Edição 117

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UFSCO

Mensário da Junta de Freguesia Ano XI | Edi. 116 | mar.+abr. 2018 Diretora Eulália Crespo Editora Ângela Duarte DISTRIBUIÇÃO GRATUITA noticiasdafreguesia@gmail.com

Charneca do Nicho Multiplicam-se iniciativas de reflorestação P.5 Riba d’Aves Festa das chouriças P.7

União das Freguesias Festas e outras iniciativas P.4/9/11

União das Freguesias Calendário de provas do Ensino Básico P.11

UFSCO

Ortigosa Farmácia com novas instalações P.4


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opinião março+abril2018

Abertura

Eulália Crespo

Trabalho em equipa

As palavras do senhor prior Pe José Baptista

A morte dos inocentes Já rebentou. O tempo não perdoa, porque passa sem parar, fazendo a vida acontecer. Rebentou o inverno, dando lugar à primavera, que traz o rebentamento dos “olhos” das árvores fazendo nascer flores que se tornarão frutos. Rebentam as plantas, algumas delas, que foram queimadas pelo fogo, porque a natureza se transforma. Rebentam aquelas que foram cortadas para prevenir que possa o destruidor voltar a passar e a matar mais. Plantaram-se novas árvores, muitas, aos milhares, mas não chegam e não chegarão nunca se a “cama” lhes não for preparada em condições. E a cama não é mais que o mato selvagem que cresce sem controlo junto às suas raízes. É de louvar, agradecer e continuar a realizar, ao logo do tempo, todas as ações para repor, proteger e manter as nossas florestas, sentindo que a natureza é a nossa casa. Cuidá-la, estimá-la e prepará-la é preparar uma casa acolhedora e agradável onde possamos viver um futuro mais tranquilo. Fazendo nós parte de um tempo que vai querendo assumir mais o cuidado com a casa que com as pessoas, é preciso não descurar que a tranquilidade de ambas acontece apenas e somente quando se dá a cada uma o valor e o cuidado que lhe compete e pertence. Elas são grandes, enormes, ou pequenas. Alvos a abater, doa a quem doer. Uma vez mais, como acontece neste muito torpe mundo em que nos é dado viver, e particularmente neste Portugal à beira mar plantado e quase esmagado, a culpa que delas faz alvo a abater é a

Com certeza todos nós já ouvimos falar de expressões como “a união faz a força” ou “várias cabeças pensam melhor que uma”. Pois bem, quem melhor do que as formigas para nos provar isso mesmo? As formigas, como sabemos, são insetos sociais, que vivem para, em conjunto, trabalhar para a comunidade em que estão inseridas (composta por milhares ou, até mesmo, milhões de tantas outras). Cada formiga tem a sua tarefa bem definida (seja a rainha, o macho ou a operária) e cumpre-a de

tal forma que o processo, apesar de complexo e árduo, dá origem ao resultado mais completo e útil. Mas, sendo assim em tão grande número, por que razão não observamos qualquer tipo de conflito entre estas pequenas grandes trabalhadoras, como acontece, habitualmente, connosco, seres humanos? Atendendo à nossa realidade, sabemos que, muitas vezes, trabalhar em equipa pode ser difícil, angustiante e conflituoso, isto porque cada um de nós tem uma vontade, um sonho, uma aspiração. As formigas não têm sonhos, não

de serem, aparentemente, o elo mais fraco, sem que, realmente, alguma culpa lhes seja imputável. São realmente um elo mas não o mais fraco. Perceberemos as consequências da sua perda pela morte que lhes estamos a impor sem qualquer hipótese de defesa. Pobres delas que, vivendo agarradas à terra, à maneira do velhinho que se recusa a sair de casa, porque nela tem as suas raízes, mesmo quando o fogo insiste em lhe cair em cima, não têm como, nem sequer para onde, fugir. Está a rebentar, e com estouro, a nossa floresta. As árvores, porque são a matéria que arde, para não serem vítimas dos incêndios, proporcionando também a sua propagação, são abatidas. Assim não, nunca arderão. Talvez se possa conseguir a redução de extensão de alguns incêndios, pode ser que sim, mas em número não serão reduzidos e queira Deus que não seja de aumento a consequência. Construíramse as povoações e as casas á sombra das árvores e agora matam-se estas para que aquelas se salvem. Solução à portuguesa, sem querer, de modo algum, dizer mal deste país em que vivemos, bonito, cheio de sol, de vida e de coisas boas. Solução de quem não pensa na verdade das coisas: destrói-se a floresta porque ela arde, como se fosse a culpada dos incêndios; cortam-se árvores nas periferias, mas não se limpam os matos nos interiores; defende-se e pratica-se o aborto, matando as crianças como se elas fossem as culpadas, mas incentiva-se a sexualidade despudorada entre os jovens, como se daí não adviessem consequências, mas não se educam as pessoas para verdadeiros valores. Procuram-se resultados certos, mas não se fazem contas de vida. Não se quer perceber que para resolver um problema se tem que atacar na raiz: erva daninha rebenta sempre e em maior força. Faz-me lembrar o miúdo que, em dia de sufocante calor, na cidade de Jericó,

em Israel (atual Palestina), sufocava, com um saco de plástico, um cão porque “ele tinha pulgas”. Tinha pulgas… matava-se e deixaria de as ter, mas as pulgas continuariam tranquilas a viver. Essa é forma (im)pensante de crianças resolverem dificuldades… Pitágoras, um velho, muito velho, filósofo dizia, há cerca de 2.500 anos: “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”. A verdade é que em nossos dias se constroem prisões porque as existentes estão sobrelotadas. Muitos dos seus moradores foram educados... Como será o futuro? Rebentaram as nuvens e fomos agraciados com água abundante nos últimos tempos, depois de uma seca severa. Percebemos que cada vez mais estes fenómenos extremos se tornam presentes. O que para aí vai de tempestades este ano! As temperaturas aumentam, dificultando a vida de plantas e animais. O deserto vai subindo rapidamente e saltou de África para o sul da Europa. A água torna-se preciosa. Tê-la vai passar a ser um luxo. Aliás, já vamos “pedindo batatinhas” a Espanha para que a deixe, em tempo de seca passar até nós. Os espanhóis seguram-na quanto podem. Entendo-os. Há milhões de árvores a abater. Esquecemos porventura a sua importância para a purificação do ar como também no processo de evaporação da água e de humidificação do ar? Matese o inocente para que os criminosos vivam. É Páscoa há que pensar nisto e ir um pouco mais longe ainda. Que podemos fazer? Nada, talvez nada. Somos peças da engrenagem. Dançamos ao som da música que nos tocam. É tempo de vivermos mais por propostas de vida sérias, ainda que possam parecer-nos loucas. Citando Pitágoras: “Tudo está perdido, quando os maus servem de exemplo e os bons são motivo de riso.”

