FCM 50 anos: A realidade ultrapassou o sonho

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Unicamp Faculdade Biblioteca

de

Ciências Médicas

Ficha catalográfica elaborada por Maristela Soares dos Santos CRB8/8402 F299

FCM 50 anos : a realidade ultrapassou o sonho / Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas ; [sob direção de Mario José Abdalla Saad, Rosa Inês Costa Pereira ; projeto editorial, organização, produção, edição de textos e entrevistas Camila Delmondes Dias ; revisão Rogério Antunes Pereira Filho, João Luiz de Carvalho Pinto e Silva, Maria Alice Cruz]. - Campinas, SP : FCM Unicamp, 2013. 360 p. ISBN 978.85.67378-00-8 1. Escolas médicas – Campinas, SP - História. 2. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas - História. 3. Educação médica – Campinas, SP - História. I. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. II. Saad, Mario Jose Abdalla, 1956-. III. Pereira, Rosa Inês Costa, 1954-. IV. Dias, Camila Delmondes. V. Pereira Filho, Rogério Antunes, 1943-. VI. Silva , João Luiz de Carvalho Pinto e. VII. Cruz, Maria Alice. CDD. 610.98161

Dados

da publicação

Formato 210mm X 260mm Suporte Couché 150g/m² Bruno de Jorge Capa AC/Siarq/Unicamp Fotos da capa CADCC/FCM/Unicamp CMU/Unicamp Livio Nanni/Acervo Pessoal Mario Moreira da Silva Tipologia Garamond, Futura, Helvetica Páginas 360 Tiragem 3.000 unidades

FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho é um livro institucional elaborado a partir de entrevistas, depoimentos e documentos pesquisados. Todos os diálogos apresentados buscaram reproduzir a opinião manifestada pelas personagens no decorrer da história da Faculdade de Ciências Médicas.

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Faculdade

de

Ciências Médicas

Diretor

Prof. Dr. Mario José Abdalla Saad

Diretora-associada

Profª. Drª. Rosa Inês Costa Pereira

Comissão

dos

50

anos

Prof. Dr. Rogério Antunes Pereira Filho Prof. Dr. João Luiz de Carvalho Pinto e Silva Prof. Dr. Otávio Rizzi Coelho Prof. Dr. Gustavo Pereira Fraga Cleusa Filipini Ferreira Carmen Silvia dos Santos Eliana Cristina Silva Pietrobom Emilton Barbosa de Oliveira Klésio Divino Palhares

Equipe Técnica

Pesquisa Iconográfica

e

Documental

Camila Delmondes Dias Emilton Barbosa de Oliveira Ivan Amaral Cássia Denise Gonçalves Telma Maria Murari Sandra Vilela Resende (in memorian) Aline Rodrigues da Silva Márcia de Britto Mariela Soares de Souza Dias

Fotografia

Marcelo Oliveira

Produção Fotográfica Francileuda Ferreira

Agradecimento Institucional

Eliana Cristina Silva Pietrobom Edimilson Montalti Camila Delmondes Dias Daniela de Mello Rios Machado

Centro de Memória e Arquivo – FCM Comissão de Apoio Didático, Científico e Computacional – FCM Centro de Memória Unicamp Sistema de Arquivos Unicamp Assessoria de Comunicação e Imprensa Unicamp Rádio e TV Unicamp Centro de Documentação – Rede Anhanguera de Comunicação

Projeto

Revisão

Coordenação

Cleusa Filipini Ferreira

Equipe Assessoria

de

Relações Públicas

editorial, organização, produção, edição de textos e entrevistas

Camila Delmondes Dias

Projeto Gráfico Bruno de Jorge

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e

Diagramação

Prof. Dr. Rogério Antunes Pereira Filho Prof. Dr. João Luiz de Carvalho Pinto e Silva Prof. Dr. Mario José Abdalla Saad Profª. Drª. Rosa Inês Costa Pereira Maria Alice Cruz

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Sumário

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PALAVRA DO REITOR

11

PALAVRA DO diretor

12

Muito a comemorar

16

A campanha para a instalação da Faculdade de Medicina em Campinas

36

O início das atividades

50

A Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas

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66

A história dos departamentos A genética médica ...... 70 A farmacologia ...... 76 A anatomia patológica ...... 82 A clínica médica ...... 90 A saúde coletiva ...... 98 A medicina legal ...... 106 A neurologia ...... 110 A pediatria ...... 118 A psicologia médica e a psiquiatria ...... 128 A tocoginecologia ...... 134 A ortopedia e traumatologia ...... 144 A oftalmologia e a otorrinolaringologia  ...... 150 A cirurgia ...... 160 A anestesiologia ...... 166 A enfermagem ...... 170 A patologia clínica ...... 176 A radiologia ...... 182 O desenvolvimento humano e a reabilitação ...... 188

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196

A juventude que renova CAAL ...... 197 CAXS ...... 208 Cafarma ...... 209 CAE ...... 210 Diretório Científico Adolfo Lutz ...... 210 Atléticas ...... 211

348

Documentos consultados

352

Índice remissivo

220

FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho O desenvolvimento do Ensino, da Pesquisa e da Extensão ...... 222 Linha do tempo ...... 224 Diretores ...... 236 Turmas ...... 240

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PALAVRA DO REITOR

A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp chega ao seu Jubileu de Ouro trazendo consigo uma história de sucesso e conquistas que, seguramente, supera em grande medida as expectativas daqueles que participaram da intensa campanha de mais de 15 anos, deflagrada ainda na década de 1940, pela instalação de uma escola de medicina em Campinas. Embrião de uma universidade que em pouco tempo se tornou uma das mais destacadas da América Latina, a FCM é hoje sinônimo de excelência em ensino, pesquisa e extensão. Afora formar profissionais altamente qualificados, produzir conhecimento de grande impacto, fornecer quadros para a administração pública e contribuir para a formulação de políticas na área da saúde, a unidade está no comando acadêmico de todo o complexo hospitalar da Unicamp, referência para o atendimento de uma população de aproximadamente 5 milhões de pessoas. É impossível imaginar a macrorregião de Campinas sem esse complexo, assim como é impossível imaginar a Unicamp sem a FCM. Toda a comunidade universitária se congratula com sua faculdade cinquentenária neste momento de celebração. Parabéns, FCM! Que este seja apenas o começo de uma longa e cada vez mais brilhante trajetória.

José Tadeu Jorge Reitor da Unicamp

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PALAVRA DO diretor

A história de desenvolvimento das melhores faculdades de ciências médicas no mundo revela que as instituições bemsucedidas em suas iniciativas foram aquelas que, desde o início, estabeleceram como missão fundamental a prestação de serviços de saúde à população. Toda escola médica capaz de desenvolver, manter e prestar um bom serviço de saúde à sociedade, certamente, também é aquela que oferece um ensino mais humano e de grande qualidade. “Em busca da saúde, a caminho da sociedade” é um lema que data do século XV, mas que continua muito vivo e presente na realidade de todas as escolas médicas e no cotidiano dos profissionais que priorizam valores éticos e sociais. A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp nasceu e se desenvolveu baseada nesse princípio, acreditando que o melhor ensino é aquele realizado não apenas em anfiteatros e salas de aula, mas também no interior do próprio sistema de saúde, dentro de hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde e prontos-socorros. Em sua trajetória mais recente, a faculdade impulsionou e consolidou as atividades de pesquisa, obtendo o reconhecimento da comunidade científica mundial, com importantes contribuições para o avanço do conhecimento científico. Parabenizo a comunidade de docentes, alunos e funcionários da FCM pelos 50 anos de realizações no ensino, na pesquisa e nos serviços à comunidade. Outros sonhos virão, e esperamos que as novas gerações possam ultrapassá-los mais uma vez.

Mario José Abdala Saad Diretor da Faculdade de Ciências Médicas

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Muito a comemorar Sem dúvida, a realidade ultrapassou o sonho. Os visionários pioneiros, que no início da segunda metade do século 20 se arregimentaram para reclamar dos governantes de então o direito da aristocrática Campinas ter sua escola de medicina, tinham motivações vinculadas ao orgulho da grandeza da cidade mais pujante do interior paulista. Em 1963, de modo precário e improvisado, a primeira seleção de 50 jovens, em sua maioria vindos da São Paulo caipira, levou as autoridades, em suas engalanadas becas, para o Teatro Municipal de Campinas para assistir à aula inaugural de sua reclamada instalação. Começa a saga dos verdadeiros precursores da universidade em que vivemos, acanhadamente instalando o curso médico (FMUC) no edifício inacabado do que viria a ser a nova Maternidade de Campinas. O desprendimento juvenil dos primeiros estudantes, aliado ao profissionalismo e dedicação dos professores vindos de outras universidades, ou de talentosos médicos voluntários da cidade, criou as condições de funcionamento para tornar irreversível sua história. Anos difíceis anunciavam-se acinzentados para o País e para o projeto, complicado pelas múltiplas tarefas e decisões que se confundiam em seus propósitos e colocavam em risco sua sobrevivência. Os desafios da instalação do ciclo clínico da escola de medicina foram o estopim para a instalação da nova universidade.

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A feliz confluência de ideias e de homens decididos em realizar desdobrava o projeto inicial em proposta mais ampla e mais compatível com as necessidades regionais e com os caminhos dos novos tempos. O desafio simultâneo conturbava as decisões e deslocava as prioridades ao sabor de casuísmos e oportunidades que se revezavam num cenário político e institucional incerto e desafiador. Afinal, entre seus novos condutores encontravam-se opositores de outrora, inimigos até de primeira hora, para quem o processo de interiorizar o ensino médico não passava por Campinas. Durante os anos seguintes, o curso de medicina escorou como um alicerce inamovível os argumentos que permitiram o crescimento simultâneo das demais unidades da Unicamp. O resgate de sua história, revista hoje na perspectiva da ótica dos tempos, assim como a lembrança dos muitos que foram referência na sua construção, faz parte permanente de nossa obrigação e quebra a habitual tradição do esquecimento. Sua maturidade, encanecida pelos 50 anos de lutas e vitórias, está aqui documentada, para revigorar a nova etapa de compromissos que se vislumbra em seu vistoso futuro.

Rogério Antunes Pereira Filho João Luiz de Carvalho Pinto e Silva Alunos da Turma I e II, respectivamente

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A campanha para a instalação da Faculdade de Medicina em Campinas

Década de 1940. Campinas é uma cidade em franco desenvolvimento, com uma população de quase 130 mil habitantes e bairros que se multiplicam ao redor de fábricas e estradas. O município está entre as maiores cidades brasileiras, com um giro comercial de 27,5 bilhões de cruzeiros e uma produção industrial de 12 bilhões. É inegável a importância da cidade enquanto centro educacional. Estima-se cerca de 25 mil estudantes regularmente matriculados nos cursos primários e secundários de reconhecidas instituições de ensino, entre as quais, o Colégio Culto à Ciência, entretanto, mesmo tendo alcançado alto patamar no que se refere à formação básica de seus estudantes, a cidade ainda carece de maior prestígio no ensino superior. Com apenas duas faculdades (a de Filosofia, Ciências e Letras, e a de Administração e Ciências Econômicas), Campinas não consegue atender a quantidade de alunos que conclui o ensino básico.

É cada vez maior o número de estudantes aprovados em vestibulares que não conseguem vaga nas poucas instituições de ensino superior existentes. Na tentativa de sanar o déficit de vaga no estado paulista, o governo estadual trabalha em três frentes principais: aguardar a iniciativa privada na construção de novas escolas, criar institutos isolados de ensino superior ou integrar faculdades já existentes à Universidade de São Paulo (USP). Nesse período, é intensa a movimentação de prefeitos e deputados disputando a criação de novos institutos para suas zonas eleitorais. Há quem diga que eles defendem os interesses do povo. Há quem diga que tudo não passa de interesse político. Muitos dizem que um interesse, necessariamente, não anula o outro. É fato, no entanto, que Campinas não fica alheia a essa agitação. Com a Faculdade Paulista de Direito, a Faculdade de Filosofia de São Bento, a Faculdade

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C oleção V8/CMU/U nicamp

de Química Industrial e a Faculdade de Filosofia “Sedes Sapientiae”, as duas faculdades campineiras integram a Universidade Católica de São Paulo que, ao que tudo indica, pretende completar o quadro de institutos com a criação de uma faculdade de medicina. Neste cenário, considerando a existência de duas escolas médicas na capital paulista, surge um movimento que reivindica Campinas como sede desse novo estabelecimento de ensino. Famílias que possuem filhos estudando em outros centros e muitos médicos da cidade encontram nos artigos do jornalista Luso Ventura, redator-chefe do jornal Correio Popular, a oportunidade de atender a seus anseios.

Na década de 40, Campinas é uma cidade em franco desenvolvimento industrial. O município oferece as condições necessárias para a instalação da sua primeira faculdade de medicina. Na imagem, a construção do Fórum Palácio da Justiça [entre 1939 e 1943].

− Não nos movem, ao lançar esta sugestão, meros sentimentos de bairrismo, mas a vontade de ver o engrandecimento do nosso ensino.

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AC/Siarq/Unicamp

Justificam os campineiros, as vantagens da cidade quanto ao seu sistema de ensino, a posição privilegiada próxima das principais ferrovias, os aspectos de ordem econômica e a própria infraestrutura na área da saúde. − Contamos com excelentes hospitais, onde os estudantes poderiam exercer sua prática, e médicos reconhecidos profissionalmente para atuarem como professores.

Redator-chefe do Correio Popular, o jornalista Luso Ventura tem participação ativa no movimento pró-faculdade de medicina, publicando diversos artigos sobre o assunto.

O clamor dos campineiros pela criação de uma escola de medicina é inflamado com a criação1 de uma Faculdade de Direito subordinada à Universidade de São Paulo (USP), pela Assembleia Legislativa do Estado (Alesp). A mesma lei dá origem à Escola de Engenharia, de São Carlos, às Faculdades de Farmácia e Odontologia, de Bauru e Taubaté, à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, de Limeira, e à Faculdade de Medicina, de Ribeirão Preto. A criação de uma escola de direito é recebida com ironia, quando o que se reivindica é a criação de uma escola de medicina, um tema já em andamento, constante da pauta de discussões da Câmara de Vereadores. A criação da Faculdade de Direito, como tantas leis que se criam no país, não ganha o carisma da população nem a mobilização política necessária para que se viabilize sua instalação, ao passo que o movimento em prol de uma Faculdade de Medicina passa a conquistar cada vez mais força e seguidores, com o apoio estratégico de representantes do poder público. Em 1951, durante uma visita do governador Lucas Nogueira Garcez, o prefeito Miguel Vicente Cury não perde a oportunidade de ressaltar o desejo dos cidadãos campineiros quanto à criação e à instalação de uma Faculdade de Medicina. Por sua vez, o governador, pelo menos em discurso, também não se furta do compromisso de atender ao pedido da população, uma vez que Campinas oferece as condições necessárias para sediar a escola. 1 Lei nº 161, de 24 de setembro de 1948, dispõe sobre a criação de estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior do Estado e dá outras providências.

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C edoc /RAC

O artigo “Campinas Centro de Ensino” é o primeiro artigo do jornalista Luso Ventura sobre a instalação de uma faculdade de medicina em Campinas. Originalmente publicado em 25 de agosto de 1946, o texto é novamente publicado pelo Correio Popular em 21 de março de 1947.

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Enquanto o prefeito da cidade discursa ao governador, a imprensa local dá conta de que o deputado estadual Ruy de Almeida Barbosa, de base campineira, corre nos bastidores para fazer valer o desejo de seus eleitores, encaminhando à Assembleia do Estado um pedido para verificar a possibilidade de criação da escola médica. A mobilização ganha corpo com o Projeto de Lei 200, elaborado pelo deputado, que propõe alterar a lei de criação da Faculdade de Direito, substituindo a redação de seu inciso IV para “Faculdade de Medicina de Campinas”. Mesmo com o parecer contrário da Comissão de Ensino e Regimentos, emitido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) – de que a escola médica sobrecarregaria o orçamento do governo estadual, já comprometido com as Faculdades de Medicina de São Paulo e Ribeirão Preto – finalmente, em junho de 1953, a Lei 2.154 substitui a Faculdade de Direito pela Faculdade de Medicina, subordinada à Universidade de São Paulo. A cidade está em festa, e a imprensa curva-se em agradecimentos ao governador Garcez e ao deputado Ruy de Almeida Barbosa.2 Os dias correm rapidamente e evidenciam, no entanto, que a simples criação da lei não tem força suficiente para tirar a Faculdade de Medicina do papel. Em seu artigo de 29 de novembro, Luso Ventura lembra seus leitores de que a batalha ainda está em curso e que o otimismo em relação à instalação da Faculdade de Medicina naquele ano já não é o mesmo de quando a lei tivera sido aprovada. A vontade política está se esvaziando. Na opinião do jornalista, não basta que a sociedade campineira se desdobre em elogios ao governador, mas que se prontifique a ajudá-lo na instalação do curso, como fizeram os diretores da Santa Casa de Misericórdia, naquele mesmo ano, colocando-se à disposição de Lucas Nogueira para o que fosse necessário ao funcionamento da faculdade. Trata-se de uma instituição de saúde muito tradicional em Campinas, em funcionamento há quase cem anos. 2 Destaca-se no decorrer desse percurso, o parecer favorável à criação da Faculdade, dado pelo deputado Cid Franco, na Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, que corria paralelamente às atividades da Comissão de Ensino e Regimentos do CEE.

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No ano seguinte, Campinas permanece no escuro, sem informações claras quanto à instalação de sua Faculdade de Medicina. Durante uma visita à cidade, apenas o comentário do governador de que a verba necessária para resolver a questão está prevista para o próximo ano. É preciso acelerar o passo e reacender a discussão, considerando que um ano passa rápido demais e que 1955 já não fará parte ao mandato de Lucas Garcez. Oportunamente, seguindo os debates promovidos pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, o Rotary Club e a Sociedade “Amigos da Cidade de Campinas”, nasce em março de 1955, o Conselho das Entidades de Campinas para discutir assuntos de interesse local, cujo objetivo mais urgente é debater e apoiar a instalação da Faculdade de Medicina prometida pelo governador. É dado início a um longo período de movimentação política, que promete se arrastar por intermináveis três anos. Uma das primeiras medidas do Conselho de Entidades é questionar o posicionamento da Comissão de Ensinos e Regimentos da Faculdade de Medicina da USP, que dois anos antes havia se colocado contrária à criação de uma escola médica em Campinas. Entre os líderes mais ávidos em esclarecer a questão, está o presidente do Rotary Club, o otorrinolaringologista Paulo Mangabeira Albernaz, que inicia uma série de alfinetadas públicas contra o então diretor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Zeferino Vaz. Figura influente no estado quanto aos assuntos ligados ao ensino superior, Zeferino é favorável à criação de mais uma faculdade de medicina

no interior do estado, desde que esta finque seus pilares bem longe da capital, por dois motivos principais: evitar um suposto mau comportamento de professores que precisarão deslocar-se entre Campinas e São Paulo, mais preocupados com o relógio do que com o compromisso acadêmico, e favorecer as cidades mais afastadas da capital, estimulando o ingresso de estudantes do interior e o atendimento médico da população da zona rural. A irritação dos campineiros com Zeferino Vaz tem explicação. Está sob a égide da USP, o Conselho Estadual de Ensino Superior3, o principal órgão do governo que autoriza a abertura de novos cursos e faculdades, portanto, uma vez membro deste conselho, é significativo o peso de sua opinião, que tende para a criação de uma faculdade de medicina em Botucatu, ao invés de Campinas. Assim, entre as primeiras propostas do Conselho de Entidades, respaldado pelo discurso inflamado de Paulo Mangabeira Albernaz na imprensa, é “demover” o Conselho Estadual de sua obstinada posição contrária à criação da Faculdade de Medicina em Campinas. − Infelizmente Campinas tem um inimigo acérrimo e, infelizmente para nós, poderoso, no professor Zeferino Vaz − provoca Albernaz, de um lado. − Este médico, que dedicou sua vida à causa veterinária, tem sido e continua sendo o inimigo número um de Campinas − alfineta o deputado Marcondes Filho, de outro.

3 Atual Conselho Estadual de Educação (CEE).

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Iniciado o mandato do governador Jânio Quadros, o movimento pró-faculdade volta a fazer barulho, por meio de seus representantes na imprensa e nas esferas de decisões políticas municipal, estadual e federal. Dentre os esforços políticos para resolver a instalação da faculdade de uma vez por todas, está a proposta do deputado federal Nelson Omegna, presidente da Comissão de Finanças da Câmara, que pretende levantar uma verba orçamentária exclusivamente destinada para esse fim. Ao mesmo tempo, o clima é acirrado na Assembleia Legislativa Estadual, com o respaldo dos deputados Ruy de Almeida Barbosa, Marcondes Filho, Dante Perri e Cid Franco, pressionando para que se cumpra o disposto na lei4, possibilitando a implantação da faculdade criada há dois anos. O ano termina sem grandes avanços. Em 1956, a imprensa volta a agendar o assunto pelas páginas do Correio Popular, do Diário do Povo, do A Defesa e do Correio Paulistano. Na câmara municipal, surge a proposta5 para que Campinas aproveite o prédio da Escola Preparatória de Cadetes para sediar a escola de medicina, ideia essa sugerida no ano anterior pelo deputado federal Nelson Omegna, quando tentava viabilizar a tal da verba orçamentária exclusiva, que, de fato nunca chegou. A movimentação política continua patinando por mais dois anos, sem resultados significativos. Do Palácio dos Campos Elíseos, Jânio Quadros parece indiferente ao barulho produzido em Campinas, apesar das notícias que chegam o tempo todo sobre os encontros do deputado Ruy de Almeida Barbosa com o presidente da República, Juscelino Kubitschek, e com o presidente do Legislativo Federal, Ulisses Guimarães, prometendo apoiar a questão. Aparentemente, o governador está alheio, inclusive, ao quiproquó na Assembleia Legislativa Estadual, com o deputado Marcondes Filho tentando resolver seu desencontro com o então prefeito de Campinas, Ruy Novaes, que prefere ver instalada na Escola Preparatória de Cadetes, a Santa Casa de Misericórdia, ao invés da Faculdade de Medicina. 4 A Lei nº 2.154, de 30 de junho de 1953, altera para “Faculdade de Medicina, em Campinas”, a redação do item IV do artigo 1º da Lei n. 161 de 24.9.48, onde lia-se “Faculdade de Direito, em Campinas”. 5 Do vereador Antonio Rodrigues dos Santos Júnior, durante sessão da câmara municipal.

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A Gazeta, 14 abr. 1959.

Imagens: AC/Siarq/Unicamp

A Gazeta, 10 mar. 1956, p.4.

O otorrinolaringologista Paulo Mangabeira Albernaz inicia uma série de alfinetadas na imprensa contra o então diretor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Zeferino Vaz, que havia se posicionado contra a instalação de uma faculdade de medicina em Campinas.

Correio Popular, 6 de mar. 1956 p.2.

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Diante da pressão que só aumenta, finalmente, em 1958, o governador resolve acalmar os ânimos daqueles que pleiteiam a instalação de escolas médicas em suas cidades. A lista inclui Campinas, Botucatu, Catanduva e São José do Rio Preto. Para isso, monta uma comissão para aferir qual cidade oferece as melhores condições de instalação, considerando que o governo não possui verba suficiente para viabilizar o funcionamento de todas elas de uma vez. Para surpresa de todos, a comissão é encabeçada pelo professor Zeferino Vaz, que, abertamente já havia se posicionado contrário à criação de uma escola tão próxima da capital paulista. No fim do ano, Jânio Quadros dá um passo em direção aos campineiros, recriando a Faculdade de Medicina enquanto instituto isolado de ensino superior6, não mais subordinado à USP. Todavia, a instalação da escola não é resolvida em sua gestão. Uma vez iniciado o governo de Carvalho Pinto, em 1959, o que se vê de concreto é o vento soprar a favor da instalação da escola médica em Botucatu, exatamente como previa o parecer emitido por Zeferino Vaz, quando presidente da Comissão criada por Jânio Quadros. Mais uma vez, é preciso trabalhar arduamente para convencer o novo chefe do executivo de que a causa é justa. É necessário elaborar um relatório substancioso, assinado por 11 entidades, enfatizando as diversas condições favoráveis de Campinas quanto à instalação de uma faculdade de medicina. Aumenta a antipatia dos campineiros em relação ao professor Zeferino Vaz. Quanto mais ele justifica os motivos pelos quais a cidade não oferece condições adequadas para uma escola médica, maior é a desconfiança da sociedade campineira em relação ao seu real interesse e motivação. − Se há dinheiro para dar a Botucatu um instituto de ensino médico, porque desapareceu ele quando se tratava de atender a uma legítima reivindicação da cidade de Barreto Leme? – protesta Luso Ventura.

6 A Lei nº 4.996, de 25 de novembro de 1958, dispõe sobre a criação da Faculdade de Medicina de Campinas e dá outras providências.

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A instalação da Faculdade de Medicina no início da década de 1960 torna-se questão de honra. Assumindo a presidência da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, o patologista Roberto Franco do Amaral faz um apelo para que o Conselho de Entidades retome suas atividades, dando prosseguimento a um novo e intenso período de reivindicação. O oftalmologista Antonio Augusto de Almeida é indicado por ele como representante da luta pela instalação da Faculdade de Medicina e novas entidades aderem ao movimento pró-faculdade, que cresce de 18 para 23 associações de classe. Um organograma é elaborado, e as ações principais passam a ser coordenadas por uma Comissão chefiada pelo próprio Franco do Amaral, o delegado local da Federação das Indústrias do Estado, Eduardo de Barros Pimentel; Ruy Rodrigues, presidente da Associação Comercial e Industrial e Ary de Arruda Veiga, presidente da Associação dos Funcionários Públicos. Doze comissões relacionadas em ordem alfabética, de A a L, são estruturadas para executar as ações propostas. Mais de 80 pessoas estão envolvidas na movimentação política pela faculdade. Destacam-se entre os alvos a ser atingidos pela campanha jornais como A Gazeta, Correio Paulistano, Imprensa Oficial do Estado, Última Hora, O Estado de São Paulo; e autoridades como os diretores da Caixa Federal e do Instituto de Previdência Social, os catedráticos da USP, os deputados da Assembleia Legislativa, o secretário de Agricultura, o secretário da Fazenda, entre outros. − É um anseio justo de todos, principalmente dos médicos que almejam usufruir os benefícios que a vida universitária pode proporcionar. Daqueles que procuram melhorar cada vez mais, sua eficiência profissional, conseguida com tanto sacrifício num país em que o livro é luxo dos maníacos − argumenta o psiquiatra da Santa Casa de Saúde, Roberto da Silveira Pinto de Moura.

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AC/Siarq/Unicamp

O Movimento pró-faculdade de medicina recebe o apoio do arcebispo Dom Paulo de Tarso Campos. A Gazeta, 11 mar. 1961.

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Imagens: AC/Siarq/Unicamp

Logotipo da Campanha Pró-instalação da Faculdade de Medicina. Idealizado por Milton Brescia. Autografado pelo governador Carlos Alberto Carvalho Pinto e pelo membro do Conselho de Entidades, Azael Lobo, a pedido de Roberto Franco do Amaral presente no ato de assinatura da lei que criou a Unicamp. Palácio do Campos Elíseos. São Paulo, SP. Dezembro, 1962. Doação Roberto Franco do Amaral, out. 1997.

Membros da campanha de instalação da faculdade de medicina participam de mesa redonda na sede das Sociedades Reunidas. Em destaque, o deputado Ruy de Almeida Barbosa, autor da primeira lei de criação da faculdade, em 1948. Correio Popular. Campinas, 10 mar. 1961, p. 1.

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O governador Carvalho Pinto não resiste por muito tempo à pressão exercida pelos campineiros. Em 1961, a campanha pró-instalação da Faculdade de Medicina já tinha se espalhado. De seu gabinete, o governador recebe uma enxurrada de cartas e ofícios, enviada por representantes de diversos setores do estado. Em Campinas, além de todas as associações que encabeçam as manifestações, engrossam o movimento entidades como a Cruzada das Senhoras Católicas, o Jóquei Clube, a Liga Campineira de Futebol, o Clube Campineiro de Regatas e Natação e a Associação Atlética Ponte Preta. O movimento estudantil também apoia a causa. O próprio prefeito, Miguel Vicente Cury, e também o seu vice, João de Sousa Coelho, manifestam-se publicamente em relação à reivindicação da escola. Também é evidente o crescimento do respaldo político vindo de cidades da região, entre as quais Amparo, Piracicaba, Sumaré e Jundiaí, e até o arcebispo Dom Paulo de Tarso Campos rejubila-se diante da campanha. − Não posso ser indiferente a qualquer movimento que vise ao bem e ao progresso da cidade de Campinas − enfatiza Dom Paulo. De posse de um memorial descritivo elaborado pelo Conselho de Entidades, fica cada vez mais difícil sustentar às manifestações contrárias à instalação da Faculdade. O documento apresenta dados relativos à insuficiência de médicos e de escolas de medicina no país, no estado e também na região de Campinas. E, em contrapartida, demonstra as conveniências da cidade quanto a sua localização geográfica, seu desenvolvimento econômico, industrial e urbano, e sua própria infraestrutura na área da saúde. Campinas conta com 18 hospitais, 256 médicos, 1.779 leitos, 20 ambulatórios, 68 farmácias, um pronto-socorro municipal e dez unidades sanitárias. Como explicar o fato de uma cidade deste porte ainda não possuir sua própria escola de medicina? Antes de tomar a decisão final, no entanto, o governador consulta o deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Abreu Sodré, e os membros da Comissão Parlamentar Especial, chefiada desta vez por Ulhôa Cintra (reitor da USP) ao invés de Zeferino Vaz. 30 | A campanha para a instalação da Faculdade de Medicina em Campinas

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− Só posso decidir desse melindroso assunto com o parecer da comissão competente − pondera o governador.

Aumenta a pressão dos campineiros para a criação da Faculdade de Medicina. De seu gabinete, o governador recebe uma

Do Congresso Nacional, surge a motivação que faltava, com a proposta do presidente Juscelino Kubitschek de criar uma faculdade federal de medicina em terras campineiras. Carvalho Pinto então decide sair na dianteira. No penúltimo mês do ano, a imprensa antecipa o feliz desfecho da campanha: tomando por base o relatório de Ulhôa Cintra, é favorável a decisão governador em relação à instalação da Faculdade de Medicina, em Campinas e Botucatu. A Faculdade será instalada em 1963, depois de viabilizadas as condições mínimas de infraestrutura para seu funcionamento. Outro ponto importante levantando pelos veículos de comunicação é o fato de que a Faculdade de Medicina de Campinas fará parte de um núcleo universitário, deixando de ser, com isso, um instituto isolado de ensino superior, como determinava a lei promulgada em 1958 por Jânio Quadros. Tem sido comum a incorporação de institutos isolados pelas

enxurrada de cartas e ofícios, enviada por representantes de diversos setores do estado. Última Hora, 18 abr. 1961.

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universidades, numa tentativa de acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico pelo qual o país vem passando. É grande a pressão exercida sobre o Grupo de Trabalho designado por Ulhôa Cintra para estudar o local de instalação do Núcleo Universitário. Fazem parte do grupo, o professor Cantídio de Moura Campos – nomeado, em 1958, para o cargo de diretor pro tempore da Faculdade de Medicina de Campinas – o médico Isaías Raw e o zoólogo Paulo Emílio Vanzolini, todos docentes da USP. Em julho, o próprio Carvalho Pinto submete na Assembleia Legislativa o projeto de lei para criar a Universidade de Campinas como órgão autárquico, incluindo a Faculdade de Medicina criada pelas leis de 1953 e 1958. O texto também relaciona as Faculdades de Ciências, Odontologia e Química Industrial e os Institutos de Ensino de Morfologia, Física, Química, Matemática e Biologia. Ao final de seu mandato, mesmo sem contar com a infraestrutura para o funcionamento da Faculdade de Medicina, o governador atende ao apelo dos campineiros e sanciona a lei de criação da Universidade de Campinas7, que agora passa a contar com personalidade jurídica e patrimônio próprio. De volta ao poder em 1963, o governador Adhemar de Barros tem pela frente a missão de conduzir a instalação da Universidade de Campinas, que apesar de já contar com a Faculdade de Medicina, ainda não possui local para o início de suas atividades.

7 A Lei nº 7.655, de 28 de dezembro de 1962, dispõe sobre a criação da Universidade de Campinas como entidade autárquica e dá outras providências.

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O início das atividades

Depois de quase três décadas brigando para ver instalada a Faculdade de Medicina, Campinas observa o nascimento da Universidade de Campinas em 1963. O professor Cantídio de Moura Campos, ex-diretor pro tempore da Faculdade de Medicina, assume a reitoria da Universidade. Destacam-se entre as primeiras ações de sua gestão, a contratação do professor Walter August Hadler para ocupar a Cadeira de Histologia e Embriologia, e a nomeação do oftalmologista Antonio Augusto de Almeida, do Instituto Penido Burnier e vicediretor da Maternidade de Campinas, para o cargo de diretor da Faculdade de Medicina. Cabe a esta pequena equipe providenciar o local de instalação da Faculdade de Medicina e os meios necessários para seu funcionamento. Isso

inclui, além da aquisição da infraestrutura física adequada, a seleção de professores capacitados, a contratação de funcionários administrativos e a realização do primeiro vestibular. Tudo providenciado em um prazo recorde de poucos meses para que seja cumprido o que determina a lei: a Faculdade de Medicina deve entrar em funcionamento em janeiro. A sede para abrigar a reitoria da Universidade de Campinas e sua Faculdade de Medicina é definida como prioridade máxima. Apesar de o Conselho de Entidades ressaltar todas as qualidades de Campinas para receber uma escola médica, é bem verdade que a cidade ainda não conta com a infraestrutura adequada para instalar uma universidade tão rapidamente. Várias são as alternativas

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Mesmo sem concluir a contratação do quadro docente para as demais disciplinas do curso básico de medicina, e sem planejar as outras unidades de ensino e institutos, a Universidade de Campinas realiza o seu primeiro vestibular no mês de abril, superando a expectativa de seus organizadores quanto ao número de participantes. São quase 1.600 candidatos inscritos para disputar as 50 vagas disponibilizadas na medicina. No mês seguinte, em 20 de maio, selecionados os 50 primeiros alunos, é realizada a aula inaugural da Universidade de Campinas no Teatro Municipal Carlos Gomes. A aula é proferida pelo professor Ulhôa Cintra, reitor da USP, na presença do reitor da Universidade de Campinas, Cantídio de Moura Campos, do diretor da Faculdade de Medicina, Antonio Augusto de Almeida, dos membros do Conselho de Curadores e demais convidados. Em seguida, nas instalações provisórias da Maternidade, é realizada a primeira aula de Histologia do curso de Medicina, ministrada pelo professor Walter Hadler. Apesar de coroar todo um período de intensa movimentação política, o início das atividades da Universidade de Campinas não significa o fim de um ciclo, mas o início de outro. Oito meses depois de voltar ao poder, o governador Adhemar de Barros substitui o reitor Cantídio de Moura Campos por um de seus correligionários, o cirurgião vascular Mário Degni. Dando prosseguimento ao projeto de seu antecessor, não agrada ao governador a situação irregular em que o núcleo universitário se encontra, funcionando com uma única faculdade, quando a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação conceitua o termo universidade como a reunião de cinco ou mais estabelecimentos de ensino superior.

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Maternidade de Campinas. Da antiga sede, localizada na Av. Andrade Neves, para a sede atual, junto Ă Av. Orosimbo Maia.

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É evidente para ele que a Universidade de Campinas não passa de mera ficção, conforme demonstra com o parecer emitido pelo Conselho Estadual de Educação. São duras as críticas do parecerista Honório Monteiro3 em relação ao funcionamento da Faculdade de Medicina, que afirma desconhecer em quais condições aconteceu o vestibular da escola e como teria ocorrido a escolha de seus professores. É inadmissível, portanto, que uma faculdade subordinada a um conselho de curadores de uma universidade que não existe desconsidere as determinações do Conselho Estadual de Educação e da Câmara de Ensino Superior. Paralelamente, um movimento de estudantes apresenta sua insatisfação quanto aos rumos do processo de instalação e pressiona por mudanças, denunciando várias irregularidades administrativas. − Essa universidade não existe. Está em situação absolutamente irregular! – constata Monteiro. Ele sugere ao governador a constituição de uma Comissão Especial para inspecionar a Faculdade de Medicina e averiguar o que lá tem sido feito. Uma nova batalha é iniciada. É preciso forte apelo dos políticos campineiros e do próprio vice-governador, Laudo Natel, para evitar que a Universidade de Campinas seja extinta e que, como consequência, a Faculdade de Medicina retorne à condição de instituto isolado de ensino superior. − Tivemos que ouvir do senhor governador Adhemar de Barros que ele só não fecha a Faculdade de Medicina porque esse é o desejo da esposa dele – protesta inconformado o professor Hadler.

3 O professor de Direito da Universidade de São Paulo, Honório Monteiro, também foi ministro do Trabalho durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra.

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Aula solene inaugural de instalação da Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas, realizada em 20 de maio de 1963, no Teatro Municipal Carlos Gomes. No destaque, o professor Cantídio de Moura Campos, 1º reitor da Universidade, lendo o discurso de abertura

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da cerimônia.

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A Santa Casa de Misericórdia de Campinas abriga a Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas pelo período de 1965 a 1985.

O novo parecer do Conselho Estadual de Educação – desta vez assinado por Esther de Figueiredo Ferraz4 – recomenda que seja criada uma comissão organizadora para conduzir rapidamente o processo de planejamento e formação dos institutos e faculdades da universidade. E não apenas isso, que se extinga o cargo do reitor Mario Degni, pois já não faz sentido sua presença em uma universidade ainda em estágio inicial de formação. Deve assumir o seu lugar, o presidente da comissão organizadora, de reconhecida experiência no campo da administração de ensino superior. − O presidente da referida comissão, deve ser alguém sem compromissos com a situação anterior, para que possa desembaraçadamente realizar o programa traçado – estipula o parecer. 4 A professora de Direito da Universidade de São Paulo, Esther de Figueiredo Ferraz, também foi diretora de Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura, durante o governo do presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.

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Fragmento do contrato de locação firmado entre Santa Casa de Misericórdia de Campinas e a Universidade Estadual de Campinas - 1 jan. 1965.

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Em setembro de 1965, Adhemar de Barros decreta5 a criação da Comissão Organizadora da Universidade de Campinas, encabeçada pelo professor Zeferino Vaz, velho conhecido dos campineiros. Fazem parte da Comissão Paulo Gomes Romeo, de Ribeirão Preto – braço direito de Zeferino Vaz – e o diretor da Faculdade de Medicina, Antonio Augusto de Almeida. Zeferino assume a presidência da comissão para surpresa de muitos campineiros, que até então o consideravam inimigo número um da causa “Faculdade de Medicina”. Para que isso fosse possível, foram necessárias várias reuniões e apelos de alguns professores da medicina para convencê-lo a aceitar o desafio de fazer girar o motor da recém-criada Universidade de Campinas. Lembra o engenheiro Eduardo Barros Pimentel que o professor Zeferino estava receoso em aparecer em Campinas, depois de ter causado tantos dissabores quando se posicionou contra a instalação da faculdade. − Pode ficar tranquilo, porque vou dizer que fui eu quem veio até São Paulo convidá-lo.

5 O Decreto nº 45.220, de 9 de setembro de 1965, dispõe sobre a criação da Comissão Organizadora de Campinas e dá outras providências.

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Ainda que Zeferino Vaz não seja querido por todos, devido aos embates de 1959, é evidente seu prestígio no meio universitário e sua influência política nas esferas de poder, que não sofreu nenhum abalo, mesmo em tempos de ditadura militar. Ele conhece o caminho e as pessoas exatas para quem deve submeter os ofícios que precisa. Em outubro, ele encaminha um ofício ao presidente do Conselho Estadual de Educação, Oswaldo Müller da Silva, para que seja dado prosseguimento ao convênio com a Santa Casa de Misericórdia de Campinas – proposto ainda durante a gestão do reitor Mário Degni – para que a Faculdade de Medicina desenvolva as atividades clínicas nas dependências daquele hospital, considerando que o preço do leito-dia é bastante “razoável”. Na sequência, o professor Zeferino pede para que a Secretaria de Estado dos Negócios da Economia e Planejamento libere 200 milhões de cruzeiros, já que a Faculdade de Medicina não possui nem laboratórios e nem mesmo hospital para iniciar o terceiro ano. Tudo é muito lento, e a angústia dos estudantes, até então sem uma área de treinamento clínico, aumenta gradativamente.

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A Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas

Cansados diante de tanta indefinição, os estudantes da Faculdade de Medicina declaram greve simbólica. Em assembleia organizada pelo Centro Acadêmico, decidem por uma passeata silenciosa nas ruas centrais da cidade, em protesto por continuarem a ocupar as instalações precárias da Maternidade de Campinas, cujo contrato de aluguel há muito tempo tinha vencido. Um ano antes, ainda no segundo ano de curso, eles já haviam enfrentado a suspensão das aulas para que se completasse a instalação e a montagem dos equipamentos. Agora, além de não contar com um hospital, eles precisam administrar a pressão exercida pelos dirigentes da Maternidade, que cobram a saída imediata da faculdade de medicina de suas instalações. − Com a desocupação das áreas cedidas à Faculdade de Medicina, cujo despejo está marcado para o ano corrente, será possível prosseguir na complementação das obras1 − relata Roberto Franco do Amaral, no segundo ano de seu mandato como presidente da Maternidade de Campinas. 1 (LIMA, 2003)

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Após muita luta, finalmente o convênio com a Santa Casa de Campinas entra em vigor e, em instalações improvisadas, são iniciadas as cadeiras clínicas. Com o passar do tempo, várias reformas e ampliações são realizadas, principalmente a construção de mezaninos. Várias casas no entorno são alugadas. A Santa Casa transforma-se em uma ilha rodeada pelos diversos núcleos da Faculdade de Medicina.

Sem sede definitiva, os alunos da Faculdade de Medicina organizam passeata para reivindicar um local definitivo para a instalação do campus universitário.

− Isso aqui está um horror. Dois andares estão virando quatro. É mezanino em cima de mezanino. Estamos olhando os pacientes do alto − exclama um dos alunos. − Está parecendo uma metástase − ironiza outro. Durante muitos anos, a Santa Casa serve aos propósitos da faculdade. Muitas turmas se formam em suas dependências, sempre com a expectativa de uma sede definitiva. A partir de determinado momento, percebe-se que sem uma nova sede será impossível seguir adiante. As instalações não irão comportar a demanda, e será necessário não só uma nova sede para a escola médica, como também um espaço para instalar a universidade. FCM-Unicamp | 50 Anos | 51

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L ivio Nanni/Acervo Pessoal

Diante da sensação de estagnação, os estudantes enchem um caminhão com resto de materiais de construção e partem para a Fazenda Santa Cândida, do fazendeiro Caio Pinto Guimarães, que já havia manifestado intenção de doar parte dos alqueires para construir a universidade. Eles empilham várias pedras, erguendo um paredão.

Estudantes do Centro Acadêmico Adolfo Lutz, em Assembleia.

− Queremos um teto! Para onde vamos? – protestam. A cada dia surgem novas propostas de espaços para alocar a Universidade de Campinas. Da sala 207, localizada no segundo andar da Maternidade, o professor Zeferino Vaz cobra do governo e da sociedade campineira, uma área adequada para a instalação do complexo. De setembro de 1965 a junho de 1966, a Comissão Organizadora da Universidade de Campinas trabalha em regime de urgência e de intensa dedicação. Liderada pela influência de Zeferino Vaz, FCM-Unicamp | 50 Anos | 53

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o grupo consegue mobilizar, tanto do governo de Adhemar de Barros quanto do governo Laudo Natel, as condições necessárias para a implantação do novo campus. Vários equipamentos importados e também livros e revistas científicas são adquiridos para a Faculdade de Medicina. Do palácio dos azulejos, sede do Departamento Municipal de Água e Esgoto, mais uma vez instalado em uma sala emprestada, o professor Zeferino começa a delinear o novo campus da Universidade. Exatamente ali, no cruzamento da Ferreira Penteado com a Regente Feijó, começa a ser planejada a construção e a transferência das demais faculdades e institutos para uma área de trinta alqueires, doada pelo banqueiro e fazendeiro João Ademar de Almeida Prado. Até então, Zeferino já havia recusado outras duas ofertas: a do fazendeiro Caio Pinto, com a Fazenda Santa Cândida; e a área de treze alqueires da Chácara Taquaral, pertencente ao Instituto Brasileiro do Café. Novamente, o prestígio político de Zeferino Vaz é evidenciado, e em pouco tempo, ele consegue arrancar do governador Laudo Natel, além de uma nova gleba2 para instalar a Universidade de Campinas, uma verba somada em 606 milhões de cruzeiros para dar início às construções. Antes de fazer valer a Universidade em termos de estrutura física, no entanto, é preciso ajustar o seu funcionamento de acordo com as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e resolver

2 A área é desapropriada pelo Governo Estadual pelo valor simbólico de 1 cruzeiro, com a concordância de seu fazendeiro, João Ademar de Almeida Prado.

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aquela antiga questão de a Universidade de Campinas contar apenas com uma única faculdade. Nesse sentido, a Comissão Organizadora incorpora a Faculdade de Engenharia Civil de Limeira, a Faculdade de Odontologia de Piracicaba e a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro. A partir de 1967, com a Faculdade de Medicina e a Faculdade de Engenharia de Campinas, essas faculdades dão consistência à Universidade, cumprindo na íntegra o que determina a LDB em seu artigo 79: as universidades constituem-se pela reunião, sob administração comum, de cinco ou mais estabelecimentos de ensino superior. Para Zeferino Vaz, uma universidade não se faz apenas com livros, prédios e equipamentos. Focado em seu projeto, ele começa a reunir um seleto corpo docente, formado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Além de repatriar uma centena de profissionais brasileiros que ocupam altas posições em universidades e empresas do porte da Bell Telephone e General Eletric, ele contrata uma boa leva de pesquisadores estrangeiros do mais alto nível, e de diversas partes do mundo. − É inútil fazer edifícios, é inútil comprar equipamentos, é inútil montar bibliotecas quando não se dispõe de cérebros capazes de utilizar os instrumentos científicos, de ler revistas e livros e encontrar neles sugestões para desenvolver tecnologia3 − afirma categórico.

3 (Jornal de Tecnologia e Ciência, abr. 1978)

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O professor Zeferino Vaz fala sobre o campus da Unicamp que será construído em Barão Geraldo, durante aula inaugural para todos os cursos, realizada em março de 1971, no Cine Ouro Verde.

O projeto arquitetônico é outro ponto que recebe atenção especial da Comissão Organizadora, principalmente de seu presidente Zeferino Vaz que todas as terças-feiras faz questão de contar seus planos aos companheiros de trabalho, Antonio Augusto de Almeida e Paulo Gomes Romeo. Para ele, o projeto arquitetônico da Universidade de Campinas deve refletir a integração das ciências e dos ideais universitários, sem deixar de considerar a demanda imposta pelas necessidades socioeconômicas. − Não há lugar para ostentação de fachadas imponentes, nem luxo de áreas perdidas de construção − enfatiza. − Haverá uma praça central em torno da qual serão distribuídos todos os institutos e faculdades da Universidade. A ideia do professor Zeferino é estimular a convivência de professores e alunos − explica o professor Walter Hadler.

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1968. Primeiro logotipo do curso de graduação em Medicina, estampado no convite de formatura da Turma I.

A partir de 1969, a Universidade de Campinas passa a se chamar Universida-

No dia 5 de outubro, na presença de diversas autoridades, incluindo o presidente da República, general Castelo Branco, e o governador do Estado de São Paulo, Laudo Natel, é lançada a pedra fundamental da Universidade de Campinas. Em dezembro, o Conselho Estadual de Educação aprova o relatório da Comissão Organizadora, autorizando a instalação e o funcionamento da Universidade4. Nesse mesmo mês, o governador extingue a Comissão Organizadora e nomeia Zeferino Vaz como o terceiro reitor da Universidade de Campinas. Em 1968 a Faculdade de Medicina forma a sua primeira turma. O curso continua a funcionar na Santa Casa de Misericórdia enquanto aguarda a transferência da universidade para o seu campus definitivo, em Barão Geraldo. A partir de 1969, a Universidade de Campinas passa a ser denominada Universidade Estadual de Campinas e Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências Médicas5. O Departamento de Farmacologia é o último a deixar a Maternidade, em 1970. Durante a formatura da primeira turma da Faculdade de Medicina, o discurso emocionado do diretor Antonio Augusto de Almeida encerra um período de intensa luta e movimentação política, 22 anos depois de publicado o primeiro artigo na imprensa pelo jornalista Luso Ventura.

de Estadual de Campinas.

− Todos estes dissabores, desgostos, aflições e dores, como é na vida comum, serão compensados pelas satisfações plenas e pelas horas sublimes que ireis ter (...) Ao virdes o braço estendido de uma criança, o sorriso ou a bênção de uma mãe, o abraço de um pai estareis compensados dos sofrimentos que a profissão vos impõe. 4 São criados oito institutos: Biologia; Física; Química; Matemática, Estatística e Ciência da Computação; Filosofi a e Ciências Humanas; Artes; Letras e de Geociências. As Faculdades também eram oito: Faculdade de Ciências Médicas; Faculdade de Tecnologia de Alimentos; Faculdade de Engenharia de Campinas; Faculdade de Tecnologia Química; Faculdade de Agronomia; Faculdade de Educação; Faculdade de Odontologia de Piracicaba e Faculdade de Engenharia de Limeira. Inicialmente são constituídos 29 cursos de graduação. Cabe destacar que foi abandonada a ideia do Instituto Central de Ciências, expressa no Relatório da Comissão Organizadora e que seria o responsável pela pesquisa e ensino fundamental de todas as áreas visando à integração entre elas. (MENEGHEL, 1994). 5 O Decreto 52.255, de 30 de julho de 1969, baixa os Estatutos da Universidade Estadual de Campinas. A Faculdade de Medicina passa a ser denominada Faculdade de Ciências Médicas, e Universidade de Campinas, é batizada como Universidade Estadual de Campinas.

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Um pouco de Antônio Augusto “Não era homem de expandir seus sofrimentos e suas mágoas, assim exacerbados pelo mutismo em que os enclausurava. A única compensação era entregar-se infatigavelmente ao trabalho e perseguir, com obstinação, as metas visadas das quais não se desviava. Não gostava de conselhos ou advertências e, menos ainda, de críticas à sua conduta nas diversificadas esferas de atividades a que fora conduzido (...)” Prefácio extraído da Revista Arquivos do Instituto Penido Burnier, v.21, fascículo único, jun.1975, p.7-8. FCM-Unicamp | 50 Anos | 59

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Relatório da Comissão Organizadora da Universidade de Campinas, enviado ao Conselho Estadual de Educação. Manuscrito de Zeferino Vaz, presidente da Comissão Organizadora. Campinas (SP), 1966.

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Ata de lanรงamento da pedra fundamental da Universidade de Campinas. FCM-Unicamp | 50 Anos | 63

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A história dos departamentos

Apesar de tantas incertezas quanto ao futuro da Universidade de Campinas e do próprio país, diante da instabilidade política e social, a Faculdade de Medicina começa a estruturar seu quadro docente ainda em 1963, com a contratação de professores para as cadeiras básicas do curso, constituídas pela Histologia, pela Genética e Bioestatística, pela Anatomia, pela Bioquímica, pela Fisiologia, pela Farmacologia, pela Microbiologia e pela Parasitologia. São implantados os departamentos de Genética Médica (1963) e Farmacologia (1964). Inicialmente, ainda espremidos nos corredores da Maternidade de Campinas, 177 estudantes assistem à instalação das cadeiras de Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Medicina Preventiva e Social1 e Anatomia Patológica. Depois de firmado o Convênio com a Santa Casa de Misericórdia, novas cadeiras são instaladas, expandindo os serviços assistenciais. São criados os departamentos de Neurologia (1966), Pediatria (1966), Psicologia Médica e Psiquiatria (1966), Tocoginecologia (1966), Ortopedia e Traumatologia (1967), Oftalmologia e Otorrinolaringologia (1968), e Cirurgia (1972). O período inicial do curso é marcado pela boa vontade e pelo improviso. Em verdade, mesmo com a oferta variada de disciplinas, a maioria ainda desconfia que o currículo proposto não seja o mais planejado, mas apenas o possível, dadas as condições. Para boa parcela dos alunos, as disciplinas são oferecidas à medida que a 1 Atual Departamento de Saúde Coletiva.

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faculdade consegue contratar novos professores. Na prática, o que se observa é a repetição do que é feito em outras escolas, principalmente na USP. A contratação docente atrai muitos médicos da cidade, que veem na nova escola a oportunidade de constituir, em tempo parcial, uma carreira paralela às atividades profissionais particulares. Sentados à sombra da jabuticabeira no pátio da Santa Casa, esperando pelo início das aulas, alguns estudantes afirmam que seus professores atrasam constantemente devido às consultas realizadas em seus consultórios privados. − Às vezes ficamos aqui de duas até três horas esperando por eles – afirma um discente. Muitos médicos e professores, aliás, são questionados pelos estudantes do Centro Acadêmico sobre a real motivação em participar dos concursos. − O senhor vem mesmo ou está aqui só para prestar o concurso e melhorar seu currículo? – contesta outro aluno. A novíssima escola médica de Campinas é uma oportunidade desafiadora. Nela, tudo acontece de forma simultânea. A organização

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das disciplinas, a chegada de novos professores, a constituição dos departamentos e a própria discussão do currículo ainda em construção. Seguir em frente com um perfil de formação mais voltado ao mercado de trabalho ou incorporar novas visões? Perguntas assim surgem o tempo todo nesse período, refletindo as incertezas e as expectativas de um curso ainda no início de seu funcionamento. A lucidez e a visão humanística do professor Zeferino Vaz, atreladas a sua destreza política, começam a impulsionar as atividades de pesquisa e pós-graduação em toda a universidade. Em 1975, seguindo à expansão da universidade, é lançada a pedra fundamental do Hospital de Clínicas no campus de Barão Geraldo. Em 1979, com a conclusão da primeira etapa das obras de construção, os ambulatórios da FCM começam a ser transferidos da Santa Casa para a nova unidade hospitalar. Nessa época, o campus da Unicamp ainda é caracterizado pelo seu aspecto rural e o HC é instalado em meio a avenidas desertas, rodeadas pelos extensos canaviais da Fazenda Santa Genebra. Na sequência, nascem os departamentos de Anestesiologia (1979), Enfermagem (1981) e Patologia Clínica (1982). Em 10 de outubro de 1985, o convênio mantido com a Santa Casa de Misericórdia é cancelado, e o HC inaugura o primeiro leito do hospital na Enfermaria Geral de Adultos. Em dezembro daquele

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ano, é realizada a primeira cirurgia do hospital, conduzida pelos professores Luiz Sérgio Leonardi, Mário Mantovani e Álvaro B. Eugênio. Algumas enfermarias ainda permanecem na Santa Casa e só são transferidas para o HC no início do ano seguinte. Em março de 1986, a FCM é finalmente transferida para o campus de Barão Geraldo com todos os seus departamentos. Na mesma época são inaugurados o HC e o Caism2. Instalada em um bloco de três andares, em uma área aproximada de 1.200m², a novíssima sede da Faculdade de Ciências Médicas abriga a diretoria e as áreas administrativas, incluindo as comissões de Graduação, Pós-Graduação, Residência Médica, Pesquisa, Informática e de Contratos de Docentes. Com o decorrer dos anos, a estrutura dos departamentos vai sendo alterada. Na trajetória, o Departamento de Medicina Legal é extinto, o de Medicina Preventiva e Social passa a se chamar Saúde Coletiva, e são criados os departamentos de Radiologia (1992) e de Desenvolvimento Humano e Reabilitação (2009). Cada setor carrega uma história em particular que narra as dificuldades de instalação, os desafios enfrentados, os avanços conquistados e a contribuição inestimável de todos os alunos, docentes e funcionários que por eles passaram.

2 Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher Prof. Dr. Aristodemo Pinotti.

