobretudo do poder evocativo do próprio desenho.

Concebido em estreito diálogo com a literatura e o cinema, o segundo núcleo de desenhos é fruto de um processo de investigação sobre grandes temas, que são transversais a estas expressões artísticas. A reflexão sobre a natureza humana – sonhadora, crítica, introspetiva, irónica – é o denominador comum destas séries de desenhos.

A inauguração está marcada para as 18 horas do dia 25 de março, mas a exposição poderá ser vista até dia 6 de maio, de terça-feira a domingo, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

Férias em Cultura

A Câmara Municipal de Loures promove, durante as férias da Páscoa, atividades para as crianças nos vários equipamentos municipais – bibliotecas, museus e galerias.

Estas atividades visam promover e divulgar a oferta de atividades diversificadas e descentralizadas de carácter lúdico e pedagógico e fortalecer a projeção dos equipamentos existentes no concelho de Loures.

A participação é gratuita, sujeita a inscrição prévia e limitada ao número de vagas.

Programa e inscrições https://shre.ink/k8Mh

Fonte: CM Loures

No dia 25 de março, pelas 18 horas, irá inaugurar a exposição “À Superfície, 2023”, na Sala Multiusos da Galeria Municipal Vieira da Silva, em Loures.

Uma exposição de escultura, inspirada na aldeia mineira do Lousal, da autoria dos alunos do último ano da licenciatura do Curso de Escultura da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

No mesmo local estará também patente “O Lugar do Desenho”, uma exposição de livros de artista e desenho da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Lisboa.

As exposições estarão patentes ao público até dia 6 de maio de 2023.

Fonte: CM Loures

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NoticiasLx, 01 de Abril de 2023

“7.º Open TKDSAC Poomsae”, organizado pelo

Taekwondo Clube de Santo António dos Cavaleiros

Decorreu ontem no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, o “7.º Open TKDSAC Poomsae”, organizado pelo Taekwondo Clube de Santo António dos Cavaleiros, com o apoio da Câmara Municipal de Loures e da Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros e Frielas.

Sónia Paixão, vice-presidente da Câmara Municipal, também esteve presente no evento, entregando medalhas aos atletas classificados nos três primeiros lugares de cada categoria.

Fonte: CM Loures

Saúde para Todos

A Câmara Municipal de Loures vai promover, no dia 2 de abril, um conjunto de atividades sob o tema “Saúde para Todos”, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Saúde, que irão decorrer no Parque da Cidade e no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, em Loures.

As atividades irão decorrer entre as 10 e as 13 horas, com iniciativas desportivas, avaliações, rastreios, e ações de sensibilização.

Poderá ainda visitar a exposição “Do João Semana à Unidade de Saúde Familiar” e visualizar um filme da Direção-Geral da Saúde.

A participação é livre e gratuita.

Fonte: CM Loures

13.ª edição do “FootLoures – Encontros de sub-7 e sub-9 Carla Couto”

A 13.ª edição do “FootLoures – Encontros de sub-7 e sub-9 Carla Couto” levou hoje cerca de 250 atletas, de diversos clubes do concelho de Loures, ao Complexo Desportivo do Jamor para uma experiência de futebol em relva natural.

Os atletas disputaram o torneio num dos campos do Complexo Desportivo do Jamor e no final visitaram a “Cidade do Futebol”.

Neste local, onde habitualmente se concentra a Seleção Portuguesa de Futebol, visualizaram um filme sobre o ‘nascimento’ da Cidade do Futebol e tiveram oportunidade de conhecer os balneários, o ginásio, o refeitório, o campo de treino e ainda ver os principais troféus das 26 seleções que utilizam esta “Casa dos Atletas”.

Uma visita acompanhada pela vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, a patrona desta edição do FootLoures, a atleta Carla Couto, e um dos antigos guarda-redes da Seleção Nacional de Futebol, Beto Pimparel, também ele oriundo do concelho de Loures.

Fonte: CM Loures

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“O GOVERNO É DESONESTO” HEIN?

