NUMERO AVULSO
";\/-:;
:~.
';,<"
ANO,.XVII
.·\\"..
PLtNJO
Diretor: CORUA DE
ll:I
OLIVEIRA
São Paufo, 'r de Janeiro de 1944
· FRANCISCODiretor-Gerente:, MÓNTEl.RO .MACHADO
·._·.'11
\J\ ,
Em outro local âesta folha. publica-
ni:os à. ma.gnifica alocução do Santo Pa- . ):Ire, infelizmente trunr.aé!a em alguns ' ';:!e seus pontos essenciais
J)Ol' defeito da transmissão te!egrafica, mas que, a despeito disto. será lida. com imenso proveito pelos catolicos do Brasil. Muito pa11;icu!armen te .. chamamos à atenção para o acento de indesfai:çavcl a.flição, 4ue se nota n?..s palavras do Pai ccmum dos fieis. Vê-se clarameute que uma coroa de ~spinhos circunda o co-. ração do Sumo Pontífice. O Papa sofre intensamente: a decadencia moral do . mundo, o prolongamento' das hostilidades. os problemas de post-guerra são por ele tratados com evangelico de, sasscmbro mas com uma tris~eza que se de1)~eende de cada Ul11l de suas pala\Ta~.
•.. * *·
'-·-
Pa.zemos est;" observação com um intuitc, pratico .. Todos conl1ecemos a parabola da. videira: quanto' mais unidos ao tronco, tanto' mais' fecundos os súmcntos. · Esta parabolit se aplica propriamente a Nosso .senhor Jesus Cristo, Cabeça do Corpo ,1'1istico que é a Igreja Catolica. l\Ia.s serviria tambem, cm certo sentido, pira e:--primir nossa união :w Papa. Com efeito, não ha outro modo de unfr-se a Crist9 Senhor Nosso: dG que Únindo-se , . fiel ao PaP.a- E por isto só· produz frutoc o fiel intimamente unido à Santa Sé, · Se o Papa sofrê, devemos sofrer com ele, devemos lutar por ele. devemos orar por ele. No Umiar do ano .d, 1914, for~ memos a resolução de nos esmerarmos mais · do que nun<.a. na devoção filiá! e entusiastica ao Sumo Pontiiice,
* * .·
:j:
* * *
R€gistramos com suma satisfação ns pala\·ra.s do gaL Eisenhower, em que (Conclue na 2.ª pagina)
UEM DEFESA DA ACÃO CATOLICA" ~
Recebemos do ilustre Sacerdote Je;:;uita, Pe. Antonio Fernandes: "Colegio Nóbrega, Recife, 20-XII-43 Meu caro amig<. Dr. Plínio Corrêa Acabamos de ler o set1 precioso livro refeitorio quando chegou a sua ama"\'el carta. A pro)Y)rção que dia a dia íamos ou'' indo essa leitura de interesse palpitante, subia cada vei rnai., a nossa admiração. A sua exposição é clara: o estilo fluente, a doutrina solida e de uma ortodoxia rara em nossos dias. Os seus argumentos, inatacaveis, irrespondiveis. Outra qualidade muitc apreciavel e . tambem rara é o equi!ibri0. A virtude não está nos extremos, ln medio stat virtus. E a preciosa sentença da Filosofia escolastica. que os ingléses consideram ser de oiro (golden mean). Agradou-me muito a sua preo~upação em evitar o unilateralismo. e em mostrar, por Isso, como Nosso sen11or praticou a virtude da mansidão e ao mesmos tempo a da fortaleza e enHgia com tal veemencia que n une a foi a tingida por qualquer escritor catoi,1co, acusado de violento e imprudente nos seus ataques aos adversarias da Igreja. Desde. l1á muito que eu tencionava escrever contra a infiltraçaL, nos at·, raiais catollco,,, do ardil maçonico que consiste em a ,resent:ar ao mundo como verdadeiro um ca-tolicismc truncado, catolicismo sentimental que c:anoniz~ somente a paciencia e Q amor ao sofrimento e tem horror às ati~ud~s fortes, aos atos heroicos, à luta de peito -;. peito. Tudo isso com o fito dt cs il!imi-· gos de Deus monopolizarem em suas mãos os golpes de audacia. ·:. tez um trabalho con,;;leto: reuniu todos cs textos do Antigo P. Novo Testamento sobre " assunto. .'\preciei imensamente o seu empenho em incukar ao;; leigo~ o respeito e submissão à hiérar,:;uia, M Papa, aos Bi.spos, aos Sacerdotes. A tramcrição ·~a integra da conde-nação do "SU::m" fará gmndc bem aos noi;.sos catolicos. e:m uma palav··a nenh1J111 teologo .digno deste nome, deixará de reconhecer a pureza da sua doutrina. e opnrtunidade do seu livro, que será incMsperu;avel não somente às 110
Associações da Ação Católica mas ainda a quaisquer outra.• Associações auxillarc.;, Tinhamos excelentes manuais ela Ação Catolka, mas em geral limitavamse as atividades apostolicas em geral, à organisação. V, escre\eu uma nova especie de manual orientando e premunindo-as contra os escolhos perigosos. Abençoado 'rabalho. O seu livro ficará marcado no movimento religioso dos uo,<;sos t€mpos. Por todos estes mot.ivos esse livro tem sido procurado com avide. extraordinaria aqui, em .·ernambuco, e. pelo que suponJ10 e ouço dizer. tambem em outros E.stados do Norte. A pequena remessa que ch<.goc1, ap63 longos meses de viagem, swniu-se imedia.ti.mente. Tenho recebido pedidos de Sacerdotes e leigos, de joveu.s e moças. Não podendo eu sa.tisfa.?3r-lhe. vão passand'l o livro de mão em mão."
