Anno XII
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PLINIO CORR~A DE OLIVEIRA Dil'.e!ltor:
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São Paulo, 1 de Janeiro de 1939
· -·n1rector-Gerente·: FRANCISCO MONTEIRO MACHADO
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Num. 329
oPfêSidente da Ac~ão Catbolica CoT~~~~d:.~:~~a~r~=~~. .
Publicamos, em nossa. rp@nrultima edição, uma nota a restpeito do protesto feito pelo grM!de -estadista hespanhol Gil Robles, contra accusações que _Qhe -eram assacadas, não e.-penas '!!los cir<iulos communistas - o que ;não causa espanto - mas ai.~:d)). .~in certos circulos nacio111aHstas. A es,te proposito devemos acicrescentar que, e.o :publico braO dese.ivolvimento da Acção _1Slleir:0,. 0 • Tef-el'.i d o. :proteS t o che- Cathollca é um dos mais au-sgou ,por mtermedlo de um t_ele- piciosos ,acontecimentos de nos_igra.mma de _B_arcelona, con,en-, sa época. Emquanto todas as do ·l.!ma .. noticia :publ~cada por ideologias politicas e. as refor,um Jornal daquena cidade. _ mas economica,s- não fazem :mais . E.' ob_vlo accresc~ntnr que nao do que -agravar a crise <lo !ll'IUnte11;amos <lado c.r~dito ª ·est ,no- do moderno ou provocar as mais _lticia, se não tivesse_mos tido, amargas desillusões, a Acção id_ella, uma-.confJrmaç':o absolu- Catho!ica,, esse grande movi_tam_en~e segur~. :por in_termedio mento de rechristianisação das de msign_e Sace rd0 te hespanhol, idéas -e dos costumes, vae conanui.to e.o corrent~ do que 5:1c- «uistando. to«os os povos como lCede ,em sua gloriosa e heroica o unico capaz· de salva•r a soPatrla. . . ciedade hodierna. Já O <li.ssemos qu*o i>Ubll- · Quizemos sobre a -sua. orgalCa-mos a noti?ia vi nd ª de Bar- ni.sação ·no Brasil ouvir o Pre-ce1on!I.. Repetunol-o agora, pe.ra sldente da Junta Nacional ~e ,qtta _nll.o se pense q,u~ nos con- Acção Catholica. que gentiltte.nta_mos ,no_ticias provemente attendeu ao nosso deseJ·o. t d com f t 't ta tznen es.. e on e* ao ,suspei · - "Por todo o ;Brasil, come"OU por declarar-nos o sr. Amos "' eongresso .d e E s t u dan t e ·roso Lima, já se extende a Ac•entementé- reunido no Rio de ção· Catholica. E' o apostolado 'J'à.neiro deu opportunidade a official da Igreja que se irradia b d t d 'l:lma · e11,a -emons raçao e atr'avez do nosso paiz, como de 19.uanto . um pugillo · thpode t · <le ·mo- todo o mundo, numa organise.. ços ,ce. o1100s rea1men e aguer- ção que, depois de completairldos,. ·que repellem decidida- mente executada, será uma, ormente a funesth,s1ma itactica de ganisação .poderosissima, feita fazer da agua de flor <le Jaran- realmente para sa!Ve.r a civilijeira o unico modo de aposto- S?,ção contemporanea. Tanto aado. mais que a sua maior força, -a Ninguem ignore. que aquelle sua força invencivel não está na Congresso estav-a minado por technlca da organ!sação, mas forças da esquerda. o ,sr. Amo- na vida sobrenatural de seus !rOSO Li-ma, Presidente da Acção membros, unidos a Christo: a Catholiea Brasileira, escreveu propria vida do Christo total 'llm artigo · ·em que denunciou que é e. Igreja. francamente ·este deploravel fa"Eis O que é a Acção Catho(Conclue na 2.• pag.) Jica, e .para bem conhecei-a na-
Brasileira e.fala ao LEGIONARIO • ::::n:e:~7:Jt!·~Eª:r:::::: 1 • Aoroanisação da A. Brasileira - AAcção Catholica e as obras auxiliares - Interessantes declarações do Dr. Alceu Amoroso Lima
