Ordem & Sociedade - 4ª Edição

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Oriente, e que urge reler para entendermos como elas, afinal, chegaram até nós, e como pode(re)mos partir para uma batalha cultural que nos conduza a humanização do ‘bicho’ humano. E, este, é o princípio de funcionamento dos sistemas políticos e sócio-econômicos que o Milênio III da dita Era ‘cristã’ (nos) traz no bojo de um Sentimento islâmico traído pela ‘ocidentalização’ de muitos dos seus chefes e de um Sentimento hebraico que ainda não esqueceu o radicalismo sionista dos essênios (também presente em xiitas e sunistas – e, não se espantem, em muitos católicos!)... Estamos diante de uma sempiterna Guerra ‘santa’?! Talvez sim, talvez não... mas, cada um(a) de nós terá, como tem, uma Palavra cidadã e culturalmente consciente a dizer. Ou não...? O que precisamos, hoje – e apesar ‘da Ciência que não acolhe a Humanidade, mas o resultado econômico da sua pesquisa, sob o mando dos poderes estabelecidos e contra as comunidades’ (MACEDO, J. C. - in ‘Poemas De Um Eu Entre Outros Na Financeira Feira Que Nos Algema Globalmente’, Santiago do Chile - 1996, ´Encuentros Anarquistas´) – para conversar (e fazer) a Paz...? Precisamos tornar a polis um Estado de verdadeiro enraizamento sócio-cultural e político, porque ao acabarmos com o Estado absolutista (aquele ‘Deus Mortal’, como diria Hobbes) estaremos secularizando o Ser-religioso, o que, entenda-se, foi a grande luta de Jesus no percurso de Sócrates (como nos lembra em diversos livros Manuel Reis). Dos hebreus aos jesuanos [‘cristãos’ é coisa posterior e já no engajamento da seita pedroniana e paulina ao Império Romano, cuja estrutura de mando expansionista, ou católico, tomariam para si... até hoje] passando por hindus, budistas e árabes, a(s) máscara(s) de ‘deus’ sempre acoberta(ra)m uma dinâmica de Terror(ismo), encapelado ou não. O Estado de Israel, por exemplo, foi mais obra dos atos polimil’s (guerrilha urbana) dirigidos por Menachem Begin do que dos atos políticos e intelectuais do Sionismo, o que ensinou e incentivou Yasser Arafat a constituir, no mesmo padrão de ‘terror contra-Poder terrorista’, um grupo contra o já estabelecido Estado judeu nas terras da Palestina...; da mesma maneira que as grandes civilizações americanas caíram pelas ações terroristas do Reio de Castela no percurso aberto/sinalizado pela logística marítima de Portugal, que ajudara a dizimar outros povos na África e na Insulla Brazil (BARCELLOS, João in ‘500 Anos De Brasil’, ensaios/palestras, ed Edicon, São Paulo/Br-2000; ‘Olhar Celta’, Terranova Comunic, São Paulo/Br-2001, ediç limit). E não basta dizer que ‘os tempos eram outros’, o que é preciso é dizer a História tal como ela foi e é à luz dos documentos... Depois da Inquisição e das Cruzadas (lideradas pelo terrorismo global da Igreja ‘cristã’) e das Guerras Santas (islâmicas), desenvolveu-se uma Burguesia que transformou os velhos monopólios mercantis em impérios liberais do Capitalismo logo experienciada nos Sécs 16 e 17, mas sistemicamente trabalhada e operacionalizada no Séc 20 -, experiência radicalizada depois da ruína social e estatal do império polimil soviético [1917-1995] com a ‘Queda do Muro de Berlim’, aí deixando outro império polimil como única superpotência em exercício: os EUA... tal e qual o Império Romano (que nos lembra: ‘nenhum império dura para sempre´).

Só existe uma fórmula para acabar com o(s) Terrorismo(s): mais Humanidade, menos Religião/Poder e menos Ganância mercantil. [J. C. Macedo]


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