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A genética médica

1963

A ideia do primeiro diretor da Faculdade de Medicina é, no mínimo, audaciosa. Quem investiria em uma área do conhecimento tão cheia de mistérios como é a dos estudos genéticos em meados da década de 1960? − A genética promete desempenhar para a ciência biomédica o mesmo papel que a teoria atômica desempenha para a física e a química − vislumbra o professor Antonio Augusto de Almeida. Comentam que a sua ousadia pode ser explicada, em grande parte, pela própria formação, já que os oftalmologistas costumam lidar com numerosas doenças hereditárias. Justificativas à parte, nem mesmo os geneticistas dessa época se arriscam em uma iniciativa tão ousada: fundar, em agosto de 1963, o primeiro Departamento de Genética Médica (DGM) da América Latina.

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Ainda muito jovem, aos 31 anos, Beiguelman desponta entre os melhores pesquisadores do Brasil nos estudos do genoma humano. Numa época em que a genética da suscetibilidade às moléstias infecciosas no homem ainda não é o que se pode chamar de assunto ortodoxo, suas pesquisas relativas ao componente hereditário humano da suscetibilidade à infecção pelo Mycobacterium leprae ganham destaque ao lado do pesquisador inglês G. Spickett. O trabalho é desafiador, tanto no que diz respeito às inovações científicas da própria área de atuação do departamento, quanto às dificuldades de infraestrutura oferecidas pela Santa Casa de Misericórdia. − Apesar de improvisada, a instalação é muito eficiente e oferece poucos riscos de contaminação. Os gabinetes de trabalho não são de todo ruim. Pelo menos são amplos e ventilados – observa o professor Beiguelman, otimista. Para Beiguelman, a situação é um pouco mais complicada nos laboratórios instalados nos andares inferiores do prédio. O piso é rústico, revestido apenas por uma massa grossa, e gera muita poeira. A câmara de cultura de tecidos não é lá essas coisas, mas funciona milagrosamente, mesmo improvisada com tábuas, tela fina metálica tapando as entradas de ar e lâmpada ultravioleta. O apoio do Instituto Penido Burnier para que os estudantes do primeiro ano cursem as aulas práticas de Genética Médica no Laboratório do pesquisador José Monteiro Salles é de grande valia. E o respaldo da Organização Mundial de Saúde e da recém-criada Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para que não faltem recursos é essencial. A cada dia cientistas de outras instituições sentem-se motivados em apoiar o coordenador Beiguelman: em São Paulo, o médico Murilo Pacca de Azevedo, do Departamento de Profilaxia da Lepra, dá acesso total aos sanatórios e dispensários; e em Campinas, Reynaldo Quagliato permite que o seu valioso arquivo de pacientes seja consultado.

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Todos trabalham com afinco. A dedicação nesse período é quase fanática, com trabalhos virando noite adentro. Logo o Departamento de Genética Médica começa a colher os frutos de tantos esforços. Uma unidade de citogenética é implantada e começa a ser estudado o comportamento dos macrófagos na hanseníase. As primeiras pesquisas são iniciadas mesmo diante das dificuldades. É preciso fabricar os próprios meios de cultura e solicitar à USP a adaptação da vidraria necessária ao desenvolvimento dos trabalhos. Em 1966, o setor presta consultoria à Organização Mundial de Saúde, em Genebra, e inicia sua participação em congressos internacionais, como os de Leprologia, Genética Humana e Processo Mutacional. Quando é transferido para o novo campus da Unicamp o Departamento de Genética Médica é inicialmente instalado no Instituto de Biologia. Em meados de 1969, já com a colaboração do então interno, monitor e futuro professor Walter Pinto Júnior, é fundado o primeiro Ambulatório de Doenças Genéticas do Brasil. Depois disso, outros ambulatórios especializados de genética são criados até atingirem a conformação atual. No fim da década de 1980, o DGM transfere-se para o segundo andar do Hospital de Clínicas e, mais adiante, para o prédio da FCM.

2013

Atualmente, o Departamento de Genética Médica está organizado nas disciplinas de Genética Médica e Genética Clínica. O setor funciona no primeiro andar da FCM e conta com salas para docentes, secretarias e sala de aula. No local também estão instalados os laboratórios de Citogenética Humana, Genética Molecular, Zebrafish e Bioinformática. A área conta com nove docentes e um médico-assistente, atuando no ensino de graduação, pós-graduação, residência médica e pesquisa. Além disso, o DGM compreende o Serviço de Genética Perinatal e o Sistema de Informação sobre Agentes Teratogênicos, localizados no Centro de Assistência Integrada à Saúde da Mulher (Caism).

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A intensa interação da Genética Médica com outros departamentos da FCM reflete o caráter multidisciplinar da própria área do conhecimento que é a genética médica, com professores desenvolvendo diversos trabalhos em colaboração com a neurologia, a pediatria, a psiquiatria, entre outras. − Os docentes do departamento também participam e coordenam vários projetos colaborativos, nacionais e internacionais – lembra a professora Íscia Lopes Cendes, atual coordenadora do departamento. De fato, são vários os exemplos de cooperação, entre os quais o Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre os Distúrbios da Diferenciação Sexual (Giedds), do qual participam as professoras, Andrea Trevas Maciel Guerra e Antônia Paulo Marques de Faria; o projeto Crânio-Face, coordenado pela professora Vera Lopes e o projeto EpiMiRNA, de colaboração internacional, que tem a participação do grupo da neurogenética. Aprovado recentemente pela Fapesp, o Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) em Neurociência e Neurotecnologia também conta com a participação da Claudia Morelli e da professora Íscia. Em futuro próximo, o Departamento de Genética Médica deve implantar novas áreas que têm sido desenvolvidas nos últimos anos dentro da genética médica, entre elas as de citogenética molecular e citogenômica e bioinformática.

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Imagens: CMA/FCM/Unicamp

Aula inaugural proferida pelo Dr. José Reis na Universidade Estadual de Campinas, a convite do Prof. Dr. Bernardo Beiguelman.

Aspecto do primeiro Laboratório de Genética Médica da Universidade Estadual de Campinas. M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/ U nicamp

Prof. Dr. Bernardo Beiguelman no Laboratório de Genética Médica.

Sede atual do Departamento de Genética Homenagem ao Prof. Dr. Beinguelman pelos 25 anos da Genética Médica.

Médica, localizada no prédio FCM 1. FCM-Unicamp | 50 Anos | 75

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A farmacologia

1964

O Departamento de Farmacologia é oficialmente implantado em abril de 1964, no segundo andar da Maternidade de Campinas. Assume a chefia do departamento, o professor Oswaldo Vital Brazil, ex-assistente do Departamento de Farmacologia da Universidade de São Paulo, chefiado pelo professor Charles Corbett. Oswaldo é filho do médico higienista Vital Brazil1, e vem para o cargo por indicação do colega uspiano, Armando Otávio Ramos, que havia sido a primeira opção do professor Corbett para ocupar a vaga em Campinas. Mesmo com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), logo nos instantes iniciais do departamento, por vezes é inevitável tomar emprestado os equipamentos de outras universidades, repetindo uma prática bastante comum de outros departamentos nos primeiros anos da Faculdade de Medicina. “Há quem critique a Farmacologia pela sua falta de previsibilidade” assume o professor Vital, pois enquanto ele solicita apenas duas caixas de material importado, outros setores pedem doze.

1 Fundador do Instituto Butantan, em São Paulo, e do Instituto Vital Brazil, no Rio de Janeiro.

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De início, as aulas práticas da Farmacologia recebem até oito estudantes por sessão e são desafiadoras, na medida em que estimulam os alunos a refletirem sobre as diferentes reações provocadas pelas drogas administradas nos pacientes. Apesar do sucesso junto aos estudantes, as exposições são objeto de muitas controvérsias: − A Associação Protetora dos Animais, por exemplo, quer que façamos apenas simulações – conta a professora Júlia. A colaboração de renomados profissionais acompanha toda a trajetória da Farmacologia. Em 1967, a equipe recebe o reforço da naturalista Léa Rodrigues Simione. Em 1971, é a vez do veterinário, Urbano M. F. Meirelles, integrar o grupo. O farmacêutico bioquímico, Marcos Dias Fontana, chega em 1972. Em 1978, a professora Gun B.B. Mendes; em 1979, Albetiza Lôbo de Araújo; em 1982, Nancy Airoldi Teixeira e Maria Helena Hunziker; em 1983, Glaci Ribeiro da Silva; em 1985, Sérgio de Moraes; em 1987, Gilberto de Nucci; em 1989, Carlos Alberto Flores e Edson Antunes; em 1990, Mary L. de Souza Queiróz; e, mais adiante, André Almeida Schenka, Heitor Moreno Júnior, Fabíola Taufic Mônica Iglesias, Gabriel Forato Anhe, Sisi Marcondes Paschoal e Stephen Hyslop.

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L ivio Nanni/Acervo Pessoal

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No início das atividades do Departamento de Farmacologia, a Associação Protetora dos Animais solicita que as aulas práticas apenas simulem a reação dos medicamentos.

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2013

O Departamento de Farmacologia conta na atualidade com nove docentes no quadro4, com especialistas das áreas médica, biológica, bioquímica e farmacêutica. No ensino, a Farmacologia insere-se nos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem e Farmácia. Este último é administrado por três unidades – a FCM, o Instituto de Biologia (IB) e o Instituto de Química (IQ), com a participação do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, sendo a sua coordenação revezada a cada dois anos entre a FCM, o IB e o IQ. Atualmente, o curso de Farmácia está sob a coordenação do IB, sendo o professor Stephen Hyslop o coordenador associado. − Desde o início, o Departamento esteve envolvido na criação e desenvolvimento do curso de Farmácia, em 2004 – explica o professor Stephen. Focado nas atividades de pesquisa básica, o Departamento de Farmacologia possui atualmente cinco linhas de pesquisa, com 35 projetos financiados. Dados do anuário estatístico da Unicamp, de 2012, revelam 114 artigos publicados em periódicos científicos, no Brasil e no exterior. Destacam-se investigações nas áreas de cardiovascular, genitourinário, inflamação, imunotoxicologia e toxinologia, e o uso de técnicas de biologia molecular para compreender melhor os mecanismos celulares envolvidos nos fenômenos observados. O professor Stephen destaca na trajetória do departamento, importantes descobertas e trabalhos como a caracterização farmacológica da crotoxina – principal neurotoxina da peçonha de cascavel, realizada pelo professor Vital Brazil – da convulxina (também de cascavel) pela professora Júlia e também pelo professor Vital Brazil – e da bothropstoxina (de peçonha de jararacuçu) pela professora Léa Rodrigues Simioni. Ressalta também, trabalhos pioneiros como do professor Gilberto De Nucci, da Farmacologia Clínica, especialmente nos ensaios clínicos de bioequivalência e biodisponibilidade no Brasil, e na descrição de um novo modelo de hipertensão causado pela inibição crônica da síntese do óxido nítrico, também realizada por De Nucci e pelo professor Edson Antunes.

4 André Schenka, Edson Antunes, Fabíola Taufic Mônica Iglesias , Gilberto De Nucci, Gabriel Forato Anhê, Mary Luci de Souza Queiroz, Sisi Marcondes Paschoal, Stephen Hyslop, Léa Rodrigues Simioni (Colaboradora).

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Profª. Drª. Julia Prado Franceschi Fundadora da Sociedade Brasileira de Toxinologia. Inicialmente contratada para o Departamento de Genética Médica, a Profª. Drª. Julia Prado Franceschi transfere-se para a Farmacologia em 1964, atuando ao lado do Prof. Dr. Vital Brazil na consolidação e

Bruno

de

Jorge/FCM/ U nicamp

desenvolvimento do Departamento.

Sede atual do Departamento de Farmacologia, localizada no prédio FCM 10. FCM-Unicamp | 50 Anos | 81

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A anatomia patológica

1965

O professor José Lopes de Faria, Doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais e livre-docente da USP, é escolhido para coordenar o Departamento de Anatomia Patológica, aprovado para o cargo após concurso de títulos publicado no Diário Oficial. Aos 48 anos, de mudança para Campinas, ele é especialista em anatomia patológica, com mais de 200 trabalhos publicados em revistas brasileiras e periódicos estrangeiros. Partindo da estaca zero, o professor Faria conhece as dificuldades que precisa enfrentar para fazer com que o seu departamento funcione adequadamente e cumpra as finalidades a que se propõe, dividindo o tempo dedicado às atividades de pesquisa e ensino, com as atividades administrativas. As dificuldades são de toda ordem e esbarram na falta de infraestrutura física adequada e na deficiência de recursos humanos. Logo de início, é necessário tomar emprestado de um colega da USP um microscópio, algumas bandejas para depositar lâminas, aguardar a chegada da secretária Maria José Ottoni, indicada pelo diretor da Faculdade, e iniciar a reforma da sala de necropsia da Santa Casa. 82 | A história dos departamentos

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− Como dar início aos exames necroscópicos sem um aparato deste tipo? – questiona.

Prof. Dr. Lopes de Faria arguindo alunos em prova de Anatomia Patológica ainda na Santa Casa. Olhando para a

Rigoroso em sua administração, no entanto, ele consegue em poucos meses projetar o departamento no cenário nacional. No início de 1966, a seção já conta com ambientes específicos de sala de aula, secretaria, laboratório, biblioteca, salas para chefia e assistentes, e almoxarifado. Ao todo, são 240 m² de área comum dividida pela Anatomia Patológica e a Pediatria. A dedicação do professor Faria ao departamento é integral. A recomendação dada aos seus técnicos de histologia, auxiliares de necropsia e docentes é que aprendam tudo muito bem, para que possam desempenhar com zelo as funções pertinentes a cada categoria. É um trabalho incansável. Mesmo depois de ensinar as principais técnicas, ele faz questão de voltar às salas de necropsia e histologia para resolver dúvidas, sempre revendo peças e diagnósticos na presença dos docentes e estudantes. A conciliação entre a teoria e a prática, por sinal, está entre as suas principais características no comando do departamento.

câmera, o aluno Athanase Billis.

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Cuidadoso, ele busca transmitir aos estudantes conhecimentos sólidos, embasados tanto na pesquisa aplicada, quanto na experimental, para que estes se sintam seguros no exercício da profissão. Definida como atividade prioritária, a graduação se beneficia com a demonstração prática dos conceitos teóricos ensinados na sala de aula. A formação docente e as atividades de pesquisa também recebem atenção redobrada de seu diretor. − Dar aula teórica não é fácil e a pesquisa requer pessoa categorizada – enfatiza. Nenhuma história é construída com heróis isolados. E no percurso de solidificação do Departamento de Anatomia Patológica, destacam-se figuras como Monteiro Sales, Roque Balbo, Décio Pinto de Moura, Thales de Brito, M. Assis Figueiredo, A. Luisi, Moacyr A Junqueira, entre outros. Estes profissionais contribuem com os esforços do professor Faria, seja no fornecimento de materiais como peças cirúrgicas e necroscópicas, seja no treinamento de novos técnicos de histologia. No início do caminho, dadas as condições precárias da infraestrutura, o auxílio dos estudantes também é de grande valia. Cooperando com o bom andamento das atividades, muitas vezes são os próprios alunos os responsáveis pela manutenção do material didático e da sala de aula. O contato com os estudantes é muito próximo, e o entusiasmo com as atividades de pesquisa faz com que eles publiquem diversos trabalhos em parceria com os professores. Em 1970, o laboratório é ampliado, e a nova área de 40 m² passa a ser utilizada pelo laboratório de citologia. A residência é iniciada em 1972, contando com a atuação intensa do professor Faria revendo a descrição dos protocolos de necropsia e histopatologia. O dia a dia não é fácil, mas com perseverança todos conseguem cumprir a programação, mesmo diante da falta de equipamentos e pessoal. São tempos em que se comemoram a chegada da primeira máquina de escrever e dos cabides que vão pendurar os aventais. A iluminação é ruim, e o trabalho é realizado com 84 | A história dos departamentos

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Rogério Antunes Pereira Filho/Acervo Pessoal

dificuldade, entretanto, respeitadas as diferenças e as necessidades de cada um, é possível vencer os obstáculos e vislumbrar o horizonte mais adiante. Com a transferência para o Hospital de Clínicas, em 1986, o Departamento de Anatomia Patológica inicia uma nova fase. Atuando em um hospital primordialmente terciário, os profissionais deparam com a necessidade premente de especialização. Os serviços do complexo hospitalar passam a exigir laudos mais elaborados e dirigidos às reais necessidades das diferentes especialidades. O professor Athanase Billis conta que a especialização dos docentes da Anatomia Patológica aconteceu de forma natural e harmônica, sobretudo estimulada pelo professor Lopes de Faria1. 1965. Calouras da Turma III.

− A princípio, o novo contratado tinha como obrigação exercer todas as atividades do departamento – autópsias, patologia cirúrgica geral, ensino e pesquisa −, porém, o professor Faria deixava claro que o docente deveria ter uma área de maior interesse, como por exemplo, neuropatologia, hematopatologia, citologia e etc – recorda. Na época da vinda para o HC, são estimuladas as reuniões anatomoclínicas reunindo diferentes serviços clínicos e cirúrgicos do hospital. Os encontros estimulam os docentes à especialização, à participação em cursos de atualização e à realização de estágios de aperfeiçoamento, como o desenvolvido no Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard, em Boston, com os patologistas mundialmente reconhecidos Robert Scully e Robert Young. A pesquisa também é estimulada para que aconteça de forma livre, de acordo com o com os interesses é aptidões dos professores. Surgem daí as pesquisas de patologia experimental com aplicação humana.

1 Ex-aluno do professor Lopes de Faria (Turma II) e chefe do Departamento de Anatomia Patológica de 1987 a 1988. (CONSTALLAT, 2004).

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1972. Alunos da Anatomia.

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O Departamento de Anatomia Patológica conta com 12 professores no quadro, atuando nas áreas de ensino, pesquisa e assistência, com médicos contratados no HC, no Caism e Gastrocentro. O braço assistencial do setor detém a maior parte das ações desenvolvidas, e as pesquisas são realizadas a partir do material de biópsias, de peças cirúrgicas e autópsias. A área do ensino de graduação também é desenvolvida, embora as atividades de autópsia tenham decaído consideravelmente, ficando muito aquém do desejado, devido ao baixo número de indicações e autorizações do procedimento. − Isso não é um fenômeno local, mas mundial. Com o avanço da medicina diagnóstica por imagem e mesmo do campo anatomopatológico, muitas vezes já podemos deduzir do que o paciente faleceu. Muitas vezes, no entanto, o paciente tem outras doenças que não se manifestaram ou colaboraram para sua morte, mas que não são elucidadas porque a autópsia não é autorizada – esclarece a professora Patrícia Sabino de Matos, chefe do Departamento de Anatomia Patológica. A autópsia é uma fonte de ensino e pesquisa muito grande, e o baixo número de procedimentos realizados impacta no ensino da residência, quando os alunos não conseguem cumprir o mínimo entre 50 e 60 autópsias previstas para o primeiro ano do programa. O déficit acaba sendo compensado pelos serviços de patologia cirúrgica, embora não seja o ideal, como lembra a professora Patrícia, já que a autópsia funciona como um controle de qualidade tanto para o hospital quanto para o próprio médico. − A autópsia não pode ser encarada como uma ameaça ao médico, mas como um auxílio de esclarecimento diagnóstico. Na parte assistencial e de pesquisa, o departamento tem buscado desenvolver-se em todas as áreas. Apesar de todos os docentes estarem aptos a realizar exames anatomopatológicos, FCM-Unicamp | 50 Anos | 87

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cada qual busca desenvolver-se em determinada área diagnóstica, seguindo uma tendência do departamento desde sua criação com o professor Lopes de Faria. A partir disso, além do exame anatomopatológico básico de biópsia e peças cirúrgicas, o setor desenvolveu técnicas auxiliares diagnósticas, como a imunoflorescência, a imunohistoquímica e a microscopia eletrônica. A única área que o departamento ainda não conseguiu desenvolver completamente está relacionada com a biologia molecular.

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− Estamos em contato com a FCM e o Caism com o objetivo de montar um banco de tecidos e desenvolver técnicas de biologia molecular, como PCR Southern Blot e Northern Blot, que podem detectar mutações em tumores ou doenças hereditárias – conta a professora Patrícia sobre os desafios futuros.

Acesso à sala de necropsia da Anatomia Patológica no prédio da Santa Casa.

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A clínica médica

1965

Depois de disputar a vaga com os médicos Michel Jamha e Silvio dos Santos Carvalhal, o professor Luiz Carlos Fonseca é escolhido pelo diretor Antonio Augusto de Almeida para chefiar o Departamento de Clínica Médica. O início no cargo não é fácil. Ele assume a posição após a desistência de Jamha e contra a vontade dos estudantes que se manifestavam em favor de Carvalhal. Diante do desafio, o professor Fonseca traz consigo seus primeiros assistentes. Todos egressos de diversas escolas médicas e que, em sua maioria, pertencem ao quadro clínico da Santa Casa. Apesar da formação clínica abrangente, todos eles são médicos especialistas, cujo desafio maior nessa primeira etapa é evitar seduzir os estudantes a escolherem precocemente pelas suas áreas de atuação. O doutor Roberto de Freitas Leitão e o doutor João Carlos Rocha, ambos da Escola Paulista de Medicina, tendem, respectivamente, pela

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“Ninguém é melhor médico do que é como pessoa” − frase atribuída ao Prof. Dr. Silvio dos Santos Carvalhal, segundo professor a assumir a chefia do Departamento de Clínica Médica. Foi diretor da FCM pelo período de 19.12.1969 a 7.1.1971.

A situação fica insustentável e só é resolvida com a intervenção do reitor Zeferino Vaz, que afasta o professor Fonseca do cargo e nomeia o professor Silvio dos Santos Carvalhal para chefiar o departamento. O clima do Departamento de Clínica Médica é renovado com a chegada do novo coordenador. Todos estão entusiasmados em poder compartilhar da renomada experiência do professor Silvio, conquistada após quatro décadas de atuação nas enfermarias do Hospital São Paulo. A cada dia, o departamento recebe novos especialistas motivados em colaborar com as atividades. Nesse sentido, é destacada a participação de médicos como Mário Mantovani, Raul Raposo de Medeiros, Reinaldo Vieira, Nelson Pires Modesto, Paulo Afonso Ribeiro Jorge, Nelson Ary Brandalise, Antonio Frederico Novaes de Magalhães, Benedito Costa Lima, Vicente Amato Neto, Arnaldo Pupo, Sidney Arcifa, Rogério de Jesus Pedro, Reynaldo Quagliato Júnior, Antonio Carlos de Castro, entre outros. Todos reconhecem a dedicação do professor Silvio ao ensino e à assistência. Também é notável o seu espírito universalista. Para ele, o doente deve ser assistido em sua plenitude, desde a propedêutica clínica e diagnótisco, até a conduta final adotada (clínica ou cirúrgica). Esse posicionamento é levado à risca, mesmo enfrentando os dissabores daqueles que tendem para esta ou aquela especialidade, característica herdada da própria constituição do departamento. Os ambulatórios vão sendo criados à medida que os alunos começam a avançar no curso. Depois de funcionar na Santa Casa, os ambulatórios são transferidos para o “Casarão”, esquina da Benjamin Constant com a Rua Padre Vieira. As instalações ambulatoriais têm seu caráter prático e, ao mesmo tempo, cômico. Separados por biombos, os espaços destinados ao atendimento não conferem privacidade às consultas e à assistência docente. Cedo ou tarde, a confusão é certa.

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− Doutor, quero poupar-lhe o esforço, pois as minhas respostas já estão prontas e por escrito. Respondi enquanto o senhor perguntava a mesma coisa ao doente do outro boxe – protesta um dos pacientes. Apesar do incômodo, a disposição facilita o aprendizado. Os casos são discutidos em conjunto, em turmas de sete alunos por vez. Nos primeiros anos de vida do departamento, as sessões de Clínica Médica são o campo de debates sobre os casos de enfermaria que necessitam de diagnóstico e conduta terapêutica. Em 1971, estando a FCM sob direção do professor José Aristodemo Pinotti, e já com os docentes do departamento atuando em RDIDP2, a Clínica Médica começa a dar maior ênfase à pesquisa. No período de 1980 a 1985, todos os ambulatórios e enfermarias são progressivamente alojados no novo Hospital de Clínicas. Funcionando como estruturas de apoio ao HC, o Hemocentro e o Gastrocentro também são implantados. Com sede própria, e baseado na filosofia de fomento à pesquisa a partir da contratação de professores em regime de dedicação integral, o departamento consegue estruturar adequadamente seus diferentes programas de pós-graduação, promovendo o crescimento exponencial de sua produção científica e da própria Unicamp.

2013

O Departamento de Clínica Médica é atualmente o maior departamento da Faculdade de Ciências Médicas e, muito provavelmente, o maior departamento da Unicamp. Diferentemente do que ocorreu em outras universidades de relevância como a USP, onde em um determinado momento o departamento de clínica fragmentou-se, o Departamento de Clínica Médica da FCM manteve

2 Regulamento do Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa.

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sua estrutura inicial, constituída por diferentes especialidades. Nele, estão reunidas 14 áreas da Clínica Médica: Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia-Metabologia, Gastroenterologia, Geriatria, Hematologia-Hemoterapia, Imunologia Clínica e Alergia, Infectologia, Medicina Interna e Semiologia, Medicina de Urgência, Nefrologia, Oncologia Clínica, Pneumologia e Reumatologia. Com a chegada de novos docentes a partir dos anos 1990, a pesquisa básica, até então, pouco expressiva, dá um salto. O departamento torna-se uma ilha de excelência dentro da própria universidade, realizando pesquisas de ponta de nível internacional. Ao lado do Departamento de Neurologia, é um dos departamentos que mais publicam em toda a universidade na atualidade. O setor concentra o maior número de docentes do curso de graduação de Medicina, respondendo por aproximadamente um quarto da carga horária total necessária para formar um médico na FCM. São mais de 60 professores em atividade, do primeiro ao sexto ano do curso. Além disso, o departamento conta com mais de 90 médicos auxiliando nas atividades. O maior desafio do departamento é a reposição de profissionais. Muitos são os professores e funcionários que se aposentam a cada ano. Apesar de as vagas serem respostas uma a uma, o tempo que elas levam para voltar ao departamento (cerca de dois anos) continua a ser o maior entrave. Nesse interstício, o departamento enfrenta problemas importantes, dada a falta de pessoal. Para sanar o problema, médicos de extrema capacidade, em grande maioria com titulação de doutorado e experiência docente de mais de 15 anos, são contratados pelo Hospital de Clínicas e pela própria FCM. − Seria interessante que já tivéssemos atingido, em nível de universidade, o percentual necessário para que os professores aposentados saíssem da folha de pagamento e fossem para o SPPREV3, para que pudéssemos contratar imediatamente – observa o professor Ibsen. 3 São Paulo Previdência.

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Jorge/FCM/ Unicamp de

Bruno

Sede atual do Departamento de Clínica Médica, localizada no prédio FCM 9.

Dados da Comissão de Ensino de Graduação demonstram o bom desempenho que alunos têm obtido na área de Clínica Médica em todos os processos avaliatórios, entre os quais, o Teste de Progresso realizado pelo Conselho Regional de Medicina, ao final de cada período do curso. Alguns estudantes, inclusive, que cursam a parte clínica do board americano para desenvolverem uma carreira no exterior, obtêm um desempenho muito próximo dos alunos egressos daquelas faculdades. − Manter essa qualidade é um dos maiores desafios atualmente, principalmente em áreas de Semiologia, onde também muitos professores se aposentam periodicamente, alguns deles antes mesmo da compulsória. É necessário rever a grade desses cursos a todo o momento para evitar que haja perda da qualidade de ensino – analisa. Encontrar o equilíbrio entre as atividades de ensino, assistência e pesquisa é outra importante meta a ser atingida. Existem na Clínica Médica grupos muito bem definidos, sendo uns mais voltados para

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a pesquisa, outros para a assistência, e outros para a graduação. Valorizar o que cada indivíduo sabe fazer de melhor é o caminho que tem sido proposto em recentes discussões, com o respaldo da gestão central da FCM. Uma proposta de revisão no processo de avaliação docente já foi encaminhada à administração central da universidade. Mantendo o núcleo de ensino para todos os grupos é possível, ainda assim, reconhecer e valorizar os esforços em cada uma das áreas de atuação. O braço assistencial do Departamento de Clínica Médica também é um dos maiores de toda a Universidade, com atendimento nos diversos ambulatórios do Hospital de Clínicas e em unidades como o Hemocentro, Gastrocento e Nefrocentro. O número de procedimentos realizados é enorme, merecendo destaque, nesse sentido, a atuação dos médicos no treinamento de residentes e nas atividades assistenciais ligadas ao ensino das diversas áreas da Clínica Médica.

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Diversos projetos acontecem simultaneamente no Departamento de Clínica Médica, sendo muito complexo destacar uma ou duas conquistas principais. Na área de Hematologia, por exemplo, o Hemocentro tornou-se Centro Nacional de Tecnologia de Sangue. Três dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) criados pela Fapesp terão como pesquisadores principais, professores da Unicamp. Destes três, dois pertencem à área médica, um do Departamento de Neurologia e outro da Clínica Médica. As áreas de Oncologia, Cardiologia e Reumatologia são bastante representativas, nacionalmente e internacionalmente. A recémcriada área de Geriatria − anteriormente vinculada à área da Medicina Interna, que assume a coordenação dos Centros de Atenção aos Idosos, financiados pelo Governo de Estado. Os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) também vinculados ao poder estadual contam com uma participação ativa do Departamento de Clínica Médica, como também do Departamento de Cirurgia.

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A saúde coletiva

1965

Sob o comando do professor Miguel Ignácio Tobar Acosta, o Departamento de Medicina Preventiva e Social surge em 1965, em um contexto social e político bastante adverso e repressivo, desfavorável às atividades acadêmicas de um modo geral, sobretudo àquelas vinculadas aos estudos sociais, em particular. Nasce em uma época em que os departamentos de Medicina Preventiva são implantados na América Latina pelas mãos de sanitaristas e clínicos gerais idealistas, sob forte influência norte-americana e da Organização Panamericana de Saúde. É o modelo “preventivista”, “higienista”, “comunitário”, da “medicina de família”, que também inclui o concurso das Ciências Aplicadas à Saúde. Ao lado de conteúdos da velha higiene, com disciplinas como Medicina Construtiva e Educação Sexual, é possível observar a reprodução desse modelo no currículo da Faculdade de Medicina, com a implantação de disciplinas como Ciências Sociais Aplicadas

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à Medicina e Clínica de Família, por exemplo. Nessa mesma época, seguindo tais ideias, o departamento inicia trabalho de ensino e assistência com a população pobre do Jardim das Oliveiras, localizado na periferia da cidade. O atendimento de cunho social combina programas de educação comunitária e assistência médica, com o objetivo de oferecer aos alunos uma experiência de capacitação fora do ambiente acadêmico. Tal experiência passa a suscitar a necessidade de pensar a questão dos serviços de saúde, propondo formas de organização capazes de responder à demanda assistencial, de rever as práticas docentes na comunidade, de buscar maior integração com a escola médica e de estabelecer uma nova relação com a população, evidenciando falhas no modelo preventivista tradicional e estimulando a busca de condições para a realização de um novo modelo de trabalho extramural, conforme explicam as professoras Maria de Lurdes Zanolli e Maria da Graça Garcia Andrade, em 2004. A postura ideológica inerente ao modelo preventivista, no entanto, logo é questionada, e o departamento vivencia uma fase intensa de discussões relativas ao próprio conteúdo do curso. Muitas são as reflexões sobre como integrar o ensino das ciências básicas à formação clínica, sobre como inserir os estudantes na comunidade desde o início do curso e como pautar o currículo de acordo com o perfil desejado de formação. Ainda que a Faculdade não discuta institucionalmente nesse período que tipo de médico deseja formar, muitos analisam as vantagens e as desvantagens de uma formação mais especialista em contraponto a uma formação generalista.

Um pouco de Miguel Ignácio Tobar Acosta, chefe fundador do Departamento de Medicina Preventiva e Social. “Gostaria que todos os alunos formados na FCM tivessem uma visão humanista capaz de entender o ser humano em sua totalidade. Para formar um profissional competente é preciso mais que um curso de ética ou sociologia, é necessário exemplo. Tobar foi um exemplo de ética, humanismo e dedicação à medicina”. Prof. Dr. Mario José Abdalla Saad, diretor da FCM, durante homenagem

− Não entendo muito bem o que algumas pessoas compreendem por médico generalista. Tem gente falando em “pés descalços” e até citando a medicina chinesa – observa um aluno.

póstuma ao Prof. Dr. Tobar, realizada na Congregação da FCM, em 31.8.2012.

− Discutir currículo é delicado. Muitas pessoas sentem-se até ofendidas. Algumas pessoas sequer sabem o que significa o termo currículo. A gente fala em objetivos gerais e específicos, avaliação de curso, sistema pedagógico de ensino e muitos não entendem – argumenta outro. FCM-Unicamp | 50 Anos | 99

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É iniciado o Projeto Paulínia com o objetivo de organizar um sistema hierarquizado de saúde, em busca de um novo modelo assistencial. Mais do que contar com uma rede tecnicamente definida, ele propõe a participação da população na gestão dos serviços de saúde, com maior apropriação do saber médico, e com uma prática pedagógica democrática e organizativa dos movimentos sociais. Explica o professor Djalma Carvalho Moreira Filho, em 20041. − Muitos programas médico-assistenciais e preventivos são criados no âmbito do Centro de Saúde-Escola de Paulínia ou inter-relacionados com as instituições públicas locais: as mudanças ocorrem no pós-75. Áreas são reforçadas, como a Epidemiologia Clínica e a Saúde Ocupacional; outras persistem com pouca ênfase, como a Medicina Social, a Epidemiologia Social, e as Ciências Sociais; outras são extintas, como o trabalho educativo e de participação comunitária na gestão dos serviços de saúde; outras ainda se mantêm e expandem-se, como a área assistencial de Paulínia. No período entre 1976 a 1982, o Departamento de Medicina Preventiva e Social inicia uma segunda etapa, reestruturando o que sobrou do período anterior e criando novas áreas disciplinares, como a Epidemiologia Clínica e a Saúde Ocupacional e Ambiental. O Departamento cresce, e o curso de Especialização em Medicina do Trabalho é criado. A partir de 1982, nova fase é iniciada com a implantação do processo bienal de eleição para a escolha do chefe de departamento e a constituição do Conselho Departamental, com representantes das categorias de docentes, discentes e de funcionários. Expandem-se nesse período os cursos de pós-graduação com a retomada da residência médica. São criados os programas de mestrado e doutorado em Saúde Coletiva e o curso de Especialização em Saúde Pública. Os conteúdos pragmáticos são reformulados e a produção científica passa a ser desenvolvida mais intensamente pelos professores e alunos de mestrado e doutorado. 1 (COSTALLAT, 2004).

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2013

A mudança recente do nome do Departamento de Medicina Preventiva e Social para Saúde Coletiva reflete a atual característica do setor quanto à sua atuação ampla, multiprofissional e multidisciplinar, em todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão. O departamento que sempre teve forte tradição em todas essas áreas conseguiu recentemente ampliar consideravelmente as atividades no campo da pesquisa, a partir da consolidação dos programas de pós-graduação stricto sensu e lato sensu. Além dos cursos de mestrado e doutorado, destacam-se as especializações e as capacitações oferecidas na extensão, com foco muito bem definido em relação às necessidades do Sistema de Saúde. Essa abordagem multiprofissional e multidisciplinar da Saúde Coletiva também pode ser observada nos programas da residência multiprofissional de Saúde Mental e Saúde Coletiva, residência médica em Medicina Preventiva e Social e residência em Medicina do Trabalho.

− Entendemos essa iniciativa como sendo um progresso em relação a uma situação que ainda persiste que é a de ter cursos de aprimoramento, e como algo que é muito importante para o Sistema de Saúde – ressalta o professor Edison Bueno, chefe do Departamento de Saúde Coletiva. De acordo com ele, o departamento também mantém constante preocupação quanto à qualificação das atividades de formação profissional em relação à graduação. − A Saúde Coletiva é o único departamento da FCM que ministra disciplinas nos três cursos da faculdade e também na Enfermagem, além do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limeira (FCA) – diz. Mesmo com o aspecto de atuação mais abrangente, o departamento conta com um núcleo de ações específicas que consolida as ações das diversas áreas de atuação, dentre as quais, a Epidemiologia, FCM-Unicamp | 50 Anos | 101

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Ciências Sociais, Gestão e Planejamento de Políticas de Saúde, Saúde do Trabalhador, Saúde da Comunidade e Saúde Ambiental. Com as propostas recentes de reforma curricular e a ampliação do acesso à residência, a Saúde Coletiva deve aumentar sua participação nessas áreas de discussões, seja por meio da formulação de novas propostas, seja pela análise crítica de todos esses processos, em especial, àqueles relacionados à saúde das populações e das comunidades. Da Medicina Preventiva para a Saúde Coletiva O processo de construção do conhecimento e do entendimento das relações na sociedade é um processo que vai progredindo e se ampliando. A própria mudança de nome da Medicina Preventiva e Social para Saúde Coletiva é resultado de um intenso processo de avaliação realizado ininterruptamente, no sentido de compreender sob uma perspectiva mais ampla, os valores e as escolhas que cada pessoa ou sociedade faz. − Não podemos ser ingênuos ou românticos e propugnar uma volta ao passado. Se tem uma coisa que nem Deus muda, é o passado. Isso não quer dizer que você não possa aprender com ele. A discussão sobre a formação de médicos generalistas ou especialistas, muito debatida nos anos iniciais do departamento, ainda é uma questão que exemplifica esse processo contínuo de debruçarse sobre a própria atuação a partir de uma análise mais crítica. − Essa é uma situação, por exemplo, que acontece no mundo todo. Não é algo necessariamente que a universidade propõe, pelo contrário, nesse sentido, ela é muito mais reativa ao contexto que existe em relação à forma como se dá o trabalho em saúde – explica.

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Trata-se de uma questão muito mais ampla, que diz respeito ao modo como se dá a apropriação tecnológica, especificamente, daquelas concentradas em equipamentos e à incorporação de técnicas e processos; e não exatamente daquelas que estejam relacionadas à essência do trabalho em saúde, que tem a ver com as formas de realização pessoal no trabalho. A hegemonia da chamada medicina de mercado muitas vezes pode impactar sobre o aparelho formador, por isso a constante preocupação e postura crítica na faculdade em relação à fragmentação do cuidado, do conhecimento e da práxis médica. − A medicina é um trabalho que jamais poderá ser substituído por máquinas. Agora, é importante observar em qual hegemonia estamos inseridos. Não estamos isolados de outras áreas que existem na sociedade. Existe uma dualidade entre a saúde como um direito universal ou como um direito a ser explorado pelo mercado. O Brasil foi crescendo, e os serviços de saúde foram implantados sem que essa questão fosse resolvida, diferentemente do que aconteceu em outros países que tiveram a opção de ter um sistema universal, em que a saúde é um direito do cidadão e um direito do estado. Meu trabalho tem a ver com uma necessidade de consumo ou de direito? – reflete. Buscar a integralidade das ações para dar conta dos novos desafios e perguntas que surgem a cada dia, mantendo uma postura reflexiva e visão crítica em relação à situação do País e à própria atuação do departamento, tem sido fundamental para a Saúde Coletiva da FCM na análise e na reflexão cotidiana da vida em sociedade e do desenvolvimento acadêmico, técnico e científico, a fim de que a ampliação do conhecimento propicie uma atuação médica mais humana e completa.

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

“Em 4 de setembro de 1971, anunciava-se pelos ACP, que o prefeito recebera comunicado oficial do Palácio dos Bandeirantes, dando conta de que o governador Laudo Natel estaria na manhã de domingo na cidade de Paulínia, acompanhado do secretário de Saúde, dr. Mário Machado de Lemos, para assistir à vacinação que seria ministrada em toda a população infantil do município. Fora feito para isso um censo das crianças paulinenses e o Departamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade Estadual de Campinas, em colaboração com a Secretaria de Saúde e a Prefeitura, iria aplicar a vacina polivante em crianças de 2 a 6 anos, num total de 1300, aproximadamente. Essas vacinas seria contra a poliomelite ou paralisia infantil, varíola, tétano e difteria ou crupe. Efetivamente, no dia aprazado, sem discursos e sem formalidades, como é feitio de Natel, transcorreu a visita ao governador de todos os paulistas, estando presentes na casa e posto de vacinação, autoridades locais de regiões circunvizinhas. No Conjunto Habitacional José Paulínia Nogueira, o primeiro a ser visitado, V. Exa. vacinou uma criança da mesma forma como foram vacinadas 300 outras, por estudantes da medicina em menos de 40 minutos (...)”

1973. Cerimônia de inauguração do Centro de Saúde, em Paulínia.

Trecho extraído do livro A história da cidade de Paulínia, de Jolumá Brito.

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

Alunos da Medicina, em Paulínia, participando da primeira campanha de vacinação tríplice no Brasil.

1977. Alunos da Turma X da Medicina, no Centro de Saúde em Paulínia.

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A medicina legal

1966

A atuação da Medicina Legal inicia em 1966, com a disciplina sendo ministrada aos estudantes do quarto ano pelo professor Manoel Pereira. Após dez anos, é o professor Arnaldo Siqueira quem assume a sua direção. A criação oficial do Departamento de Medicina Legal (DML) é iniciada a partir de 1978, com o Processo 2.802/78, mas sua implantação na Santa Casa de Misericórdia só acontece em 5 de junho de 1986, com a Resolução 60/86 da Câmara Curricular, do parecer da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário e da Informação 783/86 do Conselho Diretor da Universidade. Em 16 de março de 1987, o DML é transferido para o recém -inaugurado Hospital de Clínicas. Em 15 de dezembro de 1989, o DML é transferido para sua sede própria, localizada à Rua Vital Brasil. Em novembro de 1991, a versão definitiva do regimento interno é aprovada em reunião do Conselho Departamental. Até então, o DML era regido pelo regimento provisório de 1984. A trajetória do Departamento de Medicina Legal é marcada por grande exposição na mídia, dada a importância e a repercussão social e política dos casos analisados. O DML atua na análise de

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casos como a morte do empresário Paulo César Farias1, os massacres de Eldorado do Carajás2 (PA) e da Casa de Detenção do Carandiru3 (SP), o assassinato do seringueiro Chico Mendes4, e no reconhecimento craniofacial do médico nazista Joseph Mengele5.

Em 15 de dezembro de 1989, o Departamento de Medicina Legal é transferido para sede própria, localizada à Rua Vital Brasil.

1 O empresário Paulo César Siqueira Cavalcante Farias, conhecido como PC Farias, atuou como tesoureiro na campanha presidencial de Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, nas eleições de 1989. Foi encontrado morto em 1996, ao lado da namorada Suzana Marcolino. 2 O Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de 19 integrantes do Movimento Sem Terra, ocorrido em 17 de abril de 1996, no município de Eldorado dos Carajás (PA), decorrente da ação de reintegração de posse executada pela Polícia Militar daquele estado. 3 O massacre da Casa de Detenção de São Paulo, popularizado como Massacre do Carandiru, ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando uma rebelião causou a morte de 111 detentos pela Polícia Militar. 4 Francisco Alves Mendes Filho (Chico Mendes) foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro, atuante no estado do Amazonas, assassinado em 22 de dezembro de 1988 na porta dos fundos de sua casa. 5 Joseph Mengele, conhecido como “O Anjo da Morte”, foi um médico alemão que cometeu diversas atrocidades durante o regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Fugiu para a Argentina na década de 40, passou pelo Paraguai e fixou residência no Brasil, onde permaneceu até sua morte sob a identidade de Wolfgang Gerhard.

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Ao longo dos anos, o Departamento de Medicina Legal contribui para prestar serviços relevantes à comunidade, realizando perícias civis e criminais, e atuando em conjunto com o Poder Judiciário, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, o Itamaraty, as Secretarias de Segurança Pública, entre outras instituições públicas.

1999

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Em março de 1999, a Congregação e a Comissão de Ensino e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas decidem pela extinção do departamento, alegando baixa produtividade científica, ausência de pós-graduação e de residência médica. Em dezembro do mesmo ano, a decisão é referendada pelo Conselho Universitário da Unicamp por 40 votos a favor, 13 contrários e quatro abstenções. Para dar continuidade aos serviços do extinto departamento, a Unicamp cria durante a reitoria de Hermano Tavares, uma comissão para cuidar da Medicina Legal e da Fonética Forense, para atender às solicitações da Justiça quanto à elaboração de perícias técnicas. A comissão é formada pelos professores Roberto Romano, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; Mario José Abdalla

O Prof. Dr. Manoel Pereira inicia as aulas da Medicina Legal em 1966 para os estudantes do quarto ano.

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O Prof. Dr. Arnaldo Siqueira assume o comando da disciplina a partir de 1976, em substituição ao Prof. Manuel Pereira.

Saad, então diretor da Faculdade de Ciências Médicas; Antonio Wilson Sallum, diretor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba; e pelo procurador-geral da Unicamp, Octacílio Machado Ribeiro. Entre as primeiras ações da recém-criada comissão, “está o destino das mais de mil ossadas encontradas no cemitério de Perus, em São Paulo”6, que relacionariam a identificação das ossadas das vítimas do regime militar brasileiro, mortas entre 1964 e 1985. – Depois de sete anos de intensos trabalhos, que culminaram com a identificação de sete desaparecidos políticos, e de três anos de exaustivas negociações para dar uma destinação adequada ao acervo, as ossadas encontradas no Cemitério Dom Bosco, em Perus, são transferidas da Unicamp para o Cemitério do Araçá, em São Paulo, onde estão sob os cuidados da Prefeitura da Capital – relata o Jornal da Unicamp. – A despeito dos problemas ocorridos ao longo do processo, a universidade cumpre seu papel no campo científico e tecnológico e se mantém aberta ao diálogo com a sociedade – diz o professor Roberto Romano, presidente da Comissão de Perícias, ao mesmo jornal. 6 Fonte: Folha de S. Paulo.

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A neurologia

1966

Em março de 1966, o Departamento de Neurologia dá início às suas atividades a partir da aula inaugural “Etiologia das Doenças Neurológicas”, ministrada pelo seu primeiro chefe, Oswaldo de Freitas Julião, ex-professor da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Medicina de Sorocaba. Ele assume o cargo depois de ter sido aprovado no concurso de títulos realizado pela Comissão formada pelos professores Zeferino Vaz, Paulo Gomes Romeo e Antonio Augusto de Almeida, oportunidade disputada com o professor José Antonio Levy, também da USP. Descrito por amigos como cordial e benevolente, modesto e discreto, o professor Julião tem o hábito de investigar o diagnóstico de casos complexos sem pressa e sem preocupação com honorários. − Com olhos cintilantes e perspicazes, gestos comedidos e exatos, a atitude receptiva e, ao mesmo tempo, hermética, parece estar sempre realizando um exame neurológico – lembra um de seus assistentes1.

1 Arq. Neuro-Psiquiatr. Vol.31 nº 3 São Paulo Sept. 1973.

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− Suas aulas são de qualidade ímpar, e sua dedicação pode ser medida pelo fato de trazer pacientes de São Paulo e Sorocaba em seu próprio carro − diz um dos estudantes.

Espaço físico da Neurologia (triagem) na Santa Casa de Misericórdia.

Durante sua gestão, o professor Julião conta com a colaboração de profissionais como Roque José Balbo, Antonio Xavier de Lima Neto, Lineu Correa Fonseca, Paulo Bearzoti, Antonio Roberto da Silva e Rubens L. Ribeiro Machado. Tendo contratado, no período em que esteve à frente do departamento, os professores José Jorge Facure e Nubor Orlando Facure. Este último assume o departamento após o falecimento2 do professor Julião. Sob a gestão do professor Nubor Facure, inicialmente, o Departamento de Neurologia volta-se para a neurocirurgia, dando início à Residência Médica nessa área a partir de 1973. O primeiro residente é Joaquim N. Cruz Neto. Com a contratação dos professores Antonio Guilherme Borges Neto (1982), Antonio Augusto Roth-Vargas (1985), Elson de Araújo Montagno (1985), 2 Falecido em 9 de junho de 1973.

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Prof. Dr. Oswaldo de Freitas Julião, chefe fundador do Departamento de Neurologia.

Donizeti Cezar Honorato (1986), José Nazareno Pearce de Oliveira Brito (1987) e Edmur Franco Carelli (1997), a disciplina de Neurocirurgia é consolidada. Com a chegada dos professores Alberto Pelegrini Filho e Dagoberto Calegaro, a Neurologia Clínica é desenvolvida, sendo iniciada em 1974 a Residência em Neurologia Clínica, com os residentes Anamarli Nucci3 e Pedro Lupércio Gonçalves. Novos docentes são contratados para a Neurologia Clínica, entre os quais: Carlos A. M. Guerreiro (1978), Jayme Antunes Maciel Jr. (1979), Elizabeth M. A. B. Quagliato (1980), Benito Pereira Damasceno (1986), Fernando Cendes (1988), Diosely de Castro Silveira (1991)4 e Li Li Min (2000). A Neurologia Infantil é assumida em 1977 pela professora Vanda M. G. Gonçalves, que inicia o programa de residência em Neurologia Infantil a partir de 1978. Trata-se do primeiro programa nessa especialidade a obter o reconhecimento do MEC em nível nacional. São contratados os docentes Ana Maria Sedrez Gonzaga Piovesana (1983), Marilisa Mantovani Guerreiro (1986) e Maria Valeriana Leme de Moura Ribeiro (1988). Com a chegada dos professores, Elisabete Abib Pedroso de Souza, Sylvia Maria Ciasca, Marcos Antonio Barg, Silvia Saraiva Pereira Lima e Edwiges Maria Morato, consolidam-se os setores de Psicologia e de Fonoaudiologia e Linguística. A partir da mudança para o HC e com o crescimento das áreas de atuação e do corpo clínico, o Departamento de Neurologia tem um desenvolvimento qualitativo significante. O setor de Neurologia Clínica é incrementado com a Eletroencefalografia, Eletroneuromiografia e Potenciais Evocados.

3 Contratada como docente a partir de 1976. 4 Docente no período entre 1.2.1991 até 20.5.1995.

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A ntonio Scarpinetti/Ascom/Unicamp

− As tomografias computadorizadas, ainda que tardiamente implantadas no HC, permitiram o aprimoramento da assistência médica neurológica e intercâmbio multidisciplinar, ampliados com a implementação da Medicina Nuclear – observa o professor Carlos Alberto Mantovani Guerreiro5. − A maturidade profissional e acadêmica do corpo docente do Departamento de Neurologia tornou imperiosa a criação do curso de pós-graduação em Neurociência e do curso de Aprimoramento para profissionais não médicos – destaca a professora Anamarli Nucci6.

2013

O Departamento de Neurologia está estruturado em três disciplinas: Neurologia Clínica, Neurologia Infantil e Neurocirurgia. Além do quadro docente com 14 professores, a área conta com médicos e técnicos de nível superior atuando nos serviços assistenciais.

“Antes, a conduta de atuação dos médicos era muito mais passiva, no sentido de observar e dar suporte ao paciente. Atualmente, o tratamento é ativo, com várias alternativas e possibilidades de resolução” . Prof. Dr. Fernando Cendes, 2013, chefe do Departamento de Neurologia.

− Lidamos com um número considerável de atividades. Há uma demanda muito grande e uma carência de especialistas nas três áreas de atuação do departamento, mas não apenas aqui, mas no País como um todo – observa o professores Fernando Cendes, chefe do Departamento de Neurologia.

5 Revista FCM, 1993. 6 Ibidem.

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Apesar do número reduzido de professores, a carga de ensino no Departamento de Neurologia é bastante intensa. Comparado a outros departamentos, a Neurologia tem menos horas na graduação. Justamente por ser uma área de especialidades, a sua atuação no ensino concentra mais tempo na residência médica. Nos últimos anos, o Departamento de Neurologia passou também a estruturar cada vez mais suas atividades em pesquisa, ampliando as ações tanto na pós-graduação quanto na produção científica de seus professores, com publicações, trabalhos e busca de fomento de agências externas. − É um departamento que tem uma produção científica considerável e que conta com projetos interessantes acontecendo. Recentemente, encerramos o CINAPCE7 e agora temos aprovado o Cepid8. O braço assistencial do Departamento de Neurologia é altamente especializado e está presente nas interconsultas e emergência, nos ambulatórios, no pronto-socorro, UTI, enfermarias, no HC, Caism e fora da Unicamp. No dia a dia, os residentes são supervisionados pelos professores e médicos assistentes. − A neurocirurgia, por exemplo, desenvolve atividades não apenas na Unicamp como também no Centro Infantil Boldrini. Todas as atividades contam com o auxilio dos médicos contratados nas três disciplinas, que muito bem qualificados colaboram na supervisão dos residentes. 7 O programa Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisas sobre o Cérebro (CInAPCe) teve o objetivo de promover o desenvolvimento de pesquisas em neurociências, formando uma rede de cooperação entre diversos grupos de pesquisa no Estado de São Paulo, constituindo um instituto virtual dedicado ao estudo do sistema nervoso. Fonte: Fapesp. 8 Três dos 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) recémdivulgados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) tem como pesquisadores principais docentes da Unicamp. São eles: Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia, Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades e Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional. Os 17 Cepids serão financiados conjuntamente pela Fapesp e pelas instituições-sede, por um período de até 11 anos. O investimento total é da ordem de US$ 680 milhões. Fonte: ASCOM/Unicamp.

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De quando foi fundado aos dias atuais, o Departamento de Neurologia deu um salto fenomenal, tanto do ponto de vista do conhecimento propriamente dito, quanto do ponto de vista tecnológico e da capacidade de diagnóstico e de tratamento das várias doenças. Mesmo ainda sendo uma especialidade em que variadas doenças e condições são de difícil diagnóstico e tratamento, o Departamento de Neurologia está inserido em um cenário completamente diferente em relação aos anos iniciais de seu funcionamento e da transferência para o Hospital de Clínicas. A chegada da tomografia em meados da década de 1980 provocou uma verdadeira revolução, ainda que as imagens dessa época pouco ou quase nada revelavam do parênquima cerebral. De lá para cá as transformações foram significativas. Antes, um exame demorava de 30 minutos a uma hora, dependendo da complexidade e tinha uma qualidade bastante ruim. Hoje, os exames são realizados em menos de um minuto, com uma resolução muito maior, e com uma capacidade enorme para detectar coisas mais discretas. − Toda essa tecnologia mudou em muito a capacidade do neurologista de diagnosticar e acompanhar a evolução dos problemas – conta o professor Fernando Cendes. O professor Cendes conta que na época da inauguração do HC, a esclerose múltipla, por exemplo, era diagnosticada com muita dificuldade. Os exames eram sempre indiretos e não existia tratamento comprovado que desse alguma esperança para que o paciente tivesse uma qualidade de vida melhor. Hoje, no entanto, o cenário é outro. Só na FCM são dois laboratórios de esclerose múltipla e o Departamento de Neurologia é referência nos diagnósticos da doença. − Evoluímos muito também no diagnóstico da epilepsia, detectando alterações que antes não eram percebidas. Hoje além de identificar, conseguimos tratar o problema.

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O tratamento de tumores e de doenças neuromusculares, paralelo à evolução nos campos da biologia molecular e da genética, é outro avanço acompanhado pelo Departamento de Neurologia. − É possível diagnosticar doenças neurológicas hereditárias. Em alguns casos, é possível obter o diagnóstico antes de serem percebidos os sintomas. Várias doenças entram nesse contexto, como Alzheimer e Parkinson, por exemplo, que atualmente podem ser diagnosticadas muito mais precocemente, oferecendo novas perspectivas de vida e opções de tratamento ao paciente – explica. Outra mudança de paradigma vivenciada pelo departamento relativa ao passado recente da neurologia foi à abordagem e conduta de tratamento do AVC, que com o avanço do conhecimento e das novas tecnologias disponíveis, pode ser revertido, em alguns casos. − Antes, a conduta de atuação dos médicos era muito mais passiva, no sentido de observar e dar suporte ao paciente. Atualmente, o tratamento é ativo, com várias alternativas e possibilidades de resolução – diz. Sobre os desafios futuros, o professor Cendes fala sobre o envelhecimento da população, cuja expectativa de vida aumentou no mundo inteiro, incluindo o Brasil. Atualmente, as pessoas que envelhecem são ativas e muito produtivas na maioria dos casos. Para permitir qualidade de vida e sobrevida a essas pessoas, é necessário ter serviços de qualidade de assistência médica, reabilitação, suporte e orientação, para uma população que deverá se tornar cada vez maior.

