LP 7 ano aluno 01 e 02 bimestres (2014)

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6 SÉRIE 7 ANO EN SIN O FUN DAM EN TAL – AN OS FIN AIS Caderno do Aluno Volume 1

LÍNGUA PORTUGUESA Linguagens


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO ALUNO

LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 6a SÉRIE/7o ANO VOLUME 1

Nova edição 2014 -2017

São Paulo


Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri


Caro(a) aluno(a),

O Caderno do Aluno de Língua Portuguesa – volume 1 traz algumas experiências de aprendizagem especialmente elaboradas para que você tenha oportunidade de familiarizar-se com o emprego adequado da Língua Portuguesa, para utilizá-la com competência nas diferentes situações de comunicação e nas relações com outras pessoas, ao falar, ler ou escrever. Neste volume, com a orientação do professor, você poderá enriquecer seus conhecimentos de leitura e de escrita, principalmente ao estudar o “relato autobiográico, relato oral e notícia” e as “semelhanças e diferenças entre narrar e relatar”. Além disso, será de grande valia o estudo de frase e oração, dos modos e vozes verbais, empregos da denotação e conotação, discursos direto, indireto e estudo dos pronomes. Acompanhe as explicações do professor, troque ideias, faça perguntas e anotações. Não guarde dúvidas; ajude e peça ajuda aos colegas e ao professor. Organize-se para fazer as tarefas e manter-se sempre em dia com os estudos. Vamos juntos aprender mais e mais a cada dia!

Bom estudo!

Equipe Curricular de Língua Portuguesa Área de Linguagens Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB Secretaria da Educação do Estado de São Paulo



Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 ESTUDO DOS TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DO AGRUPAMENTO TIPOLÓGICO “RELATAR” (1) Leitura e análise de texto 1. Leia o texto a seguir. Flor do cerrado: Brasília Para lá e para cá [1] Criança não gosta de mudar de casa. Assim, com o meu coração apertado recebi a notícia de que íamos para Brasília. Eu nunca tinha ouvido falar nessa cidade, Brasília, jamais tinha escutado esse nome, e iquei sabendo que a cidade ainda nem existia. [2] “Mas se a cidade não existe, como é que vamos nos mudar para lá?” [3] Brasília ainda não existia, mas ia ser construída, e ia ser construída por meu pai. Achei papai um herói, construir uma cidade de verdade não devia ser nada fácil. Eu imaginava que ele ia construir Brasília sozinho. Mas ele disse que estava indo muita gente para o centro do Brasil, onde ia ser construída a nova capital. [4] Eu tinha quatro anos, era uma menina de olhos grandes e duas tranças, que usava vestidos de renda. Muito tímida, calada, eu gostava de olhar livros, ouvir histórias, e desenhar. E sonhava. Saudades do Ceará [5] De noite iquei inquieta, virei na cama para um lado e para o outro, demorei a dormir, e sonhei com Brasília. Brasília era um deserto cheio de lobos uivando e uma lua vermelha no céu. Mas o sonho não me deu medo, era até bonito. Acordei de madrugada e fui olhar pela janela o mar de Fortaleza, as estrelas, os coqueiros na praia. [6] No dia seguinte iquei horas com a minha irmã fazendo uma cidade toda de papel recortado, em cima de uma cartolina: as ruas, os prédios e casas, a igreja, até os carros, as árvores e as pessoas andando. [7] Minha irmã me disse que, de noite, Nossa Senhora veio ao seu quarto, entrou pela janela e icou parada, em pé, olhando para ela, e contou que Nossa Senhora era fria e nevoenta. Minha irmã também estava com medo de ir embora. [8] Ia ser difícil deixar a nossa casa em Fortaleza, todos os nossos amigos, primos, tios, tudo ia icar para trás. Nossa casa era um bangalô, tinha sala disso, sala daquilo, varandas, e no quintal eu podia correr em linha reta até perder o fôlego. A casa tinha andar de baixo e de cima, escada, quartos e mais quartos, e um quarto todo meu, com duas janelas. Tinha árvores no quintal, o jardim da frente era rodeado por uma cerca viva de benjamim, e o chão, coberto de grama. [9] Mamãe cuidava da casa, icava o tempo inteiro perto de nós. Papai só chegava à noite, passava o dia trabalhando, ele construía estradas de ferro, com trilhos para os trens. [10] Tínhamos babá, cozinheira, arrumadeira e moças que minha mãe criava desde pequenas. As vizinhas e as amigas de mamãe vinham conversar, tomar um café com tapioca, ou ouvir minha irmã chorar quando mamãe botava na vitrola a música “Clair de lune”, e a Chiquitinha gritava: “Traz um lenço para enxugar as lágrimas”. Todo mundo ria. [11] Era uma casa também sempre cheia de crianças, meus primos gostavam de vir, diziam que só na casa de mamãe tinham liberdade. Rolavam lágrimas na nossa casa, mas muito mais alegrias. As costureiras vinham cortar e costurar nossos vestidos, as rendeiras vinham vender suas 5


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

rendas, os nossos vestidos eram de renda feita à mão. As bordadeiras vinham bordar os vestidos de mamãe, sentavam em roda e estendiam a saia sobre os joelhos, como uma brincadeira de roda, subiam e desciam as mãos pregando as contas, formando lores ou arabescos de brilho. Cantavam, riam, falavam da vida alheia. Uma casa feminina, muitas janelas, luz nas cortinas. [12] Mamãe gostava de ir aos bailes. Saía de unhas pintadas, colar de ouro e brincos, ou pérolas, ou brilhantes, de cabelos em cachos ela se envolvia num xale de seda e saía com papai, deixando um perfume na sala. A casa então icava vazia, escura, e eu sentia medo de que mamãe e papai nunca mais voltassem. Minha babá, Odete, me consolava com histórias, beijos, até eu adormecer. Eu precisava dormir cedo para ir de manhã à escola. [13] O Instituto Christus era a minha escola, onde eu estava aprendendo a ler e a escrever as primeiras letras, a desenhar e a colorir, a cantar e a tocar instrumentos. Eu adorava a aula de música, saltava sobre rodinhas coloridas, cada uma de uma cor, que representavam as notas musicais. Cantava o bê-á-bá, decorava os números, dançava quadrilha na festa de São João e fazia ginástica com bambolês ou lenços. [14] Nos ins de semana íamos ao clube Ideal, onde nos divertíamos na piscina, no escorrega, ou comíamos no restaurante. No clube, faziam as nossas festas de aniversário. A casa, as pessoas, a escola, o clube, tudo isso ia icar para trás. [15] Ia icar para trás o quintal da casa do vovô e da vovó, os pés de pinha, os galhos onde eu trepava e colhia ciriguelas. As ciriguelas eram as frutas mais gostosas do mundo, porque eram as frutas da minha infância. Tudo perdido... As redes de dormir das minhas tias, onde eu costumava me balançar, e que tinham um cheiro gostoso de perfume e cabelo... A minha madrinha, que me enchia de presentes – pulseira de pedrinhas azuis, corrente com medalha de Nossa Senhora, talismã da sorte... [16] Será que nunca mais eu ia ver a vovó? Vovó Joaninha era cega, e por isso eu podia icar olhando para ela muito tempo. Eu olhava a vovó cortando o cigarro pela metade e acendendo, como se enxergasse, ela fazia tudo como se enxergasse, e parece que sabia que eu estava ali perto dela, calada, olhando. Eu ia perder a vovó para sempre? [17] E as comidas do Ceará? A rapadura, a tapioca branca e ina, o feijão-de-corda, os cajus que deixavam um travo na boca. Será que em Brasília tinha cajueiro? Eu gostava tanto de pôr as castanhas de caju para estourar dentro de uma lata numa pequena fogueira… e minha babá cantava: Cajueiro pequenino Carregadinho de lor À sombra das tuas folhas Venho cantar meu amor. Cajueiro pequenino Carregadinho de lores Também sou pequenininha Carregadinha de amores… [18] E aquele vento sempre soprando... [19] Os jangadeiros que enfrentavam o alto-mar cheio de barracudas, pavoroso... [20] E o meu umbigo seco, que minha babá jogara no telhado depois que eu nasci... [21] E a lua... Será que nas outras cidades tinha a mesma lua? [...] MIRANDA, Ana. Flor do cerrado: Brasília. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004. p. 9-15.

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2. Individualmente, elabore um quadro recuperando do texto lido informações gerais: título, nome do autor, gênero, local em que o texto foi publicado. 3. Faça uma análise do texto, respondendo às seguintes questões no caderno: a) Que acontecimento vivido na infância da autora mudou radicalmente sua vida e a entristeceu? b) Por que ela achou que seu pai era um herói? c) Após a leitura do Parágrafo 8, indique dois motivos que faziam que a narradora não quisesse deixar sua casa em Fortaleza. d) No 10o parágrafo, o que sugere o choro da irmã? e) Com base na leitura dos Parágrafos 11 e 12, podemos airmar que a mãe da narradora era vaidosa? Explique. f ) É possível airmar que a narradora gostava de sua escola? Explique. g) A partir da leitura dos Parágrafos 16 e 17, indique um motivo que causa temor na narradora, quando pensa que mudará de casa e cidade. h) O que você achou da autora? Quais suas impressões sobre ela? i)

Esse relato, além de servir como registro de impressões da autora sobre alguns fatos, pode servir como registro de acontecimentos, de lugares e de costumes de Fortaleza naquela época? Explique.

j)

O relato autobiográico da autora tem uma função histórica. Qual é ela? Responda no caderno.

k) Indique algum costume presente no relato da narradora que você não vê nos dias atuais, pelo menos não com frequência.

Oralidade Dando continuidade ao estudo do texto Flor do cerrado: Brasília, reúna-se com seus colegas para organizar uma roda de conversa. 1. Comparem as respostas que deram às questões das Atividades 2 e 3, apresentando-as oralmente. Nesse momento, é importante observar se todos anotaram o mesmo tipo de informação ou se houve respostas muito diferentes. As respostas são coerentes com as informações encontradas no relato de Ana Miranda? 2. Relatem suas impressões pessoais sobre a autora e sobre a leitura do texto.

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3. Esclareçam eventuais dúvidas que tenham ocorrido no momento em que, individualmente, responderam às questões. 4. Relitam sobre a importância da roda de conversa para um entendimento mais amplo do texto lido. Em sua opinião, trocar impressões e informações de leitura ajuda (ou não) a construir uma maior compreensão do texto?

PESQUISA EM GRUPO

1. Façam uma pesquisa na internet sobre biograias, selecionando dois exemplos. Atenção: para a atividade ser mais dinâmica e interessante, vocês podem combinar quais autores serão selecionados pelos grupos, a im de que não haja repetição de nomes e relatos. 2. Organizem um quadro com as principais características desse gênero. Vejam o modelo:

Nome das biograias selecionadas

Informações gerais sobre cada um dos textos lidos

Características comuns entre as biograias selecionadas

1.

2.

3. Façam uma apresentação oral sobre as biograias lidas e o quadro que organizaram. 4. Em seguida, com o auxílio do professor, montem um novo quadro sintetizando todas as informações que vocês encontraram sobre o gênero textual biograia. 5. Os gêneros “relato autobiográico” e “biograia” fazem parte de uma mesma tipologia de textos: “relatar”. Comparando os dois, quais são as características desse tipo de texto? 8


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PARA SABER MAIS O ilme Narradores de Javé conta a história da pequena cidade de Javé, que será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notiicados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em documento cientíico. Decidem, então, escrever a história da cidade – mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever. Ficha técnica Filme: Narradores de Javé. Direção: Eliane Café. Roteiro: Eliane Café e Luís Alberto de Abreu. Intérpretes: José Dumont, Gero Camilo, Rui Resende, Luci Pereira, Matheus Nachtergaele, Nelson Dantas, Nelson Xavier. País: Brasil. Ano de lançamento: 2003. Duração: 100 min. Para saber mais sobre a história e as personagens, comparando os relatos de experiência no ilme com os relatos estudados nesta Situação de Aprendizagem, vocês podem combinar com o professor uma sessão de cinema na escola, com dia e horário predeterminados.

Produção escrita 1. A seguir, há três propostas para a produção de textos escritos. Com a orientação do professor, dividam-se em grupos e sorteiem essas propostas, anotando na coluna 2 o nome dos integrantes de seu grupo. Coluna 1

Coluna 2

Proposta para produção de texto escrito

Grupo responsável pela proposta e nome dos integrantes

1. Assistam a um programa na televisão (telejornal, novela, ilme, programa de debate etc.) e escrevam um relato a um amigo contando o que viram. 9


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Coluna 1

Coluna 2

Proposta para produção de texto escrito

Grupo responsável pela proposta e nome dos integrantes

2. Escrevam um relato de experiência vivida sobre sua primeira infância: onde e com quem moravam; que inluências recebiam de sua família (pais, avós, tios); que acontecimentos daquela época consideram mais importantes em sua história.

3. Escrevam uma pequena biograia de alguém de sua família.

2. Discutam a proposta observando o que devem fazer para garantir que a tarefa de escrita seja cumprida integralmente. 3. Individualmente, cada integrante do grupo deve escrever seu próprio texto e entregá-lo ao professor. 4. O professor fará anotações nesses textos, solicitando alterações, complementações, correções. Ainda individualmente, leiam essas anotações e tentem reformular os trechos indicados pelo professor. 5. Novamente em grupo, troquem seus textos entre vocês. Observem se seus colegas conseguiram modiicar os trechos indicados pelo professor. 6. Discutam no grupo o que acharam dos textos lidos. Oralmente, se for o caso, façam novas sugestões de reformulação. 7. Passem seu texto a limpo.

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8. Organizem um mural para uma exposição dos textos produzidos por vocês, agrupando-os de acordo com as propostas iniciais. Combinem com o professor um momento da aula para apreciarem os relatos e biograias produzidos.

Estudo da língua 1. Volte ao texto Flor do cerrado: Brasília. Circule todos os verbos dos Parágrafos 4 e 5. 2. Anote-os no quadro, classiicando-os de acordo com o exemplo.

Parágrafo 4o

Tempo verbal/modo ou formas nominais

Verbos encontrados tinha

Pretérito Imperfeito/Indicativo

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Parágrafo

Tempo verbal/modo ou formas nominais

Verbos encontrados

3. Responda no caderno: a) Por que a maioria dos verbos encontrados no texto Flor do cerrado: Brasília foi conjugada no tempo passado? b) Qual é a relação entre o tempo passado e os relatos autobiográicos? 4. Em grupos, retomem agora os textos que escreveram nas atividades anteriores, observando os verbos utilizados. A maioria deles também está conjugada no tempo passado? Formulem uma explicação para esse fato, relacionando-o ao tipo de texto estudado. 5. Seu professor fará a seleção de algumas atividades do livro didático sobre verbos no tempo passado. Desenvolva-as individualmente. 12


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Anote aqui as indicações dos exercícios para não esquecer Páginas: Exercícios: 6. Leia as sentenças a seguir. Depois, responda no caderno: Qual a inalidade das palavras e das expressões destacadas? a) Antigamente, as coisas eram diferentes. Havia mais árvores nas ruas, poucos carros. As pessoas costumavam dar bom-dia a todos que encontrassem. b) O cinema, ontem, estava lotado. c) Amanhã, a prova será sobre espaços geográicos. d) Em Manaus, faz 30 graus no inverno. e) Na minha casa, todo mundo gosta de assistir a ilmes de ação. 7. Em grupos, façam uma lista de palavras e expressões que têm a mesma inalidade das destacadas na Atividade 6. Utilizem o quadro a seguir como modelo e anotem exemplos retirados dos relatos que produziram. Palavras e expressões que marcam tempo

Palavras e expressões que indicam lugar

Antigamente

Em Manaus

Ontem

Na minha casa

Amanhã

LIÇÃO DE CASA 1. Procure, no livro didático, informações sobre marcadores de tempo e de lugar, também chamados de advérbios e locuções adverbiais. Anote as deinições no caderno. 2. Leia as informações apresentadas pelo livro e, em seguida, compare-as com a lista e as respostas formuladas nas atividades da seção “Estudo da língua”. 13


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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 ESTUDO DOS TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DO AGRUPAMENTO TIPOLÓGICO “RELATAR” (2)

Leitura e análise de texto 1. As letras de música que vamos estudar a seguir, embora escritas em versos, apresentam semelhanças com as narrativas e os relatos por contarem histórias. Vocês devem, de acordo com a orientação do professor, ouvi-las e analisá-las. Para isso, é necessário que copiem no caderno as letras de música que estiverem faltando, indicadas a seguir: t

letra de música 1: Eduardo e Mônica. Composição: Renato Russo;

t

letra de música 2: Com que roupa?. Composição: Noel Rosa.