Querermos mais não é errado, errado é querermolo de forma egocêntrica, sem olhar ao próximo.

As memórias da minha aldeia Luiz Ginja

O carro das vacas O carro das vacas, hoje peça de museus agrários, praticamente banido das nossas aldeias, era o único meio de transporte para o campo. Estes carros eram também utilizados pelos proprietários para se transportarem às romarias e às feiras. Porém, eles serviam sobretudo para o transporte de estrume para os campos, cereais, erva, lenha, hortaliças, frutas, matos dos pinhais para fazer as “camas” dos animais ou para estremar os pátios bem como no transporte de materiais para construção de casas ou para outro tipo de construções. O eixo dos carros antigos era feito a partir de um tronco de freixo, que era considerada a madeira menos propícia a incendiar-se com a fricção. O eixo encaixava por baixo das chedas ou pranchas laterais do leito dos carros, encaixadas nos cocões onde rodava o eixo do carro das vacas, tudo isto da mesma madeira. As rodas, também em madeira, eram cintadas por um arco de ferro. Estes carros de outros tempos produziam um som estridente mas muito característico da aldeia. O chiar dos carros era o orgulho dos

querem chegar mais longe; já nós queremos sempre mais e mais. Querermos mais não é errado, errado é querermo-lo de forma egocêntrica, sem olhar ao próximo. Segundo o Observatório das Desigualdades, Portugal, Grécia e Turquia são os países europeus onde menos se trabalha em equipa, contrariamente aos países nórdicos, como a Noruega e a Suécia. Será esta uma questão cultural? Tendo isto a ver, ou não, com a cultura, deveremos moldar as nossas mentes para que nos comecemos a aceitar uns aos outros – a aceitar

lavradores que, quando chegavam a alguma localidade, faziam questão que o seu carro “cantasse” bem alto. Muitos lavradores penduravam na cheda do carro um caçapo com azeite para lubrificar o eixo, outros utilizavam sebo, evitando que a fricção entre a madeira provocasse incêndio. Na cabeçalha do carro era feito um furo, designado por chavelhal, onde se metia a chavelha, que segurava o carro à canga das vacas. Era mais um dia sem vontade nenhuma de sair de casa para o campo. A brincadeira era muito mais apelativa, mas naquele dia era preciso ir para o Brejo-Grande. Naquela época ainda não era conhecido o termo “exploração-infantil”, era normal todas as crianças, em tempo escolar ou fora dele, ajudarem no campo ou em casa. Claro que também havia tempo para a brincadeira, mas, no tempo da lavoura, dificilmente escapávamos do trabalho campesino. O carro já estava carregado de estrume, cavado do estrumeiro, local onde habitualmente depositavam o esterco e os matos moídos nos pátios que, após fermentação era utilizado como fertilizante nas terras. Em cima da carrada do estrume era alcandorada a charrua e alguns sacos de amónio. O caminho para o BrejoGrande era longo e naquela manhã, partimos bem cedo. Caminhava a pé com o meu pai, caminho acima, pela “barrei’ralta”, na direção da Charneca. Pelo caminho havia tempo de brincar com

as opiniões, a colaboração, as ideias, etc. Portugal, sendo conhecido como um país que forma excelentes profissionais, perde em muito quando esses mesmos profissionais não conseguem trabalhar em conjunto, seja em que área for, notando-se, mesmo, no quotidiano. E isto deverá começar a partir de nós. Como as formigas, podemos construir as mais belas obras se trabalharmos, juntos, para o mesmo objetivo – dando jus ao termo “comunidade”.

a imaginação, “transportado” num “carro” feito de uma cana, com um “guiador” a meio e uma roda no fim ou com o arco feito do aro de uma bicicleta, tocado com um pau. Havia também tempo de ouvir os conselhos do meu pai ou aquela habitual proibição, “não faças isso”, “não vais por aí”, “cuidado com as pedras”,” olha que te “estampas”. O vaivém dos carros das vacas era constante, sobretudo no tempo da lavoura. Na aldeia chegaram a existir perto de uma centena e meia de carros de vacas. Todos os carros tinham o seu som característico, sendo que os que caminhavam carregados eram os mais silenciosos. Intrigado pergunto ao meu pai porque é que os carros vazios faziam tanto barulho. Ele explicou-me; “sabes, os carros vazios são como algumas pessoas, quanto mais vazias, mais barulho fazem”. Não percebi a explicação, mas hoje, olhando sobretudo para a nossa classe política, vem-me à memória essa resposta e quão atual ela está.

Tirar mato da Charneca do Nicho. Foto: Direitos Reservados


sociedade & necrologia março+abril2018

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Souto da Carpalhosa e Ortigosa Trabalhos da Junta

Emília dos Santos, 92 anos, faleceu no dia 26 de março. Residia no Picoto e era viúva de José da Silva. Foi a sepultar no cemitério das Várzeas.

pois de abatimento de piso em rua junto ao Parque da Lagoa; - Trabalhos de limpeza de desobstrução de valetas e aquedutos na estrada da Lameira para a Ortigosa; - Podas de árvores e limpeza de recinto nas escolas do Souto da Carpalhosa, Vale da Pedra e Moita da Roda; - Trabalhos de reparação de canalização no cemitério do Souto da Carpalhosa; - Colocação de lancil no parque do cemitério de Riba d’Aves e outros arranjos no parque deste cemitério; - Trabalhos de limpeza, com destroçador do trator e com giratória, na remoção de acácias – faixa de 10 metros na berma das estradas – na Charneca do Nicho. - Trabalhos de limpeza na Rua Principal, Rua do Barrinho, Rua da Bica, Rua do Vale,