A inflação já todos sabem o que é, e o vulgo tem mais ou menos a ideia que inflação é quando os preços de venda ao público sobem, de forma generalizada, em consequência do aumento dos custos dos factores de produção. Exclusivamente.

No passado existia outro factor com directo impacto nos preços que era a desvalorização da moeda, mas como a politica monetária já não passa pelos governos da europa, este “culpado” não se aplica. Mas, quando os preços de venda ao público sobem, sem que tal esteja directamente ligado aos custos dos factores de produção, mas sim devido a outros motivos, designadamente, o incremento de lucros, à boleia de um bode expiatório, como é a inflação, aí já estamos no domínio da especulação.

Foi o que aconteceu, por exemplo, quando da transição do escudo para o euro, onde à boleia da paridade de 1 euro, para 200,4 escudos, houve um generalizado aumento de preços, á boleia do bode expiatório da transição para a nova moeda.

Hoje, após a crise da pandemia, logo seguida por uma guerra á nossa porta, assistimos a duas tempestades em simultâneo – uma inflação, somada á especulação alarve, afectando, sem cerimónias, a população portuguesa.

Quando a especulação nos mercados, sobretudo notada nas grandes cadeias de distribuição, quiçá um dos melhores negócios que existem porque baseados numa ideia simples – alugar prateleiras – os serviços de fiscalização como a ASAE, focaram-se neste epifenómeno.

A ASAE depressa identificou práticas grosseiramente ilegais, que o incauto consumidor não se dava conta. Exemplos vários: ora são preços em folheto, menores que os da prateleira, ora são preços na prateleira menores que os pagos na caixa registadora, ora é a pesagem registada no produto, diferir da pesagem paga pelo consumidor, com prejuízo para este obviamente. Haverá outras? não sei, foram pelo mesmo estas as propaladas na comunicação social. Quanto a saber se os aumentos de preços ao consumidor, nas prateleiras da distribuição são acima do normal, isto é, se o preço do produtor não é o único factor do aumento do preço das prateleiras, ainda não há elementos suficientes para o apurar de forma pública, mas a desconfiança aí está.

As cadeias de distribuição praticam uma regra pouco conhecida pelos consumidores, quando o produtor coloca nos armazéns da distribuidora os seus produtos, paga um “x” para esse efeito, mas para além disso o produtor tem de deixar um acréscimo de 10% do produto, a título de

“quebras e outras situações de armazém”. Dito de outra maneira, o produtor paga á distribuidora para colocar 500 kg de arroz (por exemplo), mas tem de entregar 550 kg, pelo preço de 500kg. Pergunta-se o que faz a distribuidora com os remanescentes 50Kg? Não os dá ao banco alimentar, quando ciclicamente fazem recolhas de alimentos ás entradas destas distribuidoras, porque quem o faz são os clientes. Outra pergunta, quiçá mais importante, essas perdas ainda se cifram nos 10% ou aumentou também? Como se vê a distribuidora nunca fica a perder. Qual foi a reacção, em particular, do Presidente da Jerónimo Martins? Ficou fulo de raiva, por ver a ASAE cumprir a missão para que foi criada, acusando o governo de utilizar esta força inspectiva como marketing de imagem, instrumentalizando-a.

É como os traficantes de droga acusassem o governo, por usarem a marinha portuguesa que lhes está a dar um rombo nas lanchas voadoras, no algarve, prejudicando-lhes o negócio. Numa Conferencia de imprensa dada pelo Presidente do grupo Jerónimo Martins, dono do “Pingo Doce” e “Recheio”, com presença em Portugal, Polónia e Colômbia, a petulância assumiu foros de escândalo, com o senhor a afirmar que muitos lhe perguntavam porque ainda tinha operações em Portugal, como se nós portugueses tivéssemos de lhe agradecer por estar aqui a ganhar dinheiro á nossa conta, sim porque que se saiba, eles não dão nada de borla, o consumidor paga tudo.

Ainda escarrou a frase que a Polónia e a Colômbia perfazem cerca de 80% das operações do grupo, como que esbofeteando os portugueses com um “não preciso de vocês”.

