Relatorio final teia amazonica 2010

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Relatório Geral Belém – Pará – Amazônia - Brasil Março, 2010


Sumário

Apresentação

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Introdução

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Objetivos

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Metodologia

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Programação

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Forum Amazônico de Pontos de Cultura

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Propostas à TEIA BRASIL 2010

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Avaliação

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Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Apresentação A realização da Teia da Cultura Amazônica foi uma demonstração inequívoca de que o movimento dos pontos de cultura é hoje um dos movimentos mais proativos do Brasil. Isso se dá fundamentalmente pela opção de organização em rede horizontal, o que estimula a colaboração entre parceiros autônomos. Apoiado no tripé autonomia, empoderamento e protagonismo, o apoio do estado tem servido para alavancar as iniciativas dos pontos, levando ao enraizamento e florescimento das organizações gestoras, num redemoinho de empoderamento cultural local que se projeta sobre o macroespaço nacional e internacional. Temos observado uma grande transformação social feita pela base. Isso nos leva a afirmar que, sem sombras de dúvidas, o movimento de pontos de cultura é protagonista de uma ação revolucionária no Brasil e na América Latina, contribuindo decisivamente para a consolidação da democracia e para reflorescer da utopia de construção de uma sociedade humana igualitária e autogestionária. A diversidade, cristalizada pelos pontos de cultura indigenas, quilombolas, de culturas populares, de cultura digital, de ribeirinhos e das expressões das artes, interagindo num mesmo calderão cultural , nos leva a acreditar que as transformações sociais passam, necessariamente pela cultura, mas uma cultura de paz, compromissada com a vida na terra para as gerações atuais e futuras. Na Teia todos se (re)encontram. Na Teia tudo se debate. Na Teia tudo que é sólido desmancha-se nos rios de ações que perpassam os pontos, pontinhos e pontões de cultura. Nós, do Pará, como anfitrião da Teia da Cultura Amazônica, nos sentimos orgulhosos de receber os estados vizinhos e honrados pela presença das autoridades de todas as esferas do poder público na Teia. O sucesso da Teia da Cultura Amazônica, alardeado pelas delegações dos seis estados partícipes, é uma obra coletiva, construída colaborativamente pela ação em rede dos representantes estaduais e nacionais dos pontos de cultura; pelos pontos e pontões de cultura da Amazônia, com apoio dos parceiros dos governos municipais, estaduais e federal. Isso nos faz lembrar que no inicio éramos uns poucos pontos. Depois viramos muitos e vieram os pontões. Agora somos milhares. Temos pontinhos e muitas outras ações de valorização da cultura viva. E as teias são as redes sociopolíticas que unem, fortalecem e buscam novos horizontes de uma cultura viva, uma cultura transformadora. Belém do Pará, março de 2010.

Coordenação Executiva da Teia da Cultura Amazônica

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Introdução Nos dia 4, 5, 6 e 7 de março de 2010, no Parque dos Igarapés Resort Hotel, em Belém do Pará, delegados e convidados dos Pontos e Pontões de Cultura da Amazônia se reuniram para discutir suas necessidades, dificuldades, prioridades, avanços e desafios. Desse momento resultaram novas propostas, novos questionamentos e muitos encaminhamentos, muitos deles a serem compartilhados na Teia Brasil 2010 - Tambores Digitais, que acontecerá em Fortaleza, Ceará, no período de 25 a 31 de março de 2010. A Teia da Cultura Amazônica legitimou um processo de gestão compartilhada que vem sendo experimentado pelos pontos de cultura dos estados amazônicos. Como fruto desse trabalho, tivemos os nós de nossas teias mais fortalecidos entre pontos, pontinhos e pontões, bem como os fios melhor tecidos/articulados nessa resiliente Teia Amazônica. O presente Relatório Geral é um apanhado dos diversos diálogos, painéis, rodas, plenárias, fóruns, cochichos, mostras, arrastões, jornadas e vários vivências pautadas em uma cultura de paz, aonde o confronto cede lugar ao diálogo e a disputa à pactuação. Este relatório é, portanto, uma soma de vários olhares, uma compilação de documentos construidos colaborativamente por vários mãos, mentes e olhos dos relatores e mediadores, agora sistematizados como um registro histórico desse importante momento do movimento de pontos de cultura. Aborda assim, os momentos da preparação, os quatro intensos dias da Teia, dos Fóruns e da Mostra Artisticas – esta uma realização espetacular que reuni mais de 300 participantes em cena, em sua grande maioria ligados aos pontos e pontões de cultura. As fotografias, registros audiovisuais e a cobertura de midia feita inteiramente de forma livre e colaborativa estão armazenados no sitio teiamazonica.wordpress.com Neste sitio eletrônico estão também registrados todo o processo de mobilização e gestão compartilhada que arquitetou a Teia da Cultura Amazônica, sendo este, a partir de então, um dos principais instrumentos de contiuidade na articulação da Rede Amazônica de Pontos de Cultura.

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Objetivos 1- Fomentar o debate, a avaliação critica e o desenvolvimento do movimento e da política publica de pontos de cultura na Amazônia 2 - Promover intercâmbio cultural entre os pontos de cultura da Amazônia 3 - Discutir propostas e diretrizes para o desenvolvimento da política de pontos de cultura e do Programa Cultura, visando seu fortalecimento e institucionalização enquanto política publica de Estado. 4- Articular políticas de continuidade do Programa Mais Cultura – Pontos de Cultura. Metodologia A metodologia do evento foi sendo construída ao longo do processo com a participação da plenária na formatação dessas conversas/diálogos/debates. Portanto, cada momento foi conduzido de forma específica conforme detalhará este Relatório. Programação Manhã de Quinta-feira – 04.03.2010 Abertura do Encontro “Pontos Para Todos”: Zhumar e Alci convidam os pontos a ocuparem as rodas formadas por região de integração para a integração entre os pontos de cada região. Em seguida faz-se um ponto a ponto. Os pontos passam a dialogar entre si conforme interesse e afinidades. Por fim a roda grande formada por todos os representantes de ponto se encontra. Painel Pontos de Cultura e Transversalidade: a fala do governo, órgãos de cultura, apresentando seus objetivos e planos para 2010 (Foco) Curro Velho – Valmir Bispo Formação em artes tendo como foco em 2010 o fortalecimento dos Pontos de Cultura que trabalham e o que mais vier. Convida a todos para o debate compartilhado sobre a Teia em Movimento (evento que abre e realiza o debate sobre Belo Monte). Propõe o dia 19 de abril Secult – Cincinato Marques Fala da necessidade do diálogo entre educação e cultura e que precisamos mensurar resultados tendo como referência um novo modelo de desenvolvimento. Ressalta a necessidade de construção de projetos políticos pedagógicos para nortearem as ações. Funtelpa – Marcos Urupá Fala do direito a comunicação livre e compartilhada IAP – Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Formação, capacitação e aperfeiçoamento arte. Pretende dar continuidade aos trabalhos iniciados.

Almoço Tarde de Quinta-feira – 04.03.2010 Zhumar expondo a pauta da tarde apresenta os convidados para animar a Oficina da Gestão Compartilhada. A mesma pretende dar orientação aos Pontos de Cultura do Convênio Estadual. Convida a Sra. Ana Paula Nogueira, Secretária Adjunta da Secult, para contribuir com o debate. - Ana Paula Nogueira - Sec. Adjunta SECULT Expõe em slide a trajetória da Secult no convênio com o MinC tratando sobre a Gestão Compartilhada e seguindo com o diálogo com os novos pontos tendo o apoio/assessoria do Dr. Elder. Pontos levantados pelos convenentes: - planos de trabalho a serem refeitos - inclusão de despesas (ISS, INSS, patronal) - Dr. Elder Pantoja: Consultor Jurídico da SECULT Faz um histórico do concurso e do edital como marco legal de relação entre as partes até o final do convênio. Apresenta os convênios e fala do diferencial nos convênios dos novos pontos do Pará quando os mesmos não precisarão fazer licitação. Aponta as obrigações dos convenentes. Em seguida, dá-se uma pausa para o lanche. Coffee break Alci retoma os trabalhos com as Rodas de Conversas com órgãos de cultura do Estado do Pará Um momento de interação: convenentes e órgãos de cultura do estado Apresentação Francisco Weyl - Coordenador de Comunicação /Fapespa A Fapespa e o novo modelo de Desenvolvimento do Estado do Pará Faz apresentação da Fundação (histórico, objetivos, investimentos Ciência e Tecnologia, destacando que esse governo investiu R$ 100 milhões ao ano enquanto o governo anterior investiu somente 4 milhões. Fala do contexto amazônico, desafios urgentes), do sistema paraense de Inovação, Parques Tecnológicos, e Navegapará. - Iranilde Nunes: Coordenadora de Interiorização - Assessora de Planejamento: Ligia Faz uma breve apresentação da instituição e se coloca à disposição para discutir de que forma é possível assessorar aos pontos na área da formação musical. Jader Gama – Secretaria Cidadania Cultural do MinC Apresenta a INCLUSÃO DIGITAL como ferramenta de comunicação e transformação dos pontos. TV CULTURA E OS PONTOS DE CULTURA Evaldo Souza–jornalista Capacitação e divulgação das produções em audiovisual dos pontos da capital e interior. Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Espaço franqueado para a plenária 1) Parauapebas parabeniza o evento e pergunta: como podemos ter acesso aos infocentros articulados com o esporte e escolas? Como podemos ampliar nossas ações? 2) AMA: 2.800 jovens de 22 municípios do Estado: 280 bandas e fanfarras (15.200 jovens na música) qual a possibilidade junto com a FCG, IAP, Fundação Cultural pra realização de cursos práticos para regentes e monitores e retransmissão do evento de formação com os músicos de aproximadamente 40 municípios? 3) Qual a possibilidade (se há) da volta das oficinas de cordão de pássaros no interior com o apoio da FCV e FCG? 4) Sugeriu-se a participação da UEPA e UFPA (formação) e do Banpará no evento, uma vez que estamos movimentando recursos dos projetos para ver qual a contrapartida do Banco. 5) Solicitação Navegapará e Infocentro (Santarém) e ver possibilidade de descentralização da Secult para o interior, visando facilitar protocolo de documentos. Resposta da Mesa à Plenária Sugestão do Valmir Bispo: Mapear o que se precisa no Estado, quais as demandas, para que seja negociado cada caso por região. O que for possível ir encaminhando durante o evento já facilitará a aproximação dos pontos com os órgãos do governo. Noite de Quinta-feira – 04.03.2010 Abertura Oficial da Teia da Cultura Amazônica: ato sociopolítico Para compor o palanque de abertura oficial da Teia foram convidados representantes do Governo do Estado do Pará: assessor especial da governadora - Edilson Moura; secretário de estadual de Cultura – Cincinato Marques jr; a governadora do Estado do Pará – Ana Júlia Carepa. Representante da Câmara Federal: o deputado federal José Geraldo - PT-PA. Representantes do Governo Federal: secretario de Cidadania Cultural - SCC/MinC, Célio Turino; da Representação Regional Norte do MinC – Delson Cruz. Os membros da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura na Amazônia (representaes estaduais de todos os estados participantes da Teia): Amapá – Otizete Alencar; Amazonas – Lucimar Weil; Acre – Mário Brasil; Pará – Nilton Silva; Roraima - Raimundo Nonato Chacon; e Rondonia – Raimundo Melo, sendo justificadas as ausências das delegações/representantes de Roraima e Rondônia que ainda estavam em viagem. Os membros da CNPdC na Amazônia: GT Amazônico – Zhumar de Nazaré; GT Pontões e Redes – José Maria Reis. Os representantes dos Pontões de Cultura na Amazônia: Pontão de Cultura Rede Juvenil – Luã Gabriel; Pontão de Cultura Digital do Tapajós – Tarcísio Ferreira; Pontão de Cultura Acorda – Jeam Carlos Andrade Lopes; Pontão de Cultura Pororoca da Cidadania – Deíze Botelho; Pontão de Cultura Malungo – Margareth Gondim; Pontão de Cultura Abração – Manoela Souza; Pontão de Cultura Cedeca Pé Na Taba – Elson Soares; e Pontão de Cultura a Bruxa Tá Solta, Catarina Ribeiro.

