NotIciasLx 27Mar2022

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FOTO DA SEMANA

Sophia de Mello Breyner Andresen 2

Editorial

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A Implementação da Gestão de Qualidade nas Freguesias – Nuno Leitão

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Soberanias…? - Oliveira Dias

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Cidadania e Civismo - Paulo Bernardo e Sousa

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Destaques da Região

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A Problemática das Águas – Ricardo Henriques

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Cultura

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Desporto

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Ajuste de contas? – Nuno Miguel Botelho

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História e Património

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Princípios de atuação do Chega em Odivelas – Fernando Pedroso

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Comunicação Social local… Que futuro? – Ricardo Andrade

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RealPolitik

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O pulmão (esquecido) de Odivelas – David Pinheiro

NotíciasLx Semanário Digital Nº 5 http://noticiaslx.sapo.pt

27Março/22


António Tavares Diretor

EDITORIAL Se os Filhos de Putin voassem não se via o Sol Mergulhados na tempestade perfeita, assistimos, "com o comando à distância“, às maiores atrocidades, que a mando de um tal putin, o exército russo e outros monstros armados, infligem ao povo da Ucrânia. Não é nova esta forma de estar dos czares soviéticos pois que, em 1956, já haviam invadido e ocupado a Hungria, em 1968, a Checoslováquia e, em 2014, a Crimeia, entre outras aventuras sanguinárias.

Os Ingénuos Europeus O problema da Europa sempre foi o de considerarem que a Rússia e a China eram parceiros que apesar de sustentados por regimes autoritários seriam ótimos mercados para os seus produtos e que a dependência da Europa em termos de Energia ou de Produtos industriais e Eletrónica teria como contrapartida o desenvolvimento económico e a ascensão de uma nova classe economicamente poderosa nesses países que levaria a uma alteração dos regimes de dentro para fora. Ora acontece que o

capitalismo de estado nesses regimes soube adaptar-se criando um conjunto de oligarcas que são eles próprios a natural sustentação da oligarquia. Aqui chegados, a Europa, com a invasão da Ucrânia, tomou consciência que as relações preferenciais com os blocos da Rússia e da China fortaleceu as oligarquias de ambos os blocos e a colocou numa dependência que inclusive lhe tolhe as iniciativas de fazer valer os seus valores “Europeus”. Ambos os blocos têm provado ao longo do tempo de que forma pretendem impor o seu poder aos seus vizinhos e ao mundo, e veja-se como a China invadiu e anexou a Mongólia e o Tibete e isto, sem grande oposição da Europa e dos Estados Unidos.

O Papel da Europa Para que a Europa possa sobreviver como um Europa de valores, torna-se nuclear que: 1. Inicie quanto antes um programa de reindustrialização 2. Sejam criadas certificações Europeias cujos produtos importados tenham na

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origem de respeitar os direitos humanos e contrariem a subsidiação dos produtos pelos estados Chinês e Russo. Criar alternativas aos blocos Russo e Chinês para o fornecimento de energia começando pelo gás natural de Sines que atravesse para lá dos Pirinéus e que a França não poderá insistir em obstaculizar.

Os Filhos de Putin A ingenuidade de muitos foi mais uma vez posta à prova quando se confirmou que os que no passado apoiaram as invasões da Hungria e da Checoslováquia, da Mongólia e do Tibete, eram agora os que, em vários fóruns, se recusavam a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Que sirva de lição a todos nós e que, nas próximas eleições, os Cidadãos, saibam responderlhes, retirando-os de todos os postos de poder que ainda ocupam nas Autarquias em Portugal. - António Tavares


Nuno Leitão Presidente UF Sta Iria de Azóia, S.João da Talha e Bobadela

A Implementação da Gestão de Qualidade nas Freguesias A adoção de um Sistema de Gestão da Qualidade é, segundo a ISO 9001, uma decisão estratégica da Organização, ou seja, tomada ao mais alto nível de decisão para servir um propósito específico e obter resultados. Ciente desta abordagem estratégica, a Junta de Freguesia de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela desenvolveu um Sistema de Gestão da Qualidade, e foi certificada segundo os requisitos da norma NP EN ISO 9001: 2015, para a atividade de Serviços de Administração Geral – Área Administrativa, Área de Recursos Humanos e Área de Aprovisionamento, pela EIC – Empresa Internacional de Certificação, S.A., em junho de 2021. Os sistemas de gestão de qualidade nas freguesias A implementação de um sistema de gestão da qualidade pela Junta de Freguesia significou a aposta numa gestão publica norteada por objetivos de simplificação, eficiência e transparência, no sentido de prestar melhores serviços aos cidadãos. O Sistema de Gestão da Qualidade, centrado no foco no freguês, envolvimento e melhoria contínua, é um veículo para alcançar essas metas, e assenta entre outros processos, na: • Criação de uma nova imagem

corporativa, através de uma nova identidade visual que se transmite nos principais elementos de contacto com o público e nos suportes de comunicação no sentido de orientar os meios disponíveis para uma política de transversalidade, clareza, transparência e proximidade com a comunidade; • Reformulação de todos os espaços de atendimento ao público criando condições de melhor acolhimento e conforto para todas as pessoas independentemente da sua condição física; • Formação dos trabalhadores ao nível das soft skils de forma a promover o bem-estar, mas também melhores técnicas no atendimento ao público, melhor gestão da sua produtividade e das equipas de trabalho, traduzindo-se numa melhor prestação do serviço público; • Reestruturação dos procedimentos administrativos, criando aprovando documentos estruturais e fazendo o seu mapeamento de modo a formalizar todas as tarefas, garantindo assim maior equidade no tratamento dos assuntos por todos os intervenientes; • Melhoria da comunicação com o público, concretamente na constante atualização das páginas nas redes sociais bem como da página web da Junta de