Leonel Domingues Aleixo, 49 anos, faleceu no dia 5 de abril. Residia no Souto da Carpalhosa. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Rua Joaquim Dinis, Rua do Barreiro, Rua do Raimundo, Rua da Pedreira, Rua de Santo António, Travessa Brás, Rua Vale Maria, Rua Principal, Rua da Escola, Rua do Cemitério, Rua Trás das Eiras, Rua e Travessa Nossa Senhora de Fátima, Rua da Nogueira, Rua do Campo de Futebol, Rua Valbom, Rua do Valinho e Rua do Mestre, no lugar de Riba d’Aves, bem como passagem com destroçador do trator nos locais de intervenção necessária; - Trabalhos de limpeza com destroçador do trator e giratória, na Charneca do Nicho, para remoção das acácias; - Aplicação de herbicida nos cemitérios das Várzeas, Ortigosa, Riba d’Aves, Conqueiros e Vale da Pedra; - Tapamento de buracos com betuminoso frio em várias

ruas da freguesia; - Aplicação de herbicida na calçada da Rua Principal, em Arroteia, e nos passeios das Várzeas para o Souto; - Trabalhos de arranjo de passeio e de floreira no cemitério de Riba d’Aves; - Trabalhos e reparação de vedação do recinto da Escola Primária da Lameira; - Trabalhos de limpeza na Escola de Trânsito da Ortigosa e respetivo recinto; - Trabalhos de limpeza com destroçador do trator, no caminho da pecuária, no lugar de Várzeas, bem como tapamento de buracos; - Aplicação de herbicida no lugar de Ortigosa; - Tapamento de buracos com tout-venant.

Manuel Duarte, 92 anos, faleceu no dia 4 de março. Residia na Jã da Rua e era casado com Maria da Piedade. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Hans Den Haan, 73 anos, faleceu no dia 6 de março. Com nacionalidade holandesa, residia na Moita da Roda e foi a sepultar no cemitério da Moita da Roda.

Maria José da Costa Monteiro, 93 anos, faleceu no dia 8 de março. Residia na Ortigosa e era casada com Joaquim dos Santos Floriano. Foi a sepultar no cemitério da Ortigosa.

José Duarte, 96 anos, faleceu no dia 13 de março. Residia no Casal Telheiro e era viúvo de Deolinda de Jesus. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Joaquim de Jesus Duarte, 79 anos, faleceu no dia 15 de abril. Residia em São Bento. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

Georgina de Oliveira, 85 anos, faleceu no dia 21 de abril. Residia no Vale da Pedra e era casada com Manuel da Silva. Foi a sepultar no cemitério do Vale da Pedra.

José Ferreira Alfaiate, 81 anos, faleceu no dia 22 de abril. Residia no Casal e era casado com Felicidade de Jesus Carvalheiro. Foi a sepultar no cemitério da Ortigosa.

Maria Tomásia Ferreira Moteiro, 82 anos, faleceu no dia 27 de abril. Residia em São Miguel e era casada com Joaquim de Jesus Cordeiro. Foi a sepultar no cemitério do Souto da Carpalhosa.

Fotos: JUNTA DE FREGUESIA

Foram realizados vários trabalhos pelos funcionários da Junta de Freguesia ao longo dos meses de março e abril, nomeadamente: - Limpeza de aquedutos e valeta na estrada para os Conqueiros e em frente à escola do Souto da Carpalhosa; - Execução de coletor pluvial, bem como limpeza de vala, na Rua do Souto de Cima junto à fonte; - Abertura de caixa e remate com betuminoso a quente junto à Cerâmica do Centro, Souto da Carpalhosa; - Remoção de terras e limpeza de estrada na Charneca do Nicho; - Tapamento de buracos com betuminoso quente por várias ruas em toda a freguesia; - Trabalhos de arranjo e substituição de manilhas de-


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sociedade & cultura março+abril2018

Ortigosa Apresentação de livro dia 2 de junho

Ortigosa Farmácia muda de instalações A Farmácia Nova da Ortigosa mudou de instalações no passado dia 30 de abril, estando agora no número 764, na Rua Joaquim de Sousa, em Ortigosa. Margarida Raimundo, diretora técnica desta farmácia, explica que as novas instalações oferecem um espaço mais amplo para a farmácia e para a população, bem como um melhor acesso que o espaço anterior. “A rampa de acesso nas instalações anteriores causava algumas dificuldades pelo que, agora, podemos ter uma população mais bem servida”, afirmou a responsável. Gradualmente a população vai dando conta desta mesma mudança de localização. Margarida Raimundo adiantou ainda que este novo espaço vai permitir uma oferta de novos serviços aos utentes futuramente. A Farmácia Nova da Ortigosa existe desde 2009 – sendo que já existia anteriormente enquanto posto de medicamentos – sempre com a preocupação de servir “sempre o melhor”. A farmácia, que conta com uma equipa de três farmacêuticas, funciona de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 20h00, com pausa das 13h00 às 14h30, e ao sábado das 9h00 às 19h00, com pausa das 13h00 às 15h00.


reportagem março+abril2018

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Charneca do Nicho Freguesia participa em ação de voluntariado No dia 24 de março decorreu uma ação de limpeza e reflorestação no Perímetro Florestal da Charneca do Nicho, aberta à participação de toda a comunidade. O vale das sobreiras foi o alvo de intervenção durante a manhã deste dia, com a reabilitação do vale através da limpeza, com arranque de acácias, e plantação de árvores autóctones. À iniciativa aderiram mais de meia centena de voluntários. Fotos: Junta de Freguesia

Jovens de Pombal também deixam o seu contributo No dia 26 de março um grupo de crianças e jovens do ATL Marquês de Pombal, da Escola 2,3 de Pombal, pertencente à Cáritas Diocesana de Coimbra e ao Agrupamento de Escuteiros de Coz deixaram o seu contributo no Perímetro Florestal da Charneca do Nicho através da plantação de cerca de 750 árvores. Fotos: Junta de Freguesia


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desporto & escolas março+abril2018

Ortigosa Santo Amaro medalhado em Torneio Distrital

Gonçalo Costa, atleta cadete do G.D. Santo Amaro, participou no estágio nacional de juvenis e cadetes, promovido pela Federação Portuguesa de Judo, que decorreu de 24 a 26 de março, na Lousã.