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Os mebros da Comissão Paraense dos Pontos de Cultura - Deia Palheta; Paulo de Carvalho; e Carlos Siqueira. Os vencedores do Prêmio Asas no Pará: Ponto de Cultura da OCA, representado por Dereck Luan; Ponto de Cultura Galpão de Artes de Marabá, representado por Antonio Botelho. O vencedor do Prêmio Tuxaua, Edilson Freitas, simbolicamente representando os demais tuxauas, em especial os localizados na Amazônia. O representante do Congresso IDEA 2010 – Dan Baron, Presidente da Associação Internacional de Drama, Teatro e Educação. Como fala de abertura, Cincinato Marques, atual secretário de Cultura do Estado, apresenta as autoridades presentes e fala da alegria de receber os pontos para implantação de políticas culturais como a dos pontos. Dá boas vindas a todos e todas e dá por aberta a Teia Amazônica. Zé Geraldo, Deputado Federal, parabeniza a todos e destaca as ações na área da cultura no interior do estado. Conclui sua fala dizendo “Viva a Cultura do Estado do Pará”. Nilton Silva, representante do Pará na CNPdC, falando em nome da Coordenação Executiva da Teia da Cultura Amazônica, saúda o evento e pede uma salva de palmas para todos os Pontos de Cultura, presentes ou não na Teia. Destaca que a horizontalidade da ações/articulações é primordial para o exercício dos princípios da autonomia, do protagonismo e do empoderamento social do movimento de pontos. Ressalta que a não intervenção dos governos na construção e definição dos planos de trabalho dos projetos propostos reforça a autonomia das organizações gestoras de pontos em relação ao Estado; que a política de acesso aos recursos da cultura através de editais democratiza o acesso aos recursos de financiamento da Cultura. Defendeu com ênfase a importância do debate de uma proposta que garanta um diferencial positivo no financiamento de políticas públicas na Amazônia, o que chamou de “Custo Amazônico”. Afirmou que o movimento de pontos de cultura é protagonista de uma ampla ação revolucionária no Brasil e na América Latina, contribuindo decisivamente para a consolidação da democracia. Exemplificou que a diversidade pode ser obsevada na Teia pela presença de pontos de cultura indigenas, quilombolas, de culturas populares, de cultura digital, de ribeirinhos. “Na Teia todos se encontram. Na Teia tudo se debate. Na Teia tudo que é sólido se desmancha nos rios de ações que perpessam os pontos, pontinhos e pontões de Cultura dessa imensa e diversa Amazônia”, concluiu. Dan Baron, IDEA 2010, fala em nome dos arte-educadores de 120 países e parabeniza os pontos. Diz que os olhos estão voltados para o Brasil e para uma nova concepção de arte que considere a ética – estética – economia na busca pela autoconfiança tendo esperança e uma visão de mundo partilhada, transformadora e justa. Convida a todos a participar e demonstrar propostas no Congresso Mundial IDEA 2010 em julho deste ano, em Belém do Pará. Aproveita para solicitar uma conversa e convida a governadora do Estado para o evento. Edilson Moura saúda o governo e fala dos idealizadores dos pontos. Agradece pelo apoio à ampliação dos Pontos no Estado e do Programa Mais Cultura. Fala da valorização e investimento na cultura para preservação da Amazônia na busca por um novo modelo de desenvolvimento da cultura, gerando inclusão social. Encerra sua fala parabenizando a todos pela mobilização da Teia. Célio Turino, secretário da SCC/MinC, fala da satisfação de estar no estado. Parabeniza e agradece a todos. Relata a experiência dos pontos como o desafio de desesconder o Brasil e que o seu papel foi o de regar as sementes espalhadas por todo lugar. Sente que os pontos se aproximaram da realidade quando, por exemplo, passa a conhecer de perto a realidade do Ponto de Marabá, município conhecido no passado por ser base de operações da repressão à Guerrilha do Araguaia e hoje se destaca no cenário cultural através da arte, assim como muitos outros pontos.

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Ana Júlia cumprimenta a mesa e ressalta a importância de valorização da cultura como alimento da alma e destaca os projetos em desenvolvimento em diferentes comunidades e pela primeira vez no estado numa aldeia indígena é conectada à Internet atravé do Navegapará, o maior programa de Inclusão Digital do País. Recorda da curva do S (localem que foram assassinados os 19 sem-terra, conhecido como massacre de Abril) falada pelo Dan Baron e aproveita para divulgar os trabalhos realizados pelo Governo do Estado naquela região com a realização de obras. Fala da sua satisfação em participar do movimento dos Pontos de Cultura e então dá por aberta a Teia da Cultura Amazônica. Jantar Mostra Artística Espetáculo Pororoca de Cores – Ponto Iaçá (Dança, Musica, Teatro) Grupo Os Timbiras – Ponto Fábrica de Cultura Popular (Marujada) Grupo de Expressões Folclóricas Paranativo

