Ano XV
Diretor:
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SÃO PAULO, 4 DE JANEIRO'·DE 1942
PLINIO CORR~A DE OLIVEIRA
Direto'f;Gerente: FRANCISCO MONTEIRO MACHADO
1 Num.
Sagração Episcopal de D. Ernesto de Paula
Consideramos ramentàbilfs'ilimo que às trágicas ingenui. dades que tiveram por desfêcho o insucesso de "Pearl Harbour", se venha a somar a inominável imprevidência dos que, proclamando Manilha ci'dade aberta esperaram assim conservá-lá ~esguardada contra bombardeios. · Com efeito, a inesperada irrupção do conflito nipo-americano, quando em Washington s·eguia_m seu curso as con1versações diplomáticas a cargo dos srs. Nomura, Kurusu, e Sumner Welles, prova de sobêjo que é tão ridículo procu;rar circunscrever com conven.'ções internacionais os manejas dos totalitários, quando limitam com um risco de giz um incêndio ou uma inundação. Enquanto O espírito de Munich e de Montoire grassarem nas hostes anti-totalitárias do Pacifico, desastres como este se-ão sempre de se temer.
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solene cerimonial .com que S. Excia. Revmaº sera elevado à plenitude do Sacerdócio ,:m'i
Realiza-se hoje, às 8 horas, na tentes entram juntan;iente O Sagrante, no trôno, faz a vez, deante . de seu alta;, vem Procede-se, em seguida, à Ull• Catedral Pro·v.isória, a, sagração e.la e :r-!Ule·m.o ões r1me!ro_ preparaç!!.o par.. a Missa e re: acompanhado -pelos seus Assis- ção da cabeça e das mãos. episcopal de s. Excia. Revma., o·. na Capela elo 8ant1.SSim9c. ~ AA- ves~ 7se tie todos o~ Daramentcs tentes, recita as orações preparaSr. D. Ernesto de Faula, Bj/Jpo p_ols__1l~~41~~M~r,, pQntl!lcalS, (..) l_!;l~ito. por sua tórias à Missa e veste os paraENTREGA DAS INSIGNIAS mentos do rito. eleito de Jacarezhlho. · · O celebrante vai. ao alt,ar e senCaso o Báculo · Pastcral não Será. sagrante o Exmo. e~' ( 1ta-se no . faldistório. O Eleito, tenha sido bento antes o Sagran, Revmo. Sr. Dom José Gaspar de J · ladeado por seus Assistentes, é te o benze e depois o entrega 9,4, Afonseca e suva, 'Arcebispo Meconduzido à presença do Bispo Eleito dizendo: tropolitano, e co-sagrantes os Sagrante. "Recebei o báculo do onus Exmos. e Revmos. Srs. Dom Gaso Padre secretário lê ezitão as Pastoral· para que sejais piedosa,tão Liberal Pinto, Bispo de São B~ ' mente severo em corrigir os V'~ Carlos e Dom Paulo de Tarso cios, julgando sem cólera, levan• Campos, Bispo eleito de Campido suavemente os animos dos ou-nas. ' JUR~N~O vintes à prática das virtudes, sem Participando da viva satisfação Em gera'.!, o Bispo eleito, logo omitir, na serenidade ·cto espíritQ que est: acontecimento_ traz à \ após sua nomeação, faz em pre- a repreensão severa." populã.çao católica ~e Sao Paulo, sença do J3r. Núncio, juramento O Celebrante coloca o anel no o LEGIONARIO da abaixo um /solene de, fidelidade e _obediên- dedo do Eleito e Lhe enti;·ega o I resumo do solene cerimonia~ que cia ao Sumo Pontífice e às leis Livro dos Evangelhos. hoJe será rcal_lzado na l!T..reJa c;ie Eclesiásticas. Se não o houver Sauta Ifigênia. feito, fá-lo-á de joelhos deante,, SEGUNDA. PARTE Dados os inexplicáveis misdo Sagrante, logo apó.s 11, leitura A CERIMONIA térios que ainda hoje circundas Bul.a.s. O Sagrante e o; Eleíto eada dam o "caso" do sr. Rudolph Lembrados da ordenaçao de·: qual no seu altar, continuam a Hess, não consideramos fora são Paulo e:·Barnabé, que se reaEXAME Mista até o Ofertório. de cogitação a hipótese de ter Ii;:;ou quando se celebravam ·JS Depois do Ofertório, o Cansa, descido na Irlanda. em 11e"soa. M" t' . f · Segue-se um interrogatório por- grado ajoelha-se perante o Sa• o general Von Dranchitsch. A santos is enos, ac11 nos sera menorizado primeiro sobre a vida grante e oferece-lhe dois círios. história de sua destituição nos i co1;11-~ree nd ~r porque sem~re foi e obrigações episcopais e depois dois pães e dois ba1Tiletes cheios parec·e mal contada. :\Ias ela I pr~t1ca umform_e ~ :$reJa l c~n- \ sobre os vários pontos de fé. de '\dnho, beijando-lhe reverense explica perfeitamente si a I fcnr Sagi:açao_ p15copa utemente as mãos. cónsiderarmos · como úm ro- \ rante ~ Santa MJSSa. ) COMEÇO -DA MISSA Depois, runbos continuam • mance destinado a aureo_lar \ O B'.spo sagran~e é auxllladJ Missa no Altar-Mór. aos olhos da opinião inglesa, por d01s outros BJSpos. RevesCom o Eleito à. sua _esquerda, Terminada a Missa o cousa,. aquele militar. Assim, teria de : tem-se de pluvial e mitra e juno Celebrante começa a Santa: gra,nte dá. a benção a, todas descido na Irlanda para che- 1 tamente com o celebrante pro.,,Missa como de costume. fiar um trabalho de 5.ª colu-) nunciam todas as fórmulas conDepois de subir ao altar e bei. i:MP,OSIÇÃO DA MI~ na, precisamente como o sr. sacratórias e "tambem seryem d ~ õar o começo 'do Evangelho do· E DAS LUVAS Hess desceu na Escócia. E, &i assistentes ao Bispu eleito. dia, o Celebrante incensa o altar\ • a ação da Providência não lhe \ Não havendo faculdade espee' vai ao trôno. @-Eleito\ se pa.-, Depois de ·dar a benção final , ,,per itíii- conse!:ya1·-~--Jl)..~Q~~~9__ .Sum%:~Ulífic~,. e dia da , , , . ,i r~menta, _enquanto o Bispo Sa- da Missa, 9 Celebrante senta-se ., 'P . ,?11.tf-l?Jfi:eu i,~iiw._:í@l 1!et'â.r,)íum~1Bi~o•-o .; ,: ra os resíduos dô parthlo festa de ApQ§iolo. - , ~ : · , · _. ~ -Jt~!&w.\t'~.:-~~~-l';q;~_:';~ ~"-;ítptld~~~~~-·ni_e, N1;'C4·,,;,,.,._: \ ·. ,.• ' j Alelulia. . O Eleitó, cent?1) de_ a:Jóelhar-se deante <J.e1.é ; •. 'i • _ ' chamberlainista lançar o véu . -. : ' . seu altl;l,r, acompanha, a celebra-: o Sagrante impõe a. lídif;,:a, do mistério em tomo de mais A LEITURA DAS BULAS êste insucesso. ; ção: da Missa., ·: tluvas .ao Sagrac;?p. · · ' ··· i É ao menos uma hipótese A hora marcada, o Sagrante, l Procede-se à': entronização · Rl'.l'.OS _D,4 ·S.1',GR,4Qã() muito plausível. o Eleito e os dois Bispos Assis- ~ Exmo.- e'BeVlll9. Sr. D. Ernesto de Paula faldistórlo, do quaI se ergueu EPl!i!COPAL •Consagrante, ~ -entoa-se o Te: Deum, durante Ó' qÚ&l o Bisp9. O Eleito volta para o altàr Sagrado faz a voltá .da Igre~ · Mó_r e ~enta-se. o Sagrante ãe-· abençoando o povo. _ cla_ra quais as oprigações ·dos' Bis-. , 'J,'erminadas a.-._ orações o novo pos e pede ·as brações da Igreja. 'Bispo .benze solenemente o povu Os cantores entoam entãQ as e depois "ia1 ao lado da Epistola Ladainhas, 'e por trêl. vez.es" c:am-.à: A]j MUI.,. , _?,., " 'TUS ANOS. IMl'OSIÇÃO DO EVANGELHO ºPor_ fim _o Sagrante dá ao Con, E DAS MÃOS sag~allte: o ósculo da paz, fazendo O m~mo ,OS dols, Assiswntes, O Sagrante, auxil!,ado pelos Em seguida. o Sagrante vai ao Assistentell, toma o Livro dos trôno -e Sagrado ao· altar, rect. Evangelhos e o impõe aberto so- tando o último Evangelho. bre a cabeça do Eleito. Os três Bispos con-celebrantes T O D O C A T é,_L I C O P~m as duas mãos estendid~ s~deve ler o bre ·a cabeça do Eleito. "LEGJONARIO"'
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festa ~e Natal ~a Juventu~e feminina Católica .Homenagem ao 'Sr. Arcebispo Metropolitano
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Jubileu Sacerdotal do Revrn.o~ Pe. João da Silva Couio .