Vejam bem a diferença deste “Patrão” com a de um verdadeiro empresário como foi Rui Nabeiro, que ao contrário do grupo Jerónimo Martins nunca sedeou o grupo na Holanda onde o regime fiscal é mais atractivo, beneficiando a Jerónimo Martins os holandeses, em matéria de impostos, em detrimento dos portugueses, que lhe compram os produtos, permitindo a este senhor da Jerónimo Martins lucros na casa das várias centenas de milhões de euros.

Mas cuidado, o senhor ainda foi mais longe ao afirmar que a inflação é o pior “imposto” que se pode infligir ao consumidor. Ora um “imposto” é um instrumento fiscal do Estado, pelo qual é exclusivamente responsável. Dizer que a inflação é um imposto, é o mesmo que dizer que a inflação é responsabilidade do estado, no caso do governo.

O senhor patrão conhece bem a técnica do espelho/projecção, que é projectar, no outro,

uma característica própria. Pretende-se enganar o povo obviamente.

Mas o homem estava “on fire”, e disparou que bom mesmo seria o governo passar o IVA dos produtos alimentares para 0%.

Esta solução, soçobrou em Espanha e noutros países, e mesmo entre nós foi o que se viu quando o IVA da restauração passou de 23% para 6%, o resultado foi … um maior encaixe de lucros da restauração, porque o consumidor não viu nenhuma baixa nas refeições. Não resulta.

O homem chega mesmo a defender que se deveriam abolir todos os impostos … ora não estou a ver como Portugal, País sem petróleo, nem recursos energéticos para vender a outros países, poderia assegurar as funções sociais do estado, da educação á saúde, á justiça, e á segurança, sem uma cultura de imposto, a não ser que o grupo Jerónimo Martins se proponha fazer isso em vez do estado.

Não deixa de ser sobranceiro quando um agente económico pretende que o estado prescinda da sua parte (impostos), mas a parte do agente económico (lucros) manterem-se. Sim porque o que este senhor não diz é que quando as grandes distribuidoras recebem os produtos dos produtores, em cima do preço do produtor, aplicam a sua margem, normalmente é de 100%, significa pois que o produtor tem o trabalho todo, e fica com margens esmagadas, quase nada ganha, a grande distribuição, sem esforço nenhum ganha 100%, a que se junta, como acima expliquei, a obrigação do produtor entregar 10% mais a titulo de perdas de armazém. Onde pára a moralidade disto? De algum vem os 700 milhões de lucros do grupo. Mas a créme de la créme, já depois de o senhor patrão chamar mentiroso ao ministro da economia, saiu na edição do Público de 25 de Março de 2023, na primeira página, lá vem uma deste senhor patrão ”IVA zero é possível se governo se tornar honesto” dito de outra forma – o governo é desonesto, e reitera, ao longo da sua entrevista, a desonestidade do governo, do ministro, com um desassombro que roça a estupefacção.

Na boca deste patrão o ministro da economia é um mentiroso e o governo é desonesto Hein? Como é possível um agente económico sentirse tão á vontade para verberar uma atoarda, um apodo, deste calibre? Ainda por cima um agente económico com telhados de vidro. Isto não pode valer tudo. Não pode.

Estou certo que se o Presidente do grupo Jerónimo Martins dissesse semelhante coisa na Polónia sobre o governo polaco, lhe seria

aplicado a tristemente célebre frase africana “ vous avez 24/20”, que é como quem diz, “tens 24 horas para te pores daqui para fora, e podes levar 20 kilos de bagagem”. Quando esta clique de gente, sentada nos seus milhões, o grupo Jerónimo Martins em 2022 teve 570 milhões de lucro, segundo se noticia, se arroga tratar o governo, apesar de tudo, goste-se ou não, representantes do povo, seu cliente, como se servos da gleba fossem, e a sua verbe, qual chicote no lombo do vilão, vomita uns soud bytes para rapaziada ver quem manda, então estamos próximo do fim. Vem-se a saber mais tarde que este senhor ganhou em, ordenados, em 2022, cerca de 3 milhões e meio de euros, o equivalente ao ordenado de 3.000 funcionários seus, e depois distribuiu por todos os funcionários o equivalente a 3% dos lucros da empresa. Achase, pois a ultima bolacha do pacote.