Moita da Roda

Grande prestação dos 14 atletas do GD Santo Amaro, que se deslocaram no dia 24 de março à Marinha Grande para representarem esta Secção de Judo, tendo alcançado as seguintes classificações: 1º lugar - Artur Braz, Luiz Ricardo e David Silva. 2º lugar - Gonçalo Lourenço, Francisco Tavares, Sandro

Almeida, Gabriel Bernardo e Francisca Alexandre. 3º lugar - Martim Simões, Rodrigo Santos, Maria João, André Franco, Pedro Henriques e Martim Dias. Texto e Foto: Secção Judo – GD Santo Amaro

Vale da Pedra

Vamos a uma EB1 com várias “aula de campo”? atividades

Souto da Carpalhosa

Semana da Leitura

Fotos: EB1 Vale da Pedra

No dias 24 e 26 de abril, os alunos do jardim-de-infância e EB1 de Moita da Roda deslocaram-se até à quintinha do senhor Zé, tio da Gabriela do 3.º ano de escolaridade, para observarem a tosquia da ovelha «Catarina» e do carneiro «Morcego». Os alunos ficaram muito entusiasmados e adoraram ver como o senhor Zé procedeu para fazer a tosquia. Ficaram tão curiosos que até tiveram a iniciativa de fazer algumas perguntas: - Qual é o tempo de gestação de uma ovelha? - Numa gestação, quantos cordeiros pode gerar uma ovelha? - Depois de fazer a tosquia, o que se faz com a lã? - Durante a tosquia, que cuidados a ter com o animal? - Se algum animal adoecer e acabar por morrer o que fazer? O senhor Zé foi muito atencioso e a tudo respondeu. Um bem-haja pela sua disponibilidade e amabilidade com que nos recebeu! Foi tudo muito interessante! E sabem uma coisa, ainda deu para explorar o meio local (a flora - algumas espécies de plantas e árvores e a fauna - algumas espécies de animais). E para finalizar, uma rima aqui vamos deixar: «Para melhor aprender, vai até ao campo conhecer!».

“Posso oferecer uma leitura?”

Nos dias de 12 a 23 de março a EB1 de Souto da Carpalhosa comemorou a Semana da Leitura. Aderiu à atividade da Biblioteca Escolar, do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel: “Posso oferecer-vos uma leitura?”. Esta atividade consistia em interromper as aulas para uma leitura surpresa. Os alunos foram brindados com muitas surpresas, pois vieram à escola pais, avós e a Sr.ª Presidente da Junta de Freguesia que com suas histórias encantaram as crianças. Os professores agradecem a todos os que colaboraram neste projeto e ofereceram leituras, transformando por alguns minutos a aula num momento mágico. Texto e Foto: EB1 Souto da Carpalhosa

Moita da Roda

Vivências da Páscoa Escola de Trânsito (foto) e Centro Equestre

Texto e Fotos: Jardim de Infância e EB1 Moita da Roda

Os alunos do Jardim de Infância e da EB1 de Moita da Roda comemoraram a chegada da Páscoa com bastante agrado. Pesquisaram sobre tradições e costumes desta época festiva e deitaram mãos à obra, confecionaram uns folares deliciosos com a ajuda preciosa da Mabília e das professoras. Ainda participaram numa «Caça ao ovo da Páscoa» bem divertida. Os nossos «coelhinhos» brilharam neste dia! Texto e Fotos: Jardim de Infância e EB1 Moita da Roda

Visita de Estudo à Kidzania


sociedade março+abril2018

As festas de Riba d’Aves, em honra de Nossa Senhora das Vitórias e S. Jorge, são muito conhecidas como as tradicionais festas das chouriças. Aliás, muitos dos que ali passam é propositadamente em busca deste tradicional enchido. Os festejos decorreram no fim de semana depois da Páscoa e com muito trabalho prévio de preparação. No dia 22 de março cerca de 40 pessoas se reuniam, durante a tarde, para se dedicarem ao corte dos 1700kg de carne de porco destinados à elaboração das chouriças. Neste dia procedeu-se ao corte e tempero, quatro dias depois, o enchimento. As quantidades de carne são muito elevadas e por isso o cuidado nos procedimentos de higiene e segurança são levados ao máximo detalhe. No salão, onde se preparam as chouriças e todos os outros trabalhos associados aos festejos do lugar, há uma câmara frigorífica para acondicionamento das carnes – é aí que alojam os 10 porcos destinados à desmancha e posteriormente a carne temperada. Estes trabalhos envolvem sempre cerca de 40 a 50 pessoas em cada turno de trabalho. Durante o dia, as pessoas com mais disponibilidade, como o caso dos mais velhos, reúnem-se no salão e, à noite, depois de saírem dos seus empregos, os mais novos dão continuidade aos afazeres. Pelo meio, fazem pausas para lanchar ou mesmo jantar ali no salão. Os tra-

balhos são muitos, o tempo até aos festejos é pouco, e quem se dedica a esta missão procura aproveitar cada instante para que no dia tudo esteja pronto a tempo e horas. As chouriças ali elaboradas são para consumo no restaurante da festa estando o fumeiro por debaixo do salão. Diamantino tem 83 anos e desde 1971 que colabora nestes trabalhos. “Fui dos primeiros a ser nomeado para a comissão de festas”, afirma, com orgulho, dos trabalhos e das gentes daquele lugar. Sempre se recorda da tradição das chouriças com os andores carregados das mesmas e de ser a festa em que “se vai buscar a sesta”, pois os festejos decorrem no domingo de Pascoela, quando “os dias ficam maiores e o povo fazia a sesta”. “Eu adoro isto e a malta também gosta de me cá ver”, conta Diamantino entusiasmado e mesmo um pouco emocionado. “Não há festas por aqui que façam isto!”. Serafim Jorge, da Lameira, tem 68 anos e é, pela terceira vez, um dos festeiros. “Já em tempos ajudei na construção da igreja”, recorda. “Para trabalhar aqui toda a gente se junta, de todas as faixas etárias. Todos são colaboradores”, afirma Serafim, salientando ainda que é esse gosto e espirito de colaboração que ajuda a manter viva esta tradição. “Quem tem vontade, aparece”.