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Freguesia. • Disponibilização de mais serviços nos espaços de atendimento proporcionando uma oferta de proximidade aos nossos fregueses evitando desta forma que tenham de se deslocar para tratar dos seus assuntos diários. Desta forma, a reestruturação dos espaços de atendimento ao público é acompanhada pela necessária reorganização física das áreas de apoio administrativo e de todos os procedimentos internos, concretamente ao nível das áreas de apoio, criando assim também as condições físicas para o bemestar dos trabalhadores, uma aposta clara na sua motivação e produtividade. Assim, a adoção de um Sistema de Gestão de Qualidade será um modelo de trabalho e sucesso, capaz de gerar uma maior responsabilização dos autarcas, compromisso com um serviço publico de excelência, capaz de responder a uma relação de maior proximidade entre eleitos e eleitores, numa sociedade em constante transformação e que nós, os autarcas, temos que ser capazes de dar provas a um freguês cada vez mais exigente e atento à governação publica . - Nuno Leitão


Oliveira Dias Politólogo

SOBERANIAS … ? Temos, na ordem do dia, o tema da Soberania de Estados Independentes, obnubilando a crueza de uma globalização, que não conhece fronteiras, pondo em crise, pois, o “ius impérie”, o Poder Soberano, que tradicionalmente assistia a cada País. Os poderes soberanos, só o são, se e enquanto os países o reconheçam como tal, num contexto de igualdade entre os sujeitos, excepto se estiver em causa a própria nação.

A soberania portuguesa, permanece até hoje, violada por Espanha, contrariando o direito internacional. Sem consequências, aliás Olivença chegou a ser resgatada por um regimento de infantaria português, mas o General Inglês Beresdford, ordenou a esse regimento a retirada e abandono de Olivença, indo-se posteriormente fixar em Estremoz, ficando o regimento conhecido desde então como “Dragões de Olivença”, consequências do período em que a Soberania Portuguesa andava nas mãos das tropas inglesas. Com aliados destes … .

Domesticamente sabemos bem do que se trata. Recuando a 1815, ao Tratado de Viena, no qual se determinou a devolução do território de Olivença a Portugal, roubado por Espanha na conhecida guerra das laranjas, nunca se veio a concretizar.

Pior, foi o conhecido “mapa cor de rosa”, apresentado por Portugal, na conferência de Berlim, que decorreu de 15 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro de 1885, com a finalidade de regular a partilha do continente africano, pelas nações europeias colonizadoras, sendo critério o da efectiva ocupação do território, por parte da potência colonizadora,

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estando a nosso favor as expedições de Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo, de Angola a Moçambique, ligando-as. Os aliados ingleses impuseram um ultimato a Portugal, ameaçando guerra caso não fosse retirada a proposta . A razão estava do nosso lado, a justiça também, mas a realidade, como sempre, impôs-se, o mapa caiu. O clamor de indignação nacional ficou gravado no Hino nacional “A Portuguesa”, com a estrofe “contra os BRETÕES marchar, marchar”, entretanto alterada pelo politicamente correto “contra os CANHÕES, marchar, marchar”. Há que reconhecer que a factualidade soberana de um Estado é hodiernamente, algo muito fluido. - Oliveira Dias


Paulo Bernardo e Sousa Politólogo

Cidadania e Civismo… John Fitzgerald Kennedy, a 20 de Janeiro de 1961, no discurso de tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos da América, proferiu uma das suas mais conhecidas afirmações. Dizia ele, «Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ele.» Paulo Aido, escritor, jornalista e ex-Vereador em Odivelas, costuma afirmar que «todos nós somos chamados a transformar o metro quadrado que temos sob a nossa influência, para assim mudarmos o mundo». A cidadania é a prática de direitos e deveres de um indivíduo que o vincula a um Estado, através de um determinado estatuto jurídicopolítico. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos, sendo para tal necessário que cada indivíduo seja uma pessoa responsável, autónoma, solidária, que conhece e exerce os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo, tendo como referência os valores maiores que são os direitos humanos. Enquanto a cidadania nos

remete para um conjunto de princípios que nos enquadram enquanto membros de uma comunidade, o civismo transporta-nos para a praxis, para o plano das atitudes e comportamentos que desenvolvemos, visando a harmonia e a melhoria do bem-estar comum. Assim, a cidadania implica uma escolha de modelos de estar e o civismo a forma como tal operacionalizamos. Espera-se que a cidadania, associada ao civismo, não se reduza ao mero exercício do poder de voto, ao mero pagamento de contribuições e impostos, ao mero acatamento de ordens e decisões judiciais e/ou administrativas. Há mais, muito mais. Quem abrace a condição de cidadão com práticas de civismo tem de considerar que passou a agir num severo e austero plano ético, onde a sua condição de exigência para com as instituições, os agentes destas e a justeza das normas e suas aplicações tem de obrigatóriamente ser precedida de uma revisão exigente e introspectiva dos posicionamentos, mas, acima de tudo, das acções

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pessoais. Adaptando o pensamento de John Kennedy, apelo a erigirmos um novo estandarte assente num novo paradigma, numa nova maneira de estar, que se resume à afirmação: «Não perguntes o que a tua cidade pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.» Este é o mote das reflexões que doravante aqui partilharei. - Paulo Bernardo e Sousa


Destaques Escola Básica da Flamenga estará pronta a funcionar em pleno no início do próximo ano letivo Reiniciaram as obras de remodelação e ampliação

Neste âmbito, no passado dia 2 de fevereiro, foi aprovada, em reunião camarária, uma proposta que autoriza a cedência da posição contratual para uma nova empresa – responsável agora pela execução da obra – bem como a prorrogação do prazo contratual até abril próximo.

O Relatório da IGF – Inspeção Geral das Finanças Após um interregno de vários meses, devido a dificuldades da empresa responsável pela obra, foi agora possível reiniciar os trabalhos, orçados em mais de um milhão e oitocentos mil euros. Esta intervenção permitirá renovar todos os espaços escolares e criar três novas salas de aula, uma biblioteca escolar, salas de apoio, um novo espaço desportivo exterior, bem como requalificar integralmente o logradouro e remodelar o refeitório, permitindo assim a confeção local das refeições, beneficiando cerca de 300 alunos.

- Foi o “Elefante na Sala” na última reunião da Câmara Municipal de Loures em 16/março/2022. - O relatório da IGF foi entregue aos Vereadores da Câmara Municipal e, nas palavras do Presidente, Ricardo Leão, durante a referida reunião, trata-se de uma matéria de grande gravidade respeitante ao período do último mandato de gestão da CDU.