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da melhor do que ·a Ca·rta do zo das variações que ·e.videnteSanto Padre ao Episcopado mente devem existir. Brasileiro. Essa carta é uma ·"Bení. sei que a Acção Cathosynthese magnifica dos princi- lica tem encontrado certas difpios fundamentaes da A. C., en- ficulde.-des provenientes da innunciados repetidas vezes pelo comprehensão de alguns. 1'}' Pontífice -reinante. E uma pro- preciso não pensar que ella vem va exhuberante do va,lor desse destruir o que já existe. Mas documento -está no ,seguinte: em pox· .outro lado é preciso que as um livro no qual -re·une cerca Associações religiosas e sociaes de 60 proposições fundamentaes já -existentes saibam <lar á A. sobre Acção Ca.tholica, o illus.- C. o primado que ella deve ter. tre ,sacerdÔte belga já mul'to Pop isso mesmo; 'taes nssocianosso c<mheci<lo. Padre Dabin, ções são classifl<)adas de "augrande autoridade no assnmpto, xi!iares". Nerri serão eliminadas tira dessa Carta 18 proposições. pela A. C. nem ·poderão realiE' 0 documento qu~· vem cita.do s-ar ,sosi-nhas· aquillo que visa a com maior frequencia pelo Pa- A. C., isto é, o e.postohdo ofdre Dabin. ficlll.l da, :Xgreja rca!isadl) pelos "E' ·preciso, pois, que a C ar t a leigos." do .Sa:nto Padre seja bem co- A ORGANISA.Ç.ÃO DA A. e. 11.hecida e estudada. O mesmo Quizemos saber do "'residente deve dizer-se dos Estatutos da d J ,.., A. C. Brasi-leira promulgados cªthunta Nacionnl da, Acção 0 1ica como funccionam os pelo nosso Episcopado. Final- orgãos directores dessa orgammente, uma publicação ·ha pou- saça-o. J N · 1 co iniciada ·pela un'ta ac10na A Junta Naci·ona,J dº Acça- 0 = de A. C. -com o fim de impri- Catholica ,compõe-se de um Asmir uma orientacão uniforme sistente, o Revmo. Mons. Leoaos tra halhos do. A· C · cm todo vlgildo Franca, de um presidenO pa,iz é O Bo!Ptim ele Acção ca·te, um secretario e um th esoutholica, quo ,c,md-a de ampla reiro, sendo estes dois ul'limos documentação (textos officiaes cargos occupados, respectivasobro a Acçiio Catholical, infor- mente, pelo dr. Fabio de Agular mações dos varios Esiaüos e Goulart e .pelo Dr. Luiz Sucualguma. col18.boraçào. O Bo!ot!m pira. visa contr.ibu!r p-:t''" que a uniA Junta :Nacional, orgão diform!dade estabc"teeid3. nos ~s- . rector da Acção Oatholica, é ta:tutos da A. C .. sej:i.. observa-, assistida por um· Conselho, da emborp, se;,o qual,i.:cr prej\\•.. c=stituido pelos rpresidentes, sccretarios e thesoureiros das 01ecções dos homens da A. c., senho·ras da. A. C., Juventudes ma,~::una _~ 1 f~ '-!~tina e, "'._ºr.1fccai.ioi,, .. " ma s c"Lna e A Junta Nacional 'l'.eune-se se-
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A "Idort" realisou, na semana te ter melho:·~ destm· o,-·n·esta ma&::. • "" passada, uma meritor1a campa- ria diziamos, o que excede o carnha contra o desperdicio. ll!, na naval? fachada da "Escola de CommerJá se calculou, porventura, o cio Alvares Penteado", onde a oceano de despezás inuteis n,ue '"' "Jornada contra o Desperdício" o Carnaval acarreta? Todas as installou uma expressiva exposi- torneiras n1al feéhadas de São ção, afixou-se o cartaz que nosso Paulo não gastam t11:nto, quanto cliché reproduz. E' uma torneira o carnaval! E isto em uma época f h ma I ec ada, da qua,I cahem em que as Santas Casas de Mi• grossas gottas de agua, inteira- sericordia se encontram alisolu• mente perdidas ·tamente super_-lotadas, e a til• Fechemos as 'torneiras mal fe- berculose dizima tel'rivelmente as chadas, aproveitemos as sobras classes mal nutridas .