Fotos: UFSCO

Riba d’Aves Festa das Chouriças: uma tradição que une a população durante semanas

Trindade Sobreira conta que há 22 anos o seu marido foi para a comissão e desde então que todos os anos tem participado na organização e preparação dos festejos. “Se eu não gostasse eu não vinha”, afirma, referindo que o sacrifício também é uma oferta para a padroeira do lugar, pois “também é frete estar a cortar carne em pé”. “A comissão muda, as pessoas mudam, mas a Santa é a mesma”, refere. As festas decorreram entre os dias 6 e 9 de abril e, como era de esperar, o facto de serem as tradicionais festas das chouriças trouxeram muitos visitantes vindos dos mais diversos lugares. E muitos dos que não puderam passar por ali e queriam ter a iguaria da festa, não deixaram de a ter, pois muitas das chouriças da festa rumaram a França. Outra particularidade ímpar destas festas prende-se com o cortejo da procissão. No domingo os andores com os santos não acompanham a procissão mas sim o Santíssimo Sacramento, sendo este um dos pontos altos das festividades. Vale a pena visitar as festas de Riba d’Aves, não apenas pelas tradicionais chouriças, mas igualmente pelo espírito colaborativo e comunitário do lugar.

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Povoação querida e atrativa Não é fácil escrever sobre Riba d’Aves, da sua gente, do seu passado e do seu presente. E como esta dificuldade se acentua mais a quem não possui formação académica para o fazer, recorrer-se a uma notícia inserida no Seminário Regional “O Mensageiro”, de 18 de julho de 1996, que refere: “Povoação antiga mencionada de “Couseiro”, como lugar integrado na velha paróquia de São Tiago do Arrabal da Ponte, em Leiria, em meados do século XVII. Riba D´Aves pertence agora à freguesia de Ortigosa, depois de ter sido também parcela do Souto da Carpalhosa”. Mais adiante acrescenta: “População crente, cedo manifestou os seus fundos sentimentos religiosos, unindo-se para construir uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Vitória, onde anualmente se vem realizando uma festividade sempre no domingo de Pascoela, a geral edificação terá sido efetuada durante o governo da Diocese de Leiria pelo seu Bispo Dom Frei António de Santa Maria”. O lugar de Riba d’Aves é limitado a Norte pela Ortigosa, a Sul, pela freguesia de Regueira de Pontes, a Este pela Lameira e a Oeste pelos Campos do Lis. Está implementada a uma cota bastante elevada a nível do mar, graças à sua gente tem-se expandido em todas as direções, com a construção de novas habitações e melhoria das vias de acesso e conservação das ruas dentro do lugar. É um lugar saudável, de bons ares onde dá gosto viver e até planear o futuro. Pena é que as pequenas indústrias familiares existentes, não se tenham expandido para o exterior de forma a criarem alguns postos de trabalho que todos desejamos. No entanto, poderemos afirmar que algum tempo a esta parte alguns aspetos melhoraram. Comparando a vida das gentes do lugar há 70 anos e antes, a esta parte, verifica-se que: Riba D´Aves e o seu povo, sempre viveram da agricultura. Os terrenos eram trabalhados pelos homens e mulheres, auxiliados por juntas de vacas que cada agricultor possuía e que, durante todo o ano trabalhavam de sol a sol, sem interrupção para férias ou idas à praia. Felizmente que os tempos mudaram e hoje os seus descentes possuem tratores agrícolas que em poucas horas fazem aquilo que, nos anos 70 e anteriores não faziam num mês. Hoje as alfaias agrícolas, que então eram utilizadas, apenas fazem parte do museu de cada um. Um contributo muito especial às mulheres, esposas e mães desse tempo que na época de sementeira do milho das terras do campo se deslocavam com os seus maridos para aquelas terras e que ali trabalhavam duramente desde de manhã cedo até ao meio dia e só a partir daqui vinham a suas casas fazer o almoço e às vezes dar de mamar ao bebé que tinha ficado a dormir no berço. Depois de executadas todas estas tarefas, colocavam a refeição num cesto grande que, transportavam à cabeça e seguindo a pé desde da sua residência até ao local do trabalho, onde almoçavam em conjunto para seguidamente continuarem a preparação dos terrenos e fazerem as sementeiras. O marido que ficava no campo ocupava-se com a alimentação das vacas para estas terem resistência suficiente para arrastar as alfaias necessárias. Ainda bem que parte da juventude atual não se sente vocacionada para esta atividade, pois além de desgastante é pouco rentável. Quadras Soltas Em Riba d´Aves vive-se bem Dá gosto cá estar Só esta ideia não tem Quem não quer trabalhar. Riba d’Aves tem a sua igreja A sua população é crente, Não tem sido beneficiada com deseja Mas existe muita coragem na sua gente. A igreja de Riba d´Aves tem a sua torre sineira Fica situada no meio do lugar Nossa Senhora da Vitória é a sua padroeira E a população a seus pés vai rezar. Riba d’Aves tem muita coisa de valor Nossa Senhora da Vitória, as pessoas e a fonte do Loural Quem vier por bem, receberá amor Será expulso quem vier por mal. Riba d’Aves tem a sua festa, Toda a população a quer enriquecer, É neste dia que recomeça a nossa sesta Mas as suas obrigações não vão esquecer. Riba d’Aves tem professores, bancários e eletricistas Por aqui proliferam outras profissões Não faltam os penduras e os malabaristas E virados de fora até parecem os aldeões. Falar de Riba d’Aves, mais não posso Aos 84 anos a memória está a falhar Peço que enalteçam este lugar que é nosso E o seu passado e a sua gente respeitar. A finalizar, quero deixar aqui um profundo pedido de desculpas às pessoas que lerem estes apontamentos que além de pouco didáticos não contribuem para o seu aumento cultural. Um pedido deixo à União de Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa e à Câmara Municipal de Leiria que, olhem para o lugar de Riba d’Aves, prestando o apoio que a sua gente necessita. Bento da Silva, apaixonado por Riba d’Aves


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sociedade & opinião março+abril2018