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“LOURES INOVA” Não Tem Enquadramento Legal É verdade, passados todos estes anos, o Presidente Ricardo Leão foi confrontado com um facto: A “Loures Inova” não tem regulamento nem estatutos. O Município paga de renda anual das instalações da “Loures Inova” 32.000 euros e paga igualmente a uma consultora externa 40.000 euros ano

Sportivo de Loures O Vereador Bruno Nunes, do Chega, fez uma intervenção na reunião de Câmara de 16 de março p.p. focando as dificuldades que o Clube tem atravessado. O Presidente, Ricardo Leão, informou a Câmara que na próxima reunião de 30 de março apresentará um primeiro esboço do estádio municipal que contemplará dois campos e facultará receitas próprias ao Sportivo de Loures.


Destaques Loures e Odivelas

LOURES presente na Bolsa de Turismo de Lisboa No passado fim de semana de 18, 19 e 20 de março, Loures esteve presente na BTL, na FIL, dando a conhecer os seus produtos da terra e gastronomia.

A última edição da BTL tinha acontecido em 2019 e, para este ano, as expetativas são muito positivas aguardando-se mais de 75.000 visitantes e, o número de expositores presentes ultrapassa os 1.400 de 2019.

Largo D. Dinis Odivelas

VII FEIRA DO FUMEIRO DE ODIVELAS 24 a 27 de março Parque Urbano do Silvado A 7.ª edição da Feira do Fumeiro vai realizar-se no Parque Urbano do Silvado, de 24 a 27 de março, com a presença do programa “Somos Portugal”, da TVI

COVID-19 Centro de Vacinação mudou para o Parque da Cidade

O Concelho de Loures fez-se representar por alguns dos seus ex-libris: O Arinto de Bucelas, o Queijo e o Mel.

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O Centro de Vacinação do Concelho de Loures está a funcionar, na Sala Multiusos da Galeria Municipal Vieira da Silva, no Parque da Cidade, em Loures com o horário de funcionamento de segunda-feira a sábado, das 9h00 às 14h00 Os serviços prestados no novo Centro de Vacinação terão o envolvimento do ACES de Loures e Odivelas. O espaço – dotado com as mesmas valências do anterior – é acessível a utentes com mobilidade reduzida e tem oferta de estacionamento na zona envolvente, bem como de transportes públicos. O Pavilhão Feliciano Bastos, até agora ocupado com o Centro de Vacinação, foi assim ‘devolvido’ à sua função original e para a qual foi concebido: espaço vocacionado para acolher atividades desportivas, desporto escolar e iniciativas do movimento associativo.


Ricardo Henriques ECO Loures https://www.facebook.com/EC OLoures2020

SIMAR – A Problemática das Águas I I Enquadramento

dos SIMAR é de elevada gravidade?

A criação dos SIMAR baseou-se numa visão para ser uma referência de qualidade de serviço público e a sua política da qualidade assenta nos seguintes compromissos: 1. Cumprir os requisitos do cliente, estatutários e regulamentares aplicáveis. 2. Satisfazer as necessidades e superar as expetativas, dos clientes e da comunidade. 3. Assegurar elevado nível de qualidade do produto fornecido e dos serviços prestados, garantindo: • salubridade e segurança da água • continuidade no abastecimento (AA), drenagem (AR) e recolha (RU) • prontidão na resposta • transparência. 4. Melhorar continuamente o sistema de gestão da qualidade Acordada em 2014 pelos executivos das Câmaras Municipais de Loures e de Odivelas a criação do Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos de Loures e Odivelas. Porque é que a situação atual

Os SIMAR têm vindo a apresentar prejuízos nos últimos anos, sendo que estes se agravam a partir de 2020: FONTE: DF – SIMAR Não estamos a falar de um problema conjuntural relacionado com a pandemia, mas com um problema estrutural que nos exige ir até 2017 para encontrar um resultado líquido positivo. Instalou-se assim um cenário de crise em que esta tendência de acumulação de prejuízos tem diversas consequências directas: 1. Em 2021 os prejuízos serão ainda mais avultados e daí que as Câmaras Municipais de Loures e Odivelas, no seu papel de acionistas dos SIMAR irão realizar injeções de capital procurando mitigar o problema ao abrigo da Lei n.º 50/2012, podendo esta situação repetir-se no futuro. 2. Antecipando um cenário de recuperação dos SIMAR em 2022 e 2023, o nível de inves-

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timentos pode ficar condicionado e não ser suficiente para garantir que a transformação tornará os SIMAR solvente do ponto de vista financeiro. 3. A qualidade dos serviços prestados pode degradar-se face ao cenário de crise. Os anos de 2022 e 2023 serão decisivos para a os municípios de Loures e Odivelas uma vez que o regime geral de gestão de resíduos dos estados membros definido pela União Europeia, prevê um conjunto de metas a aplicar até final de 2023. A partir daí serão aplicadas sanções, situação que poderá aumentar ainda mais o problema financeiro que já se verifica atualmente. Porque é que o Abastecimento de Água apresenta graves prejuízos? Quando observamos o balanço hídrico dos SIMAR e procuramos perceber como tem decorrido a evolução, verificamos numa análise comparativa entre 2017 e 2020 que: 1. A água não faturada reduziu cerca de 500.000 m3 (10.9 milhões m3 para 10.4 milhões m3 – 38.7% para 36%), porém, o volume total de perdas reais aumentou de 6.2milhões m3/ano para 7.5milhões m3/ano; (continua pág 9)


Ricardo Henriques ECO Loures https://www.facebook.com/EC OLoures2020

SIMAR – A Problemática das Águas II 2. O consumo não faturado não medido também aumentou 1.41 milhões m3 para 1.78 milhões m3;

as intervenções duplicaram:

Água não faturada (%)

Ocorrência de falhas no abastecimento [n.º/(1000 ramais .ano)] Fonte: ERSAR (dados de 2020)

Numa comparação de dados apresentados pela ERSAR no Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP 2020) percebe-se a posição relativa dos indicadores de desempenho dos SIMAR face aos restantes serviços municipais:

Por outro lado, quando se observa a evolução de intervenções na rede por incidentes que requerem a actividade do piquete, a evolução que se verifica desde 2015 é que

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Conclui-se deste modo que o problema de abastecimento de águas tem essencialmente a ver com Perdas reais, ou seja, perdas físicas de água desde os reservatórios até ao contador do consumidor, relacionadas com fugas nas condutas e nos ramais. Porém, não é um problema da maioria dos concelhos e do território que representa a Grande Lisboa. - Ricardo Henriques ECO Loures https://www.facebook.com/ECOL oures2020


Cultura 21 de Março – Dia Mundial da Poesia Sophia de Mello Breyner Andresen

Author «Ganharás o pão com o suor do teu rosto» Assim nos foi imposto E não: «Com o suor dos outros ganharás o pão»

As Pessoas Sensíveis de Sophia de Mello Breyner Andresen As pessoas sensíveis não são capazes De matar galinhas Porém são capazes De comer galinhas

Ó vendilhões do templo Ó construtores Das grandes estátuas balofas e pesadas Ó cheios de devoção e de proveito

O dinheiro cheira a pobre e cheira À roupa do seu corpo Aquela roupa do seu corpo Que depois da chuva secou sobre o corpo Porque não tinham outra Porque cheira a pobre e cheira A roupa Que depois do suor não foi lavada Porque não tinham outra

Perdoai-lhes Senhor Porque eles sabem o que fazem Sophia de Mello Breyner Andresen foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999. Nasceu a 06 Novembro 1919 (Porto) Morreu em 02 Julho 2004 (Lisboa)

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Cultura JAZEPAZ EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA PEDRO INÁCIO 27 MARÇO » 30 ABRIL 2022

NÚCLEO MUSEOLÓGICO Cemitério Municipal de Loures 9:30 > 12:30 » 14:00 > 17:30 PALÁCIO DOS MARQUESES DA PRAIA E MONFORTE Parque da Cidade, Loures 9:30 > 12:30 » 14:00 > 17:30 | Dom. 14:00 > 18:00

ATÉ 29 MARÇO Exposição Somos o que comemos

O polo da Academia dos Saberes de Santa Iria de Azóia vai receber, entre 10 e 29 de março, a exposição Somos o que comemos.

Uma mostra que reúne trabalhos artísticos dos alunos da Escola Básica da Bela Vista e do Agrupamento de Escolas de Santa Iria de Azóia, feitos em diversos suportes, técnicas e dimensões, sobre o tema da alimentação saudável e os seus benefícios.

uma cultura. A exposição estará patente na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe até ao dia 2 de abril e poderá ser visitada de terça-feira a sábado, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. Encerra aos domingos, segundas-feiras e feriados.

Visite a exposição na Academia dos Saberes, em Santa Iria de Azóia, de segunda a sexta, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, ou ainda online, a partir do dia 15 março, através do Portal da Educação.

Todos ao Teatro

ATÉ 2 ABRIL Exposição Já em Loures Já em Loures é o nome da exposição coletiva que está patente, até 2 de abril, na Galeria Municipal do Castelo de Pirescouxe, em Santa Iria de Azóia.

Uma exposição que dá a conhecer o trabalho de oito artistas portugueses – Ângela Fonseca, Carmen Duarte, Carolina Morais, Celina Vogensen, Daniela Geraldes, Francisco Belo, Marco Peixoto e Susana Lopes –, com o objetivo de promover a arte de uma forma ativa e de um modo diferente, próximo do público. O projeto que aqui se apresenta, da Associação de Jovens Artistas Portugueses, tem como propósito promover a arte, participar na cultura de forma ativa, criando maior impacto na sociedade portuguesa, através da dinamização de uma geração que é o futuro de um país e de

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27 | 10:30 Aula aberta de Teatro Grupo Amador de Teatro “Os Amigos da Manjoeira” Para Todos Sociedade Recreativa da Manjoeira 27 | 16:00 Olá Solidão Grupo Cénico da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fanhões M/12 27 | 16:00 Casa dos Sonhos Teatro A Descoberto M/14 CineTeatro de Loures 27 | 16:00 Mulheres com voz Grupo de Teatro do Grupo Dramático e Recreativo Corações de Vale de Figueira M/10 Cooperativa “A Sacavenense” 27 | 16:00 Ensaio Aberto AGITA – Formação Teatral Sala da Assembleia de Freguesia da Bobadela


Desporto Associação Cultural e Social de Frielas GimnoFrielas Vice-Campeões do Mundo em Equilíbrio Vice-Campeões do Mundo por Equipas No Campeonato do Mundo de Ginástica Acrobática

ATLETISMO 23.º Corta-mato de Santo António dos Cavaleiros 14.03.2022 Realizou-se, no dia 13 de março, 23.º Corta-mato de Santo António dos Cavaleiros, prova integrada no 37.º Troféu Corrida das Coletividades do Concelho de Loures.

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Nuno Miguel Botelho Ex-Vereador do PSD (2009-2021

Ajuste de contas? Em Setembro de 2013 o povo resolveu dar maioria à CDU e a Bernardino Soares para governar o concelho, penalizando a (péssima) governação do PS entre 2001 e 2013. A primeira grande ação política de Bernardino Soares foi abrir uma guerra ao passado, com o levantamento de uma auditoria à governação anterior. À época, todos no PS se opuseram e criticaram tamanha desfaçatez de Bernardino Soares... Passados 8 anos, o povo voltou a dar ao PS e a Ricardo Leão a possibilidade de governar (merecidamente?)o nosso concelho. Ouvimos, durante a campanha, várias promessas de todos os partidos, desde obras, na habitação, nas escolas, na saúde; dinheiro para juntas e associações, apoios a IPSS´s; capacidade de atração de empresas e emprego…Tudo promessas louváveis, mas repetidas… Então o que relevou do discurso de Ricardo Leão? A mensagem de que, se ganhasse, o seu móbil era o futuro e não o passado, era resolver os problemas e não acumular a discussão, era apoiar os que precisavam, e não falar sobre os que viveram à custa do poder…E o que estamos a assistir? Infelizmente, mais do mesmo… Ricardo Leão a arrasar com tudo o que se fez (e não se fez) nos 8 anos anteriores… Ora eram projetos mal definidos, sem dotação, ora eram rubricas orçamentais deixadas sem dotação