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M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/ U nicamp

Sede atual do Departamento de Neurologia, localizada no prédio FCM 11.

− Daqui a 50 anos teremos cada vez mais um aumento da população ativa na faixa dos 80 anos. Antes tínhamos um perfil de país cuja atenção à saúde estava muito mais voltada à faixa pediátrica e à mortalidade infantil. No futuro, será a morbidade nas pessoas da terceira idade que deverá oferecer maior preocupação, no entanto, mesmo as doenças que atualmente estão sem um tratamento eficaz, terão novas opções de tratamento.

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A pediatria

1966

Convidado pelo diretor Antonio Augusto de Almeida, o professor Jacob Renato Woiski, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, chega ao Departamento de Pediatria em 1966, trazendo consigo o médico Carlos Elísio Castro Correa, da mesma faculdade, para ser seu assistente. Iniciam as atividades no departamento, os médicos André Augusto Martins de Moraes, José Carlos Picolotto, Roberto Gasparetto, Waldeyer Arouca, José Collotto, Laura Alice Borges e Marília Iracema Leonardi, médicos atuantes em Campinas. Também instalado nas dependências da Santa Casa de Misericórdia, o departamento lida diariamente com as condições precárias de atendimento, devido às condições limitadas do espaço físico destinado à enfermaria, ao berçário, ambulatório e os serviços de acompanhamento do desenvolvimento infantil. As aulas laboratoriais ainda acontecem na Maternidade de Campinas, e o foco principal do curso está na puericultura, clínica pediátrica e estágio

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obrigatório. Um programa de residência em Pediatria é iniciado por volta de 1970, com o primeiro ano sendo realizado em conjunto com a Clínica Médica e Obstetrícia, por iniciativa de alguns professores que defendem um primeiro ano de residência com formação geral. César Augusto Cavalheiro é o primeiro residente. Os anos iniciais da Pediatria são marcados pela mudança constante de seus diretores. Depois de um ano no cargo, o professor Woiski deixa o posto para seu assistente, o professor Carlos Elísio. Dois anos depois, assume o departamento o professor José Carneiro Leão, do Instituto Materno Infantil da Universidade Federal de Pernambuco, que permanece na coordenação do departamento por aproximadamente um ano. Assume seu lugar, o professor Sebastião Tenório da Silva, trazido por ele da UFPE. Novos professores são contratados1. Nessa época, é iniciada uma reestruturação no departamento, a partir da discussão de novas técnicas, tanto no ensino quanto na assistência. Novas especialidades começam a surgir, entre as quais a de Neonatologia e a de Crescimento e Desenvolvimento. A Hematologia Pediátrica nasce dos trabalhos desenvolvidos pela professora Silvia Brandalise no Laboratório de Coagulação. Por sua vez, o berçário é implantado com destacada atuação dos docentes Sebastião Tenório e Rosely Nassim Jorge. Em 1974, de volta do exterior, o professor José Martins Filho2 é escolhido pelos docentes para chefiar o departamento. Trata-se da primeira eleição democrática para chefe de departamento realizada na FCM, sendo referendada pela Congregação da Faculdade, então presidida pelo professor José Aristodemo Pinotti. 1 Aries Alves Borges, Roseli Nassim Jorge, Roberto Jarbas Toledo, Regina Célia Lucizani Müller, Silvia Regina Brandalise, João Henrique Abdel Massif e Marília Bernardes Marques. 2 Reitor da Unicamp (19.4.1994 a 19.4.1998).

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O Departamento de Pediatria inicia nova fase a partir de 1977, começando pela mudança do regime de trabalho docente, quando a maioria ainda se dedicava parcialmente às atividades da faculdade, exercendo a clínica pediátrica em consultórios particulares. Os ex-residentes passam a ser aproveitados para ocupar os cargos de docência em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP). Dos primeiros docentes contratados, apenas o professor Martins Filho e a professora Silvia Brandalise permanecem no departamento. Com as contratações em RDIDP, a maioria dos docentes que haviam optado pelo regime de tempo parcial desligam-se da faculdade. O Conselho Departamental é implantado, contando com a participação de todos os docentes, um representante dos funcionários, um dos residentes e um aluno da graduação. São os primórdios do que hoje se entende por decisão colegiada na FCM. O ensino da pediatria para os alunos da graduação é ampliado para o terceiro ano médico, com destaque para a semiologia pediátrica. Em meados de 1980, inicia-se o credenciamento dos programas em residência médica em pediatria, sendo criado o terceiro ano de residência em áreas de atuação da especialidade. Os laboratórios de pesquisa são estruturados e o curso de pós-graduação em Medicina, recém-iniciado contribui com peso significativo para a titulação dos docentes. A partir de 1981, as atividades assistenciais do departamento crescem significativamente, a partir da transferência e da reorganização do ambulatório geral de pediatria no Hospital de Clínicas. Neste período, o retorno dos ex-residentes em treinamento no exterior permite a implantação de novas especialidades como a Gastroenterologia, Imunoalergia e Pneumologia Associada. Em 1984, o professor Antonio Barros Filho é eleito para o cargo de chefia, mantendo a política de incentivo à pesquisa

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e contratação docente em RDIDP. Em 1986, sob a chefia do professor Roberto Jarbas de Toledo, a Enfermaria de Pediatria é transferida da Santa Casa para o HC, onde também é implantado o pronto-socorro. O processo de mudança de endereço iniciado ainda em 1981 não é tranquilo, e acontece sob a pressão de muitos professores da faculdade, que atuando em regime de dedicação parcial, recusam-se a mudar para longe da região central da cidade e de seus consultórios. − Esse ambulatório de pediatria na Santa Casa é algo inominável, infecto – adverte o professor Roberto Teixeira Mendes. Com a transferência para o HC, o serviço assistencial cresce exponencialmente, a partir de uma infraestrutura muitas vezes maior ao que havia na Santa Casa de Misericórdia. As especialidades que até então haviam sido desenvolvidas muito timidamente progridem rapidamente. Para fazer frente à nova demanda, novos docentes são contratados. A pós-graduação em Pediatria é iniciada no departamento a partir de 1988, quando também acontecem a implantação acelerada das linhas de pesquisa e o aumento da produção de teses e publicações.

2013

De quando foi implantado para a fase atual, o Departamento de Pediatria teve modificado e ampliado seus principais objetivos. Inicialmente focado nas atividades ligadas ao ensino e à assistência, com esforços na graduação, residência médica e atendimentos, o departamento expande sua área de atuação para a pesquisa a partir da transferência para o Hospital de Clínicas. Novos laboratórios e áreas de atuação são implantadas. Nesse período de mudança de endereço, a biologia

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molecular, a genética e a integração entre os departamentos apresentaram-se como novos desafios do ponto de vista da pesquisa, e novos perfis de doenças surgiram. Se por um lado a diarreia parou de matar as crianças de desidratação e a pneumonia passou a ser tratada sem a necessidade de internação, de outro, doenças crônicas e mais graves tornaram-se mais frequentes nos ambulatórios e enfermarias, lançando novos desafios. − Na época da Santa Casa, mais da metade dos leitos da enfermaria era ocupada por casos de diarreia. Atualmente, o quadro mudou, e as doenças crônicas e degenerativas passaram a ser muito mais frequentes. Com isso, mudou a visão do pediatra e hoje a capacitação tem que ser outra – observa o professor Gabriel Hessen, então chefe do Departamento de Pediatria3. É interessante notar como a história do Departamento de Pediatria sofre profundas alterações a partir da transferência para o HC, tanto em relação à qualidade da infraestrutura e à oportunidade de desenvolver novas especialidades, quanto à mudança do perfil das doenças das crianças. Conforme explica o professor Teixeira, o problema de saúde da criança, dentre outros agravantes, muda de acordo com as mudanças da própria sociedade. Entender o processo de geração de problemas de saúde na criança, vinculado ao ambiente em que ela vive, é um desafio que se coloca ao departamento na atualidade, no sentido de lidar com a saúde coletiva da criança. 3 Em julho de 2013, o Departamento de Pediatria passa a ser chefiado pelo professor Roberto Teixeira Mendes.

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− Antes o País não sofria com a obesidade, ao contrário, as crianças sofriam de desnutrição grave. Essa é uma situação que muda muito rápido. As famílias estão mudando. Já temos uma demanda muito diferente em relação há alguns anos, como os problemas que envolvem a dificuldade de aprendizagem, por exemplo, que apesar de ser um problema psicopedagógico ou sociocultural, acaba indo parar na pediatria. Temos que saber lidar com essa demanda – explica o professor Teixeira Mendes, na chefia do departamento. Não se trata de descartar o desenvolvimento das especialidades em relação às doenças orgânicas, mas de compreender essa característica particular da pediatria de cuidar dos problemas de saúde da criança de forma mais ampla e abrangente. − Por que desapareceu a desnutrição? Porque as famílias começaram a ter mais acesso ao alimento. Por que têm desaparecido as doenças infectocontagiosas? Porque é cada vez maior o acesso ao saneamento básico e porque a vacinação cobre toda a população – analisa. Diante do cenário em constante transformação, é possível falar em uma nova pediatria, que agora precisa lidar com desafios da própria formação e capacitação profissional. − A nova pediatria seria tudo isso que antes a gente não via, e que agora deixamos de ver com mais frequência nos ambulatórios e enfermarias, e que eram a base da formação tradicional do pediatra. Precisamos lidar com nova capacitação e formação – observa.

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O ensino de graduação e residência médica está no foco das ações do Departamento de Pediatria. Atualmente, ele conta com 34 professores, sendo a maioria contratada em regime de RDIDP. A carga horária na graduação é bastante expressiva, correspondendo a aproximadamente 13% de toda a grade curricular. A partir do terceiro ano médico, o departamento recebe os estudantes das especialidades pediátricas e de treinamento em serviço (pneumologia pediátrica, imunologia, nefrologia, gastropediatria). Na pósgraduação, somente em 2012 foram recebidos 115 alunos, sendo 67 mestrandos e 48 doutorandos. A residência médica conta com 40 residentes, entre R1 e R2, e a ampliação recente do programa de dois para três anos foi recebida com entusiasmo pelos professores do setor, justamente por possibilitar aos residentes uma formação mais complexa e abrangente. Muitos foram os avanços, mas ainda há muito para ser feito. Dentre os projetos para o futuro, está a construção de um hospital da criança, que ainda não existe na cidade de Campinas. Mas essa não é uma luta fácil para uma área que ainda conta com pouco prestígio, conforme justifica o professor Teixeira. − Infelizmente, a Pediatria, assim como a criança, é pouco contemplada em qualquer lugar do mundo. Todos discursam em favor da criança, mas de fato pouco ou quase nada é feito. Há quanto tempo ouvimos falar de políticas voltadas à educação e de prioridade à criança? Na medicina é a mesma coisa. Todos apoiam, mas na hora de discutir como ampliar, sempre fica por último, porque ela não tem poder suficiente como outras clínicas vinculadas à produção de medicamentos e equipamentos. É muito difícil para a Pediatria avançar na área assistencial. A nossa força de argumentação é a

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coerência e a razão. Nesse sentido temos que ter muito claro o que faremos em primeiro, depois em segundo, e assim por diante, para poder apresentar isso como uma demanda organizada para toda a estrutura, tanto para a FCM, quanto para a Unicamp, para a Secretaria Municipal de Saúde e para o Ministério da Saúde, enfim, para quem pode dar suporte a esse desenvolvimento – afirma. Além de rediscutir qual a ordem das prioridades, o departamento analisa a possibilidade de utilizar outros hospitais, além do HC, do HES e dos AMEs, para desenvolver as atividades de ensino, pesquisa e extensão que tem como missão. − Podemos pensar em assumir outro serviço, como por exemplo, o Hospital Ouro Verde, e ver se lá instalamos alguma coisa que não está cabendo aqui, mas isso é uma coisa que precisa passar por muita discussão – pondera. Como outros departamentos, o de Pediatria também tem o desafio futuro de repor o seu quadro docente, em virtude das novas aposentadorias. Nesse sentido, o perfil dos profissionais que preencherão as vagas docentes no futuro é outro importante aspecto levado em consideração. − Os novos docentes provavelmente deverão ter um perfil mais específico do que os antigos, e daí a preocupação de poder contar com uma reserva de professores que possuam uma visão mais geral da pediatria para não desconectar o departamento da realidade. É uma área que precisa dialogar com as condições de vida das pessoas – finaliza.

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

Pediatria – Santa Casa de Misericórdia [sem data].

“O pediatra é um tratador de doenças infantis, mas é antes de tudo um preventivista, um pregador do crescimento e desenvolvimento do país, da humanização, da distribuição de renda, do direito das crianças a creche e escola. Esta é uma luta de quem sabe que o pediatra de hoje ajuda a formar o adulto de amanhã”. Prof. Dr. José Martins Filho, durante cerimônia de recebimento do título de professor emérito da Unicamp, realizada em

Antonio Scarpinetti/Ascom/Unicamp

22.9.2010.

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A psicologia médica e a psiquiatria

1965

“Adoro Freud, quero a psicanálise aqui”, teria dito o professor Zeferino Vaz ao psicanalista campineiro Roberto da Silveira Pinto de Moura para convencê-lo a assumir e implantar o Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria (DPMP) da Faculdade de Medicina. Moura é conhecido por ser o único psiquiatra na cidade a seguir os postulados do austríaco Sigmund Freud. Até então, ele já havia sofrido com a crítica dos próprios colegas de profissão e sido expulso da Escola Superior de Enfermagem “Madre Teodora”, pertencente à Universidade Católica de Campinas, por falar demais de Freud em suas aulas. − Acusam-me de ser comunista, ateu e freudiano. O inferno é pouco − ironiza1.

1 (Jornal da Unicamp, 2007).

O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria é instalado na Santa Casa de Misericórdia em uma sala do Departamento de Anatomia Patológica, coordenado pelo professor José Lopes de Faria. Aulas teóricas e práticas também acontecem no distrito de Sousas, no Sanatório Dr. Cândido Ferreira, e um ambulatório funciona no térreo da Santa Casa, na pequena sala de número 17. Dividindo o tempo entre o hospital, o consultório e a Faculdade de Medicina, o professor Roberto da Silveira Pinto de Moura permanece no cargo por dois anos. Assume o posto, em 31 de março de 1968, o seu irmão mais velho, Décio da Silveira Pinto de Moura. Já na chefia do doutor Aníbal Silveira (19721973), o departamento é transferido para o prédio da “Cruzada das Senhoras Católicas”, localizado na Rua Dr. Quirino, uma vez que não havia espaço disponível na Santa Casa. Paralelamente, o plano

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estudos psiquiátricos e psicológicos para fornecer ao aluno uma visão panorâmica da psiquiatria clínica, psicofarmacologia e psicoterapia nas diversas modalidades, sendo elas individuais, grupais, de família, de crianças e adolescentes. Nessa época, pensando nas diferentes abordagens para o público infanto-juvenil, o departamento cria os setores de Psicopatia da Infância e Psicopatologia da Adolescência. Também são criados o Setor de Pesquisa de Psiquiatria Biológica e o Núcleo de Estudos Psicológicos. A instalação de uma enfermaria de psiquiatria não é fácil, mesmo com o respaldo do professor Zeferino Vaz que era muito interessado pela área da saúde mental. Em meados de 1978, ainda na Santa Casa, o professor Knobel solicita do Departamento de Neurologia, chefiado pelo professor Nubor O. Facure, a utilização da pequena sala de aula vizinha à enfermaria masculina de neurologia, para que sejam instalados quatro leitos de psiquiatria. − Mas vai ter psiquiatria no hospital? – questiona um dos professores. − Um louco pode sair e matar alguém! – exclama outro. − Trata-se de posições absurdas e até preconceituosas. Nós não vamos internar loucos no Hospital Geral, tenho experiência com isso. Vamos internar um depressivo, que necessita de medicação e não tem como pagar. Vamos internar adolescentes que tenham problemas com drogas para tentar fazer uma reabilitação. Aqui é uma Faculdade de Medicina e temos que ensinar tudo isso. Vou tomar cuidado para que um sujeito perigoso não fique aqui e seja encaminhado para um hospital psiquiátrico – tranquiliza o professor Maurício Knobel. No segundo semestre de 1985, sob a chefia do professor Dorgival Caetano (1985-1988), o Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria é finalmente transferido para o Hospital de Clínicas e inicialmente instalado em quatro salas do quinto 130 | A história dos departamentos

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andar. Após alguns meses, o setor é transferido para o quarto andar e, em 1987, muda-se para um bloco vizinho ao HC. Mesmo com a mudança para o novo campus, instalar uma Enfermaria de Psiquiatria no Hospital de Clínicas continua a ser um trabalho de convencimento. − Mas a Psiquiatria vai ficar junto com a Pediatria? – questionam alguns professores, temerosos. − Primeiro, em psiquiatria os pacientes não são loucos, segundo, não andam caminhando por todo o corredor e é muito fácil colocar uma porta de segurança e não acontecer absolutamente nada – esclarece o professor Knobel. Em 1986, a Emergência Psiquiátrica e a Enfermaria de Psiquiatria são implantadas no Hospital de Clínicas. Em 1987, tem início o Serviço de Atendimento Psicológico e Psiquiátrico ao Estudante (Sappe) de graduação e pós-graduação. Em 1989, o DPMP é designado Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde, para pesquisa e treinamento em saúde mental. Em 1994, é inaugurada uma área própria de funcionamento do Ambulatório de Psiquiatria, localizada no terceiro andar do HC. Em 1997, é criado o Laboratório de Psicopatologia Fundamental. No ano seguinte, em 1998, são criados os ambulatórios de Neuro-psiquiatria Infantil, Saúde Mental do Idoso, Transtornos Alimentares, Ambulatório de Substâncias Psicoativas e Interconsulta. Em 1999, a pós-graduação em saúde mental é reorganizada, voltando a ser uma área de concentração da pós-graduação em ciências médicas. Nos anos 2000, são implantados os laboratórios de Saúde Mental e Cultura, de Pesquisa Clínico-Qualitativa, de Saúde Mental e Trabalho e de Saúde Mental e Medicina. Em 2005, o departamento inaugura o anfiteatro Sigmund Freud. A aprovação do novo regimento em 2006 amplia a representação no Conselho, incluindo os principais serviços e coordenações. Em 2007, o programa de residência médica em Psiquiatria passa a ser de três anos. FCM-Unicamp | 50 Anos | 131

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2013

Dada a prevalência de transtornos psiquiátricos na população e com a saúde mental sendo cada vez mais necessária para a formação do médico geral, o Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria é uma área de atuação que tem grandes perspectivas de crescimento para os próximos anos, segundo explica a professora Eloisa Valler, chefe da área. − Como existe uma prevalência grande de transtornos e uma falta de psiquiatras para poder fazer face às questões da saúde mental, são os médicos gerais que vão ter que dar conta de parte dessa demanda de atendimento – argumenta. Além de manter o foco assistencial, com atendimento ambulatorial de altíssima qualidade e de grande relevância social, o Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria pretende também investir em pesquisa. − Já temos algumas linhas importantes, com produção relevante de alguns docentes e participação na pós-graduação, mas podemos ampliar isso – destaca. Serviços importantes como o de Psicopatia da Infância e o de Psicopatologia da Adolescência estão mais bem estruturados e mais organizados. Os laboratórios de Álcool e Drogas e de Psiquiatria Geriátrica, criados em um passado mais recente, têm boas perspectivas de crescimento e desenvolvimento. A atuação multidisciplinar é outra importante característica do atual DPMP, com a realização de interconsultas, quer de pacientes dos ambulatórios das outras especialidades com transtornos psiquiátricos, quer de pacientes internados nas várias enfermarias que apresentam problemas psiquiátricos. − Na nossa enfermaria também existem muitas patologias clínicas, então nós também solicitamos a interconsulta de outras

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clínicas. Também temos os chamados treinamentos em serviço em várias áreas da psicologia como de avaliação neuropsicológica, terapia comportamental, entre outros – lembra.

Marcelo Oliveira/CADCC/FCM/ U nicamp

CADCC/FCM/U nicamp

N eldo C antanti/Ascom/U nicamp

Entre as conquistas futuras estão a contratação de mais professores e maior participação na pesquisa e na graduação, com mais serviços, ambulatórios e subáreas de atuação dentro da psiquiatria. A criação de enfermarias – onde seja possível internar crianças e adolescentes ou dependentes de substâncias –, ou mesmo a construção de um hospital dia – que ofereça melhores condições de atendimento – não estão descartadas.

(..) “Para muitos, Freud não passava

Prof. Dr. Décio Silveira Pinto de

Sede atual do Departamento de

de um pervertido”. Tinha medo que

Moura. Por duas vezes assumiu a

Psicologia Médica e Psiquiatria,

aquela nova teoria me conduzisse no

chefia do Departamento de Psicologia

localizada no prédio FCM 11.

rumo errado”. Roberto da Silveira

Médica e Psiquiatria, de 31.3.1968

Pinto de Moura, chefe fundador do De-

a 31.3.1970 e de 26.10.1974 a

partamento de Psicologia Médica e Psi-

15.5.1976.

quiatria, de 10.4.1966 a 30.3.1968, em entrevista concedida ao Jornal da Unicamp, 2007. FCM-Unicamp | 50 Anos | 133

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A tocoginecologia

1966

O Departamento de Tocoginecologia (DTG) é instalado em abril de 1966 na Santa Casa de Misericórdia. Ao todo, são 20 leitos para a disciplina de obstetrícia e 16 para a ginecologia. A sala da chefia está localizada em um longo e escuro corredor, próxima aos sanitários dos pacientes, perfilada com a sala de admissão, as duas salas de parto e duas enfermarias de oito camas cada. Na coordenação do órgão está o professor Bussamara Neme, ex-docente da USP. Ele assume o cargo depois da realização de concurso público para o preenchimento do cargo, tendo disputado a vaga com o professor Carlos Alberto Salvatore daquela mesma universidade. São indicados como seus assistentes, os médicos José Aristodemo Pinotti, Jessé de Paula Neves Jorge, José Samara e Eduardo Lane. O departamento conta ainda com o apoio voluntário do corpo clínico da Santa Casa e do Hospital Irmãos Penteado − anexo à Santa Casa de forma muito íntima ao norte do complexo 134 | A história dos departamentos

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duas vezes na semana, o dia a dia dos residentes e alunos de plantão. É sagrada a Reunião Geral realizada sempre às quintas-feiras na presença do professor regente e de todo corpo clínico, quando são realizadas discussões administrativas, científicas e anatomoclínicas. Existem também as reuniões das noites de segunda-feira, abertas aos médicos da cidade interessados em discutir os casos de cada plantão, separados pelos dias da semana. A falta de espaço que impõe dificuldades cotidianas, por um lado, estimula a criatividade e por outro, contribui para aproximar as pessoas e estreitar a convivência entre professores, residentes, estudantes e pacientes. − Do balcão do mezanino improvisado eu posso ver todos os leitos e sorrir para as pacientes acamadas − observa o professor Pinotti2. O exercício do jogo de cintura para lidar com o espaço reduzido é rotina para todos os professores do departamento. Diariamente em outros departamentos, médicos renomados como Francisco Julião, Roque Balbo, Lopes de Faria e Silvio Carvalhal precisam criar saídas alternativas para lidar com as situações mais adversas. A residência na especialidade é implantada de forma precária em 1966, com um médico residente para todos os serviços, o doutor Pedro Antunes Negrão. O ensino se desenvolve de maneira artesanal e com poucos recursos, utilizando um manequim “emprestado” pelo professor Neme da Faculdade de Medicina de Sorocaba para as aulas de Semiologia e Tocomática. No ano seguinte, vem a médica paulistana Kazue Kawamura recém formada na Escola Paulista como nova residente. Em 1968, amplia-se o número de residentes para quatro e uma nova fase de organização, consagrada ao longo dos anos, é iniciada. São criados os setores de Mastologia e Oncologia, Esterilidade e Fertilidade, Pré-natal Alto Risco, Prevenção do Câncer Ginecológico e Urologia Ginecológica. A prevenção e o diagnóstico 2 (COSTALLAT, 2004).

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precoce são estabelecidos como filosofias definitivas. Como o planejamento familiar fere os princípios da Irmandade, estas atividades são iniciadas no Ambulatório do Jardim das Oliveiras, coordenado pelo Departamento de Medicina Preventiva e Social, chefiado pelo doutor Tobar Acosta. Assim, começa a ser modelado o que viria a ser o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism). Em 1970, o professor Bussamara Neme é convidado a dirigir a disciplina de obstetrícia na Faculdade de Medicina da USP e deixa a chefia do departamento. Agora sob a chefia do professor Pinotti, o Departamento de Tocoginecologia começa a vislumbrar a configuração de um serviço assistencial capaz de atender à mulher em toda a sua integralidade, independentemente do problema imediato que ela possa ter. Com a colaboração de professores como Eduardo Lane e Aníbal Eusébio Faundes Lathan3, começa a ser planejada a construção de um novo espaço de atendimento para o serviço, já que as enfermarias e os ambulatórios da Santa Casa não têm espaço adequado e condições apropriadas para o atendimento da demanda e dos novos programas criados. − Por ser um hospital geral, a Santa Casa não possibilita a nossa expansão. A investigação também não tem chances de progredir, devido à limitação de dados e recursos – justifica o professor Lane4. Em meados de 1977, o programa de tocoginecologia realizado no Ambulatório do Jardim das Oliveiras, já havia sido descontinuado. O embrião e laboratório do Paism passa a funcionar na Santa Casa, consolidando a filosofia e os rumos do futuro programa. Ainda em fase final de formulação, o Paism começa a desenvolver suas atividades em salas improvisadas da Cruzada das Senhoras Católicas, no centro da cidade.

3 Superintendente do Hospital de Clínicas de maio de 1982 a maio de 1984. 4 (ROSA, 2002).

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Em 1975, é lançada a pedra fundamental do Hospital de Clínicas, no campus de Barão Geraldo. Em 1979, a primeira etapa de construção é concluída, e 53 consultórios dos ambulatórios são inaugurados em fevereiro. As obras do hospital são retomadas em 1982 e, no novo espaço, está prevista a reserva de uma enfermaria para o Departamento de Tocoginecologia, então chefiado pelo professor Eduardo Lane. No entanto, com a expansão dos programas de Controle de Câncer do Colo Uterino, de Câncer de Mama e da Tocoginecologia Preventiva, aumenta significativamente o volume de pacientes encaminhadas aos ambulatórios e às enfermarias da Santa Casa. Para aumentar a capacidade de atendimento do serviço, um convênio é firmado na Maternidade de Campinas para acolher as pacientes oncológicas. − Ou construímos algo dedicado ao atendimento à saúde da mulher, ou continuaremos a depender de convênios com outros hospitais – argumenta, na ocasião, o professor Luiz Carlos Zeferino, então responsável pelo serviço de atendimento das pacientes oncológicas da FCM, na Maternidade5. Com um número de leitos aproximado ao que havia na Santa Casa, a maior enfermaria prevista para funcionar no HC não seria suficiente para atender a demanda já instalada. Vislumbrando, entretanto, um atendimento maior à população, e na posição de reitor da Unicamp, em 1982, o professor Pinotti viabiliza a construção de um pequeno hospital, com 35 leitos, destinado ao atendimento das mulheres portadoras de câncer ginecológico e mamário. Nasce assim o Centro de Controle de Câncer (Cecan). Aproveitando o contexto político da época – quando interessava ao governo estabelecer uma política nacional em relação à saúde da mulher –, apoiado no bem-sucedido e estabelecido Paism, o professor Pinotti e seus colaboradores materializam a ideia de construção do Centro de Atenção Integrada à Saúde da Mulher (Caism), erguendo um hospital com 136 leitos. O Caism é inaugurado em março de 1986, e em abril do mesmo ano, a enfermaria de obstetrícia é finalmente transferida da Santa Casa para o novo hospital de Barão Geraldo. 5 (ROSA, 2002).

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− Fiquei sozinha na enfermaria, apaguei as luzes e fechei as portas. Literalmente, apaguei as luzes da Enfermaria de Obstetrícia – lembra a enfermeira Arlete de Souza Barros, emocionada6. Assombro e deslumbramento. De uma enfermaria apertada, professores, alunos e funcionários se veem diante da missão desafiadora de gerenciar um hospital inteiro. − Descobrimos que para um bom atendimento precisamos saber gerenciar a parte médica e a administrativa – conta o professor Jessé7. − Parece que estamos indo para o céu, com o dobro da capacidade de atendimento na ginecologia e obstetrícia, com possibilidade de prestar atendimento a todas as pacientes oncológicas que nos procuram − completa o professor Carlos Henrique Polli8. O professor Pinotti faz questão de lembrar que a história de construção do Caism não transcorreu com facilidade, “sem percalços e tropeços”, como muitos podem imaginar. Na verdade, houve muitas reações contrárias à construção do hospital, inclusive, no interior do próprio Departamento de Tocoginecologia. Uma reação que, segundo ele, se deve em parte à discriminação sofrida pelas mulheres, que ainda ocupam, infelizmente, uma “cidadania de segunda classe, com muitas obrigações e poucos direitos”. − Não posso omitir esse fato. O importante, no entanto, é que hoje o Caism está funcionando e possui, sem dúvida nenhuma, o melhor departamento de ginecologia e obstetrícia do Brasil, pois um bom serviço é o que faz um bom departamento – afirma9.

6 (ROSA, 2002). 7 Ibidem. 8 Ibidem. 9 Ibidem.

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2013

Quando o professor Pinotti disse em 2001, que “um bom serviço é o que faz um bom departamento”, de fato, estava coberto de razão. Com uma área de 13 mil metros quadrados, distribuídas em sete prédios, o Caism10 tornou-se um centro de excelência nas áreas Obstetrícia, Ginecologia, Oncologia, Neonatologia e Anestesiologia, que abrange mais de cem municípios na região e congrega o maior Departamento de Tocoginecologia do Brasil. São 49 docentes, 95 médicos contratados, 33 residentes, 530 enfermeiros e cerca de 1.200 funcionários revezando-se em três turnos, 24 horas por dia. O hospital também oferece atividades de ensino para mais de 400 graduandos e 120 pós-graduandos11 a cada ano. Os números de atendimento dão um indicativo da enorme quantidade de consultas e procedimentos realizados, comprovando, de fato, que os 36 leitos reservados inicialmente pelo HC à ginecologia e à obstetrícia, jamais dariam conta da demanda existente. Atualmente, o Caism conta com 142 leitos, atendendo uma média de 9.269 pacientes por ano. Anualmente também são realizadas cerca de 80 mil consultas ambulatoriais e 365 mil procedimentos ambulatoriais e hospitalares. Até os dias atuais, já foram realizados mais de 50 mil partos. − Não sei se todos percebem, mas o nosso departamento tem um hospital funcionando dentro dele – observa, admirado, o professor Luis Carlos Zeferino, atual chefe do DTG. Talvez por isso mesmo a pós-graduação oferecida pelo DTG seja cada vez mais procurada por se destacar entre as melhores do País. Por sinal, o Departamento de Tocoginecologia da FCM é o único do Brasil que conta com um curso de pós-graduação avaliado com nota 6 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 10 Em homenagem póstuma ao professor José Aristodemo Pinotti, falecido em julho de 2009, o Caism é denominado Hospital da Mulher José Aristodemo Pinotti – Caism/Unicamp. 11 Fonte: Portal Caism, 2013.

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de Nível Superior (Capes)12, com professores exclusivamente vinculados ao departamento. O professor Zeferino conta que, dentre outras vantagens, o DTG contribui com a formação de profissionais que agregam conhecimentos clínicos e cirúrgicos de modo simultâneo. Em casos em que uma paciente sofre de endometriose, por exemplo, quem trata do caso clinicamente, em geral, é a mesma pessoa que opera. − Na cardiologia, isso é muito claro. O cardiologista vai controlando, mas se tem uma válvula do coração com defeito, então o paciente é encaminhado ao cirurgião cardíaco – explica. Essa é uma característica muito peculiar do Caism, que sendo um hospital de ginecologia e obstetrícia e contando basicamente com apenas um grande departamento, conseguiu integrar grande parte dos conhecimentos clínicos e cirúrgicos no mesmo profissional, embora ainda possa depender em menor escala de outras especialidades. − Temos que reunir quem precisa trabalhar junto. Se você vai abrir um hospital de rim, deve trazer o urologista e o nefrologista – exemplifica, acrescentando que um dos próximos desafios para a FCM será pensar novas alternativas organizacionais. − Se fizermos uma reforma nos próximos anos, conseguiremos ficar bem à frente de outras universidades do ponto de vista organizacional. O currículo está mais moderno que a própria faculdade porque ele conseguiu propor mudanças importantes, como unir a gastrocirurgia com a gastroclínica – conclui. 12 A avaliação dos programas de pós-graduação compreende a realização do acompanhamento anual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os resultados desse processo, expressos pela atribuição de uma nota na escala de “1” a “7” fundamentam a deliberação CNE/MEC sobre quais cursos obterão a renovação de “reconhecimento”, a vigorar no triênio subsequente. Fonte: Capes.

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

Prof. Dr. Bussamara Neme, chefe fundador e professor emérito do

O Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti foi chefe do

Departamento de Tocoginecologia. Mesmo residindo em São Paulo

DTG (1972-1982), diretor da FCM por duas

frequentou diariamente o Serviço, no período em que esteve no

vezes (1970-1971 e 1976-1980), diretor-executivo

cargo de chefe do DTG (1966-1970), pernoitando na faculdade

do Caism (1985-1986), reitor da Unicamp

três vezes por semana.

(19.4.1982 a 18.4.1986), secretário estadual de Educação por duas vezes (1986-1987 e 20052006), secretário estadual da Saúde (1987-1991) e secretário estadual de Ensino Superior (2007).

À esquerda, o professor Bussamara Neme, e à direita, o professor José Aristodemo Pinotti, em frente da Santa Casa de Misericórdia.

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Imagens: Antonio Scarpinetti/ASCOM/Unicamp

Em 2012, o Caism teve inaugurado novo bloco operatório. A área de 1.100 m² contou com investimento total de R$3 milhões e realiza procedimentos cirúrgicos e anestésicos nas áreas de neonatologia, obstetrícia, ginecologia e oncologia ginecológica e mamária.

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A ortopedia e traumatologia

1967

Quatro anos depois de iniciadas as aulas na Faculdade de Medicina, o Departamento de Ortopedia e Traumatologia é instalado na Santa Casa de Misericórdia sob o comando do professor João D. M. B. Alvarenga Rossi, contratado da Universidade de São Paulo. Figuram entre os seus primeiros assistentes, nomes como: Irmo e Renato Morelli, Luís Sader, Pedro Tucci, José Carlos Affonso Ferreira, Ricardo Fonseca Ribeiro e Roberto Schmidt. As atividades de graduação são iniciadas logo no primeiro ano do departamento, com a oferta do curso teórico aos 42 alunos do quinto ano. A área total do departamento é composta por duas enfermarias, um ambulatório e área administrativa. As enfermarias possuem dez leitos cada, e o ambulatório é constituído de três consultórios e uma sala de gesso. Na administração, funcionam a secretaria, uma pequena sala de aula e a chefia. Note-se que o expediente da secretaria é dado em um mezanino improvisado, localizado em um cubículo de 1,5 m². A realidade da Orto/Traumato não é diferente dos demais departamentos da Medicina no início de suas atividades. Faltam

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CadCC/FCM/U niCaMp

equipamentos e até gesso para a execução dos trabalhos. É com a ajuda dos próprios professores que o departamento adquire cadeiras para a sala de aula, um esqueleto, um projetor de slides e uma máquina fotográfica. A residência médica é oferecida a partir de 1969, em período de dois anos, sendo o doutor José Joaquim Lanhoso de Mattos o primeiro residente. Em 1981, o curso passa a ser oferecido pioneiramente em três anos. A obrigatoriedade dessa duração só entrou em vigência a partir de 1984, por determinação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Em 1975, o professor Gottfried Koberle, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, é convidado por Zeferino Vaz a assumir a chefia do departamento. A partir de então, são introduzidas técnicas cirúrgicas modernas, entre as quais: abordagem da coluna vertebral por via anterior e microcirurgia de nervos periféricos. Nesse período, o departamento realiza a primeira estimulação elétrica de pseudoartrose de tíbia congênita. Já em 1977, o setor adquire instrumental ortopédico próprio, até então emprestado do

Santa Casa, década de 1970. Fila de espera no Ambulatório de Ortopedia.

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Hospital Irmãos Penteado. Os instrumentos ficam armazenados na sala de número quatro e quando precisam ser utilizados para os procedimentos cirúrgicos, são transportados pelos residentes em carrinhos de feira para que seja feita a esterilização. Após a cirurgia, são novamente esterilizados e trazidos de volta. O Departamento de Cirurgia transfere-se para o Hospital de Clínicas em dezembro de 1985, sendo ortopédica a segunda cirurgia realizada naquela unidade. Em 17 de setembro de 1992, 25 anos após ter sido criado, o departamento inaugura sua Oficina Ortopédica no HC. No mesmo ano, o curso de graduação é ampliado aos estudantes do quarto ano da medicina. Ao longo de sua trajetória, o Departamento de Ortopedia e Traumatologia conta com a colaboração de importantes nomes da área, entre os quais: João Neves Camargo Júnior, Edgard Mouraria, Maria Amabaria Espinosa Gomes, Reginaldo César de Campos, Ricardo Fonseca Ribeiro, José Carlos Affonso Ferreira, Reinaldo Gamba, William Dias Belangero, Michael Davitt, João Batista de Miranda, Heitor José Rizzardo Ulson, Élcio Landim, Alberto Cliquet Júnior, Sérgio Rocha Piedade, Gilberto Arouca, Mauro Duarte Caron, Paulo Tadeu Maia Cavali, Wagner Pasqualini, Alessandro Janson Angelini, Bruno Livani, Celso Folberg, Waldo Lino Júnior, Osvaldo Mendes de Oliveira, entre outros.

2013

O mundo como um todo está envelhecendo. Dentro de um contexto onde viver mais implica melhor qualidade de vida, é cada vez maior a preocupação dos indivíduos pela prática de atividade física. Com isso, o Departamento de Ortopedia e Traumatologia passou a focar não apenas o indivíduo que começa a praticar uma atividade física, como também aqueles que se encontram em um processo mais avançado e precisam de cirurgia protética e outros pacientes, inclusive, que já necessitam revisar as próteses utilizadas. Uma mudança de cenário, que tem impactado diretamente na dinâmica do departamento, seja no ensino, na pesquisa ou nos serviços de assistência; e que envolve

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uma série de eventos, como a contratação de pessoal qualificado, a manutenção de uma estrutura hospitalar complexa, a aquisição de próteses caras, entre outros. O aumento da expectativa de vida passa a gerar novas demandas e anseios em uma população que quer viver mais e melhor. − Fazer atividade física não é simplesmente colocar um tênis e sair correndo. Esse é um raciocínio muito simples porque a atividade física não é um evento isento de lesão. Ter qualidade de vida implica ter médicos do esporte, ortopedistas, traumatologistas, fisioterapeutas, psicólogos, educadores físicos. Mudou muito a visão de que apenas o ortopedista consegue resolver os problemas – explica o professor Sérgio Rocha Piedade, atual chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia. Ele conta que o Grupo de Medicina do Esporte reflete a preocupação do departamento em relação a esse tipo de demanda, que sempre houve, é verdade, mas que na atualidade tem se mostrado muito mais presente. A realização, no Brasil, dos maiores eventos esportivos do mundo, entre os quais a Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016), é um indicativo de que a procura por esportes deve crescer ainda mais. − Se começarmos a pinçar as diversas modalidades esportivas, vamos perceber que a grande maioria dos campeonatos mundiais está sendo realizada no país. Isso gera uma demanda não apenas nos jovens, mas também nos indivíduos entre 40 e 50 anos, que sentem a necessidade de fazer uma atividade física. Ao longo dos anos, mudaram tanto as demandas da população como também o perfil do ortopedista. Atualmente, é preciso que o médico identifique o melhor momento para aplicar as tecnologias disponíveis, a fim de que se realize um procedimento minimamente invasivo, ou menos traumático. FCM-Unicamp | 50 Anos | 147

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− Evidente que qualquer procedimento cirúrgico é um procedimento traumático, mas podemos minimizar o trauma. Você pode ser bombardeado por uma série de novas tecnologias, mas se o seu conhecimento não estiver devidamente estruturado, você não saberá como utilizá-las de forma adequada. Isso nós oferecemos, por isso mesmo o departamento é muito procurado não apenas na residência como também na pós-graduação. De fato, trata-se de um departamento extremamente ativo, não apenas nas atividades assistenciais, como também nas atividades de ensino e pesquisa, com mais de 60% de seus profissionais envolvidos no programa de pós-graduação, e professores publicando em livros e revistas e participando como revisores em periódicos internacionais. Ao todo, seis professores fazem parte do quadro. O processo de aposentadoria de parte desses docentes, assim como em outros departamentos, também é um desafio a ser enfrentado pela área, que dentro em breve precisará repor tais profissionais. Para atender a necessidade de uma interação multidisciplinar cada vez mais frequente, o departamento ampliou seu leque de relacionamento, não apenas com outros departamentos da FCM, como também com outras unidades do campus, a exemplo das parcerias desenvolvidas com professores da Educação Física e das Engenharias, Mecânica e Agrícola. A expectativa quanto ao futuro é de que, mais adiante, a Ortopedia e a Traumatologia possam contar com estruturas próprias de funcionamento para que possam abordar de maneira mais ampla as especificidades de cada área. − O grande salto do departamento talvez ocorra já nos próximos dez anos, quando acreditamos que a área deverá obter o mesmo reconhecimento atribuído às melhores universidades do Brasil e do mundo.

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

Santa Casa. Ortopedia [sem data].

Hastes metálicas, extensíveis e de colocação intramedular. Inovação introduzida pelo

Portal HC/D ivulgação

Prof. Dr. Willian Belangero, do Departamento de Ortopedia e Traumatologia. “Estou completamente convencido de que a haste funciona. Claro que durante um certo período todos nos tínhamos incertezas, porque nos perguntávamos se uma modificação tão simples produziria os efeitos e resultados esperados. Hoje essas dúvidas se

Acervo Pessoal/CV Lattes

A ntoninho Perri/ASCOM/Unicamp

dissiparam” – disse, em entrevista ao Jornal da Unicamp, em 2009.

Em julho de 2013, o Hospital de

Prof. Dr. William Dias Belangero,

Prof. Dr. Sérgio Rocha Piedade

Clínicas realiza o primeiro transplante

coordenador das áreas de Traumato-

“Ter qualidade de vida implica ter

ósseo infantil. A cirurgia teve duração

logia e Ortopedia Pediátrica.

médicos do esporte, ortopedistas, trau-

de três horas e teve como responsável

matologistas, fisioterapeutas, psicólogos,

o Prof. Dr. Maurício Etchebehere,

educadores físicos. Mudou muito a visão

coordenador da área de Oncologia

de que apenas o ortopedista consegue

Ortopédica.

resolver os problemas”. FCM-Unicamp | 50 Anos | 149

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A oftalmologia e a otorrinolaringologia

As atividades de Oftalmologia e Otorrinolaringologia datam do início das cadeiras clínicas da Faculdade de Medicina, coincidindo com a época em que a Santa Casa começa a ser ocupada. Muitos dos envolvidos na campanha de instalação da escola médica, inclusive, são especialistas nessas áreas, entre os quais, o oftalmologista Antonio Augusto de Almeida e os otorrinolaringologistas Gabriel Porto e Paulo Mangabeira Albernaz. Mesmo constituindo um departamento, as disciplinas sempre tiveram desempenhos em particular, conseguindo avançar e se desenvolver dentro de cada especialidade. As primeiras salas para o funcionamento dos serviços de Oftalmologia e Otorrinolaringologia são montadas rapidamente com recursos quase exclusivos dos próprios docentes dessas áreas, sem esperar a burocracia estatal.

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Ao assumir pela segunda vez a diretoria da Faculdade, o professor Pinotti mais uma vez recorre ao professor Newton para chefiar a disciplina. Em março de 1977, após um grande período de insistência, ele o convence a aceitar a empreitada. − Tudo bem, aceito, afinal, a Unicamp é o sonho de todo mundo. Inicialmente, porém, quero ficar numa espécie de período probatório até tomar a decisão final. Cinco meses se passam até que o professor Newton aceite, em definitivo, o desafio proposto de reestruturar o serviço que “literalmente”, como enfatiza o professor, funciona embaixo de uma escada. É preciso ampliar o número de residentes, reduzido a apenas três médicos, além de correr atrás de doações para reequipar o setor. Verdadeiramente, a área destinada à Oftalmologia é muito fraca, contando apenas com um microscópio, uma lâmina de fenda e um refrator para óculos. − Não tem microscópico cirúrgico! – exclama. Os docentes Roberto Caldato e Ana Marcondes são contratados para reforçar a equipe. O serviço começa a crescer consideravelmente. Desde o início das atividades, a disciplina não dispõe de leitos para as intervenções cirúrgicas. Os procedimentos são realizados à noite, e dessa dificuldade surge a inestimável iniciativa de implantar no país a cirurgia ambulatorial de catarata2. A demanda de atendimento já não cabe na Santa Casa, e antes de conseguir transferir-se para o Hospital de Clínicas, o ambulatório passa a atender em uma casa alugada, localizada em frente do Hospital Irmãos Penteado. 2 O Projeto Catarata é reconhecido como uma das mais importantes estratégias para o atendimento de deficientes visuais em países do terceiro mundo. Premiado internacionalmente foi realizado regularmente em Campinas e em outras cidades do país por mais de 20 anos. Várias equipes foram formadas e levaram a cura para mais de 150 cidades brasileiras, realizando mais de 5 milhões de consultas e cerca de 1 milhão de cirurgias. Fonte: Portal HC/Unicamp.

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Em 1986, a Oftalmologia é instalada no HC em uma pequena sala. Em pouco tempo, o serviço consegue expandir sua área física, passando a contar com salas de atendimento ambulatorial e centro cirúrgico. Também aumentam o número de residentes, professores e estagiários.

2013

O modelo de atuação da disciplina de Oftalmologia da FCM, voltada à comunidade, contribui para o desenvolvimento da especialidade no Brasil. O projeto Zona Livre de Catarata, iniciado pelo professor Newton Kara ajudou a expandir a atuação do SUS em relação à cirurgia de catarata, limitada a 60 mil cirurgias/ ano na década de 1960. − A partir de 1999, quando o Ministério da Saúde encampou a cirurgia de catarata em larga escala, sob o financiamento do SUS, o Brasil passou a realizar 250 mil cirurgias ano – explica o professor Carlos Eduardo Leite Arieta, chefe do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Destacando, também, a atuação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia em parceria com a Oftalmo da FCM na realização dos mutirões. − Conseguimos facilitar o acesso e demonstrar a necessidade que mais pessoas tinham de realizar a cirurgia no País. Com o aumento das cirurgias de catarata, os mutirões passaram a ser menos frequentes. Na visão do departamento, no entanto, os eventos demonstrativos continuam importantes e ainda são realizados em parceria com organizações como o Sesi e a Rede EPTV de televisão, no chamado circuito cidadão. − Durante o ano, nós vamos a cinco ou seis cidades da região e com outros serviços de saúde, atendemos e orientamos os pacientes que precisam de cuidados oftalmológicos.

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A oftalmologia comunitária também presta atendimento a crianças do primeiro ano do ensino fundamental de escolas públicas da região de Campinas. Por mais de 20 acontecem atendimentos em sistema de mutirão ao público infantil entre 6 e 8 anos, em fase de alfabetização, cujo índice de problemas oftalmológicos gira em torno de 10%, com boa parte dos problemas relacionados à necessidade de óculos. − Esse tipo de atendimento assistencial que começou na Unicamp em 1978 não parou, e foi levado adiante pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação. Durante vários anos foram realizadas campanhas envolvendo oftalmologistas de todo o País. O avanço do setor dentro da Unicamp é considerável. Hoje, a oftalmologia está inserida no HC no contexto de atendimento terciário do SUS, fazendo parte da divisão regional de saúde e sendo referência para 4 milhões de habitantes da região. − Também somos uma necessidade para a região em algumas áreas muito específicas, como cirurgias de vítreo e retina, por exemplo, complexas e de difícil alcance dentro do SUS. Praticamente somos o único serviço na região a oferecer esses procedimentos.

O ensino também acompanhou as conquistas do braço assistencial da oftalmologia. A residência médica, que inicialmente contava com três residentes, passou a receber dez alunos por ano em seu programa. Foram desenvolvidas subespecializações para os concluintes da residência, que atualmente recebe 25 alunos anualmente. − Com o desenvolvimento da pós-graduação e com a maturação da parte assistencial, cresceu em muito as atividades de pesquisas clínicas, de tal forma que hoje temos um número de publicações por ano em revistas de impacto internacional, num volume muito bom e bem melhor que há dez anos – comemora. Ter maior importância na transformação dos serviços oferecidos à população em relação à saúde pública é uma das metas constantes da disciplina de Oftalmologia e do departamento como um todo. Difundir o conhecimento que tem sido produzido dentro da Universidade, sendo também referência de atendimento assistencial de alto padrão tecnológico, é uma busca constante, realizada no presente, mas com perspectivas de expansão futura.

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Imagens: ASCOM/Unicamp

2001. Prof. Dr. Newton Kara José, criador do Projeto Catarata, é home2001.O Projeto Catarata completou 15 anos de combate à cegueira, com cinco

nageado pela equipe de voluntários do

milhões de consultas e 1 milhão de cirurgias.

Hospital de Clínicas.

Em 2004, pesquisa realizada pela Oftalmologia revela que catarata é a maior causa de cegueira em Campinas.

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A otorrino

1963

O serviço de otorrinolaringologia é instalado na Santa Casa, em 1968. Na chefia do setor está o professor Gabriel Porto, e Raul Guedes de Melo é o primeiro professor contratado. Juntos, eles trabalham focados na mobilização de recursos para viabilizar o início das atividades, conseguindo apoio financeiro, não apenas de otorrinolaringologistas da cidade, como Manoel Afonso Ferreira, Luiz Gastão Mangabeira Albernaz e Celso Guimarães, e de docentes da faculdade como George Bernardes e Sinézio Dechichi, como também da própria administração da Santa Casa. A “Sala 9” está localizada no térreo da Santa Casa, em um dos principais corredores. Fazem parte da instalação, um ambulatório com quatro consultórios, uma sala para pequenos procedimentos cirúrgicos, e outra para guardar materiais e equipamentos. Nesse último espaço, acontecem também as microcirurgias otológicas experimentais. Mesmo no início das atividades, o Serviço de Otorrinolaringologia atende de forma abrangente, realizando intervenções em todas as especialidades da área: otologia, rinologia, endoscopia peroral e cirurgia da cabeça e pescoço. Um convênio firmado entre a FCM e o Instituto Penido Burnier passa a complementar o treinamento da residência médica da disciplina, iniciado em 1969. São dois residentes. George Eduardo Câmara Bernardes é financiado com verbas da própria Unicamp, e Oscar Maudonnet é custeado pela Fundação Afonso Ferreira. O primeiro é docente contratado e dedica-se ao ensino da Otologia. O segundo, por sua vez, passa a ser resposável pela Otoneurologia depois de formado. A vitalidade do departamento é inquestionável. Em 1973, motivado pela interdisciplinaridade da Otorrinolaringologia o professor Gabriel funda o Centro de Reabilitação de Surdos e Cegos3. Em

3 Atual Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação.

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Antoninho Perri/ASCOM/Unicamp

1974, novos docentes são contratados4. Em média, são atendidos 60 pacientes semanalmente, sendo duas manhãs reservadas ao Centro Cirúrgico nas instalações do Hospital Irmãos Penteado, que também colabora com o departamento disponibilizando anestesistas. Após o falecimento do professor Gabriel Porto, em 1976, a disciplina passa a ser chefiada pelo professor Raul R. Guedes de Mello. Em 1982, o convênio com o Instituto Penido Burnier é encerrado, frente à organização crescente da disciplina. Em 1986, a disciplina é transferida para o recém-inaugurado Hospital de Clínicas. As novas instalações motivam total reestruturação do serviço. A chegada dos professores Reinaldo Gusmão e Agrício Nubiato Crespo confere novo ânimo ao setor, impulsionando o Serviço de Laringologia e o Serviço de Cabeça e Pescoço. As atividades de pós-graduação são iniciadas a partir de 1987.

O otorrinolaringologista Gabriel Porto participou ativamente da campanha de instalação da Faculdade de Medicina. Foi fundador do Serviço de

− A vocação interdisciplinar e o pioneirismo da disciplina em relação aos avanços técnico-científicos foram logo evidenciados através de sua participação ativa na criação do Cepre e na introdução das cirurgias com laser de CO2 na prática otorrinolaringológica. Essa visão continua presente em várias áreas, dentre as quais se destacam as Cirurgias Endoscópicas Minimamente Invasivas dos Tumores da Laringe, as Cirurgias da Base do Crânio, o Serviço de Reabilitação Vocal, o desenvolvimento da Otorrinolaringologia Ocupacional, a criação do Serviço de Implante Coclear, entre outros – destaca o professor Agrício, em 20045.

Otorrinolaringologia, na Santa Casa, e do Centro de Reabilitação de Surdos e Cegos, atual Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (Cepre).

4 Ester Maria D. Nicola (Implanta o Núcleo de Assistência e Pesquisa na Aplicação do Laser CO2); Luiza H. Endo (Destaca-se pelo desenvolvimento pioneiro da Otorrinopediatria no Brasil); Jorge Rizzato Paschoal (Implanta o Serviço Multidisciplinar de Cirurgia da Base do Crânio e Nervo Facial); Ariovaldo Armando Silva (Desenvolve o Serviço de Audiologia e Distúrbios da Comunicação Humana). 5 (COSTALLAT, 2004).

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2013

Conta o professor Reinaldo Gusmão, que até a década de 1970 a Otorrino era uma disciplina de segunda ou terceira categoria. O especialista tinha seu campo de atuação extremamente limitado, sem grandes projeções ou atividades nas áreas de cirurgia do ouvido, cavidade nasal, rinologia. De lá para cá, o Brasil como um todo ampliou o campo de atuação da otorrinolaringologia e o profissional que antes era considerado apenas um “tirador de amídala”, hoje atua num ramo de atividade em que é possível sobreviver só com as subespecialidades. Seguindo essas transformações, a disciplina de Otorrinolaringologia conseguiu ampliar seu braço assistencial na Unicamp, acompanhando também a evolução da área em outros países. – A otorrino foi particularmente muito feliz em seu desenvolvimento porque ela abriu um leque em todas as áreas. Seguimos todas as diretrizes da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, com profissionais da rinologia, cabeça e pescoço, otologia, laringologia, entre outros. Precisamos reconhecer o esforço de toda uma geração de pessoas que contribuiram para que isso fosse possível – enfatiza. Ele explica que disciplina que oferece uma das melhores residências do Brasil também está presente no segundo e terceiro ano do curso de

graduação, com neurociências e a anatomia cirúrgica, além de almejar para os próximos anos uma inserção também no internato. – Tem uma razão para isso. Cerca de 20% a 30% dos casos que surgem no pronto-atendimento pertencem à área otorrinolaringológica. Na criança essa taxa sobe para 45%. A especialidade como base de formação para o médico generalista é muito importante – afirma. Chefe da disciplina e atual presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, o professor Agrício Nubiato Crespo destaca que o nível da especialidade e da disciplina elevou-se intensamente. A qualidade do serviço melhorou consideravelmente em relação ao que era a “Sala 9” da Santa Casa, para o espaço físico privilegiado em área nobre do Hospital de Clínicas. Com a transferência para o Hospital de Clínicas e o avanço do serviço assistencial, o próprio HC que antes era considerado espaçoso, passou a ser fator limitante ao desenvolvimento de outras ações do ponto de vista da estrutura física. Realmente, ao lado da oftalmologia, a otorrinolaringologia responde pelo maior número de atendimentos ambulatoriais do HC na atualidade. A reposição do quadro docente, mediante as novas aposentadorias, também é outro desafio.

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– Ainda assim, a disciplina mantém intensa atividade cirúrgica. Também estabelecemos convênios com hospitais regionais (Divinolândia e Sumaré) numa tentativa de contornar essas limitações – complementa professor Agrício.

M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/ U nicamp

– Por incrível que pareça, atendemos com apenas sete leitos. A nossa atuação só não cresce ainda mais porque temos uma limitação da própria infraestrutura hospitalar – observa.