2. Em uma roda de conversa, falem sobre suas primeiras impressões, recuperando algumas informações contidas em cada uma das letras: a) Do que tratam essas letras? b) Quem são as personagens envolvidas nas histórias? c) O que acontece com elas? d) Vocês já conheciam essas músicas? Como? 3. Na opinião de vocês, essas letras de música relatam fatos acontecidos com pessoas reais ou têm um caráter iccional (ou seja, narram histórias inventadas por seus compositores)? Por que vocês acham isso?

4. Em grupo, elaborem uma icha organizativa com as informações obtidas na leitura e na escuta das letras de música. Utilizem o modelo a seguir:

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Informações

Letra de música 1

Letra de música 2

Informações gerais sobre as canções: título, compositor, intérprete

Tema (sobre o que as letras tratam)

Elementos da narrativa que podem ser encontrados nessas letras

5. Em seguida, ainda em grupo, vocês devem transformar uma das duas letras de música em uma narrativa em prosa. Para tanto, será preciso organizar uma sequência de ações para as personagens (respeitando o esquema: situação inicial – conlito – desenvolvimento – clímax – desfecho); será necessário, ainda, optar por um narrador em primeira ou terceira pessoa.

6. O professor orientará a leitura e análise de algumas produções. 7. Em que as letras de música e as narrativas que vocês escreveram são semelhantes?

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

8. Em que essas letras de música e as narrativas que vocês escreveram são diferentes?

Oralidade 1. A proposta agora é realizar um estudo das marcas de oralidade nos versos de cada uma das duas letras de música analisadas na seção “Leitura e análise de texto”, observando quando os compositores reproduzem intencionalmente palavras e expressões típicas da linguagem oral. Essa intencionalidade ocorre por várias razões. Em grupo, respondam: Que razões são essas? 2. Releiam as letras, assinalando as interjeições que vocês também costumam utilizar (ou observam outras pessoas utilizando) quando conversam informalmente. Depois, relitam: t

O que vocês querem dizer quando usam essas interjeições?

t

Qual é a função delas no contexto de fala?

t

Se elas não fossem utilizadas, haveria prejuízo para o entendimento da conversa?

t

Essas interjeições poderiam ser utilizadas em outros contextos de produção textual (oral ou escrita)? Quais?

t

Vocês escreveriam uma notícia de jornal ou uma carta de leitor usando esses mesmos recursos linguísticos? Por quê?

3. Organizem no caderno uma lista com expressões que, quando utilizadas em um texto escrito, têm como objetivo reproduzir a informalidade da linguagem oral.

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Faça uma pesquisa em seu livro didático para saber mais sobre as interjeições. 2. Copie em seu caderno a deinição encontrada no livro. 3. Dê exemplos de interjeições que ajudam a exprimir, no texto escrito, emoções, sensações, estados de espírito. 4. Seu professor selecionará duas atividades de sistematização do conteúdo interjeições propostas pelo livro didático. Desenvolva-as.

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LIÇÃO DE CASA 1. O professor selecionará alguns exercícios sobre pontuação propostos pelo livro didático a im de que você se familiarize com as regras. 2. Volte ao relato que escreveu e observe os sinais de pontuação utilizados. a) Você seguiu as regras estudadas nessa sequência de atividades? b) Que outros sinais você também usou para compor seu texto?

Produção escrita 1. Individualmente, escreva no caderno um pequeno relato de experiência vivida em sua rotina diária: a que horas acorda, aonde costuma ir, o que costuma fazer, a que horas almoça, em que horário vai dormir etc. 2. Troque seu relato com o de um colega e leia o dele. 3. Registre suas impressões de leitura: Você gostou do que leu? Achou (ou não) algo de especial? Esperava alguma coisa a mais? Identiicou-se (ou não) com a rotina do colega? Etc.

4. Depois, coletivamente, discutam sobre o relato escrito: a) Qual a inalidade desse texto? b) Vocês o consideram importante? c) Em que circunstâncias vocês o usariam e por quê? 17


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Leitura e análise de texto

© Conexão Editorial

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1. Em grupo, façam a leitura das imagens a seguir.

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© Conexão Editorial

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2. Responda no caderno: a) O que as pessoas estão fazendo em cada uma das imagens? b) O que as expressões facial e corporal dessas pessoas, em cada uma das imagens, indicam? c) Aquela que está ouvindo o orador apresenta que tipo de reação? d) Pelas reações, é possível inferir o que o ouvinte está achando da explanação do orador? e) Na sua opinião, apenas com as informações obtidas na leitura das imagens, é possível relatar o que, de fato, essas pessoas estão fazendo, dizendo, sentindo etc.? Por quê? O que seria necessário saber para relatar o que está sendo dito pelas personagens dessas imagens?

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

3. Em grupo, escrevam no caderno um pequeno relato de experiência que a personagem de camisa azul pode estar vivendo ao ouvir seu colega. Nesse relato, é preciso esclarecer por que o ouvinte tem determinada expressão diante do que o orador diz. 4. Vocês se identiicaram com alguma das pessoas das imagens, ou seja, também icaram felizes, tristes ou entediados diante da leitura do relato da rotina de seu colega? Digam qual dessas sensações vocês sentiram e expliquem, no caderno, por que vocês acham que a leitura do relato a provocou.

Produção escrita 1. Retomem os relatos que izeram na seção anterior de “Produção escrita”, da página 17, reletindo sobre a situação de comunicação para a qual eles foram elaborados: alunos escrevem para os colegas e para o professor ouvirem a respeito da rotina do dia a dia, sem acrescentar nada de diferente. Relembrem a situação e, depois, respondam no caderno: É provável que o relato da rotina de um estudante, sem nenhum acontecimento especial, desperte interesse e curiosidade nos ouvintes? Por quê? 2. Escolha uma das situações de comunicação a seguir e escreva em seu caderno um novo relato que atenda às exigências dessa situação. Sugestões de situações de comunicação: t

sua escola está realizando um censo para saber qual é a rotina dos estudantes após o período (ou antes dele) em que estão na escola, a im de reunir dados estatísticos sobre a quantidade de adolescentes que trabalham além de estudar;

t

seu professor quer solicitar algumas tarefas para serem realizadas fora do horário escolar e precisa saber a disponibilidade de tempo que os alunos têm para isso;

t

um professor tem como objetivo fazer uma comparação entre a vida de seus alunos e a de crianças e adolescentes que vivem nas ruas e não frequentam uma escola, a im de discutir com os estudantes, principalmente, as diferentes realidades que envolvem os jovens brasileiros.

Considere: a) Quais informações você deve dar? b) Quais informações podem ser descartadas por não terem importância para a situação escolhida? c) Qual a função social, isto é, para que servirá seu relato de acordo com as exigências da situação que você escolheu?

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 ESTUDO DE ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE A LINGUAGEM ORAL E A LINGUAGEM ESCRITA Leitura e análise de texto Para realizar as atividades de leitura e interpretação textual, vocês terão de desenvolver, ao mesmo tempo, as seções “Pesquisa em grupo” e “Lição de casa”. 1a Etapa 1. Preparem, com o apoio do professor, uma lista de contos que gostariam de ler. Uma possibilidade de organizar essa lista é escolhê-los em uma visita à sala de leitura ou biblioteca da escola; outra maneira de conhecer contos é buscá-los na internet; outra, ainda, é trazê-los de casa. Depois de encontrar alguns títulos de contos que consideram interessantes, anotem seus dados no quadro a seguir.

Título do conto

Nome do autor

2. Escolham um dos contos listados. Caso tenham diiculdade para escolher, façam um sorteio. Guardem a lista para outra atividade de leitura. 3. Agora, cada um deverá ler o conto individualmente. 4. Combinem entre vocês um momento de silêncio para que o professor faça a leitura em voz alta de uma parte do conto escolhido. 5. Quando o professor terminar a leitura, em uma roda, comentem suas impressões: a) Gostaram (ou não) do trecho lido do conto? Por quê? 21


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b) Ficaram curiosos ou com vontade de ler a continuação do conto? Por quê? c) Quiseram saber mais sobre o autor do texto (sua vida, os livros que já escreveu, onde mora, se ainda vive etc.)? Por quê? d) Relacionaram esse conto a alguma história real que conhecem? Contem essa história a seus colegas.

PESQUISA EM GRUPO

1. O professor discutirá mais alguns contos do quadro elaborado na 1a Etapa da seção “Leitura e análise de texto” por grupos de trabalho. 2. No laboratório de informática (caso exista um em sua escola e esteja disponível) ou em qualquer outro lugar a que tenham acesso, vocês devem fazer uma pesquisa na internet a im de saber sobre os contos e autores pelos quais seu grupo icou responsável. Durante essa pesquisa, vocês podem acrescentar novos contos que gostariam de ler para sua classe, em outra aula. Vocês também podem selecionar contos dos livros que encontrarem na biblioteca da escola, em casa, com amigos etc. 3. Façam a leitura dos contos escolhidos e, em nova roda de leitura, comentem suas impressões.

LIÇÃO DE CASA 1. Após a pesquisa em grupo, selecione um dos contos e faça uma leitura individual em voz alta. Escolha a entonação que melhor combina com o tipo de história que selecionou. Por exemplo: se você optou por um conto de mistério e suspense, é preciso pensar em como ler as partes que causam sensação de medo ou angústia no leitor/ouvinte. Nesse caso, sua leitura deve reforçar essa sensação. 2. Prepare duas questões sobre o conto (pode ser a respeito das personagens, do lugar onde a história acontece, do tema etc.). Formule as respostas para essas questões de acordo com o entendimento que teve do texto e anote-as no caderno.

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2a Etapa 1. Reúnam-se em duplas. Cada um de vocês lerá em voz alta para o colega um trecho do conto escolhido na seção “Lição de casa”. 2. Apresente a seu colega as duas questões preparadas por você, durante a lição de casa, sobre o conto que escolheu para ler. 3. Individualmente, responda às questões que seu colega elaborou e aguarde que ele responda às elaboradas por você. 4. Troquem novamente as questões e observem se as respostas dadas são semelhantes às sugestões de respostas que cada um anotou anteriormente. 5. Discutam sobre essas respostas, justiicando por que julgam que as questões formuladas são pertinentes ao exercício de análise textual: a) Elas ajudam a compreender melhor o conto? b) Possibilitam ampliar a discussão sobre a história? c) Estimulam a curiosidade do ouvinte? 6. Entreguem ao professor essas questões (suas e de seu colega) com as respectivas respostas (as esperadas por você e as dadas por seu colega).

Oralidade 1. Leia a sequência de textos a seguir.

Texto 1: Como você se interessou pelo circo? Na verdade eu sempre meio... que... iquei meio fascinada com circo... uma vez quando eu era criança eu assisti... é... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou muita atenção... eu achei muito bonito... na verdade eu nunca... cheguei a imaginar... como que alguém poderia fazer circo, eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... de circo... aí é... sempre que eu tive meio que uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso... e... até que que um dia quando eu estava mais velha... eu tinha... uns quatorze... anos eu vi na... um espetáculo de um circo na televisão que é o Cirque du Soleil... e... e voltou tudo muito mais forte porque é um espetáculo muito bonito e eu queria fazer parte de tudo aquilo e aí como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso. Adaptado de: NÓBREGA, Maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 147.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Texto 2: Como você se interessou pelo circo? Na verdade eu sempre meio... que... iquei meio fascinada com circo... uma vez quando eu era criança eu assisti... é... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou muita atenção... eu achei muito bonito... na verdade eu nunca... cheguei a imaginar... como que alguém poderia fazer circo, eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... de circo... aí é... sempre que eu tive meio que uma uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso... e... até que que um dia quando eu estava mais velha... eu tinha... uns quatorze... anos eu vi na... um espetáculo de um circo na televisão que é o Cirque du Soleil... e... e voltou tudo muito mais forte porque é um espetáculo muito bonito e eu queria fazer parte de tudo aquilo e aí como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso. Adaptado de: NÓBREGA, Maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 147.

Texto 3: Como você se interessou pelo circo? Eu sempre... iquei fui meio muito fascinada com pelo circo... uma vez quando era criança assisti a um espetáculo e... principalmente o trapézio foi uma coisa que me chamou muita muito a atenção... nessa época nunca... cheguei a imaginar... como que alguém poderia aprendia a fazer circo eu não imaginava quando era pequena nem sabia que tinha uma escola... sempre tive mas tinha uma curiosidade e uma vontade... de fazer parte disso parte daquele mundo... e... até que um dia quando estava mais velha... tinha... com uns quatorze... anos vi... um espetáculo muito bonito de o Cirque du Soleil um circo na televisão que é... e o desejo de fazer parte de tudo aquilo voltou tudo muito mais forte porque é um espetáculo e eu queria e como eu sabia onde tinha uma escola resolvi ir atrás desse sonho... e poder fazer parte disso. Adaptado de: NÓBREGA, Maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 147.

Texto 4: Como você se interessou pelo circo? Eu sempre fui muito fascinada pelo circo. Uma vez, quando era criança, assisti a um espetáculo e, principalmente, o trapézio me chamou muito a atenção. Nessa época, nunca 24


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cheguei a imaginar como alguém aprendia a fazer circo, nem sabia que tinha escola, mas tinha uma curiosidade e uma vontade de fazer parte daquele mundo. Até que um dia, quando estava com uns quatorze anos, vi um espetáculo muito bonito do Cirque du Soleil na televisão e o desejo de fazer parte de tudo aquilo voltou muito mais forte. Como eu sabia onde tinha uma escola, resolvi ir atrás desse sonho. Adaptado de: NÓBREGA, Maria José. Os tons e mil tons do português do Brasil. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 147.

2. Em uma roda de conversa, relitam sobre as questões a seguir, formulando respostas de acordo com o entendimento que tiveram da sequência de textos: a) Na opinião de vocês, qual a semelhança entre os quatro textos? b) Em que eles diferem? c) Vocês consideram que se trata de um mesmo texto, várias vezes reformulado, ou são textos diferentes, produzidos por pessoas diferentes? d) Qual o tema tratado nos quatro textos? 3. Comparem o Texto 1 com o Texto 4. Respondam: a) Qual deles apresenta expressões típicas da linguagem oral? b) Qual pertence à linguagem escrita? c) Por que vocês acham isso? 4. Por que os Textos 2 e 3 apresentam destaque em algumas palavras? Por que o Texto 3 apresenta novas palavras (marcadas na cor azul)? Qual a inalidade dessas palavras? 5. Discutam as transformações sofridas pelo texto original e sua importância na transposição da linguagem oral para a linguagem escrita.

Produção escrita 1. Em grupo, vocês devem gravar relatos de algumas pessoas sobre fatos vivenciados por elas. Essa gravação deve ser, evidentemente, autorizada pelas pessoas. Vocês podem escolher algum familiar, colegas de outras classes ou professores. Vejam estas orientações: t

vocês devem ter um entendimento comum sobre o assunto do relato: um acontecimento de infância, um momento de muita alegria, o nascimento de um ilho etc.; 25


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t

é importante que vocês gravem, no máximo, dois minutos do relato, a im de facilitar o trabalho de transcrição e, posteriormente, de transposição da linguagem oral para a escrita.