Bilhete-Postal

Orlando Cardoso

Praia de Infância Custa muito ouvir falar de saudade quando vem à memória a nossa própria história, que foi vista e sentida com os olhos de dentro ou da alma, se assim o quisermos. A saudade é um sentir sem saída saudável para o futuro. Por exemplo, o que sentimos pela nossa praia, que

afetos nos ligam a esta Praia do Pedrógão que amamos? Nós vemos o nosso mar com os olhares que queremos e que navegam ao sabor dos nossos sentidos. Evidentemente que todos têm o direito a construir a memória com aquilo que viu e burilou na sua imaginação. Está certo, mas o futuro já não vai passar como nós o vimos noutro tempo. O passado e o presente não existem. Um fogacho e continuamos a descobrir que o presente é passado e o futuro passado será. O passado é esse vestígio. É um lugar-comum afirmarmos que um povo sem história, no sentido de ausência de me-

mória, não tem passado. As suas marcas no passado são inevitáveis e só resistem porque a memória dos sobreviventes teima em defender esses vestígios do passado, mesmo quando se corre o risco da criação de mitos. Os últimos anos trouxeram ao país a recuperação e a exposição do que estava oculto e em segundo plano. Onde se exercita e memoriza o passado as comunidades enriquecem culturalmente e, muitas vezes, tornam-se sustentáculos de atividades económicas, nomeadamente a gastronomia e o artesanato. A Praia do Pedrógão merece pelas suas possibilidades um

futuro construído seriamente capaz de amenizar e disfarçar os rastos da destruição implacável a que o património local foi submetido pela construção civil e pelas autarquias. E recorro à memória para recordar que há poucas décadas se retiravam areias nas dunas do Casal Ventoso e se procedia à destruição das duas casas mais belas da Praia, ambas de madeira. Eram conhecidas pela “Barraca do José Leal” e a “Casa das “Irmãzinhas”, que tinha tectos de Ernesto Korroddi. A destruição da orla costeira veio, apenas, informar que a natureza tem sempre razão. Como de costume, houve

VALORIZAÇÃO AGRÍCOLA DE EFLUENTES PECUÁRIOS O QUE DEVE SABER! A valorização de efluentes pecuários é uma prática agrícola desenvolvida há muitos anos, sobretudo nas regiões onde coexistem explorações pecuárias e áreas agrícolas em exploração. No entanto, esta valorização está sujeita a algumas condicionantes e interdições. Assim, deverá ter a noção que, é possível a valorização do estrume e do chorume de acordo com as seguintes regras: 1.

Incorporação do chorume no solo imediatamente após a sua distribuição e até um limite de 4 horas;

2.

Incorporação do estrume distribuído no solo imediatamente após a sua distribuição e até um limite de 24 horas;

3.

Aplicação no solo, cumprindo as seguintes distâncias mínimas de segurança: Distância de proteção de 5 m, de captações de água subterrânea para rega (poços e furos); b. Distância de proteção de 20 m, de captações de água subterrânea para outros usos; Deposição temporária de estrume no solo agrícola em pilhas: Sem que haja distribuição e incorporação que não exceda um período sua. perior a 30 dias; b. Prevenindo eventuais escorrências ou arrastamentos; A aplicação dos efluentes pecuários é interdita: a. Nos meses de novembro, dezembro e janeiro; b. Quando há excesso de água no solo; c. Em parcelas agrícolas em pousio; d. Em parcelas muito inclinadas com possibilidade de escorrências; e. Em dias ventosos; f. Em dias em que ocorra, ou esteja iminente, chuva; Em dias com temperaturas muito elevadas; g. a.

4.

5.

Para efeitos da valorização acima referida, considera-se: - estrume: a mistura de dejetos sólidos e líquidos dos animais com resíduos de origem vegetal, como palhas e matos; - chorume: a mistura de fezes e urinas dos animais, águas de lavagem ou outras, desperdícios de alimentação animal, camas e as escorrências provenientes das nitreiras ou silos. Caso presencie a ocorrência de algumas das situações acima condicionadas/ interditas relacionadas com a valorização agrícola deverá comunicar à Autarquia (diasambiente@cm-leiria.pt) reunindo a seguinte informação: 1. 2. 3.

Identificação do denunciante; Local da ocorrência (freguesia, lugar, rua, n.º de polícia se o houver) Descrição dos factos, nomeadamente relativos à viatura (marca, matrícula, características, por ex. publicidade, identificação)

(O que consta deste folheto não dispensa a leitura da legislação em vigor, Portaria nº 631/2009, de 9 de junho.)

especialistas da matéria que, devidamente avisados da tragédia marítima, continuaram a insistir que o mar se portaria bem. Mas que importância poderiam ter uns pedregulhos a mais na Figueira? O José Nunes André explicou e poucos responsáveis, governantes e autarcas, ligaram. Mais tarde, aconteceu quase o pior. E lá foram mais alguns euros enfeitando o “buraco” da Praia. E a memória, o que tem a ver com as “forças vivas” da Nação? Será que a voz do povo pertence a algum Deus? Que fazer com esta Praia para que não se torne, uma memória? Que fazer do

Casal Ventoso, a parte menos tratada e respeitada? Uma ideia estranha consagrou o Casal Ventoso que, com uma campanha bem desenvolvida pelo nosso Turismo, poderia sair dos problemas que atravessa. Referimo-nos à questão “ser ou não ser, eis a questão”, que discute ao mais alto nível o futuro daquele casal, agora que os bancos do paredão sofreram algumas remodelações. Um amigo, banhista, esclareceume: “Pior que viver na Faixa de Gaza é sentir-me judeu nesse lugar”. Mas, voltemos atrás e não nos percamos.