••. ma,l aproveitadas, valorisemos o~ Façamos tambem nós, catho.. to 1 ·t d ·t res s ma aproveiª os, evi e- licos, nossa campanl).a contra o mos os desperdícios inutels! desperd!cio, combatendo o carMas, em materia de desperdi- naval, que é uma tremenda fonto elos, de esbanjamento de mate-! de desperdicios de valores mate .. . rj~J ."?ro~citavel, de inutil e t~lB, ~ ria1Js 1; ~0racs, r- de profa.nação w'.ttllIBaçao de g3:ande so: "e. tios. rr,a.:~ ,:_u:,:~euticos valores so-. . . , 1 COJSas que poderiam normatmcrt· f brenat1!raesl
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1:iofücamente. reuniões ge.raes. ,-·---: :::, Ha e.inda:· directament,• lic··all dos á .Tu-nt'a Nacional os di,;érT\!lttlo o ·liP. Dr. Francisco l'atti, Diredor do Deparb,• sos secretariados;'· já constitu;. mento !Víuniclpa? de Cultura ordenado a publica,ção de um dos ou em organisação. edital instituindo um concurso artistico das vitrines ornamenEsses sêcretari&dos, como o tadas. 11elas casas commerciaes do centro da cidade por occaEconomico Soéial e o de Cirresião das festas de Natal e Anno Bom, devemos fazer chegar .ma, já· em funccionamento, um a1ipello S. S. ' exercem·. uma. fiscalisação consE' incontestavel sob o ponto de vista da educaça-o art1·stic· a. tante e' coordenam as obras e tarefas .pr.incipa,lmente de Acção do povo a vantagem da organiza_ção do referido concurso. Social, que não se deve confunEntretanto, a educação artística nunca pode estar .em condir com a Acção Catholica, apcflicto com a educação mora,!. Entre as condições do concurso sar <le feifu.s estrictamente dendeve, pois, o Departamento exigir que figure a maxiina moratro das normas de Igreja. !idade, sendo rigorosamente prohibido ·os manequins immoraes As Ligas dos Homens e das e qualquer outra fo1·ma ele lmmoralidade nos mostruarios. · Senhoras e as Juvcn'tudes masO lle!lo é inseparavel do Bem. A verdadeira arte só.-existe culinas e femininas são os ra:mos, rpropriamente ditos, e orquando devidamente subordinada· á moral. g~os da Acção Catholica. orgaEm nome de tcda a população catholic,1, dirigimos este msando-se de accordo . com os appello a S. S., certos de que interpretamos,- o sentimento de estatutos-''da A. C. todos catholices, affirmando que a organiza<jão de vitrines imAs dua,s confederações reunem moraes é unt ultrage ao Salvador cujo m;scimento o mundo as associações relig10sas, que catholico celebra nestes dias. · constituem auxiliares da Acção ._ Ce.thollca. . rão uma vasfa Acção Social -por AS ASSOCI'.A.ÇóES AUXILIAÁi ~ meio de Syn\iicatos, círculos RES DÁ' ACÇÃO CATHOLICA operarios, jorna'ês. radios. asso- "Essa denominação <l.e a,u-· ciações cspecialisadas, etc.". / xiliarcs ._de Acção Catholica Perguntámos ao dr. Alceu proseguiu o d·r. Amoroso Lima Amoroso Lima qual· a extensão - não foi da,da, -casualméntc. · Por motivo das festas de 1Natal e Anno Novo, recebeu mas por ser o termo exacto que actual da Acção Catholica no Brasil. define e. -sua .posição. - "Por toda parte se traba- 1 esta folha varios votos de "São auxiliares porque não fafelicidade zem parte da Acçiio Catholica lha com grande enthusiasmo' S. Exci~. Revma., o Sr. em si, não se ·dissolvem nella. respondeu-nos. "Em alguns Jogares com/ça-se Dom Attico Eusebio da RoE são auxiliares porque teem paro1h1aes, , cha, Arcebispo 'de Curityba, uma funcção de auxilio, no seu pela,s organisações campo autonomo. Não estão in- noutros as Juntas