2. Vocês devem transcrever os relatos gravados exatamente como foram falados, seguindo como modelo a sequência de textos analisada na seção “Oralidade”. Essas transcrições devem ser lidas pelos grupos, que discutirão quais aspectos do texto original devem ser eliminados inicialmente. 3. A partir de então, vocês precisam transformar as transcrições dos relatos em textos escritos, utilizando os recursos típicos dessa linguagem, como a pontuação, a paragrafação e os elementos coesivos. Leiam as seguintes orientações: t

cortem as passagens repetitivas ou palavras e expressões que funcionam bem na hora de falar, mas, em geral, são desnecessárias na escrita;

t

acrescentem informações que não tenham sido faladas, por serem facilmente subentendidas, mas que precisam aparecer na escrita;

t

substituam termos muito vagos por palavras ou expressões mais especíicas;

t

invertam expressões ou partes do texto para deixar as ideias apresentadas mais claras para quem lê;

t

por im, dividam o texto em parágrafos e frases, empregando a pontuação adequada e as letras maiúsculas de modo correto.

4. Após a transposição para a escrita, vocês devem ler para toda a classe o resultado do trabalho realizado, fazendo comparações com o texto transcrito e discutindo as marcas da escrita que foram utilizadas na transposição. 5. Entreguem esse texto ao professor para que ele possa auxiliá-los na revisão. Ele fará anotações e sugestões do que vocês podem fazer para melhorar o texto transposto. 6. Façam as mudanças apontadas pelo professor. Todos os integrantes do grupo devem ter uma cópia de cada etapa dessa atividade a im de consultá-la posteriormente como “termômetro” avaliativo, para veriicar o que sabiam e como escreviam antes e depois de cada etapa.

Estudo da língua 1. O professor apresentará à classe um texto narrativo. Você deve, individualmente: a) Fazer a leitura do texto narrativo apresentado por ele. b) Identiicar as personagens: Quem e quantas são? Quais são as falas de cada uma delas? c) Identiicar o narrador: Ele também é personagem ou não? Como você identiica isso? d) Responder em seu caderno: O que falta a esse texto? Isso prejudica o entendimento da história? Por quê? 26


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2. Reescreva o texto no caderno, separando as falas do narrador e das personagens por meio do uso de sinais de pontuação. 3. Em dupla, comparem o modo como vocês pontuaram o diálogo entre as personagens: a) Usaram o mesmo tipo de pontuação ou pontuaram de forma bem diferente? b) A maneira como pontuaram cada texto criou possibilidades diferentes de entendimento? Quais? 4. Seu professor apresentará o texto original coletivamente, a im de que vocês possam reletir sobre a função da pontuação nas marcas de diálogo e no sentido que se quer atribuir ao texto.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 ESTUDO DA ESTRUTURA DO JORNAL 1. Leia os textos a seguir.

Leitura e análise de texto Texto 1 Na noite de ontem, por volta das 22 horas, um tremor de terra atingiu diversas regiões de São Paulo. De acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de São Paulo, o epicentro ocorreu no mar, a uma distância de aproximadamente 215 quilômetros da costa do Estado de São Paulo. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) informou que muitos moradores da cidade ligaram para relatar o abalo e registrar a preocupação com novos tremores, mais fortes e perigosos. No entanto, o Centro não registrou nenhum caso de pessoa ferida ou morta. Segundo o professor João Teixeira, “não há riscos de novos tremores nos próximos dias”. Uma moradora do bairro do Ipiranga contou que estava chegando em casa na hora em que a terra começou a tremer: “Os quadros do saguão do meu prédio icaram todos tortos e eu tive a impressão de estar andando sobre o chão de um barco”. A moradora espera não passar novamente por essa sensação. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Leitura e análise de texto Texto 2 Mãe, Espero que tudo esteja bem aí em casa. Aqui, as coisas estão indo assim, assim... Ainda não tive resposta daquele emprego, mas vou levando. Ontem, tomei um baita susto: a vida tremeu dentro de mim. É sério, tremeu mesmo. Eu já estava na cama (você sabe que gosto de dormir cedo, né?), mas ainda não tinha conseguido encontrar Morfeu. Daí, tudo pareceu tremer à minha volta. Achei até que estava com labirintite! Como a noite estava negra como os cabelos de Iracema (lembra-se da nossa querida índia?), não compreendi bem o acontecido: seria um certo devaneio meu ou algo, de fato, estava acontecendo no mundo? Sei lá, mãe... Naquela hora, eu iquei com tanto medo que nem pensei em levantar do meu beliche. 28


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Hoje, quando resolvi me aventurar para fora das minhas paredes protetoras, descobri que o tremor tinha sido real mesmo: “um abalo sísmico”, era o que dizia no jornal. Isso me fez respirar mais tranquila: não fora um devaneio, não. E não é que aqui, na selva de pedra, a gente tem terra que balança? Beijo, mãe... Estou com muita saudade, mas só posso ir para casa no próximo feriado. Sua ilha Matilda. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

2. A quais gêneros eles pertencem? Marque a resposta correta: a) o primeiro é uma notícia, porque é um texto que não necessariamente precisa ser assinado por um autor, foi escrito por alguém que observou o acontecimento de longe e tem a função de informar o público em geral; o segundo é uma carta, que foi escrita por alguém que viveu o acontecimento, identiica-se como ilha e tem a função de informar a mãe para que ela não se preocupe. b) o primeiro é um relato de experiência vivida, porque foi escrito por alguém que participou do acontecimento para informar os leitores de um jornal dos detalhes do tremor de terra; o segundo também é um relato de experiência vivida, porque está sendo lido na escola, para todos os alunos que também sentiram o tremor de terra em suas casas. 3. Organize uma lista de características que comprovem a resposta que você deu no Item 2. Anote essa lista no quadro a seguir.

Gênero/características

Texto 1

Gênero

Características

29

Texto 2


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4. Identiique o tema principal dos dois textos, observando como o acontecimento é retratado em cada um deles.

5. Em sua opinião, seria adequado usar as mesmas expressões escritas no Texto 2 para retratar o acontecimento no Texto 1? Por quê?

6. A função social de cada um dos gêneros textuais que você leu é diferente: um deles, por ser uma notícia, informa um grande público de leitores de jornal sobre um acontecimento; o outro, por ser carta, relata um acontecimento vivido por alguém. Será que o fato de serem autores e públicos diferentes modiica o modo como é feita a descrição do acontecimento? Explique como é possível veriicar essa diferença.

7. Retomem o primeiro parágrafo do Texto 1 e observem as informações contidas nele. Que informações são essas? Qual a importância dessas informações para a composição desse texto?

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Leitura e análise de texto 1. Façam uma leitura coletiva do texto a seguir: Agências de notícia: empresas que cobrem fatos e distribuem informações jornalísticas para todos os veículos de comunicação (jornal, revista, rádio, TV, internet). Existem as agências locais, nacionais e internacionais. Selecionam as notícias que devem ser transmitidas. Caderno: cada uma das partes separadas de um jornal. Contém assuntos correlatos, distribuídos em seções e colunas ixas e matérias ligadas a seu tema geral (por ex.: caderno de esporte, de turismo, de dinheiro, de política, de economia, de classiicados, etc.). Chamada: texto, completado por títulos, fotos e legendas, gráicos, mapas, etc., que resume a notícia. Geralmente é colocada na primeira página para atrair o leitor. Abaixo dela, à direita, há indicações do caderno ou página em que a notícia integral se encontra. também pode se constituir apenas de um título ou uma foto com legenda. Coluna: seção assinada de um jornal ou revista. É colocada sempre em uma mesma página e possui título ixo. Lide ou lead: abertura do texto jornalístico, indicando dados sobre o fato noticiado (quem, o quê, quando, onde, como e por quê). também serve como resumo do fato, orientando a leitura dos parágrafos seguintes, que devem ser um desdobramento das informações contidas no lide. Manchete: título principal de uma notícia, em letras garrafais, na primeira página do jornal ou da revista. Notícia: relato de uma série de fatos a partir de um fato mais importante. Sua estrutura é lógica e tem critério de importância ideológico: depende do mercado consumidor, da cultura, do momento histórico de um país, etc. Olho: tem a mesma função de um subtítulo. É um pequeno texto ou título que antecede um título maior ou um grande texto. Rubrica: título dado a uma matéria. Pode ser o nome de um assunto pontual ou de determinada seção ou coluna. Seção: espaço no jornal onde são reunidos assuntos especíicos. É uma subdivisão dos cadernos do jornal. Adaptado de: FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 10. ed. 1a reimpressão, fevereiro de 2008. p. 157-160. <http://www.editoracontexto.com.br>.

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2. Respondam no caderno: a) Qual a função desse texto? b) A que contexto ele reporta o leitor? c) Vocês reconhecem alguma das informações contidas nesse texto? d) O que aprenderam com a leitura desse texto? 3. Em grupo, analisem a primeira página de um jornal, reconhecendo suas partes e seus componentes, como o nome do jornal (título), a data de edição, o preço, as manchetes, os pequenos textos de esclarecimentos das manchetes, as seções etc. Em seguida, examinem as demais partes do jornal. 4. Em quais partes do jornal se encontram os tópicos apresentados no texto do Item 1? 5. Coletivamente, comparem os jornais manuseados pelos grupos, veriicando se todos apresentam a mesma estrutura. Para facilitar a tarefa e registrá-la, vocês podem organizar uma icha com as informações da atividade anterior. 6. Selecionem uma das seções ou partes do jornal e façam a leitura de dois textos dessa seção. 7. Discutam o que acharam da parte selecionada e dos textos lidos. Justiiquem por que algumas seções não lhes chamaram a atenção. 8. Coletivamente, avaliem: a) Vocês manusearam com facilidade os cadernos dos jornais? b) Encontraram facilidade na leitura dos textos? c) Reconheceram em algum deles o gênero “notícia”? d) E o gênero “relato de experiência vivida”?

Produção escrita 1.

Observe o esquema a seguir:

t

Quem?

Pesquisadores italianos.

t

O quê?

Clonar animais.

t

Quando?

Abril de 2002.

t

Onde?

Na Itália e em outras partes do mundo. 32


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

t

Como?

A partir de células de bichos adultos.

t

Por quê?

Por motivos inanceiros: ajudar a pecuária. Por motivos cientíicos: recuperar espécies em extinção.

Atividade adaptada de: NERY, Alfredina; NÓBREGA, Maria José. Gêneros de textos: temas, formas, recursos e suportes. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002.

2.

Individualmente, com base nas informações do quadro anterior, escreva uma notícia de jornal que discorra sobre o tema Clonagem de animais. Siga estas instruções para a composição desse texto: t

as informações do quadro devem compor o texto. Você deve atentar para a estrutura do gênero “notícia”, dividindo as informações por parágrafo. Por exemplo: no primeiro parágrafo ou lide, anuncie a notícia, com dados sobre o fato noticiado (quem, o quê, quando, onde, como e por quê), sem explicá-los ou dar detalhes sobre essas informações. Deixe para fazer isso nos parágrafos seguintes. Não se esqueça de dar um título ao texto que chame a atenção dos leitores;

t

em dupla ou grupo, comparem as notícias escritas por vocês, observando se todos utilizaram as informações contidas no quadro anterior. Observem também as novas informações que foram agregadas ao texto;

t

façam a revisão de seus textos, dando ênfase aos seguintes aspectos da língua: uso de discurso direto e indireto, pontuação (vírgula, ponto-inal, aspas, dois-pontos), ortograia. Fiquem atentos também à estrutura do gênero: Todos escreveram o lide? As informações do lide foram ampliadas nos parágrafos seguintes?;

t

refaçam o texto a partir da revisão sugerida por sua dupla ou seu grupo;

t

guarde seu texto em uma pasta a im de consultá-lo em outro momento.

PESQUISA INDIVIDUAL 1. Para saber mais sobre clonagem animal, realize uma pesquisa na internet (ou, caso tenha acesso, em materiais impressos que costumam tratar desse assunto, como jornais e revistas), buscando notícias publicadas recentemente sobre isso. Selecione duas ou três notícias e leia seu conteúdo, atentando para dois aspectos do texto: t

as informações que ele apresenta sobre o tema;

t

a estrutura do gênero textual notícia.

2. Agora, retome a notícia que você escreveu e modiique o que achar necessário. 33


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Estudo da língua Em dupla, retomem os textos lidos na seção “Leitura e análise de texto” desta Situação de Aprendizagem. 1. Circulem todos os advérbios e locuções adverbiais presentes neles. 2. Relitam sobre o uso dessas palavras: t

No geral, como elas ajudam na organização dos textos?

t

Elas contribuem para que o leitor compreenda o que está lendo?

t

De que modo esses marcadores são utilizados em gêneros jornalísticos como a notícia?

3. Observem agora algumas notícias selecionadas por seu professor. Identiiquem nelas os marcadores de tempo e lugar presentes nesse gênero textual. 4. Depois, coletivamente, discutam sobre a importância desses marcadores para o entendimento dos textos lidos, auxiliando na organização coerente dos fatos relatados nas notícias.

VOCÊ APRENDEU? Responda em seu caderno às questões sobre os Textos 1 e 2, analisados na seção “Leitura e análise de texto”: 1. Com que inalidade esses textos foram escritos? 2. Quais as características do Texto 1 para que ele possa ser considerado informativo? 3. O Texto 1 pode ser considerado uma notícia? Por quê? 4. Por que o Texto 2 não pode ser considerado uma notícia? 5. Embora o mesmo tema esteja presente nos dois textos, por que o segundo não é o mais adequado para informar o leitor de um jornal sobre o fato ocorrido? 6. O que há de diferente entre a linguagem do Texto 1 e a do Texto 2? Como os autores falam sobre o fato? Em qual dos textos o acontecimento ica mais claro para o leitor? LIÇÃO DE CASA 1. No livro didático, procure informações sobre linguagem denotativa e linguagem conotativa (ou denotação e conotação). Anote as deinições encontradas.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

2. Faça no caderno os exercícios de sistematização selecionados pelo professor.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 ESTUDO DA NOTÍCIA NO JORNAL 1.

Leia o texto atentamente e responda às questões.

Leitura e análise de texto João moço não enjeitava parada com sertanejo. Podiam brincar com ele sem carregar no gracejo. Dizia que homem covarde não é cabra, é percevejo.

Texto 1 Estória de João-Joana Meu leitor, o sucedido em Lajes do Caldeirão é caso de muito ensino, merecedor de atenção. Por isso é que me apresento fazendo esta relação.

Um dia de calor desses que tacam fogo no agreste, João suava que suava sem despir a sua veste. Companheiro, essa camisa não é coisa que moleste?

Vivia em dito arraial do país das Alagoas um rapaz chamado João cuja força era das boas pra sujigar burro bravo, tigres, onças e leoas.

lhe perguntou um amigo que estava de peito nu. E João se calado estava nem deu pio de nambu. Ninguém nunca viu seu pelo, nem por trás do murundu.

[...] De pequeno icou órfão, criado por seus dois manos. Foi logo para o trabalho com muitos outros fulanos e seu muque, sem mentira, era o de três otomanos.

João era muito avexado na hora de tomar banho. Punha tranca no barraco fugindo a qualquer estranho. Em Lajes nenhum varão tinha recato tamanho.

Na enxada, quem que vencia aquele tico de gente. No buteco, se ele entrava pra bochechar aguardente, o saudavam com respeito: Deus lhe salve, meu parente.

João nas últimas semanas entrou a sofrer de inchaço. Mesmo assim arranca toco sem se carpir de cansaço. Um dia, não aguenta mais, exclama: O que é que eu faço? 36


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Os manos vendo naquilo coisa mei’desimportante, logo receitam de araque meizinha sem variante para qualquer macacoa: Carece tomar purgante.

Se os manos levaram susto, até eu, que apenas conto. E o povo todo, assuntando a estória ponto por ponto, icou em breve inteirado do que aí vai sem desconto.

João entrou no purgativo louco de dor e de medo, se entorcendo e contorcendo na solidão do arvoredo pois ele em sua alição lá se escondera bem cedo.

Nem menino nem menina era João quando nasceu. A mãe, sem saber ao certo, o nome de João lhe deu, dizendo: Vai vestir calça e não saia que nem eu.

O gemido que exalava do peito de João sozinho alertou os seus dois manos que foram ver de mansinho como é que aquele bravo se tornara tão fraquinho.

