SANTANA DE PARNAÍBA

Page 25

Suzana Dias a matriarca

Em toda o Brasil-colônia está ativo um sistema matriarcal de segurança, ou melhor dizendo, de sobrevivência: os homens estão em campanhas nos certõens y minas e é preciso que a mulher tome conte do todo fundiário e da família. Casadas com 14, 15 ou 16 anos, as jovens portuguesas, as nativas (e mais estas e) as mamelucas, são matronas com poder de mando aos 19, 20, 21 anos, e algumas tornam-se mesmo matriarcas sociais e políticas no pleno sentido do termo, enquanto que muitas nativas americanas e escravas africanas viram amas de leite da criançada que vai nascendo nas fazendas. Aos poucos, regiões como Paneíbo tornam-se terreiros sob uma língua comum: o tupi-guarani. Uma das mulheres de grande influência social no contexto jesuítico-paulistano é a mameluca Suzana Dias. Nascida cerca de 1553 e morta em 8 de dezembro de 1634, Suzana Dias, neta do cacique Tibiriçã, gera uma família diferenciada na própria luso-brasilidade.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.