Belmiro de Azevedo, tido como um empresário de excepção, mas cuja história não o abonava, ficou conhecido por frases como “não queria nenhum destes ministros como meu funcionário”, dava-se a este tipo de dislates, sem que ninguém o incomodasse.

Já Jo Berardo deu-se mal, quando resolveu ir á Assembleia da República “gozar” com os senhores deputados, e a vida rapidamente lhe começou a correr mal, não porque o perseguissem, mas porque chamou á atenção das sus acções, as quais objecto de escrutínio, evidenciaram artimanhas á margem da lei. Quando se diz que ninguém está acima da lei, parece que estes patrões partem do princípio que isso só se aplica aos políticos. Estão enganados.

Mais educado esteve, por exemplo Gonçalo Lobo Xavier, presidente da associação das distribuidoras, no dia em que o governo anunciou um pacto com eles e com a CAP, e instado por jornalista a dizer se ainda estava zangado com o ministro da economia, que não estava zangado com ninguém, apenas deu nota da errada percepção para que teria contribuído o ministro da economia, para a responsabilidade das distribuidoras nos aumentos de preços, na sua opinião errada.

De resto essa “errada” percepção antes do ministro já toda a gente a tinha.

A verdade mesmo é que os consumidores desconhecem em absoluto, os pressupostos da formação de preços ao consumidor, porque nem os produtores, nem a distribuição disponibiliza essa informação..

Seria da maior utilidade perceber se sim ou não, este galopar de preços ao consumidor radicam em mera inflação, e sendo esta na casa dos 7%, 8%, o excesso do preço ao consumidor, não podia ser superior a isto, ou se, pelo contrário, a especulação, no sentido em que quem estabelece o preço ao consumidor se aproveita ilicitamente da inflação.

Para isso teria de se escrutinar os custos reais de produção, ou seja, saber mesmo quanto custa ao agricultor cultivar uma alface, a margem de lucro quando a vende á distribuição, e avaliar a margem de lucro da distribuição.

Mas o mercado, a mão invisível de adam Smith, base do capitalismo é isto mesmo, os consumidores ficarem reféns dos tubarões que dominam o pedaço. Por estas e por outras, talvez não seja despicienda a ideia de colocar o Estado a também operar no mercado, corrigindo assimetrias inaceitáveis, e no caso concorrendo com a distribuição, garantindo que os preços não são especulativos.

Claro que os agricultores também podiam organizar-se em cooperativas que colocassem no mercado os produtos dos mesmos, sem intermediários. Dir-se-á que já existem muitas cooperativas, o problema é que estas apenas servem para colocar no distribuidor (nas Jerónimos Martins cá do sitio) e não no cliente final, o produto daquilo que produzem. Não serve.

Uma outra forma de “castigar” estes patrões ufanos, é fazer como em certos países, com uma percepção pública muito afinada, e em linha com a responsabilidade social, com tudo o que isso importa, que sancionam certas práticas com um boicote generalizado a determinado produto, marca ou empresa, forçando-a a conformar-se com o consumidor e não o contrário. É o caso dos estados unidos da américa, e não só. Um boicote generalizado por parte dos consumidores portugueses ao “Pingo Doce “ e ao “Recheio”, embora representem “apenas” 20% das operações do grupo, certamente punha-os a pensar que se calhar não compensa ser sobranceiro. Dir-se-ia que se tal acontecesse, milhares iriam para o desemprego, pois parece que o grupo emprega 3 a 4 mil pessoas, mas basta pensar que se os consumidores abandonassem o grupo Jerónimo Martins, estes iriam bater á porta de outras distribuidoras, e estas perante tal procura, iriam precisar de reforçar a sua força de trabalho, e absorver a disponibilidade possibilitada pelas dispensas do Jerónimo Martins.

