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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLVI - Nº 2244 - Quinta-feira, 10 de Fevereiro 2022 - Preço: 0,60 € - IVA incluído
MANGUALDE TERÁ PRIMEIRA RESIDÊNCIA INCÊNDIOS: BOMBEIROS DE PARA IDOSAS VÍTIMAS COIMBRA E VISEU DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA REFORÇAM A primeira residência destinada a mulheres idosas De acordo com Rosa Monteiro, “entre 2019 e novemvítimas de violência doméstica deverá entrar em funciobro de 2021 foram acolhidas na RNAVVD 193 mulheres COMBATE A namento até final do ano, no concelho de Mangualde, idosas, com mais de 66 anos, mas os atendimentos disse hoje à agência Lusa a secretária de Estado para a foram 4.555”. Cidadania e a Igualdade. A secretária de Estado explicou que “as casas de FOGO EM VALE Segundo Rosa Monteiro, das três Estruturas Resiabrigo fazem um trabalho que é de proteção, de apoio denciais para Pessoas Idosas (ERPI) destinadas a mupsicológico e psicoterapêutico, de apoio jurídico em DE CAMBRA lheres vítimas de violência doméstica que estão todo o processo no tribunal e de autonomização”, para Os grupos de reforço a incêndios florestais (GRIF) de Coimbra e Viseu foram hoje acionados para apoiar o combate de 213 operacionais ao incêndio que lavra desde as 12:35 em Vale de Cambra, no distrito de Aveiro. Em causa está o fogo que deflagrou numa zona florestal da aldeia da Paraduça, na freguesia de Arões, e que tem vindo a escalar desde então, justificando que, por volta das 17h50, as operações ainda envolvessem 60 viaturas – já depois de três aviões terem estado ao serviço da mesma operação. Contactado pela Lusa, o Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro recusou-se a listar as corporações envolvidas no combate ao incêndio e o número preciso das mesmas, mas disse que nesse trabalho estão “todas as do distrito de Aveiro”. Foi para apoiar essa estrutura que foram entretanto requisitados também os GRIF dos distritos de Coimbra e Viseu, cujos operacionais já constam do total de 213 agentes em combate ao fogo. Na coordenação das operações está o comandante Vítor Machado, dos Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra, que declarou à Lusa: “Depois da aldeia da Felgueira, neste momento já não temos habitações em risco e conseguimos confinar o fogo à área florestal. Mas é uma área muito extensa, ainda está a arder e temos aqui trabalho para toda a noite”.
previstas - num investimento total de mais de quatro milhões de euros (referentes apenas ao edificado) - a de Mangualde é a que se encontra mais avançada, tendo a empreitada sido adjudicada no dia 17. Além do concelho de Mangualde (Centro), também os de Viana do Castelo (Norte) e de Grândola (Alentejo) vão acolher estas experiências-piloto e receber “mulheres vítimas de violência doméstica idosas em situação de extrema dependência, de todo o país”, explicou. A de Mangualde, que representa um investimento de 1,5 milhões de euros, tem como entidade promotora um centro paroquial, em parceria com o município. Estas três ERPI, cada uma das quais com 40 vagas, vão integrar a Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD). Rosa Monteiro contou à Lusa ter-se apercebido de que havia uma lacuna quando visitou uma casa abrigo nos Açores e verificou que estava lá “uma idosa acamada há um ano e não havia respostas de acolhimento no continente que a aceitassem, porque era preciso um trabalho continuado de apoio psicológico e psicoterapêutico e também de acompanhamento do processo judicial”. “E depois, durante a pandemia, comecei a ver os números e era muito frequente a deteção de situações de mulheres com mais de 66 anos” vítimas de violênciadoméstica, acrescentou.
que as mulheres consigam voltar a encontrar um local de trabalho e uma habitação. “No caso específico dos Açores era uma pessoa com extrema dependência, não podia ficar a vida toda numa casa abrigo”, exemplificou, lembrando que também as estruturas residenciais para idosos não têm ainda “as competências para fazer este trabalho específico que deve ser feito por um técnico de apoio à vítima”. Neste âmbito, foi encontrada uma solução que cruza “estas duas respostas muito necessárias para as mulheres idosas, que não têm essa possibilidade de estar um período na casa abrigo e voltar ao seu meio normal de vida”, frisou. Rosa Monteiro esclareceu que as três ERPI destinadas a mulheres vítimas de violência doméstica são experiências-piloto, “não por se questionar a sua necessidade, porque ela é extrema, como se viu pelos números”, mas no sentido de testar o modelo de forma a perceber o que futuramente deve ser feito no resto do país. Estes equipamentos residenciais, financiados pelo FEDER, resultam do trabalho multissetorial do Governo (áreas da Cidadania e Igualdade, da Coesão Territorial e do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social) e dos municípios e organizações da sociedade civil que ficarão responsáveis pela sua gestão.
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