Revista Impressão & Cores | Edição 86

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nossa capa

Publi

um ponto de luz criativo e não uma lixeira luminosa

CIDADE

A sociedade brasileira vivencia um momento “verde” no meio publicitário que é mais de politi[sa]cagem e nada de ética ecológica. Ora, e já o disse várias vezes, assim como escrevi, as circunstâncias políticas são publicamente conhecidas pelas leis que cerceiam a atividade artística de exibição pública de peças publicitárias, e então, vamos ao assunto que me é foco... Margarida Mendonça, leitora de I&C, no Rio de Janeiro, diz que “não se entende o Brasil da publicidade e nem dá para comparar Rio e Sampa com o que se faz em Tóquio, New York, Barcelona, Paris, Buenos Aires, etc., que são cidades-luz quando se fala de publicidade”, após ler o nosso editorial de capa na edição de Dezembro de 2014; e, Antônio Siqueira, de Campinas, acerca do mesmo assunto, diz que “a publicidade brasileira vai bem, obrigado, o que falta é uma política pública interessada em embelezar a cidade (e mesmo a área rural) juntando a publicidade exterior ambientalmente adequada com a nossa criatividade”. A verdade é que, leitora Margarida e leitor Antônio, a área industrial da criação, impressão, acabamento e montagem de peças publicitárias de grande formato – e repito: uma área da Comunicação Visual entre outras –, não tem um empresariado unido em torno da sua própria realidade econômica, falta-lhe estrutura institucional, logo, não tem peso “político” para se inserir na discussão políticocorporativa que decide os destinos da sinalização gráfica no Brasil. E é só adentrar os grandes eventos em espaços internos, como Feicon, Feira do Automóvel, Febratex, Sign e Serigrafia, Feira do Livro, etc., para se verificar que a Publicidade Exterior pode ser confeccionada e exibida adequadamente, i.e., sem agredir culturas regionais nem o meio ambiente. Só não vê quem não quer ver... Por isso, tratar de um assunto como Publicidade é ir além do Anúncio na imprensa, ou do Banner na esquina, é ir ao foco da Sinalização que faz de uma Cidade um ponto de luz criativo e não uma lixeira luminosa. O que é preciso? Uma estrutura mental empresarial que liberte a criatividade da politi[sa]cagem eleitoreira e falsamente ambientalista. É pedir muito...? A discussão continua em aberto. Ilustrações: 1- Foto da capa captada por J. C. Macedo durante a Feicon

2012, em São Paulo, registrando publicidade em espaços internos. 2- Outras

fotos do Arquivo TerraNova.

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Revista Impressão & Cores · Fevereiro · 86


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