financeira e, pior, avisando, a quem quiser ouvir, que “a seu tempo, de tudo se falará…” Provavelmente, Ricardo Leão, terá razão em muito do que diz e terá de atuar… Mas isso não se deveria fazer em silêncio? Será que é isso que os munícipes querem do seu presidente de câmara? Ou será isso apenas o discurso para a “claque” ouvir? Estaremos a assistir a um ajuste de contas? Não será mais relevante, Ricardo Leão focar o seu tempo e esforço para resolver os problemas das pessoas e das empresas que vivem e trabalham em Loures? A sua tarefa já não será hercúlea, com os desafios que tem pela frente? Com certeza, o próprio considerará que sim… Mas estará a fazê-lo? Admito que sim… No entanto, 6 meses depois, o que passa para “fora” é todo o mal que fez o PCP… Dejá vu? Nos próximos tempos veremos… Oposição? Que oposição? Não estará PCP a sorrir com esta postura do presidente da câmara? E PSD e o Chega? Não estarão contentes com esta discussão e tipo de debates? E, mais importante, com esta postura, não estaremos a afastar ainda mais as pessoas da política e dos políticos? O PCP ainda não percebeu que caminha para o fim... Será de seu interesse estar constantemente a ser o arauto da ética e da moral, esquecendo-se do que fizeram (ou não) para perder as eleições? Bernardino Soares foi vitima desta arrogância putinista… Disse-o publicamente, várias vezes… E agora, mesmo depois da derrota, não mudam a retórica, a dialética, a postura… Isso será o perecimento do PCP… O CH e a IL, têm tentado marcar

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a sua posição e defender os seus valores e princípios, e em parte têm conseguido… Aliás, ao contrário do que poderia esperar, o estilo populista do CH não se reflete em Loures… O estilo intelectualmente arrogante do IL, não se tem visto… O que se tem visto são 2 partidos a tentarem crescer a sua base de apoio, de uma forma positiva e assertiva, com (aparente) dinâmica e eficácia, com propostas concretas e objetivas… E isso é muito positivo para o concelho… Mais debate de ideias, novas propôstas, outras formas de agir, de pensar… A democracia só tem a ganhar. Quanto ao BE e o PAN… a insipiência dos seus discursos e das suas propostas estão nas antípodas da realidade… pelo que não vos maço a falar neles… Por ultimo (mas sempre em primeiro) a postura do PSD… Tem tido uma postura construtiva do que deve ser a governança de uma cidade, um concelho, ou um país… Colocando as pessoas sempre à frente de interesses partidários… Em Loures, não tem sido diferente, mesmo que isso lhe custe alguma popularidade… Mesmo que por isso seja muito atacado… Mas isso faz parte do ADN social-democrata… Defender o que é mais importante para as pessoas, mesmo que seja o mais difícil… E isso é louvável. Mas o PSD também tem de conseguir ser o partido alternativo ao PS (sobre isto terei outras oportunidades para escrever), sob pena de o PS ter uma maioria absoluta em 2025. E todos sabemos no que se torna o PS com maioria absoluta… Até breve. - Nuno Miguel Botelho - Ex-Vereador do PSD (20092021)


História e Património I De Sacavém a Carnide - A Várzea (Loures e Odivelas) A Várzea que se estende da foz do rio Trancão até ao limite sudoeste do concelho de Odivelas, tal como hoje existe, é o resultado de um longo processo de formação. Afirma o Professor Orlando Ribeiro que é a maior depressão da península de Lisboa e que se afundou no período quaternário. Para uma visão abrangente desta depressão, teremos de subir a encosta monoclinal que, de sueste a sudoeste a limita e separa dos planaltos setentrionais da cidade de Lisboa. Num passado recente toda esta baixa foi dos solos agrícolas mais produtivos do nosso País, justamente considerada a horta da capital. Mas, antes da agricultura, houve aqui outras actividades: a pesca, a salicultura, a navegação..... São vários os autores que se referem à formação e vida nesta várzea. Seguindo cronologicamente as informações desses autores, poderemos ter uma ideia aproximada da sua evolução. Silva Teles refere-se-lhe nos termos seguintes: “As baixas de Loures têm uma atracção especial(...)Em tempos distantes, (...) o Tejo prolongavase até muito longe para Oeste. Essas baixas eram então um golfo, com uma saída muito estreita. À medida que se iam erguendo as faixas acolinadas do norte e do oeste e prosseguia a sedimentação, a bacia primitiva emergia a pouco e

pouco, transformando-se primeiramente em lago, depois em pântanos. (...) Dos pontos altos da Ameixoeira e Apelação colhese em flagrante a depressão inteira, em contraste absoluto com as terras altas que se encontram em volta”. E o Professor Orlando, de saudosa memória, completa da seguinte forma: “Depois, os aluviões foram colmatando os vales, elevando o leito e tolhendo o caminho às águas salgadas. Mas, na Idade Média ainda havia salinas em Santo Antão do Tojal, e conservaram-se restos das que, há poucas dezenas de anos, se exploravam à entrada da garganta de Sacavém”. Como se pode inferir daqui, um dos factores de transformação do golfo inicial em terrenos pantanosos, foram os aluviões que aqui se acumularam ao longo dos tempos, embora os esteiros do Tejo continuassem a “alongar-se até muito longe”, esteiros que permitiam a navegação, para transporte de pessoas e bens. João Brandão (de Buarcos), no livro a que deu o título – Grandeza e Abastança de Lisboa em 1552 – afirma que “aqui “corriam” e “serviam”, nada menos do que 150 batéis, o que lhe fora confirmado por pessoas que “bem o sabiam”. Cerca de meio século depois, a navegação mantinha-se activa, como nos revela o Chantre da Sé de Évora, Manuel Severim de Faria, no seu livro – Viagens em Portugal. Na sua segunda viagem pelo país, realizada em 1609, de Évora a Miranda do Douro, passou por aqui, e dessa