Sede atual do Departamento de Otorrinolaringologia, localizada no prédio FCM 11.

Portal HC/U nicamp

Antoninho Perri/ASCOM/Unicamp

As expectativas de expansão e crescimento são as melhores, com o fortalecimento da produção científica, renovação e ampliação da oferta de equipamentos e tecnologia, essenciais ao progresso da especialidade.

2009. Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital de

2013. Disciplina de Otorrinolaringologia promove, no

Clínicas utiliza técnicas para atenuar os efeitos dos problemas

Hospital de Clínicas, campanha de conscientização no Dia

que afetam as cordas vocais.

Mundial da Voz.

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A cirurgia

1972

O Departamento de Cirurgia é criado ainda na Santa Casa de Misericórdia, em 22 de setembro de 1972, por decisão do diretor da Faculdade de Medicina, José Aristodemo Pinotti. Até então, a Cirurgia era responsabilidade do professor David Rosemberg e estava vinculada ao Departamento de Clínica Médica, chefiado pelo professor Silvio dos Santos Carvalhal. Assim que o departamento é criado, o professor Marcel Cerqueira César Machado é nomeado temporariamente para o cargo. Logo depois é o doutor Luiz Sérgio Leonardi quem assume a chefia da seção, após indicação unânime dos demais docentes da Cirurgia. Sob a sua gestão, são criadas as disciplinas de Moléstias do Aparelho Digestivo, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Moléstias Vasculares e Periféricas, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia do Trauma, Fisiologia e Metabologia Cirúrgica, Cirurgia Pediátrica e Técnica Cirúrgica. O início das atividades do Departamento de Cirurgia é marcado por muito trabalho, frustrações e também otimismo, caracterizando o esforço de toda a comunidade em aperfeiçoar o ensino e a assistência médica. Este começo molda o caráter assistencial

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Em 1988, os cursos de pós-graduação são iniciados, e é criada a disciplina Cirurgia do Trauma. Em 1990, a disciplina Fisiologia e Metabologia Cirúrgica é adicionada ao currículo. Em 1991, a Unicamp realiza seu primeiro transplante hepático e se torna a segunda universidade do país a realizar um transplante desse tipo. A criação do Gastrocentro e do Núcleo de Medicina e Cirurgia Experimental são outras duas importantes contribuições do Departamento de Cirurgia para o desenvolvimento das atividades assistenciais e acadêmicas realizadas na Universidade. A disciplina Moléstias do Aparelho Digestivo, por exemplo, mantém ativo no Gastrocentro os serviços de Colonoscopia, Dilatação Esofágica e Endoscopia das Vias Biliares e Pancreáticas, não apenas destinados aos pacientes da Unicamp, mas também àqueles encaminhados de outras cidades. Dos procedimentos mais simples às intervenções complexas, o Departamento de Cirurgia atinge novas marcas a cada dia. Cresce anualmente o número de cirurgias realizadas. Dados do HC, de 2011, revelam 13.951 cirurgias efetivadas no hospital naquele ano, entre intervenções ambulatoriais e gerais. Destas, 324 são transplantes. As cinco maiores especialidades que operam no Hospital de Clínicas são a Oftalmologia, a Ortopedia, a Urologia, a Cirurgia Plástica e a Cirurgia do Trauma.

2013

O Departamento de Cirurgia funciona como uma federação, reunindo diversas especialidades sob uma administração comum e fomentando a integração das diferentes áreas no sentido de promover o ensino, a pesquisa e o atendimento da população na área cirúrgica. O setor conta com aproximadamente 35 professores no quadro e sua rotina é bastante intensa e ampla. Além de atuar no HC e HES, e de realizar estágios de algumas especialidades em outros hospitais, o Departamento de Cirurgia tem como meta futura expandir sua área de atuação.

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− O HC diferenciou-se muito. Ele ficou extremamente especializado. Todo mundo aqui faz cirurgia de alto nível, de alta complexidade, ao passo que precisamos ensinar alunos de medicina e residentes de cirurgia geral – explica o professor Joaquim Murray Bustorff Silva, atual chefe do departamento. Segundo ele, além do HC – onde seria ministrado o ensino das especialidades, os estudantes precisariam contar com mais uma unidade hospitalar, onde o foco principal de ensino seriam as bases e os princípios da cirurgia. Outro desafio refere-se à adequação do departamento às novas perspectivas do ensino da cirurgia que “mudou muito nos últimos anos”, não apenas mediante a incorporação tecnológica, com a realização de cirurgias videoassistida, robóticas, uso de lasers e etc., como também à incorporação de várias tecnologias clínicas, com o uso de células-tronco, nanotecnologia, entre outras. − Antigamente, o cirurgião ensinava só a operar. Agora ele precisa aprender a usar a tecnologia, precisa aprender a tomar as decisões a respeito de quando operar e, mais importante que isso, de quando não operar – explica. A interdependência entre as diversas especialidades clínicas, cirúrgicas e de diagnóstico é uma realidade, de maneira que a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade são fatores indispensáveis ao exercício das atividades do departamento. − Precisamos muitas vezes de um especialista em imagens diagnósticas para falar com a gente. Precisamos que o clínico venha e converse sobre as possibilidades de tratamento. Não dá para entender muito mais hoje em dia, um médico sozinho, abrindo um consultório numa cidade do interior e achar que ele vai resolver todos os problemas – afirma.

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A construção de um centro de desenvolvimento de tecnologia em medicina é um dos projetos futuros idealizados pelo Departamento de Cirurgia. Um projeto sonhador, também muito caro, e que pode depender da relação que a universidade pode ter com a indústria, porque a “pressão econômica pode modificar algumas coisas que não precisam ser modificadas”, diz. − Mas isso é um sonho grande. Estamos imbuídos em um grande projeto de modificar o ensino em nível de graduação e em nível de residência também, principalmente, da cirurgia geral. Este é um sonho mais prático – explica. A proposta é ensinar o aluno de medicina a fazer uma medicina de qualidade que seja necessária e suficiente para 90% da população brasileira. − Nosso aluno é um aluno que sai muito querendo fazer uma especialidade de ponta, a fazer uma coisa que só ele quem faz. Acho que isso é importante, mas, ao mesmo tempo, a gente precisa de médicos para esse Brasil aí afora, que tenham uma formação bastante sólida nas bases da medicina e que possam atender nosso tipo de demanda – finaliza.

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CMA/FCM/U nicamp

Corpo docente do Departamento de Cirurgia, estando presente o Prof. Mário Degni (2º reitor da Unicamp) e alguns

Imagens: Livio N anni/Acervo Pessoal

alunos da Turma I (Santa Casa).

O cotidiano do centro cirúrgico do Hospital de Clínicas, retratado na exposição Fotografia e História da FCM, realizada pelo Prof. Livio Nanni, em maio de 2013, em comemoração aos 50

A ntonio Scarpinetti/ASCOM/Unicamp

Portal HES/Unicamp

anos da Faculdade.

2013. O Prof. Phillipe Monnier, da Universidade de Lausanne (Suiça), considerado autoridade mundial em reconstrução da laringe em crianças, realiza três cirurgias-aula de estenose

2010. Prof. Luis Sérgio Leonardi recebe o título de professor emérito das mãos do

laríngea no Hospital Estadual Sumaré.

então reitor, Fernando Costa, e do ex-reitor José Martins Filho.

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A anestesiologia

1979

O Departamento de Anestesiologia é implantado em 7 de agosto de 1979, mas sua história começa muito antes, em 1965, quando é criado um Serviço de Anestesia, mediante a contratação, por serviços prestados, de médicos especializados em anestesia, entre os quais: Miguel Maimone Pierro, Renato Ângelo Saraiva, Paulo Mozart Pasos Pereira e José Gilberto Scandiucci. Durante o início de suas atividades, o Serviço de Anestesia acompanha, em média, 30 cirurgias por mês. A partir de 1968, no entanto, a demanda aumenta e novos médicos chegam ao setor, entre eles: Carlos Nunes Coelho, Alberto Afonso Ferreira, Massani Katayama, Amaury Sanchez Oliveira, Wladimir Alfer, Cecilia Gimenez, Vadir Tombolato, Osmar Trojan e Diotoko Kian. Em 1970, o professor Masami Katayama elabora um anteprojeto para transformar o Serviço de Anestesia, até então vinculado ao Departamento de Clínica e Cirurgia, em um Departamento de Anestesiologia. O pedido não é atendido de imediato, pois contraria os estatutos da universidade. Diante disso, o professor Gilberto Afonso Ferreira encaminha novo pedido ao reitor Zeferino Vaz, desta vez, solicitando a criação da disciplina de Anestesiologia. 166 | A história dos departamentos

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CADCC/FCM/ U nicamp

O professor Álvaro Guilherme Bizerril Eugênio, assistente do professor Vital Brazil no Departamento de Farmacologia, é convidado, em 1971, a reestruturar o Serviço de Anestesia e a criar a disciplina de anestesiologia naquele departamento. Assim, ao lado das atividades assistenciais, começam a ser desenvolvidas as atividades de ensino e pesquisa. Vários membros do serviço são desligados e novos são contratados em regime de carreira universitária. Nos cinco anos subsequentes, seis turmas de quintoanistas (cerca de 500 alunos) matriculam-se nos cursos de graduação previstos pela disciplina, 31 médicos cumprem seus programas de residência, 37 trabalhos são apresentados em congressos médicos no país e no exterior, 47 trabalhos são publicados em revistas nacionais ou estrangeiras. A disciplina, por intermédio de seus docentes, participa de 27 eventos, entre mesas redondas, simpósios, painéis e seminários; além de 51 conferências com Universidades, Sociedades Médicas, Jornadas e Congressos, no país e no exterior. Finalmente, três teses de doutoramento são defendidas e aprovadas. Realizadas em um período de tempo relativamente curto, as atividades desenvolvidas pelos 13 professores1 da disciplina de Anestesiologia, comprovadamente, justificam novo pedido de criação do departamento, em 1977. O pedido finalmente é atendido pelo Conselho Diretor, e o Departamento de Anestesiologia é criado em 7 de agosto de 19792. O professor Álvaro assume a coordenação do departamento na mesma data e permanece no cargo até 1988, quando é eleito para o seu lugar o professor Amaury Sanchez Oliveira. Em agosto de 1989, Sanchez pede demissão da chefia do departamento e assume o posto, o professor Antonio

Prof. Dr. Álvaro Guilherme Bizerril Eugênio. Chefe fundador do Departamento de Anestesiologia (1979 a 1988).

1 Álvaro Guilherme Bizerril Eugênio, Amaury Sanchez Oliveira, Antonio Vanderlei Ortenzi, Francisco Alves Pereira, Glória Maria Braga Potério, Guilherme Frederico Ferreira dos Reis, Maria do Rosário Silva Pinheiro, Neusa Júlia Pensardi Pavani, Icaro Antonio Zafalon Bozza, Eunice Sizue Hirata Terra, José Eduardo Z. Pires Arruda, Carlos Alberto Magna e Carlos Roberto D’Ottaviano. 2 Contribuiram com as atividades de implantação do Departamento de Anestesiologia, os professores: Ariovaldo Vendramini, Píndaro Vignoli Zerbinatti, José Aristeu Fachini Frias, Francisco França Camargo e Lenilson Moreira Filho.

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Vanderlei Ortenzi. Seguindo o calendário de sucessões, são eleitos para a chefia os docentes: Neusa Júlia Pensardi Pavani, Glória Maria Braga Potério, Rosa Inês Costa Pereira, Franklin Sarmento da Silva Braga e Angélica de Fátima Assunção. A partir de 1985, com a inauguração do complexo hospitalar dentro da área do campus universitário e a crescente demanda gerada pelo aumento do número de cirurgias e procedimentos anestésicos, médicos anestesiologistas passam a ser contratados para uma função especial, a de médicos assistentes. − Grandes números traduzem nosso crescimento. Mais de 15 mil anestesias/ano, atendendo às necessidades de nossos pacientes e propiciando um inigualável cenário para o aprendizado – diz a professora Rosa Inês Costa Pereira, em 2003, na chefia do departamento3.

2013

Atualmente, o Departamento de Anestesiologia é constituído por dez docentes4 que participam das atividades de ensino na graduação e na residência médica, além das atividades assistenciais desenvolvidas no HC e no Caism. Muitos deles também são responsáveis por atividades administrativas, colaborando de maneira relevante com a diretoria da FCM no complexo hospitalar. O departamento conta também com um núcleo administrativo composto por três funcionários. No ensino, a disciplina MD 135 – Anestesiologia é ministrada no sexto ano médico, em rodízio contínuo, para grupos de 6 a 7 alunos, durante quatorze dias úteis, em período integral. Na maioria das vezes, as aulas são supervisionadas pelos docentes do departamento. Essas considerações relacionadas ao ensino também são observadas na residência médica.

3 (COSTALLAT, 2004). 4 Dentre os dez professores do departamento, dois pertencem ao nível MS5 (Professor Associado), e oito pertencem ao nível MS3 (Professor Doutor). A maior parte deles, contratada em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP).

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Edimilson Montalti/ARP/FCM Unicamp

A residência em Anestesiologia mudou em relação à época em que foi criada. Hoje em dia, o programa é realizado em três anos obrigatórios, com ingresso de 14 médicos por ano. Antigamente, ela tinha duração de um ano (segundo ano opcional) e admitia cerca de oito ingressantes. As atividades proporcionam grande atuação dos residentes em procedimentos anestésicos em todas as especialidades cirúrgicas, além da Clínica de dor e Unidade de Terapia Intensiva e Anestesia. Por sinal, o desempenho do Departamento de Anestesiologia, tanto na graduação quanto na residência médica, merece destaque. Na última década, o setor foi considerado centro de excelência na formação de especialistas pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

“Estamos entre cinco melhores programas nacionais de residência em Anestesiologia” Profª. Angélica de Fátima de Assunção

− Estamos entre os cinco melhores programas nacionais de residência em Anestesiologia – ressalta a professora Angélica de Fátima de Assunção Braga, atual chefe do departamento.

Braga, chefe do Departamento de Anestesiologia.

Em relação às atividades assistenciais, o departamento coordena os Serviços de Anestesia no HC e Caism, gerenciando as atividades de um corpo de anestesiologistas composto, aproximadamente, de 40 médicos especialistas, que além da função assistencial colaboram na supervisão de atividades práticas desenvolvidas por alunos da graduação e residentes. − Vemos a oportunidade de consolidar novas contratações para o quadro docente, com a possibilidade de atrair profissionais com perfil mais voltado à pesquisa, viabilizando maior produção científica e a concretização de um programa de pós-graduação “stricto sensu” – encerra.

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A enfermagem

1966

A criação de uma Faculdade de Enfermagem é prevista desde os primórdios da organização da FCM, por meio da Resolução 46/66 do Conselho Estadual de Educação, que autoriza sua instalação e funcionamento, com os primeiros Institutos e Faculdades da Universidade de Campinas, incluindo a Faculdade de Medicina. Dado o histórico conturbado de instalação da própria universidade, a Faculdade de Enfermagem não sai do papel. Em 1969, o Decreto 52.255, de 30 de julho de 1969, baixa os estatutos da Unicamp, mudando a denominação da Faculdade de Medicina para Faculdade de Ciências Médicas, deixando a cargo desta a realização do curso de graduação em Enfermagem. O funcionamento do curso de Enfermagem é autorizado a partir de 1978. Na coordenação da graduação está o professor Luiz Cietto, que também assume a direção da Divisão de Enfermagem do Hospital das Clínicas, nesse período em vias de implantação. Nos anos iniciais, as disciplinas do currículo são ministradas majoritariamente pelos docentes do Instituto de Biologia, embora o curso também conte com a colaboração dos professores do curso de Medicina. Em 1979, com o início das disciplinas do ciclo profissionalizante, que requerem estágios supervisionados, é necessário solicitar a colaboração dos enfermeiros do HC para acompanhar os estudantes.

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M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/ U nicamp

– Por se tratar de um curso novo e dada a impossibilidade de se formar inicialmente um corpo docente titulado, o quadro de professores é constituído gradativamente, tanto pelos enfermeiros do HC, quanto pela contratação de professores de outras instituições de enfermagem – observa a professora Dalva Maria Silva Pereira1.

Sede atual da Faculdade de Enfermagem.

O Departamento de Enfermagem é criado oficialmente em 1981, data que coincide com a formatura da primeira turma do curso de graduação, com o reconhecimento dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem pelo Conselho Estadual de Educação2 e Ministério da Educação e Cultura. Os dez primeiros docentes do curso de graduação são lotados no Departamento de Enfermagem, por ato do reitor, em 30 de abril de 1981. − Aos poucos, as dificuldades iniciais vão sendo superadas, em especial a de formação acadêmica do corpo docente e ampliação do quadro – explica a professora Lourdes Torres de Cerqueira3.

1 Revista FCM, 1993. 2 Parecer CEE 2038/81, de 21 de dezembro, e Portaria 322/82, do Ministério da Educação e Cultura, de 20 de agosto. 3 Revista FCM, 1993.

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De fato, ao longo dos anos, a Enfermagem precisa lidar com duas condições administrativas: o fato de ser um departamento e, ao mesmo tempo, um curso de graduação; contando com chefia e conselho departamental, e também com coordenador do curso de graduação e uma comissão de ensino. A implantação dos cursos de pós-graduação e a emancipação da Faculdade de Enfermagem são conquistas recentes, que consolidam, no entanto, as atividades iniciadas ainda em 1978, a partir do início do curso de graduação.

2013

4

A Faculdade de Enfermagem (FEnf), aprovada como unidade acadêmica pelo Conselho Superior da Unicamp em agosto de 2012, tem se consolidado no âmbito da ciência, da tecnologia e da inovação, como polo aglutinador que reúne indicadores de qualidade e lhe confere, no cenário nacional, posição de destaque nos cursos de graduação e pós-graduação, na pesquisa e extensão. Atualmente, a FEnf possui 25 docentes que exercem atividades de ensino, pesquisa e assistência, em RDIDP, e sete Profissionais de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Paepe) que participam no ensino de graduação, nas atividades práticas. Conta, ainda, com dois professores colaboradores, aposentados, que atuam no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem lato e stricto sensu. O curso de graduação tem contribuído para a qualidade da saúde da população, por meio de uma formação que privilegia o processo ativo de ensino-aprendizagem, caracterizado pela interdisciplinaridade e internacionalidade por meio de intercâmbios com instituições de ensino superior no exterior, o que reflete na formação de profissionais com elevado potencial para intervir no contexto social e das políticas públicas de saúde nacionais. Apontado como 4 Texto escrito por Fernanda Aparecida Cintra: diretora pro tempore da Faculdade de Enfermagem (FEnf), Maria Isabel Pedreira de Freitas: diretora-associada pro tempore da FEnf, e Maria Filomena Ceolim: coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FCM. Todas também são professores associadas da FEnf.

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um dos melhores cursos de graduação do País, no Relatório Final da Comissão Externa de Avaliação Institucional (2010), mantém esta excelência com 40 vagas anuais de vestibular e carga horária total de 4.065 horas na modalidade bacharelado. Na estrutura curricular da graduação, mantém-se a interdisciplinaridade pela participação dos institutos de Biologia e Química e da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) no oferecimento de disciplinas dos ciclos básico e profissionalizante, bem como pela participação da Faculdade de Educação no oferecimento de disciplinas específicas da estrutura curricular da modalidade licenciatura. A articulação do corpo docente da FEnf em diferentes setores da área da saúde tem gerado benefícios diretos à população, por meio da produção de conhecimento e práticas que atendem às necessidades sociais. A atuação de docentes, profissionais Paepe e discentes em 16 Unidades Básicas de Saúde do município de Campinas e no complexo hospitalar da Unicamp, reflete o compromisso desta Faculdade com a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida da população. O Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf), criado em 1999 com o Mestrado Acadêmico, e expandido em 2008 com o doutorado, mantém-se vinculado à FCM. Na última avaliação trienal Capes (2007 -2009) obteve nota 5, classificando-se entre os nove Programas de Pós-Graduação em Enfermagem com nota 5 no país. Embora jovem, o PPGEnf encontra-se consolidado e com forte potencial para ampliar o quadro de doutores do país. A estrutura administrativa, em fase de implantação, contempla os respectivos colegiados e serviços de apoio técnico. As coordenadorias de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, previstas na legislação da Universidade, terão a responsabilidade de traçar as diretrizes e zelar pela execução dos respectivos programas.

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As atividades de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços das áreas de conhecimento estarão sob a responsabilidade de um Conselho Integrado que deverá organizar e atribuir encargos aos docentes e discentes, bem como prover os meios necessários para o cumprimento das atividades da Unidade e das demais atribuições previstas na legislação da Universidade e no Regimento Interno da Faculdade de Enfermagem. Em consonância com as diretrizes da Unicamp, a Faculdade de Enfermagem tem o compromisso de ampliar a capacidade de produzir ciência e tecnologia aplicada ao desenvolvimento educacional, político-social e econômico do país. Como unidade acadêmica, a FEnf incrementará o investimento na formação de recursos humanos qualificados em saúde, geração e difusão de conhecimentos, com vistas ao avanço científico da profissão que, por sua vez, remete à melhoria das condições de saúde e qualidade de vida da população. Na trajetória do curso de graduação, que completa 35 anos, importantes conquistas reúnem elementos de qualificação do recém-graduado para jovem pesquisador e ingresso imediato na pós-graduação. Soma-se a isso a capacidade deste profissional para o desenvolvimento de ações de enfermagem nos serviços de proteção, recuperação e reabilitação da saúde, gerenciamento, liderança, auditoria e consultoria em assuntos de sua especialidade. O maior desafio da FEnf é formar recursos humanos capacitados para o exercício profissional fundamentado no rigor dos princípios científicos que norteiam as bases do conhecimento e os valores inalienáveis de ética, responsabilidade, compromisso e empatia nas atividades que exerce na sociedade, nas instituições formadoras e nas instituições de atendimento aos usuários do sistema de saúde. Os desafios assumidos com a conquista da autonomia acadêmica e administrativa, por sua vez, irão impulsionar esta Unidade na formação de pesquisadores com potencial para fazer ciência, bem como atuar nos espaços políticos, de saúde e nos diferentes segmentos da sociedade. 174 | A história dos departamentos

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Imagens: CADCC/FCM/U nicamp

Alojamento. Santa Casa [sem data].

Alunas em treinamento [sem data].

CTI. Santa Casa [sem data].

Atendimento na Santa Casa de

Enfermeira Cecília atendendo paciente

Enfermeiras em frente à Santa Casa de

Misericórdia [sem data].

no setor de Hemodiálise da Enfermaria

Misericódia [década de 80].

de Nefrologia na Santa Casa de

C amila D elmondes/ARP/FCM/Unicamp

Misericórdia de Campinas [sem data].

2013. Alunas da Enfermagem demonstram práticas da profissão aos visitantes da Unicamp de Portas Abertas. FCM-Unicamp | 50 Anos | 175

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A patologia clínica

1982

É famosa a panela utilizada pelo Laboratório de Patologia Clínica para realizar as dosagens de glicose e ureia pelos métodos de ortotoluidina e diacetilmonoxima. O serviço funciona em uma pequena sala no pátio da Santa Casa de Misericórdia, em uma época em que não existem padrões comerciais para a maioria das análises, e os resultados dos exames são calculados por um fator estabelecido pela curva de calibração. O registro pré-analítico é feito em dois livros-ata pretos; um para o ambulatório e outro para enfermaria. Os testes realizados no soro seguem o seguinte procedimento: o sangue é coletado em seringa de vidro (reutilizável) e transferido para frascos do mesmo material (reaproveitáveis). Depois que o coágulo se desprende, o soro é colocado em um tubo de centrífuga e, finalmente, o sobrenadante dessa operação é armazenado em um frasco de penicilina (reutilizável) e encaminhado para a realização dos exames. Sem contar o processo de etiquetagem e registro (feito com esparadrapo), apenas quatro etapas separam a fase pré-analítica da análise propriamente dita. Nessa época, há quem reclame do controle de qualidade, realizado em papel milimetrado, mas já houve tempos ainda mais desafiadores quando o Laboratório funcionou

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Em 31 de março de 1982, tendo cumprindo as três primeiras etapas, o departamento é criado. Finalmente a área destinada ao laboratório é concluída e nova mudança acontece. O professor Prigenzi assume a chefia do departamento em outubro, e em dezembro daquele mesmo ano acontece a primeira reunião do Conselho Departamental, quando são eleitos os primeiros representantes docentes: Cecília Mattos Ulson, Fernando Ferreira Costa e Cláudio Lúcio Rossi1. Em 1991, diante da complexidade do gerenciamento simultâneo do Departamento de Patologia Clínica e do então Laboratório de Patologia Clínica, o Conselho Departamental solicita da Superintendência do HC a criação da Divisão de Patologia Clínica, a partir de janeiro do ano seguinte. Instalada no Bloco F do HC a partir de julho de 1993, a divisão abrange um complexo de laboratórios supervisionados pelos professores do Departamento de Patologia Clínica e que compõem as seções de Bioquímica, Hematologia, Fisiologia, Imunologia, Líquidos Biológicos, Microbiologia e Parasitologia, ligadas ao departamento.

2013

São poucas as faculdades de medicina no País que têm um Departamento de Patologia Clínica estruturado como o da FCM, onde a assistência de excelência está aliada ao ensino de graduação e pós-graduação e à pesquisa. Distribuídos pelas diferentes disciplinas ou áreas, os docentes do departamento puderam crescer cientificamente, e o que poderia ter sido apenas mais um laboratório de análises clínicas transformou-se num centro de ensino e investigação de ponta, obtendo reconhecimento dentro e fora da universidade. São 15 docentes, cerca de 140 funcionários e quase 2 milhões de diagnósticos realizados anualmente.

1 Nesta mesma reunião, estiveram presentes, os docentes: Quivo S. Tahin, Armando Costa Manaia, Gilberto D’Assunção Fernandes, Célia Regina Garlipp, Maria Helena S. Kraemer, Ulysses Moraes de Oliveira, Waldir F. Murari e Helena Zerlotti Wolf.

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Com uma proporção de pelo menos 50% de profissionais não médicos, o departamento tem participação significativa no ensino, na pesquisa e na assistência. Além da Divisão de Patologia Clínica, os docentes contam também com laboratórios próprios de pesquisa fora do hospital. − Só vão para os laboratórios de pesquisa os alunos que trabalham com métodos, recursos ou estrutura diferentes da realidade hospitalar. Aqueles alunos, que dependem da estrutura hospitalar, realizam as atividades de pesquisa e ensino na própria divisão – observa a professora Maria de Fátima Sonati. No ensino de graduação, o departamento oferece disciplinas tanto para os alunos da Medicina, quanto da Farmácia. No primeiro curso, o enfoque principal debruça na indicação e na interpretação de exames. No segundo, na realização e no controle de qualidade. − Uma das vertentes do departamento foi sempre ensinar muito bem o aluno de medicina a interpretar corretamente e a solicitar um exame laboratorial. Na Farmácia, o contexto é diferente e ensinamos como fazer o exame, como controlar a qualidade e como garantir que o diagnóstico reflita a realidade biológica do paciente – lembra a professora Célia Regina Garlipp, atual chefe do Departamento de Patologia Clínica. Muito diferente é a fase pré-analítica realizada atualmente pela Divisão de Patologia Clínica quando comparada ao início das atividades na década de 1960. Se antes era inexistente a padronização para a realização das análises e para os resultados dos exames, hoje, elas regulam as atividades das fases pré-analítica, analítica e pósanalítica, e fornecem indicadores de qualidade. É o caso das leis de Biosegurança, Impacto Ambiental, das regulamentações da Anvisa, dos Conselhos de Medicina, Farmácia e Enfermagem, por exemplo.

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A fase pré-analítica diz respeito a tudo o que envolve o exame antes que ele, efetivamente, entre na área técnica para ser processado, como por exemplo, a solicitação do médico, o tempo em que o médico fez a solicitação e o paciente conseguiu chegar ao laboratório, em quais condições o paciente chegou, se ele estava em jejum ou não, se foi orientado ou não, entre outros. A coleta do exame, se os tubos foram etiquetados corretamente ou se haviam códigos de barra ou não; ou ainda o transporte são aspectos rigorosamente aferidos durante a fase pré-analítica. Quando o material entra na área específica ele é então processado. Essa é a fase analítica, que no Departamento de Patologia Clínica, acontece quase toda de forma automatizada, com equipamentos de última geração funcionando muito bem. − A área técnica flui bastante, processando exames de alta complexidade, que muitas vezes só são realizados pela Unicamp – enfatiza a professora Célia. A última fase é a pós-analítica. É uma etapa de extrema importância, pois acontece com a liberação dos laudos. Assim, os procedimentos estão voltados para garantir que os laudos emitidos sejam seguros.

Em todas as fases, a tecnologia da informação tem sido fundamental para atender toda a demanda, sendo um dos maiores desafios do departamento na atualidade, desenvolver um sistema que contemple todas as necessidades da área e que seja integrado ao sistema do HC. A multidisciplinaridade e a relação dos estudantes com a tecnologia também são questões importantes e desafiadoras para os docentes da Patologia Clínica, que cada vez mais passam a trabalhar com diferentes formações e novas gerações de estudantes. Entre os avanços técnico-científicos, a professora Fátima destaca a predominância do diagnóstico molecular, que poderá implicar mudanças estruturais no departamento. − As pessoas irão trabalhar com diferentes doenças e sistemas, mas o diagnóstico será feito com o mesmo approach. Isso vai nos tornar compactos e obrigar uma interação muito maior com outros setores – estima Fátima. − A interação com o médico, caso a caso, vai ser maior e exigir mais da gente, de maneira que precisaremos interagir muito mais com o clínico e o cirurgião, por exemplo, porque os diagnósticos serão mais personalizados – finaliza Célia Regina Garlipp.

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CADCC/FCM/U nicamp

A sede da Cruzada das Senhoras Católicas abrigou o Laboratório de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina no início

Portal HC/U nicamp

Antonio Scapinetti/ASCOM/Unicamp

de suas atividades. [sem data].

tamento de Patologia Clínica. Em destaque, os professores: Fernando

do HC recebe o Sistema de Imunoensaio Automatizado CO-

Ferreira Costa, reitor da Unicamp, Mario José Abdala Saad, diretor

BAS e-601 e o Analisador Modular COBAS série 6000,

da FCM, e Manoel Barros Bertolo, superintendente do HC.

para realização da análise de exames para dosagem hormonal. M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/U nicamp

2013. Laboratório de Fisiologia. Divisão de Patologia Clínica

Portal HC/U nicamp

2012. Descerramento de placa comemorativa dos 30 anos do Depar-

Laboratório de Hematologia.

Sede atual do departamento, localizada no prédio FCM 12. FCM-Unicamp | 50 Anos | 181

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A radiologia

1992

A radiologia atinge o status de departamento somente em 1992, 30 anos depois de criada a Faculdade de Ciências Médicas, em 1962, e 15 anos após ter sido iniciada a departamentalização dos serviços, em 1977. Até 1968, é o Hospital Irmãos Penteado quem socorre o curso de medicina quando os pacientes internados na Santa Casa precisam de exames radiológicos. Em meados de 1966, porém, a situação começa a se mostrar insustentável, dada a quantidade de exames a ser realizados. Os estudantes entram em greve. Acampados no pátio da Santa Casa, em uma barraca de campanha emprestada pelo Exército, eles reivindicam melhorias no serviço de imagem. Por noites seguidas, na companhia de alguns professores, os alunos jogam baralho e aguardam uma solução para o problema. Atendendo às manifestações, o serviço é instalado em uma sala anexa à Santa Casa, em um local adaptado, onde funcionava a antiga enfermaria de isolamento. No início, os exames são realizados em um equipamento de médio porte e a revelação é feita manualmente. Inicialmente vinculado ao Departamento de Clínica Médica, o Serviço de Radiologia conta com a colaboração do professor Rubens Marcondes Pereira, chefe daquele departamento, para 182 | A história dos departamentos

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organizar a rotina e formar a equipe de trabalho. Durante o curto período em que a Clínica Médica e a Cirurgia passam a constituir o Departamento de Clínica e Cirurgia, a radiologia se torna um serviço isolado, ficando subordinada à diretoria da FCM. Dois anos depois de instalado o serviço, a radiologia consegue ampliar o atendimento, aumentando o espaço físico com uma segunda sala e um novo aparelho de exames. Outras duas salas reforçam o serviço radiológico a partir de 1972, sendo uma delas reservada à angiografia. No período entre 1970 a 1985, o serviço radiológico passa por grandes dificuldades pela falta de materiais e de recursos humanos, mas, apesar disso, consegue implantar um serviço de radiologia vascular com um padrão bastante elevado para a época. Transferido para o HC, o serviço de radiologia inicia as atividades de atendimento ambulatorial com um aparelho de médio porte. Em 1986, é concluída uma área definitiva para a realização dos exames radiológicos e novos equipamentos são instalados. Em 1992, o serviço finalmente passa a constituir o Departamento de Radiologia, tendo como seu primeiro chefe o professor Livio Nanni. Além de atender o HC, o Departamento de Radiologia administra atualmente outras duas grandes unidades radiológicas, no Caism e no Gastrocentro.

2013. O Hospital de Clínicas da Unicamp recebe tomógrafo multislice 16 canais, avaliado em R$ 838 mil.

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2013

Como os demais departamentos da FCM, o Departamento de Radiologia está envolvido nas diversas atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa e à assistência. No ensino, a atuação do departamento acontece do primeiro ao sexto ano do curso, com docentes nas disciplinas de Morfofisiologia, Neurociência, Fisiopatologia, Fisiopatologia Integrada, Atenção Integral à Saúde, e Internatos. Atualmente, sete professores e 12 médicos fazem parte do departamento, e recentemente mais uma vaga docente foi aberta. Desde o início de suas atividades, a Radiologia sempre contou com uma intensa carga horária assistencial, muitas vezes maior até que a própria carga horária didática. Neste cenário, visando ampliar ainda mais a qualidade dos serviços oferecidos à população, o departamento tem trabalhado para ampliar o quadro profissional e adquirir novos aparelhos de tomografia, ressonância e ultrassonografia. − Temos nos empenhado para conseguir mais vagas docentes e aumentar a produtividade em pesquisa a partir da chegada de novos equipamentos – conta a professora Inês Carmelita Minitti Rodrigues Pereira, chefe atual do Departamento de Radiologia. Gradualmente, o departamento tem percebido determinadas melhorias na infraestrutura, como no caso da ultrassonografia, por exemplo, que agora conta com seis aparelhos. A manutenção dos equipamentos, a inserção dos aparelhos mais antigos na era digital e a renovação diante das novas tecnologias, por sinal, são desafios constantes das atividades da Radiologia. − Você começa a fazer a pesquisa em um aparelho e de repente ele quebra, fica defasado, ou não tem mais peças. E com a chegada de outros aparelhos, você precisa começar tudo novamente. A atual administração do HC tem entendido essas demandas, quando começa a refletir sobre as vantagens e desvantagens de fazer uma manutenção ou em adquirir um novo equipamento, compreendendo que a digitalização é um benefício, ainda que cara – analisa.

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De fato, o HC tem buscado acompanhar com sensibilidade as demandas do setor, tendo entregado recentemente um tomógrafo multislice de 16 canais, avaliado em quase 1 milhão de reais. − O multislice vem com um recurso muito interessante, que permite a redução nas doses de radiação dos exames − explica o professor Carlos Henrique Gomes de Oliveira, diretor administrativo da área de radiologia, em entrevista ao Portal HC. Com o aparelho também foi instalado um novo equipamento de radiografia computadorizada, dando início ao processo de digitalização dos exames de imagem no hospital, que deverá reduzir a quantidade de filmes de raios X utilizados e a necessidade de repetição de exames1. O Departamento de Radiologia tem obtido reconhecimento na área da pesquisa, mesmo diante da dificuldade enfrentada pela instituição universitária, como um todo, para adquirir os equipamentos de última geração. Em julho de 2013, a título de exemplo, o radioterapeuta Antonio Carlos Zuliani recebeu o prêmio de melhor trabalho2 internacional apresentado durante o Congresso da American Society for Radiation Oncology (Astro). A tese intitulada “Braquiterapia com alta taxa de dose e cisplatina concomitante no tratamento do carcinoma espinocelular do cólo do útero estádio IIIB: comparação histórica e ensaio clínico aleatorizado” foi orientada pelo professor Luis Otávio Zanatta Sarian. Os avanços vão sendo conquistados e entre os projetos para o futuro está a construção de um Departamento de Radiologia fora do hospital para atender toda a parte ambulatorial, expandindo o campo de atuação da área.

1 Anualmente o HC realiza mais de 100 mil exames de raios X, empregando no processo cerca de 4.500 litros de soluções fixadoras. Fonte: Portal HC/ Unicamp, 2013. 2 Fonte: Ascom/Unicamp.

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Silva/CADCC/FCM/U nicamp da

M ario Moreira M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/U nicamp

Primeiro chefe do Departamento de Radiologia, o professor Livio Nanni bem que poderia ter escolhido ser fotógrafo. O médico e aluno da segunda turma de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) andava mais com sua Olympus Pen à tiracolo do que com o estetoscópio pelos corredores da Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Desde a primeira turma de medicina – 1963 – até os dias de hoje, Nanni registra a história da FCM. São mais de 5 mil fotos em seu acervo” (trecho da notícia “Fotos do cotidiano revelam 50 anos da FCM, do jornalista Edimilson Montalti).

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Carlos Zuliani de Oliveira (à esquerda) recebe o prêmio de melhor trabalho internacional do Congresso da American Society for Radiation Oncology (Astro), pela tese “Braquiterapia com alta taxa de dose e cisplatina conco-

Antonio Scarpinetti/ASCOM/Unicamp

A ntoninho Perri/ASCOM/Unicamp

2013. O radioterapeuta Antonio

mitante no tratamento do carcinoma espinocelular do cólo do útero estádio IIIB: comparação histórica e ensaio

2010. O médico radiologista Severino Aires de Araújo Neto detecta quadro de

clínico aleatorizado”. A tese teve a

rinossinusite em pacientes que não tinham sintomas. A tese de doutorado intitulada

orientação do professor Luis Otávio

“Achados tomográficos incidentais de opacificação sinusal em crianças e adolescentes e

Zanatta Sarian (à direita).

sua evolução clínica” é orientada pelo professor Emílio Carlos Elias Baracat.

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o desenvolvimento humano e a reabilitação

2009

O Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação (DDHR) é o mais jovem da FCM e está intimamente ligado às atividades desenvolvidas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Oliveira da Silva Porto” (Cepre), fundado em 1973, pelo médico otorrinolaringologista Gabriel Porto. Inicialmente denominado Centro de Reabilitação Gabriel Porto, o Cepre começa o seu funcionamento, focando o atendimento de pessoas com deficiência visual (baixa visão e cegueira) e deficiência auditiva. A professora Terezinha Von Zuben é a primeira coordenadora da unidade, e os atendimentos acontecem no prédio da Cruzada das Senhoras Católicas, localizado na rua Dr. Quirino, no centro de Campinas, onde também funcionam outros serviços da FCM. Nessa época, os profissionais contratados recebem capacitação para trabalhar no atendimento de pessoas cegas ou surdas, em cursos de especialização. No decorrer dos anos, a equipe multiprofissional vai sendo ampliada com a contratação de profissionais nas áreas de educação física, fisioterapia, fonoaudiologia, linguística, pedagogia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional.

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M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/U nicamp

Em 1991, tendo em vista a ampliação das atividades de ensino e pesquisa realizadas na unidade, o Cepre tem o seu regimento aprovado, passando a ser designado a partir daquele momento, como Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Oliveira da Silva Porto”.

Sede atual do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (Cepre), onde também funcionam as atividades do Departamento de Desenvolvimento e Reabilitação de do curso de graduação em Fonoaudiologia.

− Fomos, talvez, a última unidade da FCM a vir para o campus, em 1990 – lembra a professora Ivani Rodrigues Silva, atual coordenadora do Cepre. A oferta de cursos de formação na área da deficiência visual e da surdez é intensificada em nível de extensão e especialização. A partir de 19981, a equipe multiprofissional do Cepre, enquadrada na Carreira DEER2, começa a buscar a formalização das ações de ensino e pesquisa desenvolvidas. 1 A partir de 1998 passam a ser oferecidos dois cursos de especialização em nível de pós-graduação lato sensu, são eles: “Deficiência visual e surdez: fundamentos para a intervenção” e “Curso de Especialização em Educação e Reabilitação de Surdos”. Em 2008 é iniciado o Mestrado Profissional “Saúde, interdisciplinaridade e reabilitação”, em nível de pós-graduação stricto sensu. Em 2012, após obter boa avaliação junto à Capes, o curso atinge o status de mestrado acadêmico. 2 Docente em Educação Especial e Reabilitação.

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− Criamos uma massa crítica importante e, a partir desse momento, começamos a pensar também na criação de um curso de graduação – explica Ivani. Assim, o Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação e o curso de graduação em Fonoaudiologia3 são criados em 2001. As aulas da fonoaudiologia iniciam no ano seguinte, em 2002, mas o departamento precisa completar todos os requisitos previstos pelo Regimento da Universidade para que sua implantação seja autorizada. Somente em 2009, quando o Cepre passa a contar com docentes tanto da Carreira DEER, como da Carreira MS4, o DDHR entra em funcionamento. Com a elaboração de um regimento provisório e a escolha dos membros do conselho, o departamento começa a participar das reuniões dos órgãos colegiados da FCM (CID e Congregação), como convidado. Ainda em maio de 2009, o setor passa a contar com uma secretária e a assumir tarefas administrativas realizadas anteriormente pelo Cepre, como a realização de concursos públicos para seleção de docentes, manutenção de dados no Sipex5, e rotina de Recursos Humanos (férias, licenças, afastamentos, etc). 3 A partir de 2002, são iniciadas as aulas do curso de graduação em Fonoaudiologia, proposto por docentes do Cepre e vinculado à Faculdade de Ciências Médicas, com a participação do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). O curso é ministrado, majoritariamente, por docentes do Cepre, mas também conta com a participação de professores do IEL, do Instituto de Biologia e do Instituto de Física Gleb Wataghin. 4 A chamada Carreira do Magistério Superior (MS) da Unicamp divide-se em cinco níveis: Professor Doutor (MS-3), Professor Doutor I (MS-3.1), Professor Associado (MS-5), Professor Associado I (MS-5.1) e Professor Titular (Nível MS-6). Fonte: Portal Unicamp. 5 O Sipex é um sistema para gestão de dados sobre Pesquisa, Ensino e Extensão, através da captação e disponibilização de informações relativas a pesquisadores, produção intelectual, pesquisas e atividades de extensão da universidade. Fonte: Portal Instituto de Artes/Unicamp.

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2013

Entre as principais características do departamento está a sua atuação inter e multidisciplinar no ensino, na pesquisa e na extensão, evidenciada tanto no curso de Fonoaudiologia como também no mestrado. Mesmo com os professores vinculados ao Cepre, o DDHR funciona com várias características de departamento. Nesse sentido, o Cepre deverá continuar a tocar o serviço assistencial nas áreas das deficiências sensoriais e de comunicação e linguagem, enquanto o DDHR ficará responsável pelas atividades de ensino e pesquisa, desenvolvidas no setor. − Nossa preocupação constante é continuar atuando com foco no trabalho multidisciplinar, permitindo a articulação de vários saberes. Nossa vocação central é tentar manter essa atuação, de maneira mais formalizada, como um departamento – explica a professora Cecília Guarnieri Batista, chefe do DDHR. Saber o que realmente significa interligar saberes, seja na prática, seja na discussão teórica, é um dos grandes desafios para o departamento. A questão da acessibilidade e da tecnologia assistida também é uma nova fronteira que se abre. − Embora o discurso da interdisciplinaridade seja muito avançado, a prática não é. Existe menos interdisciplinaridade de fato nas ações de atenção à

saúde ou mesmo na discussão teórica de modelos do que parece. A própria ideia de inclusão escolar e social é muito interessante, mas ainda é preciso desenvolver estratégias de pesquisas e formas de elaborar novos conhecimentos para que ela possa acontecer. Não se faz por decreto. Existe uma série de práticas que precisam ser desenvolvidas e sedimentadas – analisa. − Há uma tendência mundial de enfoque multidisciplinar para o atendimento dos pacientes – explica a professora Maria Francisca Collela dos Santos, coordenadora do curso de graduação em Fonoaudiologia. Seguindo a tradição do Cepre, buscando por uma atuação cada vez mais inter e multidisciplinar, o curso de graduação em Fonoaudiologia também reúne especialistas de diferentes áreas de atuação. − Temos fonoaudiólogos, mas também temos outros docentes que enxergam os pacientes sob outros pontos de vista, contribuindo com uma atuação mais ampla dos estudantes. Esse é um ponto forte do curso. Também estimulamos bastante nossos estudantes a desenvolverem pesquisa. Praticamente todos os nossos egressos participaram de atividades de iniciação científica financiadas por alguma agência de fomento – destaca.

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Imagens: Antonio Scarpinetti/ASCOM/Unicamp

2013. Cepre lanรงa pedra fundamental da nova sede e enterra cรกpsula do tempo.

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Imagens: Camila D elmondes/ARP/FCM/Unicamp

Agosto de 2013. Estudantes do ensino médio participam de atividades organizadas pelos alunos do curso de graduação em Fonoaudiologia durante o evento Unicamp de Portas Abertas (UPA).

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A juventude que renova

Os estudantes são a razão de ser de qualquer instituição de ensino. Na FCM, a comunidade discente sempre esteve envolvida nos momentos mais determinantes de seu desenvolvimento. Mesmo antes de sua existência, a Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas já contava com estudantes apoiando a luta pela instalação da escola médica. Depois de implantada, os alunos participam ativamente da estruturação do curso médico, inclusive, ajudando a escolher professores para o quadro docente. Talvez as transferências para a Santa Casa de Misericórdia e mesmo para o Hospital de Clínicas tivessem tardado mais um pouco, se os estudantes fossem menos envolvidos e motivados. Graças à comunidade de alunos, muitos equipamentos foram instalados, reformas, realizadas e muitas conquistas, alcançadas. Muitos dos estudantes que aqui passaram, hoje são professores dessa casa e contribuem a cada dia para tornar a FCM ainda melhor. 196 | A juventude que renova

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L ivio Nanni/Acervo Pessoal

CAAL Em 20 de maio de 1963 é realizada a aula inaugural da Universidade de Campinas, no Teatro Carlos Gomes, no centro da cidade. Já na manhã do dia seguinte, preocupados com a formação de um centro acadêmico, os estudantes reúnem-se para discutir de que maneira irão atuar para concretizar o sonho de ver implantada a Faculdade de Medicina, que até então não conta com sede própria. Liderados pelo estudante Alberto Zynger, eles decidem organizar as atividades da comunidade discente a partir da criação de um centro acadêmico. Assim, dois dias depois de oficialmente inaugurada a Universidade, em 22 de maio, na sala de aula da Maternidade de Campinas, onde funcionava o setor de Histologia, é fundado o Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL).

Estudantes da Faculdade de Medicina superam dificuldades durante participação no Projeto Rondon. A imagem também é alusiva aos obstáculos enfrentados pelos alunos no início das atividades desenvolvidas no campus em Barão Geraldo.

− Doravante, todas as reivindicações dos alunos serão feitas por intermédio da recém-fundada agremiação, que só funcionará a FCM-Unicamp | 50 Anos | 197

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contento se houver a cooperação de todos os seus sócios – discursa Alberto Zynger, escolhido como o primeiro presidente do CAAL.

Flâmula do Centro Acadêmico “Adolfo Lutz”. Logotipo elaborada pelo primeiro presidente da entidade, o estudante Alberto Zynger.

Estão presentes na assembleia de fundação, os estudantes: Alberto Courrege Gomide, Rogério Antunes Pereira Filho, Eduardo Pires do Rio, Antonio Carlos P. Miranda, Luiz Carlos Duarte, André S. Lacativa, Antonio Carlos Corsini, Arthur Durante Vivas, José Carlos Gama da Silva, Vilson Antonio de Oliveira, Sebastião de Freitas, Luiz Carlos Miani, Marcio Matheus Tolentino, Milton Antonio Bertani, Antonio Mauro Martins, Massakazu Kakitani, Maria Helena de Oliveira, Irene G. H. Lorand, Therezinha Comenda, José Carlos Felice, Luiz Yoshida, Jorge Bedran Filho, Sergio Massini Alarcon, Wilson Geronymo, Tatssuji Tomikawa, Juvenal Galeno Sidou Cavalcanti, Tioshi Koti, Francisco Vargas Suso, Paulo de Paula, Roger Abdelmasshi, Ademur Antonio Valerte, Osmar Trojan, Milton Amadeu Parodi, Lucilena Latorre, Marina Salgado Spisso, Antonio Carlos Giampietro, Fernando Abarca Schellini, José Geraldo do Santos, Renato Waldomiro Lissere, Francisco de Assis Miranda, José Fernando Pereira Arena, Edwal de Freitas, Antonio de Padua Franceschi, Luiz Furuya, Ivo de Jesus Rezende Von Atzingen, Péricles Correa Gomes. Uma Comissão é então constituída para estudar a elaboração dos estatutos e elaborar uma proposta para a turma em Assembleia. Fazem parte do grupo, os estudantes Péricles Correa Gomes, Alberto Zynger, Marcio Matheus Tolentino, Rogério Antunes Pereira Filho, Ivo de Jesus Von Atzingen, Maria Helena de Oliveira, Irene Gy H. Lorand, Antonio Mauro Martins, Luiz Carlos Duarte e Edwal de Freitas. A escolha do nome para o Centro Acadêmico é bastante disputado. Figuram entre as personalidades a emprestarem nome à entidade, médicos como Pirajá da Silva, Artur Neiva, Clemente Ferreira, Manuel de Abreu, Emílio Ribas e Adolfo Lutz. Logo precisam descartar o nome de Pirajá da Silva, já escolhido pelos estudantes da medicina de Botucatu. Manuel de Abreu é a segunda opção a ser descartada, pois também já tivera sido utilizado na Santa Casa. Dentre as opções restantes é escolhido o pai da medicina tropical e da zoologia médica no Brasil, o médico Adolfo Lutz.

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Ata de fundação do Centro Acadêmico Adolfo Lutz. FCM-Unicamp | 50 Anos | 199

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Lista de presença do ato de fundação do Centro Acadêmico Adolfo Lutz.

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Na mesma sessão, os estudantes também trazem propostas de desenho para o símbolo da nova organização. A proposta do presidente Zynger é a escolhida. O CAAL é inicialmente instalado em uma sala da Maternidade. Pouco tempo depois os estudantes mudam para sede própria, à Rua Boaventura do Amaral. Os estudantes participam ativamente de todo o processo de consolidação da Faculdade de Medicina, da administração aos programas de ensino e contratação de novos docentes. Em 30 de outubro de 1964, é publicada a primeira edição do jornal O Pato Lógico.

Primeira sede do CAAL, localizada à rua Boaventura do Amaral, na região central da cidade. [ sem dada]. FCM-Unicamp | 50 Anos | 201

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Primeira edição do jornal O Pato Lógico, em 30 de outubro de 1964.

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Manifesto dos estudantes decide pela greve simbólica, em protesto às condições precárias de instalação da Faculdade de Medicina.

A incerteza quanto ao futuro aumenta. Sem sede própria, a universidade corre o risco de voltar a ser declarada instituto isolado de ensino superior, por contar com apenas uma faculdade, a de medicina. Esse é o desejo do atual governador Adhemar de Barros, que não anda satisfeito com o fato de a Universidade de Campinas possuir apenas uma unidade de ensino, quando a lei determina o mínimo de cinco instituições para compor o núcleo universitário.

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A instauração do regime militar a partir de abril daquele ano dificulta ainda mais as coisas. Os estudantes são proibidos de se manifestar publicamente. A Lei Suplicy1 extingue os Centros Acadêmicos. Pelas novas regras, as organizações estudantis devem receber a denominação de Diretório Acadêmico e parte de seus membros devem ser escolhidos pela diretoria da faculdade. A imposição não é aceita pelos estudantes do CAAL, que decidem manter o nome de origem. O clima de tensão aumenta. Um dos professores é preso e os estudantes decidem procurá-lo no DOPS2. Apesar da ousada iniciativa, eles são recebidos com escárnio pelos policiais. Inconformados, decidem ir até o Conselho Estadual de Educação para solicitar providências. − Queremos de volta o professor Boris! – protesta a comitiva. Logo, os estudantes percebem que a situação política é muito mais complexa. Voltam de São Paulo sem o professor e passam a realizar as atividades mais discretamente. Dentro da faculdade, no entanto, o CAAL se mantém firme em todas as suas reivindicações, tendo peso considerável na transferência da Faculdade para o prédio da Santa Casa e, posteriormente, para o campus de Barão Geraldo. Também é reconhecida sua contribuição para a implantação do internato, a aquisição de aparelhos de pressão para as enfermarias, a instalação do primeiro aparelho de raios X e a reforma do telhado da Santa Casa.

1 A Lei nº 4.464, de 9 de novembro de 1964, dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes e dá outras providências. 2 Criado em 1924, o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) controla e reprime militantes políticos contrários ao regime político vigente. Dentre outras tarefas, também é responsável por censurar os veículos de comunicação.

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Rogério Antunes Pereira Filho/Acervo Pessoal

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Sala do Centro Acadêmico Adolfo Lutz.

1967. Internatus Quae Sera Tamem. Diante da indefinição sobre o início do internato, estudantes do quinto ano realizam greve de um mês, acampados em frente da Santa

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Casa de Misericórdia de Campinas.

1968. CAAL comemora cinco anos de existência [veículo de imprensa não identificado].

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Atual marca do CAAL.

Nas décadas seguintes não é diferente. Nos anos 1980 o CAAL participa da reestruturação do Movimento Estudantil enviando delegados ao Congresso de Reconstrução da UNE e tomando parte na formação do Diretório Central dos Estudantes da Unicamp (DCE). Está presente também no processo de institucionalização e estruturação dos órgãos colegiados da Universidade e, enquanto participa da campanha das Diretas Já, traz a discussão para a realidade da Unicamp, lutando pela democracia dentro da Universidade. Na década de 1990, articula o movimento pela conquista do Hospital Estadual Sumaré, a fim de que a unidade seja utilizada como campo de ensino para cursos da faculdade. O CAAL também possui um extenso histórico de discussão em Educação Médica. Já no início da década de 1990, o Centro Acadêmico Adolfo Lutz se posiciona de maneira crítica às propostas de Exames de Habilitação para o exercício da medicina e, posteriormente, acompanha e participa, junto à Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), das discussões e do andamento de criação da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação das Escolas Médicas (Cinaem). Durante a primeira década dos anos 2000, participa ativamente do processo de reforma curricular do curso médico da Unicamp, e em 2006 organiza com os estudantes o apoio à Greve Nacional dos Residentes. O CAAL atua ainda na realização de eventos científicos, culturais, publicações internas e confraternizações, participando da organização da Semana de Recepção dos Calouros do curso de medicina e realizando eventos como a Noite Cultural, o Congresso de Arte e Saúde da Unicamp (Casu), o ShowMed e o OktoberMed e o Workshop de Medicina da Unicamp; além de editar o jornal estudantil “O Pato Lógico” desde 1964. Inicialmente organizado em coordenadorias (ensino, científica, cultural, social, externas) e coordenadoria geral, o CAAL passa a ser estruturado de maneira horizontal em 2009, de maneira que todos os integrantes conquistam poder de voz e voto nas reuniões ordinárias, como todo e qualquer aluno do curso de Medicina da

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Unicamp. Nesse modelo, todas as deliberações são tomadas em conjunto. Isso por entender que a divisão em coordenadorias dificultava a articulação entre os membros, além de centralizar as decisões nas figuras das coordenadorias gerais. − Não há, assim, uma figura central que possua maior poder de decisão que outros. Mantemos, porém, a existência de dois representantes legais do Centro Acadêmico, para fins jurídicos, e do cargo de tesoureiro. Todo aluno é convidado para participar das reuniões ordinárias que ocorrem semanalmente – explica o estudante Kauê Teixeira Lima, membro do CAAL. Entre as ações contemporâneas do centro, destaca a sua atuação conjunta com a Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem) que considera a prova do Cremesp pouco efetiva quanto à garantia de oferta de melhor qualidade de serviços médicos à população. A realização e a manutenção de eventos culturais já tradicionais como a Noite Cultural e o ShowMed, Happy Hour dos Calouros são outras ações de destaque que contribuem para manter viva a vida cultural dos estudantes. − Procuramos construir um ambiente que rompa com a tradição de integração pelo trote, tão presente nas universidades nos dias atuais – ressalta Kauê. Além das atividades mais recentes, o CAAL também busca resgatar discussões trazidas pelas últimas gerações do Centro Acadêmico, como a relação entre as questões sociais e a saúde, que busca a conscientização do calouro para um modelo de saúde socialmente referenciado e que identifica os problemas enfrentados pela saúde no Brasil. Esperamos estar mais próximos de uma educação e saúde pública de qualidade para todos, e que os alunos da Unicamp sejam fortes atores nessa construção. FCM-Unicamp | 50 Anos | 207

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CAXS

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Assim como o próprio curso de graduação em Fonoaudiologia, o Centro Acadêmico X de Setembro é bastante recente, tendo sido criado em 2006. Apesar da pouca idade, a entidade cresceu muito nos últimos anos e atualmente conta com grande oportunidade de expansão, graças ao empenho da equipe de coordenadores e dos membros participantes. O CAXS organiza palestras, festas, debates e encontros com o objetivo de aproximar os estudantes do curso de graduação, de outros centros acadêmicos e do Movimento Estudantil em Geral. Dados da gestão 2006-2010 apontam maior proximidade do CAXS com Diretório Central dos Estudantes da Unicamp (DCE) e com a Diretoria Executiva Nacional dos Estudantes de Fonoaudiologia (DeneFono). Desde 2007, por sinal, o CAXS passou a contar com representante da Unicamp na Denefono. Da sua fundação recente até a atualidade o órgão representativo dos estudantes da Fonoaudiologia alcançou diversas conquistas, entre as quais a elaboração de seus estatutos.Vale destacar sua participação na construção do Encontro Nacional dos Estudantes de Fonoaudiologia (Enefon), realizado em São Paulo, e a organização de um Conselho Nacional de Estudantes de Fonoaudiologia (Conefon). Entre as atividades realizadas periodicamente, destacam-se: a participação e a organização da Festa CA’rraiá, com outros Centros Acadêmicos da Unicamp; a realização da Calourada do curso de Fono, do IntegraSaúde, com os demais cursos da Saúde e da Calourada Integrada, em parceria com outros CAs e com o DCE.