Acredito que em alguns Países europeus o sistema até funcione assim, como acontece no continente americano, em Portugal já tenho algumas dúvidas, pois ainda me lembro aquando da questão timorense, houve alguns pretextos para boicotar a Indonésia, como foi o caso da reparação de motores de aviões da Indonésia, em Alverca, e a “porrada” que o ministro Fernando Nogueira levou na altura, mas por exemplo mesmo na época, sabendo-se que a BP (British Petrolleum) tinha uma participação do governo indonésio, não vi ninguém deixar de se ir abastecer às bombas da BP a fim de participar num boicote ao País que invadira e escravizara Timor Leste.

Nessa altura, a instâncias de alguém com quem

trabalhei de perto, o Professor Nuno Rocha, então conhecidíssimo pró-indonésio, tentouse trazer para o jardim Zoológico de Lisboa um Dragão de Komodo, uma espécie de lagartão enorme, autóctone da ilha de komodo, na indonésia, e na altura isso espantou-me dado o sentimento profundamente anti-indonésia que havia em Portugal, e comentei isso com ele, e ele disse-me “esteja descansado que ninguém deixará de visitar o bicho só porque vem da indonésia, não em Portugal”. Como a tentativa se gorou, por indisponibilidade de Portugal em receber o dito, fiquei sem saber se ele tinha razão, ou não.

Mas que a exigência de uma Responsabilidade Social, faz muita falta disso não restam a menor das dúvidas.

Finalmente a 27 de Março de 2023, o governo lá faz a vontade à CAP e às distribuidoras, de instituir o IVA zero para um cabaz de produtos essenciais, ficando a sensação que resultou a pressão para este resultado. Assim que foi anunciado com pompa os esforços feitos pelos protagonistas, e no qual o estado abdica da sua parte (impostos), mas a CAP e a distribuição (aah, o presidente da jerónimo martins deve estar a esfregar as mãozinhas) mantêm a sua parte de milhões de lucros, as vozes que clamavam por esta solução, mormente entre os partidos, de que se destaca o PSD pela voz de Montenegro, vêm agora clamar por ser tardia e insuficiente (é o síndroma do copo de água) e não vai resolver nada, os produtores de bens que ficaram fora do cabaz, reclamam sentindo-se preteridos injustamente, e o povo … esse tem a percepção de nada beneficiar com a solução.

Aguardemos … Oliveira Dias, Politólogo

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NoticiasLx, 01 de Abril de 2023 Pág.
NoticiasLx, 01 de Abril de 2023

A Capacidade de Comunicar e a Evolução da Humanidade

Olhando ao nosso redor, somos confrontados com a existência do que é aparentemente uma transformação profunda. No entanto, será importante questionarmo-nos sobre qual será a verdadeira profundidade desta transformação. Dado o risco de superestimarmos a sua importância, será conveniente tentar especificar se é simplesmente outra camada de verniz no processo de construção da história ou, pelo contrário, se estamos a viver uma conjuntura particular que irá modificar esse processo histórico.

Nesta conformidade, para esclarecer a dúvida, precisamos de estabelecer um critério claro que nos permita discernir que tipo de evento constitui uma singularidade na evolução da nossa espécie. Assim sendo, será útil começar por definir o conceito de ser humano, como sendo um ser essencialmente primata com instintos sociais acentuados, dotado de uma inteligência que é expressa em duas faculdades: a capacidade de manipular o meio em que está inserido e a capacidade de comunicar simbolicamente.

Neste contexto, a singularidade seria definida pela existência de alguma mudança substancial em qualquer uma dessas duas faculdades.

Ou seja, os eventos que frequentemente interpretamos como marcos da história, como por exemplo, guerras, revoluções, mudanças de regime, ascensão e quedas de impérios, ou eventualmente atos associados a proeminentes personalidades, devem ser considerados como as oscilações do curso da história, ou no limite, como reverberações de transformações mais profundas.

Contrariamente, os saltos qualitativos na evolução do conhecimento que confere ao indivíduo competências para manipular o meio ambiente, ou seja, a capacidade humana de controlar a natureza, como por exemplo, aprender a controlar um fogo, a invenção da agricultura, a descoberta dos metais, a revolução industrial e atualmente o surgimento das tecnologias de informação e comunicação, significam mudanças estruturais na organização social das sociedades que condicionam a forma como o indivíduo interpreta a realidade.