À proporção que crescia feito animal na campina, em João foi-se acentuando a condição feminina, mas ele jamais quis ser tratado feito menina.

No chão da terra, essa terra que a todos nós vai comer, chorava uma criancinha acabada de nascer, e João, de peito desnudo, acarinhava este ser.

Pois nesse triste povoado e cem léguas ao redor, ser homem não é vantagem mas ser mulher é pior. Quem vê claro já conclui: de dois males o menor.

Aquela cena imprevista causou a maior surpresa. O que tanto se ocultara se mostrava sem defesa. João deixara de ser João por força da natureza. A mulher surgia nele ao mesmo tempo que o ilho, tal qual se brotassem junto a espiga com o pé de milho, ou como bala que estoura sem se puxar o gatilho.

[...] João vira Joana: acontecem dessas coisas sem preceito. No seu colo está Joãozinho mamando leite de peito. Pelo menos esse aqui de ser homem tem direito. [...] ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Versiprosa. São Paulo: Companhia das Letras (com futuro lançamento). Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond <http://www.carlosdrummond.com.br>.

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2. O texto lido pode ser considerado: a) uma notícia de jornal. b) um relato autobiográico. c) uma crônica esportiva ou social. d) um poema para ser cantado. 3. Se esse texto fosse uma notícia de jornal, não poderiam faltar informações sobre: a) o fato ocorrido, o nome dos envolvidos no fato, o lugar do ocorrido, o tempo em que ocorreu. b) imaginação e intriga. c) linguagem poética e preocupação com a expressão. d) dados sobre o processo de escrita dos autores da notícia. 4.

O título do texto: a) atrapalha o entendimento e a leitura do texto. b) é desnecessário e, portanto, não deveria compor o texto. c) dá pistas ao leitor do que ele irá encontrar durante a leitura do texto. d) indica que o texto tratará de problemas domésticos entre João e Joana.

5.

Faça a leitura do segundo texto e responda à pergunta a seguir.

Texto 2 Publicado em 1967, na primeira edição do livro Versiprosa, de Carlos Drummond de Andrade, João-Joana foi, no ano de 1985, musicado e gravado por Sérgio Ricardo (voz e arranjo), Radamés Gnattali (orquestração) e Alexandre Gnattali (regência). Em 2000, já remixada, a gravação foi relançada em CD intitulado Estória de João-Joana.

Que informações o Texto 2 traz que ajudam o leitor a ler e compreender o contexto e a função social do Texto 1?

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Oralidade Dando continuidade à análise dos textos apresentados na seção “Leitura e análise de texto”, em uma roda de conversa, respondam. 1. Qual o tema tratado no texto? 2. Quem são as personagens envolvidas nessa história? 3. Vocês se surpreenderam com o desfecho da história? Por quê? 4. O que vocês compreenderam dela? E o que tiveram diiculdade para entender? 5. O texto apresenta traços de narratividade: Que traços são esses? 6. A que gênero esse texto pertence? Discuta com seus colegas.

Leitura e análise de texto 1. O professor apresentará à classe, nesta nova sequência de leitura, dois textos. Você deve: a) fazer uma leitura silenciosa desses textos, observando seu tema; b) coletivamente, em voz alta, fazer novas leituras desses textos para experimentar outros modos de ler. Considerem, para isso, as seguintes questões: t

O que sabem sobre os gêneros ao qual pertence cada um dos textos apresentados pelo professor?

t

Como acham que deve ser a leitura em voz alta de cada um desses textos?

t

Quais são as entonações necessárias para frisar as informações do Texto 1?

t

No caso do Texto 2, o que é preciso saber para fazer uma boa leitura em voz alta, aproveitando e valorizando os recursos estilísticos utilizados pelo autor? 39


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

2. Na sequência, dividam-se em dois grandes grupos e selecionem um dos textos lidos anteriormente a im de fazer uma análise mais detalhada de sua estrutura e temática. Depois, organizem ichas idênticas, com as seguintes informações: Informações

Texto 1

Texto 2

Nome do texto Nome do autor Referência de publicação Função comunicativa e social Tema Linguagem Gênero textual Atenção: é importante que os dois grupos tenham ichas idênticas porque, ao socializarem suas respostas, vocês terão espaço para acrescentar as informações dadas pelos colegas sobre o outro texto. 3. Apresentem à classe a icha preenchida por vocês. Depois, com a ajuda do professor, relitam: Quais marcas, indícios ou pistas encontrados nos textos permitem ao leitor construir uma compreensão sobre os temas e os gêneros a que pertencem os Textos 1 e 2?

Atividade em grupo 1. Façam a leitura das notícias apresentadas pelo professor ou selecionadas por vocês, em jornais encontrados na biblioteca da escola ou trazidos de casa. Mas atenção: cada grupo deve trabalhar com uma coletânea de notícias diferentes. 2. Observem as características comuns a todas as notícias lidas, anotando-as em um quadro organizativo semelhante ao indicado a seguir: 40


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Título da notícia Tema Acontecimentos/fatos Com quem aconteceu? Quando aconteceu? Onde aconteceu? Por que aconteceu? Como aconteceu?

3. Apresentem o quadro à classe, comparando o estudo feito pelos grupos. As características encontradas são semelhantes? São diferentes? Vocês consideram que esse estudo facilita o reconhecimento do gênero “notícia de jornal”, bem como a compreensão de sua função comunicativa (informar o leitor sobre um acontecimento)?

Produção escrita Esta sequência será dividida em várias partes. Siga as orientações, observando a necessidade de retomar algumas atividades e textos já estudados nas sequências anteriores. Parte 1 1. O professor apresentará algumas ichas com informações isoladas de notícias de jornal (título, fato ocorrido, com quem, quando, onde, como, por quê). Coletivamente, façam a leitura dessas ichas. 2. Individualmente ou em duplas, selecionem uma das ichas lidas e escrevam um lide (parágrafo inicial da notícia). 3. Troquem seu(s) texto(s) com um colega ou outra dupla para que possam lê-lo(s) e avaliá-lo(s). 41


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Para essa avaliação, considerem: t

É possível reconhecer no parágrafo escrito por seus colegas o início de uma notícia de jornal?

t

O parágrafo que você (ou sua dupla) escreveu é parecido com o de seus colegas?

t

O acontecimento foi priorizado, sendo apresentado de maneira clara e objetiva?

4. Façam anotações a lápis no texto dos colegas, acrescentando sugestões ou soluções para os eventuais problemas encontrados. 5. Devolvam o texto a seus autores, que farão a leitura das anotações e dos comentários, reformulando-o se necessário. VOCÊ APRENDEU? 6. Organizem um mural de notícias a im de expor a produção dos lides realizada nessa atividade. Coletivamente, sob orientação do professor, façam uma roda para falar sobre o que pensaram ao escrever o parágrafo: t

O que vocês acharam dessa escrita?

t

Como se sentiram diante da tarefa de comentar o texto dos colegas e diante dos comentários escritos por eles sobre o seu texto?

t

Vocês concordaram com as sugestões dadas?

t

Vocês tinham consciência dos problemas de seu texto apontados por seus colegas?

t

Trocar os textos com os colegas a im de que os avaliem é uma prática eiciente para ajudar a escrever melhor?

Parte 2 Em dupla, transformem o cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade e musicado por Sérgio Ricardo, apresentado na seção “Leitura e análise de texto”, em uma narrativa em prosa. Para essa produção escrita, levem em consideração os seguintes aspectos encontrados no texto original: t

personagem;

t

enredo;

t

espaço;

t

tempo;

t

foco narrativo. 42


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Parte 3 Ainda em dupla, escrevam uma notícia de jornal apresentando o fato principal ocorrido com João-Joana. Nesse novo texto, é preciso considerar a estrutura do gênero “notícia”, restringindo as informações aos dados essenciais da história. Utilizem como referência as notícias lidas até aqui e a produção textual que izeram na Situação de Aprendizagem 4. Parte 4 Depois de cumprir todas as etapas da “Produção escrita” (planejamento, primeira versão, revisão, reformulação do texto), façam uma roda de apreciação dos textos. Comentem: Como se sentiram ao escrever esses textos? Quais diiculdades enfrentaram? Do que mais gostaram? Do que não gostaram?

Estudo da língua 1. Leia o texto a seguir:

– Bom dia! – Bom dia! O que você está fazendo por aqui tão cedo? – Ah, caí da cama... – Mas por quê? – Porque o dia está lindo! A vida é bela! Eu sou feliz! – Nossa! Dia lindo mesmo! Nem tinha percebido... Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

a)

Quantas frases esse texto apresenta?

b)

Essas frases têm a mesma estrutura? O que as diferencia?

2. Retomem a atividade de escrita na seção “Produção escrita”, da Situação de Aprendizagem 4, e observem se os títulos elaborados por vocês são compostos por frases nominais ou verbais. Organizem esses títulos no quadro a seguir. 43


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Título composto por frase nominal

Título composto por frase verbal

3. Voltem ao estudo dos jornais e das notícias, selecionem alguns títulos, comparando-os com os títulos do quadro: a) Quantos títulos apresentam verbos e quantos são frases nominais?

b) Com base no estudo das frases, realizado nesta seção “Estudo da língua”, como vocês avaliam agora a forma como os títulos são criados?

c) Qual é a inalidade dos títulos para a compreensão da notícia ou para o interesse por ela?

d) As frases verbais e nominais causam os mesmos efeitos de sentido ao anunciar uma notícia? Por quê?

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

PESQUISA EM GRUPO 1. Busquem no livro didático ou em uma gramática normativa indicada pelo professor explicações sobre tipos de frase (verbais e nominais), orações e períodos. 2. Observem os exemplos apresentados no livro e conversem sobre o que acharam deles: São esclarecedores? Ajudam a compreender o conceito?

3.

Anotem, no quadro a seguir, as deinições encontradas.

Frases nominais

Frases verbais

Orações

Período

4. O professor selecionará, no livro didático, alguns exercícios de sistematização. Vocês podem desenvolvê-los em grupo. 5. Retomem algumas das notícias estudadas até aqui (ou procurem outras notícias) e selecionem novos títulos compostos apenas por orações. Selecionem também alguns lides, circulando os verbos. 45


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

6. Anotem esses verbos no quadro a seguir e indiquem o tempo em que foram conjugados. Verbos

Tempo verbal

LIÇÃO DE CASA 1.

Leia os itens a seguir, assinalando apenas aqueles que dizem respeito ao gênero textual notícia: ( ) a notícia destaca-se no modo como as informações são passadas para o leitor. ( ) o texto pode ser considerado uma notícia quando o autor modiica o valor do acontecimento real, fazendo um novo uso das palavras. ( ) a notícia tem uma linguagem padronizada e racional. Assim, qualquer jornal no Brasil e no mundo apresentará notícias com formato e tipo de linguagem semelhantes. ( ) ao escrever uma notícia, o jornalista transforma o fato concreto, trágico, em pequenas passagens poéticas a partir das quais o leitor pode visualizar imagens dessas cenas. ( ) a notícia prioriza a apresentação do fato atual, ou seja, é preciso dizer o que está acontecendo, noticiar o fato imediato, inédito; por isso, a linguagem jornalística é rápida, ágil, clara e simples para atingir o maior número de pessoas que, facilmente, assimilarão a notícia. ( ) há um título que anuncia o fato a ser informado. Ele serve para chamar a atenção do leitor. ( ) as notícias não podem se resumir a informações sobre os acontecimentos porque podem perder o modo como seu autor vai encadeando os diferentes elementos apresentados. ( ) a função do texto é informar objetivamente o leitor sobre um acontecimento; o plano de expressão não tem nenhuma relevância, pois sua inalidade é apenas veicular conteúdos. ( ) já no primeiro parágrafo, ou lide, o leitor reconhece as informações importantes sobre o fato principal: o quê, quem, quando, onde, como e por quê. ( ) os parágrafos e as frases são curtos, claros e objetivos, não deixando dúvida sobre o fato ocorrido. ( ) há o uso de palavras com signiicado exato, isto é, utiliza-se linguagem denotativa.

2. Justiique em seu caderno por que os itens não assinalados não podem ser considerados como características do gênero “notícia”. Eles estão mais adequados a que outros gêneros ou tipologias? 46


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 RECAPITULANDO OS CONTEÚDOS ESTUDADOS ATÉ AQUI

Leitura e análise de texto 1. Os relatos das rotinas e da vida cotidiana parecem sem imaginação ou criatividade porque sua função não é contar uma história, mas simplesmente deixar registrada uma situação vivida por uma pessoa real, em um tempo real, documentando suas ações. Os relatos não estão a serviço da criação iccional e, portanto, não se subordinam àquilo que se espera das histórias: imaginação, invenção, intriga (elementos essenciais quando se conta uma história oral ou escrita). 2. As narrativas literárias iccionais não contam fatos reais, como acontece nos relatos. Elas são inventadas, são escritas com o uso da imaginação. As narrativas têm enredo e personagens que vão fazendo suas ações e resolvendo desaios até chegar ao inal da história.

1. Para responder às questões a seguir, retome os relatos lidos e escritos na Situação de Aprendizagem 1: a) Em sua opinião, a quais gêneros a primeira airmação se refere? b) E a segunda airmação, a que gêneros ela se refere? Dê exemplos. 2. Sob orientação do professor, vocês devem escolher um novo gênero textual do grupo dos relatos, ou seja, textos que contam fatos reais (por exemplo, crônicas sociais e esportivas).

PESQUISA INDIVIDUAL

Faça uma busca na internet, na biblioteca da escola, no livro didático ou em algum livro que você tenha em casa, pesquisando sobre o novo gênero textual escolhido pela classe para compor a roda de leitura. Leia alguns dos textos encontrados e selecione um que gostaria de ler para a classe.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

3. Comentem os temas tratados nos vários textos lidos por vocês. Que tipo de assunto costuma aparecer nesse gênero textual escolhido pelo grupo? Não se esqueçam de informar a seus colegas alguns dados técnicos, tais como: nome do autor e do texto, onde foi publicado, em que ano, em que livro, jornal, revista ou site. LIÇÃO DE CASA Em uma conversa informal com uma pessoa mais velha (da família, vizinho ou amigo), registre em seu caderno algum fato importante que tenha acontecido na vida dessa pessoa quando ainda era criança. Em seguida, anote os dados relacionados a esse acontecimento em um quadro como o que apresentamos a seguir, separando cada elemento.

Aconteceu o quê? Com quem? Quando? Onde? Como? Por quê?

Oralidade Retomando a atividade realizada na seção “Lição de casa”, em grupo, comparem suas anotações com as dos colegas, veriicando se todos os relatos possuem algumas partes semelhantes.

Produção de texto O professor apresentará a vocês algumas notícias de jornal, sem título. Sigam estas instruções e desenvolvam as atividades propostas: t

Individualmente, para cada notícia, crie um título que chame a atenção para sua ideia principal. 48


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t

Em grupo, troquem os títulos entre si para comparar o que izeram: Quais contemplam adequadamente o fato noticiado, causando um efeito de sentido para o leitor?

t

Votem nos títulos que vocês acham mais apropriados para representar as notícias lidas.

t

Apresentem esses títulos a toda a classe, justiicando oralmente o critério de escolha utilizado.

Estudo da língua 1. Nos títulos das notícias de jornais, quais os tempos verbais mais comuns?

2. Por que vocês acham que esses tempos, em geral, são escolhidos pelos autores dessas notícias?

3. Os principais tempos verbais utilizados nos títulos das notícias de jornal são os mesmos que os dos relatos estudados na Situação de Aprendizagem 1? E os verbos utilizados no corpo das notícias?

4. Como o estudo dos tempos verbais os ajuda (ou não) a compreender melhor os títulos e lides das notícias de jornal?

5. Seu professor indicará um texto que apresenta dez palavras que costumam causar muitas dúvidas na hora de serem escritas. Sua tarefa será: t

Em grupo, encontrem essas palavras. Vocês não devem usar o dicionário nesta primeira etapa.

t

Apresentem à classe esse conjunto de palavras, explicando por que vocês acham que elas não foram grafadas corretamente.

t

Em seguida, vocês devem recorrer à gramática ou ao livro didático para pesquisar sobre as regras de ortograia: Quando se usa j ou g? Há uma regra para o uso do s ou ss?

t

Seu professor selecionará alguns exercícios de sistematização do livro. Resolva-os individualmente.