3 Fonte: Relatório de Gestão FCM (2006-2010)

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Cafarma

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O Centro Acadêmico de Farmácia (Cafarma) é a entidade de representação dos estudantes do curso de graduação em Farmácia. Criado em 2006, suas atividades compreendem a avaliação e a discussão do curso, informes e notícias acadêmicas relacionadas à profissão, eventos de integração do curso e complementação da formação acadêmica, discussão e debate da saúde, projetos de extensão como campanhas de auxilio social, etc. Nos últimos anos, o Cafarma vem desenvolvendo atividades constantes relativas ao processo de avaliação e discussão do curso de graduação e à organização da apresentação do curso de Farmácia durante o programa Unicamp de Portas Abertas (UPA); sempre incentivando a participação dos estudantes em encontros, conselhos e semanas acadêmicas relacionadas ao curso. Ao longo dos anos, a entidade acumula experiência com a participação em encontros como o Conselho de Entidades Estudantis de Farmácia (Coneef), Semana Acadêmica de Farmácia (SAF), Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enef), Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enefar) e Encontro de Farmácia de Ribeirão Preto ( Enfarp). Somam-se entre as ações realizadas a organização e a apresentação de diversos cursos e campanhas de conscientização.

4 Fontes: Relatório de Gestão FCM (2006-2010) | Portal Cafarma

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CAE O Centro Acadêmico de Enfermagem (CAE) é fundado em 26 de maio de 1979, pouco depois de autorizado o funcionamento do curso de graduação em Enfermagem, em 1978. Ao longo de sua história de mais de 30 anos, o CAE tem coordenado os estudantes da enfermagem, articulando as representações discentes nos diversos fóruns da graduação, promovendo discussões acerca de assuntos relacionados à formação, à saúde e à sociedade. Dentre as ações realizadas, destacam-se: a organização da semana de recepção dos calouros, do Integra Saúde e do Congresso Científico dos Estudantes de Enfermagem. Além disso, o CAE também é responsável pela Coordenação de Formação de Enfermagem da Executiva Nacional dos Estudantes de Enfermagem (ENEEnf) com ações de projeção regional e nacional construindo e compartilhando as bandeiras de luta do movimento estudantil em defesa da educação e saúde pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Diretório Científico Adolfo Lutz O Diretório Científico Adolfo Lutz é um órgão discente fundado em 12 de novembro de 2012, a partir da necessidade de centralização das ligas acadêmicas atuantes na FCM. A entidade tem entre os objetivos, incentivar o desenvolvimento de projetos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, viabilizar a publicação da Revista Circulação e promover eventos científicos, entre eles, o Congresso Médico Acadêmico da Unicamp (CoMAU). Estão filiadas ao DCAL: Grupo de Estudos em Oncologia, Liga de Acupuntura Medicina Unicamp, Liga de Cardiologia, Liga de Cirurgia, Liga de Dermatologia, Liga de Diabetes Mellitus, Hipertensão e Obesidade, Liga de Homeopatia, Liga de Medicina Integrativa, Liga de Neurociências, Liga de Pediatria, Liga de Psiquiatria e Saúde Mental, Liga Acadêmica de Radiologia da Unicamp, Liga de Tanatologia, Liga de Transplantes e a Liga do Trauma.

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Atléticas Zagueiro ou atacante, levantador ou líbero, ala ou pivô. Não importa a posição ocupada. Toda faculdade que se preze tem seu esquadrão esportivo para reunir a turma e vestir a camisa do curso. Na FCM, as primeiras atividades esportivas acontecem já nos primeiros anos da Faculdade de Medicina, com a realização das primeiras partidas de futebol, basquete e vôlei e de festas e confraternizações, sendo comandadas pelo Departamento de Esportes no CAAL até 1965, quando a Associação Atlética Acadêmica Adolfo Lutz (AAAAL) registra seu contrato social, objetivando a organização do primeiro Intermed, ainda naquele ano. − A Atlética é criada justamente para organizar o Intermed disputados pelos estudantes da medicina da Unicamp, da Unesp de Botucatu, da PUC de Sorocaba, da Usp e da Santa Casa de São Paulo – comenta o primeiro presidente da AAAAL, Edson Ermetice, da Turma II. É um tempo romântico, alviverde, onde os uniformes são cuidadosamente confeccionados em São Paulo, e bordados à máquina por uma senhora da 13 de maio. Dita as regras do vôlei e do basquete, o camarada Darci, que também é alfaiate de profissão. Dos males, o menor. Rasgando a camisa, o juiz conserta. Nesse período, as famílias acompanham os jogos. Em uma época de muita competição para cursar a medicina, permitir a presença dos pais nos jogos é a forma encontrada pelos estudantes para homenageá-los. − Nossas atividades são muito mais lúdicas do que esportiva – destaca Edson sobre o período inicial da Atlética.

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− Vivemos momentos de muita alegria – com as vitórias, batucadas, cervejada e hinos – e algumas tristezas, com derrotas, cervejada, hinos e promessas de mais treinos – conta o estudante da Medicina, Ivan Felizardo Contrera Toro5, da Turma XIV. Com a realização do primeiro Intermed, em 19656, no complexo Pacaembu, em São Paulo, o ano letivo na Faculdade de Ciências Médicas, especificamente no curso de medicina, passou a ser divido em antes e depois do campeonato, tamanha a ansiedade e dedicação dos estudantes em participar das competições. Hoje, a competição está entre as mais tradicionais do estado paulista, tendo conquistado também a fama de reunir os estudantes de maior qualidade técnica. A Associação Atlética Acadêmica Adolfo Lutz da atualidade é rubro-negra. Hoje, a AAAAL está classificada entre as maiores atléticas do País, tanto do ponto de vista da quantidade de estudantes que reúne, quanto em relação à relevância das atividades que realiza e o ranking das medalhas conquistadas nas competições esportivas, incluindo o Intermed. No decorrer da história da Faculdade de Ciências Médicas, outras Atléticas surgem para integrar ainda mais a comunidade de estudantes que também passa a ser constituída pelos alunos do curso de graduação em Enfermagem, em 1978, de Fonoaudiologia, em 2001, e Farmácia, em 2006. Ao lado da AAAL estão a Associação Atlética Acadêmica da Fonoaudiologia (AAAF), a Associação Atlética Acadêmica da Enfermagem (AAAJLTL) e a Associação Atlética Acadêmica da Farmácia (AAAFARMA).

5 Mais tarde, professor do Departamento de Cirurgia e Superintendente do Hospital de Clínicas da Unicamp (COSTALLAT, 2004). 6 De acordo com informações do primeiro presidente da AAAAL.

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D ivulgação/Portal AAAAL

A Batucogu é uma das baterias universitárias mais antigas do Brasil. Sua história começa em 1975 a partir da iniciativa de estudantes da Turma XIV, que acompanhavam as partidas esportivas promovidas pela AAAAL. Seu nome é uma referência ao cogumelo Amanita muscaria, inspirado em uma tradição interna criada pelos estudantes da medicina durante a participação no Intermed. Como outras baterias universitárias, a Batucogu acompanha a torcida durante as competições promovidas pela AAAAL e também atua como bateria-show em eventos paralelos. Destaca-se entre as suas realizações a Domingueira da Batucogu, criada pelos estudantes das Turmas XLIV, XLVI e XLIX para celebrar a cultura brasileira, as tradições da faculdade e a paixão pelo samba de raiz.

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FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho

Em 2013, a Faculdade de Ciências Médicas completa 50 anos. Da aula inaugural realizada no Teatro Carlos Gomes, em 20 de maio de 1963, até a atualidade, muita coisa aconteceu. A criança recémnascida na Maternidade de Campinas e a adolescente que enfrentou os mais adversos desafios na Santa Casa de Misericórdia e amadureceu a partir de sua transferência para o Hospital de Clínicas hoje experimenta todas as potencialidades de sua fase adulta, estando consolidada como uma das melhores instituições de ensino do País. Responsável pelos cursos de graduação em Medicina, Fonoaudiologia1, Farmácia2 e Enfermagem3, a FCM da atualidade é a maior unidade da Universidade Estadual de Campinas, em todas as áreas, seja no ensino, pesquisa ou extensão. Sua comunidade interna também é a mais populosa do complexo universitário com aproximadamente 400 professores, 350 funcionários, 1,1 mil graduandos e 1,2 mil pós-graduandos. A residência médica oferece além dos 79 programas credenciados no Ministério da Educação e Cultura (MEC), programas complementares em 28 áreas, contanto com aproximadamente 500 médicos residentes. A produção científica desponta entre as melhores do País. Só em 2012, foram 1.020 artigos publicados em periódicos nacionais 1 Realizado em parceria com o Instituto de Estudos da Linguagem. 2 Realizado em parceria com o Instituto de Biologia, Instituto de Química e Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas. 3 O curso está em fase de transição para a Faculdade de Enfermagem, implantada em 2012.

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O desenvolvimento do Ensino, da Pesquisa e da Extensão Para falar do desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão da FCM, é preciso compreender as transformações científicas, tecnológicas, sociais e políticas ocorridas no País ao longo de sua história de implantação e desenvolvimento, que impactaram direta e indiretamente a vida acadêmica. Do período pré-instalação da faculdade aos anos iniciais de seu funcionamento, que vai de 1946 a 1965, os momentos de dificuldade se confundem com a história de nascimento da própria Unicamp. Passando pelos tempos de convivência na Santa Casa de Misericórdia, entre 1965 e 1985, começam a ser estruturados o ensino da graduação e os serviços assistenciais, até chegar ao período de consolidação dos programas de pós-graduação e das atividades de pesquisa, a partir de 1986, com a total transferência da FCM para o Hospital de Clínicas. Para o professor José Antonio Rocha Gontijo, ex-diretor da FCM (2002-2006), não se pode falar da pesquisa na FCM sem conhecer o passado de 50 anos da Faculdade e as expressivas transformações que ocorreram concomitantemente à implantação da Unicamp e ao período histórico brasileiro, com a institucionalização das atividades de pesquisa. − Foi uma confluência de situações que proporcionaram à FCM a oportunidade de crescer e desenvolver a pesquisa em seu interior – explica Gontijo, durante o seminário Educação Médica: história e perspectiva, realizado em maio de 2013.

Ele cita três períodos principais na história de desenvolvimento das atividades de pesquisa na FCM. Há um período inicial, que vai de 1963 a 1976, marcado pela história de luta de seus fundadores, em que tudo está por fazer, e a instalação do curso de graduação se apresenta como o maior desafio. Um período intermediário, de 1976 a 1990, que traz o desafio de instauração dos primeiros cursos de pós-graduação. O período atual, iniciado a partir dos anos 1990, de consagração da faculdade e das atividades de pesquisa. O professor Fernando Costa, ex-reitor da Unicamp (2009-2013), conta que com a consolidação da estrutura física em meados da década de 1990, a própria comunidade da FCM reconhece a necessidade de incrementar a atividade científica, aumentando o número de publicações indexadas. − São implementadas a partir de 1994 importantes medidas visando ao incremento da produção científica. Dentre elas, a implantação de rigorosos critérios de seleção de docentes, procurando recrutar pesquisadores com experiência no exterior e grande produtividade científica, sem prejuízo das atividades assistenciais e de ensino de graduação – ressalta Fernando, em 2004, na ocasião de comemoração de 40 anos da FCM.4

4 (COSTALLAT, 2004).

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Antoninho Perri/ASCOM/Unicamp

Consolidam-se as políticas de incentivo e de fomento à pesquisa; são construídos e reformados diversos laboratórios e implantados sistemas de apoio aos pesquisadores. A institucionalização da pesquisa resulta no aumento da produção científica, com significativa quantidade de trabalhos indexados. Hoje, a FCM é uma das mais produtivas escolas médicas do País. As atividades de ensino e assistência passaram por períodos marcantes e hoje refletem as profundas e sensíveis transformações vivenciadas pela faculdade no decorrer de seu desenvolvimento. − Fizemos uma reforma curricular revolucionária, promovendo maior integração básico-clínica e permitindo uma formação mais humanista do aluno. Foram reformadas Unidades Básicas de Saúde, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Campinas, para que pudéssemos ter bons locais de treinamento em atenção primária − explica o professor Mario José Abdalla Saad, atual diretor da FCM.

Na atualidade, a Faculdade de Ciências Médicas conta com uma infraestrutura de rede hospitalar para o desenvolvimento de atividades assistenciais, de ensino e pesquisa. De acordo com Saad, muito já foi conquistado e a perspectiva de expandir o atendimento à população, a partir de novas parcerias e convênios com a rede pública da saúde, é cada vez melhor. Toda faculdade que oferece um bom serviço de saúde para a sociedade, certamente, oferece também um ensino de qualidade. − Em busca da saúde, a caminho da sociedade. Acreditamos que não se ensina medicina apenas em anfiteatro ou em sala de aula, mas no sistema de saúde, dentro de hospitais, ambulatórios, unidades básicas e pronto-socorros. É nesse ambiente que acontece a maior parte da formação dos nossos alunos de graduação e residentes e onde também são realizadas as pesquisas dos pós-graduandos. FCM-Unicamp | 50 Anos | 223

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Linha do tempo

1946 1946 “Campinas Centro de Ensino” é o primeiro artigo do jornalista Luso Ventura sobre a instalação de uma faculdade de medicina em Campinas, publicado em 25.08 – p. 19

1955 Nasce o Conselho das Entidades de Campinas, cujo objetivo é apoiar a instalação da Faculdade de Medicina, prometida pelo governador Lucas Garcez – p. 21

1947 Intensifica a cobertura na imprensa relativa a criação de uma escola médica em Campinas. O artigo “Campinas Centro de Ensino” é novamente publicado pelo Correio Popular em 21.03 – p. 19

1956 Durante sessão da Câmara Municipal de Campinas, o vereador Antonio Rodrigues dos Santos Júnior propõe sediar a escola médica na sede da Escola Preparatório de Cadetes – p. 22

1948 A Lei n° 161, de 24 de setembro, contempla Campinas com uma Faculdade de Direito – p. 18

1958 O governador Jânio Quadros recria a Faculdade de Medicina como instituto isolado de ensino superior, subordinado à Universidade de São Paulo – p. 24

1951 Governador Lucas Garcez e prefeito Miguel Vicente Cury falam do desejo dos campineiros em contar com uma faculdade de medicina e das condições ideais oferecidas pela cidade – p. 18

1959 Campinas começa perder para Botucatu a preferência de instalação da escola de medicina – p. 24

1953 A Lei 2.154, de 30 de junho, substitui a Faculdade de Direito, em Campinas, por uma de Medicina – p. 20

1960 Questão de honra. Roberto Franco do Amaral, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas, retoma a campanha pela instalação da Faculdade de Medicina, acionando o Conselho de Entidades – p. 25

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1965 1961 De seu gabinete, o governador Carvalho Pinto recebe uma enxurrada de cartas e ofícios, enviada por representantes de diversos setores do estado, favoráveis à criação de uma Faculdade de Medicina em Campinas – p. 30 1962 Campinas é contemplada com um complexo universitário a partir da Lei n° 7.655, publicada em 28 de dezembro. A Faculdade de Medicina é incorporada a Universidade de Campinas – p. 33 1963 Primeiro Vestibular da Universidade de Campinas reúne cerca de 1.600 inscritos. Os candidatos disputam 50 vagas no único curso oferecido, o de Medicina – p. 41 Em 20 de maio, diversas autoridades participam da aula inaugural da Universidade de Campinas, realizada no Teatro Carlos Gomes, no centro da cidade – p. 43 O Departamento de Genética Médica é fundado em agosto – p. 70

Iniciam as atividades de oftalmologia e otorrinolaringologia. Os trabalhos são coordenados pelos professores Antonio Augusto de Almeida e Gabriel Porto, que mobilizam esforços para estruturar o serviço a partir de 1968 – p. 151 O Centro Acadêmico Adolfo Lutz (CAAL) é fundado em 22 de maio – p. 197 1964 O Departamento de Farmacologia é implantado em abril – p. 76 CAAL publica primeira edição do jornal O Pato Lógico em 30 de outubro – p. 201 1965 “Adoro Freud, quero a psicanálise aqui”, teria dito o Prof. Zeferino Vaz na época de implantação do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria (DPMP) – p. 128 O Serviço de Anestesia é iniciado com a contratação de médicos especializados – p. 166

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1965 Realizado o primeiro Intermed, no complexo do Pacaembu, em São Paulo – p. 212

1966 Lançada a pedra fundamental da Universidade de Campinas em 5 de outubro – p. 60

Universidade de Campinas firma acordo com a Santa Casa de Misericórdia para o início das cadeiras clínicas da Faculdade de Medicina – p. 45

São oficialmente criados os departamentos de Neurologia, Pediatria, Psicologia Médica e Psiquiatria, e Tocoginecologia – p. 66

Zeferino Vaz assume a presidência da Comissão Organizadora, criada pelo governador Adhemar de Barros, para regularizar a situação da Universidade de Campinas, que até então funcionava com apenas uma única unidade, a Faculdade de Medicina – p. 46

A disciplina de Medicina Legal é iniciada para os estudantes do quarto ano do curso de Medicina – p. 106

O professor José Lopes de Faria assume a coordenação do Departamento de Anatomia Patológica – p. 82 O professor Luiz Carlos Fonseca é escolhido para chefiar o Departamento de Clínica Médica – p. 90 O Departamento de Medicina Preventiva e Social inicia suas atividades com o professor Miguel Ignácio Tobar Acosta na chefia – p. 98

Iniciada a Residência Médica com um médico para todos os serviços, o Dr. Pedro Antunes Negrão – p. 136 1967 O Departamento de Ortopedia e Traumatologia é instalado na Santa Casa de Misericórdia – p. 144 A Universidade de Campinas consegue cumprir a determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação com a reunião de cinco unidades de ensino – p. 55

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1971 1968 “Todos estes dissabores, desgostos, aflições e dores, como é na vida comum, serão compensados pelas satisfações plenas e pelas horas sublimes que ireis ter” – Professor Antonio Augusto de Almeida, durante a formatura da primeira turma da Faculdade de Medicina – p. 58 A Oftalmologia e a Otorrinolaringologia iniciam o atendimento assistencial na “Sala 9” – p. 156 Estudantes da Medicina (Turma VI) são os primeiros a participar de atividades no campus de Barão Geraldo – p. 195 1969 A partir de 1969, a Universidade de Campinas passa a ser denominada Universidade Estadual de Campinas e a Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências Médicas – p. 58 O Departamento de Genética Médica funda primeiro o Ambulatório de Doenças Genéticas do Brasil – p. 73

O Departamento de Ortopedia e Traumatologia oferece a Residência Médica a partir de 1969, em período de dois anos – p. 145 1970 O Departamento de Farmacologia é o último a deixar a Maternidade de Campinas – p. 58 Um programa de residência em Pediatria é iniciado por volta de 1970, com o primeiro ano sendo realizado em conjunto com a Clínica Médica e Obstetrícia – p. 119 O professor Masami Katayama elabora anteprojeto para transformar o Serviço de Anestesia, até então vinculado ao Departamento de Clínica e Cirurgia, em um Departamento de Anestesiologia – p. 166 1971 O Departamento de Clínica Médica aumenta a ênfase em pesquisa – p. 93

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1971 O professor Álvaro Guilherme Bizerril Eugênio é convidado a reestruturar o Serviço de Anestesia, criando a disciplina de anestesiologia vinculada ao Departamento de Farmacologia – p. 167 1972 A residência médica é iniciada no Departamento de Anatomia Patológica – p. 84 Criado o Departamento de Cirurgia em 22 de setembro – p. 160 1973 Fundado o Centro de Reabilitação Gabriel Porto, atual Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto” (Cepre) – p. 188 Inaugurado o Centro de Saúde de Paulínia – p. 104 O Departamento de Neurologia inicia residência médica em Neurocirurgia – p. 112

O Departamento de Pediatria realiza a primeira eleição para chefe de departamento – p. 119 1975 Lançada a pedra fundamental do Hospital de Clínicas – p. 68 Alunos da Turma XIV fundam a Batucogu – p. 214 1976 O professor Arnaldo Siqueira assume a disciplina de Medicina Legal, até então chefiada pelo professor Manoel Pereira – p. 108 O professor Raul R. Guedes de Mello assume a disciplina de Otorrinolaringologia após o falecimento do professor Gabriel Porto – p. 157 1977 O Departamento de Pediatria inicia nova fase. Os docentes passam a ser contratados em Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP) – p. 120

1974 O Departamento de Neurologia inicia residência em Neurologia Clínica – p. 112 228 | FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho

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1982 O Departamento de Ortopedia e Traumatologia adquire instrumental ortopédico próprio, até então emprestado do Hospital Irmãos Penteado – p. 146 1978 Iniciado o curso de graduação em Enfermagem – p. 170 O Departamento de Neurologia dá início a residência em Neurologia Infantil – p. 112 O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria instala quatro leitos de psiquiatria em uma pequena sala de aula, localizada ao lado da enfermaria masculina de neurologia – p. 130 1979 Ambulatórios da FCM começam a ser transferidos da Santa Casa para o Hospital de Clínicas – p. 68 Criado o Departamento de Anestesiologia em 7 de agosto – p. 166

O Laboratório de Patologia Clínica é transferido para o Bloco A do HC – p. 177 O Centro Acadêmico de Enfermagem (CAE) é fundado em 26 de maio – p. 210 1980 Iniciado o credenciamento dos programas em residência médica em Pediatria, sendo criado o 3º ano de residência em áreas de atuação da especialidade – p. 120 1981 O Departamento de Enfermagem é criado oficialmente em 1981. No mesmo ano o curso de graduação em Enfermagem forma a Turma I – p. 171 1982 O professor, ginecologista e obstetra da FCM, José Aristodemo Pinotti, assume o cargo de reitor da Unicamp – p. 142 Criado o Departamento de Patologia Clínica – p. 178

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1982 Departamento de Medicina Preventiva e Social implanta processo bienal de eleição para a chefia e constitui Conselho Departamental – p. 100 + CCI. Criado o Centro de Controle em Intoxicação em 29 de novembro de 1982 por iniciativa do professor Ronan José Vieira. O CCI é um serviço multiprofissional que atende casos de intoxicação. A área conta com uma equipe presencial na Unidade de Urgência Referenciada do Hospital de Clínicas, funcionando 24 horas por dia, sete dias na semana. O atendimento conta com médicos contratados, farmacêuticos e enfermeiras treinadas em toxicologia, além de estagiários da graduação em medicina e enfermagem da FCM e da Faculdade de Enfermagem da Unicamp. 1983 + É assinado contrato de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF)/ Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social para término das obras do Hospital de Clínicas.

1984 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia torna obrigatória a realização da residência médica na área em três anos, duração esta, oferecida de forma pioneira pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FCM, desde 1981. 1985 Em 10 de outubro de 1985, o convênio mantido com a Santa Casa de Misericórdia é cancelado e o HC inaugura o primeiro leito do hospital na Enfermaria Geral de Adultos – p. 68 O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria é transferido para o Hospital de Clínicas – p. 130 Realizada a primeira cirurgia do HC (úlcera péptica) pelos professores Luiz Sérgio Leonardi, Mário Mantovani e Álvaro B. Eugênio. – p. 161 1986 Em março de 1986, a FCM é finalmente transferida para o campus de Barão Geraldo com todos os seus departamentos.

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1990 Na mesma época são inaugurados o Hospital de Clínicas e o Caism – p. 69 Criado o Departamento de Medicina Legal em 5 de junho – p. 106 1987 Iniciado o Serviço de Atendimento Psicológico e Psiquiátrico ao Estudante de graduação e pós-graduação – p. 131

1989 Em 15 de dezembro de 1989, o Departamento de Medicina Legal é transferido para sede própria, localizada à Rua Vital Brasil – p. 106 O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria é designado Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde – p. 131

1988 A pós-graduação em Pediatria é iniciada no Departamento a partir de 1988 – p. 121

1990 A disciplina Fisiologia e Metabologia Cirúrgica é adicionada ao currículo do curso médico – p. 162

O Departamento de Cirurgia inicia os cursos de pós-graduação e cria a disciplina Cirurgia do Trauma – p. 162

O Cepre é a última unidade da FCM transferida para o campus da Unicamp, em Barão Geraldo – p. 189

+ Criado o Centro Integrado de Pesquisas Onco-Hematológicas na Infância (Cipoi), um laboratório de pesquisa básica e aplicada destinada ao estudo das crianças portadoras de leucemias agudas, tratadas no Instituto Boldrini.

+ Inaugurado o Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro), resultado de convênio com o Ministério das Relações Exteriores do Japão e a Japan International Corporation Agence (JICA).

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1991 1991 A Unicamp realiza o seu primeiro transplante hepático, tornando-se a segunda universidade do país a realizar um transplante desse tipo – p. 162

1995 + FCM inaugura nova biblioteca

1992 Criado o Departamento de Radiologia – p. 182

1997 Criado o Laboratório de Psicopatologia Fundamental, vinculado ao Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria – p. 131

Em 17 de setembro, o Departamento de Ortopedia e Traumatologia inaugura sua Oficina Ortopédica no HC – p. 146 1993 Em julho, é instalada a Divisão de Patologia Clínica no Bloco F do HC – p. 178 + Nasce o primeiro bebê de proveta no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism). 1994 FCM adota novas medidas visando o incremento da produção científica – p. 224 + O professor e pediatra da FCM, José Martins Filho, toma posse como reitor da Unicamp.

1996 + Criado o Ambulatório de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia

+ Implantado o Centro de Investigação em Pediatria (CIPED), com uma infraestrutura para o desenvolvimento de pesquisas na área da saúde/doença da criança. 1998 Criados os ambulatórios de Neuropsiquiatria Infantil, Saúde Mental do Idoso, Transtornos Alimentares, Ambulatório de Substâncias Psicoativas e Interconsulta, vinculados ao Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria – p. 131 1999 Em março, o Departamento de Medicina Legal é extinto – p. 108

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2006 Ministério da Saúde encampa a cirurgia de catarata em larga escala – p. 153 Criado o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem – p. 173 2000 + Inaugurado o Hospital Estadual Sumaré + Comissão de Reforma Curricular propõe mudanças no currículo para oferecer formação mais humanística aos estudantes de medicina. 2001 “Um bom serviço é o que faz um bom departamento” – professor José Aristodemo Pinotti – p. 140 Projeto Catarata comemora 15 anos de combate à cegueira – p. 155 Criado o curso de graduação em Fonoaudiologia – p. 190 2002 Curso de graduação em Medicina forma a Turma XXXV – p. 308

+ O Hemocentro da Unicamp é um dos primeiros no país a possuir um sistema de qualidade ISO 9002, em todas as áreas do Fluxo do Sangue. 2003 “Grandes números traduzem nosso crescimento. Mais de 15 mil anestesias/ ano” – professora Rosa Inês Costa Pereira – p. 168 2004 Criado o curso de graduação em Farmácia – p. 80 2005 O Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria inaugura o anfiteatro Sigmund Freud – p. 131 Curso de graduação em Fonoaudiologia forma a Turma I – p. 345 2006 Criado o Centro Acadêmico X de Setembro, órgão de representação discente dos estudantes do curso de graduação em Fonoaudiologia – p. 208

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2006 Criado o Centro Acadêmico de Farmácia (Cafarma) é a entidade de representação dos estudantes do curso de graduação em Farmácia – p. 209 2007 Residência médica em Psiquiatria passa a ser de três anos – p. 131 Curso de pós-graduação em Enfermagem é avaliado pela Capes com nota 5 – p. 173 2008 + Curso de graduação em Farmácia forma a Turma I. + Criado o Centro de Memória e Arquivo, que dentre os objetivos principais está à preservação da memória institucional, na defesa dos interesses da universidade e dos direitos da comunidade acadêmica. O CMA também promove a interação das áreas responsáveis pela custódia dos documentos, levando em consideração a integração das diferentes fases da gestão documental.

2009 Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas utiliza técnicas para atenuar os efeitos dos problemas que afetam as cordas vocais – p. 159 O Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação tem o funcionamento autorizado – p. 190 Centro Acadêmico Adolfo Lutz é estruturado de maneira horizontal – p. 206 + Criado o Centro de Pesquisa Clínica, com o objetivo de facilitar as pesquisas clínicas realizadas pelos laboratórios da área da saúde da Unicamp, garantindo um local para o desenvolvimento de pesquisas de interesse público. + O professor e hematologista da FCM, Fernando Ferreira Costa, toma posse como reitor da Unicamp.

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2012 2010 “O pediatra é um tratador de doenças infantis, mas é antes de tudo um preventivista, um pregador do crescimento e desenvolvimento do país, da humanização, da distribuição de renda, do direito das crianças a creche e escola” - professor José Martins Filho – p. 127

2012 FCM é novamente selecionada para indicar concorrentes ao Prêmio Nobel de Medicina – p. 222 Caism inaugura novo bloco operatório – p. 143 Criada a Faculdade de Enfermagem – p. 172

O professor Luis Sérgio Leonardi, do Departamento de Cirurgia, recebe o título de professor emérito das mãos do então reitor, Fernando Costa, e do ex-reitor José Martins Filho – p. 165 FCM é selecionada para indicar concorrentes ao Prêmio Nobel de Medicina – p. 222 + O Núcleo de Medicina e Cirurgia Experimental (NMCE) e o Biotério ganham novas instalações.

Criado o Diretório Acadêmico Adolfo Lutz – p. 210 + Lançado em 28 de setembro, o selo comemorativo dos 50 anos da Faculdade de Ciências Médicas. + Novo logotipo do curso de graduação em Medicina é lançado em novembro.

2011 O Departamento de Medicina Preventiva e Social passa a ser denominado Departamento de Saúde Coletiva – p. 101

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Diretores

Não é possível contar a história da Faculdade de Ciências Médicas sem deixar de considerar o empenho e a dedicação de todos os diretores que aqui passaram. De início e de passagem muito rápida, o primeiro reitor da Universidade Estadual de Campinas, professor Cantídio de Moura Campos, foi nomeado diretor pro tempore da Faculdade de Medicina, quando ela ainda nem havia sido, de fato, implantada. A seguir, assumiu o inesquecível professor Antonio Augusto de Almeida, cujas lembranças se associam às lutas intensas que travou nos anos iniciais da FCM. Ficou o respeito e a gratidão de todos. Saudosas, também, são as lembranças dos diretores que vieram a seguir: Silvio dos Santos Carvalhal, José Aristodemo Pinotti, José Lopes de Faria, Luiz Sergio Leonardi. Todos eles enfrentaram com bravura tempos de desafio e superação na Santa Casa de Misericórdia. Com os professores Antonio Frederico Novaes de Magalhães, José Martins Filho e Luis Alberto Magna, houve o período de mudança de cenário com a transferência da FCM e de todos os serviços para o Hospital de Clínicas, com o crescimento exponencial da assistência e a implantação de novas áreas. Com a chegada dos diretores Fernando Ferreira Costa, Mario José Abdalla Saad, Lilian Tereza Lavras Costallat e José Antonio Rocha Gontijo, chegam também os desafios das novas tecnologias, a interação inter e multidisciplinar e a inserção da faculdade no cenário internacional. Todas as conquistas da FCM perpassam a história de seus diretores, aos quais, acompanhados por suas equipes de diretoresassociados, assessores e funcionários, imprimem sua marca e contribuem para fazer da escola médica o que ela é atualmente: referência internacional. 236 | FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho

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M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/U nicamp M arcelo Oliveira/CADCC/FCM/U nicamp

Diretor

Mario José Abdala Saad 4.7.2010 até o momento Mario José Abdala Saad é diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), em segundo mandato, desde julho de 2010. É professor titular do Departamento de Clínica Médica da FCM, onde atua desde 1986. Coordena o Laboratório de Pesquisa em Obesidade e Diabetes, onde estuda mecanismos moleculares de resistência à insulina. Publicou cerca de 230 artigos em revistas internacionais, tendo sido citado mais de 6.900 vezes na literatura científica internacional. Ministra as disciplinas de Semiologia e Medicina Interna, e atua com os residentes de Clínica Médica na Enfermaria Geral de Adultos. Foi paraninfo de três turmas de Medicina, patrono de duas e professor homenageado em outras 14 turmas. Já orientou 66 alunos de iniciação científica, 18 alunos de mestrado, 26 alunos de doutorado e supervisionou dez pós-doutorados.

Diretora-associada

Rosa Inês Costa Pereira 4.7.2010 até o momento Rosa Inês Costa Pereira é diretora-associada da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (2010-2014). Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (1978) e doutorado em Ciências Médicas pela mesma instituição (1996). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em anestesiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: anestesia obstétrica, analgesia de parto, anestesia regional e transplante renal.

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Diretor

Diretora

Diretor

José Antonio Rocha Gontijo

Lilian Tereza Lavras Costallat

Mario José Abdalla Saad

4.7.2006 a 3.7.2010

4.7.2002 a 3.7.2006

Diretor-Associado

Diretor-Associado

Diretores-Associados

Gil Guerra Junior

José Antonio Rocha Gontijo

Luiz Carlos Zeferino

4.7.2002 a 3.7.2006

Rogério Antunes Pereira Filho

4.7.2006 a 3.7.2010

4.7.1998 a 3.7.2002

4.7.1998 a 27.6.1999

28.6.1999 a 3.7.2002

Diretor

Diretor

Diretor

Antonio Frederico Novaes de Magalhães

Luiz Sergio Leonardi

José Aristodemo Pinotti

16.6.1980 a 16.6.1984

23.4.1976 a 16.6.1980

Diretor-Associado

Diretores Interinos

Antonio Frederico Novaes de Magalhães

Luiz Sergio Leonardi

30.7.1980 a 15.6.1984

John Cook Lane

31.7.1984 a 30.7.1988 Diretor Interino

José Lopes

de

Faria

15.6.1984 a 30.7.1984 Diretor-Associado

11.6.1979 a 17.6.1979 9.1.1980 a 12.1.1980

Nelson Ary Brandalise 10.9.1984 a 31.7.1988

Diretores-Associados

John Cook Lane 25.7.1973 a 4.12.1976

José Martins Filho 4.12.1976 a 1.7.1980

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Turmas1

Cada turma da FCM carrega sua história, com fatos e personagens que marcaram a vida dos estudantes que aqui passaram. Seja na Medicina, na Farmácia, na Fonoaudiologia ou na Enfermagem, quem não se lembra de um fato engraçado, um momento de aprendizado, uma bronca, lição de vida ou superação? Um professor em especial, o paraninfo, um colega de curso, uma prova dificílima, o primeiro seminário, as viagens em grupo, os plantões, o primeiro jaleco, os primeiros pacientes, a colação de grau, noites sem dormir, festas, repúblicas, vida universitária, TCC, mais horas sem dormir, laboratórios, iniciação científica, estágios supervisionados, relatórios, livros imensos, aulas de inglês, congressos, competições esportivas, ligas, trabalho de campo, monitoria. Cada aluno desta escola teve seu papel e imprimiu sua marca, gravou seu nome no tempo e contribuiu para construir a história narrada até agora. 1 Lista de alunos gerada pela Diretoria Acadêmica (DAC), em agosto de 2013.

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CADCC/FCM/U nicamp

Medicina Turma I 1963-1968

Ademur Antônio Valente Alberto Zynger André Salomão Lacativa Antônio Carlos Corsini Antônio Carlos Giampietro Antônio Carlos Pelegrina Miranda Antônio Mauro Martins Cássio Menezes Raposo do Amaral Eduardo Pires do Rio Fernando Abarca Schelini Francisco Vargas Suso Irene Gyongyver Heidemarie Lorand

Ivo Jesus Rezende Von Atzingen Jorge Bedran Filho José Carlos Felíce José Carlos Gama da Silva José Geraldo dos Santos Juvenal Galeno Sidou Cavalcanti Libarit Sarian Lucilena Latorre Luíz Carlos Duarte Luíz Carlos Miami Luíz Furuya Luíz Yoshida Márcio Matheus Tolentino Maria Elizabeth Nogueira Nanni Maria Helena de Oliveira

Marina Salgado Spisso Mazakazu Kakitani Milton Amadeu Parodi Milton Antônio Bertani Osmar Trojan Paulo de Paula Péricles Corrêa Gomes Renato Waldomiro Liserre Roger Abdelmassih Rogério Antunes Pereira Filho Sérgio Masini Alarcon Tatsuji Tomikawa Theresinha Comenda Cotrim Tioshi Koti Vilson Antônio de Oliveira

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Medicina Turma II 1964-1969

Airton Rodrigues de Mello Alexander Sperlescu Almir Rezende Antônio Carlos Baccili Antônio Celso Rosa Antônio Cesar de Paiva Lopes Antônio Cesar Lins de Lima Antônio de Padua Franceschi Antônio Roberto Moreira da Silva Arthur Durante Vivas Athanase Billis Braz Benicio Pentagna Brazileu de Souza Cláudio Sérgio Pannuti Décio Antônio de Almeida Costa Douglas Alberto Bauk Edson Ermetice Eleanora Machado Freire Erico Hayao Kiyota

Ernani da Silva Fernando José Monteiro Pontes Ferrucio Fernando Dalláglio Francisco de Assis Miranda Hélio Di Nucci Hisame Uchida João Luiz de Carvalho Pinto e Silva José Alexendre de Souza Sittart José Clemente Neto José Fernando Pereira Arena José Francisco Antônio de Souza José Joaquim Lanhoso de Mattos José Roberto Betanho Kazumi Yano Kengi Toyoda Livio Nanni Lúcia Edwiges Bailoni Narbot Luíz Gonzaga Nalini Manuel Antônio Dias de Noronha Márcia Vicenzi Patrão Lomba Maria Conceicão Miguel

Maria Helena Mancusi Marilia Bernardes Marques Mario Paulucci Cinesi Massakazu Kato Matys Dabrowski Miguel Hatsumura Paulo Blandy Filho Reinaldo Farina Ricardo Ribeiro dos Santos Roberto Bataglia Theodoro Roberto Emmanoel Tullii Rosa Sukiassian Rosélys Conforti Vaz Rubens Saad Simão Fernando Lukowiecki Stephan Daniel Jancu Timoschenko Dugaich Toshihiko Higuchi Vicente Olavo Nigro Walter Pinto Junior Wilson Geronymo

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Medicina Turma III 1965-1970

Adalberto Decio Martiniano de Azevedo Ademir Cubero Ruano Adriana Sevá Pereira Afonso Oetting Junior Alcione Moya Aprilante Andreia Xavier Polastro Antônio Carlos Giffoni Junior Antônio Sergio Petrilli Arlindo Girard Jacob Filho Benedicto Marcio Villaça Carlos Moriyama Carmen Regina Nogueira de Carvalho Cezira Maria Miluzzi Danton Croco Édison Rossi Eduardo Marques de Azevedo Eduardo Silveira Eliete Corrêa Rodrigues Emerson Machado Freire Fabio Farnocchi

Francisco Viacava Gilmar de Oliveira Garrone Jaira Moema Lisbôa Camargo James Cubero Daniel Joaquim Nogueira da Cruz Neto Jorge da Silva Prado Junior Jorge Felix Adib José Augusto Pereira de Souza José Eduardo Pires de Arruda José Roberto de Toledo José Roberto Gallo Liria Takehana dos Santos Luis Antonio Kannebley Bittencourt Luíz Eduardo Nery Marco Antônio Carpinetti Pinto Maria Alice Jardim Vargas Maria Gertrudes Vagliengo Maria Lúcia Quaresma Passos Jorge Maria Lydia Rocha de Mello Maria Sílvia Hadler Villela Marina Keiko Kwabara Tsukumo Martiniano Antônio de Azevedo Junior

Massaco Kimati Nilde Jane Cordenonsi Michelin Oscar Faria Junior Oswaldo Gallardo Pascoal José Soares Paulo Zifchak Pedro Augusto Penteado Conforti Raul Michelin Junior Roberto Gomes Rubens Alcino Dutra Alves Sebastião de Freitas Sérgio Bellucci Shigeo Mori Silvio Morais de Rezende Sylvio Michalany Filho Tetuko Yadoya Urias Garcia Neto Vera Márcia Paro de Oliveira Vicente Augusto de Carvalho Victor Fruges Yukiyasu Iwashima

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Medicina Turma IV 1966-1971

Ademir Buarraj Adilson Prando Adolfo José Machado Dias Alberto Bittar Junior Aloisio José Bedone Ana Fujie Antonio Carlos Rocha Antônio Francisco Bastos Antônio Jofre de Vasconcelos Arnaldo Acayaba de Toledo Carlos Augusto Della Torre Carlos Eduardo Martins Fontes Celso Roberto Hellmeister Cláudio Rossi Cleide Yochie Suguihara Djalma Thomaz da Silva Durval Duarte Sobrinho Elias Kirschbaum Flávio Antônio Quílici Flavio Augusto Gemignani Flavio Augusto Souza Frias Flavio Vivacqua Geraldo Macarenko Giuseppe Sebastiano Dioguardi

Gyorgy Mihaly Laszio Hebert Luíz de Azambuja Neves Henrique Benedito Brenelli Hillegonda Maria Dutilh Horácio Friedman Isabel Pupo de Morães Jayme Henrique da Silva João Francisco Marques Neto José Carlos Robalinho José Gilberto Franco José Homero Masetti José Roberto Colombo José Roberto de Souza José Serrano Junior Judite Ramalho Julio Fukuta Shikanai Laerte Cazarini Amadeo Lelis Passos Valente Ligia Mosterio Luíz Antônio Penteado de Arruda Camargo Luíz Fernando Amaral Lollato Luíz Fernando Penteado de Castro Luíz Fernando Pinheiro Franco Luíz Michelino de Oliveira Junior Luiza Hayashi

Marcos Alonso Granzoti Marcos Brasilino de Carvalho Mariana Sodré de Almeida Fialho Mario Carbonari Filho Mario Yoshihide Endo Melkon Yalmanian Moises Grunspan Paulo Calichman Paulo Kato Pierre Godfroid Joseph Ciriadés Radamés Catullo Berni Filho Regina Celia Diz de Menezes Succi Regina Célia Lucizani Muller Reginaldo Cesar de Campos Reinaldo Gamba Roberto Carlos Cunha Forster Roberto Jarbas Toledo Rosa Ciardi Rosa Maria Abud Rosely Nassim Jorge Sergio dos Passos Ramos Sergio Rubens Matta Suely Corrêa Cardoso Valter Araujo

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Medicina Turma V 1967-1972

Albert Zeitouni Aldo Dallemule Álvaro Luíz Conegundes Andir Leite Sanches Angelo Jair Falanga Anibal Eugenio Vercesi Antonieta Gisela Forlenza Antônio Carlos Marcondes Dias Antônio Carlos Ochiuze Bandeira Antonio Carlos Perrota Antonio Egydio de Carvalho Junior Antonio Sergio Aloisi Ariovaldo Antonio Vendramim Augusto Toshio Omori Carlos Aberto Rodrigues Schneider Carlos Alberto Dancini Carlos Alberto de Oliveira Carlos Claudinei Talli Carlos Guedes Junior Celia Maria de Almeida Cláudio Augusto Losso Cláudio Ruzzi Domingos Rodrigues Teixeira Neto

Edoardo Santino Eduardo Rafful Kanawaty Emilia Lurico Sokei Ernesto José Franze Puppi Euvaldo Cesar Correa Fernando de Andrade Quintanilha Ribeiro Francisco Alberto Dopp Gentil Antonio Formighieri Giovanni Arsati Heide Marianne Herrmann Marcondes Hilton de Brito Fabri João Carlos de Oliveira Lopes João Fernando Berton João José de Souza Prado João José Fagundes José Eduardo Terreri José Pedro Damiano Júlio Luís Goncalves Katsue Shibao Laercio de Oliveira Cesar Ludmila Marie Weiss Luiz Carlos de Toledo Mara Regina dos Santos

Mario Asai Mario Yusaku Saito Marta Benilde Bacigalupo Maurisa Miranda Mauro Bilharinho Naves Miriam Aparecida da Silva Nadia Nader Nelsi Aparecida Ferreira Osvaldo Beani Otavio Rizzi Coelho Paulo Jacques Goldstein Paulo Kenji Kamikabeya Reinaldo Soares de Lucca Roberto Marcos da Silva Roberto Peinado Mingorange Filho Rubens Carlos Martucci Rúi Almeida Coatti Shizuo Yoshida Sílvia Bolliger Silvio Saidemberg Sonia Maria Camargo Gonçalves Sylvio de Rossi Júnior Wanderley Ribeiro Pires

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Medicina Turma VI 1968-1973

Agostinho Esaú de Carvalho Faria Ana Verônica Miranda da Silveira Anamarli Nucci Antônio Braz de Lima Junior Antônio da Cruz Garcia Aroldo Angelo Guidini Benedito Acacio de Paiva Celia Maria Turri Celio Centurion Dalton José Balloni Dario Pacheco de Morais Denise Moles Botelho Dilermando Carlos Pereira Dolores Figuerola Timoneda Dulce Maria Aguiar de Andrade Eduardo Barros Puertas Emilio Telesi Jr. Estevam Lozano Cruz Eunice Sizue Hirata Fernando Antonio Pinto e Silva Francisco Borges Macedo Frederico Eugenio Fernandes

Gabriel Travaini Glaucia Sim Valente Rocha Helena Comodo Ilona Bannet Ivan Luiz Bosio Izabel Kazuko Nakanishi Jair Antônio Costa João Bosco Assis de Luca Joaquim Aparecido de Oliveira Jorge Rizzato Paschoal José Carlos Miranda José Geraldo Dias e Silva José Jarjura Jorge Junior Juvenal Ricardo Navarro Goes Kyoshi Mizusaki Lidia Pupo de Moraes Ligia Vera Montali Luciano de Souza Queiroz Luís Roberto Dix Terra Luzita Maria Xambre Laranjeira Márcio Goes Marco Antônio Andreatta Marco Antonio Toniolli Spiropulos Maria Antonieta Pães de Freitas

Maria Cecilia Guião Leite Maria Helena Ermel Marilisa Nano Costa Mercia Brasilino de Carvalho Miguel Carlos Simoes Nelson Macchiaverni Filho Nicola Luciano Mortati Oswaldo Inácio de Tella Junior Paulo Clemente Cezar Pedro Lupercio Goncalves Philippe Marcel Morisot Renato de Oliveira Jr. Renato Jorge Saad Roberto Jeffery Lane Ronaldo Della Piazza Bueno Sergio Caldeira de Mello Uriel Dias Vera Lúcia Alves de Miranda Vicente Carlos Nacarato Virgilio Ferreira Arena Waldemar Antônio Fernandes Assumpção William Volpini

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Medicina Turma VII 1969-1974

Alfonso Julio Guedes Barbato Ana Maria Osorio Ferreira Antonio Brunoro Neto Antonio Carlos Ruffolo Antônio Guilherme Borges Neto Armando de Mattos Pires Camilo Geraldo de Souza Coelho Filho Carlos Alberto Magna Carlos Muszkat Celia Maria Azevedo Moredo Cláudio Lysias Costa Vieira Darcilino Artur Rocha Fernandes Devanyr José Salata Dirce de Assis Dorival Carlos Borges Edna Marina Cappi Maia Elcy Pacheco Ribeiro Elisabeth Kaiser Erley Antonio dos Santos Eugenio Fomin Fortunato Antônio B. Palhares Francisco Carneiro de Andrade Franklin Silva Frank George Schahin Guilherme Marcon Westin

Hassan Constantino Saba Helio de Oliveira Santos Hervé Georgetti Ingrid Schütz Ivan Guidolin Veiga Jair Ortiz João Alberto Ferreira Mattos João Batista de Lima João Batista de Miranda João Carlos Campagnari João Paulo Macedo Jorge Kishi Judith Marques Saraiva Juvenal Antunes de Oliveira Filho Lauro Gomes Recchimuzzi Lino Giavarotti Filho Manoel Ignacio Andrade Miranda Marcio Antonio Romanélo Campos Márcio Cossi Marco Antônio Pães de Freitas Marcos Antônio Sana Valadao Maria Ângela de Barros Piason Maria Ângela Di Fiore Manzione Maria Beatriz Viana Perez Maria Cláudia H.Correa Maria Raquel Viotto Marina Nelson Lourenco Maia Filho Nelson Pannain Junior

Nelson Simões Neusa Cursino dos Santos Steiner Nobuko Sugayama Norberto Antônio Freddi Olegario Bueno Oliveira Lima Olimpio Amelio Maia Osamu Ikari Paulo Eduardo Chechin Paulo Henrique Facchina Nunes Paulo Montes Huvos Pedro Cesar Tambascia Sergio Pasian Sílvia Brandão Bertazzoli Bellucci Silvio Carvalhal Filho Tania Ruiz Waldenir Alves Rodrigues Walter dos Reis Palma Wilson Saboya Brito Filho

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Turma VIII 1970-1975

Adelino de Paula Lima Neto Alcides Brunialti Junior Álvaro Paschoal Filho Amelia Vasconcelos Maia Verdum Américo Prado Pennacchi André Moreno Morcillo Antonio Luiz Pontes Ariovaldo Armando da Silva Armando Miguel Junior Carlos Alberto Avancini de Almeida Carmino Antonio de Souza Cezar de Paula Santana Clarice Akemi Urushima Claudio de Mattos Dallas Irany de Conti Daniel Giannella Neto Dioraci Paula de Castilho Edgard Mouraria Junior Edma Nihany Cury Eduardo Tsuguio Hirata Eliana Amancio Ettore Paulo Pinotti Eulalia Sakano Fernando Antonio Pereira Elias Flavio Eduardo da Costa Constantino

Genesio Martinez Santos Gilberto Mauro Moreira Branco Guilherme Martinelli Neto Helena Maria Ferrero Munhoz Helio Massaharo Kimura Henrique Scursoni Neto Hiroshi Miyazawa João Mauricio Carrasco Altemani José Augusto Ayres Hansted José Eduardo de Passos Jorge José Juberter Cazassa José Mario Rocha de Andrade José Messias Capranico Castilho José Rubens Moreira Keitiro Koga Luís Alberto Gonçalves de Souza Luiz Gonçalves Simões Márcia Soares Pinto Marco Fabio Restitutti Marcos Eduardo Martins de Camargo Marcus José Forjaz Maria Aparecida Brenelli Maria Cristina Pessoa Maria Isabel Gomes da Silva Silveira Maria Silvia RodriguesFrarf Mario Eduardo Sucissi

Mario Sergio Barreto Sidow Mencio Eugenio Accorroni Nair Sizuko Yassuda Nancy Mineko Koseki Nelson Imamura Nelson Issamu Nakamura Oswaldo Alberti Junior Paulo Eduardo Pessagno Paulo Sérgio Lima Corrêa Silva Plinio Gherardi Robert Bruce Koehler Roberto Caldato Roberto Camargo Rigitano Roberto Freire Santiago Malta Roberto Marini Rovilson Vieira Ruy Palagi Sergio Di Camillo Fava Shoji Miyabara Suzel Aparecida Malachias Frem Tuyoshi Ninomya Valentim Baccarin Vania Nosé Vera Buso Victor Kietzmann Wilson de Mello Alves Junior Wilson José Yeichi Nagase

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Medicina Turma IX 1971-1976

Abimael Martins Costa Adriano Francisco Cardoso Pinto Albina Messias de Almeida Milani Alexandre Maas Neto Alice Kayoko Kamimura Antonio Carlos Duarte Antônio Carlos Signorelli Antônio Olivato Antonio Ricardo Amarante Ariovaldo Hauck da Silva Ariovaldo Pavan Pires Beatriz Mangabeira Albernaz de Queiroz Carlos Alberto Politano Carlos Americo Sampaio de Campos Carlos Augusto Sonetti Valim Clarissa Waldige Mendes Nogueira Claudio Capuano Daniel Monteiro Lino Daphné Rattner Dario Prada Neto Dillian Bastos Pereira Edson Ademir Bocchi Eduardo Fantini Eduardo Ioshiteru Matsuda Enio Falleiros Chagas Fernando Batista Luíz

Flavio Nadruz Novaes Geraldo da Silva Pereira Helena da Cruz D’Ambrosio Helenice Bosco de Oliveira Helio Moriyama Iberê Ferreira Machado Igor Carlos Concilio Del Guercio Ines de Morães Pantiga Jair José Pereira João Antonio Giacomassi João Carone Junior Jorge Hirai José Bertoni José Eduardo Petri José Favaro Filho José Roberto Miccoli Jucelino Nogueira dos Santos Leonard Edward Bannet Ligia Maria Suppo de Souza Liliana Aparecida Lucci de A. Andrade Lúcio Luiz de Souza Luiz Augusto Romão Maria Adelaide Gomide Lino Maria Elisabete Scarano Ruzzante Maria José Conceição Moreira Maria José Soares de Salles Maria Jurema Stellati Maria Luiza Moretti Branchini

Maria Teresa Matias Baptista Mario Bonfitto Marisa Vivacqua Marlina dos Santos Maurício de Andrade Ferreira Mauricio de Brito Pereira Mitsuhisa Yamamoto Nelson Adami Andreollo Nelson Marcio Gomes Cazerta Orfeu Cecilia Paulo Cesar Fonseca de Souza Leite Paulo Roberto Vergani Plínio José do Amaral Roberto Tokiaki Nakashima Rogério Machado de Paula Eduardo Ronaldo Dall’Oca Rosaura Torquato Sandra Della Monica Syuichi Fujisaki Tania Maria Bueno de Mello Vilela Tania Maria Mendes Quintella Thomas Dan Schaffa Ulysses Moraes Oliveira Vera Maria Santoro Wagner Batista Fidelis Wagner Francisco Vidille Walderez Prado William Dias Belangero

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Medicina Turma X 1972-1977

Alberto da Costa Caseiro Filho Angela Maria Bacha Angela von Nowakonski Angelo Zanaga Trape Antonia Teresinha Tresoldi Antônio Capone Neto Arthur Carlos de Carvalho Carmen Cecilia de Campos Lavras Cláudio André Couto Cláudio Jorge Constantino Spirópulos Domenico Feliciello Edmur Franco Carelli Eduardo Carone Filho Eduardo Marques Gamba Eleuterio Bruno Malerba Filho Elizabeth de Leone Monteiro Elizabeth M a Barasnevicius Elza Olga Ana Muscelli Ernst Ludwig Schneider Eros Antonio de Almeida Fernando Cordeiro Fernando Lopes Gonçales Júnior Francesco Mannina Guita Stoler