Mudanças na outra faculdade, a capacidade de comunicar simbolicamente, que ocorrem com menos frequência, serão porventura mais importantes, uma vez que a comunicação serve

(Des)ordenamento do território

de base a tudo o que é especificamente humano. Qualquer inovação na capacidade de comunicar terá necessariamente um impacto maior na cultura intrínseca a determinada comunidade.

No entanto, as transformações na capacidade dos seres humanos comunicarem entre si ocorreram apenas em algumas ocasiões, cuja influência sinalizou as principais mudanças no curso da história da humanidade. De facto, tem sido enfatizado por alguns historiadores que o sucesso do ser humano no povoamento de todo o planeta resulta da primeira grande transformação na capacidade de comunicar, ou seja, o advento da linguagem. Em alguma literatura é defendida a tese de que a grande expansão humana no paleolítico, que levou a espécie humana das savanas africanas para toda a superfície do planeta, foi impulsionada pelo surgimento de línguas faladas semelhantes às que hoje utilizamos para comunicar. Posteriormente, o advento da escrita constituiuse como a transformação seguinte na capacidade de comunicação dos seres humanos e mais um marco na história da humanidade. Efetivamente, a invenção da imprensa marcou o início da era moderna. Mais recentemente, o crescente poder das massas, que dá à idade contemporânea uma identidade própria, evoluiu paralelamente à existência dos media tal como os conhecemos na atualidade.

Seguindo esta linha de raciocínio, a questão que emerge é a de se estamos hoje num momento comparável. É claro que ao longo dos anos temos tido vários meios disponíveis para trocar informações: a televisão, o telefone e até o serviço postal. No entanto, a perspetiva tecnológica talvez não seja a mais adequada para compreender as diferenças essenciais entre as diferentes formas de comunicação. Porventura será preferível recorrer a uma espécie de análise topológica que permita classificá-las de acordo com a forma como a informação flui nas sociedades onde existem.

Até recentemente, essa classificação incluía apenas duas categorias básicas. A primeira, caraterizada por comunicação individual, correspondia a uma topologia linear que também incluía comunicação oral, suportada pelo telefone, telégrafo e o serviço postal. A segunda categoria, composta por uma topologia em forma de árvore na qual um único emissor procura que a sua mensagem atinja um público mais amplo possível, incluiria a imprensa escrita,

os livros, o rádio e a televisão.

Todavia, a evolução tecnológica fez emergir um conjunto de novas ferramentas para gerar e transmitir informações, criando um cenário totalmente diferente dos acima referidos. Por um lado, atualmente temos disponível uma rede composta por centenas de milhões de ligações permanentes e de alta velocidade, à qual está ligada uma infinidade de dispositivos, constituindo-se num sistema que é dotado de potencialidades únicas, ou seja, com uma capacidade de fazer fluir informação incomparavelmente superior a tudo o que existia até então. Por outro lado, está em curso um processo de convergência tecnológica que está a tornar a complexidade subjacente ao sistema cada vez mais transparente para os utilizadores, que tendem a integrar uma ampla gama de serviços em todo o seu quotidiano, desde o profissional e público até ao mais privado.

É neste enquadramento que surge uma nova categoria na classificação topológica da comunicação humana, caraterizada pela comunicação de todos para todos, associada a uma rede complexa. Estamos perante uma verdadeira revolução comparável ao advento da fala, da escrita ou da imprensa que, na realidade, está a transformar o mundo ao nosso redor. Fisicamente, a dimensão labiríntica e turbulenta do nosso mundo em mudança acaba por se sustentar numa nova forma de gerir a complexidade, que só é possível graças à existência de máquinas dotadas de grande capacidade de processar informação e, sobretudo, de a trocar automaticamente com humanos e entre os humanos. Este cenário emergente molda o esqueleto funcional da estrutura financeira do mundo, da logística que possibilita a globalização e dos novos procedimentos de disseminação de ideias e interação entre as pessoas. Os seres humanos são os protagonistas de um momento excecional, fulcral na evolução da espécie, que nos leva a poder assumir que estamos no alvorecer de um novo período da história da humanidade, que poderá vir a ser designado por segundo tempo moderno.

