Escola de Redes

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rede durante um tempo que não é o dela. Por exemplo, enxameamentos são fenômenos súbitos e o fato de terem um tempo de duração muito pequeno não elimina sua importância nem diminui seus efeitos. Parece, ao que tudo indica, que ainda não se entende bem o cibertempo. O que as redes distribuídas que emergem em uma época de glocalização ensinam é que cada um deve fazer as coisas em seu próprio mundo, ou melhor, como se estivesse construindo o seu próprio – e um outro, e um novo – mundo, não se esquecendo de tramá-lo internamente, pois quanto mais tramado por dentro ele estiver, mais condições ele terá de localizar o global, além de poder se conectar com outros mundos, pois quanto mais conectado para fora ele estiver, mais condições terá de globalizar o local. Essa é a essência da glocalização (FIG. 2.7). FIG. 2.7 | A glocalização

Qualquer experiência em rede – “eterna enquanto dura” – será uma nova criação no espaço-tempo dos fluxos que, em alguns casos, poderá se replicar em outras regiões do tempo, gerando o que se chama de tradição, como aqueles cinqüenta anos dos fariseus do primeiro século em Jerusalém, que moldaram o futuro com a diáspora, ou aqueles outros cinqüenta anos dos 216


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