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passagem deixou o seguinte testemunho: “De Lisboa a Sacavém há duas léguas. Sacavém é um lugar de 100 vizinhos, edificado na comodidade de um braço do Tejo, que pela terra dentro entra duas léguas até Loures. É este esteiro, quando desemboca no Tejo, de grande fundo; tanto que nele entram navios de muitas toneladas, e alguns galeões da carreira da Índia; a largueza não é muita e se passa este estreito por uma barca que é estanque do Duque de Bragança, herdado do Conde Nuno Álvares, a quem a deu El-Rei D. João primeiro e lhe rende seiscentos cruzados. O rio se vai estreitando pela terra dentro para a parte do Poente sempre em altura que navegam barcos e de uma parte e da outra da ribeira está cercada de quintas fresquíssimas, e de muitas marinhas. A última parte deste rio dista pouco do de Alcântara, e rompendo uns vales que entre eles correm, se poderão comunicar sem muita dificuldade, como o considerou excelentemente Luís Mendes de Vasconcelos”. As afirmações deste autor merecem todo o nosso crédito, uma vez que descreve o que observou, e como muito bem dizia Duarte Pacheco Pereira, “todo o saber é de experiência feito”. Das suas últimas palavras depreende-se que aprovava o projecto apresentado por Luís Mendes de Vasconcelos no livro intitulado – Do Sítio de Lisboa- e publicado em 1608, ou seja, um ano antes da viagem do Chantre da Sé de Évora.


História e Património II De Sacavém a Carnide - A Várzea (Loures e Odivelas) Fazer comunicar o rio de Sacavém com o de Alcântara, parece possível e conveniente a ambos. Mas vejamos o que diz Luís Mendes de Vasconcelos, Grão-Mestre da Ordem de Malta: Nós temos o rio de Sacavém que desembocando no Tejo faz uma profundíssima foz, na qual entram os maiores navios deste porto, e ficando quase no norte da cidade, volta contra o noroeste, navegando-se até à Mealhada; e da sua ribeira se levantam uns montes ásperos, ainda que pela cultivação deleitosos, os quais se vão estendendo com uma larga volta contra o poente, levando sempre ao pé um fundo vale, aberto por muitas partes com regatos que por ele correm. Deste modo vão fazendo um muro a esta cidade até onde o rio de Alcântara, continuando a mesma volta por um áspero vale, chega a se meter no Tejo ao poente da cidade, deixando-a cercada com um grande espaço do seu território este rio, o de Sacavém, e o vale que está entre eles. Se abrirmos este vale, de onde a maré do rio de Sacavém chega,, até ao de Alcântara, e afundarmos este de modo que possa a maré entrar nele, não vos parece que faríamos a mais segura fortificação que pode ser, recolhendo dentro dela, não só a cidade, mas muitos lugares e fertilíssimo terreno cheio de quintas, jardins, hortas e deleitosas recreações ?(...)”. E remata mais adiante: “... ficamos assim não só fazendo esta cidade fortíssima, mas por razão desta fortificação se povoará muito mais, de sorte que em pouco tempo virá a ser cidade todo este circuito, com o

que ficará sendo a mais poderosa do mundo”. Este era o projecto de Luís Mendes de Vasconcelos – fortificar Lisboa com uma “muralha de água”, incluir dentro dela toda a várzea e torná-la a cidade mais poderosa do mundo!! Engenhoso, mas não convenceu o rei Filipe I, porque não tinha intenção de gastar dinheiro em projectos portugueses. Estudos mais recentes têm considerado o cismo de 1755 um factor importante para o assoreamento da várzea. Já depois do cismo, continua a falar-se de portos e de navios por aqui. Em 1762 o padre João Baptista de Castro descreve assim a região: “... aqui desagua este rio no Tejo por uma grande boca, fazendo uma profundíssima foz, na qual podem entrar os maiores navios deste porto; e ficando quase ao norte da cidade, volta contra noroeste, onde se encontram os vistosos portos de Unhos, Frielas, Mealhada, Granja, Marnotas, Santo Antão do Tojal, etc.”. Sabemos que a água não desapareceu da lezíria a ponto de desaparecerem os barcos, pelo menos até 1822, segundo afirmação do Padre Álvaro Proença, em – Subsídios para a História do Concelho de Loures”, que diz o seguinte: “De 1820 a 1822 as lajes da igreja que eram de pedra tosca foram substituídas por um soalho cuja madeira desembarcou então na Póvoa de Santo Adrião e daí veio em carros para Loures”. As águas só foram verdadeiramente escoadas com as obras de drenagem terminadas em 1939. O Padre Álvaro Proença, pároco de Loures, deve ter assistido a essas obras e, em 1940, quando escreveu o livro a que acima me referi, diz assim: “... a água terrível tudo destruía... Tornavase urgente acabar com a fúria

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das águas, canalizar o seu ímpeto terrível e essa obra necessária terminou em 1939. Cavaram-se leitos profundos para a água, encaminharam-na para Sacavém, indicaram-lhe o caminho do Tejo. Hoje, a água ainda faz partidas...” Oh! Se faz!! Todos nos recordamos do que aconteceu em 1967. É legítimo questionarmo-nos: Haverá a possibilidade de mais “partidas”, para usar o termo do Padre Proença? Não sou Geóloga nem Geógrafa, mas gostaria de falar desta questão com o conhecimento que não tenho. Contudo, admito a possibilidade de algumas surpresas, considerando que toda esta baixa não ultrapassa os 20 metros de altitude, o que não será barreira suficiente para impedir a entrada de água na pior das hipóteses, sem deixarmos, por outro lado, de considerar que fica a uma cota inferior à dos terrenos que a cercam. A água que sempre aqui causou danos, também criou riqueza, trazendo o sal, facultando o transporte, como se comprova pelos testemunhos que apresentei e ainda por se ter constatado a existência de cais em Bucelas, Abelheira, Santo Antão, Loures, Mealhada, Unhos, Apelação, Frielas, Santo Elói, Paiã, Porto Pinheiro. - Maria Máxima Vaz