6. Na sequência, em grupo, retomem os relatos escritos na seção “Produção de texto” a im de conferir se ainda há algum problema com a ortograia nos textos. Cada grupo terá de observar o texto de todos os integrantes e sugerir as correções ortográicas necessárias. 49


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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 RELATOS DE EXPERIÊNCIA VIVIDA E SITUAÇÕES COMUNICATIVAS

1. Relembrando o que já aprendeu sobre o gênero “relato de experiência vivida”, leia, individualmente, a coletânea de textos a seguir.

Leitura e análise de texto Texto 1 Sr. Ariosto “Nasci na avenida Paulista, em 1900, numa travessa chamada Antônio Carlos, dia 20 de setembro. Meus pais vieram para cá como imigrantes, deixaram sua família na Europa. Da hospedaria de imigrantes eles já eram tratados para uma fazenda no estado de São Paulo e para lá meu pai foi. Naquela época não tinha maquinaria, meu pai trabalhava na enxada. Meu pai era de Módena, minha mãe era de Capri e icaram muito tempo na roça. Depois a família veio morar nessa travessa da avenida Paulista; agora está tudo mudado, já não entendo nada dessas ruas. Meu pai era mestre de caligraia, pintava quadros a aquarela e fazia retratos a bico-de-pena, que é uma arte difícil. Ele gostava muito de ler, por isso escolheu esses nomes para nós: Amleto, Telésforo, Ariosto... penso que ele tirou da literatura. Aqui no asilo não tem ninguém com esse nome de Ariosto, sou o único. Pode dizer que sou o Ariosto de Orlando furioso. A avenida Paulista era bonita, calçamento de paralelepípedos, palacetes. As outras ruas eram semicalçadas, cobertas de árvores, de mata. De noite, os “lampioneiros” vinham acender os lampiões e de madrugada voltavam para apagar. Minha rua tinha poucas casas, uma aqui, outra a quinhentos metros. Naquela época faziam casas bem grandes, pé-direito alto, a nossa tinha quintal com pé de laranja, mixirica, ameixa e abacate. Minha mãe gostava muito de lores e plantava rosas, margaridas, violetas. Todo dia de manhã cedo ia regar as lores com seu regadorzinho. E eu ia atrás dela. A mamãe levantava cedinho e acendia o fogão a lenha, depois vinha acordar a gente: “Vamos meus ilhos, vamos tomar café!”. Mamãe era muito boazinha. Ela servia tigelas grandes, punha o pão, jogava o leite e o café e fazia uma papinha. Mamãe cozinhava macarrão, bife à milanesa, à “parmegiana”, risoto. Antigamente não tinha nada artiicial. Hoje, os japoneses quando plantam já põem uma porção de adubo para dar logo, porque é muita gente e a comida não dá. Agora, a barriga ica vazia. Naquela época existia muito turco, muito mascate, eles carregavam cestas e iam batendo matracas e oferecendo sua mercadoria: “Moça, tenho muita coisa para você, 50


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

tudo baratinho!”. Passava a carrocinha do italiano com queijo e ele gritava: “O formaggio! Olha o formaggio! É o barateiro, o barateiro!”. Armazém de secos e molhados a gente encontrava, mas era muito distante. Dois quilos de café ou dois quilos de açúcar custavam quinhentos réis. O português vendia verdura em casa, um maço de couve custava um tostão. A minha lembrança mais antiga, quando eu tinha cinco anos, é o padeiro com um saco nas costas. Todo dia me pegava no colo e me ensinava os números: “Esse é o 1, o 2... e esse aqui, redondinho?”. “Esse eu não sei!”. “Este aqui é o 3. Se você vai contar até dez, então eu te dou um pão bem gostoso.” Naquela época não existiam brinquedos. Penso que eles começaram a surgir só depois de 1910, 1911, mas vinham de fora. Eu fazia carrinhos com rodas de carretel de linha e nós brincávamos o dia todo, livremente, nunca me machuquei porque a rua não tinha carros. Gostava do pica-pau: era um pauzinho com ponta dos dois lados. A gente apostava: “Quero ver se você bate o pica-pau; até onde ele vai?”. A gente batia com outro pauzinho e o pica-pau dava volta e pulava longe. Ou então com diabolô, conhece? Ele tem um vãozinho no meio com carretel. A gente põe o diabolô no carretel e ele ica dançando na linha e quando a gente joga assim ele vai lá... e volta. [...]” BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras. p. 154-155.

Texto 2 Como a internet entrou na vida de uma educadora Um presente de Dia das Mães inesquecível Em 1996, meu presente de Dia das Mães foi um fax-modem para meu bom e velho computador. Até então, só conhecia internet de “ouvir falar”. Mas tinha muita curiosidade. Então, meus ilhos, 17, 20 e 22 anos na época, tiveram a grande ideia: vamos “conectar” a mamãe! A instalação do modem foi um parto. A conexão, um evento. As primeiras incursões, uma aventura. Passados os primeiros momentos de inocente deslumbramento, o olhar pedagógico entrou em ação e uma pergunta começou a me atormentar: como incorporar essa novidade à minha prática já sedimentada numa experiência de 25 anos? A questão se transformou num desaio: passar de uma usuária comum e primária do computador a uma proissional de ensino que izesse uso educativo da internet, de uma 51


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

maneira positiva e crítica. Para isso, era necessária uma visão bem fundamentada dos procedimentos pedagógicos que favorecessem a assimilação e multiplicação dos efeitos e das ações de um recurso como a internet no processo ensino-aprendizagem. Essa visão eu não tinha e nem sabia bem como e onde buscá-la. Nessa época, 96, 97, assisti a acalorados debates sobre o uso da internet na educação. As opiniões divergiam em vários aspectos. Porém, uma ideia predominava: internet é uma ferramenta. Só isso. Ou tudo isso, como argumentavam seus mais ardorosos defensores. Percebi, então, que para nós, educadores, surgia uma nova ferramenta de ensino com características que precisavam ser conhecidas, analisadas e exploradas com propriedade e exaustivamente. Essa foi minha tarefa durante esses dois anos. Como a escola em que trabalhava – uma escola pública municipal da região do ABC paulista – já contava com dois laboratórios de informática, com 40 computadores ligados à internet, a possibilidade de usá-los para desenvolver aulas de Língua Portuguesa icou muito mais viável. Assim, em 98, com a ajuda de colegas, coloquei no ar um site pessoal com conteúdo próprio para trabalhar com meus alunos do Ensino Médio. Porém, apenas uma boa infraestrutura física não é suiciente para garantir, de imediato, a aceitação e o sucesso de projetos que tenham novas tecnologias como suporte. Antigas e consistentes convicções icam fragilizadas, hierarquias há muito internalizadas são subvertidas, a rotina tradicional da unidade escolar é consideravelmente alterada, novos e complexos padrões se impõem com força e velocidade assustadoras. Como professora de Língua Portuguesa, coordenadora de área e, posteriormente, coordenadora de projetos, pude, durante esses anos, dividir com meus colegas das diversas áreas, muitas dúvidas e poucas certezas, crenças e descrenças, grandes frustrações e pequenas alegrias, receios, inseguranças, anseios, desejos, revoltas e resignações quanto à possibilidade/necessidade/urgência/inexorabilidade de mudanças e inovações nas formas de desenvolver nossa atividade docente, principalmente no que diz respeito à incorporação de novas tecnologias a um processo já tão complexo por natureza. Após passar por diferentes etapas de diferentes aprendizados e adquirir mais habilidades para “mexer com computador”, consegui reunir condições mínimas para associar os recursos que a máquina oferece aos objetivos de uma atividade docente que os novos tempos impõem. Isso não signiica muito, nem o inal da tarefa, pois, com a velocidade do avanço tecnológico e a mudança da sociedade, essas condições têm que ser revistas quase que a cada dia. A mudança de paradigma é complexa e envolve questões de toda ordem: tecnológica, trabalhista, ideológica, cultural, psicológica, entre outras nada menos difíceis. Mas é inevitável, uma vez que “A mais nova das linguagens, a informática, faz parte do cotidiano e do mundo do trabalho. Vive-se o mundo da parabólica, dos sistemas digitais,

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

dos satélites, da telecomunicação. Conviver com todas as possibilidades que a tecnologia oferece é mais que uma necessidade, é um direito social.” BERTOCCHI, Sonia. Um presente de Dia das Mães inesquecível. In: GONSALES, Priscila (Org.). Ensinar com Internet, como enfrentar esse desafio. São Paulo: Cenpec, 2006, v. 2. (Coleção EducaRede – Internet na Escola).

APRENDENDO A APRENDER A situação de comunicação do gênero “relato de experiência” supõe a existência de um autor que se apresenta como sujeito da experiência relatada, a qual mobiliza sentimentos revelados em seu modo de contá-la; de um ouvinte ou leitor interessado nessa experiência e de um espaço em que ela possa ser tornada pública. 2. Elabore um quadro organizativo, recuperando dos textos lidos informações gerais como título, nome do autor, veículo em que foi publicado, tema e gênero.

Textos

Título

Autor

Veículo em que foi publicado

Texto 1

Texto 2

3. Agora, responda: a) Quais são as semelhanças entre os dois textos?

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Tema

Gênero


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

b) É possível dizer que os acontecimentos relatados nos dois textos foram experiências vividas por seus autores? Por quê?

c) Copie dos textos trechos que comprovem a resposta da questão anterior.

d) Você já produziu (oralmente ou por escrito) textos semelhantes aos apresentados?

e) Em caso airmativo, em que contexto seu texto foi produzido?

4. O professor dividirá a classe em grupos. Cada grupo receberá um texto para análise. Vocês devem preparar uma nova icha organizativa (em cartolina ou papel kraft) sobre o texto lido, fazendo um levantamento das características e informações apresentadas por ele. Utilizem as questões a seguir como modelo para análise: t

Quem fala ou escreve o relato?

t

Qual é a inalidade dessa escrita ou fala?

t

Em que veículo o relato foi publicado?

t

Qual é o tema tratado no relato?

t

Como vocês reconhecem que o texto é um relato de experiência?

t

Que marcas de tempo remetem o leitor às experiências relatadas?

t

A que público-alvo esse relato se destina? 54


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

t

Que marcas contribuem para que o leitor reconheça esse público-alvo esperado?

t

Quais foram as impressões do grupo sobre o relato lido?

Oralidade 1. Em grupo, preparem uma apresentação oral da icha de leitura que organizaram e da análise que izeram do relato. Depois, em uma roda de discussão, analisem os textos lidos e estabeleçam comparações entre os dados expostos por todos os grupos, observando as características semelhantes e diferentes encontradas durante a discussão. Relitam: t

Todos os relatos têm a mesma estrutura? Que diferenças vocês identiicaram?

t

O que vocês sabem sobre o tema abordado pelos autores de cada um dos relatos? O que já leram ou ouviram sobre isso em outros contextos?

t

O que precisariam saber para compreender melhor as informações contidas nos relatos de experiência?

t

Essas informações trazidas para a discussão ampliam seu conhecimento?

t

A roda de discussão ajuda a entender melhor os textos lidos? Por quê?

2. Para inalizar o trabalho de análise textual, ainda em grupo, elaborem um exercício de interpretação com quatro perguntas e respostas sobre a composição dos textos que leram. Utilizem as questões do Exercício 4 como modelo.

PESQUISA EM GRUPO

Em grupo, façam uma pesquisa na internet sobre alguns dos assuntos tratados nos textos da seção “Leitura e análise de texto”. Para tanto, observem atentamente as orientações a seguir. 1. A classe deve ser dividida em dois grupos, que poderão ser divididos em subgrupos, a critério do professor. 2. Cada grupo icará responsável por um dos textos analisados na sequência anterior. Realizem um sorteio dos textos entre os grupos. Grupo 1: pesquisa sobre as pessoas que contam suas histórias. Nessa pesquisa, vocês devem selecionar trechos, fotos ou outras informações sobre elas que possam ser apresentadas a toda a classe. Grupo 2: pesquisa sobre como a internet pode ajudar as pessoas a ampliar seus conhecimentos. Selecionem pelo menos dois exemplos semelhantes aos relatados pela educadora Sonia Bertocchi. 55


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

3. Cada grupo deve organizar, em cartolina ou papel kraft, as informações pesquisadas a im de apresentá-las à classe. Não se esqueçam de deixar espaço para falar de suas impressões de pesquisa e de leitura. Considerem as seguintes questões: t

Vocês encontraram na internet exemplos dos assuntos propostos? Se encontraram, citem pelo menos um desses exemplos.

t

Geralmente, a pesquisa na internet apresenta diiculdades. Como resolveram o problema?

t

A pesquisa feita ajudou a entender melhor o assunto? Como?

t

Nesta atividade, de que etapa vocês mais gostaram? Do que não gostaram?

4. Mostrem os cartazes aos colegas e relatem, oralmente, como se desenvolveu seu processo de pesquisa.

Produção escrita Esta atividade será realizada em duas etapas. Observe as orientações a seguir, veriicando em que momentos você trabalhará em grupo ou individualmente. 1a Etapa Em grupo, preparem uma sequência de passos que considerem importantes para a produção escrita de um relato de experiência vivida. Levem em conta os seguintes tópicos: a) escolha de um tema que tenha sido marcante em sua vida (essa escolha é individual e, portanto, diferente para cada integrante do grupo); b) público-alvo e veículo pelo qual os relatos circularão. Por exemplo: vocês podem ter como leitores os colegas de sala, colegas de outras classes, professores etc. No caso da publicação dos textos, eles podem ser postados em um mural, no pátio da escola, no jornal da escola, em um blog etc.; c) organização geral da escrita do relato: t

uma introdução que situe o leitor e que contenha os elementos básicos do relato: o que, quando e onde ocorreu a experiência a ser relatada, outras pessoas envolvidas etc.;

t

desenvolvimento da situação, com os elementos relevantes que se destacam no acontecimento e, por alguma razão, contribuem para modiicar a rotina do autor do relato;

t

conclusão, momento em que o autor do relato explica ao leitor quais transformações ocorreram em sua vida a partir da experiência relatada. Vocês podem também acrescentar as sensações e emoções vividas com essa experiência.

d) elementos utilizados para marcar a autoria do texto (pronomes pessoais, demonstrativos, possessivos); 56


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

e) elementos que indicam para o leitor que a experiência relatada ocorreu no passado (próximo ou distante); f ) um título que chame a atenção do leitor para sua experiência e não explicite o que acontecerá. O objetivo é causar curiosidade. 2a Etapa 1. Individualmente, escreva seu relato de experiência vivida, considerando o planejamento realizado na etapa anterior. 2. Troque seu texto com o de um colega do grupo a im de que ele possa lê-lo, identiicando eventuais problemas (por exemplo: falta de elementos básicos do relato; falta de pontuação; uso inadequado de vocabulário ou pronomes pessoais e demonstrativos; ausência de adjetivos que imprimam emoção à experiência vivida etc.). 3. Leia as observações feitas por seu colega e reformule seu texto, considerando apenas os ajustes que julgar relevantes. 4. Entregue seu relato ao professor para que ele possa fazer uma última revisão antes de o texto alcançar seu destino final: a publicação no veículo escolhido por vocês durante o planejamento.

Estudo da língua 1. Em grupos, retomem os textos lidos na primeira sequência de atividades, enfatizando exemplos que tratam do uso dos pronomes pessoais e possessivos para marcar a presença de um autor envolvido com o acontecimento a ser relatado. Observem exemplos de alguns dos pronomes pessoais e possessivos que os autores usam para estabelecer um diálogo com o leitor: “[...] algumas pessoas dizem que ele tirou de mim”; “Eu ainda estou surpreendido”; “Pude dividir com meus colegas”; “Essa foi minha tarefa”. 2. Anotem, em um quadro organizativo, outros exemplos com esses pronomes, apresentando-os para a classe. Depois, relitam: t

Como esses pronomes contribuem para evidenciar ao leitor do relato de experiências o envolvimento do autor com o fato relatado? 57


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

t

É possível encontrar, em um mesmo relato, o uso da primeira pessoa do singular e do plural? Por que isso acontece?