Manhã de Sexta-feira - 05.03.2010 Antecedendo a programação do dia, o Jonas Banhos de Macapá, aproveita o espaço para interagir com a Roda fazendo um bate-papo descontraído com os pontos quando aproveitou para divulgar os trabalhos/experiências/objetivos dos grupos presentes. No papo com o Célio Turino, Jonas pergunta qual o significado do que o Gil coloca sobre o “do in antropológico”. Célio fala da proposta de energizar as manifestações já existentes no país. Roda de Conversa “Pontos de Cultura e Transformação Social” A abertura foi feita por Nilton Silva, da Coordenação Executiva da Teia da Cultura Amazônica, saudando a todos os presentes e os participantes recém-chegados de Roraima e Rondônia. Aproveitou para entregar camisetas do evento aos convidados. Em seguida convida Zé Maria (CNPdC) e Coordenação Executiva da Teia da Cultura Amazônica para mediar o diálogo e Lucimar Weil (Amazonas) para ser a relatora. Os convidados foram chamados para a roda, Célio Turino (SCC/MinC), Dan Baron (IDEA 2010) e Delson Cruz (MinC Regional Pará). Zé Maria abre os trabalhos falando da necessidade de desconstrução de alguns paradigmas vigentes, axiomas de nossa sociedade ocidental, tais como o formato de mesas e seminários em reuniões, assim propõe uma “roda policêntrica”, onde há vários interlocutores, onde todos e todas se vêem e se ouvem, todos são o centro, todos são um ponto na roda. Saúda todos os mestres e mestras de cultura popular, em nome do saudoso Mestre Verequete, pedindo licença a todos os Encantados da floresta amazônica para iniciar os trabalhos. Convida Dan pra falar e ele inicia sua intervenção com um cântico de saudações na língua irlandesa com o seguinte significado: era uma vez um povo com sua própria cultura, terra, costumes, o povo sofreu massacre, sua língua foi violentada, mas resgatou a sua identidade indígena milenar. Dan convida a roda para um cochicho (uma conversa com o colega ao lado) tendo como referência as seguintes perguntas: 1) Qual é o lugar de mais cultura na sua casa? Que lugar da sua 1ª casa carrega mais cultura? Falando da conversa com a colega ao lado destacou a cozinha como o espaço de mais cultura na sua casa. Ressalta o desafio dos pontos para se travar/mediar relações quando se estimula o protagonismo dos grupos. Depois desse diálogo, Dan reflete sobre a dimensão do protagonismo, as relações internas que acontece na comunidade, a cozinha, sendo o espaço para a conversa, valorizando a interação entre as pessoas. Mas na Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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comunidade pode gerar ciúmes, divergências. E como é possível mediar as antigas relações com as relações atuais. Essa é uma primeira dimensão, como conciliar antigas relações com as relações de hoje. A segunda dimensão reporto ao que Célio falou sobre as reuniões intermináveis. Não pensar a cultura como evento, mas pensar a cultura numa dimensão da economia solidária, criar ética, novas relações humanas. A cultura é nosso solo, o nosso rio, a cultura não é o evento e sim o início de um evento. A cultura é a nossa única possibilidade. A única possibilidade de mudanças. É a nossa capacidade de criação. Protagonismo é teatro – nós temos que aprender a mediar as relações entre as pessoas. As escolas são pontos de cultura. Mas a cultura cultivando a incompatibilidade não é uma cultura humanizadora. Como acelerar o processo de transformação buscando uma ação criativa e solidária?, questiona. A Cultura transforma o espaço público em espaço de criação e possibilidades. Agradeço à Teia Amazônica e a todos os participantes dessa rede internacional de Pontos de Cultura. Aproveita para deixar algumas perguntas para reflexão: Como assegurar relações éticas, estéticas solidárias, herdadas, internalizadas na estrutura humana? Cita o livro do Célio que aborda sobre o desequilíbrio que acontece quando se mexe com estruturas já estabelecidas. Fala da dificuldade de sensibilizar o governo sobre uma nova concepção de cultura e parabeniza todos aqueles que demonstram coragem de carregar a bandeira da cultura como bandeira de luta. Deixa como questão para se refletir “como sustentar o sonho de transformação?” Dan fala que cada escola é um potencial ponto de cultura, porém vem cultivando coisas ruins que dificultam um paradigma de confiança nas relações existentes nesse espaço. Para tanto, faz-se necessário sensibilizar pais e professores para a transformação social. Este evento sela e legitima um novo momento de gestão da cultura no país. Após a fala do Dan Baron é convidado a falar o Célio Turino que reforça a fala do Dan, colocando que esses processos que vem acontecendo, como o encontro da Teia Amazônica, é o que vem tecendo essa Teia “Bom dia!”, saúda a todos. O que Dan colocou é esse processo que estamos fazendo. A cultura envolve tudo. Qualquer atitude nossa é um ato de cultura. Portanto, temos que estar sempre vigilantes com relação a sua atitude. É bom que tenhamos mais tolerância com o outro e com nós mesmos.” Célio reforça que tudo é cultura, inclusive e, principalmente, as relações “Para tanto, ao longo do processo precisamos ser condescendentes com nossos erros, recalques, pra melhor compreender o dos outros.” “Cada pessoa é um Ponto de Cultura, um Ponto de Cultura sem uma Teia se dissolve, porque a Teia é infinita”. Célio fala que um Ponto de Cultura é um ponto potencial para restabelecer uma nova relação entre o Estado e a Sociedade, promovendo uma nova concepção de autoridade e extinguindo uma relação de dependência. “Ser ponto é quebrar hierarquias culturais”. Cita a experiência dos pontos como algo que atua sobre as potencialidades ao invés das vulnerabilidades. Manter a diferença da forma no fazer cultural e não do conteúdo, garantindo o respeito. Célio ressalta a importância de praticar o princípio da alteridade e ilustra como referência a estrutura de uma teia como modelo para assegurar a valorização da soberania do povo. A idéia de Ponto é de nós encontrarmos um ponto de equilíbrio. No limite de cada pessoa está um ponto de cultura. Ponto de Cultura sem uma Teia se perde. A idéia de teia é essa. Uma tecitura. Nós somos o povo. A idéia do ponto de cultura é quebrar a hierarquia. Tudo é cultura, mas é importante que as pessoas se apropriem do conhecimento para a sua emancipação. Tem um papel de ser um elo na cadeia comunicativa. Mostrar sempre diferença na forma, não no conteúdo. Identidade - respeito ao próximo. O brasileiro não tem ação voluntária... Na base da sociedade há relações solidárias. No topo, nem se olha. As vezes precisamos de referência externa pra estarmos no bom caminho. O fenômeno de resgate da identidade do índio. Combinação de identidade. Auto-identidade e Alteridade. Nesse processo de interação intensiva nós vamos nos descobrindo. A gente vai tecendo. O objetivo é Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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transformar a sociedade. Cita Mário de Andrade, no livro Macunaíma, onde toda a sua história é recuperar o muiraquitã. Enquanto o povo recupera a sua soberania. Ainda não conseguimos a soberania plena. Buscamos reencontrar o nosso entendimento no mundo. Buscamos o fortalecimento. Quando percebemos que temos essa força, tomamos posição. Ponto de Cultura é isso Atitude. Atitude que revela a soberania de um povo. Quando concluída sua fala, Zé Maria retoma o trabalho e abre o espaço para perguntas. A roda fala das mais variadas questões, mas as perguntas ou questionamentos acabam se concentrando muito nos aspectos burocráticos, políticos e financeiros que giram em torno dos projetos/experiências e suas relações, a exemplo da gestão dos recursos, editais, Lei Cultura Viva. INTERVENÇÕES: Raimundo (Rondonia) – a nossa dificuldade é muito grande. Somente esse ano que o Estado fez o repasse para os Pontos de Cultura. Pergunta se o MinC vai abrir novo edital para Pontões de Cultura. Firmineto (Gi-Paraná-RO) – questiona a incompetência completa de quem coordena o Ponto de Cultura na Amazônia, não cumprindo as regras do Edital como deveria. Chacon (Roraima) – A Lei Cultura Viva é do Governo Lula. Como o MinC vê a demanda que foi construída pela Lei de Cultura Viva? Em que ponto podemos contribuir com o processo de construção da Lei? Célio responde: A Lei Cultura Viva é de autonomia e protagonismo sociocultural. O povo construiu. E cabe ao Governo transformar em Lei. A Lei tem que ser de iniciativa popular. O processo de coleta de assinatura. O objetivo do Governo Lula é consolidar em uma única Lei todas as demandas sociais. Recursos – as modificações não é o Estado lá em cima e o Povo embaixo. Tem que ser tratado no mesmo nível. Autoridade é do povo. O Governo é o servidor. Ele serve ao povo que tem a autoridade para a construção dos seus anseios. Pontões – não é possível lançar edital agora, pois o último edital foi ano passado, ainda está em processo de conveniamento. Talvez em 2011 haja novo edital. Carlos Siqueira, da CPPC- Comissão Paraense de Pontos de Cultura, um dos convidados para a roda diálogo, que chegou após o início, foi chamado a expor. – A gente exerce o controle eleitoral. O controle se dá quando nós acionamos o Estado. O povo provoca o Poder Público, exercendo a democracia. Utilizando de outros meios para que o Estado dê resposta para atender os anseios populares. Existem as deficiências, mas cabe a nós exercer o poder de controle da coisa pública. O desafio é uma sociedade melhor. Um Estado que debata em pé de igualdade com a sociedade. Para o movimento social hoje tem uma nova qualidade de interferência com poder de mobilização social. Uma parcela da sociedade discute política pública. Os pontos de cultura entram potencializando. O movimento social foca a sua missão. Busca estratégias de centralização. Eu não sei se o Ponto de Cultura tem que se transformar em política de Estado ou se querem gerar potencialidades para que possa andar com as próprias pernas. Queremos romper as fronteiras da cultura. Queremos potencializar para que tenhamos um Brasil melhor. Destaca nova qualidade do movimento social “a democracia de qualidade”. Aponta como desafio nossos produtos gerando o desejo de participação daqueles que ainda não somam com o movimento. Delson Cruz, da representação do Minc/Região Norte, inicia sua fala destacando a importância de uma transformação pessoal para que haja mudança nos pontos e na sociedade. Faz um histórico dos pontos e coloca que temos que começar a mensurar os custos amazônicos e o seu significado para os pontos de cultura. Qual o local que nos possibilitou sentir o mundo cultural? A compreensão que tem é de trabalhar e entender a cultura com todas as nossas ações, vivências em nosso cotidiano. Não caracteriza ponto de cultura só porque fez um convênio. Mas tem que ter a capacidade de perceber Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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esses atores sociais que vem se organizando ao longo dos anos e são fazedores da cultura. Nos debates das conferências municipais foi tratado a questão da democratização. A democracia precisa ter divergência. Para que se estabeleça o processo dialético. Temos que pensar num debate mais macro. Qual o nosso projeto amazônico? Os pontos de cultura não podem ficar de fora dessa discussão: o Custo Amazônico. Queremos o que é de direito. O processo de construção do Brasil foi desigual. Agora é que estamos descobrindo a Amazônia. São 7 Estados, 450 municípios. A regional tem apenas 3 pessoas. A nossa reivindicação é aumentar o quadro na Regional para aumentar a representação em cada Estado. Em 11 de março de 2010, a Regional Norte vai sentar para discutir o Custo Amazônico, socializando o debate com os 7 estados da região. Pautar esse debate para juntar as demandas. Vou deixar a pergunta no ar. O que significa o Custo Amazônico para os Pontos de Cultura ? A tarefa de casa é contabilizar os números. A Amazônia gera isso. Intervenção da Plenária: Elson (Amazonas) – agradece pela oportunidade. Quando Firmineto fala sobre a dificuldade no Estado, sobre a relação com os gestores públicos; no Amazonas não é diferente. Propõe o debate entre os Estados da região Norte, especialmente Amapá, Rondonia e Acre para que haja fortalecimento chamando a atenção dos gestores de cultura desses Estados para tratar sobre a questão dos Pontos de Cultura. Fausto (Abaetetuba) – aborda 3 elementos importantes: 1) possibilidades de fazer a política pública acontecer; 2) Possibilidade do agente cultural da comunidade fazer a política pública com a participação direta; 3) Possibilidade de ir para além de nossas fronteiras, além de nosso Estado e enxergar a Amazônia e encontrar aqui a nossa Unidade, o fortalecimento da rede. Otizete Alencar (Amapá) – a grande preocupação é com a criação de mecanismos de acompanhamento dos recursos repassados pelo governo do Estado. Os gestores de cultura acham que os Pontos de Cultura são de sua propriedade. Portanto, a Teia Amazônica é o momento para discutir os projetos para a Região. Francisco Weyl (Pará) – Eu penso que o Estado é um monstro danoso. Onde o Estado chega, chega a destruição. Os tais movimentos sociais tendem a se institucionalizar e aderir à mesma lógica do Estado. Luciano Paixão (Rondônia/Ariquemes) – Agradecimentos a todos – aproveita o final do que Célio falou. A questão da sustentabilidade – base da sustentabilidade dos Pontos de Cultura do Norte do Brasil. Mário Brasil (Acre) – Questão da sustentabilidade: Economia e Política. Na política nós não estamos falando nada. A gente se apossa do movimento. Fenômeno antigo, a rede de relacionamento. Na medida em que não estamos articulando em rede, isso tem gerado dificuldades. Sustentabilidade é gerar o próprio produto. É preciso que possamos divulgar, em caso de dificuldades na articulação no estado, para o fortalecimento de nossa rede. Discutir o problema de forma global. Célio Turino – agradece a sua participação no Encontro e faz considerações a respeito do que foi dito nas intervenções. A ong é uma perspectiva utilizada em uma fase do neoliberalismo. Mas quando a ong enxerga uma outra perspectiva ela concebe a sociedade de uma outra forma, no sentido político, a luta pela emancipação do povo. Essa experiência de Ponto de Cultura é uma outra perspectiva. A gente foi produzindo uma amalgama. A gente tem a possibilidades de pensar uma outra perspectiva. Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Não é a partidarização da cultura, mas a politização da cultura. Pontos de Cultura interfere em outras ações: meio ambiente, sala verde, coletivo de jovens, mídia livre, etc... Entendendo a comunicação enquanto cultura. Estúdio multimídia – melhor câmera de vídeo, melhor gravação, melhor produção de vídeos. Quando a gente trabalha com software livre significa compartilhar saberes. Base de pensamento do Ponto de Cultura. A conquista de recursos é motivador. Cada obra de arte é única e reúne um conjunto de sentidos. Reencontrar o sentido do bem comum. O salto político é o bem comum. Vamos estabelecer o que é bem comum. A cultura é intangível, a cultura vem das idéias. Movimento de multidão com atitude, que dá sentido ao movimento. Salto político dos pontos de cultura. Brasil Vivo – o povo assume o seu destino. Nós mudamos o Brasil com o movimento. A Teia de Fortaleza, porque inicia no dia 25 de março/2010. É uma data que marca a abolição dos escravos no Ceará, antes da abolição no Brasil todo. Chico da Matilde (Dragão do Mar) afirmou – eu não vou transformar gente em coisas. A gente vai em busca da emancipação contra a coisificação do ser. Ponto de Cultura é ir contra a coisificação do ser.