Fernando Pedroso Deputado Municipal do Chega na AMO

Princípios de atuação do Chega em Odivelas O Chega, na primeira vez que se candidatou a eleições autárquicas, no Concelho de Odivelas, conseguiu eleger um vereador, três deputados municipais, dois membros para a Assembleia de Freguesia de Odivelas, dois membros para a União das Freguesias de Pontinha e Famões, dois membros para a União das Freguesias de Ramada e Caneças e um membro para a União das Freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, num total de onze autarcas. Os eleitos do Chega, querem fazer parte da solução que permita que o Concelho de Odivelas seja governado com objetivos de desenvolvimento sustentado, modernização e qualidade de vida, com políticas que contrariem a tendência, já muito evidente, das nossas áreas urbanas se estarem a transformar em autênticos dormitórios. Contudo, a ação do Chega, no Concelho de Odivelas, não se afigura fácil, porque as maiorias absolutas do Partido Socialista têm sido, não raras vezes, um exemplo de poder absoluto, não levando em conta a opinião das outras correntes políticas representadas nos órgãos autár-

quicos que também foram sufragadas pelo eleitorado. As demonstrações desse poder absoluto, autocraticamente exercidas, só porque sim, ou então porque já assim foi anteriormente, é um claro desrespeito democrático pela maioria eleitoral, 50,65%, que não votou PS. As boas práticas democráticas de quem detém maiorias absolutas, bem como as regras elementares de pluralismo democrático, devem traduzir-se no respeito por todas as correntes ideológicas, mas isso é na teoria e discursos do PS, porque na ação política diária nada disso se verifica. Para que o desenvolvimento sustentado, a modernização e humanização do Concelho de Odivelas, se concretizem, há ainda muito trabalho pela frente, envolvendo os diferentes órgãos autárquicos, executivos ou deliberativos, e também a sociedade civil que se deve mostrar, cada vez mais, exigente e inconformada pelos escassos resultados obtidos até agora, onde há betão e cimento a mais e espaços verdes, limpeza urbana, segurança, serviços de saúde, estacionamentos, creches, jardins de infância, lares e quali-

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dade de vida a menos. O Chega na sua pretensão de ser parte da solução e não do problema continuará a estar, com uma oposição firme e construtiva, disponível para apoiar e votar favoravelmente todos os projetos, independentemente da sua proveniência, que se afigurem favoráveis aos nossos munícipes e ao desenvolvimento social, económico, cultural, desportivo e ambiental do nosso Concelho. Apoiaremos também todas as ações que contribuam para a inversão da tendência crescente de tornar a cidade de Odivelas e as suas vilas urbanas em dormitórios com populações desenraizadas e que fazem, em grande número, a sua vida social, económica, de prática desportiva e cultural em Lisboa e noutros concelhos limítrofes com melhor oferta para a qualidade de vida dos cidadãos.

É com este espírito construtivo e reformador que entrámos nos órgãos autárquicos do Concelho de Odivelas. - Fernando Pedroso Deputado Municipal do Chega no Concelho de Odivelas


Ricardo Andrade "Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais"

Comunicação Social local… Que futuro? I Nestas que são as primeiras linhas que partilho com cada um dos leitores neste espaço digital, escolhi escrever sobre algo de que há vários anos se fala em Loures mas cujo avanço parece nunca ser uma realidade. Claro que com esta frase introdutória os leitores poderiam quase fazer na sua mente uma lista bem maior do que uma lista de compras para uma família do nosso Concelho tantos que são os temas que em Loures são muito falados mas pouco concretizados. Infelizmente, nesta nossa terra, muitos dos que a têm dirigido politicamente ao longo dos tempos, são pródigos em abordar temas mas em não avançar com verdadeiras e sustentadas evoluções em áreas estruturais ou até mesmo em aspectos que, não tendo esse cariz, são definidores de características tão apregoadas como, por exemplo, a democracia. Ao passearmos pelos muitos kilómetros quadrados de Loures poderemos encontrar desde murais até esculturas passando por cartazes, tudo com a temática do 25 de Abril. Em todos eles a palavra liberdade é usada quase como uma medalha de honra. Mas na verdade, para que se possa verdadeiramente falar de

liberdade e democracia, é preciso que consigamos colocar em prática ambos os conceitos e não apenas fazer grandes discursos e homenagens sejam elas escritas, orais ou físicas. De facto, falar em liberdade e democracia sem procurarmos munir as populações, as forças vivas do Concelho como o movimento associativo ou os órgãos de Comunicação Social, de mecanismos potenciadores de liberdade, independência e espírito democrático, não mais é do que não entender que não se podem fazer omeletes sem ovos. Falar em liberdade e democracia e não procurar potenciar um papel livre e isento da Comunicação Social local, devidamente suportado e apoiado, mais não é do que repetir erros do passado bem recente no nosso Concelho como os cometidos pelo anterior executivo municipal da CDU. Sim, é um facto que a anterior gestão da Câmara Municipal se furtou a tratar de forma justa e equilibrada a nossa Comunicação Social local preterindo-a em favor de spots publicitários em televisões nacionais numa atitude provinciana e pouco conducente com a promoção do melhor que temos na nossa terra.

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Sim, é um facto que a gestão CDU até tornou prática corrente o apoio a alguma Comunicação Social local e ignorou uma outra parte dos nossos órgãos informativos. Sim, é também um facto que o anterior Presidente de Câmara, Bernardino Soares, nunca se coibiu de dar entrevistas a vários jornais nacionais, a televisões ou rádios nacionais, a uma rádio local e a um ou outro órgão de Comunicação Social local antes das últimas Eleições Autárquicas mas não o quis fazer relativamente a outros órgãos de informação da nossa terra sem explicar o seu critério de escolha ou sequer qual a razão de ter que escolher uns em detrimento de outros ao invés de falar com todos. É certo que o passado é isso mesmo… passado. Não devemos nunca ficar agarrados a ele e não avançar para o futuro. Não devemos jamais ignorar o passado relembrando-nos que não há futuro sem memória. Mas não devemos nunca esquecer que com os olhos postos no passado conseguimos preparar melhor o amanhã procurando não repetir os mesmos passos mal dados que foram dados. (continua pág 18)


Ricardo Andrade "Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais"