3. Em dupla, após a organização do primeiro quadro e da relexão coletiva, vocês devem ampliá-lo, explicando a quem os pronomes encontrados se referem. Se houver mesclas entre primeira pessoa do singular e do plural, identiiquem de quem são as falas presentes no texto. 4. O quadro ampliado deve ser apresentado à classe, propiciando uma discussão coletiva sobre os dados encontrados.

LIÇÃO DE CASA Para sistematizar o estudo dos pronomes, o professor selecionará algumas atividades do livro didático. Para realizá-las, siga as orientações: 1. Faça a leitura do conceito de pronome e tipos de pronome. 2. Estude as explicações apresentadas para os pronomes pessoais e possessivos, comparando-as com a análise feita na seção “Estudo da língua”. 3. Essas explicações se assemelham àquelas que as duplas elaboraram, conirmando o conhecimento e o entendimento que você construiu sobre os pronomes estudados? 4. Faça os exercícios propostos pelo professor. A correção dessas atividades deve ser feita coletivamente, para que juntos, você, seus colegas e professor, possam avaliar o entendimento que apresentaram sobre o estudo dos pronomes.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO “RELATO DE EXPERIÊNCIA”

Leitura e análise de texto

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© IT-Stock/Latinstock

Observe a sequência de imagens.

2

© Stockbyte/Thinkstock/Getty Images

1

3

1. Em uma roda de conversa, apresente as suas impressões sobre as imagens, comparando-as com as de seus colegas. Vocês tiveram impressões semelhantes? Ou foram muito diferentes? Em que elas se assemelharam ou se diferenciaram? Você concorda com as impressões de seus colegas? Por quê? 59


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

2. No caderno, responda sobre cada uma das cenas reproduzidas: a) O que as personagens estão fazendo? b) Em que lugares essas cenas acontecem? 3. Observando as imagens, que gênero textual poderia ser escrito por você com base nelas: Uma história iccional ou um relato de experiência vivida? Por quê? 4. Se você, ao observar as imagens, lembrou-se de uma experiência que mobilizou seus sentimentos e quiser escrever sobre ela, o que escreveria: Uma história iccional ou um relato de experiência vivida? Por quê?

Estudo da língua 1. Retomem o texto Sr. Ariosto e façam uma leitura coletiva. 2. Fiquem atentos às informações que permitem identiicar as pessoas que aparecem no relato do Sr. Ariosto (quem fala diretamente, pessoas a quem o autor faz referência). Vocês podem retomar as ichas organizativas ou fazer esse levantamento oralmente, no momento da própria leitura. 3. Releiam o trecho a seguir e respondam às questões no caderno: A mamãe levantava cedinho e acendia o fogão a lenha, depois vinha acordar a gente: “Vamos meus ilhos, vamos tomar café!”. Mamãe era muito boazinha. Ela servia tigelas grandes, punha o pão, jogava o leite e o café e fazia uma papinha. a) Quem mais fala nesse trecho, além do autor? b) Que marca linguística nos permite perceber essa outra pessoa que fala no texto? c) De que forma essa fala contribui para o relato de experiência do autor? 4. Releiam esse outro trecho e respondam às questões: Naquela época existia muito turco, muito mascate, eles carregavam cestas e iam batendo matracas e oferecendo sua mercadoria: “Moça, tenho muita coisa para você, tudo baratinho!”. Passava a carrocinha do italiano com queijo e ele gritava: “O formaggio! Olha o formaggio! É o barateiro, o barateiro!”. a) Quem carregava cestas e oferecia sua mercadoria?

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

b) Essa pessoa fala diretamente no texto?

c) Que marcas linguísticas nos permitem perceber essa outra pessoa que fala no texto?

5. Releiam o próximo trecho e respondam às questões no caderno: Armazém de secos e molhados a gente encontrava, mas era muito distante. Dois quilos de café ou dois quilos de açúcar custavam quinhentos réis. O português vendia verdura em casa, um maço de couve custava um tostão. A minha lembrança mais antiga, quando eu tinha cinco anos, é o padeiro com um saco nas costas. Todo dia me pegava no colo e me ensinava os números: “Esse é o 1, o 2... e esse aqui, redondinho?”. a) Quem ensinava os números ao Sr. Ariosto? b) As falas dessas pessoas ajudam o Sr. Ariosto a relatar sua experiência? De que forma? 6. Pesquise, no livro didático ou na internet, informações sobre os discursos direto e indireto. No caderno, escreva uma deinição para cada um deles.

Atividade em grupo 1. Em grupo, retomem o outro relato estudado na Situação de Aprendizagem 7 e façam uma análise semelhante à do texto Sr. Ariosto: a) Há marcas de diálogo nesse relato? b) Esse diálogo entre as vozes é introduzido pelo discurso direto ou indireto? Ou por uma combinação dos dois? c) Qual é a inalidade de apresentar essas vozes diferentes da voz do autor no relato de experiência? d) Como essas vozes contribuem para o entendimento da experiência vivida pelo autor? e) Qual é a função dos verbos dicendi (ou do dizer) no discurso indireto? Estes aparecem no primeiro parágrafo? 61


Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

2. Preparem um quadro-síntese dos exemplos encontrados de discursos direto e indireto e das marcas linguísticas que os introduzem no texto. É importante que, nesse quadro, vocês deem respostas para cada uma das questões da Atividade 1, reletindo sobre como esse conhecimento pode ajudá-los a ler e escrever proicientemente o gênero “relato de experiência vivida” e os demais gêneros que também apresentam as marcas linguísticas estudadas nesta sequência.

Oralidade Dando continuidade ao estudo dos tipos de discurso da seção anterior, cada grupo deve organizar uma apresentação oral dos quadros desenvolvidos, contextualizando para os colegas as marcas de diálogo encontradas. Nesta etapa, vocês devem comparar as informações levantadas por todos os grupos e considerar as semelhanças e as diferenças dos exemplos encontrados.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9 NOTÍCIAS DE JORNAL E CONTEXTO COMUNICATIVO

Leia com atenção o texto a seguir e identiique o tema e as ideias apresentadas, respondendo individualmente às questões propostas.

Leitura e análise de texto Cães e gatos superam o número de ilhos1 Custo para criar uma criança faz com que famílias optem por animais (1) July, Princesa, Bingo, Laica, Negão, Nana e Lua são os “ilhos mais novos” da motorista de transporte escolar Roseli de Souza Almeida, 47. Como muitas mães paulistanas, Roseli parou de ter ilhos na década de 90 e, desde então, não para de criar cachorros. “Depois que a gente tem ilho, vê como é bom ter cachorro”, conta. A mais nova, Lua, tem apenas um ano e meio. (2) Seus dois ilhos, Nathália, 17, e Rafael, 20, gostam das companhias e ajudam a mãe a cuidar dos sete animais. “Eles sempre estão do seu lado. Se você ica triste, eles percebem e icam perto; se você chega tarde, eles o recebem abanando o rabo”, airma Roseli. (3) Ela conta que não teve mais ilhos por conta das altas despesas e da diiculdade que há em educar uma criança. Questionada se tem vontade de criar mais cachorros, Roseli diz que sim caso tivesse mais espaço em casa. Já ilhos, “iria pensar muito”, responde. (4) São muitas as famílias que possuem mais cães que ilhos em São Paulo. Em alguns bairros, a impressão é de que o número de cachorros e gatos já ultrapassa o de crianças. Esse, no entanto, é um cálculo difícil de fazer porque nem todos os animais domésticos possuem o Registro Geral do Animal (RGA), feito pelo Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura. Segundo Elizabete Aparecida da Silva, veterinária do Centro e Controle de Zoonoses, o número de RGAs é de 329 mil. (5) Ela airma, no entanto, que a estimativa é de que haja um cão para cada sete habitantes, e um gato para cada 46 habitantes em São Paulo. Se essa estimativa estiver correta, trata-se de uma população de 1,5 milhão de cães e de 297 mil gatos em 2004. (6) Na casa da artista visual Andrea Costrakazawa, 34, ela, seu marido e a sua única ilha, de 10 anos, dividem o espaço com dois cachorros e três gatos. Já a jornalista Mari Maellaro, 37, tem dois ilhos e quatro cachorros e pretende aumentar a família canina. “Cachorro é mais fácil de cuidar do que de ilho. Não se tem que pagar escola nem roupa, nem vai para balada e volta tarde.” Cães e gatos superam o número de ilhos. Folha de S.Paulo, São Paulo, 4 set. 2005. p. C7. 1

Atividade adaptada da avaliação do Saresp de 2005. Disponível em: <http://saresp.fde.sp.gov.br/2005/Arquivos/Provas_ EF_2005/6%C2%B0s%C3% A9rie%20EF%20tarde.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2013.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

1. Muitas famílias paulistanas, hoje em dia, preferem: a) cachorros a ilhos. b) crianças a gatos. c) ilhos a cachorros. d) pessoas a animais. 2. Em “Se essa estimativa estiver correta [...]”, a expressão destacada se refere à: a) preferência dos paulistanos por famílias numerosas. b) proporção entre cães, gatos e habitantes em São Paulo. c) quantidade de ilhos das famílias paulistanas. d) população de cachorros em São Paulo. 3. Segundo a declaração de Roseli Almeida, só se ica sabendo “como é bom ter cachorros”: a) antes de nascerem os ilhos. b) depois que a gente tem ilho. c) enquanto os ilhos são bebês. d) quando os ilhos vão para a escola. 4. A jornalista Mari Maellaro é da opinião que “cachorro é mais fácil de cuidar do que de ilho” porque os cães: a) aumentam de número de uma hora para outra. b) convivem bastante bem com as pessoas. c) seus donos economizam com roupas e com escola. d) são muito fáceis de registrar no RGA. Fonte: Avaliação do Saresp/2005. Atividade adaptada.

1. Com a ajuda do professor, corrijam coletivamente as atividades a im de avaliar as alternativas escolhidas. 2. Em seguida, em grupo, veriiquem as alternativas consideradas incorretas, observando se as outras opções de resposta estabelecem coerência com o que cada uma das questões pergunta ou airma. Veja um exemplo de como essa análise deve ser feita:

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

Na questão 1 (Muitas famílias paulistanas, hoje em dia, preferem), é necessário procurar as opções apresentadas em cada alternativa para chegar à resposta correta (cachorros a filhos). No entanto, se o leitor não estiver atento, poderá escolher outra resposta, porque o texto faz referência a pessoas que possuem animais (gatos e cachorros), mas também têm ilhos. Nesse caso, o importante é que o leitor perceba que, embora as pessoas entrevistadas tenham um ou dois ilhos, elas airmam ter preferência por criar animais, uma vez que dão menos trabalho e menos gastos. E há ainda a satisfação pessoal, por serem companheiros e iéis (dado inferido por aquilo que a primeira entrevistada diz: “Eles sempre estão do seu lado. Se você ica triste, eles percebem e icam perto; se você chega tarde, eles o recebem abanando o rabo”). 3. Apresentem coletivamente a análise feita das alternativas incorretas, justiicando-a de acordo com o exemplo anterior. 4. Ainda em grupo, retomem os elementos caracterizadores da notícia de jornal com base nas informações e nos quadros que organizaram anteriormente. Respondam no caderno: a) É possível dizer, em comparação com o quadro, que o texto Cães e gatos superam o número de filhos é uma notícia de jornal? b) Existem características que permitem a você identiicar, já na primeira leitura do texto, que se trata de uma notícia de jornal? Quais? c) Vocês conhecem o jornal em questão? Já leram esse jornal nas rodas de notícia organizadas pelo professor? 5. Em relação ao conteúdo da notícia propriamente dita, observem os discursos direto e indireto presentes no texto. a) Como esses discursos contribuem para que o leitor compreenda o tema abordado? b) O discurso direto ou indireto das pessoas entrevistadas é relevante para que o leitor se convença de que há uma tendência de as famílias possuírem mais animais do que ilhos na cidade de São Paulo? 6. Em sua opinião, o fato trazido pela notícia (o aumento do número de cães e gatos por pessoa na cidade de São Paulo) pode ser considerado a realidade da maioria dos habitantes da cidade de São Paulo? Justiique sua resposta.

Oralidade Para ampliar o tema discutido na notícia de jornal Cães e gatos superam o número de filhos, vocês farão duas entrevistas. Observem as orientações a seguir. 1. Duas pessoas serão selecionadas para falar sobre sua relação com animais de estimação. É importante que as duas tenham opiniões divergentes sobre o tema: uma deve gostar de bichos e 65


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ratiicar as opiniões expostas na notícia de jornal; a outra não deve gostar de animais de estimação ou deve discordar das opiniões dadas por pessoas entrevistadas para a notícia. Para que vocês cumpram esse critério, é importante que conheçam as preferências dessas pessoas sobre o tema e que elas concordem em ser entrevistadas. 2. Apresentem a notícia de jornal para cada uma delas (as duas entrevistas podem ocorrer em ocasiões diferentes) e peçam que emitam sua opinião sobre o que leram. Nesse momento, elas devem deixar claro o que pensam sobre o assunto. Solicitem que contem alguma experiência que já tiveram com animais de estimação. No caso da pessoa que não gosta ou não deseja ter um animal, perguntem-lhe se ocorreu algum evento especial que a levou a ter esse ponto de vista. 3. Vocês podem gravar as respostas dadas pelos dois entrevistados ou anotá-las no caderno. Após as entrevistas, organizem as informações obtidas em um quadro, em resposta às seguintes questões: t

Gosta de e/ou possui animais de estimação?

t

Não gosta e não possui animais de estimação?

t

Concorda ou não com os depoimentos apresentados na notícia de jornal?

t

Relatou alguma experiência envolvendo animais de estimação? Qual?

4. Apresentem à classe os resultados das entrevistas realizadas, comparando-os. 5. Após a apresentação dos resultados, coniram: Na sua região, há mais ou menos pessoas que preferem adotar animais a ter ilhos?

Produção escrita 1a Etapa Utilizando o repertório que você já possui sobre o gênero “relato”, individualmente, escreva um relato de experiência vivenciada com animais de estimação. Caso você não tenha uma história para contar, relate algum acontecimento vivenciado por alguém que você conheça e do qual tenha participado. Nessa produção textual, você pode interagir com o tema da notícia, por exemplo: t

conirmando o sentimento de que é melhor as famílias terem mais animais de estimação do que ilhos;

t

apresentando outra visão da relação entre homens e animais. Por exemplo, você pode simplesmente não valorizar essa relação ou ter tido experiências diferentes e negativas com cães e gatos etc.

2a Etapa 1. Entregue o texto ao professor, que fará marcações e anotará na margem da página (ou em um bilhete) a ausência de algum elemento do gênero e os trechos ou orações que precisam ser reformulados (em razão da pontuação inadequada, dos problemas ortográicos, da concordância que não respeita a norma-padrão da língua, da falta de ligação ou de coesão entre as partes do texto etc.). 66


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2. O professor combinará com a classe uma revisão coletiva. Para tanto, selecionará alguns trechos do que escreveram, com a autorização dos autores, e comentará os eventuais problemas, sugerindo algumas soluções. 3. Ao receber seu texto de volta, revise-o fazendo uso do que aprendeu na revisão coletiva e com o bilhete ou as anotações do professor. 4. Em seguida, em uma roda de leitura, apresente seu relato para que todos os estudantes tenham acesso ao que cada colega escreveu.

Estudo da língua 1. Em dupla, retomem agora o Parágrafo 5 do texto Cães e gatos superam o número de filhos, observando as palavras em negrito.

Ela airma, no entanto, que a estimativa é de que haja um cão para cada sete habitantes, e um gato para cada 46 habitantes em São Paulo. Se essa estimativa estiver correta, trata-se de uma população de 1,5 milhão de cães e de 297 mil gatos em 2004.