Eneida de Melo (Ponto no Xingu/PA) – Diz que aceitou o desafio do Dan, pedir a fala na roda, pois até então as mulheres não haviam falado. Reflete sobre a pouca participação pelo cansaço da falas e debates intermináveis sem uma reflexão mais coletiva, aproximada, poética. Muito tempo para poucos, pouco tempo para muitos. Aproveita para fazer a música “Tem Jeito”, Socorro Damaseno, como uma opção estética de diálogo para tratar das questões ambientais, utilizando a arte como interlocutora desse diálogo. Convida a roda para cantar conjuntamente “Tem jeito não, tem jeito não, só se vence a ignorância com cultura e educação” acompanhada de músicos educadores do ponto. Sugestão de Rondônia: contato entre todos para fortalecimento dos laços. Criação de um Blog da Teia. Zé Maria encerra a manhã e convida a todos para o almoço. Almoço Tarde de Sexta-feira – 05.03.2010 Paineis “Apresentando os Pontões de Cultura da Amazônia” Nilton Silva (representante do Pará na CNPdC), chama os demais convidados da tarde, Carlos Siqueira (CPPC), Deize Botelho (CPPC), Zé Maria Reis (GT Pontões e Redes da CNPdC), Rodrigo Bouillet (coodenador de Redes de Cines do Programa Cine Mais Cultura), Samir Raoni (animador da rede Cine Clube Rede Norte), Francisco Weyl: Inovacine/FAPESPA. Considerando-se o avançada do hora, Nilton propõe e a plenária aprova fundir-se com os primeiros painel da tarde (“Tecendo as Teias de Cultura”) os dois outros painéis (o último da manhã - Roda de sensibilização sobre a agenda sociopolítica do movimento de Pontos de Cultura e os painéis da segunda parte da tarde “Apresentando os Pontões de Cultura da Amazônia” em uma única rodada. O circulo é então completado com os demais membros convidados para os painéis e representantes de pontões. Em seguida, convidou-se o Zé Maria para mediar a roda e a Otizete Alencar (representante do Amapá na CNPdC) para fazer a relatoria do momento.

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O objetivo da Roda foi sensibilizar o movimento para a agenda sociopolítica, e dos painéis foi avaliar como as redes se tecem a partir do movimento nacional de pontos de cultura, tudo confluindo para o Painel “Apresentando os Pontões de Cultura da Amazônia”, passando pelos pontos e pontões. Mário Propõe 10 minutos para apresentação dos Pontos. Os pontões se apresentam e depois como as redes se tecem a partir das redes formadas e ações planejadas. PONTÃO REDE AMAZÔNICA DE PROTAGONISMO JUVENIL: Luã Gabriel (PA) Expõe que o Pontão foi criado através do primeiro edital (pioneiros no Pará). Buscou reunir todas as experiências vivenciadas pelos Argonautas e Ponto de Cultura Ananin. Os Argonautas já desenvolvem experiências com os fóruns de desenvolvimento local na Amazônia. Evidencia que o processo entre sociedade e empresa busca o desenvolvimento local dos municípios. Divulga a cartilha que orienta o processo como uma missão socioambiental. O desenvolvimento dos pontos veio com conectividade em rede. Trabalhar a iniciativa de desenvolvimento local através da cultura, através de jogos, teatro, usando as várias linguagens artísticas, como forma de organizar e desenvolver a sociedade. A idéia era envolver inicialmente todos os Pontos da Amazônia, mas face as dificuldades enfrentadas pela geografia da Amazônia, passaram a trabalhar com os Pontos do Pará. A ação veio fomentando a ligação destes Pontos, aglutinando as experiências, realizando formação através de oficinas de desenvolvimento local amazônico, oficina de comunicação comunitária, formação política, entre outras. As comunidades tradicionais foram fundamentais para o fortalecimento de projetos dos Pontos, que se subdivide em Pólo Sul-Sudeste, Pólo Metropolitano, Pólo Marajó e Pólo TransXinguTapajós. Avalia que a maior necessidade é o encontro presencial destes Pontos, dificuldades enfrentadas pelas distâncias e recursos para atender esta ação. Hoje o resultado é a construção de novos elos com outras iniciativas. Diz que o Pontão é a Teia para democratização da cultura popular e digital. Mário propõe que o tempo de apresentação seja diminuído para 5 minutos devido ao número expressivo de Pontões para que as outras atividades sejam possíveis. PONTÃO DE CULTURA DIGITAL TAPAJÓS: Jader Gama (PA) Atividades específicas em cultura digital: áudio, video, metareciclagem, site, blog, web. Diz que o papel do Pontão é dar apoio aos Pontos de Cultura, enfatiza que precisamos atuar mais na capacitação e execução de iniciativas. Junto com o Fórum Amazônico de Cultura Digital, realiza encontros e oficinas. Fala que o projeto começou atrasado por causa da dificuldade de recursos. Tem até maio para executar atividades do Pontão. Em abril vai haver o Primeiro Encontro de Mídia Livre (7, 8 e 9 de abril). Neste evento será a primeira feira de cultura digital, mapeamento das feiras culturais de economia solidária. Também neste encontro acontecerá o Terceiro Encontro de Gênero e Tecnologia. A comunidade vai ter como contrapartida através da realização de um consórcio, realizando a coleta comunitária de resíduos sólidos, em seguida a organização do evento venderá este lixo para empresas para fins de reciclagem. Outra ação é o hacker mirim, oportunidade de inserir crianças nestas iniciativas do Pontão. Oferece o Pontão para fazer oficina nos pontos e receber pessoas, isto é, atividades de intercâmbio. PONTÃO DE CULTURA ACORDA: Jean Lopes (PA) O Pontão tem como objetivo promover a educação com formação na área de patrimônio imaterial através das manifestações religiosas em peças de miriti, transfer, imagens e instrumentos sacros, musicas, concurso de redação “Nazaré de Todos Nós” (registro do círio no interior), etc. O Pontão já capacitou cerca de 900 jovens. Temos um projeto com escolas e 520 jovens participaram de oficinas. O projeto “Nazaré de Todos Nós” documenta o círio de Nazaré, descobrindo estes eventos como patrimônio daquele povo. Estamos com 25 oficinas para o interior do Estado do Pará. O Pontão atua através da multiplicação, partilha, e está aberto a todos para firmar trabalhos e parcerias.