Ivete Bedin Jesiel Estevão Fernandes de Oliveira João Moysés Abujadi Jorge Barreto Jorge Tozo Melleiro Adas José Augusto da Costa José Carlos Milare José Luiz Riani Costa Joyce Liliane Mayer Junia Gianesela Lisboa Lilian Tereza Mariano Lavras Lucinda Maria Garcia de Tella Maria Alice Amorim Garcia Maria Cecilia Navarro de Araújo Maria Cristina Gregori Imperial Maria Cristina Restitutti Maria Elisabeth Mesquita Maria Jandira Pereira Loconte Maria Teresa da Silva Mario de Moraes Messias Covre Michele Orlando Midory Sakamoto Vianna Minoru Hiroki Napoleão de Jesus Pereira da Mata Alves Nelma Lourenço Maia

Nelson Faidiga Nelson Yosiharu Fujita Neusa Maria Thomé Odair Albano Olga Maria Fernandes de Carvalho Orises Ferri de Almeida Osmar Bergamaschi Paulo César Rodrigues Palma Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva Paulo Fernando Teixeira Leite Paulo Roberto Rinaldi Percy Fernando Andreazi Roberto Brigagão Nasser Roberto Campane Rosalina Ribeiro da Silva Rossé Mahó Llaveria Lafulla Sofia Helena Valente de Lemos Marini Solange Duarte de Mattos Almeida Telma Helena Amadi Fagundes Tereza Cristina Gansauskas de Oliveira Tisuko Sinto Vera Sylvia Castanho Veronica de Araujo Zanardi Vítor Manuel Costa Ferreira da Silva

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Medicina Turma XI 1973-1978

Agnes Antonietta Giannini Guglielmi Antonio Carlos Miadaira Antonio Maria Rocha Armando Vergilio Teixeira Artaxerxes José da Cunha Aurea Akemi Abe Aurelio Martins da Costa Carlos Augusto Laudari Carlos Godo Carlos Roberto Silveira Corrêa Célia Aparecida Uliani Zimmermann Celso Ferreira de Camargo Sallum Celso Limoli Junior David Abrão Kusniec Edmir Deberaldini Edson Eduardo Gallani Smidt Elizabeth Rigo Enio Marcos Ribas Pimentel Francisco Carlos Carmona Francisco Mezzacappa Filho Frederico Kolar de Marco Heitor Pons Leite

Helena Cerdeira de Santana Helena Morioka Heraldo José Vivarelli Curti Horacio Schwartzmann Ivete Satiko Akune Izilda Rodrigues João Aluizio Neto José Augusto Souza Lima José Correa da Fonseca Neto José Eduardo Bueno Zappa Lilian Virginia Rieser Lúcia Carolina Jusioli Struckel Luis Alberto Magna Luis Antonio Vega Luiz Carlos Zeferino Luiz Eduardo Bueno Dal Poz Marcia Maria Gomes Massironi Maria Anaitis Graziano da Silva Turini Maria Cristina Tassinari Maria de Fátima Pachêco Caldato Maria de Lurdes Zanolli Maria do Carmo Cruvinel Maria do Carmo Negretti Maria Elena Guariento Maria Elisa de Morães Barbosa

Maria Fernanda A Fontoura de Carvalho Maria Patelli Juliani Souza Lima Mário de Almeida Marizilda Souguellis Maura Mikie Fukujima Goto Mauro Rabinovitch Moacir Rodrigues de Pontes Olga Tomoko Takahashi Paulo Cesar Ribeiro Sanches Paulo Sergio Alessi Bueno de Campos Paulo Spinola Costa Renato José de Castro Soares Renato Sergio Rodrigues José Roberto Airoldi Rosa Inês Costa Pereira Rosana Meligeni Ruffilli Rosendo Augusto Galvão Neto Simone Talarico Simoes Tânia Marisa Schemith Celino Tereza Cristina Buratti Demetrio Vito Pascoal Zuppo Waldir Antonio Bataglia Waldir Favarin Murari Walter Ribeiro Simões

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CADCC/FCM/U nicamp

FCM-Unicamp | 50 Anos | 259

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Medicina Turma XII 1974-1979

Alexandre Grisolia Wanderley Alexandre Luís Vieira Alfredo Daniel Lopes Ana Clara Diniz da Costa Ana Lúcia Curci da Silva Ana Rosa Fogagnolo António Eduardo de Moraes Salles Avelino Bastos Benedito Antônio Cardoso Carlos Eduardo Weyer de Almada Celio Bernardes de Andrade Dalva França Dolores Lima Rodrigues Costa Edison Ossamu Ito Edna Lúcia Petito Accetturi Carvalho Eduardo Mello de Capitani Eduardo Peixoto de Oliveira Egberto Ribeiro Turato Elias Nogueira Peres Fernando António Remisio Figuinha Francisco Xavier Cenjor Gelse Mazzoni Campos Gerson Gattei Guilherme Grisolia Wanderley

Helena Maria de Aguiar Godoy Helena Massae Kanashiro Hélio Jorge Alvachian Fernandes Hélio Sugawara Henrique Penna Medina Herbene Antonio de Tolosa Hindemburgo Calzado Junior Ilka de Fatima Santana Ilma Aparecida Paschoal Inês Sati Okuyama Kawamoto Izilda Matsuoka James King Carr de Muzio João Batista Martins Carnaúba João Carlos Magi Jorge Carlos Machado Curi Jorge Mitsuo Wada Jorge Nestor Roman Hidalgo José Alves Cruvinel Junior José Brenha Ribeiro Sobrinho José Heiji Fukuda José Pedro Sobrinho José Tadeu da Assumpção Lak Chun Chung Lêda Maria da Graça Villela Leonardo Freire de Carvalho Giannela Lúcia Emy Saiki Van Onselen

Manuel João da Cunha Morais Marcos Roberto Tavares Maria Anita Medeiros da Rocha Paes Maria Aparecida Mesquita Maria Cecilia Brandt Piovesan Maria Elizabeth Marotta de Oliveira Maria Gardenia Evangelista Maria Lidia Bascopé Espinoza Maria Lucia Tokue Ito Maria Romana Lacerda da Silva Mario Shiguehico Uyeda Marli Ferreira Cerveira Mauris Romero de Oliveira Milton Huehara Milton Lopes de Souza Nelson Guerino Cremonese Nelson Luís Sztejnsznajd Neyde Harumi Onishi Nicolau Morihama Ocacyr Monteiro de Rezende Paulo César Giraldo Paulo Roberto de Madureira Paulo Sérgio David Regina Ataneia de Lima Regina Celia Malavassi Reinaldo Cazissi

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Shirley Aparecida Romeiro Silvana Botter Maio Silvia Lavor Floriano Sonia Alvarenga Haiek Sonia Regina Guimar達es Susana de Albuquerque Lins Serino Suzanne Hoverter

Tabajara Dias de Andrade Vera L炭cia Leite Bonfitto Vilma Ribeiro de Souza Vilna Maria Souza da Cunha Ywaldo Martins Ferreira Junior Zilda Ribeiro

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Reinaldo Jord達o Gusm達o Ricardina Giovanna Pitelli da Guia Ricardo Barini Roberto Carim Lacanna Roberto Teixeira Mendes Rodolfo Fernandes de Oliveira Sandra Regina Muchinechi Fernandes

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Medicina Turma XIII 1975-1980

Aarão Mendes Pinto Neto Alexandre Alves Alzira Maria Nicolini Delgado Amaury Cardoso de Oliveira Ana Maria Cagnani Leite Ana Maria Camino Angela Bertoni de Miranda Angelica Maria Bicudo Zeferino Antonio Fernando Versolato Aparecida Chiaperini Aparecida Mari Iguti Archimedes Acunzo Forli Carlos Alberto Fernandes Cardoso Carlos Eduardo Cantusio Abrahão Carmen Sílvia Righetto Mollo Claudio de Arruda Castro Claudio Shoki Kavaguti Dalila Magalí Rodrigues Penteado David Arab Demóstenes Soeiro de Souza Denise Barbieri Marmo Dilson Luiz Dominiquini Edson Rodrigues de Abreu Eliana de Felice Buzolin Elizabete Santana Santos Elizabeth João Elza Maria Gramigna Gomes Emilie Moreira Helou Fabio Chaves

Fábio Marcos de Araujo Simionato Felix Hendrik Pahl Flávio Cesar de Sá Gino Manuel Molfino Cordero Heloisa Helena Raymundo Hisae Takaki Hitoshi Asato Honorato Bergami Filho Hsu Min-Jen Ida Irene Pracchia Izabel Domicilia Vaz Jaciro Joaquim Nascimento Jamiro da Silva Wanderley João Luíz Kobel Joel Cauchichi Rigo Jorge Miura Ishida Jorge Sabbaga José Luís Pereyra Rivero José Mauricio de Oliveira José Renato Cavichio Júlio Cesar Narciso Gomes Laerte Idal Sznelwar Ligia Haeitmann Luis Manuel Cornejo Aleman Luiz Mario Bellegard Lycia Inês Moreira da Silva Márcia Melo Campos Marco Antonio de Camargo Bueno Marco Antonio Nogueira dos Santos Marco Antonio Penna Maria Alice Paes

Maria Aparecida M. dos Santos Mezzacappa Maria Inês Bueno de André Maria Issae Yassumitsú Maria Lúcia Bernardi Motta Maria Salete Costa Maria Teresa Teles Mario Augusto Marchesan Rodrigues Mário Luís Rolim de Souza Maristela Teresa Ceolin Sasso Milton Possedente Nadir Oyakawa Naila Janilde Seabra Santos Nilva Ferreira Pereira Odete Maria Braga do Amaral Orlando Ignacio Paulo Cesar Ferreira Penteado Paulo Sergio Corrêa Regina Helena Blandy Figueiredo Ricardo Cianciarulo Ricardo Ribeiro Florido Roberto Mardem Soares Farias Roberto Santos Vieira Roberto Yasuo Nishida Roderick de Mélo e Silva Filho Sônia Letícia Silva Lorena Terezinha Exel Nunes de Prince Tufi Chalita Wagner Ricca Walter Vitor Correa da Fonseca Wilson Ferreira Junior

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Medicina Turma XIV 1976-1981

Abelmir Lantyer Marques Ademar Baptista de Andrade e Silva Adhemar Helene Aldo José Serafini de Araujo Ana Lúcia Holzhausen Anibal Basile Filho Antonio Aniello Saullo Antônio Roberto Gomes de Almeida Arraul Martins de Pietro Carlos Augusto Xavier Carlos Eduardo Barbieri Carlos Eduardo Leite Arieta Cibele Alves Sztejnsznajd Doracy Aparecida de Souza Edison Bueno Édson da Fonseca Eduardo José Vanti Sancho Eduardo Takashi Kato Ernesto Luíz Betelli Fabio Damiani Volpini Fabio Miranda Pisani Fátima Maria Cassis Flavia Santana Martins Flavio Tadeu Bragagnolo Francisco Hideo Aoki Francisco Vianna de Oliveira Filho

Geraldo Cesar Bonin Glória Maria de Almeida Souza Tedrus Heliel Speciali Carnier Ibrahim Miguel Saad Junior Ivan Felizardo Contrera Toro Ivo José Gilberti João Batista Amancio Joaquim Murray Bustorff Silva José Carlos Barbosa José Carlos Morelli José Guilherme Cecatti Judson da Costa Mauro Julio Cezar Viola Julio Gozani Neto Leonidas Ferrão Filho Lúcia Nunes Pereira Luciana Elizabeth Pigatti Luíz Carlos Bottene Junior Luíz Carlos Malzone Luíz Roberto Salvatori Meira Marcia Maria Borges Araujo de Sá Márcia Maria da Silva Márcia Missako Oura Márcia Teresinha Stéfano Carmona Marco Antônio de Oliveira Peres Marco Aurélio Bussacarini Marcos Antônio de Paolis Maria Christina Marques

Maria Cristina Ferreira Maria Margot Rosas Carrillo Maria Rita de Camargo Donalisio Martha Keiko Tsuchida Mary Angela Parpinelli Claro de Oliveira Maurício Aparecido Gonçalves Milton Bricola Filho Nestor Luiz Bruzzi Bezerra Paraguay Neury José Botega Nilton Jesus Fernandes Oziel Jeremias de Gracia de Leon Paulo Kharmandayan Péricles Ribeiro Gomes de Deus Queiko Yamamoto Regina Helena Dias Entenza Ronaldo de Mattos Vituzzo Selma Cristina Franco Sergio Aron Ajzen Sílvia Inez Feola Sílvia Radwanski Suzana Toledo da Silva Leme Tadashi Saito Victor Jerschov Virginia Maria de Macedo Barbosa Wagner Jacintho de Souza Walmir Candido de Oliveira Wesley Hostalacio Martins

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Medicina Turma XV 1977-1982

Abimael Aranha Netto Ademar Yamanaka Aleardo Antônio Cartocci Alexandre José Urvaneja Anderson José Dias da Silva André Luíz Vergnanini Antônio Celso Mendes Belmiro Goncalves Pereira Carlos Alberto Paulo Reich Carlos Daniel Magnoni Cassio Marcos de Carvalho Giannini Célia Regina Queiroz Salmeron Cid de Abreu Leme Junior Cláudio Francisco Atilio Gorga Claudio Olivieri Junior Claudio Pinho Cristina Laguna Benetti Pinto Daniel Salviani Junior Denise Bertolotti Domingos Calegari Coan Edna Maria Fernandes Takahashi Eliza Yoshiko Kochi Elizete Aparecida Lomazi Eloisa Helena Rubello Valler

Emílio Carlos Elias Baracat Emy Hirata Eni Pereira Berci Pinho Enid Del Carmen Fergusson Chambonnet Enidio Ilario Ernestina Gomes Teixeira Fernando Baldy dos Reis Fernando Hiroshi Inada Francisco Antonio Gilberto Valbert de Castro Giovanni Alfredo Perrucci Ribera Graciela Alicia Martinez Gustavo Adolfo Lopes Goes Heitor Sebastião de Barcelos Neto Helena Vaz Santos Hiromi Tengan Irene Harumi Kamata Barcelos Jailson Felicio Sanchez Jean Luc Fobé Jorge Luiz Arcêncio Jorge Takaiuki Morita José Luiz Rinaldi José Tadachi Sugai Julia Yoriko Shinzato Junji Saihara Laura Setsuco Hieda

Lélia Britto Passos Gerson Lenilson Moreira Filho Ligia Ramalho de Paula Ribeiro Jorge Lilian Salvador do Amaral Luceli Pontin Duarte Novaes Lúcia Wong Lucieni de Oliveira Conterno Lemos Luiz Roberto Lopes Lydia Regina Gomes Manoel de Jesus Kaam Maria Celeste Garrini Maria Estela Fornazieri Maria Regina Pedro Maria Virginia Toshie Kato Marina José Salve Lantyer Miguel Montes Canteras Norma Akemi Otani Pedro Ignacio Sevilla Callejas Priscila Maria de O. Papaiordanou Renata Rivera Ferreira Renato Celeri Roberto Antonio Fiore Roberto Antonio Japim de Andrade Roberto de Oliveira Levy Roberto Maekawa Rosa Maria Dias Nakazaki Rosemary Nakandakare

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Severino Armando Dantas Bresciani Shinji Ishido Sigisfredo LuĂ­s Brenelli Silvia Aparecida Cisi Silvia Maria Machado Bresciani Silvia Maria Santiago

Sylvia Regina Marreira Alonso Teruhiko Okamoto Vanderlei Soares Moya Vera Lucia Salerno Walkyria Mara Goncalves Volpini

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Rozeana Munhoz Rubens Yura Sandra Maria Spedo Seigo Kirihara Sergio Akira Kague Sergio Pires de Oliveira

FCM-Unicamp | 50 Anos | 267

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Medicina Turma XVI 1978-1983

Adailton Salvatore Meira Adyleia Aparecida Dalbo Contrera Toro Agricio Nubiato Crespo Aluisio Jardim Dornellas de Barros Álvaro de Almeida Arruda Junior Ângela Cristina de Almeida Braga Anna Elisa Scotoni Antonio da Mata Monteiro Antônio Franco de Carvalho Junior Carlos Chadi Carlos Roberto Massella Carlos Roberto Missali Cláudio Antônio Rodrigues de Paula Denise Bizzotto Deo Paulo Tosetti Dilma Elisa Morita Dirce Tomoe Hashimoto Murakami Djalma Rodrigues Lima Junior Doris Salu Ricci Ednea Aparecida da Silva Edson Sussumu Iwamoto Eduardo Carbonari Egle Vecenancio Eliana Carleti Elinton Adami Chaim Fabio Rosolino Fernando Cruz de Carvalho

Galo Alberto Leoro Monroy Geraldo Danzi Salvia Filho Gilberto Akio Shimoda Ginalda Cremonesi Zambone Graca Regina Modesto da Fonseca Heraldo Mendes Garmes Herlene Person Romano Homero Gustavo de Campos Guidi Jairo Sergio Szrajer João Albino Filho João Baptista Laurito Junior João Paulo Galiego Boscolo Jorge Antonio Suarez Tarrazona Jorge Luíz Fiuza José Benedito Bortoto José Carlos Peruca José Geraldo Romanello Bueno José Henrique Rodrigues José Inacio de Oliveira José Olympio Meirelles dos Santos José Pedrazzoli Junior José Roberto de Camargo José Roberto Erbolato Gabiatti Josue Nazareno de Lima Lair Zambon Leo D Aguiar Pereira Luciano Renato Cavichio Luís Netter Luíz Carlos dos Santos Luíz Roberto Ghizzi

Mafalda Razera Márcia Angelica Menon Marcy Pithon Cyrino Jackix Maria Ángela Reis Goes Monteiro Antonio Maria Aparecida Sotto Maria Cristina P de Abreu Coutinho Maria Del Carmen I Alvarez Pinilla Mario Sergio Lombardi Kassar Marisa Anami Marlene Correa Eleuterio Marly Ap Bazanelli Junqueira Ferraz Maurício Ricardo Moreira da Silva Michael Lloyd Brown Mirna Ruth Martins de Lima e Mota Mônica de Medeiros Nazira Mahayri Ney Beraldo Paula Virginia Bottini Paulo Dalgalarrondo Paulo Roberto de Araujo Paulo Roberto Russo Pedro Celso Alonso Sanches Rachel Maria Borelli Paradella Raquel Silveira Bello Stucchi Regina Aidar Menon

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Sergio Roberto de Lucca Sergio Tadeu Martins Marba Shin Shiang Lo Solange Garcia Garibaldi Solange Maria Oliveira Dias Patini Sophie Francoise Mauricette Derchain Venancio Pereira Dantas Filho

Vera LĂşcia Aleixo Martins Vicente JosĂŠ de Camargo Barros Waldemir Washington Rezende Walter Corsi Junior Willie Ciesillski Zilda Barbosa

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Regina da Graca Monteiro Regina Maria Innocencio Finetti Renato Passini Junior Rodolfo Marques Rosa Ziugari Mota Ruy Portella de Camargo Jr Sarah Monte Alegre Sergio Fernandes Barbosa Filho

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Medicina Turma XVII 1979-1984

Alan Henrique Trimboli Aldy Castelo Branco Uchoa Junior Alfredo Ribeiro Monteiro Filho Andre Kiss Andréa Trevas Maciel Anne de Gusmao Apolonio Antonio Cesar Colombo Antonio Condino Neto Arlete Maria Dos Santos Fernandes Beatriz Helena Miranda Pfeilsticker Belquiz Schifnagel Avrichir Benedito Albuquerque Vasconcelos Béssel Basso Mattos Carla Gasmenga Antonelli Carlos Eduardo Fuchtner Soruco Carlos Henrique Mamud Arca Carmen Carolina Monte Vicente Carmen Lucia Vieira de O. Pinto Celso de Oliveira Celso Henrique Pires Cláudia Costa Carezzato Creusa Maria Moniz Cristina Alba Lalli Daisy de Souza Araujo Dinaida Teresa Monteiro Edson Borges Junior Edson Hiroshi Hayacibara

Edson Nacib Jorge Emilia Emiko Hieda Fabio Guerrazzi Fernande Gallo Filho Fernando Cesar Chacra Fernando Luis Santana Dias Francisco José Penteado Aranha Gil Guerra Junior Gilberto de Almeida Rodrigues Glauco Cezar Rossi Gustavo Sergio Carvalho Hamilton Antonio B. de Moraes Haydn Fernandes Pacheco Helena Mitico Hieda Herman Gustavo Benavides Del Rio Humberto Carlos Martins Fadiga Jr. Ibsen Bellini Coimbra Iraci Yoko Kagueyama João Cid Godoy Pereira João Donizeti Rodrigues da Silva João Luís Zaros Jorge Aoqui José Alberto Caliani José Antônio Falivene José Cláudio Teixeira Seabra José Domingos Zanibon José Guilherme Fernandes Oliveira José Ricardo Ferreira Scudeler Kyung Soon Joo

Leyla Angela Alioti Lucia Helena Alves Justo Graziano Lúcia Helena Simões da Costa Paiva Luciano Braga Luís Alberto Verri Luis Antonio Franco de Godoi Luiz Carlos Ribeiro Pimentel Luiz Cezar Donnarumma Luiz Roberto Moretti Belculfine Luiz Wilson Jurema Junior Marcelo Pio Lunardi Demonte Marcia Cristina de Almeida Márcia Diniz Márcia Luzia Curci Miguel Márcia Mitiko Azuma Marcos Célio de Almeida Marcos Rodrigues Pinotti Margareth Aparecida Coelho Maria Cristina Costa dos Santos Maria Goretti Teixeira Fonseca Marta Togni Ferreira Moira Maria Archilli Nair Helena Cerri Oirasil de Mello Paulo Eduardo Iazzetti Reinaldo Donatelli Renato Igino dos Santos Rosely Santoni Sadamitsu Nakandakari

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Sônia Terezinha Hiromi Nagata Sueli Aparecida Caliman Sumara Zuanazi Pinto Tamara Maria Nieri Vera Lucia D’Anna Mori

Véra Lucia de Jesus Aranega Wangles de Vasconcellos Soler William Barros de Abreu Wong Ching Wai Yochie Hiroki

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Samir Fued Salmen Sandra Catarina Veiga Olivieri Sandro Baleotti Rizoli Sergio Lollato Antonio Sonia Maria Iorio

FCM-Unicamp | 50 Anos | 271

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Medicina Turma XVIII 1980-1985

Adilson Antonio Gouvêa Admar Concon Filho Amauri Arias Blanco Ana Luiza Inacio Ana Maria Abdo Thiene Leme Andréa Aparecida Fassoni Anna Valéria Gervásio de Britto Antonio Carlos Abrão Antonio Carlos Toshihiro Nisida Antônio Roberto Pacheco Pinto Aparecida Isabel Bressan Bernardo Goldman Neto Berta Cristina Arjona Duarte Bruno José Barcellos Fontanella Carlos Alberto Bertocco Carlos Alberto Petta Carlos Francisco Sampaio Bonafé Carlos Miyuki Miyahara

Carlos Serafim Martinez Casemiro dos Reis Junior Celeste Aparecida Bolcato Célio José de Morais Celso Palermo Haddad Cesar Quintanilha de Carvalho Junior Christiana Santos Blattner Alencar Cláudio Saddy Rodrigues Coy Constantina Theophanes Pegos Consuelo Sampaio Meneses Cristina Malzoni Ferreira Mangia Daniel Gustavo Gutierrez Feliu Débora Siqueira Bueno Deborah Anna Duwe Denise de Paula Ribeiro Denise Helena Pires Therezo Eleonora Borges Gonçalves Elizabeth Rosa Da Costa Manso Fábio Hüsemann Menezes

Fábio Wilson Bedaque Francisco Jose Queiroz Abreu Geraldo Eloi Medina Galego Gerson Muraro Laurito Gisele Furlan Rodrigues Gisele Marafon Lopes de Lima Gisele Nunes Yonezawa Guilherme Ribeiro de Moraes Gustavo Leme Franco de Andrade Hugo Suarez Tarrazona Isabel Cristina Drago Marquezini Ivan Bianchi Sartoretto Jennie Maria Keese de Castro João Lopes de Lima Neto Joseph Kunihiro Julio Cesar Alves Julio Victor Diaz Pinillos Jussara de Oliveira Leopoldo Ferraro Almeida Luis Fernando Ferreira

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Luís Fernando Mitsuo Maeda Luis Miguel Chiriboga Arteta Luiz Antonio Verdiani Luiz Gonzaga Dadalt Filho Luíz Gonzaga Pieroni Luiz Guilherme de Mattos Stersa Mara Regina Monteiro Marcia Regina Alves Carrara Marco Antonio Nicolau Maria Cecilia Carvalho Pires Maria Cristina Lucchezi Maria de Fátima Corrêa Pimenta Servidoni Maria Helena Postal Pavan Maria José de Carvalho Maria Tereza Martins Ramos Mariana de Moraes Porto Mário Ernesto Libardi Mirian Jane Gabriel da Silva Nelly de Siqueira Martins

Nilton Goldman Orlando Franchi Junior Orlik Silva Junior Otavio Oliveira Monteiro Diniz Junqueira Patricia Cristina Berenhi Patrícia Cristina Gimenez Ribeiro Paulo Itapura de Miranda Raquel Costa Chrispim Rejane Thecla Rodrigues Renato José Volpato Ricardo Alves Cocolisce Rita de Cassia Pires da Silva Rosana Aparecida Gonçalves Ambrozio Rosana Mara Ceribelli Rosane Pedrollo Silvestre Rosângela Pinati Samuel de Moraes Samuel Jurfest Teodovich

Sandra Regina Junqueira Sergio Bruno Barbosa Silvana Simão Suzely Tonello Sylvio Magalhães Castro Neto Tania Aparecida Marchiori Valdir Tadini Valéria Leite da Silva Valmir Origuéla Vania Silveira

FCM-Unicamp | 50 Anos | 273

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Medicina Turma XIX 1981-1986

Adilson Rocha Campos Adriano Marchetti Del Vale Afonso Celso Vigorito Ailton Elder Barbosa Airdo Jose Groppo Filho Ana Carla Benatti Rossini Ana Lucia Scodiero Antonia Aparecida F dos Santos Piva Antonio Carvalho de Avila Jacintho Antonio Silvio Oliveira Prudencio Arnaldo Gouveia Junior Aurora Santana Asensio Bruno Spoladore Carlos Alberto Basso Carmen Silvia Costa de Mello Celso Eduardo Olivier Clara Yolanda Prada Gil Daniel Gustavo Faúndes Hardy Dario Olavo Lagrosa Garcia Denise de Vuono Domingos Dias Lourenco Filho Drauzio Otaviano Ferreira Fernanda Rosa Manfrinati Fernando Luiz Brandão do Nascimento Firmani Mello Bento de Senne Francisco Carlos Ruiz Francisco de Assis Brunetto

Gisela Safady Íria Ribeiro Novais Ivan Vallim Brisola Ivania de Fatima Fernandes Jorge Luis Margato José Renato Sarruge Junior Jose Wilson Zangirolami Lauro d Arc Laraya Junior Licio Augusto Velloso Ligia Capellari Louandre Fralete Ayres Valarelli Luíz Carlos Marques Magda Mitsusaki Ricci Márcia Rúbia Rodrigues Gonçalves Marco Antonio Evangelista Silva Marcos Cabello dos Santos Maria Salete Zugliani Henriques Mariana Carvalho e Silva de Carvalho Mariangela Vieira Costa Marilda Mazzali Mario Sergio Rolim Zaidam Marlene Pitarello Mauricio Celso de Carvalho Mirian Menegatti Monica de Lima Raeder Monica Jacques de Moraes Murilo Alexandre Carmona Nancy Mika Matsui Nelson de Almeida Neucenir Roberti Gallani

Omar Sergio Caticha Alfonso Paula Maria Rodrigues Reis Paulo Poiate Junior Pedro Cesar Joly Percival Degrava Sampaio Barros Raul Neder Porrelli Regina Helena Ferreira da Costa Fonseca Renata Mercedes Goicochea Birocchi Roberto Alves Dos Santos Filho Roberto Do Nascimento Amaral Roberto José Negrão Nogueira Rogerio Benatti Ferramola Rogerio Camargo Cardoso Ronis Magdaleno Junior Rossano DÁngieri Selma Regina Hohne Sergio Boarini Bojikian Sergio Cristovão Medina Galego Silvana Aparecida Marquez Sofia Helena Kilaris Sotirios Theophane Pegos Stella Maris Heloisa Santos Taisa Loyelo Vivien Astrid Blikstad Werther de Camargo Penteado Busato Willian Cirillo Yeda Hanazaki do Amaral Farias

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CADCC/FCM/U nicamp

FCM-Unicamp | 50 Anos | 275

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Medicina Turma XX 1982-1987

Amaury Antonio Vieira Ana Maria Blasi de Toledo Piza Ana Paula Maranghetti Arias Antenor Fabbro Junior Antonio Maria Fonseca da Silva Ártemis Kílariis Ayrton Moraes Dias Correa Filho Benjamim Townsend Junior Bruno Geloneze Neto Carla Maria Olivetti Corrêa Carlos Maldonado Campoy Carlos Mendonça Senger Carmen Silvia Folegatti Sabbatini Célio Pontes de Castro Junior Celso Roberto Frasson Scafi Cesar Luiz Bertonha Christiane Faria Claudia Beltran do Valle

Cláudia Ferraz Ramos Féris Claudia Maria Bernardino Magro Claudio Eduardo Muller Banzato Eduardo da Silva Oliveira Elaine Molina Fernando Oscar de Melo Polizio Bueno Flávia Martinelli Ramos Flávio Henrique Gilli Francis Gutierrez Quintana Geraldo Cunha Neto Gilson Barreto Helaine Maria Besteti Pires Hercules Aparecido de Moraes Isabel Canton Stefanelli Sampaio Bonafe Isabelle Vera Vichr Iscia Teresinha Lopes Ismar Vieira Jacinta Pereira Matias

Jae Oung Lee João Sarmento e Souza Jorge Luis Vitale Perdomo José Augusto Vasconcellos Neto José Spartaco Vial Jussara de Lima e Souza Kleber Cursino de Andrade Kyu Hyun Kim Leo Meira Monteiro Lucia Helena Leite Bueno Luciane Rosin Volpato Luiz Antonio Andrade Machado Couto Luiz Henrique Fernandes da Silva Maikel Rendric Henrique Teixeira Marcelo Addas Carvalho Marcelo Navarro Niero Márcia Ribeiro Scolfaro Márcio de Campos Bueno Marcos Oliveira Sabino Maria Cristina Ribeiro dos Santos

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Maria Fernanda Concon de Castro Maria Lucia de Paula Leite Maria Luiza Borges Whitaker Maria Montserrat Pérez Gilbert Mirian Pedrollo Silvestre Mônica Corso Pereira Neiri Ângela Tonin Passos Orlando Ellis Mory Oswaldo Benedicto Graciani Junior Patrícia Ramalho Paulo Sergio Rodrigues Ribeiro Paulo Vinicius Tagliacozzo Pedro Carlos Angelo Delbue Junior Pedro Henrique Mendes Amparo Plínio Trabasso Renata Luzia Moya Renato Luiz Bevilacqua de Castro Ricardo Onofre Benez Vilela Roberto de Mattos Stersa Rosa Maria Drago Marquezini Rosa Maria Reschini

Rosali del Bianco Luchesi Ruy Pires de Oliveira Sobrinho Sandoval de Castro Dourado Segirson de Freitas Junior Sergio Luiz Polydoro Silvio Jose de Almeida Sartorelli Sissi Maria de Estefano Sônia Maria Bertogna Sonia Maria Marchi de Carvalho Suely Miyuki Yashiro Susana Abe Miyahira Teresinha Angela Aguiar Ulisses Tarraf Walasse Rocha Vieira Yu Chien Fan

FCM-Unicamp | 50 Anos | 277

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Medicina Turma XXI 1983-1988

Adelaide Aparecida Thomé Adelaide Monteiro Adolfo Vital Servian Alessandro D’Angieri Ana Maria Galdini Raimundo Ana Vitoria Soares Rocco Banzato André Luís Albiero Andrelou Fralete Ayres Vallarelli Aniel Chaves Junior Anna Antonio Gomes Antomira Aparecida Daun Fraga Antonio Cyrilo Mangilli Antonio da Silva Bastos Neto Aparecida Bernadete de Campos Aristóteles de Souza Barbeiro Carla Renata de Barros Carla Roberta de Oliveira Carvalho Carlos Roberto Medeiros Lopes Carolina do Céu Belchior Amaral César Cabello dos Santos Clara Akemi Yoshida Kimura Cláudia Tádia Lopes Lourenço Cláudio Pereira Miranda Cristina Frias Sartorelli de Toledo Piza

Dante Omar Tejerina Valle Dario Vale Junior David Willians da Silva Eduardo Valença Barel Eleana Monserrath Chafla Martinez Elise Maria Guapindaia Nogueira Eloísa Cavassani Pimentel Eloy Simões Junior Eraldo Brasilio de Oliveira Ernaldo Bosco Avalos Cajina Euclair Aparecido Cremasco Fernando Ganzarolli de Oliveira Fernando Yukio Tomita Gelso Guimarães Granada Gerson Luiz Júlio Gisela de Rezende Eugenio Hamer Mohamed Zogbi Irene Akie Matsui de Marialva Ivana Pilipczuk Jaqueline Bernardes Baron Jefferson Luiz Peraçoli João Augusto Fernandes Gonçalves João Emilio Vasques João Roberto Miller Júnior José Gregorio Herrera Urdaneta José Higino Steck

José Luis Amim Zabeu Juana Centurión Candia Lucia Cristina de Oliveira Setti Luciana Bernardi Luiz Antonio Athayde Cardoso Magaly Santoni Marcelo Alves da Silva Marcelo Lopes de Lima Márcio Martinho Ferreira Marco Antonio Capelozzi Marco Antônio de Campos Moreira Marcos Edigar de Almeida Maria Fernanda Vanti Macedo Paulino Maria Gabriela Bonfitto Tozze Maria Ines Esquivel Garcia Mariângela de Freitas Ribeiro Marianne Aparecida Riceto Maurício Marsaioli Serafim Mauricio Paranhos Torres Maurício Pinho Micaela Osvaldo Massayoshi Ueti Paul Ramiro Darquea Rodriguez Paulo Eduardo Casarin Comegno Paulo Newton Danzi Salvia Paulo Tadeu Máia Cavali Paulo Vicente Bonilha Almeida

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Sílvia Beatriz Vieira Ramos Silvia Maria Miyagusko Taba Shiwa Silvio Carlos Possato Leão Stella Maria Siqueira Thomas Andreas Huber Túlio José Thomaz do Couto Valdir Batista Ferreira

Valter Fausto dos Santos Veronica Chown Wagner Eduardo Matheus Wilen Brasil Junior

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Priscila Cavallari Fernandes Raul Shiguetaka Aoyagui Ricardo Abud Gregorio Rita de Cassia Ferro Rosalina Casali Rozana Martins Simoneti Sandra Takaki França Sergio Roberto Vasconcellos de Macedo

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Medicina Turma XXII 1984-1989

Adalton Rafael de Toledo Adriana Gut Lopes Riccetto Adriano Fregonesi Altair Massaro Ana Beatris Rodrigues Rossi Ana Elisa Teixeira Boscarioli Anderson Morosi André Luis de Souza Grava André Santos Trani Angela Kumiko Ozaki Antero Marques Perdigao Antonio Pietrobom Neto Beatriz Vieira Caputo Cássio Luís Zanettini Riccetto Cezar Keiji Nishikubo Dair Bicudo Piai David Vinicius Davida Denise Cury Edgard José Franco Mello Junior Edson Yamanaka Eduardo Faccini Rocha Egle Cristina Couto Elaine Rahal Rodas Messias Elen Kreithon Eli Paulo Colombo Filho Eliane Alves Motta Euro Bruno Palomba Fernanda Garanhani de CastroDi Girolamo

Fernanda Rossin Fernando de Oliveira Cano Fernando Ferreira Flávio Augusto Marchi Francisco Otaviano Franco dos Reis Filho Giancarlo Salvati Gilson Pelegrino Gustavo Felgar de Toledo Haroldo José Lucredi Hsiao Meng Chung Hsiao Meng Kang Idair Giovelli Júnior Ilza Maria Urbano Monteiro Ivone de Fátima Roman Gongora Izilda Aparecida Cardinalli João Antonio Vozza Júnior João Carlos Latorre Bragion João Pedro de Abreu Sobrinho João Renato Machado Neto João Valcir Pratti José Geraldo Paraiso Ferraz Juan Carlos Hevia Fuentes Júlia Margarida Schiavuzzo Juliana Valsecchi Barboza Julio César Teixeira Kátia Aparecida de Brito Eid Chenfer Lenita Martins Righeti Liliane Cury Prates Lucia Helena Fernandes

Luiz Claudio Martins Luiz Roberto Tazima Manuel Augusto Navarrete Aulestia Marcelo Aparecido de Campos Orlandi Marcelo Conrado dos Reis Marcelo Jundurian Marcelo Queiroz de Vilhena Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo Marco Antonio Valejo Maria Christiane Valéria Braga Braile Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono Maria Nazareth Jenner de Faria Marinês Faria Feres José Mario Cerdeira Junior Mirtha Estela Pelozo Szlenko Mônica Armani Cirino Murilo de Figueiredo Ebert Nassib Kassis Filho Nevair Roberti Gallani Nilza Minguini Norberto Antonio Simão Carneiro Paulo Cesar Barbudo Paulo Eidi Hashizume Pedro Pires de Campos Neto Priscila Cerdá Soares Passini Priscila Dimovci Ricardo Gomes Andrade

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CADCC/FCM/U nicamp

Ricardo Kalaf Mussi Rita Cristina Mainieri Ramos de Moura Rita de Cassia Gomes Rogério Wiezbicki Sandra Aparecida Sabino Bastos Sergio Henrique da Rocha e Silva Sergio Miguel da Silva Ribeiro Sidney Jorge Miguel de Macedo Simone Cristina Olenscki

Tadeu Fernando Avancini Vinicius Mourão de Padilha Lima Vitor Meira Monteiro Vitor Onofre dos Santos Leal Wilson Amancio Marchi Júnior Wu Feng Chung Zaida Barbosa

FCM-Unicamp | 50 Anos | 281

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Medicina Turma XXIII 1985-1990

Adilson Luiz BattagliaCrisp Adriana Schmidt Perez Alan César Diório Alberto Otoniél Franco Alexandre Frederico Alexandre Podgaeti Alexandre Takao Shiobara Alvaro Teruya Ana Paula Gonsales Andréa Bartolomucci Angeli Antenor Bonato Júnior Arley Bortoletto Junior Celso Moreira Claudemir Benedito Rapeli Claudia Chiari de Féo Cristina Maria Bonardi Denise de Souza Bueno

Derli Conceição Munhoz Enrichetta Cassone Enrico Ferreira Martins de Andrade Fabiano Provincial Domingues Fernanda Luisa Galvani Rodrigues Fernando Fávaro Piazza Giulietta Aparecida Cucchiaro Idivan Luís Spolidorio Jacqueline Mendonça Lopes de Faria João Ricardo Bolonha João Roberto Oba Jorge Humberto Vicentini Mellis Jorge Thoei Inamine Miachir José Carlos Ide José Paulo Cabral de Vasconcellos Josély Graziano Julio Cesar Amaral de Ulhôa Canto Kátia da Silva e Oliveira

Leticia Ubaldina Miranda Luciana Amim Zabeu Luciano Enéas Ambrosio Lucileide Aparecida Delgado Luiz Paulo Beltrame Luiz Tikara Shimizu Manoel Tomé do Nascimento Neto Marcel Ferrari Ferret Marco Antônio Albrecht Ribeiro Marco Aurélio Gianezzi Marcos Antonio Perrotti Marcos de Simone Melo Marcus Casarin Comegno Maria Beatriz Bonin Caraccio Maria Candida Ribeiro Parisi Maria Clelia Lucchezi Maria Luiza Christovão Ramos Marieta Marques Mário Augusto Fuzetti Bueno

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Milton Roberto Marchi de Oliveira Milton Takashi Nakamura Mônica Lanzellotti Lopes Norma Lucinda Marques Fiúza Oscar Humberto Lazzarini Caceres Osias Francisco de Souza Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho Paulo Henrique Barros Tardelli Paulo Rogério Cantanhede Porto Reinaldo Lopes da Rocha Ricardo Destro Saade Ricardo Mendes Pereira Roberto Tatto Bento Rogerio de Moraes Sarmento Junior Rubens Junqueira Emboaba da Costa Sandra Baptista do Nascimento Feitoza

Sandra Queico Yokotobi Sandra Ximenes Leite Sandro Cassiano Estêves Sérgio Carvalho de Vasconcelos Sergio Ricardo Hototian Silval Fernando Cardoso Zabaglia Sílvia Maruno Simone Foresti Pinto Simone Pereira de Souza Suzi Osana Teixeira Berbert Valdecir de Jesus Machado Valeria Elisabete Sanchez Valéria Helena Bomediano Vera Lúcia Gil da Silva Lopes Wellerson de Aguiar Miranda

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Medicina Turma XXIV 1986-1991

Amalia Luiz Ana Elisa Dias Ana Luísa Gomes da Silva Ana Maria Garcia Mendes André de Paiva Salum Andréa Mara Simões Torigoe Antonio Molina Serralvo Junior Antônio Roberto Franchi Teixeira Armando Lepore Júnior Ary Marconi Junior Ataliba de Carvalho Júnior Betina Silvia Beozzo Bassanezi Carlos Augusto Chinchilla Alfonzo Carlos Eduardo Rodrigues Carlos Roberto de Oliveira Sauer Carlos Takahiro Chone Cássio Andrei Maltoni Chaine Calil Canfour Charles Dalcanale Tesser Christian A. Diniz do Nascimento Clarice Aparecida Zancheta Cláudia de SantÄnna Vitor Cláudia Maria Maldonado Cristina de Camargo Mamprin Daniel Hollanda de Oliveira Júnior Daniela Angeli Spinetti Danilo Gullo Ferreira David Gomes Edson Mitsuo Idagawa Eduardo Melani Rocha

Eloa Maria Sanches Fabio Ricardo Granato Geraldo Victorino de França Junior Gino Di Domizio Gustavo F. Bombarda de Andrade Helio Francisco Shiroma José Carlos Campos Torres José Carlos Ferreira de Camargo José Ricardo de Camargo Ortolan José Walter Benetti Junior Kátia Borgia Barbosa Pagnano Liana da Silva Ramos Lilian Molina Cyrineu Luis Antonio Bragagnolo Luís Eduardo Murgel de Castro Santos Luís Fernando Affini Borsoi Luís Gustavo Carpi Marcela Knox da Veiga Marcelo de Campos Guidi Marcelo de Castro Cesar Marcelo Fernando Gomes Teixeira Marcelo Scandiucci Marcelo Zavaloni Melotti Marcia Maria do Carmo Bilecki Marco Antônio Ferreira Gimenes Marcos Pelegrino Marcos Vaz Maria Angela Bellomo Brandão Maria Ângela Cury Ramos Maria Inês Minello Marilia Hojaij Carvalho Mario Alberto Barreiros Afonso

Maristela Costa Marli Lopes de Lima Maurício Cesar Carvalho de Fina Maurício Raposo de Medeiros Moacyr Esteves Perche Murilo Angeli Piva Nelson Afonso Lutaif Nilcéia Lopez Nivaldo da Silva Lavoura Júnior Oilton Liberati Vieira Orlando Petrucci Júnior Pedro Renato Guazzelli Raquel Corrarello Robert Lee Carr Conti Roberto Denis Huber Roberto Pinto Coelho Rodrigo Pinto Lamarca Rogério Zavaloni Melotti Rosana Kesrouani Salim Elias Neto Sílvia Helena Sabino Sílvia Regina Cavallari Silvio Garcia Meira Junior Simone Aranha Nouér Simone Dominiquini Medeiros Tania Aparecida Gallerano Lembe Tânia Maron Vichi Freire de Mello Valéria Maria Gambini Valeria Meire Ferraz Piaia Valmir Rodrigues do Prado William Davila Delgallo William Flores Mir

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Medicina Turma XXV 1987-1992

Adriana Alves Rodrigues Adriana Bernardini Antunes Adriana Valéria Carvalho de Moraes Adriano Morad Bley Agnaldo José Graciano Alexandre Esteves de Souza Lima Álvaro Rodrigo Vilela Favero Ana Cristina Lavôr Holanda de Freitas Ana Laura Valadão Dias Ana Lucia Soares Lourenção Ana Paula Caldas Machado Ana Silvia Carvalho de Menezes Barreto Ângela Fonseca Jorge Barbara Voetsch Betina Castro de Freitas Leitão Carla Rodrigues Fontes Carlos Alberto Fuzaro Carmona Carlos Menicucci Sabioni Cássio Maurício Jannuzzi Amancio Catharina Soares de Andrade Claudio Luiz de Moraes Cristiane Pereira Gomes Cristina Barros de Araujo Faro

Dalmo Roberto Büll Eliana Gabas Stuchi Perez Eliana Molinari de Carvalho Leitão Flávia do Valle Dias Flavia Sakoda Brand Francisco Luiz Gonzaga Gustavo Pereira Fraga Helder José Lessa Zambelli João Augusto Linder Jordana Torri Regazzo Jorge Hideo Yonamine José Ademar Alziri José Moises Terrazas Garrett José Roberto Matos Souza Juliana Fonseca Serpa Karine Vasconcellos Moyzés Zanin Luciana Cury Prates Luciano Souza Aranha de Carvalho Luis Henrique de Almeida Pacheco Scalet Marcelo Martins Correa Marcos Romano Maria Fernanda dos Santos Costa Maria Tereza Gonçalves Brito Maurino Joffily Neto Miriam Cristina Chiovitti Newton Ayres Junior Osvaldo Rossi Filho

Patrícia Elena Bertini Scomparin Patricia Ribeiro da Silva Moreira Patrícia Schincariol Paula Magnoler Guedes de Azevedo Paulo de Moraes Mendonça Ribeiro Paulo Henrique Alziri Paulo Roberto Moura Machado Pedro Paulo Martins de Oliveira Pedro Sérgio Sandoval Poliana Cordeiro César Pacello Priscilla Bueno Rocha Sentalin Reinaldo Cekannauskas Renzo Morishita Roxana Knobel Rui Carlos Scanavini Junior Rui Tsutomu Nakamura Sandra Cristina Gonçalves Martinez Sandra Maria Rosolen Sara Tosetti Ribeiro Chaves Sidney Amadeu Nassar Pardo Silmara Felix de Araujo Siomara Zanini Barreira Sylas Cid Rossi Teresinha Maria de Azevedo Tulio Cesar Di Piero Wanderley Tesch Penteado Rodini

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Medicina Turma XXVI 1988-1993

Alessandro Janson Angelini Ana Cândida da Silva Ana Lucia Wellichan Ana Paula Fernandes Bertocchi Ana Paula Palu Baltieri André William Alonso Augusto Cesar Lazarin Augusto Terranova Rocha Brasílio Toshikatsu Okubo Bruno Galafassi Ghini Carlos Eduardo Ferreira Carlos Renato Della Torre Sanches Celia Cristina Pedro Claudia Afonso Binelli Claudia Pereira de Castro Ferreira Durval Rodrigues Batata Júnior Eduardo Stéfano Elisabete Cristina Adum Fernanda Mouro Fernandes Fernando Alves Pereira Gisèle de Souza Braga Gislaine Borba Oliveira Helen Bascope Mauriel

Heloisa Alvim do Carmo Iara Rita Polis Isolmar Tadeu Schettert Ivo Celso Carboni Júnior João de Souza Coelho Neto José Alaercio de Toledo Lima Junior José Fernando de Souza Sales Junior Kátia Kosorus Léo Pastori Filho Lígia Camera Pierrotti Lucas Garcia Corsino Luciana Maria Gomes Brondi Luiz Pedro Prada Neto Marcela Scabello Amaral Fernandes Marcelo Guernelli Nucci Marcelo Luís Nomura Marcia Teixeira Garcia Marcílio Vaidotas Márcio Alexandro Stein Márcio Tadashi Nishimura Marco Aurelio Bassi Trevisan Marcos Norberto Vetorazzi Margareth Castro Ozelo Maria Claudia Stockler de Almeida Maria Leomenia Sardenberg

Maria Regina Marrocos Machado Marisa Braga Poterio Martin Pablo Torriani Mauro Massami Iqueda Moisés de Oliveira Lara Moisés Martins da Costa Filho Paula Boer Juvenal Pedro Lamas Raquel Rodrigues Renata Soalheiro Fávaro Ricardo Pelegrino Rita Mancebo Blanco Robert Meves Roberto de Oliveira Santos Rosemeire Midori Yamada Rui Sergio Durante Silvana Aparecida Salgado Silvana Varella Parmigiani Sílvia Regina Reis Del Santo Simone Simões Fleury Simone Rosatelli Stefânia Gonçalves de Assunção Vera Marcia de Souza Lima Rufeisen Walter Adriano Bianchini

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Medicina Turma XXVII 1989-1994

Aderivaldo Cabral Dias Filho Adriana Bastos Conforto Adriana Cristina de Souza López Adriana Elena de Souza Adriana Maria Alves de Tommaso Alberto Felix Guillen Lisboa Alberto Gallo Neto Aldo Rogério Siqueira Alexandre Macedo de Oliveira Alfonso Eduardo Alvarez Bragunde Allan de Oliveira Santos Álvaro Suárez Fernandez Ana Lucia D’Agostino Andrea Nakata Camila Sardenberg Carla Betina Andreucci Polido Carlos Alberto Ferreira Campuzano Cassia Elane Berbel da Silva Celso Garcia Júnior Christina da Cunha Ecclissato Salvatti Cíntia Sade de Paiva Cíntia Yoko Morioka Cláudia Satie Hebaru Cléa Simone Sabino de Souza Cléber Eduardo dos Santos Cristiane Araujo Ramos Dalton Portugal

Eduardo Carlos Molitor Junior Eduardo Raskin Eliana Kakinoana Érica Cintra Mariano Fabiana Moreira Passos Fábio Teixeira Maróstica Fabrício Caneppele Fernanda Fioravanti Azank Fernando Luís Mutton Fernando Rodrigues Garcia Flávia Soares Amaral Frederico Ken Miyahara Masuko Gabriela Corrêa Teracine Giselle Brêtas Cunha Guilherme Martins Silveira Guilherme Rodrigues Maffeis Ingrid Larsson Joana Fróes Bragança Bastos José Eugênio Colombo José Higino Ribeiro dos Santos Júnior José Marcelo Morelli Juliana Ferriolli Juliane Cristine Shiguematsu Linda Cristina Ferreira Quirino Silva Luciane Faleiros Maraisa Centeville Marcela Regina Picolo Marcelo Carvalho

Marcelo Pinheiro Villaça Márcia Rodrigues Bio Araujo Maria Adriana Zomignani Maria Gabriela Loffredo D’Ottaviano Maria Luisa Ferreira de Miranda Maria Luiza Nicoletti Marques Maria Paula Maya Aranalde Mary Lucy de Almeida Rolim Mônica Pacheco Murad Natacha Suely Taboas Cavassani Nathan Valle Soubihe Junior Newton César de Freitas Patrícia Gama Paula Cristina Pessorrusso T. Ferreira Paulo Sérgio Teixeira Boscarioli Pilar de Souza Cacheira Régis Delfini Renato Zocchio Torresan Ricardo Nobrega Troian Ricardo Serra Franchini Rita de Cassia Rodrigues Rogério Henriques Netto Ronan Brandão Machado Rosalina Ogido Sergio Bulach Gapski Sergio Massayuki Tani Sílvia Andréa Atadia Sílvia Lucchini Joly de Mattos

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Simone Machado Fleming Tatsuru Ito Vanessa Machado de Almeida Williams Elias Manzur Morillo Yong Bai Cho Yumi Maekawa

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Medicina Turma XXVIII 1990-1995

Adrialdo José Santos Adriana Maria Lopes de Camargo Adriano Eurico Chitacumula Alessandra Angelica Queiroz Araujo Alessandra Cavaliéri Carciofi Alessandra Lara Takatu Alessandro Munhoz Parmigiani Alexandre Mader Seixas Ana Luísa Campagnaro Ana Maria Gnaccarini Ribeiro Lobo André Ricardo Meinicke André Ricardo Ribas de Freitas Carlos Alberto Henn César Alex de Oliveira Galoro Christian Cruz Höfling Cristiane Martins de Almeida Daniel Vasconcellos Regazzini Daniela Faroro Giovannetti Daniela Stangenhaus de Carvalho Denise Mori Ribeiro Diane Marie Anne Le Roch Edilson Luíz Marques Eduardo Rossi de Barros Eliane Kobayashi Erika Miura Fabiana Cardoso Tardelli

Fabiano Turi Fábio Luís Salata Fabrício Teno Castilho Braga Fernando Angeloni Pedrão Fernando Belluomini Flaviane Penteado Florindo Stella Francisco Hidalgo Martins Gilson Kamiyama Gracy Durães Guilherme Fonseca Serpa Guilherme Nunes Zuppi Gustavo Falbo Wandalsen Helena Maria Giordano Henrique José Virgili Silveira Huda Maria Noujaim Ivander Bastazini Junior Jorge Luíz Ivanoff José Henrique Favero Lêda Beatriz de Assumpção Fontes Lindemberg da Mota Silveira Filho Luciana Gontijo de Oliveira Clark Luís Fernando Pinotti Luíz Guilherme de Carvalho Hartmann Lys Cabral Affini Borsoi Marcello Ferretti Fanelli Marcia Alessandra Cavalaro P. da Silva Márcio Prata dos Santos

Maria Augusta Santos Montenegro Maria Cristina Zanatto Marina Assis Dechichi Marta Tornavoi de Carvalho Miriam Siesler Nobrega Belisiário Mirian Yukiko Chigutti Mirie Hernandez Moise Dalva Norma Elena Contreras Mancilla Pedro Tambellini Arouca Raquel Mezzalira Renata Novis Rossi Renata Telles Piva Ricardo A de Carvalho Bidóia Roger Frigério Castilho Ronaldo O. Pamplona da Costa Rosana Carandina Maffeis Rosangela Medina Montoro Roseli Silveira Boava Souza Shigeki Kusamura Simone Iecco Ravacci Simone Monari Somnia Marlene Cadogan Piraggini Sônia Harumi Ikeda Alves Silva Thomaz de Toledo Piza Rinco Valéria Correia de Almeida Vânia Lúcia Modesto Veridiana Toledo Nascimento Villaça Wagner Abreu

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Medicina Turma XXIX 1991-1996

Adriana Eliza Brasil Moreira Adriano Rezende Silva Adriano Santana Fonseca Alexandra Mitiko Fukuyama Ana Lucia Lima Nobrega Ana Paula Barbosa Jeronimo Ana Paula Damiano Anderson Magalhães Pinto André Gonçalves de Freitas André Luís Gervatoski Lourenço André Meneghetti Martins Andréia Preturlan Carlos Eduardo Passos Carolina Aida Pellegrini Villalonga Cassiano Francisco Barbosa Cláudia Braga Poterio Cláudio Márcio Polydoro Dani Tsui Debora Cristina Longo Masetto Débora Patrícia Duarte Eduarda Joseane Cocurulli Eliane Christ de Campos Érika Kobori Erwin Langner Fabiana Battistella Fabio Giovanetti Morano Fernando Antoniali Fernando Justino Dantas Flavio José de Lima Gabriela Tomoko Miyazaki

Giancarlo Antonio Marcondes Giovana Muramoto Gustavo Bueno Fraguas Gustavo Côrtes Vieira Henrique Gottardello Zecchin Isabel Cristina dos Santos Brayner João Paulo de Mello Medeiros José Eduardo Bagnara Orosz Junichiro Sado Junior Leonardo de Andrade Reis Leonardo Graever Licia Maria da Cunha Canto Lucia Roberta da C Paião Umezú Lucimara Maeda Luís Fernando Waib Luís Ricardo Martinhão Souto Luiz Carlos Felicio Junior Marcelo Fantini Parma Marcelo Godoi Ferreira Marcelo Kimati Dias Márcia Maria Reis Vieira Ramos Márcio Molinari Marcus Henrique B. Borges da Silva Maria Carolina Santos Montenegro Maria Isabel Caldeira Rodrigues Morais Maria Rita de Araujo Teixeira Mariana Narbot Ermetice Mariana Netto de Oliveira Maurício José Ferreira Rino Miki Mochizuki