Comunicação Social local… Que futuro? II O presente e o futuro da comunicação social do Concelho de Loures estão não apenas na boa vontade e profissionalismo de quem desenvolve essa actividade mas também nas mãos do poder político que deve dar o sinal claro de que convive bem com a liberdade de imprensa e com a isenção redatorial. O hoje e o amanhã do direito de todos ao livre acesso à informação depende cada vez mais de não deixar morrer os órgãos informativos locais. E o existir ou não uma comunicação local livre, justa e profissional depende cada vez mais de serem dadas ferramentas e incentivos de forma justa equilibrada a todos quantos pretendem fazer do informar todos a sua missão. Logicamente que existem diversas formas de solucionar um problema. Obviamente que nem eu nem ninguém é dono da razão. Mas estou seguro de que apenas com vontade, resiliência e mente aberta conseguiremos dar os passos firmes que nos permitam caminhar para um Concelho de Loures onde todos possam ter o seu espaço. Por isso, estarei sempre aqui…atento ao caminho que

todos trilharemos rumo ao objectivo de termos na nossa terra mais democracia e liberdade. Por isso, estarei sempre na linha da frente pela luta por uma interventiva participação cívica…livre e democrática. Por isso, estarei sempre curioso de ver quais as respostas que

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serão dadas a uma importante questão: “ Comunicação Social em Loures… que futuro?” Um dia de cada vez… um passo de cada vez… Ricardo Andrade - "Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais"


REALPOLITIK “Os Jovens Em Loures” foi o tema do Debate Semanal na LouresTV

Notas da Reunião de Câmara de Loures em 16.Março.2022

22.Março 2022 Com a participação no painel de: Soraya Ossman (PAN), Diogo Rodrigues (CDS), Pedro Almeida (IL) e João Calado (PSD)

“Os Espaços Verdes Em Odivelas” foi o tema do Debate Semanal na OdivelasTV 25.Março 2022 Com a participação no painel de: Filipe Martins (IL), António Ramos (PS), e Fernando Pedroso (CHEGA)

Para ouvir aqui: https://fb.watch/bY2tYmVe_3/

Reunião de Câmara de Loures de 16.Março.2022 Para ver e ouvir aqui: https://fb.watch/bY2fE2GLM-/

Para ver e ouvir aqui: https://fb.watch/b_6S5ZErtC/ Próximo debate na OdivelasTV – 8 Abril “Feiras e Mercados” em direto no canal #OdivelasTV no Facebook

Próximo programa com o Tema “Natalidade e Demografia” dia 29/Março pelas 21h:00 em direto no canal #LouresTV no Facebook

Para ver e ouvir aqui: https://youtu.be/GtBzmsK8LAo

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David Pinheiro Iniciativa Liberal de Odivelas

O pulmão (esquecido) de Odivelas Num período de empolgamento com o futuro Parque da Cidade, que irá nascer nos terrenos contíguos ao Mosteiro de Odivelas, constatamos o abandono e a degradação daquele que, verdadeiramente, é o “pulmão” de Odivelas: o Pinhal da Paiã. O Pinhal da Paiã, com 25 hectares (3 vezes a área prevista para o futuro Parque da Cidade) está, e tem estado, sob controlo municipal sem que precise de obras megalómanas ou verbas significativas para suportar a sua abertura e manutenção, disponibilizando esta área verde à população odivelense. Mas a realidade é diferente e o que se verifica é que este pinhal tem estado encerrado (foi reaberto no dia 9 de Março) num período em que, face ao contexto pandémico, mais se exigia a disponibilização de espaços ao ar livre para passeios ou atividades físicas em segurança e em cumprimento de regras sanitárias. Quais são, então, as possibilidades para este Parque? Recuperando algumas das propostas da Iniciativa Liberal no

seu programa autárquico, as perspetivas para este “pulmão de Odivelas” passam por: • Assegurar a contínua higiene e segurança do espaço • Limpeza do mato excedente nas zonas de circulação e percursos demarcados • Disponibilidade das casas de banho e colocação de caixotes de lixo • Criação de novos trilhos que permitam mitigar a inclinação do terreno, aumentando a distância pedonal utilizável e aumento da área arborizada • Criação de parques infantis • Passadiço superior pedonal com ligação ao Campo de jogos do Centro Escolar Republicano Tenente Valdez • Criação de parques caninos • Ordenamento do estacionamento junto à entrada do Parque • Reabertura do espaço de restauração, considerando a colocação de uma esplanada • Melhoria dos acessos pedonais e criação de vias cicláveis provenientes dos vários acessos àquela zona Todas estas medidas, com exceção da intervenção nos acessos pedonais e criação de

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vias cicláveis, são de fácil implementação e não comportam esforços financeiros significativos, tendo em conta o peso destas despesas num orçamento municipal que, para 2022, já supera os 130 milhões de Euros. A melhoria dos caminhos pedonais e a criação de ciclovias podem ser equacionadas no curto-médio prazo, com a correspondente planificação e dotação orçamental, mas não parece haver dúvidas das vantagens resultantes desta medida, desde logo, com ganhos em saúde pública e melhoria da qualidade de vida da população. Vamos aproveitar o que temos e otimizar os recursos disponíveis! Para isso, é fundamental que o Parque do Pinhal da Paiã se mantenha à disposição da população, com a dignidade e manutenção que merece, aumentando a área verde disponível e equipamentos de apoio e ordenando a sua envolvência para que esteja acessível a toda a população de Odivelas. - David Pinheiro Iniciativa Liberal de Odivelas


Ficha Técnica Diretor: António Tavares Colunistas: Nuno Leitão, Oliveira Dias, Paulo Bernardo e Sousa, Ricardo Henriques, Nuno Miguel Botelho, Fernando Pedroso, Ricardo Andrade e David Pinheiro. Estatuto editorial: https://noticiaslx.sapo.pt/estatuto-editorial/ Regras editoriais: https://noticiaslx.sapo.pt/regras-editoriais/

Distribuição nos meios digitais para uma audiência de 20.000 pessoas nos concelhos de Loures e Odivelas E.Mail Comercial: NoticiasLx-Pub@Sapo.pt

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