Macunaíma e a corrupção.
Macunaíma é o anti-herói criado por Mario de Andrade. Em sua obra, Mario nos mostra um sujeito que é um misto de branco e de negro. Nasceu no mato virgem e somente aos seis anos disse sua primeira frase. “Ai, que preguiça!” Talvez, Macunaíma represente de várias formas o brasileiro. Nosso povo é um misto de várias raças. Índio, negro, branco e carrega em si a mescla de inúmeras culturas. Mario exagera um pouco mostrando um indivíduo cuja maior característica é a preguiça. Monteiro Lobato também criou o personagem Jeca Tatu, destacando em um caipira as mesmas qualidades de Macunaíma e enfatizando também a preguiça. Será um exagero, ou os autores realmente fazem uma leitura do povo brasileiro? Nosso povo, ainda hoje, segue o lema “Gosto de levar vantagem em tudo”. Alguns até se dedicam a teoria do ócio produtivo. Não fazer nada, para alguns é sinônimo de sabedoria. Porém, se você não fizer nada, alguém terá que fazê-lo por você. Esta é a teoria da vantagem. Eu não faço nada, porque sei que alguém fará. A teoria do ócio produtivo, baseia-se no fato de que a preguiça é a mãe de muitas invenções. Foi um indivíduo cansado de sentar no chão que inventou a cadeira, por outro lado, alguém cansado de se levantar do sofá inventou o controle remoto. Os argumentos parecem interessantes, entretanto, nos levam a uma escravidão camuflada. Considerando a política atual. O nosso presidente (Michel Temer) quer acabar com a aposentadoria do brasileiro, porém, ele já está aposentado. Os patrões querem dar ao empregado apenas meia hora de almoço, mas o patrão pode demorar o tempo que quiser em um restaurante. Desta forma, a preguiça de uns, aumenta a necessidade de trabalho de outros.