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QUESTIONAMENTOS: Raimundo Nonato Chacon (CNPdC, Ponto A Bruxa Tá Solta-RR): Como os novos Pontos podem fazer parte da Rede dos Pontões antigos? Como se inserir nestes programas? PONTÃO POROROCA DA CIDADANIA Deize Botelho questiona se existe clareza sobre o que é Ponto e Pontão? O momento é de conhecer o que estes Pontões fazem. Chacon sugere que tenha um tempo para discutir e tirar as dúvidas e curiosidades do que foi exposto entre os pontos de cultura presentes e os Pontões que expõe sua atividade. Define-se que a cada 03 apresentações se faz um cochicho e abre para a Roda de 10 a 15 minutos para esclarecimento. A roda discute metodologia de trabalho para aquele momento. O representante do MinC Regional Norte esclarece o que é ponto e o que é pontão. A comissão de cultura digital faz histórico sobre a formação dos pontos de cultura e aponta as estratégias de articulação para fortalecimento da iniciativa. Deize retoma a fala e apresenta o seu pontão. Identifica sua área de atuação e diálogo com pontos do Pará e Brasil para uma ação conjunta no Pororoca (articulação institucional, cultura digital, fortalecimento da identidade amazônica). Antes de ser pontão éramos pontos de cultura, numa rodada, percebi que atuava como Pontão e participamos do edital, fui conhecendo a rede, percebi que tínhamos iniciativa no Sul e Sudeste do Pará, no território de cidadania, fortalecendo os novos pontos de cultura. O custo amazônico nos impede de fazer muita coisa. Pensamos em como integrar os novos Pontos de Cultura através do virtual que pudesse contribuir no desenvolvimento da região. Foi para o MinC 30 cartas de anuências que recebemos para criar o Pontão. O projeto é de artes integradas, cultura digital, fortalecimento da identidade amazônica. Não dá para falar de cada uma delas por causa do pouco tempo. Propõe estabelecer na Teia Amazonica formas de integração para fortalecimento do território amazônico. ESCLARECIMENTOS: REGIONAL NORTE/ MINC: Delson Cruz A tarefa dos Pontões é estabelecer, construir articulações entre os outros Pontos dentro das linhas de iniciativas de cada um. Cada Pontão de cultura deverá expor qual a sua iniciativa mostrando os links e estratégias definidas nos Planos de Trabalho. CULTURA DIGITAL TAPAJÓS: Jader Gama (PA) Em 2005, havia 100 pontos de cultura, o MinC institui que a cultura deveria percorrer o Brasil fazendo oficinas, mas era apenas 100 PC. Com o aumento dos Pontos, foram criados os Pontões. Temos responsabilidade com 21 Pontos de Cultura, queremos mais recursos do MinC para atender melhor e mais pontos. A política agora no MinC é de premiação. Fala sobre o Edital Tuxáuas que vão atuar com formação e articulação destes PC. QUESTIONAMENTOS Firmeneto/RO. Qual a diferenção entre Pontão, Pontinho e Ponto? Diz que fazem este trabalho de Pontão e enfatiza sobre a diferença de liberação de recursos entre Pontos e Pontão. Mário esclarece: a diferenciação não é financeira, outra questão é sócio-politica-econômica para enquadramento dos Pontos. . Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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PONTO SABERES E MANIFESTAÇÃO DO SALGADO: Alan Rodrigues de Amorim (PA) Fala sobre as propostas de iniciativas que atuam como Pontão. Tudo o que vier está relacionado com a cultura, é transversal, todas as propostas de Pontos que são facilitadores (animadores) talvez façamos as mesmas atividades. Enquanto Pontão, faço articulação para ser mais proativo. Por mais que o Pontão foi aprovado, é preciso conhecê-lo, para saber como vamos interagir para fortalecer os nós da rede. Seja feita uma revisão da metodologia para interagir e conhecer os Pontões. QUILOMBOS TRANÇADOS COM SABERES: Margareth Gondim (PA) Gostaria de partilhar, somos novos e trabalhamos na identidade quilombola e em relação à desigualdade de acesso as comunidades indígenas e quilombolas. Conversando com os Pontos de Cultura quilombolas e chegamos à conclusão que Ponto de Cultura e Pontão é uma ferramenta. Procuramos uma maneira de alimentar nossa alma. O ponto é uma organização que trabalhamos andando por terra e rios, sem internet, é uma rede solidária de associações quilombolas que luta por seu direito. Convivemos com diferenças e a proposta se difere por ser registro do que existe em cada comunidade na identidade com as outras, buscar e fortalecer a identidade cultural. Trazer esta identidade de forma bela. PONTÃO DE CULTURA DO ABRAÇÃO: Ney da Bahia “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto é realidade”. Iniciou cantando um mantra. Estarmos junto pelo coração, pelo que nos somos... Rede de arte-educadores conectados, visando unir os estados que propõem a formação de educadores populares em arte-educação nos pontos, durante um ano pretendem fazer o mapeamento dos Pontos de Cultura que precisam desta ação. Depois da formação haverá a publicação destas realizações. PONTÃO DE CULTURA PÉ NA TABA: Lucimar Weil (AM) Fala da oportunidade de compartilhar na Amazônia e fazer reflexões. O Pé na Taba tem o caráter de luta, é um centro de defesa da criança e do adolescente. Primamos pala cultura de direitos humanos. Atuamos com 3 linhas: participação e protagonismo juvenil, garantia dos direitos da criança e do adolescente e eixo de combate e exploração sexual de crianças e adolescente. Ao longo de 6 anos de existência de Pé na Taba, militamos mobilizando a garotada como principal protagonista desta história, usando ferramentas artísticas, disseminando a cultura de Direitos Humanos. Atuamos até então como Ponto de Cultura. Face as nossas atividades de âmbito regional, foi que participamos do Edital e nos tornamos Pontão. A nossa realidade de distanciamento geográfico é um fato com a dificuldade de ir a capital do Estado. A proposta é sair e potencializar os outros Pontos de Cultura em pról dos direitos humanos da criança e adolescente. Sair da autonomia para a alteridade. AÇÃO GRIÔ dentro do BRUXA TÁ SOLTA: Catarina Ribeiro (RR) Ação Griô, ação nacional, atuamos nesta rede desde o primeiro edital. Tivemos que abraçar o Maranhão, PI e CE. Com o segundo edital, hoje temos 11 Pontos de Cultura da Ação Griô, todos na região Norte. Reforça a presença do griô aprendiz de Roraima presente. Vamos trabalhar estes Pontos de Cultura. A articulação, assessoria pedagógica e encontros regionais. Enfatizou sobre um próximo edital da Ação Griô. QUESTIONAMENTOS Ponto de Cultura Danças Circulares: Esperança (PA) Desenvolve atividades de dança com vários estados, a dança se manifesta como instrumento de autoafirmação da nossa identidade. Quero conhecer os projetos dos Pontões. Gostaria de receber um sumário com a descrição das iniciativas de cada Ponto, para uma ação estratégica. Para fazer esta parceria temos que conhecer, ter informações, contatos etc.

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Mário, da Associação de Quadrilhas Juninas de Roraima, diz que trabalha com crianças de Roraima. Traduzimos o conhecimento destas tradições, fazemos acompanhamento pedagógico com a família e solicito ao Pontão de Cultura Digital fazermos uma parceria para dar outras condições para estas crianças. Pessoa de Conceição da Araguaia-PA (não se identificou): Estamos discutindo uma Teia onde os Pontos de Cultura não estão articulados. O Ponto de Cultura Arte e Movimento – arte educação, cultura digital gostaria de entrar em contato com o Ponto de Cultura Abração. Minha preocupação é com os recursos financeiros, precisei usar para estar aqui e isso equivale a um curso de teatro de um jovem por 3 meses. Jader Gama: Minha inquietação, é sobre o Pontão está todo esquematizado, para entrar outro grupo tem que ter outro projeto. Temos parceria com os Pontões Argonautas e eles com Pé na TABA. Já faziamos oficinas sem ser Pontão, nosso Pontão é muito técnico. Temos muitas propostas para trabalhar com música. Podemos atender o pessoal de Roraima através do “Bruxa tá Solta”. Quem tiver ação para realizar adquiram o kit multimídia e vamos realizar as atividades nesses Pontos. O Gama aponta os possíveis caminhos para novas parcerias. Esclarece que o uso do software livre é opção ideológica (de cultura e educação popular). Sobre a criação dos Pontões, temos que frizar a importância da integração entre os Pontões. Para potencializar vamos dialogar e promover a otimização das ações e ampliar as conexões entre as iniciativas do programa Cultura Viva. Painéis: “Tecendo as Teias de Cultura” Rodrigo Bouillet (coodenador de Redes de Cines do Programa Cine Mais Cultura): Dia 10 estarei em Roraima e dia 8 no Amapá. Estamos tentando sair do escritório e conhecer as pessoas. O Cine Mais Cultura tem ação de exibição de grupos de amigos, prefeitura, etc. Para concorrer ao Edital, a organização tem que ter CNPJ e ser uma organização sem fins lucrativos. É uma ação recente. Os editais da região Norte, o desempenho do Nordeste e Centro Oeste foi baixíssimo. Ainda estamos operando com o Plano de 2009 para aplicabilidade nos estados. Ainda não estamos com o Plano de 2010. Então para avançarmos nas regiões Norte e Centro-Oeste, estas, deveriam solicitar mais editais para suas regiões. O Cine não lida com verbas e sim com estruturas e capacitação para exibição, e cada vez mais vem facilitando o acesso ao edital. Conteúdos (filmes) fornecidos pela Programadora Brasil, os Filmes são gratuitos, quem quiser conhecer os filmes para exibi-los vejam o site www.programadorabrasil.org.br, a Programadora doa os equipamentos de exibição e fornece um curso de exibição por 5 dias. O compromisso da instituição é de 2 anos com 2 exibições semanais. Todas as ações de investimento, 2/3 é do MinC e um1/3 do Estado, o pacto do Mais Cultura, passa por um processo de negociação entre o MinC e as Secretarias de Cultura dos Estados. Contatos:

rodrigo@cinemaiscultura.org.br www.cineclubes.org.br QUESTIONAMENTOS Firme Neto/RO: passaram-nos que Rondônia não tem interesse do Estado, diz que o MinC precisa articular e atuar com mais competência, só tomamos conhecimento do que nos interessa na casa alheia. RAIMUNDO/RO: Fomos contemplados com Cineclube, viemos fazer treinamento, o cineclubismo tem mais de 80 anos; o equipamento permanece na instituição. Após as exibições há os debates, que Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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significa a avaliação crítica dos filmes. Esclarecimento da participação do Rodrigo – Cine Mais Cultura Zehma: Todo Ponto de Cultura tem um kit que permite e se achar interessante ser um cineclube, procurem saber mais sobre cineclubismo. Se o Pontista avaliar que compacta com a iniciativa ele pode vir a ser um cineclube a partir do momento que ele pactue com a filosofia. SAMIR RAONI (CRN - Cineneclube Rede Norte) sou colaborador do cineclube, quando surgiu o convite, pensamos que já tínhamos várias práticas. O cinema é um ato espiritual, você se envolve no universo e dali você tira filosofia de vida. Pensar que fazer cultura dá dinheiro não é real, senão não estaríamos aqui. Fala sobre 11 famílias que dominam a comunicação de massa no país. Se olhar no código de ética vai ver um espiral de sangue, que é nessa visão holística que costuramos as articulações que aqui estamos fazendo. Dos 7 estados que participaram das oficinas de cineclube, todos estão aqui. Não está apenas o TO. Fala do Cine Clube Rede Norte: espaço onde se discute produção, exibição pesquisa com amantes de cinema e pessoas que desenvolvem práticas de cineclube. Cita os Argonautas, a Associação de Artistas Plásticos de Marabá, em Parauapebas em Carajás, o “Curta Carajás”. Em abril estreamos em Manaus. Vamos tecer uma rede, isso você faz face as suas relações pessoais. De forma simples, todos buscam se desenvolver como ser, a sua comunidade. Mostra Cultural na Praça da Bíblia, em Ananindeua Grupo Ananin Dance Eduardo Dias - Ponto de Curumu (Óbidos) Alba Maria e Banda Cordão de Pássaro Aritauá – Ponto de Cultura Cafuzo Grupo Marajoara Cruzeirinho – Ponto de Cultura Cruzeirinho (Soure) Manhã de Sábado - 06.03.2010 Abertura do Fórum Amazônico de Pontos de Cultura Nilton Silva, em nome da Coordenação Executiva, faz a abertura do dia às 10 horas, falando da programação. Diz que vamos aprovar agora o regimento e que será feito sua leitura, apresentando-o no datashow pra que os pontos de interesse possam ser destacados. Convida a Rúbia Maduro (Ponto de Cultura Ribeirinhas – Santarém) pra fazer a relatoria do momento e Zé Maria para mediar a Plenária de aprovação do Regimento Interno. Aprovação do Regimento Interno Zé abre os trabalhos falando da metodologia para aprovação do regimento. Busca consenso da plenária. Inicia-se a leitura do regimento com a aprovação da metodologia proposta. Durante a leitura destacaram-se os artigos 6, 7, 9, 19, 21, 25, 29 com as seguintes modificações: artigo 6 Representantes da Comissão Estadual de Pontos de Cultura; artigo 7 - Os convidados do IFAPC (Fórum Amazônico de Pontos de Cultura) terão direito a voz e participação nos grupos de trabalho e nas plenárias; artigo 9 – (credenciamento) até às 12h de hoje 6 de março de 2010; artigo 19 - a plenária final será das 16:30 às 19:00h; artigo 21- reunião dos estados, seguida da reunião da Teia e a plenária final; artigo 25 - e Comissão Organizadora; artigo 29 – suspenso o destaque. Esclarecimentos: CNPC: 1 representante de cada estado; 1 por GT; Aprovação:às 11:10h, sem intervenção, deu-se por Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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aprovado no todo, agregando-se ao texto os destaques. Houve inversão da programação e o Fórum Estadual passou para o momento da manhã. O que ocorreria nesse horário (GT’s Teia Brasil, CNC e outros) passou para a parte da tarde. Após a aprovação do regimento dividem-se os grupos por estado para se discutir a organização interna em cada estado e eleição de representantes para as comissões estaduais e para a CNPdC. A Plenário do Fórum Paraense de Pontos de Cultura aprovou a seguinte pauta de debates: 1.Estrutura e eleição dos representantes da Comissão Paraense de pontos de cultura – CPPC; 2. Eleição dos representação do Pará na CNPC; 3. Propostas do Pará para a Teia Amazônica; 4. Gestão compartilhada da Rede de Pontos de Cultura do Pará; 5. Criação de Comissão pra elaborar o Regimento Interno da CNPdC do Pará; 6. Conselho Estadual de Cultura do Estado 1.Estrutura e eleição dos representantes da Comissão Paraense de pontos de cultura – CPPC COMISSÃO PARAENSE DE PONTOS DE CULTURA – CPPC Foi definido pelo Fórum Paraense de Pontos de Cultura – FPPC a composição da Comissão Paraense de Pontos de Cultura (CPPC) mediante critérios de indicação por GTs permanentes (criados pela plenária do Fórum) e indicação por representação das 12 regiões de integração do Pará (aprovadas na Plenária). REPRESENTAÇÃO DOS GTs PERMANENTES 1.GT Articulação Estadual da Rede Efetivo: Alan Rodrigues Amorim 1°Suplente: 2° Suplente: 2. GT Indígenas Efetivo: Almires Machado (Jae' Pya) 1°Suplente: Oliveira Assurini (Kwarahya) 2° Suplente: Miriam Maciel Tembé (Tenetehara: Cultura Indígena Viva) 3. GT Quilombolas Efetivo: Páscoa Alves (Criola Boneca de Pano) 1° Suplente: Diogo Baia (Raiz Negra) 2°Suplente: Rosenildo Silva da Costa (Aquita Fazendo Arte) 4.GT Lgbt's Efetivo: Jair Moraes dos Santos (Cidadania e Cultura) 1° Suplente: Jean Carlos Andrade Lopes (Acorda) 2°Suplente: Arnaldo Cesar Nogueira Laurentino (Cidadania e Cultura) 5. GT Cultura Digital Efetivo: Tarcísio Ferreira (Pontão Cultura Digital do Tapajós) 1°Suplente: Pierre - Fagner Lopes Souza (Arte em Movimento) 2°Suplente: Suzi Susi Rocha Borges (Arte do Ipê) 6. GT Audiovisual Efetivo: Samir Raoni (Pontão Rede Juvenil) 1°Suplente: Ederson Oliveira (Aldeia Digital) 2°Suplente: Antônio Botelho (Rede Carajás de Cooperação Cultural) 7. GT Ação Griô Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Efetivo: Dereck Luan (OCA) 1°Suplente: Luana Gonçalves (Ampliarte) 2°Suplente: Gilzane Moraes Magalhães (Pontão Pororoca) 8. GT Culturas Populares: Efetivo: Laurene Ataide (Ninho do Colibri) 1°Suplente: Fátima Leite (Cultura de Ouro) 2°Suplente: Bené Brito (Piratas do Amanhã) 9. GT Música Efetivo: Jorge Sales (Música Sem Fronteira) 1°Supelnte: Edmilosn Luiz (Música Sem Fronteira) 2°Suplente: José Waldir (Arte em Movimento) 10. GT Meio Ambiente e Amazônia Efetivo: José Maria Reis (Ananin) 1°Suplente: Valdson (Esse Rio é Minha Vida) 2°Oswaldina Sena (Novos Curupiras) 11. GT Infância e Juventude Efetivo: Leandro Lima (Fábrica de Sonhos) 1°Suplente: Clelton Marques Bentes(Teatro e Cidadania) 2°Suplente: Girlan Pereira da Silva (FAM) 12. GT Cultura e Educação Transformadora Efetivo: Manoela Souza (Pontão Abração) 1°Suplente: Claudete de Socorro Quaresma da Silva (Mestre Cambota) 2°Suplente: Miguel Chikaoka (Olhos de Ver Belém) REPRESENTAÇÃO POR REGIÕES DE INTEGRAÇÃO 13. Região de Integração Araguaia Titular: Fagner Souza (Arte em Movimento) 1° Suplente: Alex Duarte (Cultura e Vida) 14. Região de Integração Baixo Amazonas Titular: Aldo Luciano (Kizomba) 1° Suplente: Rúbia (Cultura Ribeirinha) 2° Suplente 2: Wélinton Chaves (Oca) 15. Região de Integração Tapajós Titular: Regina Oliveira (arteando a periferia) 1° Suplente: Ana Aparecida (arteando a periferia) 16. Xingu Titular: Eneida de Melo (Ponto no Xingu) 1° Suplente: Valdson Paixão (Ponto no Xingu) 17. Região de Integração Caeté Titular: Benedita Nazaré de Souza (Marujada de Bragança) 18. Região de Integração Capim Titular: Rosilda de Santana (Quilombo em Ação) Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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19. Região de Integração Carajás Titular: Deize Botelho (GAM) 1° Suplente: Girlan Pereira (Parauacult) 20. Região de Integração Lago Tucurui Titular: Cláudio Seixas (Frutos da Terra) 21. Região de Integração Tocantins Titular: Maria Cordovil (Conquistar) 1° Suplente: Rosilene (Mestre Cambota) 22. Região de Integração Marajó Titular: Andrea Scafi (Cruzeirinho) 1° Suplente: Adriano Calandrini (Música Marajoara) 23. Região de Integração Guamá Titular: Rondi (Boi das Máscaras) 1° Suplente: Dirce Correa (Soatá) 24. Região de Integração Metropolitana Titular: Jean Carlos (Acorda) 1° Suplente: Bené Brito (Piratas do Amanhã) 2° Suplente: Erivelto Matos de Araujo (Arraial do Saber) 3° Suplente: Deia Palheta (Iaçá) Sobre os GTs (grupos de trabalhos), foi sugerido um prazo de 3 meses para avaliar a ação de cada GT. Cada GT se constitui de, pelo menos, 3 Pontos de Cultura interessado na temática (o proponente e mais dois). Para definir representação dos GTs, os pontos se reuniram durante 30 minutos nas áreas afins. Após as discussões nos GTs reunidos, foram apresentados os representantes indicados em cada grupo para o referendo da Plenária, com seus titulares e suplentes. Encaminhamento: As regiões de Integração se reunirão durante o almoço e indicarão seus representantes para após o almoço. Porém, essa indicação terminou sendo feita em plenário. Representação do PA na CNPdC Foi aprovado por unamidade a representação do Pará na CNPdC - Comissão Nacional de Pontos de Cultura, com uma concepção de representação rotativa de forma a contemplar todos os suplentes. Titular: Nilton Silva 1° Suplente: Deize Botelho (Sul e Sudeste) 2° Suplente: Lucineide de Azevedo (Metropolitana) 3° Suplente: Cleuton Bentes (Baixo Amazonas) 3. Propostas do Pará para a Teia Amazônica; 4. Gestão compartilhada da Rede de Pontos de Cultura do Pará: remetido para a CPPC para deliberação e encaminhamentos; 5. Criação de Comissão pra elaborar o Regimento Interno da CNPdC do Pará remetido para a CPPC para deliberação e encaminhamentos; 6. Conselho Estadual de Cultura do Estado: retiradoda pauta pois o prazo de indicação estava vencido.

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Almoço Tarde de Sábado – 06.03.2010 PLENÁRIA FINAL DA TEIA A Proposta é discutir ou referendar as propostas para a Teia Nacional. Compôs-se a mesa por representantes estaduais. Mario Brasil solicita uma carta de esclarecimentos para os Pontos de Cultura do Acre sobre a Teia Amazônica, a fim de justificar a não vinda destes para o evento. Zehma apresentou uma nota de esclarecimento sobre o assunto em questão. Dinâmica de apresentação, em plenária foi eleito por ordem para cada estado, com tempo de 10 minutos. Propostas do Amazonas: Relator além de apresentar as propostas fez defesa no sentido de se criar uma sub-regional do MinC em cada estado. Sobre as propostas Chacon fez duas ressalvas: o Amazonas pode ter representação no GT Amazônico, mas o representante do GT na Comissão Nacional depende de indicação. A aposentadoria deve ser assegurada a artistas que atuam em pontos de cultura. No mais, aprova as propostas do Amazonas. Pierre: artista que contribui com o INSS já tem esse direto. Jerlan: Criação de mecanismos para a troca de experiências entre produtores audiovisuais e outras áreas culturais. Déia esclarece que o Minc tem programas que permitem essa troca. Na opinião de Lucimar deve se encontrar outros mecanismos. Chegou-se à conclusão que deve solicitar a ampliação dos mecanismos. Acre: Criar uma comissão nacional para se discutir a questão do Custo Amazônico na Teia Nacional Rondônia: Discutiu sobre a organização do fórum amazônico, teve uma riquíssima participação, mas não apresentou proposta. Aprovou as propostas do estado de Roraima. Roraima: Apresentação das propostas: 1. Garantir rádios, tvs públicas e comunitárias e cine clubes aos pontos de cultura; 2. Estimular e fortalcer o turismo de base comunitária em torno dos pontos de cultura; 3. Fortalecimento das organizações comunitárias rurais para qe atuem como fiel depositario do ativo ambiental; 4. Fortalecer as parcerias entre os pontos de cultura com escolas públicas e particulares para garantir o acesso a diversidade cultural; 5. Qualificar os gestores de ponto de cultura na elaboração, gestão e monitoramento de projetos de geração de emprego e renda; 6. Garantir o programa cultura viva e ação griô através de lei como programa de estado; 7. Documentar as minifestações culturais e os saberes dos mestres da tradição oral, resgatando sua história e criando espaços de memória nos territórios de identidade; Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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8. Instituir uma comissao de 05 (cinco) coordenadores da rede estadual dos pontos de cultura para acompanhar as ações dos pontos de cultura, junto aos governos estaduais, municipais e o ministério da cultura e fazer mediações e compartilhamento de informações com a rede. Publicar em blog da rede dos pontos de cultura os resultados desses acompanhamentos; 9. Garantir junto ao minc um orçamento diferenciado para a região norte, em virtude da dimensão do território amazonico, para realização das policas culturais, além da descetralização intra-regional das ações dos pontos de cultura.