As cheias de 1967 na região de Lisboa, e que pairam ainda na memoria de muitos, foram causadas por fortes chuvas na madrugada de 25 para 26 de novembro. Causaram cerca de 700 mortes e a destruição de 20 mil casas, sendo a pior catástrofe na região desde o terramoto de 1755.

Nos últimos 150 anos, houve 115 eventos de chuva com cheias que causaram danos no distrito de Lisboa. Estatísticas que fazem assim cair por terra a culpabilização que toda a esquerda quer atribuir exclusivamente às alterações climáticas.

A pouca atenção que tem sido dada ao ordenamento do território em Portugal, tem-se vindo a pagar caro, não poucas vezes com vidas humanos, com os incêndios no verão e com as cheias no inverno. No verão hectares e hectares ardidos, danos materiais, humanos e animais irreparáveis e no inverno cenário idêntico, mas provocado pelas chuvas intensas …

A expansão desordenada das áreas metropolitanas e de outras áreas urbanas, que crescem sobre cursos de água, e que consequentemente dão origem às cheias, põem a nú o “des”ordenamento do território e o pouco investimento que tem sido feito em Portugal nesta área.

Na noite de 7 para 8 de dezembro, estava a Assembleia Municipal reunida quando foi interrompida assim que o executivo e os presidentes de junta começaram a ser chamados pela proteção civil. Depois de com bastante dificuldade e por milagre ter conseguido inverter a marcha, antes de ficar atolada na EN 115 em Santo Antão do Tojal, consegui chegar a casa. O cenário que amanheceu caótico piorou uma semana depois e na noite de 13 de dezembro o que tinha ficado a salvo, tombou …

Em Loures, os prejuízos, estão contabilizados em 32 milhões de euros, por danos causados pelos deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores e habitações completamente danificadas pela violência das águas que entraram sem aviso e afetaram muitas famílias. Não será tão cedo que os lourenses conseguirão esquecer estes dias.

É fácil perceber que, os problemas que derivam das cheias não estão relacionados

com o fenómeno em si, mas sim com o facto de ocuparmos o espaço em que elas correm naturalmente, não podemos ignorar toda a construção em leito de cheia.

É urgente olhar para Loures e pensar no futuro, para evitar cometer os erros do passado.

Já agora, alguém sabe se as quotas de implantação da linha e as quotas de cheia foram tidas em conta no desenho do traçado do metro?

Fica a pergunta.

Jov’arteBienal Jovem 2023 INSCRIÇÕES ATÉ 31 MAIO

Estão a decorrer, até 31 de maio, as inscrições para participar na próxima edição da Jov’arteBienal Jovem, cujo objetivo é estimular a criação artística inovadora e distinguir o trabalho de jovens artistas no campo das artes plásticas e visuais.

Patrícia Almeida

Deputada Municipal

Líder de bancada partido Chega na AM Lrs gab_dep_chega@cm-loures.pt

Os participantes devem ter idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos e apresentar obras de artes visuais, nas suas várias vertentes: pintura, fotografia, desenho, escultura, cerâmica, instalação, vídeo, entre outras.

Serão atribuídos prémios monetários – no valor de dois mil euros, mil e quinhentos euros e mil euros – às três obras que mais se destaquem pela sua qualidade artística, técnica e criativa, bem como pela sua relevância e caráter inovador, no contexto do panorama artístico atual.

Ao vencedor será ainda dada a oportunidade de realizar uma exposição individual, num espaço municipal.

Ficha de inscrição

Calendário

FAQ Normas de participação Normas de participação

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Distribuição nos meios digitais para uma audiência de 50.000 pessoas nos concelhos de Loures e Odivelas

E.Mail Comercial: NoticiasLx-Pub@Sapo.pt

NOTICIASLX® é uma Marca Registada

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