FOLHETO LITÚRGICO SEMANAL DO ORDINARIADO MILITAR DO BRASIL Ano XXIII Brasília-DF, 08 Abr 2023 nº 1523 BRANCO - ANO A - SÃO MATEUS
VIGÍLIA PASCAL O Senhor nos chama a reunir mo-nos ao redor de uma fogueira que representa o resplendor da Luz que jamais se apagará. Como não vibrarmos com o privilégio de proclamar hoje as maravilhas que fez o Senhor, desde a criação do mundo, passando pela libertação dos hebreus, até a Páscoa nova do Senhor Jesus? Assim, retomamos o canto novo dos eleitos de Deus, o alegre aleluia da vitória do Cristo sobre a morte. Desta vitória pascal do Cristo, todos nós participamos, nós que fomos batizados à semelhança de sua morte e ressurreição e renovamos hoje nossos compromissos batismais. Nas comunidades onde há catecúmenos, hoje eles são batizados e, assim, introduzidos na comunidade cristã. Hoje celebramos como antecipação da Páscoa definitiva a Santa Ceia, comendo do pão puro, sem fermento, com os corações sinceros e contentes, e assumindo com mais totalidade o compromisso com a causa do Reino de Deus, do qual a ressurreição do Cristo é a inauguração e o lançamento decisivos.
PRIMEIRA PARTE CELEBRAÇÃO DA LUZ 1
BÊNÇÃO DO FOGO E PREPARAÇÃO DO CÍRIO
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. T. Amém. P. Irmãs e irmãos eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça
e a paz vos sejam concedidas abundantemente. T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. P. Meus irmãos e minhas irmãs. Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus. P. Oremos. Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz, santificai † este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor. T. Amém. (Preparação do Círio Pascal)
1. Cristo ontem e hoje
(faz a incisão da haste vertical);
2. Princípio e Fim
(faz a incisão da haste horizontal);
3. Alfa
(faz a incisão da letra Alfa no alto da haste vertical);
(faz a incisão do quarto algarismo do ano em curso no ângulo direito inferior). (feita a incisão da cruz e dos outros sinais, o sacerdote pode aplicar no círio cinco grãos de incenso, formando uma cruz e dizendo:)
1. Por suas santas chagas, 2. suas chagas gloriosas 3. o Cristo Senhor 4. nos proteja 5. e nos guarde. Amém. 1 4
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3 (O sacerdote acende o círio pascal com fogo novo, dizendo:)
P. A luz do Cristo que ressuscita resplandecente dissipe as trevas de nosso coração e nossa mente.
2 PROCISSÃO (O diácono, ou, na falta dele, o sacerdote, toma o círio e o ergue por algum tempo, cantando:)
P. Eis a luz de Cristo! T. Demos graças a Deus! (Todos se dirigem para a igreja, precedidos pelo diácono com o círio pascal. Se for usado incenso, o turiferário com o turíbulo aceso vai à frente do diácono. À porta da Igreja, o diácono pára e, erguendo o círio, canta de novo:)
P. Eis a luz de Cristo! T. Demos graças a Deus!
4. e Ômega
(Todos acendem suas velas no fogo do círio pascal e entram na Igreja. O diácono, ao chegar diante do altar, volta-se para o povo e canta pela terceira vez:)
5. A Ele o tempo
P. Eis a luz de Cristo! T. Demos graças a Deus!
6. e a eternidade
3 PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA
(faz a incisão da letra Ômega embaixo da haste vertical); (faz a incisão do primeiro algarismo do ano em curso sobre o ângulo esquerdo superior da cruz);
(faz a incisão do segundo algarismo do ano em curso sobre o ângulo direito superior);
7. a glória e o poder
(faz a incisão do terceiro algarismo do ano em curso no ângulo esquerdo inferior).
8. pelos séculos sem fim. Amém.
A 2
0
2
3 Z
P. Exulte o céu, e os Anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um Rei anunciando. Alegre-se também a terra amiga, que em meio a tantas luzes resplandece; e, vendo dissipar-se a treva antiga, ao sol do eterno rei brilha e se aquece. Que a mãe Igreja ale-
gre-se igualmente, erguendo as velas deste fogo novo, e escute, reboando de repente, o Aleluia cantado pelo povo. (E vós, que estais aqui, irmãos queridos, em torno desta chama reluzente, erguei os corações, e assim unidos invoquemos a Deus onipotente. Ele, que por seus dons nada reclama, quis que entre os seus levitas me encontrasse: para cantar a glória desta chama, de sua luz um raio me traspasse!) P. O Senhor esteja convosco. T. Ele está no meio de nós. P. Corações ao alto. T. O nosso coração está em Deus. P. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. T. É nosso dever e nossa salvação. P. Sim, verdadeiramente é bom e justo cantar ao Pai de todo o coração, e celebrar seu Filho Jesus Cristo, tornado para nós um novo Adão. Foi ele quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte se entregou: para apagar o antigo documento na cruz todo o seu sangue derramou. Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou. Esta é, Senhor, a noite em que do Egito retirastes os filhos de Israel, transpondo o mar Vermelho a pé enxuto, rumo à terra onde correm leite e mel. Ó noite em que a coluna luminosa as trevas do pecado dissipou, e aos que crêem no Cristo em toda a terra em novo povo eleito congregou! Ó noite em que Jesus rompeu o inferno, ao ressurgir da morte vencedor: de que nos valeria ter nascido, se não nos resgatasse em seu amor? Ó Deus, quão estupenda ca1