A plenária formada pelos representantes do Pará discutiu somente no final da tarde suas propostas. Definiu-se que as idéias apontadas abaixo seriam formatadas pela relatoria para apresentação final. Nesse momento, o processo foi animado pela Rúbia,e Eneida . A seguir as propostas: Propostas do Pará para a Teia Brasil 2010 1 - Criação do GT de Cultura e Educação Transformadora na CNdPC, Criação do GT Indígena 2 - Monção da Teia Amazônica em apoio à agilização para a aprovação da PEC 150. 3 – Que os representantes das bibliotecas comunitárias tenham voz e votos nos conselhos e nas conferências de educação, cultura e meio ambiente; 4 - Que as bibliotecas comunitárias recebam doação de acervo dos órgãos públicos que trabalhem com educação e cultura (minibiblioteca da Embrapa, Arca das Letras, Bibliotecas nacionais do Minc, acervo de qualidade, MED) 5 – Possibilitar programas de instalação de biblioteca viva em pontos de cultura. 6 - Criar metodologias criativas que incluam ambientes estéticos de reflexão humana na Teias Estaduais, Regionais e Nacional 7 - Garantir a publicação de editais específicos para comunidades quilombolas e indígenas 8 - Criação GT Quilombola na CNdPC 9 - Inclusão do GT LGBT e Gênero 10 - Que o governo do Pará institua o ano de 2010 como o ano “Mestre Verequete” 11 - Que a Mostra artística da Teia Brasil 2010 seja chamada de “Mostra Artística Mestre Verequete” 12 - Criar um grupo técnico de assessoria para os pontos de cultura, na elaboração e acompanhamento dos projetos do ponto de cultura 13 - Criação da Teia Negra (20 de Novembro – Dia Nacional da Consciência Negra) 14 - Criação de Polos dos órgãos de cultura nas regiões de integração do estado 15 - Uma bolsa para agente de leitura 16 - Projeto sócio-cultural para a manutenção dos pontos de leitura 17 - Criar editais ou projetos para a capacitação musical de jovens e maestros de bandas e fanfarras 18 – Estadualização dos programas do Cultura Viva (Ação Griô, Agente Escola Viva, Cultura e Saúde) 19 – Criação de editais para agentes de cultura digital 20 – Editais de artes cênicas do governo federal descentralizados com cotas por estados e que sejam divididos por Categorias de amadores e profissionais 21- Liberação de recursos para construção de casas de espetáculos nos estados 22 – Edital estadual de artes cênicas mais frequentes 23- Criação de observatório para mapeamento e registro das manifestações e mestres detentores destas práticas de saberes e fazeres da cultura popular; 24- Ampliar o número de editais destinados ao fomento da cultura em especial à cultura popular; 25- Veicular nos meios de comunicação social em horário nobre as ações dos pontos de cultura.

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Mostra Cultural Grupo Samba de Cacete da Comunidade Quilombola Igarapé Preto – Ponto de Cultura Raízes Projeto Orube – culminança da atividade comunitária no Conjunto Satélite Mostra de audiovisual - Documentário de curta metragem – Ponto ACME (Rondonia) - Mostra Estética Tocantina – Ponto GAM (Marabá) - Mostra de vídeo Inovacine - Video Doc. Pólo Pará do Brasil Memória em Rede – BMR Cia Papo Show – Ponto de Cultura no Xingu Grupo Frutos do Pará – Ponto de Cultura Herança do Velho Chico) Banda Jaafa Reggae Manhã de Domingo – 07.03.2010 Articulações “Tecendo as Redes de Pontos e Pontões de Cultura” Rumo ao Congresso Mundial IDEA 2010 “Viva a Diversidade Viva, Abraçando as Artes da Transformação” Após a intervenção do Ailton Gobira animando a roda do Idea retomam os debates finais. Qual a estratégia Amazônica para o Encontro Nacional? A importância do GT Amazônia é ressaltada pela Catarina (Ponto A bruxa Tá Solta) quando faz referência aos prêmios que saem em sua maioria somente para o sul e sudeste. Diz que precisamos participar mais para garantir mais possibilidades. Destaca a ação Griô e diz que precisamos estar unidos como nunca para dar impacto visual (a Amazônia está aqui!!!). Aos poucos devemos qualificar os GT’s para irmos definindo o que fica. A Lucimar do Amazonas diz que a Comissão tem limitado seu papel na participação da Teia e que essa Comissão dispõe de uma coordenação executiva somente para isso. Mas que nossos papeis vão além do que estamos fazendo até o momento. Zé Maria retoma a fala reforçando o que foi dito pela Lucimar. Destaca os encaminhamentos. Saímos daqui com o GT Amazônico e incorporando o GT dos Pontões. Fala que precisaremos afunilar os GT’s (Amazônico e Pontões)e garantir a capilaridade desses GT’s. Déa convida os presentes para o 5º Fórum Social Pan Amazônico pensando um GT Amazônico com um olhar para a nossa cultura. Deize diz que precisamos apresentar propostas conjuntas (GT Amazônico) e ver quem defende. Zé fala que organizamos as propostas e anexamos a carta. Zhumar sugere que se apresente a comissão e que devemos levar a bandeira dos GT’s Quilombolas, Comunidades Tradicionais e Indígenas. Jader Gama fala da reunião com os indígenas que foi convidado. Foram falar sobre a carta amazônica e o custo amazônico (pontuar na carta). Propõe que se leve a carta impressa para ser distribuída na Conferência de Cultura e Teia Nacional e sugere que ao invés de chamarmos de custo amazônico devemos chamar de valor amazônico. Precisamos criar GTs que funcionem. Temos que ter capilaridade de organização e estruturação para defender esse valor. Zé destaca que temos que sair com esse GT Amazônico definido e concentrado. Chegar unido no GT dos Pontões. Jean apresenta proposta para formação das representações dos GT’s. GT Amazônico Titular: Zé Maria (PA) Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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1º Suplente: Ana Paula (RR) 2º Suplente: Raimundo (RO) 3º Suplente: (AC) GT Pontões e Redes Titular: Jean (PA) 1º Suplente: (AC) a definir 2º Suplente: (AM) a definir 3º Suplente: (AP) a definir Questiona-se porque o Pará encabeçando? Nilton fala do movimento novo e das experiências acumuladas pelos representantes. Por isso defende a necessidade de recondução de representantes para consolidar essa política que ainda em processo de afirmação. Catarina defende o Pará nas cabeças dos GT’s pelas experiências acumuladas. Lê-se a Carta Amazônica. Paulo Carvalho faz a leitura. Sugere-se a inclusão do PEC 150 e a mudança da palavra custo pela palavra valor amazônico. Após esses acréscimos a Carta é Aprovada por aclamação. Zhumar agradece e fala da vanguarda que se auto-anula. Nilton divulga o Curso de Software Livre durante a semana que se segue aberto aos pontos. Tem ficha de inscrição. Cincinato fecha a manhã deixando um abraço lembrando também o dia das mulheres e parabenizando as que se encontravam presentes. Divulga a Conferência de Cultura e a reunião da Secult na Estação Gasômetro. Dá-se por encerrada a Assembléia do Fórum. Convida-se todos para o almoço, pedindo que retornem para dar-se continuidade a programação da Teia. Tarde de Domingo – 07.03.2010 Nilton abre os trabalhos convidando os Tuxáuas premiados a se apresentarem e divulgando o novo edital para Tuxáuas que sai em março. A Deize fala que a proposta é compartilhar os projetos premiados. A Déa inicia fazendo um canto guarani que reverencia o sol e que dá luz e vida abraçando a todos os projetos. Apresenta a metodologia do projeto destacando a formação em comunicação criativa e danças da Amazônia. Santarém terá 3 organizações que serão ponto tendo como objetivo que a mulher e o homem se percebam como Tuxáuas. Que a modernidade não deixe perder as raízes. O ponto Oca é a organização âncora. “Antes de sermos ponto somos pessoas capazes e muitas vezes não percebemos isso. Canto de Hong Kong tem um final com a respiração. Prêmio Tuxáua (80 participantes e 5 propostas premiadas no Pará) Deni diz que a proposta era do conhecimento (moderno), todas as ferramentas vêm para potencializar os trabalhos, as pessoas não estão muito íntimas. A proposta é o compartilhamento do saber (software livre) auxiliando os pontos de cultura com capacitação através de oficinas. Zhumar fala do seu projeto como um trabalho de capacitação para articulação considerando importante, cabal, filosofal sobre Tuxáuar, como um sustentáculo da rede sendo necessário se construir uma estrutura para os Tuxáuas se identificarem. Quem sou eu? Qual o meu raio de atuação? Escolheu como região de intervenção o Araguaia, Xingu e Carajás. Fala sobre o significado da palavra Tuxáua e argumenta sobre. O Edilson do Coletivo Puraqué e Pontão Tapajós fala da sua experiência pessoal e proposta como Tuxáua. Tem o Cineclube como um dos focos de ação. A proposta é potencializar o Baixo Amazonas com formação em cultura digital e audiovisual. Ressalta a intervenção profunda do processo de formação e inclusão. Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Déa faz uma intervenção falando da irradiação do seu projeto no Baixo Amazonas e Metropolitana e que estarão no Encontro Pan Amazônico. Catarina apresenta a proposta do Tuxáua de Roraima como uma experiência coletiva mesmo o projeto sendo proposto como pessoa física. Diz que o foco da mesma é o que chamam do círculo Tuxáua, formação em cultura digital, teatro como mobilização e elaboração de projetos. Deize apresenta sua proposta “Tecendo Redes Regionais”. Apresentou a importância da relação governo e sociedade e formação. Seu foco será a região Carajás. Além da articulação de iniciativas culturais, pontos de cultura, governos. Após os Tuxáuas, Edilson Moura (ex-secretário de Cultura do Pará) agradece pela realização do evento fazendo um panorama do processo de construção da Política de Pontos de Cultura no Estado. Destacou a participação dos demais Estados na Teia Amazônica e disse que deixou o Pará à disposição do evento Nacional. Inclusive aproveitou para sugerir que façamos a proposta na Nacional para a próxima Teia acontecer aqui. Agradece pelo governo do estado e destaca que o mesmo aprovou 60 novos pontos de cultura no Pará. Eneida, antes de encerrar as falas, intervém apresentando o ponto no Xingu e vendo quais as possibilidades de diálogo com a proposta da Deize já que o perfil da mesma tem muita a finidade com a experiência vivenciada pelo ponto no Xingu. Deize sugere que seja feito uma agenda de parceria Tuxáua nesse ano de 2010. Por fim, agradece ao Edilson pela presença. Nilton retoma a fala para vivenciarmos a oficina de articulação. Fala da oficina dos próximos 5 dias (digital), alimentação e hospedagem solidária, e faz convite aos presentes. Convida os grupos a se formarem. Oficinas Temáticas (Audiovisual, Cultura Popular e Memória, Cultura Digital) Audiovisual Rodrigo, Articulação de Redes Cine Mais Cultura  Fala sobre as articulações e estratégias da ação cine mais cultura nacional;  Reflete as leis de incentivo de produção, distribuição, captação;  A nova lei de direitos autorais;  Cineclubismo como resistência;  Produção dos filmes brasileiros;  Editais estaduais;  Falou do NPD, olhar Brasil;  Formação para produção de filme;  É necessário que cada estado faça suas articulações e crie sua plataforma. Marcio, GAM  Fala sobre a importância de levar as iniciativas audiovisuais na escola;  Galpão escreveu um projeto de Cineclubismo para atender a comunidade que integra sua rede;  Fala dos projetos que podem se relacionar de forma transversal, citando os projetos ponto de leitura, agente cultura viva. Marcos, Ponto AmpliArte  A importância de capacitação na área audiovisual: Cineclubismo. Raimundo Mello, Cineclube Arte Total, Rondônia  Cineclube nas escolas. Culturas Populares e Memória Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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Incentivo a produção familiar da cultura; Avaliação e resignificação de ações e projetos que transformam a manifestação cultural em produto de exploração capitalista; Tornar a linguagem dos editais mais acessíveis e contextaizadas para as diversas pessoas e comunidades; Incentivar a pesquisa histórico-cultural com responsabilidade ética de retorno para as comunidades; Fazer o mapeamento das manifestações culturais por cidade e regiões valorizando os contextos, as formas de produção, os fazedores e a história; Manter momentos específicos de discussão sobre a memória cultural (conceitos, peculiaridades, saberes e práticas) nas teias estaduais e nacionais; Realizar capacitações para uso dos equipamentos técnicos de gravação junto aos pontos de cultura para qualificar os registros; Desenvolver avaliações das manifestações culturais com perspectivas etno-raciais na resignificação identitária; Manter e ampliar os editais federais e estaduais para incentivo aos ofícios dos mestres populares; Incluir os mestres populares no GT de Culturas Populares e Memória.