*
Do Revmo. Snr. Pe. Teódulo Asensio, da Ordem uos Eremit,zs de Santo Agostinho, recebem:ls tmm carto. em qué, depois de nos comunicar o trabalho que vem desenvolvendo em prol da difusão do LEGIONARIO na cidade de Mineiros. em Goiás, exprime seu contentamento pela or 1~'1tação desta• folha e p::lo livro· "Em defesa da. Ação Catolica ", concluindo-a com a.s segu'ntes palavras: "Queiras aceitar os meus sinceros parabens peta otimo livro Em defesa da A, C- e pela valentia do LEGIONARIO".
~-
* *
De uma cart~ do Revmo. Pc. Bolc,Ja li Falarz, Assistente da Juventude Feminina Catollca da Arquidioce.~, de curi'.iba., destacamos os seguintes te picos: "Primeirs.t :ente os meus sinceros parabens pelo otimo livro sobre a Ação Cato!ica. O, meu.; aplausos e 9 meu lnsignific:1nte a!'QiOPar,J,bens tambem r11a ol\lentação do LEGIONARIO que est{. fonnirlavei. Tenho feito mesmo r,ropa.ganda do seu jomaL Hoje vão algumas aS1;)naturas Quem· sabt irão mai.s. A pagina da Ação Cato:ica é muito oportuna e ajuda muito a nós ·outros. Boa é tamber,; e util a· cotação do;, filmes,,"
cristãos fizeram concessões às doutl'lnas colocaram toda a sua fé na expa.nsão los insistentes e paternalmente invocae ideias tantas vezes desaprovadas !)€la mo,~ su& ajuda e sua · misericordia. Dlmundial da vida economica, acreditanIgreja. Toda concessão do respeito hudo que uma engrandecida organlzaçáo, rigim:,-nos aos sentimentos humanitamano cm detrimento da fé, toda a purlos e cristãos dos povos e NP.çôes que, cada vez mais perfeita. e cada vez mais refina.da, conseguiria. um progres.50 inisilanimidade na pratica ela vida cristã até o 1:>oimei1to, a Providencia havia e na educação dos filhos de familia, topoupado ao sofrimento direto dos h0rmagi11avel e inaudito para o bem-esta.r do o p~cado oculto ou· aparente, tudo rores da g,!~rra e aqueLs que mesmo da humaniJade, os que difundem a Jeisso e tudo o que a isto se puder acresestando em guerra vivem em boas conJlcidade e o tem-estar por meio da centar contribue pa.ra o tumulto que clencia, poreP1, não pela ciencia verdições pa.ra qu concedam, mercê de atualmente transtorna o mundo, dadeira que é o reflexo da luz de Deus seus amplos sentimentos de bondade, em Quem tem direito de considerar-se meb deste tenivel conflito, ajuda aos - e sim por wna ciencia sem Deus livre ele culpa? aqueles cuja aspiração na virla é trabaque · carecem dds coisa... mais necessalhar, porem que. na luta para lograrías e elemcntare:;, Ao fazermos esta Uma oração de ;ad~ um de nós ajlÍexortação temos a esperança ·de que o rem es.se proposito puseram de lado as ~rá. a salvar os nossos irmãos, deconsiderações rcligiost _; e não deram às mesmo encontrará resposta total nos volvendo a Deus o resps,ito que se lhe suas existRncia·, a saude e .. orientação negou dur~nte• tantas anos. A traba- , corações dos fie' e de todos os que moral e esqueceram que Cristo, o Relhar, pois meus amados filhos, Cerrai · mantêem vivo o espírito de humanidadentor da · humanidade, com sua graça d.e. -Entre os l101-rures da guerra se esvossas fileiras, wnservai vosso valor, não penetradora, de,. e enob!'ece todo o tão desenvolvendo, em forma cada vez permanecei inativos em mEoio das ruitrabalho honesto ..:.. seja elevado ou mais clara, reconfortantes pensamenna.s. Uni vossos c~forços para a constos e intenções;_ o desejo de que haja baixo, grande ou pequeno ou o agratrução de •1ma nova ordem social para