Mônica da Silva Nunes Nidia Isabel da Silva Pablo Tomé Teixeirense Patricia Érica Christofoletti Daldon Patrícia Schiavotello Paulo João Pedro Dametto Neto Priscilla Trigo Bianchessi Raul Borges Filho Rebecca Christina Kathleen Maunsell Renata Ferreira Magalhães Renato Henriques da Rocha Ricardo Abi Rached Ricardo Beneti Roberto dos Santos Junior Rodolfo José Rodrigues da Silva Rodolfo Roberto de A Ciampaglia Rubens Baptista Junior Salah Ali Osman Silmara Aparecida Cardozo Silmara Yukiko Onady Simone Pimenta Nóbrega Stéfano Gonçalves Jorge Tânia Regina Franco Narciso Tatiana Takahashi Tiago Sevá Pereira Vera Regina Bellinazzi Viviane Nassif Wander Edney de Brito Wilter Antônio Artuzi

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Medicina Turma XXX 1992-1997

Adriane Cruvinel Alexandre Eduardo Costa Alexandre Garcia de Lima Alexandre Habitante Alexandre Rocha Santos Padilha Alicia Juliana Kowaltowski Aline Gonzalez Vigani Ana Cláudia Chiari André Deeke Sasse Andre Guimarães Moraes André Raposo Monsanto André Ricardo Lamberti Obici André Santoro de Luna Pinheiro Anelyssa Cysne Frota D’Abreu Antonio Alexandre Ferreira Antonio Cesar Marques Whitaker Bárbara Juarez Amorim Carlos Augusto de Mattos Carlos de Araujo Cunha Pereira Neto Carlos Roberto de Matos Filho Cibele Cristina Lustre Paronetto Cynthia Resende Campos Daniel Guimarães Bittencourt Daniela Maldonado Franco Daniela Ramos Fabri Daniela Veit

Daphne Rocha Marussi Denilson Guimarães Meira Denise Rezende Ferreira Edgar Matheus da Silva Eduardo Alencar Thomaziello Eiji Kashimoto Elaine Pereira da Silva Emma Chen Sasse Érica Ortiz Erika Bozola de Oliveira Fábio Gomes Melo Fabio Henrique Gomi Fábio Pelegrino Fabíola Traina Fernando Flávio Malvar dos Santos Fernando Piza de Souza Cannavan Frederico Xavier Gabriela Villalba Medeiros Glaucia Cruzes Duarte Gustavo Tenório Cunha Huang Sheau Jiun Iris Moura João Carlos Ribeiro Previdi João Felipe Barros de Toledo José Otávio Pontes Penteado Joyce Gruenwaldt Juliana Pereira Torquato Juliana Touguinha Neves Martins Jussara Olivo Pinheiro Alves

Larissa Santana do Espirito Santo Leila Maria Romantini Salioni Leonardo Takashi Matsuda Lígia Konno Ishida Lilian Miwa Honma Takata Lucero Borba Paz Luciana Rodrigues de Meirelles Luciana Tatsch Carneiro Luciana Teixeira de Campos Luiz Gaban Lima Marcelo Mota Monteiro Marcelo Urbano Michelino de Oliveira Marcia San Juan Dertkigil Marco Antonio de Carvalho Filho Marcos Galvão do Amaral Marcos Haruhissa Nagano Marcos Monge Marcos Vinicius Calfat Maldaun Marcus Vinícius Grigolon Maria Fernanda Capucho Reis de Campos Maria Isabel Higasi Narvion Maria Lucia Viegas Rodrigues Maria Paula Bueno de Moraes Mauricio Alfredo Flores Herrera Maurício Muniz Franco Maurício Nascimento Verreschi Patrícia do Amaral Gonçales

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Ricardo Augusto Machado e Silva Rodrigo Bezerra Tenorio Rodrigo Delfino dos Reis Rodrigo Rezende Gomes Avelino Sabrina Nunes e Souza

Sara LeitĂŁo Vissotto Sergio Eduardo Benez dos Santos Filho ZĂŠlia Vieira de Moraes

M arco Antonio

de

Carvalho Filho/Acervo

pessoal

Paulo Rodrigues de Moraes Castro Paulo Vidal Campregher Pedro Alexandre Henriques Luis Priscila Novaes Raquel Rye Huruta

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Medicina Turma XXXI 1993-1998

Ada Leticia Barbosa Murro Agnes Sumi Kawasaki Alejandro Javier Garcia Corbera Alexandre José Carreira Mendes Aline Maria Fortuna Magalhães Ana Alice Siqueira Santos Ana Carolina Faria e Silva André Nóbrega Castro Andréia Vasconcellos Faria Carla Quaranta Panzan Carolina Taddeo Mendes dos Santos Christiane Garcia Albrechet Cintia Simões Domingues Clarissa Lin Yasuda Cláudia Elena da Silva Nassif Claúdia Gurtler Bekedorf Cristiane Bueno Fraguas Cristina Yoshie Koide Daniel Magosso Evangelista Eliane Mayumi Nakano Eliene Bratfisch Erich Vinicius de Paula Érika Fukushima Fernanda Loureiro de Andrade Orsi Flavia Mara Zeni de Oliveira Francisco Bertoldo Alves Fiúza Filho

Frederico Vieira da Cruz Giselle Cunha de Oliveira Gislaine Mauro Giuliane Jesus Lajos Guilherme de Rossi Gustavo de Mendonça Borges Heloisa Rodrigues Malfatti Hugo Fontan Kohler Isabela Régnier Côrtes Ivan Tadeu Rebouças Izaias Barboza Júnior James José de Novaes José Augusto Rinck Júnior Juliano de Lara Fernandes Júlio César Marciano Júlio César Prestes Kleber de Moraes Lelma Cristina de Castro Leonardo Fantinato Menegon Leonardo Trevizan Monici Luciahelena Morello Pacheco Prata Luciana Nocera Luciane Gottardo Lucio Takeshi Nagamati Luis Fernando Carvalho de Menezes Maize Fernanda Bonim Singh Marcio Antonio da Silva Marcos Antonio dos Santos

Marcos Matias Motta Marisa Durú Maristela Schaufelberger Spanghero Maryane Cleto Mamud Mateus Dal Fabbro Maurício Abujamra Nascimento Maurício Antonelli Lehoczki Melanie Stein Maran Buono Murilo Augusto Paranhos Pinto Omar Leon Martins Paula Maria Von Zuben Priscila Ribeiro Huguet Rachel Polo Régia Rezende Costa Ricardo Guimarães Heiss Ricardo Yutaka Ota Roberto Cícero Kfouri Rodrigo Nogueira Angerami Rogério Morale de Oliveira Rosilene Barroso Caetano Sergio Luís Lacerda Mendonça de Barros Sergio Setsuo Maeda Silvia Regina Vedoato Simone Caetano Morale de Oliveira Stefânia Lucizani Pacifico Sung Won Kim Victor Gottardello Zecchin Viviane Gomes de Melo

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Medicina Turma XXXII 1994-1999

Adriana Salzani Adriana Yoshida Olímpio Amanda Ferracioli Gomes Ana Carolina Fava Salata Ana Paula dos Santos Gumiero André Almeida Schenka André Del Negro André Luiz Gumiero Antonio Carlos Zuliani de Oliveira Antonio Emilio Bortoleto Junior Antonio Garcia Quelhas Camila Morelli Carlos Leonardo Costa Pereira Cássia Raquel Teatin Juliato Cassio Cardoso Filho Clarissa de Rosalmeida Dantas Claudia Regina de Deus Reinaldo

Claudio Alberto Iglesias Rosa Cristiane Barbieri Cristiane Kibune Nagasako Vieira da Cruz Cybele Crosta Daniela Camargo de Oliveira Emanuela Torreão Brito e Silva Erica Emy Shiraishi Fábia de Aguiar Michelman Fabiano Reis Fabio Humberto Ribeiro Paes Ferraz Fernanda Oliveira Camargo Herreros Fernando Kenji Kikuta Fernando Martins Soares Francisco Assis dos Santos Filho Gabriela Mitsue Yamamoto Giancarlo Cavenaghi

Giane Christina Sanae Fujisawa Gisele Takayama Guilherme Abbud Franco Lapin Gustavo Lourenço Novaski Hugo de Oliveira Olímpio Hugsmaer Pelicioni Filho Igor Henrique Noda João Paulo Vargas Karen Paraschin Karlos Alexandre de Sousa Vilarinho Larissa Miglioli Leonardo Fator Gouvêa Bonilha Leonardo Ferreira Zimmerman Leonardo Sombra Aranha Luís Gustavo de Oliveira Cardoso Luís Otávio Zanatta Sarian Luiz Augusto Riani Costa Marcelo Silva Soares

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Márcia Mayumi Fujisawa Marco Aurélio Salvino de Araujo Marcos Alexandre Matsumoto Gallo Maria Alice Ferragut Maria Thereza Calil Angelini Mariana Zwanziger Maristela Pinheiro Freire Mateus de Ávilla Campanholi Mauricio Kulka Mauro Matsui Júnior Michel Matias Vieira Natália Pandolfi de Oliveira Olimpia Ferreira Galvão de Araujo Otavio Gurgel Guedes Patricia Bruscagin Andrade Patricia Diana Kluge Paulo Jundo Oyama Petrus da Silva Raulino

Pollyana Assunção Hueb Marchi Renata dos Santos Zancheta Ukstin Renato de Castro Araujo Renato Sardinha Mantovani Ricardo Henklain Robenilson Almeida Souza Rodrigo Menezes Jales Rodrigo Polignano Rodrigo Yoshitomo Munemasa Ito Sergio Ricardo Freire Barreto Sergio San Juan Dertkigil Silvia Angeleri Valente Davidsohn Simone Appenzeller Starlynn Freire dos Santos Susana Trigo Bianchessi Tiago Nardi Amaral Valdir Tercioti Junior Wagner Roberto Cirillo

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Medicina Turma XXXIII 1995-2000 Adriana Sayuri Iha Alessandra Sartorello Pecego Alex Gonçalves Alexandre Lima Rodrigues da Cunha Alexandre Martin Ana Gabriela Bortoleto Ana Paula da Silveira Macedo Moura Ana Paula Paiva Moreira Ana Paula Scala de Almeida Andréa Alves Pereira Ariane Inocente Bocafoli Avaní Cristina de Campos Bianca Oliveira Silva Sodré Camila Philbert Lajolo Carlos Augusto Gimael

Ferraz Junior Carlos Filinto da Silva Cais Cecilia Harumi Tomizuka Christiane Yuri Matsuo Cinira Santana Soledade Clarissa de Oliveira Borja Clarissa Luciana Buono Cristina Forti Iamada Daniel Afonso da Silva Daniel Marques Ielpo Daniela Miti Lemos Tsukumo Danielly Côrtes Vicente Débora Raquel Benedita Terrabuio Edeltraud Johanna Lenk Elaine Cristina de Ataide Elizabeth Bilevicius Emerson Taro Inoue Sakuma Enrico Ghizoni Evandro Gomes de Matos Junior

Fábio D’Aguiar Mataveli Felipe Lins Rossi Fernanda Martins Viana Flávia de Oliveira Facuri Fransergio Emilio Mantovani Cavallari Guilherme Sant’Anna Antunes de Azevedo Gustavo Nunes de Oliveira Humberto Calicchio José Ulisses Geraldini Junior Juliana Bragança de Souza Leonardo Sara da Silva Lilian Bianchi Pavarin Lineu Oto Shiroma Lucio Schoenmann do Nascimento Luís Ronan Marquez Ferreira de Souza Luiz Baldini Neto

302 | FCM 50 anos: a realidade ultrapassou o sonho

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Marcello Jun de Oliveira Marcelo Augusto Sussi Marcelo Rocha de Sousa Cruz Márcio Augusto Araújo Guedes Marcio Luiz Figueredo Balthazar Marcio Renato Martins Marco Kawamura Demange Marcos de Moraes Mesquita Mariana Nogueira de Paula Rosa Mariângela Sousa Vaz Marianna Mellone de Camargo Mateus Marcheti Gomes Mauricio Takeshi Sakata Mauro José da Silva Júnior Paula Nocera Paulo de Carvalho Mendes Priscila Coimbra Gonçalves Roma Priscila Pereira Costa de Araujo Rafael de Castro

Randolfo Carlos Ferraz Abbade Regina Santos da Silveira Renato Bueno Chaves Renato Lopes Roma Rhumi Inoguti Ricardo Gomes Volpato Roberto Itiro Nishimura Rodrigo Grigolon Rodrigo Silva Cesar Ronaldo Kazushi Abe Sandro Silva Vilela Semir Daher Filho Silvia Helena Rodrigues Leite Tiago Gemignani Ursula Martins Catarino Walter da Silva Junior

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Medicina Turma XXXIV 1996-2001

Aline Inês dos Santos Mendes Ana Paula de Azevedo Andrea Simoni de Zappa Passeto AndréLuiz Rosado Anita de Nardo Panzan Antonio Augusto de Lima Pontes Ares Hiawatha Rigas Arthur José de Souza Colussi Bruno de Andrade Soares Bruno Raposo Barros Caio Valerio Albuquerque de Braz Carlos André Scheler de Souza Claudia Brogioni Cristiano Moreau Santos Eduardo Angeli Malavolta Eduardo Jorge Yamada Eduardo Lima Pessoa Eduardo Massanobu Kam Elaine Soraya Barbosa de O. Severino

Eliane Christina Meyer Elias Batista da Silva Junior Eliza Maria Tamashiro Érica Matsushima Evandro Sérgio Naia da Silva Fabiana Goulart Marcondes Fabiana Palma Cortes Fábio do Carmo Duarte Fabricio Biscaro Pereira Felipe Eduardo Hatsumura Felipe Osório Costa Fernanda Piedade Bacchi Fernanda Rafful Kanawaty Flavia da Silva Pinto Neves Flávia Morais Gennari Flávia Pinheiro da Silva Costa Gabriel Felipe Santiago Gisele Aparecida Lapenna Guilherme Dalle Vedove Barbosa Gustavo Valença Barel Helena Luisa Reimer Henda Aline da Rosa e Vasconcelos

Hugo Kenzo Akashi Ítalo Affini Neto João Renato Bennini Junior José Alexandre Addêo Cipolli José Humberto Pucci de Mesquita Filho José Renato Duarte Juliana Cristina Vieira de F. Rezek Ajub Juliana Rosa Pompeo de Camargo Julio Funabashi Junior Karine Angelica Cintra Leonardo Inácio Braga Lucas Marcelo Dias Freire Luciano Dias Azevedo Luis Eduardo Cavalca Luiz Antonio Bragagnolo Junior Luiz Fernando Scarpari Gimenez Marcela Felicio Agostinho Marcelo Ferreira Castellani Marcelo Hamilton Sampaio Marcelo Italo Risso Neto

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Maria Carolina Zetula Guedert Maria Cristina Peixoto Bem Mário Bazanelli Junqueira Ferraz Mario Henrique Loschi de Lima Martinho Antonio Gestic Melissa Rovina Castro Pereira Milan Zelenika Murillo Pimentel Utrini Nádia Ricci Guilger Nadia Sclearuc de Siqueira Nara Léia Gelle de Oliveira Nilton Manoel Domingos Junior Patricia Ferreira de Carvalho Patricia Narikawa Paulo Henrique Alves Soares Paulo Roberto Setokuchi Pedro Ribeiro Coutinho Priscilla Regina Gollop Raquel Franco Leal Raquel Tozzo Rayson Lopes da Silva Renata Mariotto

Renato Smith Davoli Ricardo Akiyoshi Nakamura Ricardo de Paula Battaglini Rogerio de Barros Ferreira Leão Romeu Toshiyuki Kajita Tatiana Lachi Tatiana Mari Tanaka Valéria de Araujo Granato Vanessa Gonçalves Crespi Flores Victor Hugo Rocha Marussi Vivian Mayumi Ussui Walter Hideo Ychii Welton Carvalho Malheiros Winston Hidekazu Akashi Iwauchi

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Medicina Turma XXXV 1997-2002

Aline Meira Martins Alvaro Pedroso de Carvalho Lupinacci Ana Carolina Marcondes Machado Ana Flavia de Azevedo Bozutti Martinez Ana Luiza Braga de Brito Lira Ana Thereza Schneider André Guimarães Monteiro Andréa Miyuki Yoshimura Andrea Schmidt Pitta Anna Rita Moraes de Souza Aguirre Antonio Carlos Tenor Junior Augusto Celso Scarparo Amato Filho Bruna Marina Alves de Rezende Teixeira Bruno Marino Claro Carla Dionisio Anraku Carlos Heitor Neves de Carvalho Caroline Ghiraldini Vieira Claudio Medorima Cristiano Rovigatti Leiva Cynthia de Almeida Mendes Daian Alberto Pamplona

Daniel Bechara Jacob Ferreira Daniel Ferraz de Campos Mazo Deivisson Vianna Dantas dos Santos Érica Luciana de Paula Furlan Fabiana Yumi Nakano Fábio Henrique Aldegheri Paschoal Fábio Lugó Fabio Ribeiro Jansen Ferreira Fábio Rogerio Felipe Antonio de Marco Fernanda Ximenes Coimbra Fernanda Yoshie Nishimori Gisele Santos Rissi Guilherme Scardini Bittencourt Gustavo Hideki Kawanami Henrique Cambraia Lippelt Horacio Armando Marenco Joana Pontes Langhi José Eduardo Faria Martins José Maria de Campos Filho Juan Marcelo Candia Ramos Juliana Mitiê Nakamura Larissa Cristina Chaud Gil Laura Cunha Cortellazzi Leandro de Mattos Boer Martins Leandro de Souza Lehfeld

Leandro Yoshioka Letícia Emy Tsujimoto Sato Leticia Moreira Goulart Lia Yumi Ikari Liane Rapatoni Livia Cristina Benavente Luiz Adriano Esteves Luiz Felipe Murgel de Castro Santos Marcelo Amade Camargo Marcelo Schweller Marcia Elisabete Morita Marco da Cunha Pinho Marcus Vinícius Giglio Maria Oxana Poloni Rybka Mariana Pimenta Pinheiro Maura Alessandra Alambert Michelle Miya Milena Shiroma Monalisa Fernanda Bocchi de Oliveira Nélson Alves dos Santos Nidia Celeste Horie Paola Bertolotti Cardoso Pinto Patricia de Freitas Okuyama Rafael Augusto Ramos do Amaral Rafael Vanini Regina Maura do Nascimento e Silva

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Silvia Rejane Fontoura Herrera Suzana Ferreira Zimmerman Thais Alessandra Ito Thais Cristina Hatsumura Thaís das Neves Fraga Moreira Thaís Gomes de Melo Thiago José Penachim Thiago Martins Santos

Tiago de Araújo Guerra Grangeia Vanessa Pacini Inaba Vinicius Teixeira de Macêdo Wagner Mauad Avelar William Zammataro Júnior

T iago

de

Araújo Guerra Grangeia/Acervo

pessoal

Renata Marques Fabiani Ricardo Hoelz de Oliveira Barros Ricardo Miyaoka Rodrigo Nascimento Batistine Rodrigo Sousa Magalhães Sandra Ayumi Sato Sanja Dragosavac Sara Maria Teixeira Sgobin

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Medicina Turma XXXVI 1998-2003

Adriane Maira Delicio Adriano José de Azevedo Alessandra Carvalho Tavares Alessandra de Paula Richinho Alfredo Damasceno Amilcar Barreta Ana Carolina de Moraes Ana Lourdes de Lima Araujo Ana Paula Novaes Campello Horovitz Ana Teresa de Luna Pallone Analice Matteis Martins Bonilha André Ricardo de Lima Andrei George Peleias Andreza Teixeira Anelise Rodrigues Bezerra dos Santos Anna Leticia de Oliveira Cestari Carlos Borelli Zeller Carlos Eduardo de Godoy Júnior Carlos Fernando Ramos Lavagnoli Carolina de Medeiros Rimkus Carolina Luísa Martins de Jesus Caroline Martins de Lima Christian Michael Miklós Cristiane Lourenço Ribeiro Daniel Arruda Teixeira Daniel de Sousa Pimenta Daniel Kawakami Daniela de Jesus Filipe Daniela Miethke

Danilo Caparica Carlos Danilo da Fontoura Ponchet Debora Alessandra de Castro Gomes Douglas Humberto Lovatti Éberson Hatayama Elen Renate Figueira Eloisa Helena Menezes Pedroso Eloisa Pedroso de Barros Corrêa e Silva Ema Yonehara Felipe Puggina Rogatto Fernanda Braga Benatti Francisco Alexandre de Paula Maturana Francisco de Andrade Machado Neto Gabriela de Lima Freitas Gustavo de Carvalho Duarte Helena Paes de Almeida de Saito Iêso Dutra Júnior Isabela Conde Watanabe Issao Kikuti Filho Jaime de Oliveira Neto Janaina Corrêa Cardoso João Flávio Daniel Zullo João Luís de Genova Corrêa Joaquim João Paulo da Silveira Nogueira Lima João Paulo Toledo José Gabriel de Oliveira Neto José Leonardo Góes Lourenço

Josenilson Campos de Oliveira Josie Theodoro Lima Velani Juliana Buzinaro Ribeiro Juliana Guarize Kátia Piton Serra Kleber Yotsumoto Fertrin Leandro Bianco de Moraes Leandro Marques Corrêa Lilian Mitie Inoue Lívia de Souza Fioriti Luciana Balester Mello de Godoy Luciana Emi Yamane Luciana Takata Pontes Luiz Francisco Cintra Baccaro Maíra Migliari Branco Marcelo Brunini Rodrigues Marcelo Carlos Pereira Marcelo Yukiyasu Nakatani Maria Amélia Oréfice Maria Fernanda Baghin Maria Laura Costa do Nascimento Maria Lilian Sales Mariana Karaoglanovic Carmona Mariana Patelli Juliani de Souza Lima Matheus Bittar de Melo Michel Gardere Camargo Oriete Gerin Leite Paola Grechi Patricia Aparecida Negrão Patricia Faria Scherer Paula Fraiman Blatyta

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Paula Regina Bianco de Moraes Pedro Adriano Martins Franco Petrônio Fleury Neto Priscila Mitie Kimura Rafael Baloni Andrade Rafael de Biase Abt Raquel Bergamasco e Paula Regina Maura Padilha Ricardo Aydar Natalin Rodrigo de Mendonça Vaz Rodrigo Tormin Ortiz Ronaldo Ferreira Macedo

Ronny Tah Yen Ng Sérgio Murilo Rocha Stephania Covesi Mariotti Tatiana Amaral Tatiana Kores Dorsa Tatiana Kvint Thaís Ferraz de Arruda Veiga Thaísa Liberman Vanessa Lucilia Simões Silveira Vinícius Oliveira Seixas Vitor Cesar da Silva Sforni Wagner Alexandre Scudeler

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Medicina Turma XXXVII 1999-2004

Adriana Grandesso dos Santos Alexandre Penna Torini Ana Carolina Coan Ana Gabriela Esteves Duarte Anabel Felsky Odawara Andréa Paula Ferreira Rosa Andrea Vieira Carreiro Angela Tonoli Boldo Antonio Gomes Neto Ariane Furtado Bedran de Castro Bárbara de Oliveira Manoel Bradley Paulino da Silva Bruno Truppel Constantino Caio Tosato Caliseo Camila Carbone Prado Carolina Dutra Queiroz Caroline Irene de Carvalho Zold Cassio Iwakura Cintia Tiemi Morita Cláudia Maria Altemani

Cristiane da Gama Gussi Cristiane Fumo dos Santos Cynthia Bonilha da Silva Daniel Carlos da Silva Daniela de Oliveira Morais Daniela Roncoletta da Silveira Pinto Eduardo Luís Abe Eduardo Quadros Araújo Elisângela Barbosa de Aquino Erika Yaschiro Fábio Thadeu Ferreira Fabricio Cecanho Furlan Felipe Monte Cardoso Felipe Yoiti Fugiwara Fernando Aranha Fróes Filho Fernando Vieira Pericole de Souza Flávia Cerize Flávia Romano Rodrigues Flavio Antonio Salenave Salvini Flávio Eduardo Martins Júnior Giovani Aparecido Mendes de Godoi Gisele Akemi Sakai

Guilherme Cardinali Barreiro Guilherme Figueiredo Lima e Lara Guilherme Rebechi Zuiani Heitor Okanobo Idelberto do Val Ribeiro Júnior Israel Leonardo Ferreira Lima Jéssica Guerra Serra João Paulo Aguiar Jordão Mainardi José Carlos Loureiro Junior Joyce Zimmermann Juan Daniel Hidalgo Salinas Juliana Nogueira Castro de Barros Karina Diniz Oliveira Leandro Luis Auletta Leonardo Assunção Hueb Leonardo Diogo de Almeida e Pontes Leonardo Gomes da Silva Letícia Barros Mangini Leticia Braighi Carvalho Godoi Letícia Leone Lauricella Livia de Oliveira Lucas Vieira dos Santos

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Luis Felipe Bachur Luís Guilherme Misorelli Maíra Santos de Andrade Marcello Bailarini Aniteli Marcelo Taricani Marcio Gabriel dos Santos Marco Alexandre Mendes Rodstein Marco Aurelio Guidugli dos Santos Marcos Juliano dos Santos Marcos Paulo Colella Maria Helena Proença de Moraes Maria Lúcia Chiattone Mariana Fonseca Prada Mariana Munari Magnus Marina Pereira Colella Marta Vidigal de Andrade Reis Mayla Fernanda Blumer Nilton de Ávila Reis Paolla Limy Matsuura Patricia Leika Hoshino Priscila Silva Marshall Priscila Tatiana Gonçalves

Raphael de Rezende Pratali Ricardo Pereira Moreira Ricardo Rafful Kanawaty Roberta Ferreira de Barros Roberto Jorge Freire Esteves Rodrigo Cardoso Santos Rodrigo Couto Gabas Rodrigo Enomoto Sandro Dugnani Taís Rodrigues de Lara Telma Dias Faria Reis Thaís Regina Milani Tonia Thay Lyse Salzano de Andrade Thiago Gronau Luz Thiago Julio Thiago Teixeira Chadid Tiago Correia Cavalcanti Tiago Lüders Laurito Vagner Antonio Rodrigues da Silva Vanessa Martelli Vanessa Monteiro Bugni

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Medicina Turma XXXVIII 2000-2005

Adriano Camargo de Castro Carneiro Adriano de Oliveira Pinto Alexis Luiz Pereira Mastri Alfonso José Borrás Tavares Aline Daiane Carnevalle Aline de Sousa Amadeu Altacyr Pinaffo Dalla Bernardina Amilton dos Santos Júnior Ana Carolina Figueiredo de Castro Ana Cristina do Nascimento Alves Ana Luisa Vanalle Ferrari Ana Luíza Gibertoni Cruz Ana Paula Beppler Lazáro Ana Paula Hitomi Yokoyama Anderson Pinheiro Antonio Sergio de Santis Andrade Lopes Antonio Zammataro Arnaldo Moura Neto Bruno Franceschetti Santa Rosa Bruno Novaes Totta Patricio Carlos Eduardo Braido Rojas

Carolina Araujo Moreno Carolina Hipolito Alves Celina Stuginski de Souza Christian Helfstein Gomes Cardoso Cilene Nogueira da Gama Cláudia de Oliveira Facuri Cristiane Aparecida de Siqueira Daniela Ribeiro Nebuloni Daniela Testoni Davi Reis Calderoni Denis Seguchi Sakai Denis Seiiti Aoki Djinane Spinosa Zerlotto Eliane Provenzano Herrera Elton Gomes da Silva Erica Kayoko Nakamura Everton Luiz Rodrigues do Patrocinio Fabio Mastrocolla Fabíola Paoli Mendes Monteiro Fernanda Canova Denardi Fernanda Koti Baccaro Fernando Vaz Agarez Francisco Carlos Lopez Júnior Giselle Coelho Resende Caselato

Giselle de Melo Braga Guilherme Ghiraldini Vieira Gustavo Borges da Silva Teles Gustavo de Paula Pereira Harison Chienhon Hong Isadora Loureiro João Carlos Reinné Yokoda João Paulo Peral Valente Josie Naomi Iyeyasu Juliana Camargo Giordano Sandler Juliana de Almeida Costa Júlio Pereira das Neves Larissa Nadine Rybka Laura de Sena Lima Nogueira Leila Yuki Taquecita Leticia Fogagnolo Ligia Traldi Macedo Luciana Lima de Andrade Luciana Schultz Luciano Alves Perez Lucila Iwashita Luiz Motomu Ono Marcello Frederico Santos Schmidt Marcelo Naoki Soki Marcus Vinicius Dotta

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Maria Antonieta Trevizan A. de Oliveira Maria Carolina Szymanski de Toledo Maria Fernanda Cabello Maria Weber Guimarães Barreto Mariana de Paula Ribeiro Jorge Mariana Nadalin Meireles Mathias Violante Melega Milena Tessari Grandi Nádia Marchiori Galassi Nancy Vanessa Paranhos Nicolle Antunes de Almeida Patricia Cesarino Martins Patricia Roberta Berithe P. Oliveira Paulo Afonso Mei Paulo Marcelo Biancofiori Priscila Neves Pinheiro Machado Priscilla de Sene Portel Oliveira Rafael Marques Ielpo Regina Fumanti Chamon Renata Bednar Reigota Renata Carvalho Porto Renata Gebara de Grande Di Sessa

Ricardo Alves de Camargo Rodrigo Côrtes Vicente Rodrigo Genaro Arduini Rodrigo Gonçalves Rodrigo Jorge de Oliveira Rodrigo Vismari de Oliveira Rubens Shimizu Ribeiro Ruy Madsen Barbosa Neto Sergio Antonio Gonçalves Soraia Mafra Machado Tamara Strauss Thaísa Guedes Bortoletto Thalita Grossman Thiago Rodrigues Araujo Calderan Tiago dos Santos Andrade Tiago Monteiro Barreiro Ulisses André Silveira Salvetti Vaneska de Carvalho Melhado Veruska Barijan Victor Leonardo Pinheiro de Amorim Vinícius Corrêa da Conceição Vivian Sati Oba Wagner Feltrin Junior

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Medicina Turma XXXIX 2001-2006

Alcy Albuquerque dos Santos Alex Aparecido Cantador Alexandre Iscaife Ana Carla Mesquita Ana Carolina Belini Bazán Ana Maria Dias Fachini Ana Rachel de Almeida e Silva L. Zollner Ana Raquel Gouvêa Santos Anaísa Portes Ramos Anderson Gonçalves André Bacellar Costa Lima Andrea Boldrin Soares Briana Rachid Dias Vieira Bruno do Lago Lopes Rodrigues Brianezi Bruno Mariani de Souza Azevedo Bruno Salvador Sobreira Lima Bruno Vieira Scarpim Camila Martin Sequeira Neto Camilla Olivares Figueira Carolina Carvalho Ribeiro do Valle Cesar Augusto Esteves

Cláudia Serrano Rubin Claudia Teresa Trigo Ramos Daniel Minutti de Oliveira Débora de Melo Gagliato Denis Leonardo Fontes Jardim Diego Roberto Barbosa Pereira Diogo Gomes Reginato Dirceu Thiago Pessôa de Mélo Edson Ichihara Elaine Barberato Genghini Elisabetta Sachsida Colombo Endrigo Torezan Rosim Erika Torezan Rosim Fabio Nero Mitsuushi Fabíola Ferreira Ferri Farah Christina de la Cruz Scarin Fátima Therezinha Munhoz D’Ottaviano Fernanda André Martins Cruz Fernanda de Almeida Silveira Fernanda Maria da Silva Pedro Fernando Canola Alliegro Flavia Kakiuti Bonini Gabriel Zaiden Zara Fagundes Giovanna Ignácio Subirá Medina

Hebert Nogueira Duarte Henrique Balloni Iara Campos de Carvalho Iuuki Takasaka Jéssica Fernandes Ramos José Francisco Natali Neto Juliana Alves de Sousa Caixêta Juliana de Melo Lafaiete Bastos Juliana Fonseca Freire Juliana Fugikava Oba Juliana Marques Náufel de Toledo Karen Priscilla Minami Karina Cuziol Larissa Garcia de Oliveira Cortinas Letícia Castanho Selmi Leticia Esposito Sewaybricker Luiz Antonio Brito Arruda Vasconcelos Luiz Carlos Rittes de Oliveira Silva Luiz Fernando Degrecci Relvas Luiza Fortunato Visconti Maíra Guedes Jacob Marcelo Gomes Cordeiro Valadares Márcio Silva Chaves Maria Carolina Formigoni

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Maria Carolina Silva Tenorio de Brito Maria Fernanda Bottino Roma Mariana Ribeiro Marcondes da Silveira Mariana Sbrana Alves de Souza Mariangela Naldinho de Matos Marianne Herrera Falceti Ferreira Melina Battilani Becegato Miguel Ernesto San Martin Sepulveda Mônica de Aguiar Medeiros Nathalia Agostini Torres Olívia Meira Dias Orlando Furlan Neto Pablo Soares Gomes Pereira Patricia Francisca Magri Paula Serra Azul Guimarães Pedro Henrique da Rocha Zanuncio Pedro Suarez Romano Priscila Maria Dutra Garcia Reginato Rachel Esteves Soeiro Rafael Santos Rodrigues Leme Raphael Ubirajara Garcia

Raquel Doria Ramos Renata Ferrarotto Ricardo Minniti Rodrigues Pereira Ricardo Sallai Viciana Rodolfo Yuzo Hascimoto Rodrigo de Assis Moraes Rodrigo Ramella Munhóz Samuel de Souza Medina Sheila de Oliveira Meira Sidney Volk da Silva Sílvia Raquel Fricke Matte Silvia Regina Labbate Munhóz Tábata Regina Zumpano Dias Tatiana Sykora Thais Helena Marques Wilmers Thiago Fernando Imamura Thiago Jordão Almeida Prado Mattosinho Vanessa Aparecida Vieira Vanessa Cristina Aranda Batocchio Victor Augusto Hamamoto Sato Vivian Cristine Chagas

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Medicina Turma XL 2002-2007

Alexandre Petres Monferrari André Luiz Luquini Pereira Andre Luiz Prezotto Villa Andréia Ribeiro da Silva Ângelo Alves Fernandes Neto Anne Melina Ambrósio Avelar Ariella Cabral de Lima Augusto Frederico Santos Schmidt Bárbara Bomfim Caiado de Castro Zilli Beatriz Helena Cermaria Soares da Silva Brenda Artuzi Renó Bruno Daibes Di Motta Leones Bruno Deltreggia Benites Camila de Melo Campos Carolina Cavalcante de Oliveira Caroline Chagury Salcedo Ciro Jabur Pimenta Claudio Mauricio Lisondo Claudio Takimoto da Silva Cristiano Trindade de Andrade Daniel Carvalho Rocha Daniel de Almeida Borges Daniel Lombo Bernardo Daniel Rogério Mendes Fernandes Daniela Martins Pereira David Paul Paliari Zuin Dayane Aparecida Pereira Martins Dyuliano Marcos Dias Mendonça

Ednaldo Yudy Shono Eduardo Pinheiro Zarattini Anastácio Elâine Bronzatto Eliana Paes de Castro Giorno Elisangela de Souza Paiva Erick Ruiz Camara Cason Fabio de Rose Ghilardi Fabio Hideki Julio Oshiro Felício Chueiri Neto Felipe Fragôso Nunes Figueirêdo Fernanda Silva Bellodi Fernando dos Ramos Seugling Fernando Portilho Ferro Flávia Rocha Torelli Francisco Vergueiro Neto Gabriel Gorgone Giordano Giana Balestro Poletti Giane Vieira de Castilho Gleidson Campos Rodrigues Haide Calaça Magni Hugo Vahid Rahnemaye Rabbani Nourani Ingrid Neves dos Santos Jean Grynwald Jeffrey Frederico Lui Filho João Paulo de Pádua João Paulo Milesi Pimentel Jonluis Tedesco José Antonio Coelho Junior Julia Cervellini Yajima Juliana Bueno Campos

Juliana Corrêa Porto Juliana Gulelmo Staut Juliana Paiva Gouvêa Sícoli Juliana Pinho Espinola Juliana Rebechi Zuiani Jussara de Souza Mayrink Karin Suzete Ikeda Katia Sanday Leandro Francischini Dibe Leonardo Felippe Ruffing Leonardo Martins Duarte Correia Leticia Bueno Nunes da Silva Lívia Martins Tavares Scianni Morais Lúcia Arisaka Paes Lúcio Fábio Gama Buzolin Luiza Gonzaga Piovesana Lyvia Tomé Monteiro Madson Lobato Drummond Filho Marcelo Cartapatti da Silva Márcia Buzolin Marina de Almeida Nicolau Portas Mário Arnaldo Mazon Milena de Albuquerque Natália Martins Magacho de Andrade Pablo Loredo Scheroki Paula de Melo Campos Paula de Paiva Pirolla Paula Fernanda Gomes Telles Paula Tavares Colpas Rafael Rodrigues de Queiroz

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CADCC/FCM/U nicamp

Renato de Oliveira Ricardo de Magalhães Sartim Ricardo Dourado Alves Rosely Yamamura Samuel Peixoto Vedana Sandro Namikawa Suzana Crispin Leite Tatiane Fernandes Thaís Helena Yasuda Thaís Lúcia Kiyomi Uyeda Thaís Ribeiro Cabral Aismoto

Thiago dos Santos Ferreira Thiago Lourenço Schioba Ticiana Pereira Fonseca Garcia Tomás Bernardo Costa Moretti Vanessa Hachiman Vinícius Mearim Odone

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Medicina Turma XLI 2003-2008

Adriana Mallet Toueg Alexandre Cason Machado Alexandre Rocha Demonte Alice Jordão de Toledo Maion Aline Cristina Ramos da Silva Aline Mizukami Aline Satomi Yumioka André Frazão Rosa Antonio Aurelio Euzebio Junior Araceli Regina Silva Pereira Bruna Ferreira Pilan Bruna Romano Olivotti Bruna Shigueko Lemos Nakano Bruno Kosa Lino Duarte Camila Aparecida Moma Camilla Sobral Fragano Carolina de Paulo Maldi Clarissa Cerchi Angotti Ramos Clarissa Zanetti de Lima Daniel Franci Danielle Lilian Ribeiro da Silva Argolo Danilo Padovez Debora Recchi Diego Lima Ribeiro Diogo Alexandre Pereira Douglas Fini Silva Elaine Cristina Candido Érique José Peixoto de Miranda Felipe Brazão Farinha Carvalhaes

Felipe Martins de Oliveira Felipe Roriz Bressan Fernando Henrique Bergo de Souza e Silva Fernando Henrique de Albuquerque Maia Fiorentino Fonte Neto Francisco Millanao Drugowick Gabriela Góes Yamaguti Gabriela Scriptore Braz Geórgia Fontes Cintra Giovana Marquesini Pompermayer Lopes Giuliano Generoso Guilherme Biazotto Guilherme Machado de Carvalho Guilherme Philomeno Padovani Gustavo Daher Gustavo Zamperlini Igor Hideki Morita Isabella Salvetti Valente Ivana Leme de Calaes Joana Comparato Meyer João Felipe Leite Bonfitto José Antonio Possatto Ferrer José Roberto Tonelli Filho Julia Andrade de Oliveira Juliana Maria Querubim Rodrigues Pereira Juliana Puggina Juliana Yoko Yoneda Juliana Yumi Massuda

Juliano Cesar Moro Jullyana Heinen Peixoto Karina Cavalcanti Bezerra Larissa Matsumoto Laura Olalla Saad Leandro Cesar Mendes Leandro da Silva Freitas Leandro Xavier de Camargo Schlittler Lélia Mara Rizzanti Pereira Letícia Pisoni Zanaga Lisa de Castro Ferreira Coelho A. Brasil Lívia Maria Dias Freire Lucas Francisco Botequio Mélla Lucas Ricci Bento Luciana de Fátima Porini Custódio Luís Fernando Deo Trevisolli Lutiane Scaramussa Marcela Avila do Nascimento Tavares Marcela Saturnino Caselato Marcia Fernandes Martins Marcos Theophilo Galasso Marcos Vinícius Ferreira Loro Maria Fernanda Murijo Righi Mariana de Freitas Fedato Valente Mariana Dutra de Cássia Ferreira Mariana Esmeraldo Fernandes Santos Mariana Sallum Barusso Marilia Martins Corrêa

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Rachel Mitsue Neiva Lana Obata Raphael Augusto Pioli de Freitas Renato Alves de Andrade Renato Massao Suzaki Rodrigo de Almeida Sanitá Roger Krüger de Lima Rosana Carvalho Silva Sara Yumi Tsuchie Silvia Maria Leli Stella Marys Meirelles Campos Titotto Tatiana Pereira Lima Silva Tatiana Rocco Meloni

Tatiane Vieira de Medeiros Telma Kenshima Thaísa Andrade Ribeiro Marcondes Narciso Thiago Ferreira de Souza Tiago Buratto Bordin Tiago Giraldi Uanderson Resende Wagner Tadeu Jurevicius do Nascimento Wilmar Azal Neto

Mario Moreira

da

Silva/CADCC/FCM/U nicamp

Marina Cavalcanti Maroja Silvino Matheus Saraiva Castellassi Maximiliano Augusto Novis de Figueiredo Milena Valenti Moara Alves Santa Barbara Borges Naomi Andreia Takesaki Natália Reis Verderosi Natassia Martins Osmar Ferreira Rangel Neto Paula da Cunha Pinho Paulo Roberto de Jesus Barros

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Medicina Turma XLII 2004-2009

Adriano Garcêz de Alcântara Alexandre Caixeta Guimarães Alexandre Ramos Daoud Yacoub Allan Nobuyuki Sasaki Ana Beatriz Maito Ana Carolina Marcos Vaz Ana Claudia Vaz Tostes Lima Anelise Hamano Silveira Campos Bruna Borghese Augustini Bruna dos Santos Vieira da Silva Bruna Jordan Tincani Bruno Vieira Diniz Bruno Vinicius Kouhiro Aguiar Camila Sunaitis Donini Camilla Natal de Gaspari Carlos Vinícius Buarque de Gusmão Cintia Tavares Cruz Danielle Menezes Cesconetto Denise Tieko Sasazawa Edilson Fernando Cruz Santos Silva Eduardo José Mariotoni Bronzatto Eduardo Perrone Eliana Maria Souza Azambuja Fernandes Elisa Nunes Secamilli Érica Maria Zeni

Erick Barbosa Reszka Eunice Yung Chuang Felipe Alberto Piva Felipe Barjud Pereira do Nascimento Felipe Damásio de Castro Fernanda Pongelli Garcia Peres Fernando Simões Friestino Filipe Nadir Caparica Santos Flávia Corrêa Christensen Frederico Leal Gabriel Nogueira Bastos Soledade Guilherme Lopes Pinheiro Martins Guilherme Nogueira Aires Gustavo Faria Ferreira Herberti Rosique Aguiar Iara da Silva Alves Bento Isabela de Souza Cortez Zuim Jaci Peres Lavrada Jarbas Emílio de Moraes Neto João Paulo Leonardo Pinto José Carlos de Barros Júnior Julia Girardi Cutovoi Júlia Kefalás Troncon Juliana dos Reis Annunciato Juliana Pierobon Gomes Karina Tozatto Maio Keila Katiane Nogueira Maciel Larissa Berbert Arias Laura Bertanha

Leonardo Henrique Mendonça de Oliveira Liana Valente Lage Ligia Marçola Lívia de Almeida Andrade Livia Vieira de Almeida Luciana Becker Mau Luís Felipe Rodrigues Santos Carvalho Luís Fernando Pozzi Luís Henrique Cardoso Antunes Maíra Soliani Del Negro Maitê Cruvinel Oliveira Marcela Furlan Margato Marcello Silveira Rovella Marcio Antonio Haro Adad Maria Julia Russo de Carvalho Maria Paula Sorgi Mariana de Carvalho Oliveira Mariana Paro Alli Mariana Rocha Ribeiro da Silva Milena Moraes Marques Nathália da Silva Braga Nathalia Ellovitch Nathalia Leslie Albanez R. de Souza Noelle Miotto Osmar Henrique Della Torre Pamella Paul Paola Keese Montanhesi

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Ricardo Yuji Abe Roberta Avila do Nascimento Tavares Roberto Damian Pacheco Pinto Sheila Tatsumi Kimura Stefan Padial Ferri Holzhausen Suzana Abramovicz Sylvio Mistro Neto

Tatiana Mirabetti Ozahata Thais Helena Buffo Theoharis Efcarpidis Sfakianakis Thiago Pires Brito V창nia Augusto Virginio Rubin Netto Wesla Packer Pfeifer

Mario Moreira

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Silva/CADCC/FCM/U nicamp

Paulo Rodrigo de Faria Rodrigues Philippe Kehde Moujaes Priscila Leite da Silveira Priscila Mina Falsarella Priscila Pimentel Collier Rafael Santos Zacchia Rafael Ximenes do Prado Nuzzi Rafaela Pinto de Toledo

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Medicina Turma XLIII 2005-2010

Alberto de Carli Alexssander de Oliveira Aline Novo Ambrósio Amanda de Sousa Lima Strafacci Amanda Regio Pereira André Maziero Araújo Arthur Antolini Tavares Átila Vendite Lourenço Pinheiro Beatriz Gabrinha Brunno Raphael Iamashita Voris Bruno Muccioli Gimenez Botta Caio Hannuch Nascif Camila Braun Heinke Camila Mota Carrijo Camila Nascimento Nogueira Carlos Guilherme Baptista Clarissa Mari de Medeiros Cláudia Danielle Caetano Cláudia Ferreira Pereira Cristiano Gomes Murasse Cristina Bueno de Moraes Daniel Battacini Dei Santi Daniela Donação Dantas Daniela Gracioli de Almeida Bacha Elio Barbosa Belfiore Etienne Santos Cordeiro Fabio Renato Hilsdorf Fabio Santana de Oliveira

Felipe Augusto da Silva Souza Fernanda Firmino Giachetta Fernando Garcia Gabriel Baldanzi Gabriela Hae Young Oh Gustavo Carvalho de Oliveira Helbert de Oliveira Manduca Palmiero Henrique Furlan Pauna Henrique Soares Assis Ivan Maziviero de Oliveira Ivana Oliveira Preto Baccari Jefferson Zorzi Costa João Vitor do Amaral Mesquita José Armando Zampar Cortez Joyce de Brito Pupo Joyce Duarte Caseiro Júlia Cunha Loureiro Juliana Elias Miquelin Juliane Giselle Hortolam Julio Cesar Lazaro Karla Teixeira Souza Keila Domingos de Azevedo Kelly Cristine Hirose Marques Pereira Larissa Garcia Sumi Lenamaris Mendes Rocha Duarte Livia Conz Lorena Duarte Rosique Lucas dos Santos Machado

Lucas Fiore Luciana Alonso Salão Piedemonte Luciana Emy Ishikawa Luciane Lie Ikeda Ludmila Elayne Rocha Magalhães Luiz Carlos dos Santos Junior Luiz Gustavo Brunetto Luiz Gustavo Vala Zoldan Marco Antonio Bustamante de Lima Marco Aurélio de Sanctis Maria Augusta Aliperti Ferreira Maria Deneb Tavares Machado Maria Fernanda Brancalion Maria Talita Bonini Mariana Mari Oshima Mariana Zapolla Luiz Marilia Leite de Araujo Marina Koutsodontis Machado Alvim Marina Raimondi Marina Yuri Teramae Matheus Augusto Filgueiras Maurício de Angelo Andrade Michael Arthuso Lima Moreira Michelle da Silva Rocha Muriel Gimenez dos Reis Murilo Ponce Nathalia Carollina Peruzza Marchiani Pâmella Moreno Nakvasas

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Roger Neves Mathias Taciana Takemiya Thaís Helena Moreira Passos Thaís Manzione Giavarotti Tiago Dias Valim Tiago dos Santos Ferreira Tiago Lins de Carvalho Vanessa Akemi Moromizato Hashimoto Vanessa Gonçalves Silva

Vinícius Meneguette Gomes de Souza Vitor Godinho de Toledo Yuri Longatto Boteon

Mario Moreira

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Patrícia Bette Patrícia Kajikawa Paula Persone Prestes de Camargo Paulo Henrique Silva Monteiro Priscila Caroline Fanger Lazaro Rafael Dias Lópes Renata Bertanha Renata Kotscho Paranhos Velloso Ricardo Glaser Bazoti Roberto Issamu Morita Junior

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Medicina Turma XLIV 2006-2011

Adriano Mesquita Bento Alessandra Rodrigues Fiuza Alex Boso Fioravanti Aline de Camargo Branco Ana Carolina Arrais Maia Ana Carolina Sarmento Barros Ana Clara Alves Costa Ana Laura Gatti Palma Anderson Roberto Costa Santos André Giglio Bueno Angela de Souza Cassol Antonio Carlos Cupertino Junior Antonio Lucas Lima Rodrigues Augusto Andrade Zamperini Augusto Cezar Meneguim Beatriz Amstalden Barros Brenner Matheus de Magalhães Vilar Bruna Porto Perrella Bruno Batistone Bertachi Caio César Citatini de Campos Carolina Missano Florido Carolina Teixeira de

Resende Barreto Cesar Buchalla Ferreira Daniel Astun Cirino Daniel Dias de Souza Porto Daniel Etore Paschoal Vulcani Daniel Moreira Pacca Daniel Romano Zogbi Danilo Eduardo Abib Pastore Diego Funahashi Alves Douglas Katsuragi Eder Silveira Brazão Júnior Érica Zanetti de Souza Érika Fernandes Costa Pellegrino Fabiane Leonel Utino Felipe Cruz Jorge Felipe Spinelli Bessa Fernanda Madrassi Campora Fernanda Schwartz Cavichiolli Fernando Eduardo Feres Junqueira Flavio Araujo Borges Junior Gabriel Faria de Oliveira Gabriel Peres Gabriela Nero Mitsuushi Giovanni de Carvalho Beraldo Giselle de Martin Truzzi

Guilherme Vianna Coêlho Igor Benedick Coimbra Íkaro Soares Santos Breder Ísis Lozzi da Costa Israel Emiliano Pacheco Jackeline Aparecida Grando Della Torre João Carlos de Jesus Juliana de Padua Kague Juliana Oquendo Florentino Juliano Mendonça Lobo Jung Hyun Yoon Larissa Fernanda Medeiros Vieira Ligia Sayuri Teoi Coelho Luana Fideles dos Santos Lucas Gonzaga Piovesana Lucas Plotegher Luis Fernando Bastos Ribeiro Luís Otávio Parizotto Luiz Carlos Pereira Bin Lygia Lussim Marcela Akie Zibetti Yamaguchi Marcelo Salomão Casadei Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues Maria Beatriz Bracco Suarez

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Paula Gisele Queiroz Priscila de Marco da Silveira Rafael Augusto Tamasauskas Torres Rafael do Nascimento Manrique Rafael Garcia Raquel Prado Thomaz Renata Pissuto Pinheiro Roberto Bizaco Rodrigo Gonzalez Bonhin Rodrigo Nogueira Fogace Sheila Thaisa Zaros Silvia Dante Martinez Stênio Bruno Leal Duarte

Tamara Pinto de Oliveira Araujo Tatiana Bonvino e Silva Thiago Luís Infanger Serrano Tiacuã Sanção Fazendeiro Tiago Augusto Gomes Tiago Henrique de Souza Vinicius Citelli Ribeiro Virgílio Rodrigues Silva de Moraes Ximênia Mariama de Souza Albuquerque Yumi Beatriz Ferreira Kaihara Yuri Anderson Pacheco de Lima

M ario Moreira

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Silva/CADCC/FCM/U nicamp

Mário de Figueiredo Neto Mário Lúcio de Sousa Matheus Silveira Avelar Maya Tinós Moreno Mayara Sanches Fonseca Melina Pazian Martins Milena Silva Garcia Mônica Beraldo de Campos Mônica Robles Gonçalves Natália Baliani de Biagi Natália Maria Fernandes Britto Patrícia Andréia Rodrigues Ferreira Patrícia Pavan

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Medicina Turma XLV 2007-2012

Adriana Carneiro Russo Adriano José Pioto Aline Caixeta Guimarães Aline Cristina Regis Aline Martins Martin Aline Mary Akita Allan Sencovici Bernardes Angelin Allan Spada Maimone Ana Carolina de Souza Atti Ana Carolina Feitosa Riedel Ana Flávia Bernardes de Sousa Ana Paula Chibeni Fernandez André Silva Battagin Antônio Fernando Rolim Marques Antonio Henrique Soares Telini Bárbara Pellegrini Castro Bruna de Paula Bruno Shiozawa Caio Fiore Caio Vinícius Tranquillini Gonçalves Camilla Martins Dutra Carla Miranda Medeiros Carlos Eduardo Carrasco Carlos Magno Moreira Caroline Arantes Bernardes Christian Henrique de Andrade Freitas Cíntia Freitas Martins Corine Magalhães Gomes Daniela Tavares Possagnolo

Danielle Cristina Miyamoto Araújo Elen Falcochio Coura Eliane Haider Nunes Vieira Eliel Wagner Faber Elyane Daltri Lazzarini Cury Érica de Gasperi Érika Fontana Sampaio Erika Kapitzky Martins Fabiana Aparecida Campos Fábio Henrique Mendonça Chaim Fabrício Donizete da Costa Felipe de Seixas Queiroz Fernanda Gohr Pinheiro Fernando Ometto Zorzenoni Flávia Modelli Vianna Francine da Silva Piovesan Francisco Barucco Abramides Gabriel Scomparin Magalhães Gines Villarinho Guilherme Henrique Alves Vieira Henrique Sater de Andrade Iasmyn Aquino Godinho Isabella da Costa Gagliardi Jamil Miguel Neto Jean Carlos Lazari Jefferson Kalil Jessica Ventura João Victor Galvão Barelli José Alexandre Colli Neto José Helio Zen Junior José Paulo de Siqueira Guida Josué Augusto do Amaral Rocha

Julia Fernandes Casellato Juliana Faleiros Garcia Juliana Sanchez Gabriel Larissa Kaori Miura Larissa Mayumi Ono Leonardo Harumitsu Kato Ligia Davella Moraes Liu Dongyang Luara Nagata Otoch Lucas Augusto Monteiro de Castro Trigo Lucas Luchesi Barnes Luciana Cristina Theodoro Luciana Nito Assada Luiz Antônio Mendes Nascimento Júnior Maidane Luísi Pereira Costa Maia Marcela Ferro Agulhão Marco Paulo Cunha Campos Mariana Bertoncelli Tanaka Mariana Campos Hernandes Mariana Hanayo Akinaga Mariana Lacerda Fava Marianne Loiola Kimura Marília Francesconi Felicio Marina Morena Martins Rossini Corte Mário Pincelli Netto Mateus Ocanha Jorge Mauro Daniel Spina Donadio Miquelline da Silva Almeida Paulo Alexandre Miranda Odorissi

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Suze Aparecida da Silva Taciana Capitanio Taís Versali Rizzoli Tássia Regina Yamanari Tathiana de Almeida Martins de Souza Tatiana Ferreira dos Santos Thaís Machado Dias

Thaís Pinhas Ariza Monteiro Thaísa Balestrero Thiele Victor Bertollo Gomes Pôrto Vítor Baltazar Nogueira

M ario Moreira

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Silva/CADCC/FCM/U nicamp

Rafael Luis Moura Lima do Carmo Rafael Rezende Ferreira Raquel Andrade Lauria Renata Sacaloski Ricardo Yoshio Zanetti Kido Sabrina Cardoso Ribeiro Bastos Sandra Cristina Amaya Susan Mayumi Murata

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Enfermagem Cristina Kano Edileni Pedroni Ednilce Fernandes de Jesus Eliana Pereira de Araujo Eudice Pires de Godoi Flora Maria Antunes Teixeira Giselle Aparecida de Arruda M. Martins Gláucia Aparecida Firmo Barreto Isabel Denardi Lucia Elena Ciol Mara Cristina Cardoso Queiroz Maria Cecília Bueno Jayme Maria Cristina Morato Annicchini Maria de Lurdes da Silva Maristela Lopes Priscilla Grace Lane Raquel Aparecida de Oliveira Roberta Cunha Rodrigues Colombo Ruth Leekning Telma de Camargo Valéria Delponte Valéria do Amaral Silveira

Turma X 1987-1990

Adair Rocha Gama Christine Harrison Sydenstricker Kerr Cláudia Silene Olivier Cristina Kano Elaine Cristina Salzedas Muniz