Analisem o trecho, observando qual a função do pronome essa. Respondam no caderno: Em sua opinião, por que o autor repete a palavra estimativa, precedida do pronome? 2. Observem agora dois outros trechos:

1. “Eles sempre estão do seu lado. Se você ica triste, eles percebem e icam perto; se você chega tarde, eles o recebem abanando o rabo”, airma Roseli. Ela conta que não teve mais ilhos por conta das altas despesas e da diiculdade que há em educar uma criança. 2. Em alguns bairros, a impressão é de que o número de cachorros e gatos já ultrapassa o de crianças. Esse, no entanto, é um cálculo difícil de fazer porque nem todos os animais domésticos possuem o Registro Geral do Animal (RGA), feito pelo Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura.

Respondam no caderno: a) Qual é a relação entre as palavras Roseli e ela? b) O pronome esse, no segundo trecho, tem qual inalidade? 67


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c) Nos textos que vocês costumam escrever, é comum utilizarem essas palavras para substituir outros termos? Voltem aos textos elaborados na seção “Produção escrita” e veriiquem se utilizaram essas palavras ou outras semelhantes (como ele, esse). Caso as encontrem, copiem os trechos em que elas aparecem. d) Nos trechos selecionados por vocês, que palavras foram substituídas por pronomes? Que tipos de pronome foram usados? Por quê?

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Pesquise, no dicionário e no livro didático, duas deinições para a palavra coesão. Anote-as no caderno. 2. Partindo da deinição pesquisada no item anterior e das explicações dadas pelo professor sobre os pronomes ela e essa, você aprendeu que essas palavras podem exercer a função de elemento coesivo? Por quê? 3. Retire do livro didático alguns exemplos de elementos coesivos.

LIÇÃO DE CASA O professor selecionará, no livro didático, algumas atividades sobre coesão (e elementos coesivos). Você deve realizá-las no caderno, anotando suas dúvidas.

PESQUISA EM GRUPO

1. Selecionem duas notícias, publicadas em jornais diferentes, que informem sobre um mesmo tema. Esses jornais podem ser impressos ou virtuais (pesquisados na internet). 2. A partir da leitura dos textos, elaborem um quadro com as principais características desse gênero e informações sobre o tema tratado nos textos. 3. Relitam: As informações sobre o fato apresentado nas duas notícias são as mesmas? Há diferenças entre as notícias? Quais? Há semelhanças entre as notícias? Quais? 68


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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10 NOTÍCIAS DE JORNAL E RECURSOS LINGUÍSTICOS

Acompanhe a leitura feita pelo professor.

Leitura e análise de texto Riachos de Cajamar recebem despejo de lavanderias de jeans Água de tratamento de jeans deixa córregos com cheiro forte e azul; cidade tem 17 empresas, sendo 11 irregulares (1) O azul intenso dos córregos de Cajamar (a 42 km de SP) chama a atenção de quem está de passagem pela cidade. Quem mora no município, porém, já se acostumou à cor da água – de tom vibrante e cheiro forte –, resultado da água que sobra da lavagem de peças jeans com soda cáustica e permanganato de potássio (que dão o tom desgastado ao tecido). O líquido, que deveria ser tratado, é despejado nos riachos pelas dezenas de lavanderias de Cajamar e cidades vizinhas. (2) Quem vive em torno dos dejetos das chamadas “beneiciadoras” do jeans são moradores de bairros periféricos. As crianças do bairro Polvilho, em Cajamar, já nascem sabendo que, ali, como em desenho animado, o córrego é colorido. “Muitas vezes, as crianças pulam aí para pegar a bola”, conta o comerciante Josias Oliveira, 35, que já fez algumas reclamações à prefeitura sobre o despejo das substâncias tóxicas. (3) Mas ele parece ser exceção entre os moradores, já que a água, com odor de cloro, não apresenta cheiro de esgoto. (4) A empresa responsável pela água azul do córrego na rua Campos de Jordão é a Confecções Shauma. A lavanderia, próxima de uma nascente, usa a água no processo produtivo e em um pequeno lago de águas limpas, com patos e peixes. (5) Apesar de os funcionários da empresa airmarem que há uma estação de tratamento de água, o líquido azul apresenta cheiro forte e causa ardência nos olhos de vizinhos. (6) A prefeitura diz que a confecção é uma das poucas empresas do ramo regularizadas na cidade – há outras 17 lavanderias em Cajamar, sendo 11 informais, segundo a administração municipal. (7) Segundo Paulo Sérgio Salvi, coordenador técnico da disciplina beneiciamento de jeans do Senai, sem o tratamento da água, exigido pela lei, o serviço prestado pelas empresas custaria a metade do preço. Ele diz ainda que a legislação menos rigorosa em poluição ambiental dessas cidades acaba atraindo lavanderias clandestinas. RODRIGUES, Artur. Jornal Agora. Riachos de Cajamar recebem despejo de lavanderias de jeans. Folha de S.Paulo, 2 dez. 2007. Cotidiano, p. C8.

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Faça as seguintes atividades no caderno. 1. Em sua opinião, qual é a pertinência do tema da notícia para a preservação do meio ambiente? 2. Qual é o impacto que a água contaminada e despejada em um córrego de Cajamar pode ter sobre a saúde das pessoas e sobre o meio ambiente? 3. Qual a importância dessa notícia para os moradores de Cajamar e cidades vizinhas? 4. Por que o comerciante Josias de Oliveira parece uma exceção entre os moradores de Cajamar? 5. Explique o que você entende por: “[...] há outras 17 lavanderias em Cajamar, sendo 11 informais, segundo a administração municipal”. 6. Funcionários da maior lavanderia da cidade declaram que há tratamento da água usada na empresa. Essa airmação não parece verdadeira. Por quê? Que empresa é essa? 7. A palavra “lavanderia”, na pergunta anterior, está no lugar do nome da confecção Shauma. Por que o autor da notícia substituiu uma palavra por outra? 8. Por que as lavanderias de Cajamar não fazem o tratamento de água exigido pela lei? 9. Em grupo, faça um levantamento de outras palavras (assim como “lavanderia”) que foram usadas como elementos coesivos.

Oralidade Em grupo, preparem uma roda de leitura de narrativas iccionais. Para tanto, sigam as orientações, observando os momentos em que trabalharão individualmente, em grupo ou com toda a classe. 1. A classe deve ser dividida em pequenos grupos de trabalho. 2. Cada grupo icará responsável pela seleção de três textos diferentes: uma crônica narrativa, um conto e uma fábula. 3. Para a organização da roda de leitura: a) leiam o texto em voz alta (os participantes de cada grupo devem revezar os momentos de leitura); b) conversem sobre suas impressões iniciais (Gostaram ou não do texto? Do que o texto fala? Qual é a história contada? Vocês já conheciam esse texto? Vocês o indicariam para que os colegas dos outros grupos lessem?); c) preparem um painel, em cartolina, com as informações centrais do texto: nome do conto (ou fábula, ou crônica); nome do autor; nome do livro no qual o texto se encontra (se foi retirado de um livro) ou do site; tema; personagens e enredo; 70


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d) contem oralmente, para os demais grupos, a história dos textos lidos. O painel, nesse caso, servirá como um recurso para que não se esqueçam das informações centrais do texto. Para incrementar a roda, façam a leitura de trechos, estimulando seus colegas a ler os textos na íntegra.

Estudo da língua 1. Retomem a notícia de jornal Riachos de Cajamar recebem despejo de lavanderia de jeans e, em grupo, assinalem as palavras que, a princípio, vocês reconhecem como elementos de ligação ou coesão entre períodos ou parágrafos. 2. Em seguida, elaborem um quadro com os termos assinalados e com uma explicação da razão pela qual vocês os consideram elementos coesivos. Sigam este modelo.

Elementos coesivos (ou de ligação) encontrados na notícia

Por que são considerados elementos de coesão

1 parágrafo: “[...] da água que sobra da lavagem de peças jeans com soda cáustica e permanganato de potássio (que dão o tom desgastado ao tecido). O líquido, que deveria ser tratado, é despejado nos riachos [...]”

Neste caso, a palavra líquido substitui não somente o termo água, mas uma água especíica que está contaminada com a soda cáustica e o permanganato de potássio. Quando o autor usa líquido para substituir água, há a ampliação da ideia a partir da identiicação de algumas características da palavra água, que é um líquido.

2o parágrafo: “Quem vive em torno dos dejetos das chamadas ‘beneiciadoras’ do jeans são moradores de bairros periféricos.”

Essa expressão faz referência direta à outra, encontrada no parágrafo anterior: lavanderias de Cajamar e cidades vizinhas. Quando uma palavra faz referência à outra, estabelece ligação entre partes de um mesmo período ou parágrafo e entre períodos ou parágrafos diferentes.

o

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3. Serão sorteados grupos para apresentar o quadro elaborado. Em seguida, todos os grupos devem comparar o que izeram: Vocês assinalaram os mesmos termos? Deram as mesmas justiicativas? 4. Cada grupo deve retomar, agora, os textos narrativos que discutiu na roda de leitura e identiicar neles alguns dos recursos coesivos estudados na atividade anterior. É importante que vocês reconheçam as ligações estabelecidas por essas palavras ou expressões que ligam partes do texto, ou seja, os elementos coesivos. 5. Elaborem um quadro semelhante ao modelo da Atividade 2, organizando os elementos coesivos que vocês selecionaram. Caso não saibam explicar algumas dessas ligações, esperem para discutir com a classe, para que seus colegas e o professor possam ajudá-los a resolver a questão. 6. Coletivamente, discutam os exemplos de elementos coesivos que encontraram, observando como eles contribuem para a articulação entre as ideias dos textos.

Produção escrita Dando continuidade à atividade de produção de texto realizada na seção “Produção escrita” da Situação de Aprendizagem 9, vocês farão um exercício ao contrário, ou seja, escreverão pequenas notícias a partir dos relatos de experiência vivida que elaboraram. 1. Divididos em grupos, será indicado um relato para cada um. É importante que escrevam uma notícia a partir do relato de um colega que não pertença à sua equipe. 2. Identiiquem, no relato, o tema e os dados (O que aconteceu? Com quem? Quando? Onde? Como? Por quê?) que possam ser reutilizados na escrita de uma notícia. Em seguida, organizem essas informações em um quadro, no caderno. 3. Escrevam a notícia, considerando as informações do quadro e as características do gênero em questão, especialmente o uso da linguagem objetiva em terceira pessoa. 4. Leiam, em voz alta, o texto escrito, discutindo o que julgam necessário mudar ou reformular. Considerem, para isso, o que já aprenderam até aqui sobre a escrita de textos em geral. 5. Coloquem as notícias em exposição no mural, ao lado dos relatos de experiência em que cada notícia se baseou. LIÇÃO DE CASA O professor selecionará um texto para que você identiique os elementos coesivos. Faça o exercício no caderno.

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VOCÊ APRENDEU? Individualmente, faça uma autoavaliação do que você aprendeu até aqui, levando em consideração as seguintes questões. 1. A aprendizagem dos elementos coesivos, a partir da análise de textos, permitiu que você ampliasse seus conhecimentos sobre ler e escrever? De que maneira? 2. Sozinho, você é capaz de identiicar esses recursos nos textos que leu? 3. Nos textos que escreveu, você conseguiu utilizar alguns desses elementos coerentemente, para organizar as ideias do texto? 4. O que ainda é preciso fazer a im de que você amplie sua compreensão sobre o tema coesão e elementos coesivos?

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 11 A FUNÇÃO DAS MANCHETES NO JORNAL IMPRESSO

Leitura e análise de texto Para a realização desta atividade, vocês serão divididos em grupos e deverão levar para a sala de aula jornais impressos, com todos os cadernos e todas as seções. É importante que cada grupo escolha um jornal diferente. Em seguida, façam a leitura dos títulos e subtítulos que aparecem nas primeiras páginas (PP) desses jornais.

1. Organizem um quadro com as manchetes da página principal, títulos, subtítulos e lides (se houver) que encontraram. É importante que reconheçam, nesta etapa, como os títulos e subtítulos se estruturam em frases e orações, possibilitando ao leitor identiicar o tema que será abordado no texto, bem como o encaminhamento de possíveis leituras. Para preparar o quadro, sigam o modelo, montado com base na leitura do jornala Folha de S.Paulo:

Caderno

a

Título

Subtítulo

Lide

Primeira página

Mortos na China já são 12 mil; milhares (não há) ainda estão soterrados

(não há)

Primeira página

Total de negros deve superar o de brancos (não há) no país neste ano

(não há)

Primeira página

Dividida, Venezuela decide hoje sobre reforma de Chávez

(não há)

(não há)

Folha de S.Paulo, 2 dez. 2007 (Primeira página); Folha de S.Paulo, 14 maio 2008 (Primeira página).

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2. Comparem e analisem, em grupo, se o quadro elaborado por vocês é semelhante ao modelo dado. Vocês devem identiicar os verbos nas manchetes da primeira página, observando se os títulos também são compostos por orações e/ou frases nominais. 3. Respondam no caderno: a) Por que os verbos das manchetes do quadro-modelo foram conjugados no Presente do Modo Indicativo? b) As manchetes que vocês selecionaram apresentam verbos conjugados em que tempo e modo? c) Na opinião de vocês, por que os títulos da primeira página são chamativos, mas esclarecem pouco sobre a notícia que vão divulgar? 4. Organizem outro quadro com os novos títulos e subtítulos das notícias referidas na primeira página do jornal e apresentadas na íntegra em um dos cadernos do jornal. Para prepararem o quadro, continuem seguindo o modelo, montado conforme dados do jornalb Folha de S.Paulo:

Caderno no qual a notícia foi publicada

A15

C1

A29

b

Título

Subtítulo

Com 12 mil mortos, China falha no auxílio

Sobreviventes de terremoto têm que deixar casas e sofrem com frio e chuva; população de Sichuan critica equipe de resgate

País terá mais negros que brancos neste ano

Estudo do Ipea feito a partir de dados da Pnad estima que esse será o quadro da população brasileira até o inal deste ano

Votação abre era de incerteza para Chávez

Reforma constitucional que institui reeleição sem limites dividiu base do presidente, que pela 1a vez corre risco nas urnas

Folha de S.Paulo, 2 dez. 2007. p. A29; Folha de S.Paulo, 14 maio 2008. p. A15 e C1.

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Língua Portuguesa – 6a série/7o ano – Volume 1

5. Analisem o quadro-modelo e respondam no caderno: a) Que diferenças vocês encontraram entre as manchetes da primeira página do jornal e os títulos das notícias nas demais seções? b) Vocês consideram que os títulos e subtítulos das páginas em que as notícias foram apresentadas são mais informativos e claros? Por quê? c) Há diferenças na escolha das palavras que compõem as manchetes da primeira página e os títulos das demais páginas? d) Observando a manchete da primeira página sobre o terremoto da China, quais são as duas informações importantes que ela apresenta? e) Que palavras permitem que o leitor inira que uma tragédia ocorreu em consequência do terremoto na China? f ) É possível airmar que o uso dos verbos no Presente do Indicativo (são e estão) contribui para reforçar a atualidade e a continuidade dessa tragédia? Por quê? g) O leitor consegue compreender, apenas com a leitura da manchete, o que determinou a morte e o soterramento de tantas pessoas?