ctavel ou dific;1 ou o material· ou inteuma responsabilidade baseada na soliCristo. O espirib humano nada perdeu dariedade e respeito · aos problemas delectual. Os que basearam sua esperande sua força e de seu ,,oder para regeça no, ~os,, de µma vida mundana exrivados do empobrecimento geral que nerar a lrnmanl~ade decadent€. Deus causou a guerra. A destruição pr,. vaclusiva para. eleij como o bem-estar náo triunfou um dia sobre o paganissico, a opulencia e a saper-abundanc1a cada por esta. exige in1perativamente mo? Por que não há de triunfai· no, que se empreenda a. reco,u;trnção em de comodidades ou a posse do podei- e vamente S0bre a vaidade e as ilusões a força. - todos eles vêem r~duzido a todas as regiões devastadas. que dominaram até a 6ora na vida puruínas o edifício das crenças nas quais blica e privada? Agora que os intelecOs horrores de um passado não muihaviam posto sua fé e' seus ideais, destuais estão procu.fando novos idea.fa po· Lu d~tantc ~ Gonverte1 a11, pam ás menprezando a unica verdade que ll1es te-, ·. líticos e sociais - privados, ,publicos e tes iluminadas e independentes em um ria dado um balsamo para suas almas desafio que não podem passar por alto educacionais - para renovar os desee uma conciencia serena e tranquila. jos de seus cora1;ões, demonstrar, crispor motivos de sentido comum miv1 peQuando findar este lugar terrerw es- . tãos, pela palavra, que o unlco Deus los de considerações humanita.rias. Acretá preparado no céu um ,lar eterno. Os verd·acteiro é Aquele que enviou Jesus dita-se que a restauração esp!litua) e que não têm nenhuma esperança, . enCristo, O amor de Deus faz com que os material das Nações e dos povos é um contram-se em frente de um abismo tercorações humanos sejam delicadamentodo organico em que nada sc1·ia mais rível. estão tateando na escur1dão, em te sensíveis as necessidades de nossos desastroso que deixar vivos os focos de LJUsca de um ponto de apóio '118,s sem infecção · que po;leriam dar origem a irmãoa, dispocitcs ao auxilio material e encontrar sua alma Lnortal enquanto espiritual e a todos os sacrifícios · e coum novo desastre. que vós, depoif dà morte, tendes a cermo ,al grande amor. deve renascer "Considera-.se que na nova ordem. de teza do consolo divino que slgnlflca que em to.do.~ os corações. Nosso coração· papaz,: de direito e de trabalho não deve a alma é Imortal. ; esta wna graça. suternal está aberto a todos, abre-se igual11aver pessoas às quais a justiça, a equiblime e um privilegio inestimavel que mente par& todos os que desejem escudade e a ~abedor'~ não alcancem. se devels ,10 Salvador.- Es.,;a graça exlgG tar nosso clamor de mcl'cê e de palaai,slm fosse .correriam perigo a con,;J,;• um apostolacjo diario e constante para vra..~ bondOS&S. Quantru, vezes repetimos tencia e a esta,,.lilidadé da nova orgadevolver a confiança pera!da e dar a com o coração destroçado o apelo do nização. FieJS à 1mparcialldadt- de nossalvação espirb1al aos que, como nauMest.re Divino: •' Mlsereor super turso cargo pastoral. expressamos o desefra'!"OS em meio de um oce11.no, estão por batu" 1 jo de que no&cs queridos t'ilhos nada pere,;er, J1nit.a.m para consegu' _ o triunfo dos ,t;nquanto olham9s as. regiõe.s nm,i.s O ci..o1inho sei:;uido peb huntanidade princ1pios . de justiça e da fraternidade deva.st ..das e desoladas pela guerra, poem questõe~ tão' fundament.r..ls para o na atual confusão de ideias