Cuidados a ter com queimas e queimadas Face ao número de incêndios em contexto de práticas agrícolas envolvendo queimas e queimadas ocorridos durante o mês de abril, a Autoridade Nacional de Proteção Civil recomenda a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução para a salvaguarda da segurança de pessoas e bens. Assim, todos devem adotar os seguintes comportamentos na realização de queimas ou queimadas, quando permitidas, em contexto de práticas agrícolas: 1. Informar os bombeiros ou o Serviço Municipal de Proteção Civil antes da realização da queima ou queimada, indicando o dia e local; 2. Respeitar sempre as interdições à queima durante o período crítico, bem como fora do período crítico nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo; 3. Escolher dias nublados e húmidos. Não realizar a queima/queimada com tempo quente e seco ou quando o vento sopra com intensidade (provoca o descontrolo do uso do fogo e aumenta o risco de incêndio); 4. Preparar a área da queima/queimada com a abertura de uma faixa limpa de vegetação em torno da área a queimar. Molhar a faixa de limpeza antes de iniciar a queima e ter sempre um recipiente com água ou uma mangueira junto do local; 5. Não queimar grandes áreas de uma só vez, por forma a permitir maior controlo do fogo. No caso da queima, optar por vários montes de pequena dimensão em vez de amontoados grandes; 6. Ter no local equipamentos de primeira intervenção, designadamente água, pás, enxadas e extintores, suficientes para controlar a queima/queimada. Acompanhar a localização da queima/queimada, mantendo a atenção e vigilância. 7. Caso a queima/queimada fique descontrolada alertar o 112. Leve consigo um telemóvel e de preferência esteja sempre acompanhado. 8. Após a realização da queima/queimada abandonar o local apenas quando o fogo estiver extinto. Reforçar a faixa de limpeza e rescaldar com água, caso necessário. O que distingue uma queima de uma queimada? Queima – Eliminação de sobrantes de exploração agrícola ou florestal, que estão cortados e amontoados (uma área mais pequena e restrita); Queimada – Eliminação de restolho, sobrantes de exploração agrícola ou florestal que estão cortados mas não amontoados (uma área mais extensa e menos confinada). Partilhe esta informação com familiares, amigos e junto da sua comunidade. O uso do fogo para práticas agrícolas exige a máxima precaução.


sociedade & cultura março+abril2018

Souto da Carpalhosa e Ortigosa Encontro de 4L desfila na freguesia

UFSCO

União das Freguesias Temos uma nova associação

O 2.º encontro 4L Brisas do Lis, promovido pela associação com o mesmo nome, decorreu no dia 8 de abril, com a participação de cerca de 70 viaturas Renault 4L vindas de norte a sul do país e

ainda algumas participações de Espanha. Neste encontro de veículos, que contou com mais de 150 pessoas e passou pela freguesia. As viaturas estiveram expostas

no adro da Igreja da Ortigosa enquanto os participantes visitaram o Agromuseu Municipal D. Julinha. Deixamos aqui alguns registos fotográficos deste dia.

Ortigosa Concerto de Coros na igreja A Igreja da Ortigosa recebeu, na noite de 24 de março, um concerto inserido na Temporada de Concerto de Coros, uma iniciativa da Câmara Municipal de Leiria em colaboração com as Juntas de Freguesia. As temporadas têm passado todos os anos pela nossa freguesia, geralmente com dois concertos: um na Igreja do Souto da Carpalhosa e outro na Igreja da Ortigosa. Desta vez, a noite foi abrilhantada pelas vozes do Coro Ateneu Desportivo de Leiria e Coro Anima Choralis (Maceira).

Fotos: UFSCO

Associação Pró-Futuro da Escola da Moita da Roda e Conqueiros é o nome da nova associação da União das Freguesias, tendo nascido estatutariamente em abril deste ano. A associação, sem fins lucrativos, é atualmente presidida por Luís Miguel Conceição e Ginja, da Moita da Roda, e surge com os objetivos primordiais de “contribuir para o desenvolvimento sociocultural dos lugares de Moita da Roda e Conqueiros; intervir, como parceiro social, junto de autarquias, autoridades e outras instituições, de modo a preservar a manutenção e melhoria da Escola EB1 Moita da Roda; defender os interesses dos educandos da Escola EB1 Moita da Roda; fomentar atividades de caracter pedagógico, formativo, cultural, científico, social, desportivo e recreativo entre as quais, colóquios, conferências, edição e publicações por forma a promover e preservar os costumes e tradições dos lugares de Moita da Roda e Conqueiros”, entre outros. A Associação Pró-Futuro nasce depois de uma larga subscrição de apoio à criação da mesma.

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março+abril2018

Opinião

Gastão Crespo

O Regulamento Geral de Proteção de Dados - Parte I O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) visa a implementação em Portugal de uma Diretiva Europeia, que se aplica aos 28 países que a integram e que vai entrar em vigor a 25 de maio de 2018. Este regulamento vai regular a proteção dos dados pessoais, ou seja, os dados das pessoas singulares, nomeadamente: o nome, a morada, o e-mail, a data de nascimento, os dados do cartão cidadão, a altura, o peso, a idade, as informações bancárias, entre outros dados específicos. As empresas sempre que

interagem com os clientes recolhem dados pessoais, e em alguns casos até podem nem se aperceber que o fazem, com um simples registo de dados num software de faturação. E apesar dos dados das pessoas serem recolhidos apenas para benefício da pessoa singular, mesmo assim recai no âmbito do “RGPD”. Existe um conjunto de exigências para a obtenção do consentimento dos titulares, que obriga a controlar as circunstâncias e a base legal em que os mesmos foram obtidos. É de realçar que dependendo da dimensão da empresa e do contexto do tratamento de dados específicos, poderá ser obrigatório a nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados. Alerto também que este regulamento obriga as empresas a manter um registo documentado de todas as atividades de tratamento de dados pessoais. E caso a empresa subcontrate serviços, o “RGPD” obriga a que o subcontratante, nos contratos de subcontratação, inclua um conjunto de informações com vista à proteção de dados dos titulares desses dados. Atualmente, a informação é na maioria dos casos tratada