GT Cultura Digital A apresentação foi de Tárcísio que aproveitou pra falar sobre a oficina que vai acontecer durante a semana. A Fátima, Ponto de Cultura de Ouro, solicita oficina para seu ponto. Tucuruí não conhece o programa de software livre e querem oficina de audiovisual, já tem energia e internet. D. Ivone diz que o mesmo acontece com o seu Ponto de Rádio Cultura Digital. Quer ampliar o conhecimento sobre cultura digital . Jarder Gama, do MinC, falou das oficinas e falta de logística para as viagens. Disse que é bom compreendermos esse processo. Dennie Fabrício, do Puraqué, falou da importância. Vagner Souza, de Conceição do Araguaia, disse que eles querem montar em seu ponto uma rádio comunitária e disse que só ele mais 4 pessoas que trabalham com o software livre. Falou ainda que tem computadores que são sucatas e estão com interesse nas oficinas. Edinaldo Freitas (de Ariquemes, AC) disse que não conhece o programa e por isso participou da roda para saber mais informações sobre o assunto. Cláudio de Tucuruí diz que já foram instalados os infocentros, mas só tem uma pessoa que conhece o software, dificultando, assim para o restante. Quer contar com o Puraqué para obter conhecimento sobre o assunto. Laraia (movimento social cultura) já tem infocentro com Linux, falou sobre reciclagem. Além do ponto de cultura tiveram mais dois editais e não teve dificuldade de trabalhar com o Linux, mas querem que seja discutido em sua comunidade e passe para outras pessoas este conhecimento. Adriano Calabrim (Marajoara) não tem conhecimento sobre o Linux, mas estão abertos a discussão pois já estão e falou do pirata e que eles estão nessa por meio de vida. O Gama falou no trabalho de base de 10 anos que deve ser feito com jovens e com o decorrer dos anos não teremos mais pessoas trabalhando com pirataria. Sugeriu propor para Secult um grande encontro com uma pessoa de cada ponto que trabalha com Realização: Comissão Nacional de Pontos de Cultura e Comissões Estaduais de Pontos de Cultura do AC-AM-AM-PARR-RO

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informática para tratarmos de trabalhar o software livre. Mostra Cultural Banda Marcial Barkamiri (Ponto Música sem Fronteiras) Vivência de Despedida no Parque (Ponto de Cultura Manamani) Grêmio Recreativo Piratas da Batucada (Ponto de Cultura Piratas do Amanhã) Roda de Carimbó do Iaçá - Show Dançante (Ponto de Cultura IAÇÁ). Grupos Paranativo, Iaçá, Águia Negra, Moara, Casa Verde, Sereias do Mar.

Avaliação do Evento POTENCIALIDADES (o que foi bom) LIMITES (o que precisa ser melhorado) ESTRUTURA-LOGÍSTICA-PRODUÇÃO-METODOLOGIA - Foi unanimidade que o ambiente ajudou muito (Parque dos Igarapés); - O som estava bom em Ananindeua; - Segurança: Não houve violência no parque; - O enraizamento local. Os Argonautas tem parceiros locais que contribuíram com a organização do espaço; - O Iaça estava lotado e foi insuficiente para acomodar todos os presentes - Equipe engajada - Alimentação suficiente - Hospedagem e alimentação no local do evento tornou o encontro mais produtivo, ampliou a integração entre as pessoas, facilitou a logística do evento - A contratação antecipadas de pessoas para atuarem na secretaria e produção (e de forma personalizada) facilitou os trabalhos de articulação e organização da chegada dos participantes, minimizando problemas durante o evento - As mostras artísiticas foram muitas boas - A Teia Comunitária como inovação da Teia (ampliação da experiência). Oficinas realizadas como desdobramento: Oficina de Aperfeiçoamento em Soft Livre e Comunicação Compartilhada - A Teia abraçou outras manifestações que não são pontos de cultura, inclusive de outros Estados - Diversidade e quantidade de participantes na mostra artística - Repercussão positiva na mídia - Boa articulação que garantiu a presença de autoridades (federal, estadual, municipal) - Importante a presença da Funtelpa no evento articulada com os pontos - Produção de conteúdos sobre os pontos a ser divulgado na Tv - O site interativo da Teia; - Formação de uma equipe colaborativa para a

ESTRUTURA-LOGÍSTICA-PRODUÇÃO-METODOLOGIA - O infocentro não instalado dificultou o trabalho da produção; - Os equipamentos e o palco foram minimamente preparados em Ananindeua e a estrutura da praça não ficou caracterizada pelo evento (Teia Comunitária); - Ficamos sem energia na praça até as 19 h; - Ausência de camarim levando os grupos a se trocarem nos bares e na rua; - A sala do ponto é bem localizada, porém quando próximo de eventos fica apertada; - A sala da Teia precisa ser mantida para a comissão, mas devemos pensar futuramente num espaço maior - Insuficiência de recursos para contratação de mais profissionais; - Faltou produção para apoiar a Teia na praça em Ananindeua; - Chegamos num momento crítico que foi a Secult/MinC não conseguir comprar o necessário em tempo hábil fazendo a comissão deslocar seus coordenadores que tiveram suas atenções desviadas para resolver as pendências do evento e deixando de fazer articulações; - Houve descontrole no credenciamento; - A receptividade não foi calorosa; - Sugestões: Suprimento de fundo, walk talk, interação entre a equipe de forma antecipada pra um melhor planejamento; - Necessidade de ação conjunta logística e produção; - Secretaria do evento ficou mal localizada e dificultou os trabalhos; - Pensar num próximo encontro melhor alimentação (alguém responsável para discutir cardápio); - Ausência de primeiros socorros; - A Teia Comunitária foi prejudicada pela falta do infocentro; - Faltou impacto visual da Teia em Ananindeua; - Melhor amarração das necessidades e definições entre os coordenadores;

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comunicação e registro; - Fortaleceu as relações entre os Pontos e Pontões de Cultura; - Consolidou o diálogo dos representantes estaduais da CNPdC na região Amazônica; - Estreitamento do vinculo com as universidades (voluntários envolvidos); - Voluntários trabalharam bastante, porém necessitaram de mais orientação; - Programação cumprida; - Integração do Ponto de Cultura Para Todos na programação da Teia Amazônica; - Transversalidade da cultura com outras áreas de conhecimento com destaque para comunicação e tecnologia; - Relações interinstitucionais e interdisciplinares - Participação.

- Ausência de um debate metodológico antes, durante e depois do evento para redirecionamento das ações; - Faltou capacitação de mediadores para conduzir processos de animação das rodas; - Alteração da programação de abertura oficial da Teia pelo cerimonial do Governo do Estado, interferindo na autonomia do movimento.

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