foi um cadCU"OS agregar esta exclamação: "Têm minho sem l ~us e até contra Deus; li' forno". Com nossos meios limitados jp.b2m-estar uas Nações. i,:; e:n verdade. [em Cristo, conua Çrlsto. Com estas pamals tivemos um momento para pr~essencii,,I. qu3 as mentes uos amigos sinlavraa, não uos proµomos a ofender aos tar .auxlllo e se nos dil'lgiram pedidos, . ceroo e sensatos da tlUmanidade comequi,·ocados. Estes são e continuam senpreendam ~u~ uma _paz _qt1e conforme prlr,1el,ramente procedentes de. regiões do nossos irmãos. É bOm, cor.tudo 'que distantes e, em seguida. de regiões caa dign!dàde n'wnan:i .e a coric!encla. ' a cristandade 1:ecJnheça qual,. é a sua_ .. da, vez .. 01;i,ls, l)!Lx,i111as. !<"'rente .ª toda cri.stã; não se pode impor duramente pe•esponsabilidade nestas provas. Muitos dor, fizemos mundo cristão apcla e.,paéla ·é ;slin · que deve ser' Q rruto
n-
esse
essa
:ao
SEMINARIO · 00 ESPIRIIO SANTO · Domingo p. p., no Seminario da Congrega~ão do Verbo Divino, realizou-se uma sessão festiva em que foi desenvolvido um magnifico programa comemorntivo do Santo Na-
tal. Para esta solenidade foi convidado o LEUIONARIO, que esteve presente na pessoa de seu diretor e de rnrios redatores. Ttraascrevemos a seguir o programa levado. a cabo. pelos Seminaristas do Seminario do ~~spirito Santo da Congrega,iío do Verbo Divino:
canto-chão; Verbum earo, coro. Pe, i Maurício. Canto comum: Noite feliz.
II -
Natai popular
Presentes de Natal: Pela noite de Natal, coro, popular; O sapatinho vazio, poesia; Hei de dar, co1·0, popular; Oh, meu .Menino Jesus, poesia. Presepios: Eia meninos à porfia, coro, popular; O prese pio, poesia; Oh luz divina, coro, popu1ar; Queima da lapfnha, poesia; Quem viclis~ tis, Pe. Maurício. Caoto comum: Que felizes •
NATAL BRASJ.LEIRO 1943 Introdução: piano.
Canticos
de
Natal,
.1.
I -
O Na.ta.! liturgico
Advento: !lo cate caeli, coro, can-
to-chão; Oh, vinde enfim, coro, po~ pular Noite fcli!:: Os sinos de Natal, solo, Bali mann; Pucr natus est, coro,
Cortejos de Natal: Entrai, entrai, pastorinhas, coro, popular; Cordão pastoril, melodrama:· Cantos: Marchamos para Belem; Foi nesta noite venturosa; De onile vem, Pastora'/; Pastorinhas do deserto; Meus pães estão fresquinhos; ~u sou a florista; Meus senhores; Oh de cana nobre gente. Final: Transeamus, coro e orquestra, Sobnabel.
Casa do Coração Eucaristico de Jesus A Casa do Coração . Eucarístico rle J csus. dirigida religiosamente pelo seu diretor espiritual, Revmo. Conego .\ntonio A ri d.e, tendo· a co• labora~ão eficiente da administra, ~ão, nos enviou o seu rclàtorio anual, que consta do seguinte: Atos de piedade: Confissões, 742; comunhões, 985; l.a comunhão, 8; Horas de adoração na Igreja San, ta Efigenia (diurnas), 284; (notur-, nas). 1.410; na Matriz de São Januario, 4.980; ~lissas, :l(i5; '1'er<:os; 3!l5; assistiram as aulas <le catecismo, 402.
Assis~el!,Ciª ~oçial: Bpme!15, 4Q6;
doentes em tratamento, 281; · Vila Mascote, 1; internados na Santa Cása, 18; cnrativos 840; o.reraçõe,:, 8: iu.iet,!ões, 391; éônsultns medicas, 240; remedios, 4H2; trabalhos dentarios, 61. À Casa do· Coração Eucaristico de Jesus, destinada· aos homens po• bres, situada em São Paulo, na rua da Mo6ca, 1.416, cumpre muito bem o mais alto preceito catolico - a Caridade; ho íe tão duturpada por um insonso ~entimentn I i~n10 que a transforma num bumanita rismo esteril ou numa filantropia vazia e sem sentidc. ··