Neste ·flagrante da Fe sta de Natal da J. F. e., vê-se o homenageado, Exmo. e Rev mo. s·r. D. José -Gaspar · · · de Afonseca 'e SIiva, ladeado por várias autoridades ecle slãsticas, clvís e militares ·
Realfzou-.se dia 26 de Dezembro a Festa de Natal, promovida pela Juventude Feminina Catõlica, no aucÜtorium da Escola "Caetano de Campos", em homenagem a S. Excia. Revma. o Sr. Arcebispo Me:tropolitano. A cerimônia teve início às 20,30 horas, com a apresentação pelo Coral Paulistano, dir~do ,P.E!~P- ~e~~ro ;M~ue! ~-
che.rons, de várias canções alu. sivas à. data natalícia. Terminada esta primeira parte do programa, o Exmo. e Re,'mo. Monsenhor Vigário Geral, pronunciou formosa oração, saudando · o Exmo. e' Revmo. Sr. D. José Gaspar de Afonseca e Silva, em no. me de toda a Ação Católica. Foram estas as palavras de ;Mons. Pr, êll!~ni9. li~ .C~!ttr.o ;LYiaxer:.
"Veni Domine Iesu. Exmo. Sr. , Arcebispo . Esta súplica que a Santa Igreja repetidamente levantou aos céus nestes dias de expectativa em que se preparava para as festas do Menino Deus, é bem a súplica que o momento presente da humanidade inteira está de nós a exigir. Veni Domine Iesu, Sim. ll'l o esquecimento comoleto ~ Sen!!o;i.:
·Transcorreu no dia 23 de dezembro findo'· o Jubileu sacerdotal do Revmo. Pe. João da 'Silva Couto, estimado pároco de Nossa Senhora do Monte Serrat de Salto. O Revmo. Pe, Couto nasceu aos 18 de dezembro de 1887, fez seus estudos eclesiásticos no Seminário Menor Metropolitano de Pi· rapóra e no Seminário Provincial de São Paulo, ~nde· recebeu o · sagrado presbiterato aos 23 de dezembro de 1916, na matri2 de Santa Iflgênia, das mãos do Exmo. e Revmo. Sr. Dom Duarte Leopoldo e Silva. Em 1918 foi nomeado vigário cooperador da paróquia de Bragança breuva.e em 1919, pároco de Ca- ·
Por provisão de 23 de dezembro Jesús que levou ·o mundo e os de 1924, Ó Exmo. e Revnio. Sr.· homens ao estado --desolador Dom Duarte Leopoldó e S!1va, de que todos lamentamos. É i saudosa memória, nomeou-o pâfalta do Senhcir Jesús que en- roco de Salto, onde, em 17 anos xarca a terra de sangue huma- de frutuoso ministério sacerdotal no, e enlam,éia 'de inveja,:; eles- conseguiu proporcionar àquela confianças ,e ódios as relações cidade e ao 'seu povo católico entre os inélivfdtfos e as naçqes. inúmeros benefícios. Veni Domine 'Iesu 20 séculos Entre os seus trabalhos saliende cristianismo foram ultima- ta-se o da construção da formosa mente de tal maneira malba- igreja matriz, cuja primeira pedl'a .(qcmc!u,~ li~ ~a pag,). __ l~ça.va em 192ij e ho,ie ~ -
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tue. uma esplêndida realida,!e O(que, porem, mais ex:::1;::i, fectlí:iqo_ ministério do ilustre j,;i. bilando Na Salto, é a con(,;1:;~;1 dos ·corações dos seus p,u·u.)uia~ nos, na quasi totalidade 0•1er.:t,· rios. · · É uma paróquia model::w·: ali. os_ operários dividem o seu trn! po entre a· ·casa e o tear; ·sé:00111 intermear com o trabalho n:::,,nual, alguns minutos de vi.sita "'"º Santíssimo Sacrame:1to, · em sua , igreja matriz. Ao zeloso pároco de Salto não cabe a queixa de Pio XI: ele não perdeu os opevârios, antes, silenciosamente, -conquistou-os todos para Deus e para a Santa Igrej"'. s. Excia. Irevma., ·'o Sr.· Arcebispo Metropolitano querendo demonstrar a sua especial estima pelo Revmo, Pe. João da Silva Couto e seus paroq"uianos, foi pes.soàlmente no dia 21, domingo, à tarde, à cidade de Salto para. iniciar as festividades jubilares promovidas pela população local em homenagem ll.O seu auo.r.fdi> pároco, faundo .tambem nubmcar um aviso pela Cúria~M.~tronolitana sobre tão . e : ~ _ ; ; ~ ~ ll.lA_a. An:uMdfoee*l_