Horário de atendimento da Junta de Freguesia Sede – Souto da Carpalhosa De 2.ª a 6.ª feira 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Delegação – Ortigosa 2.ª feira – das 09h00 às 12h30 4.ª feira – das 17h00 às 20h30 5.ª feira – das 09h00 às 12h30 Atendimento com o Executivo Souto da Carpalhosa 2.ª feira – das 18h30 às 20h30 Ortigosa 4ª feira – das 18h30 às 20h30

por várias entidades sem o conhecimento dos respetivos titulares desses dados, o que deverá deixar de acontecer a partir de 25 de maio deste ano. Em caso de roubo o “RGPD” obriga a um grande controlo, associado ao possível roubo de informação. O risco de controlo de roubo, de perda e de alterações acidentais ou ilícitas ou a divulgação/ acesso não autorizado a esses dados pessoais deverá estar garantido por medidas de segurança reais que garantam a confidencialidade, a integridade dos dados e que possam permitir a sua destruição efetiva. Este regulamento obriga que todas as violações de segurança, que ponham em causa os dados dos titulares, sejam comunicadas à autoridade de controlo assim como aos respetivos titulares dos dados. Em síntese, sempre que sejam obtidos dados pessoais, as pessoas singulares terão de dar o seu consentimento ao tratamento desses dados, através de uma declaração ou outro ato que seja claro quer para a empresa que recebe os dados quer para o titular que cede esses dados. Reforço que o silêncio ou a

omissão por parte da pessoa singular após a leitura da declaração de privacidade, não constituem um consentimento, sendo necessário que este consentimento fique bem claro. Por último, caso a empresa não cumpra os requisitos de tratamento de dados, o regulamento estabelece coimas em função da gravidade: nos casos menos graves, a coima poderá ter um valor até 10 milhões de euros ou 2% do volume de negócio anual a nível mundial, consoante o montante que for mais elevado; nos casos mais graves, a coima poderá ter um valor até 20 milhões de euros ou 4% do volume de negócio anual a nível mundial, consoante o montante que for mais elevado. Este artigo é meramente informativo e não é para ser entendido como um aconselhamento jurídico. Apenas serve para alertar as pessoas e os empresários para uma procura mais profunda do conhecimento das implicações que o “RGPD” tem para si e para a sua empresa. Seja feliz! Faça alguém feliz. E já agora saiba se os seus dados estão sempre protegidos.

Empresas & Negócios Diamantino Rita: 50 anos a construir

UFSCO

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opinião & economia

Quem nunca ouviu falar no Diamantino Rita? Pois é, todos conhecem o estabelecimento Diamantino Rita, uma loja de ferragens, máquinas e ferramentas sediada na Rua Joaquim de Sousa, em Ortigosa bem conhecida na região. Esta é uma das lojas mais antigas na freguesia sem interrupção. O estabelecimento nasce a 12 de novembro de 1967, inicialmente como serralharia civil, pelas mãos de Diamantino de Jesus Pereira Rita, um homem dinâmico e visionário que já nos anos 60 conseguiu dar resposta às necessidades do mercado. Cedo percebeu a necessidade de ter um negócio próprio e queria continuar na área da serralharia dando conta que havia necessidade de um mercado de apoio à indústria, iniciando o comércio de ferragens e ferramentas no ano de 1972, com o apoio da esposa. A simpatia que o caracteriza ajudou a cativar e a fidelizar o público que, ao longo de décadas, recorre ao seu estabelecimento. Com a crise recente que abalou o sector da construção, obviamente que também a loja do Sr. Diamantino se ressentiu. Contudo, o seu público-alvo é 50% do sector da construção civil e 50% por cento do restante mercado, principalmente industrial, o que ajudou a um equilíbrio na quebra. “Se o setor da construção se ressente, obviamente que também nos ressentimos. Mas os industriais ajudaram muito e, graças a Deus, temos como clientes grandes industriais da região, mesmo daqui da zona industrial da Ortigosa, o que ajudou sempre a equilibrar a balança”. Em novembro passado a loja Diamantino Rita celebrou as bodas de ouro. A loja está aberta de segunda a sexta-feira das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 e ao sábado no período da manhã.

Telefone: 244 613 198 ou 244 613 494 Email da Junta: uf.soutodacarpalhosa. ortigosa@gmail.com Email do NF: noticiasdafreguesia @gmail.com

Diamantino Rita Rua Joaquim de Sousa, n.º 579, 2425-737 Ortigosa Telefone: 244 613 339 Fax: 244 614 380 Email: diamantino.rita@mail.telepac.pt


sociedade & educação março+abril2018

Na tarde do dia 10 de abril, cerca de dezena e meia de pessoas da freguesia aderiu à visita à Casa-museu João Soares, nas Cortes, inserida no programa Museu Mais Ativo. Esta iniciativa, promovida desde há alguns anos pela Câmara Municipal de Leiria, é destinada aos munícipes com mais de 55 anos de idade e procura dar a conhecer, de modo gratuito, os museus da cidade do Lis. Nesta visita os participantes puderam visitar o edifício da Fundação, em Cortes, onde foi criada uma biblioteca e existem espaços destinados a exposições temporárias das ofertas recebidas por Mário Soares durante a sua vida pública,

Fotos: JUNTA DE FREGUESIA

União das Freguesias Visita à Casa-museu João Soares

como Primeiro-Ministro e depois como Presidente da República. Simultaneamente, foi concebida uma exposição permanente, dotada de meios audiovisuais, que apresenta uma visão sintética

do Século XX português. O edifício possui ainda uma sala polivalente que permitirá a realização de pequenas iniciativas culturais.

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A saudade não está na distância das coisas, mas numa súbita fractura de nós, num quebrar de alma em que todas as coisas se afundam. Vergílio Ferreira, escritor português (1916-1996)

MARÇO +ABRIL 2018

Saúde Oral Sénior

Com a idade, quais os principais problemas que podem surgir na cavidade oral, nos dentes, nas gengivas e nas mucosas? Os problemas mais comuns que surgem com a idade são as cáries, principalmente as cáries radiculares (raízes dos dentes), a doença periodontal (gengivas), a perda de dentes, as alterações funcionais da cavidade oral (mastigação), o desgaste dentário, o cancro oral, a xerostomia (sentir a boca seca) e a dor crânio facial. Outras alterações associadas à idade estão relacionadas com o aparecimento de mucosas sensíveis e finas, alteração da cor de dentes e diminuição da perceção de certos sabores. Vale a pena colocar próteses dentárias para substituir os dentes naturais perdidos? Sim. Os dentes intervêm em processos como a mastigação, deglutição, fonética e no aspeto da estética facial. Quando perdemos dentes sofremos algumas alterações que podem ser minimizadas se substituímos os dentes em falta através das próteses dentárias que poderão ser fixas ou removíveis. Dora Patrício Assistente Dentária Clinica Dentária Riso Encantador EN109, loja 4ª – Bregieira (junto à Escola de Condução), Monte Redondo. Telefone: 244 685 979


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