LIÇÃO DE CASA Com base nas atividades de leitura de manchetes, títulos e subtítulos, iniciadas na seção “Leitura e análise de texto”, marque as alternativas com F (falso) ou V (verdadeiro): ( ) o governo chinês tem responsabilidade pela quantidade de mortos porque houve “falha no auxílio”. ( ) o verbo ter, conjugado no Presente do Indicativo, também contribui para que o leitor subentenda que essa falha ainda existe e, certamente, resultará na morte de outras milhares de pessoas que continuam soterradas. ( ) é certo que, caso essas pessoas soterradas fossem socorridas rapidamente, sobreviveriam à tragédia. ( ) a manchete induz o leitor a acreditar que poderia haver um número menor de mortos se o governo chinês não tivesse falhado no auxílio. ( ) com o subtítulo, o leitor não tem uma dimensão maior do fato noticiado, uma vez que não encontra suas causas e consequências. ( ) com o subtítulo, o leitor tem uma dimensão maior do fato noticiado, uma vez que encontra suas causas (um terremoto) e consequências (pessoas abandonando suas casas, sofrendo com o frio e a chuva), reforçando a carga de responsabilidade do governo chinês para o caos pós-terremoto. 76


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Oralidade 1. Em grupo, utilizando as mesmas questões elaboradas para analisar as manchetes do quadro-modelo, analisem as manchetes de primeira página e demais páginas lidas por vocês nos itens das Atividades 3 e 5 da seção “Leitura e análise de texto”, a partir dos quadros que montaram. 2. Discutam as semelhanças e diferenças encontradas entre essas páginas do jornal, observando quais títulos e subtítulos são mais esclarecedores e informativos. 3. Façam uma apresentação oral para os demais grupos, explicando o que compreenderam das notícias lidas e dos temas que elas apresentaram.

PESQUISA EM GRUPO

1. O professor lhes apresentará diversos jornais publicados em um mesmo dia, mas que foram escritos para públicos diferentes, selecionando uma notícia que tenha sido apresentada por todos os jornais escolhidos. 2. Em grupo, analisem as manchetes e os subtítulos que introduzem essa notícia, com base nas seguintes questões: t

Quais verbos são utilizados para introduzir a notícia?

t

Esses verbos estão conjugados em que tempo e modo?

t

Esses verbos indicam para o leitor a posição do jornal diante da notícia apresentada?

t

Há diferenças entre as manchetes? Quais são elas?

3. Comparem, coletivamente, as respostas dadas pelos grupos. Relitam sobre a importância de saber ler manchetes e subtítulos, considerando o jornal que os apresenta.

Produção escrita 1. Com base nas manchetes e nos subtítulos estudados na seção “Pesquisa em grupo”, ainda em grupo, escrevam lides que possam introduzir a notícia. 2. Cada grupo deve apresentar os lides elaborados para que sejam avaliados pelos colegas. Para essa avaliação, considerem as seguintes questões: t

Quais lides estão mais coerentes com os títulos?

t

O que falta ou está em excesso nos lides escritos pelos grupos?

t

Esses lides conirmam o público-alvo ao qual os títulos analisados se dirigem? 77


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3. O professor lhes apresentará a gravação de um jornal televisivo. Vocês devem: a) assistir ao programa, prestando atenção às notícias anunciadas, sem se preocupar em anotar ou analisar o que estão vendo; b) assistir ao programa pela segunda vez, fazendo algumas anotações sobre os elementos do jornal televisivo que se assemelham ao jornal impresso: t

Em que canal o programa foi transmitido?

t

Quantas notícias foram apresentadas?

t

Em cada bloco, as notícias tinham alguma ligação entre si ou eram diversas e desconectadas umas das outras?

t

Como essas notícias foram anunciadas para o telespectador?

t

Há alguma semelhança entre as chamadas orais feitas pelos apresentadores e a primeira página de um jornal, com suas manchetes e subtítulos?

t

Quais notícias foram deixadas para o último bloco? Por que isso aconteceu?

t

Qual é a importância dessas notícias em relação às demais?

4. Em dupla e com base nas análises feitas na atividade anterior, escolham uma das notícias vistas no telejornal e escrevam-na em formato de notícia de jornal impresso. Sigam como modelo as notícias já estudadas neste Caderno, organizando as ideias e os fatos que gostariam de enfatizar. 5. O professor recolherá os textos, observando eventuais problemas, tais como: coesão, coerência, concordância, tempo verbal etc. Ele indicará as partes que necessitarem de revisão. 6. Façam as alterações necessárias e devolvam os textos ao professor.

Estudo da língua 1. O professor fará a seleção, no livro didático e/ou em sites, de algumas atividades sobre aspectos da língua portuguesa já estudados neste Caderno, como pronomes, verbos, advérbios e locuções adverbiais, discursos direto e indireto, coesão. 2. Resolva individualmente essas atividades de acordo com o que for solicitado.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 12 SISTEMATIZAÇÃO DE CONTEÚDOS VOCÊ APRENDEU?

1. Em grupo, consultem o caderno e façam uma leitura atenta de todas as sequências estudadas, observando as características dos gêneros contemplados. 2. Discutam o que leram, troquem ideias, anotem dúvidas. 3. Organizem uma lista dos conteúdos estudados, registrando suas impressões, dúvidas ou certezas e seus questionamentos: t

O que vocês pensam que ainda é preciso fazer para que tenham uma compreensão mais ampla dos conteúdos estudados? O que acham que o professor precisa fazer para ajudá-los a superar suas diiculdades?

t

O que você, individualmente, pode e deve fazer?

t

Os trabalhos em dupla e em grupo auxiliam no entendimento desses conteúdos?

4. Anotem as respostas dadas a cada uma dessas questões e entreguem-nas ao professor.

Oralidade Seu professor fará a seleção de variados gêneros textuais já conhecidos por vocês, colocando-os em uma caixa de papelão. 1. Organizados em grupos, retirem três textos da caixa. 2. Cada grupo deve fazer a leitura dos textos retirados da caixa. 3. Em seguida, procurem no conjunto de textos que leram um que apresente características do gênero “notícia” ou de “relato de experiência”. 4. Cada grupo deve apresentar sua resposta ao desaio lançado pelo professor, justiicando a escolha do texto ou a ausência de texto para completar a tarefa. Durante a apresentação, vocês podem fazer perguntas ao grupo que estiver se apresentando; acrescentar explicações; apresentar dúvidas etc. 5. Façam uma avaliação coletiva da atividade, reletindo sobre como a leitura dos textos, as discussões, análises e apresentações orais contribuíram (ou não) para ampliar seus conhecimentos e sua capacidade como leitor de notícia e relato de experiência.

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Produção escrita 1. Para completar a sequência iniciada na seção “Oralidade”, escreva uma pequena notícia de jornal (com título, subtítulo e lide) que apresente como fato central um acontecimento retirado das histórias lidas anteriormente. Esta atividade deve ser realizada individualmente (menos o planejamento da escrita, que pode ser feito em dupla ou em grupo). 2. Troque seu texto com sua dupla ou seu grupo de planejamento a im de que seu colega faça a leitura e observe eventuais problemas na escrita: reformulação de uma frase, ortograia, pontuação etc.; ou ausência de elementos estruturadores da notícia, como o título e o lide, por exemplo; a falta de dados centrais, como o próprio acontecimento etc. 3. O colega deve escrever um bilhete apontando esses problemas. 4. Leia o bilhete e observe as sugestões feitas por ele. Reformule os trechos que julgar necessários. Leia os dois textos a seguir.

Leitura e análise de texto Texto 1 Municípios já perderam 50% da floresta Dos 36 listados pelo Ministério do Meio Ambiente entre os principais desmatadores, apenas 3 cumprem reserva legal. Estimativa foi feita pelo governo e dá dimensão do passivo ambiental dessas áreas; Brasil Novo, no Pará, tem só 17% de suas matas. Marta Salomon Da Sucursal de Brasília Claudio Angelo Editor de Ciência (1) Os 36 municípios que mais desmatam na Amazônia já perderam em média 50% de suas lorestas. A estimativa foi feita pelo Ministério do Meio Ambiente, a pedido da Folha. A cifra é um cálculo aproximado, como adianta o próprio ministério. Mas dá um retrato do passivo ambiental existente nos municípios escolhidos para serem palco de ação emergencial contra o desmatamento. (2) Indica também o quão duro será para proprietários rurais nessas áreas comprovarem a averbação de reserva legal para obter empréstimo em bancos a partir de 1o de julho. Nessa data passa a valer a resolução do Conselho Monetário Nacional, aprovada anteontem, que condiciona a cessão de crédito ao cumprimento de normas ambientais como a reserva legal. 80


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(3) Dos 36 municípios, somente 3 estão em conformidade com o Código Florestal, que determina a preservação de 80% da loresta em propriedades rurais no bioma Amazônia. São eles: Lábrea, no Amazonas, que mantém 91,35% de sua mata; Colniza, município criado há menos de cinco anos em Mato Grosso (84,14%); e sua vizinha Aripuanã, que passa de raspão pelo número de corte, com 79,22% de loresta. (4) A situação mais crítica é a de Brasil Novo, no Pará. À margem da Transamazônica, Brasil Novo tem apenas 17,47% de suas lorestas em pé. “A distribuição da infraestrutura de estradas inluencia a reserva legal”, diz Paulo Barreto, pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). (5) André Lima, diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia do ministério, faz ressalvas em relação ao levantamento. Primeiro, alguns municípios da lista têm áreas de cerrado, para as quais a permissão de corte raso é maior: 50%. “Mas quase todos são inteiramente de loresta.” (6) Depois, há desmatamentos anteriores a 1996, quando entrou em vigor a Medida Provisória 2.166, que estabeleceu a reserva legal atual. Antes da MP, o desmatamento autorizado na Amazônia era de 50%. (7) Como gerir o passivo é motivo de debates. A Advocacia Geral da União diz que quem desmatou antes da MP não cometeu crime, mas poderá ser obrigado a recuperar sua loresta. É o entendimento do ministério. (8) Ruralistas no Congresso e produtores na Amazônia, no entanto, brigam pela redução da reserva para 50%, para se desobrigarem da recuperação. “Quem vai deinir isso é o zoneamento ecológico-econômico, que alguns Estados já estão fazendo”, airma André Lima. SALOMON, Marta; ANGELO, Claudio. Municípios já perderam 50% de loresta. Folha de S.Paulo. Caderno Brasil. São Paulo, sábado, 1o mar. 2008.

Texto 2 Olá, querida amiga, Tenho pensado muito sobre o que temos feito para preservar a vida neste planeta Terra. Vemos diariamente, nos noticiários e jornais, que o desmatamento na Amazônia não para de crescer. Aqui, na cidade, o nosso céu está muito longe de ser azul (só vejo uma cor cinza, igualzinha ao cimento dos prédios em construção) e quase não temos ar para respirar. Olhos, nariz, garganta vivem ardendo por conta de tanta fumaça. Sei que, em parte, isso é culpa minha, sua, do meu vizinho, enim, de todos nós. Porque somos nós os responsáveis diretos por esse descuido. Ainal, o meu carro também polui, não é? Quando jogo o óleo da fritura que iz pelo ralo da cozinha, também poluo. Quando o meu vizinho joga os restos de comida e de lixo no córrego que passa atrás de sua casa, ele também polui. Quando a empresa de ônibus coloca seus carros nas ruas soltando fumaça, também polui. Somos todos diretamente responsáveis por tantos problemas e, por isso mesmo, 81


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precisamos pensar em como reverter este quadro horroroso antes que seja tarde demais e nossos ilhos tenham de usar máscaras de oxigênio para poder respirar. Parece exagero, mas sabemos que não falta muito para que isso aconteça. Bom, mas você deve estar estranhando. Uma carta para falar sobre preservação do meio ambiente? É isso mesmo! Só pensar não é suiciente. Resolvi arregaçar as mangas e começar de algum modo a fazer a minha parte: vou deixar, mais vezes na semana, meu carro na garagem. Jogar gordura pelo ralo nunca mais. A praça em frente ao meu prédio vai receber novas mudas de árvores (iz uma pequena campanha com os meus vizinhos para que pudéssemos dedicar um dia, este mês, à recuperação da nossa praça e a maioria topou; vamos trabalhar na praça no próximo sábado) e eu estou organizando um fórum virtual para iniciar alguns debates sobre a preservação do meio ambiente: O que podemos fazer? Como podemos agir? O que devemos cobrar das autoridades? Como devemos educar nossas crianças para que tenham mais respeito pelo planeta? Aqui ica então o meu convite para que você também participe. Semana que vem, quando o endereço virtual estiver conirmado (um amigo está me ajudando, porque eu ainda tenho diiculdades para lidar sozinha com as ininitas possibilidades da internet!), eu escrevo novamente para passar todas as informações. Um grande beijo. Muitas saudades. Sua amiga de sempre, Maria. Elaborado por Eliane Aguiar e Débora de Angelo especialmente para o São Paulo faz escola.

Responda no caderno. 1. Qual dos dois textos é uma notícia de jornal: O primeiro ou o segundo? 2. Que características você observou no texto escolhido como notícia e que já foram estudadas? Anote-as em forma de tópicos ou em um quadro-síntese. 3. Quem deve ser o leitor do Texto 1? E do Texto 2? Responda às questões a seguir, considerando sua compreensão dos enunciados. 4. Sobre o Texto 1, é correto airmar: a) o Ministério do Meio Ambiente não está preocupado com o desmatamento, porque ainda há muitas áreas verdes nos municípios do Amazonas. b) a maioria dos municípios está em conformidade com o Código Florestal, porque utiliza para plantio apenas 20% de suas terras, preservando 80% de sua mata. 82


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c) de acordo com André Lima, todos os municípios, depois de regularizada sua situação, terão o direito de utilizar 50% de suas terras para plantio. d) os proprietários rurais, para conseguirem empréstimos bancários, terão de provar que cumprem a resolução do Conselho Monetário Nacional, que determina a obrigatoriedade de preservar 80% da loresta em propriedades rurais no bioma Amazônia. 5. Qual a relação entre os Textos 1 e 2?: a) não há relação entre eles, visto que o primeiro é uma notícia de jornal e o segundo, uma carta. b) eles tratam de questões totalmente diferentes: o primeiro texto fala sobre a devastação da Floresta Amazônica e o segundo, dos sentimentos de uma amiga pela outra. c) os dois textos revelam que existem cidadãos comuns e órgãos públicos preocupados com a preservação do meio ambiente. d) eles tratam de questões semelhantes: o primeiro fala sobre a devastação da Floresta Amazônica e o segundo, dos sentimentos de uma amiga pela outra.

Estudo da língua 1. Volte ao texto Municípios já perderam 50% da loresta, assinalando nele todos os verbos do dizer. 2. Anote esses verbos no caderno e indique o tipo de discurso que eles introduzem (direto ou indireto). 3. Releia o Texto 2 (a carta) da seção “Leitura e análise de texto”, assinalando nele todos os pronomes pessoais e adjetivos encontrados. 4. Anote, no caderno, esses pronomes e adjetivos, explicando o efeito de sentido que eles provocam no texto. 5. Explique, no caderno, por que, na carta, há o uso recorrente dos pronomes pessoais eu e nós (mesmo quando estão ocultos), diferentemente do que ocorre na notícia de jornal. Aproveitando a temática apresentada na notícia (o desmatamento no Brasil), propomos uma pesquisa e discussão, seguida de elaboração de texto, com o objetivo de apresentar propostas de intervenção no problema.

PESQUISA EM GRUPO Na internet, em revistas ou em jornais, façam uma pesquisa sobre o desmatamento no Brasil, em especial na região em que vivem. Anotem em uma icha organizativa as informações encontradas a im de que possam utilizá-las posteriormente. Em classe, o professor organizará uma roda de discussão para que todos falem sobre o desmatamento na região. 83


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LIÇÃO DE CASA Escreva uma carta para uma autoridade de sua cidade (prefeito, vereador, secretário do meio ambiente) contando-lhe as informações que obteve na pesquisa realizada sobre o desmatamento em sua região. É fundamental que, nesse texto, você alerte para a importância do tema, cobre soluções para o problema no seu próprio Estado e município e, caso seja possível, apresente sugestões que ajudem a solucioná-lo.

Importante! Não se esqueça de que, como qualquer produção escrita, é preciso que você siga as etapas necessárias para que seu texto possa ser compartilhado com leitores, cumprindo sua função social. Por isso, faça quantas revisões forem necessárias antes de enviá-lo a seus leitores em potencial.

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque BomÅm EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira. Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves. Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Esdeva Indústria GráÅca Ltda.


GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida. Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios. Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora! e Ruy Berger em memória!. AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González. Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos. Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira. Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas. História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume. Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião. Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos*deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98. * Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).


Validade: 2014 – 2017


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