já co1stituienviou-nos sua, benção · e das agem do centro parB os vategradas, mas subo,rdinadas. seus votos paternaes. rios sectores, todos de ,accordo Tão pouco prejudicum ou imDe S. Excia. Revma., o pedem a Acção Catholica: au- com a org<lnisação iC/a.da ,peSr. Dom José Gaspar de los estatutos que de•erfw prexiliam. Affonseca e Silva, Bispo de "Aliás, não só as actua.es. valecer em todo o s·a.sil. "Esses Estatutos, a,pprovados Barca, recebemos um genmas outras podem vir a existir, -por conveniencia da Acção Ca- pela Santa Sé. rec··b!"ram a &stilíssimo cartão, portador de tholica: serão "Associações de signatura de todo, QS Bispos· do seus votos e sua preciosa Fronteira", que arrigementariio Brasil, e constit-,em um e;r.cabenção. os que não puderem pertencer á bouço admirave·. '.A.lll está sós. Excia. Revma., o Sr. Acção Ce.tho!!ca, ou agirão em mente a parte .:urldica, esqueleDom Marcolino Dantas, Biscampo inopportuno para a A. to perfeito a u.1e:, estamos dando C. Assim a J. U. C. poderá vida. po de Natal, tambem rece"Nada po~rá ser feito fora promover a fundação de Centros bemos um gentil cartão. de -suas norias que -vigoram i,m Da Juventude Feminina de Cultura, de estudo, com ,,rientação e pensamento catho- todo o Br:nÜ, Catholica; e do Sr. Dr. Vi"Apenas ·/J, opportunida.de de !icos, para, aproximação e concente Melillo, tambem req ui.s'ta, onde não se possa, em- sua app1pa_ção está. sujeita ao Po~· cebemos delicadas fel!aitapenhar a responsabilidade da A. sabio cri)é:rio dos Bispos. isso, ewfolguns pontos, o movi-. ções. C. e da Igreja. "(Concluo na· 7.• pag.) ' "Quanto aos Secrete.ria.dos te·m
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~m aspecto peculiar a certas reg1oes
da- Europa durante o frio de Natal. A imagem do Crucificado erguida pela pieda.de popular copre-se de neve. ·.· ·,:J De um monge benedictino brasileiro 6r1:1, na AI" cipalmente no .tocante á defesa dos direitos da Igreja: de Chr!sto nesta terra, acho que O LEGIO'!Jetnal:lha, recebeu o LEGIONARIO um significaNARIO está _bem esclarecido e bem orientado. tivo :cartão de boas festas cujo texto transcrevemos •baixo: · · Cúmpre, porém, notar que o problema politico e 6 religioso na nossa patria é muito mais importanGNADENREICHES WEIHNAOHTSFEST te do que se pensa. Nós precisamos preparar no 1 UND GESEGNETES NEUS JAHR. Brasil, uma barreira· forte contra as idéas euro"Dlmo. Snr. Direçtor do LEGIONARIO.
péJíS, que não se coadunam com a nossa menta-
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Louvado seja Nosso Senhor. E' multo raramente que leio noticias da minha · patria. Hoje recebi alguns numeras do LEGIO-
lidade e tradição. Amo·o Brasil,,e aqui na Alle manha aprendi a amai o cad ! M tambein a Igreja de O-h1•lst/ vez mas. as amo
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NARIO que Úm Irmão· de habito de um palz vi. Apresento a todos da redacção votos de um alnho· me enviou. feliz Natal e. um anno novo cheio de graças. Gostei immenso dá. att!tude que o seu jornal·-. E_m Xto, seu sempre admor. a,..... ~o. $pma· ~n.te do panorama politico européu, prin.•.. E s ., ,
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Ne~'lfe C'.Ml,ulf"tn.e·r'' ..:,,J1 ~.11
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Pierre l'Ermi' . .· . . ·. . ·,· pag·. 3 MOVJMi NTO OPERARIQ CATITOLICO NACIONA pelo R.vmo Padre Leopoldo B • · · 1 r,ent8ll0 / • . pag. 5
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