Madeleine Alvarenga Teixeira de Oliveira Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo María Cristina Gago Contreras Maria Inês Canella Gardin Silvana Ribeiro de Campos Simone Vanzetto Minari Telamar Marta da Silva Yoshida Vânia Gondo Yorly Torrico

Turma XI 1988-1991

Carla Pintas Marques Celeste Maria Sasai Ribeiro Denise Donadon Sousa Edméia Aparecida Nunes Duft Elaine Cristina Salzedas Muniz Karin Penner Liu Hsiang Tzu Márcia Regina Costa Silvana Fidelis de Souza Simone Lacava Simone Sartorelli Vivian Lucia Aslan D’annibale

Turma XII 1989-1992

Alexandra Petrilli B. M. de Oliveira Cássia Aparecida Fermino

Ines Vieira Nascimento Lucianna Keszek Néspoli Marcia Regina Cangiani Norma Teresinha Silva da Costa Sandra Keiko Odashima Silvana Aparecida Algueiros

Turma XIII 1990-1993

Ana Celeste Moutinho Ana Elizabeth Carneiro Ana Maria Maioli Anatole Carvalho Inhota Carla Fernanda Borrasca Fernandes Carmen Silvia Tappi Grace Míriam de Almeida Pfaffenbach Ioná Ferreira da Rocha Marques Luciana Yanosteac Dornelas de Almada Maria Aparecida Leal Pavane Maria Rosalina de Aguiar Meire Silva Belchior Nari Ribeiro dos Santos Nilza Fátima Barbosa Patrícia Regina Zampieri Rosemeire Carretero Silene Menezes Jacobina Sílvia Camargo Ribeiro Cezar Vera Lucia Pereira de Brito

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Juliana Capellazzo Romano Livia Maria Justo Manuela de Santana Pi Chillida Marcia Regina Maximo Maria Lidia Pinto Zoldan Mariana Bueno Marisa Lopes Correia Gomes da Silva Melânia Aparecida Borges Melissa Gonçalves Ferreira Nádia Cibele Capovilla Patricia Corradine Tacchelli Patrícia Mitsue Saruhashi Raquel Domingues Rabanera Renata Marques Selma Ferreira Solita Soares de Morais Vivian Marin Marques Viviane Christina Rodrigues de Souza

Turma XXI 1998-2001

Adriana Rodrigues dos Santos Alessandra Cristina Olhan Ragonha Ana Maria Ortiz de Campos Ana Paula Celestini Stroesser Figueirôa Ana Paula Rigon Francischetti Garcia Anna Carolina Silva F. de Oliveira Carine Pompeo da Silva Daniela Cristina Berg Daniele Orphéu

Elaine Cristina Virgilio Eunice Cheung Fabiana Barreiros da Silva Fabricia Bersi Gisela Mayumi Takeiti Gisele Cristofalo dos Santos Gisele Fernanda Marques Helena Arakawa Juliana da Silva Martuscelli Karina Gomes Moreira Laerte Aparecido Peres Maira Deguer Misko Maria Angélica dos Santos Milene Morimoto Monique Sobottka Cavenaghi Regina Helena do Nascimento Rita de Cássia Elias Roseli Cassoli Solange Arabel Navarro dos Santos Suzane Sartori Tatiane Morelati Rosa Tatiane Vegette Pinto Vanessa Aparecida Thomaz

Turma XXII 1999-2002

Ana Claudia Negri de Sousa Ana Lídia de Lucca Ribeiro Cellere Daniela Bonfietti Rodrigues Daniela Fernanda dos Santos Alves Débora de Souza Santos Eliana Nogueira Castro de Barros

Eliane Rodrigues Vieira Evani Savi do Prado Fernanda Carvalho de Oliveira Fernanda Nardini Dantas de Campos Flavia de Souza Barbosa Dias Giovana Pimentel Gurgueira Gisele Cristina Gentil Isaura Keiko Yoshida Joyce Chacon Fernandes Katia Melissa Padilha Maíra Libertad Soligo Takemoto Marcela Cristina Vicentini Puerro Marina Villela Veira Mônica Wildner da Cunha Priscila Dockhom Ximenes Ferreira Priscilleyne Ouverney Reis Renata Cristina Gasparino Renata Furlani Cotrim Valéria Marli Leonello Vanessa Abreu da Silva Vanessa Crepaldi

Turma XXIII 2000-2003

Amanda Cristine Mariano Ana Rita Gomes Santana Andressa Shizue Inaba Ariane Polidoro Dini Camila Fernanda Lourençon Vegian Camila Lopes do Prado Carla Spinella Cátia Castellari FCM-Unicamp | 50 Anos | 337

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Enfermagem Claudia Margarida Vieira Cristiane Guassi Daiane Matias Archanjo Daniela Luciana Silva e Silva Dayana Ferrari Haddad Eliete Boaventura Bargas Estelamares Silva dos Santos Fernanda Purcino Ramos Gilson Gehring Júnior Giselli Cristina Villela Bueno Gláucia Margoto Jaqueline Araújo Rabelo Juliana Coutinho de Paula Lissa Tomiyama Luciana Renata Mendes Pinto Luciana Teixeira Lot Marcela Zanatta Ganzarolli Morais Michele Bizigatto Michele de Freitas Neves Silva Patrícia David Vellone Paula de Moura Piovesana Raquel Sakae Tomotani Renata Ferreira Leoto Renata Nunes Ibrahim Renata Ostroswky Ricardo Pereira Tolentino Roberta Ferreira de Camargo Yabu-uti Rosimeire Aparecida Teixeira Mendes Sara da Silva Barbosa Stuart Enes Soares Su Yan Ling

Tatiana Miagui Valquíria Marques Moreno Wagner José Fávaro Yara Del Antonio Taveira

Turma XXIV 2001-2004

Aline Salheb Alves Pivatti Ana Amélia Rocha Sani Andrea Luiza Ferro Anita Moda Salvadori Carla Klava dos Reis Carolina Braga Sisti Cilea Guimarães Cristiane Helena Gallasch Cristiane Pereira de Castro Cristina Balbão Filippi Berno Daniella Yamada Baragatti Eliane Hung Evelin Juliana Dias Gabriela Pucci Greco Giselli Luciano Hayda Josiane Alves Isabela Gianeli Belli Jessega Gamal Eldin Mahmoud Juliana Santos Barbosa Juliana Yuri Matsuo Lia Persona Ligiane Maciel Rezende Gardin Lúcia Godoy Andrade Luciane Cristina Rodrigues Fernandes Maralisi Oliveira de Benedito

Maria Carolina Salmora Ferreira Sae Maria Gabriela Bortotto Maria Isabel de Souza Souto Marilia Estêvam Cornélio Mayra Reis Pedroso Meiry Akamine Michelle Millena Gomes da Silva Mirian Alves Guimarães Nelisa Abe da Cruz Paula Fernanda Salvador Priscila Adôrno de Luccia Roberta Nazario Aoki Sara Helena de Oliveira Simone Stranghetti Jorge Vaneska Cristiane Cabral Vanessa Naomi Garan

Turma XXV 2002-2005

Ada Helena Melo da Silva Ana Carolina Crespo Ferreira Andréia Furlan Colombo Barbosa Angela Carolina Brandão de Souza Giusti Ângela Cristina Gaiotto Ariadne Roberta Annibal Cassetta Cátia Cristina de Oliveira Celso Luís de Moraes Cristiane Regina Rigon Débora Martins Zulske Elen Recco Luca Elizabeth Sousa da Cunha

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Fabiana Hisako Sekiya Franca Pellison Gisleine Roberta Bonatelli Haideé Paulino Helmer Magalhães Antunes Isabela Mie Takeshita Isabella de Carvalho Gonçalves Dias Jovana Gardinali Liliane Cristina Ferraz Gruli Livia Borges Caldas de Oliveira Luciana Morais Dias Marcia Mitie Nagumo Márcia Regina Muradas Mariana Carraro Alonso Mariana da Silva Castro Vianna Marja Fernandes Pizão Neide da Cruz Rogerio Rodrigues de Carvalho Sabrina Márcia Pizão Sheila Cristina de Oliveira Sas Thaís Gomes do Nascimento Thaís Grecchi Balan Valéria Aparecida Masson Vanessa Grazielle Vieira Wellington Souza Rodrigues Mendes

Turma XXVI 2003-2006

Aline Maino Pergola Marconato Amanda Almeida Aparecido Ana Carolina Bianchini da Silva Lucarini

Ana Lúcia Soares Soutello Carolina Gonçalves da Silva Pereira Carolina Silva Rodrigues dos Santos Clara Fróes de Oliveira Sanfelice Claudia Costa Goes Cristiane Ortigosa Daniele Tonietti Miguel Dayane Fernanda dos Reis Edson Fernando Fuim Ester Barboza de Sousa Fabiana Zulmira Gabriel Fernanda Freire Jannuzzi Gláucia Margoto Juliana Gomes Ballerini Karina Corrêa Kelen Regêa Modro Costa Kelly Onaga Jahana Lígia da Silva Leroy Lílian Akemi Miyazaki Lilian de Campos Melo Livia Maria Marques de Souza Romanelli Maria Fernanda Ribeiro de Araujo Maria Helena Sales Maria Raquel Brazil Maria Rosa Lopes Marja Fernandes Pizão Michele Tatiane Lagacci Michelle Miranda Martins Mikeli Carvalho de Oliveira Nietzscha Jundi Dubieux de Queiroz Neves

Rafael Silva Marconato Rafaela Carvalho Rodrigues Suen Endo Yamamuti Talita Carlos Rodrigues Tamara Lígia Verussa Thais Cristina Quirino Thaís Moreira São João

Turma XXVII 2004-2007

Álida Maria de Oliveira Aline Aparecida Ferreira Lanfranchi Amanda Aparecida Cano Ana Paula Rodrigues Weber Angelita de Paula e Silva Ariane Oliveira Tartarotti Camila Alves Corrêa Neiva Cristiane Faria Giacomelli Elisângela de Castro Tomé Fabiana Losano da Silva Lima Fernanda Antoniasse Batista Francisca Sueli Alves Inajara de Cassia Guerreiro Julia Mayara Rosaria V. M. F. Torres Julice de Paula Scanavachi Jussara Carvalho dos Santos Jussara Pereira de Oliveira Karina Jorgino Giacomello Luciana Rodrigues Molck Leme Márcia Cristina de Andrade Maria Carolina Silvano P. C. Furtado Natália Gabriela Odinino FCM-Unicamp | 50 Anos | 339

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Enfermagem Nubia Santana Honorato da Silva Paula Pires Candido de Oliveira Priscila Buzzo Raquel Curcio Roberta Silveira dos Reis Rodrigo Veronese Thomazin Sabrina Quintão Pereira Simey de Lima Lopes Rodrigues Valeria Nasser Figueiredo

Turma XXVIII 2005-2008

Ana Flávia Saraiva de Sá Aureliano Anderson Neri Guido Camila Doris Rodrigues Farias Denise Targine Capela Diana de Oliveira Gonçalves Neto Ermilo Bettio Junior Estelamares Silva dos Santos Fernanda Rodrigues Fernanda Sucasas Frison Fernanda Thais Aleixo Nogueira Flávia Lizandra Crepaldi Flávia Nemézio Mariotto Gisele Hespanhol Dorigan Giuliana Bin Glauciene de Oliveira Analha Haira Caverzan Ivy Vitorio dos Santos Jamile Fujishima Neves Juliany Lino Gomes

Laura Bataglia Leila Alves Barbosa Márcia Cristina de Andrade Marcia Raquel Panunto Maria Carolina Nicola Mariana Alcantara Falcão Correia Mariana Midori Takahashi Hosokawa Mariana Salhab Dall ‘Aqua Schweller Marília de Bastos Pinto Nádia Emilia de Oliveira Nara Fabiana Mariano Santos Mattos Natália de Godoy Ferro Natália Gabriela Odinino Paula Uesugi Suguimoto Priscila Peruzzo Apolinario Roberta Cristina Ricupero Zaparoli Rogerio Eduardo da Costa Moraes Rúbia de Freitas Agondi Sheila Panizza da Silva Stenio Trevisan Manzoli Thalyta Cristina Mansano Schlosser

Turma XXIX 2006-2009

Amanda Sena de Souza Ana Beatriz dos Santos Reis Ana Carolina Frazão Ana Julia Sichiroli de Medeiros Ana Paula de Brito

Andressa Teoli Nunciaroni Bárbara Rampazzo Furtado Camila Doris Rodrigues Farias Camila Monteiro Gonçalves Dias Silva Carolina Cocato Merlin Caroline de Souza Bosco Celso Luís de Moraes Cristiane Crisp Martins Ribeiro Cristiane Faria Giacomelli Déborah Cristina de Oliveira Denise Mara Dias Mendonça Édson Pavarini Filho Érika Trovilho da Silva Ermilo Bettio Junior Fernanda Ribeiro Sobral Fernanda Thais Aleixo Nogueira Flávia Lizandra Crepaldi Gabriella Novelli Oliveira Gisele Hespanhol Dorigan Gisele Souza Fontanini de Carvalho Glauciene de Oliveira Analha Jamile Fujishima Neves Joyce Demarchi Correia Leite Juliana Turno da Silva Karina Rospendowiski Karolina Aparecida Pereira Katia Lacerda de Souza Laudice Helena Pianucci Lídia Neusa de Freitas Glanzmann Lisa Trevizan de Castro

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Luciana Maximina do Paço Guedes Luciana Tiemi Kuranishi Ferreira Manoela Ribeiro de Carvalho Gonsaga Marcia Raquel Panunto Mariana Midori Takahashi Hosokawa Marina Akemi Shinya Fuzita Mayra Frozoni Rebolla Michelle Dias Schneider Natália Amorim Ramos Nelissa de Paula Magerote Patrícia Cristiane Hirata Paula Roberta Martins Cesário Priscila Koba Kodato Priscila Trentin Zilli Ricardo de Carvalho Araujo Roberta Silveira dos Reis Rúbia de Freitas Agondi Simone Patrícia Mondin Tatiana Giovanelli Vedovato Viviane Sayemi Ito

Turma XXX 2007-2010

Aline Arioli Gothardo Ana Carolina Gaban Andréa Devidis Nascimento Carolina Seleguini Person Flávia Pagliusi Flávia Wopereis

Francine Brazoloto Crivelini Gabriela Felix Gabriela Rodrigues Brum Gislaine Cavalcante Raposo Graciela Cristine Mauad Ávila Juliana Andrioli Nucci Juliane Badaró Leme Kátia de Santana Pi Chillida Lana Cardoso Antunes Larissa Fernanda Vaccari Liliane Dantas Pinheiro Luiza Martins Piovesan Marcela Astolphi de Souza Mariana Bezzon Bicalho Milena Sia Perin Nara Fabiana Mariano Santos Mattos Natália Alvario Marques Natália Priscila Chaves Nathalia Toretta Moraes Priscila Ramos Sélos Rafaela Aparecida Batista dos Santos Rodrigo Antônio de Souza Shíntia Viana da Costa Thalyse Rossignoli Pereira Vanessa Ferraz Suzuki Banhesse Viviane Freitas Duarte

Turma XXXI 2008-2011

Ana Carolina Gaban Ana Carolina Sauer Liberato Andreia Nicioli Dias da Silva Bruna Maudonnet de Souza Carolina Seleguini Person Caroline Rigoleto Takano Danielle Balestero dos Santos Danilo Donizetti Trevisan Débora Helena Iversen Sucigan Débora Regina Steves Elisa Maria Dias Gisele Giuliane Guedes Isabela Gomes Álvares João Paulo Sartori Júlia Domiciana Franco de Campos Júlia Rudzinski Roveri Julieth Santana Silva Lage Lillian Helena Alves da Silva Luana Moreno dos Santos Marcelle Castro dos Santos Gonçalves Mariana de Jesus Meszaros Paula Daniele Benedicto Priscilla Branco Trepichio Rose Murakami Sheila Panizza da Silva Stephanie Benabou Talita Silva Sarro Thelen Daiana Mendonça Ferreira Vanessa Ferraz Suzuki Banhesse

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Enfermagem Turma XXXII 2009-2012

Ábia Búrigo Pedro Alice Sarantopoulos Aline Gonçalez Aline Veronese Ana Julia Sichiroli de Medeiros Ana Paula Caodaglio Correa da Silva André Luiz Bulgarelli Bruna Henrique Bueno Bruna Renata Hernandes Almeida Camila de Oliveira Chaoul Camila Meirielle Amaral Bueno Daniela Brianne Martins dos Anjos Danielle Uehara de Lima Êmily Quintana Xavier de Araujo Gabriela Morandi de Araujo Giovanna Parini Jessica Bastardo Gaelzer Jessica Carolline Cassimiro Reis Júlia Fazzio Ferreira Kaama Oliveira Guimarães Kamila de Oliveira Belo Karina Cardoso de Lima Santos Laila Souza

Larissa Rodrigues de Jesus Larissa Somera Alves Letícia Paiva Santanna Lilian Salem Supimpa Lílian Sayuri Shinoda Livia Tiberio Luana Loppi Goulart Luciana Aparecida Costa Carvalho Natália da Costa Pinheiro Nelly Nella Efambe Pâmela Rosas Paula Fernanda Lopes Paula Mingotte Rafaela Rovigatti de Oliveira Rebeca Baldo dos Santos Renata Aparecida do Nascimento Renata Maria de Oliveira Botelho Silvia Nakamura Motobu Susana Rachel de Lima Taís Caroline Vieira Feichas Martins Tatianne de Oliveira Figueiredo Thaís Michelle Viel Nalin Ticiane Ellen Casale Vanessa Amigo Vanessa Cristina Dias Bobbo

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Fonoaudiologia Turma I 2002-2005

Adriany Mantovan Lima Ana Cláudia Alves Andréia Marson Angela Cristina Bordin Carolina Blauth Loth Carolina Yume Ferraz Higuchi Cristiane dos Santos Rezende Daniele de Souza Putnoki Daniele Theodoro Ostroschi Débora Margarida Marchini Flávia da Silva Tavares Helen Mara Peres Vaz Juliana Crepaldi Jardim Juliana Lopes de Moraes Mariana Belloni Mariana da Silva Gonçalves Marina de Sordi Pinto Myrian Maria Andreotti Favaro Nancy Fumino Saito Paloma Rocha Navarro Raquel Leme Casali Roberta Goldkorn Rosana Grasiella Pavioti Tatiana Bandelli Wanny Fabruzzi

Turma II 2003-2006

Aline Mara de Oliveira Ana Carolina Constantini Ana Cristina de Araújo Carneiro Andressa da Costa Franceschini Bruna Mamprin Cunha Meirelles Camila Braz de Souza Carolina Molina Lucenti de Souza Cintia Miyuki Nishida Cláudia Rodrigues Monteiro Macuco Débora Durante Francisco Elaine Aparecida da Silva Sakano Gisele Rasera Bragato Graciele Sgobin Karen Fontes Luchesi Larissa Mary Rinaldi Larissa Rossi Kaschel Luciana Dall’Agnol Siqueira Luciana Hueara Luciane Espindola Franson Maria Isabel Ramos do Amaral Marina Belloni Galeti Mayla Myrina Bianchim Monteiro Natália Gallate Jorge Núbia Garcia Vianna Ruivo Sabrina Maria Pereira Kubota Thais Thiago Maziviero

Turma III 2004-2007

Alexsandra Siqueira de Almeida Aline Fontolan de Miranda Amanda Ballarin Dias Aryane Santos Nogueira Cínthia Najla Fahl Giammelaro Elisa Campos Ayres Érica Mayumi Takase Fernanda Caroline Pinto da Silva Fernanda Marrara Brandão Flávia Augusta Sousa e Silva Kelly Terumi Takahasi Leandra Marquesine Seixas Linda Boghossian Jordão Marília Alonso Scherma Marina Oliveira David Patrícia Bassan Conrado Patricia Rocha Santos de Almeida Paula Maria Faria Martins Sabrina Borborema de Lima Suelen de Almeida Cazelatto Taisa Ribeiro de Souza Santos Vanessa Quaino Werly Probst Gonçalves Santos

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Fonoaudiologia Turma IV 2005-2008

Ana Luíza Wuo Maia Camila Colussi Madruga Camila Zago de Castro Carina Dantas Mendes Carolina Verônica Lino Deborah Garcia Machado Denise Maria Zaratini Fernandes Fernanda Yamamura Oshiro Francine Popes de Camargo Gisleine Fonseca Batista Jacqueline Gomes Pereira Janaina Francisco Laura Fernanda de Campos Luana Caroline Pereira Campos Luana Helena da Silva Maria de Lourdes Regina Gomes Maria Fernanda Cruz Albuquerque Rosa Natacha Fregnani Pâmela Harumi Shigeyosi Kondo Paula Otero de Farias Regina Aquemi Akamine Renata Dias Moraes Roberta Cristina Smith de Assunção Silvia de Oliveira Morais Tainara Lemes Conde Nandin Thaís Antonelli Diniz

Turma V 2006-2009

Amanda Checchinato Pansarini Ana Carolina Serra Carrenho Ana Paula Roza Bianca Celestino Giordano Bruna Souza Rodrigues Camila Belinato Rocha Camila Lima Nascimento Carla Caroline Aguiar Vieira Elaine Cristina Pires Flávia Renata Machado Gisele Lourenço Izabella dos Santos Josué Huang Mariana Mendes Bahia Marina Padovan Michele Frederico Michele Maiara Soares Fusinato Rogers Danilo Katsuki Bonaldo Tânia Michele da Costa Tatiana My Reom Nam Thaís Melo Seksenian Viviane Trovó Zerbinati

Turma VI 2007-2010

Amanda Brait Zerbeto Bárbara Juliana Crispim Correa Beatriz Tamara de Morais Amador Fialho Camila Thiemy Tamura Cristiane Rodrigues Lima Daniele Maria Lins Fabiana Sanches Barroca Gabriela Menegatti Gabriele Libano de Souza Giulianna Augusto Girotto Graziella Batista Dallaqua Joice Milla Bagni Josiane Batista Ferreira Joyce Teodoro de Oliveira Júlia Luisa de Oliveira Araujo Juliana do Nascimento Trentini Juliana Lopes Ferrucci Lívia Cecilia Colleti Mariana Miranda Fumelli Monti Renata Carolina Ferreira Renata de Lima Ramos Renata Garcia Galé Renato Lyuiti Kinoshita Ricardo Carvalho de Oliveira Sandra Regina Zaccariotto Tathiane Artioli Thaís Alvares de Abreu e Silva Grigol Thais Fernanda de Oliveira Wallace Luís de Souza

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Turma VII 2008-2011

Aline Gomes Lustosa Pinto Amanda de Cássia Sales Amanda Ramalho Pinto Andréa Aparecida Miranda Iorio Andréa Martins Buck de Godoy Andressa Rondon da Cruz Caroline Pettirossi Motta Cinthia Sayuri Kawamura Cintia Akemi Hirai Deyse Luci Silva Fernanda Vaccari Bristotti Gabriela de Paula Teixeira Iolanda Maria de Oliveira Corselli Jaqueline Dizaró Taveira Karina Luíza Virgilio Margini Karoline Kussik de Almeida Leite Letícia Segeren Michelli Midori Miyanaga Nádia Giulian de Carvalho Nathália Bertollotto Raquel Cecília de Andrade Raquel Rodrigues Pereira Rayne Vani Alves Sávia Letícia Menuzzo Quental Suélen Cesaroni Talita Silva de Carvalho

Turma VIII 2009-2012

Aline Buratti Sanches Camila de Oliveira Camila Lirani Silva Camila Odette Candiani Carolina Chan Ip César Augusto Paro Daniella Priscila de Lima Danielle Patricia Algave Driéllen Eusebio Erika Sousa Ditscheiner Fernanda Favaro Zarelli Giovana Thais Ferrari Hannah Campos Shinoda Helena Menegon Corder Jéssica de Sousa Ferreira Jessica Jacomini Rocha Lemos Laís Cezarino Moreira Larissa Jordão de Almeida Maria José de Souza Barrem Mariangela da Silva Prado Marques Priscila Mello Papile Raphaela Campana do Nascimento Thalita Suelyn Stafocher Valquiria Miquelino de Oliveira

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Farmácia Turma I 2005-2008

Ana Maria Marques Orellana Anderson Bolzan Carolina Simmelink Fiorini Daiene Cristina Sereno Francisco Alberto de Souza Campos Júnior Isabele Nicolau Cadorin Juliana Nonaka Juliana Sbeghen Filizzola Lara Lombardi Lígia Fernanda Regonha Mariana Canale Manzini Marina Marques Eiras Marylia Marqui Boff Milena Nakayoshi Morgana Gleibe Lúcio Natalia Cristina Ianni Paula Cristina Huber Priscila Ignacio Silvia Regina Miyagi Vanessa de Araujo Giovannetti

Turma II 2006-2009

Adriana Rodrigues Rampazio Amanda Rossetti Ana Carolina Gonzaga Carolina de Haro Moraes Carolina Ribeiro Liberato Silva Caroline de Godoi Rezende Costa Érica Cecchini Madiutto Fábio Takeshi Ikeda Gisláine Corrêa da Silva Isabel Greco Tavora Jaqueline Priscilla Denadai João Vitor Dutra Molino Jorge Augusto Siqueira Juliana Cordeiro Vilela Ferreira Juliana Kussunoki Juliana Perrone Braz Kellen Manoela Siqueira Livia Martinez Mikhail Luciana Jorge Gonçalves Marcela Gennari Márcia Carvalho Marques Marco Aurélio Gomes Mendonça Mariana Fonseca Marinho Marilia Simão dos Santos Marlon Nascimento Pereira Micheli Bueno Freire Mônica Cruz Ruzon Patrícia Ferri da Silva Patrícia Maudonnet de Souza Rafael de Matos Leite

Raquel Buzin Siqueira do Amaral Rodolpho Cammarosano de Lima Suzy Kaori Abe Thainara Trebbi Gravi Theo de Toledo Lourenço

Turma III 2007-2010

Aline de Andrade Jacó Alencar Aline Teotonio Rodrigues Amanda Crochiquia Palomo Ana Laura Fritoli Daiana Suelen Machado Danielle de Cássia Rodrigues Dias Denise Quinta Malachias Elder Key Tateishi Elisa Malvina Bufolo Érika Domingos Silva Fernanda de Carvalho Freire Ferreira Fernanda Fabian Buscariolo Gisele Maria Metta Gustavo Rafaini Lloret Jaqueline Sanchez Ronque Leonardo Francisconi Adami Leticia Maria da Silva Cruz Mario Sérvulo Izidoro Junior Martha Cristina Brito Barreira Pâmela Paschoa Faustino Patrícia Romeiro Murari Paulo Andre Kayano Pedro Augusto Costa de Aquino

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Priscila Shoji Priscila Suemi Aoki Renan Lourenço Joviliano Renata Miliani Martinez Talita Chinellato dos Santos Tamara Dias Baptista Gagliardi Tatiana Oliveira da Silva Thays Castelhano de Oliveira Yvonne Catharina Schouten

Turma IV 2008-2011

Adriana Fu Vivian Aline Aparecida da Cruz Ana Carolina Guimarães Cauz Ana Maria Marcão Milani Bruna Fernandes Mendes Silva Camilla Scarelli Camilla Souza Rehen Carolina Campos Maloper da Silva Celene Yukimi Kubo Cibele Zanardi Esteves Cintia Harumi Maruiama Débora de Carvalho Fabretti Diego Miyoshi Kise Diogo Noin de Oliveira Fabio Matias Alves Gabriel Primini Feltran Gisele Paula Samora Julia Nogueira Varela Juliana Karasawa Vieira de Souza Juliana Souza Ribeiro

Karina Naomi Takahashi Laís Regina Romanenghi Larissa Saito da Costa Laura Hulshof Leila Regina Giarola Lívia Riberti Rodrigues Luís Fernando Godoy Falco Luisa Leite Peres Luiza Koreeda Luna Fascina Maria Cecília Krähenbühl Amstalden Marília Berlofa Visacri Matheus Pavani Michele Tami Tanaka Michelle Francis Lelis Gardini Millena Tascone Natália Damario Tatiane Melina Guerreiro Thaís Franco de Souza Thiago Hideo Horita

Jean Hideki Shiratori Juliana de Almeida Vespoli Juliana Filippi Steck Juliana Yumi Miyabara Laís Delavia Rosa Larissa Elizabeth Cordeiro Dantas Márcia Yumi Okubo Maria Júlia Peruzzi Maria Luiza Oller Pereira Mariana de Camargo Barros Marília Gabriela Pasqualetti Alves Natália Cavalheiro Braz Natália Ruggeri Savietto Rebeka Melo Pansani Renan Peixinho Alves dos Santos Simone Cristina Sztoltz Tucci Stefania Kreitlon Carolino Tamira Oliveira Santos Viviane Tseng Lei Ti

Turma V 2009-2012

Aline Ariadne de Assis Beatriz Degam Klemz Carolina Pereira Rodrigues Claudia Serafim de Camargo Clovis Tupinambá Vasconcellos Junior Cybele Ribeiro Moura Denise Tanaka Fonseca FCM-Unicamp | 50 Anos | 347

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Documentos consultados A CRIAÇÃO da Faculdade de Medicina vai alcançando a mais consagradora ressonância. Campinas: Correio Popular, 06 jun. 1953. Arquivo Central/SIARQ - Unicamp. Coleção Antonio Francisco Bastos. Cx.1. A história da Unicamp. 2011. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ozhR3gBEP90, acessado em 20 ago. 2013 ANTUNES, R.P.F.; SILVA, J. L.P. Saúde em Foco. Campinas: Web Rádio Unicamp, 5 jul. 2013. Entrevista concedida a Jeverson Barbieri. AROUCA, A. S. S. O Dilema preventivista: contribuição para a compreensão e crítica da Medicina Preventivista. Campinas, 1975. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas. BATISTA, C. B. Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação. Campinas: Faculdade de Ciências Médicas, jun. 2013. BEGLIOMINI, Hélio.Biografia: Oswaldo de Freitas Julião. Arq. Neuro-Psiquiatr. Vol.31 nº 3 São Paulo Sept. 1973. Disponível em: http:// www.academiamedicinasaopaulo.org.br/biografias/170/BIOGRAFIA-OSWALDO-FREITAS-JULIAO.pdf, acessado em 20, jun. 2013. BRASÍLIA. Lei nº 4.464, de 9 de novembro de 1964. Dispõe sobre os órgãos de representação dos estudantes e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional, 1964. Disponível em: http://www.gedm.ifcs.ufrj.br/upload/legislacao/357.pdf, acessado em 19 ago. 2013.

BRAZIL, O. V. Vital para a FCM. Campinas. Entrevista concedida a Eduardo Vella, publicada no site da FCM na ocasião dos 40 anos. BRIANI, M. C. História e construção social do currículo na educação médica: a trajetória do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Campinas, 2003. CATÁLOGO da Coleção Antonio Augusto de Almeida / Unicamp / Arquivo Central. Campinas, SP: SIARQ, 1995. CATÁLOGO da Comissão Organizadora da Universidade de Campinas / Unicamp / Arquivo Central. - - Campinas, SP: SIARQ, 1999. CATÁLOGO do Conselho de Entidades de Campinas / Unicamp / Arquivo Central. Campinas, SP : SIARQ, 1999. CINTRA, F. A.; FREITAS, M.I.P.; CEOLIM, M.F. Faculdade de Enfermagem. Campinas: Faculdade de Enfermagem, jul. 2013. CONGREGAÇÃO FCM, 4ª Reunião Ordinária. Campinas: Faculdade de Ciências Médicas – Unicamp, 28 jun. 2013. Ata da reunião. CONSELHO DE ENTIDADES DE CAMPINAS. Dossiê “Contribuições para a História da Faculdade de Medicina. Campinas, 1961/1962. Arquivo Central/SIARQ – Unicamp. Fundo Conselho Entidades de Campinas. COSTALLAT, L. T. L. (Org). Livro de Memórias. Campinas: FCM/Unicamp, 2004.

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FRANCESCHI, J.P. FCM: aos 40, uma jovem senhora. Entrevista concedida a Eduardo Vella, , publicada no site da FCM na ocasião dos 40 anos. GESTÃO dos diretores e diretores-associados da FCM/Unicamp/Centro de Memória e Arquivo FCM. GOMES, E. T. O mandarim: história da infância da Unicamp. Campinas: Unicamp, 2006. HADLER, W. A. Campinas: Arquivo Central SIARQ, p. 1-62, 21 jan. 89. Entrevista concedida a Eloi José da Silva Lima. KASSAB, A. Bernardo Beiguelman: Dos primeiros passos da genética médica ao largo horizonte da neurobiologia. Jornal da Unicamp, Campinas, Ed. 273, p. 6, 16 a 21 de Nov. de 2004. Disponível em: http://www.unicamp.br/ unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2004/ ju273pag06.html, acessado em 22 jun. 2013. KASSAB, A. FCM: histórias do alvorecer da Unicamp. Jornal da Unicamp, Campinas, Ed. 316, p. 5, 20 a 26 de mar. de 2006. Disponível em: http://www.unicamp.br/ unicamp/unicamp_hoje/ju/marco2006/ju316pag5.html, acessado em 22 jun. 2013. KNOBEL, M. Vir para a FCM mudou minha vida radicalmente. Entrevista concedida a Eduardo Vella, publicada no site da FCM na ocasião dos 40 anos. KÖBERLE, G. Depoimento. Campinas: Arquivo Central SIARQ, p. 1-20, 15 abr. 1994. Entrevista a Stela Maria Meneghel. LEONARDI, L.S. Depoimento. Campinas: Arquivo Central SIARQ, p. 1-25, 6 jun. 1989. Entrevista concedida a Eloi José da Silva Lima. LEVY, C. Um intelectual do divã. Jornal da Unicamp, Campinas, Ed. 354, p. 5, 9 a 15 de abr. de 2007. Disponível em: http://www.unicamp.

br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2007/ju354pag11.html, acessado em 22 de jun. 2013. LIMA, E. J. S. A criação da Unicamp: administração e relações de poder numa perspectiva histórica. Campinas, 1989. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. LIMA, J. P. R. A História da Maternidade de Campinas. Campinas: Komedi, 2003. LUCILIUS, C.; KRUCKENFELLNER, J.; FILHO, M.A. HC da Unicamp entrega novo tomógrafo multislice. Campinas: Hospital de Clínicas, 9 ago. 2013. Disponível em: http://www.hc.unicamp.br/?q=node/736, acessado em 15 ago. 2013. MANUAL das Ligas Acadêmicas. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Diretório Científico Adolfo Lutz, 2013. Disponível em: http://static.tumblr.com/okrqhgf/ZLAmjh8f7/ manual_das_ligas.pdf, acessado em 22 ago. 2013. MANUEL, A. F. Sem medo da verdade. Campinas: Jornal da Unicamp, Ed. 165, ago. 2011. Disponível em : http://www. unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/ ago2001/unihoje_ju165pag03.html MARTINS, N. R.; CARVALHO, S. T.; FORTI, M. A.; SILVEIRA, M. A. M.; BARBIERI, C. C. D. Unicamp 35 anos: ciência e tecnologia na imprensa. Campinas: Unicamp, 2001. MENEGHEL, S. M. Zeferino Vaz e a Unicamp: uma trajetória e um modelo de universidade. Campinas, 1993. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1990. NANNI, L. 20 anos de FCM Unicamp. [Documentário]. Produzido por LIMEC Unicamp, direção de Livio Nanni. Campinas, Santa Casa de Misericórdia de Campinas, 1982. DVD, 30 min. FCM-Unicamp | 50 Anos | 349

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NUNES, E. D. A medicina como profissão : contribuição ao estudo da escolha ocupacional entre estudantes de medicina. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1976. PESQUISADOR da Unicamp tem reconhecimento inédito da Sociedade Americana de Radiologia. Campinas: ASCOM Unicamp, 10 jul. 2013. Disponível em: http://www.unicamp.br/ unicamp/noticias/2013/07/11/pesquisador-da -unicamp-tem-reconhecimento-inedito-da-sociedade-americana-de, acessado em 15 ago. 2013. PIMENTEL, E.B. Depoimento. Campinas: Arquivo Central SIARQ, p.1-39, 29 set. 1996. Entrevista concedida a Eustáquio Gomes, Neire de Rossio Martins e Alexandre Ferracini. REVISTA da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Número especial comemorativo aos 30 anos de fundação da Faculdade de Ciências Médicas. Campinas, 1993. Revista Genealógica Latina. São Paulo: Instituto Genealógico Brasilero, vol. 8, 1956. Disponível em: http://goo.gl/ TO1XRb, acessado em 02/09/2013. ROSA, C. A. Caism: A História de sua implantação. Campinas, 2002. SAAD, M. J. A. 50 Anos da Faculdade de Medicina da Unicamp. Campinas: Rádio e TV Unicamp, mai. 2013. Entrevista concedida a Luiza Moretti. Disponível em: http://cameraweb. ccuec.unicamp.br/video/3KM2WSMH19G4/ SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 45.220, de 9 de setembro de 1965. Dispõe sobre a criação da Comissão Organizadora de Campinas e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1965. Disponível em: http:// www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1965/decreto%20n.45.220,%20 de%20 09.09.1965.htm, acessado em 01 jun. 2013.

SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 47.408, de 21 de dezembro de 1966. Declara cessados os efeitos do Decreto nº 45.220, de 9 de setembro de 1965 e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1966. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1966/decreto%20n.47.408,%20 de%2021.12.1966.htm, acesso em 01 jun. 2013. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 52.255, de 30 de julho de 1969. Baixa os Estatutos da Universidade Estadual de Campinas e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1969. Disponível em: http:// www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1969/decreto%20n.52.255,%20de%20 30.07.1969.htm, acessado em 01 jun. 2013. SÃO PAULO (Estado). Lei nº 161, de 24 de setembro de 1948. Dispõe sobre a criação de estabelecimentos de ensino superior em cidades do interior do Estado e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1948. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/ legislacao/lei/1948/lei%20n.161,%20de%20 24.09.1948.htm, acessado em 01 jun. 2013. SÃO PAULO (Estado). Lei nº 2.154, de 30 de junho de 1953. Dá nova redação ao inciso IV do artigo 1.º da Lei nº 161, de 24 de setembro de 1948. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1953. Disponível em: http:// www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/ lei/1953/lei%20n.2.154,%20de%2030.0 6.1953.htm, acessado em 01 jun. 2013. SÃO PAULO (Estado). Lei nº 4.996, de 25 de novembro de 1958. Dispõe sobre a criação da Faculdade de Medicina de Campinas e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1958. Disponível em: http:// www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/ lei/1958/lei%20n.4.996,%20de%2025.1 1.1958.htm, acessado em 01 jun. 2013.

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SÃO PAULO (Estado). Lei nº 7.655, de 28 de dezembro de 1962. Dispõe sobre a criação da Universidade de Campinas como entidade autárquica e dá outras providências. São Paulo: Assembleia Legislativa, 1962. Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1962/lei%20n.7.655,%20de%20 28.1 2.1962.htm, acessado em 01 jun. 2013. SAÕ PAULO (Estado). Projeto de Lei nº 200, de 30 de junho de 1953. Altera para Faculdade de Medicina, em Campinas a redação do item IV do artigo 1º. da Lei n. 161 de 24.9.48. São Paulo: http://www.al.sp.gov.br/propositura?id=993657, acessado em 01 jun. 2013. SILVA, A. R. A Luta do conselho de Entidades de Campinas pela Faculdade de Medicina na cidade. Campinas, SP: 2012. UNICAMP cria comissão para controlar elaboração de laudos. São Paulo: Folha de São Paulo, 04 de fev. 2000. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/ fc0402200020.htm, Acessado em 12 set. 2013. UNICAMP decide sobre medicina legal. São Paulo: Folha de São Paulo, 21 dez. 1999. Disponível em: http://www1.folha. uol.com.br/fsp/cotidian/ff2112199915. htm, acessado em 12 set. 1999. UNICAMP extingue Departamento de Medicina Legal. São Paulo: Diário do Grande ABC, 21 dez. 1999. Disponível em: http://www.dgabc.com.br/ Noticia/152675/unicamp-extingue-departamento-de-medicina-legal, acessado em 12 set. 2013. UNICAMP, uma universidade voltada para o povo. Meios & Métodos. Jornal de Tecnologia e Ciência, abr 1978.

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Índice remissivo

A

ABDELMASSHI, Roger  198 ABREU, Manuel de  198 ACOSTA, Miguel Ignácio Tobar  98, 137, 226 ALARCON, Sergio Massini  198 ALBERNAZ, Luiz Gastão Mangabeira  156 ALBERNAZ, Paulo Mangabeira  21, 150 ALDROVANDI, Carlos  239 ALFER, Wladimir  166 ALMEIDA, Antonio Augusto de  25, 56, 58, 70, 90, 110, 118, 150, 151, 225, 227, 236, 239 AMARAL, Roberto Franco do  25, 50, 224 ANDRADE, Maria da Graça Garcia  99 ANGELINI, Alessandro Janson  146 ARCIFA, Sidney  92 ARENA, José Fernando Pereira  198 ARIETA, Carlos Eduardo Leite  151, 153 AROUCA, Gilberto  146 AROUCA, Waldeyer  118 ARRUDA, José Eduardo Z. Pires  167 ATZINGEN, Ivo de Jesus Rezende Von  198 AZEVEDO, Murilo Pacca de  72

B

BALBO, Roque José  84, 111, 136 BARACAT, Emílio Carlos Elias  187 BARBOSA, Ruy de Almeida  20, 22 BARG, Marcos Antonio  112 BARROS, Adhemar de  33, 54, 203, 226 BARROS, Arlete de Souza  139

BATISTA, Cecília Guarnieri  191 BEARZOTI, Paulo  111 BEIGUELMAN, Bernardo  71, 72 BERNARDES, George Eduardo Câmara  156 BERTANI, Milton Antonio  198 BERTOLO, Manoel Barros  181 BILLIS, Athanase  85, 239 BORGES, Laura Alice  118 BOZZA, Icaro Antonio Zafalon  167 BRAGA, Angélica de Fátima de Assunção  168, 169 BRAGA, Franklin Sarmento da Silva  168 BRANCO, Castelo  58 BRANDALISE, Nelson Ary  92, 238 BRANDALISE, Silvia  119, 120 BRAZIL, Vital  167 BRITO, José Nazareno Pearce de Oliveira  112 BRITO, Thales de  84 BUENO, Edison  101

C

CALDATO, Roberto  152 CALEGARO, Dagoberto  112 CAMARGO, Francisco França  167 CAMPOS, Cantídio de Moura  33, 236 CAMPOS, Paulo de Tarso  30 CAMPOS, Reginaldo César de  146 CARELLI, Edmur Franco  112 CARON, Mauro Duarte  146 CARVALHAL, Silvio dos Santos  90,

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92, 136, 160, 236, 239 CARVALHO, Alcides  71 CASTRO, Antonio Carlos de  92 CAVALCANTI, Juvenal Galeno Sidou  198 CAVALHEIRO, César Augusto  119 CAVALI, Paulo Tadeu Maia  146 CENDES, Fernando  112, 113, 115, 116 CENDES, Iscia Lopes  74 CEOLIM, Maria Filomena  172 CERQUEIRA, Lourdes Torres de  171 CIASCA, Sylvia Maria  112 CIETTO, Luiz  170 CINTRA, Fernanda Aparecida  172 CINTRA, Ulhôa  30, 31, 33 COELHO, Carlos Nunes  166 COELHO, João de Sousa  30 COIMBRA, Ibsen Bellini  94 COLARRES, Edgard Ferro  239 COLLOTTO, José  118 COMENDA, Therezinha  198 CORREA, Carlos Elísio Castro  118, 119 CORSINI, Antonio Carlos  198 COSTA, Fernando Ferreira  165, 178, 181, 222, 234, 235, 236, 239 COSTALLAT, Lilian Tereza Lavras  236, 238 CRESPO, Agrício Nubiato  151, 157, 158, 159 CURY, Miguel Vicente  18, 30, 224

D

DAMASCENO, Benito Pereira  112

DAVITT, Michael  146 DECHICHI, Sinézio  156 DEGNI, Mário  165 D’OTTAVIANO, Carlos Roberto  167 DUARTE, Luiz Carlos  198

E

ERMETICE, Edson  211 EUGÊNIO, Álvaro Guilherme Bizerril 161, 167, 228, 230

F

FACURE, José Jorge  111 FACURE, Nubor Orlando  111 FARIA, Antônia Paulo Marques de  74 FARIA, José Lopes de  82, 83, 84, 85, 88, 128, 136, 151, 226, 236, 238, 239 FARIAS, Paulo César  107 FÁVERO, Rachel V.  129 FELICE, José Carlos  198 FERREIRA, Alberto Afonso  166 FERREIRA, Clemente  198 FERREIRA, Gilberto Afonso  166 FERREIRA, José Carlos Affonso  144, 146 FERREIRA, Manoel Afonso  156 FIGUEIREDO, M. Assis  84 FILHO, Alberto Pelegrini  112 FILHO, Antonio Barros  120 FILHO, Jorge Bedran  198 FILHO, José Martins  119, 120, FCM-Unicamp | 50 Anos | 353

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165, 232, 235, 236, 238, 239 FILHO, Lenilson Moreira  167 FILHO, Marcondes  21, 22 FILHO, Rogério Antunes Pereira  198, 238 FOLBERG, Celso  146 FONSECA, Lineu Correa  111 FONSECA, Luiz Carlos  90, 92, 226 FRANCESCHI, Antonio de Padua  198 FRANCO, Cid  22 FREITAS, Edwal de  198 FREITAS, Maria Isabel Pedreira de  172 FREITAS, Sebastião de  198 FREUD, Sigmund  128, 225 FRIAS, José Aristeu Fachini  167 FURUYA, Luiz  198

G

GAMBA, Reinaldo  146 GARCEZ, Lucas Nogueira  18, 20, 21, 224 GARLIPP, Célia Regina  179, 180 GASPARETTO, Roberto  118 GERONYMO, Wilson  198 GIAMPIETRO, Antonio Carlos  198 GIGLIO, Joel S.  129 GIMENEZ, Cecilia  166 GÓES, Juvenal Ricardo Navarro  195 GOMES, Maria Amabaria Espinosa  146 GOMES, Péricles Correa  198 GOMIDE, Alberto Courrege  198 GONÇALVES, Pedro Lupércio  112

GONÇALVES, Vanda M. G.  112 GONTIJO, José Antonio Rocha  222, 236, 238 GROTTO, Helena Zerlotti Wolf   177 GUERRA, Andrea Trevas Maciel  74 GUERREIRO, Carlos Alberto Mantovani Guerreiro  112, 113 GUERREIRO, Marilisa Mantovani  112 GUIMARÃES, Caio Pinto  53, 54 GUIMARÃES, Celso  156 GUIMARÃES, Ulisses  22 GUSMÃO, Reinaldo  157, 158

H

HADLER, Walter Augut  56, 239 HESSEN, Gabriel  122 HONORATO, Donizeti Cezar  112

J

JAMHA, Michel  90 JORGE, Jessé de Paula Neves  134, 139 JORGE, Paulo Afonso Ribeiro  92 JORGE, Rosely Nassim  119 JOSÉ, Newton Kara  151, 152, 153 JULIÃO, Francisco  136 JULIÃO, Oswaldo de Freitas  110, 111 JÚNIOR, Antonio Rodrigues dos Santos  22, 224 JÚNIOR, Élcio Landim, Alberto Cliquet  146 JUNIOR, Gil Guerra  238 JÚNIOR, Jayme Antunes MacieL  112

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JÚNIOR, João Neves Camargo  146 JÚNIOR, Reynaldo Quagliato  92 JÚNIOR, Waldo Lino  146 JÚNIOR, Walter Pinto  73 JUNQUEIRA, Moacyr A.  84

K

KAKITANI, Massakazu  198 KATAYAMA, Massani  166, 227 KAWAMURA, Kazue  136 KIAN, Diotoko  166 KNOBEL, Maurício  129 KOBERLE, Gottfried  145 KOTI, Tioshi  198 KUBITSCHEK, Juscelino  22, 31

L

LACATIVA, André S.  198 LANE, Eduardo  134, 137, 138 LANE, John Cook  238, 239 LATHAN, Aníbal Eusébio Faundes  137 LATORRE, Lucilena  198 LEÃO, José Carneiro  119 LEITÃO, Roberto de Freitas  90 LEONARDI, Luiz Sérgio  69, 160, 161, 165, 230, 235, 236, 238 LEONARDI, Marília Iracema  118 LEVY, José Antonio  110 LIMA, Benedito Costa  92 LIMA, Kauê Teixeira  207

LIMA, Silvia Saraiva Pereira  112 LISSERE, Renato Waldomiro  198 LIVANI, Bruno  146 LOPES, Vera  74 LORAND, Irene Gy H.  198 LUISI, A.  84 LUTZ, Adolfo  198

M

MACHADO, Marcel Cerqueira César  160 MACHADO, Rubens L. Ribeiro  111 MAGALHÃES, Antonio Frederico Novaes de  92, 236, 238 MAGNA, Carlos Alberto  167 MAGNA, Luis Alberto  236, 239 MANTOVANI, Mário  69, 92, 161, 230 MARCONDES, Ana  152 MARTINS, Antonio Mauro  198 MARTINS, Clóvis  129 MATOS, Patrícia Sabino de  87, 88 MATTOS, José Joaquim Lanhoso de  145 MAUDONNET, Oscar  156 MEDEIROS, Raul Raposo de  92 MELLO, Raul R. Guedes de  156, 157, 228 MENDES, Chico  107 MENDES, Roberto Teixeira  121, 122, 123, 124 MENGELE, Joseph  107 MIANI, Luiz Carlos  198 MIN, Li Li  112 MIRANDA, Antonio Carlos P.  198

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MIRANDA, Francisco de Assis  198 MIRANDA, João Batista de  146 MODESTO, Nelson Pires  92 MONNIER, Phillipe  165 MONTAGNO, Elson de Araújo  111 MORAES, André Augusto Martins de  118 MORATO, Edwiges Maria  112 MORCILLO, André Moreno  239 MORELLI, Claudia  74 MORELLI, Irmo  144 MORELLI, Renato  144 MOURA, Décio da Silveira Pinto de  84, 128, 129 MOURARIA, Edgard  146 MOURA, Roberto da Silveira Pinto de  25, 128

N

NANNI, Livio  165, 183, 186 NATEL, Laudo  54, 58 NEGRÃO, Pedro Antunes  136, 226 NEIVA, Artur  198 NEME, Bussamara  134, 135, 136, 137 NETO, Antonio Guilherme Borges  111 NETO, Antonio Xavier de Lima  111 NETO, Joaquim N. Cruz  111 NETO, Severino Aires de Araújo  187 NETO, Vicente Amato  92 NOVAES, Ruy  22 NUCCI, Anamarli  112, 113

O

OLIVEIRA, Amaury Sanchez  166, 167 OLIVEIRA, Antonio Carlos Zuliani de  185, 187 OLIVEIRA, Carlos Henrique Gomes de  185 OLIVEIRA, Maria Helena de  198 OLIVEIRA, Osvaldo Mendes de  146 OLIVEIRA, Vilson Antonio de  198 OMEGNA, Nelson  22 ORTENZI, Antonio Vanderlei  167 OTTONI, Maria José  82

P

PARODI, Milton Amadeu  198 PASQUALINI, Wagner  146 PAULA, Paulo de  198 PAVANI, Neusa Júlia Pensardi  167, 168 PEDRO, Rogério de Jesus  92 PEREIRA, Dalva Maria Silva  171 PEREIRA, Francisco Alves  167 PEREIRA, Inês Carmelita Minitti Rodrigues  184 PEREIRA, Manoel  106, 108, 228 PEREIRA, Paulo Mozart Pasos  166 PEREIRA, Rosa Inês Costa  168, 233, 237 PEREIRA, Rubens Marcondes  182 PERRI, Dante  22 PICOLOTTO, José Carlos  118 PIEDADE, Sérgio Rocha  146, 147 PIERRO, Miguel Maimone  166

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PIMENTEL, Eduardo de Barros  25 PINHEIRO, Maria do Rosário Silva  167 PINOTTI, José Aristodemo  93, 119, 134, 136, 137, 138, 139, 140, 152, 160, 229, 233, 236, 238, 239 PINTO, Carvalho  24, 30, 31, 33, 225 PIOVESANA, Ana Maria Sedrez Gonzaga  112 POLLI, Carlos Henrique  139 PORTO, Gabriel Oliveira da Silva  150, 156, 157, 188, 225, 228 POTÉRIO, Glória Maria Braga  167, 168 PRADO, João Ademar de Almeida  54 PRIGENZI, Luiz Sebastião  177, 178 PUPO, Arnaldo  92

Q

QUADROS, Jânio  22, 24, 31, 224 QUAGLIATO, Elizabeth M. A. B.  112 QUAGLIATO, Reynaldo  72

R

RAMOS, Marcelo de Carvalho  239 RAW, Isaías  33 REIS, Guilherme Frederico Ferreira dos  167 RIBAS, Emílio  198 RIBEIRO, Maria Valeriana Leme de Moura  112 RIBEIRO, Octacílio Machado  109 RIBEIRO, Ricardo Fonseca  144, 146 RIO, Eduardo Pires do  198 ROCHA, João Carlos  90

RODRIGUES, Ruy  25 ROMANO, Roberto  108, 109 ROMEO, Paulo Gomes  56, 110 ROSEMBERG, David  160 ROSSI, Cláudio Lúcio  178 ROSSI, João D. M. B. Alvarenga  144 ROTH-VARGAS, Antonio Augusto  111

S

SAAD, Mario José Abdalla  108, 181, 221, 223, 236, 237, 238 SADER, Luís  144 SALDANHA, Pedro Henrique  71 SALLES, José Monteiro  72, 84 SALLUM, Antonio Wilson  109 SALVATORE, Carlos Alberto  134 SAMARA, Adil Muhib  91 SAMARA, José  134 SANTOS, José Geraldo do  198 SANTOS, Maria Francisca Collela dos  191 SARAIVA, Renato Ângelo  166 SARIAN, Luis Otávio Zanatta  185, 187 SCANDIUCCI, José Gilberto  166 SCHELLINI, Fernando Abarca  198 SCHMIDT, Roberto  144 SCULLY, Robert  85 SILVA, Antonio Roberto da  111 SILVA, Ivani Rodrigues  189, 190 SILVA, João Luiz Pinto e  135 SILVA, Joaquim Murray Bustorff   161, 163

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SILVA, José Carlos Gama da  198 SILVA, Oswaldo Müller dA  47 SILVA, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da  239 SILVA, Pirajá da  198 SILVA, Sebastião Tenório da  119 SILVEIRA, Aníbal  128 SILVEIRA, Diosely de Castro  112 SIQUEIRA, Arnaldo  106, 228 SODRÉ, Abreu  30 SONATI, Maria de Fátima  179, 180 SOUZA, Elisabete Abib Pedroso de  112 SPICKETT, G.  72 SPISSO, Marina Salgado  198 SUSO, Francisco Vargas  198

T

TAVARES, Hermano  108 TENÓRIO, Sebastião  119 TERRA, Eunice Sizue Hirata  167 TOLEDO, Roberto Jarbas de  121 TOLENTINO, Marcio Matheus  198 TOMBOLATO, Vadir  166 TOMIKAWA, Tatssuji  198 TORO, Ivan Felizardo Contrera  212 TROJAN, Osmar  166, 198 TUCCI, Pedro  144

V

VALERTE, Ademur Antonio  198 VANZOLINI, Paulo Emílio  33 VAZ, Zeferino  21, 24, 30, 46, 47, 53, 54, 56, 58, 68, 92, 110, 128, 166, 225, 226 VEIGA, Ary de Arruda  25 VENDRAMINI, Ariovaldo  167 VENTURA, Luso  17, 20, 24, 58, 224 VIEIRA, João Batista  91 VIEIRA, Reinaldo  92 VIEIRA, Ronan José  230 VIVAS, Arthur Durante  198

W

WOISKI, Jacob Renato  118, 119

Y

YOSHIDA, Luiz  198 YOUNG, Robert  85

Z

ZANOLLI, Maria de Lurdes  99 ZEFERINO, Luiz Carlos  138, 140, 141, 238 ZERBINATTI, Píndaro Vignoli  167 ZUBEN, Terezinha Von  188 ZYNGER, Alberto  197, 198, 201

U

ULSON, Cecília Mattos  178 ULSON, Heitor José Rizzardo  146

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